Livro Metodologia

Métodos de Análise,
Investigação
e Síntese
André Rinaldi
Andreia Martins Cristovão
Carlos Leandro Firmo
Iguatinã de Melo Costa
André Rinaldi
Andreia Martins Cristovão
MAIS - Métodos de Análise, Investigação e Síntese
Belo Horizonte
Fevereiro de 2018
COPYRIGHT © 2018
GRUPO ĂNIMA EDUCAÇÃO
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Grupo Ănima Educação
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empregados: eletrônicos, mecânicos, fotográficos, gravações ou quaisquer outros.
Edição
Grupo Ănima Educação
Diretora Ănima Digital

Patricia Fumagalli
Gerente de Gestão de Conteúdo

Carolina Alcântara de Araújo Lopes
Coautor
André Rinaldi
Ilustração e Capa
Alexandre de Souza Paz Monsserrate
Equipe Ănima Digital

Conheça o(a)
Autor(a)
Andréa Martins Cristóvão
Graduada em Comunicação Audiovisual e

Multimídia pela Universidade Metodista de São
Paulo. Especialista em Metodologia Científica,
TI e Gestão do Conhecimento. Pós-graduada
em Tecnologia da Informação e mestre em
Engenharia da Produção pela Universidade
Paulista. Doutoranda em Engenharia pela
Universidade Paulista.
Experiência como docente nas modalidades

presencial e EAD, como orientadora de
trabalhos científicos e coordenadora de
cursos.
Conheça o(a)
Autor(a)
Graduado em Ciências Biológicas e mestre

em Ciências Biológicas (área de concentração
Zoologia) pela Universidade Estadual Paulista
Júlio de Mesquita Filho (UNESP). Atualmente,
é Docente em regime integral na Universidade
São Judas Tadeu, nos cursos de Ciências
Biológicas (bacharelado e licenciatura),
lecionando as disciplinas: Zoologia,
Fisiologias Humana e Animal Comparadas,
Didática Específica, Tecnologia Educacional,
Metodologia da Pesquisa, entre outras; no
Curso de Pedagogia, leciona a Disciplina de
Escola e Conhecimento em Ciências Naturais.
Fundador e Coordenador Geral do Grupo de
Estudos em Arachnida. Possui experiência na
área de Zoologia, com ênfase em Estimativas
de Densidade e Populações.
Conheça o(a)
Autor(a)
Graduado em Farmácia Industrial pela

Universidade Federal de Santa Maria,
experiência em Tecnologia dos cosméticos e
Tecnologia farmacêutica.
Mestre em Ciências Farmacêuticas pela

Universidade Federal do Rio Grande do Sul, na
área de Controle e Produção de Medicamentos.
Doutor em Ciências na área de Química pela

Universidade de São Paulo, trabalhando com
propriedades físico-químicas de complexos
dimetálicos de rutênio com valência mista,
principalmente solubilidade e cinética de
decomposição no estado sólido.
Docente na Universidade São Judas Tadeu,

desde 2010, atuando principalmente na área
de Química.
Conheça o(a)
Coautor(a)
André Rinaldi Fukushima
Graduado em Farmácia pela Universidade

São Judas Tadeu (2008). Mestre em
Toxicologia e Análises Toxicológicas pela
Universidade de São Paulo (2010) e doutor
em Toxicologia pela Faculdade de Medicina
Veterinária e Zootecnia da Universidade de
São Paulo. Ministrou a disciplina de Química
farmacêutica na Universidade Guarulhos
(2010 - 2014). Professor na Universidade
São Judas Tadeu nos cursos de farmácia,
nutrição, biologia, enfermagem, biomedicina
e medicina veterinária. Professor convidado
em duas pós-graduações. Experiência na
área de Toxicologia, com ênfase em Análises
Toxicológicas. Coordenador da pós-graduação
em Saúde Coletiva na Universidade São Judas
Tadeu.
Competência: Conhecer a metodologia de pesquisa para ser capaz de
desenvolver um processo de investigação
Formatos de divulgação do conhecimento científico�� 004

O que é metodologia científica?��006
Regras de estrutura de um banner��010
Respostas atividades de fixação...................................................................................017
Referências��018
Escolha do tema de investigação e definição dos objetivos�� 019

Técnicas de Elaboração de Hipóteses e Objetivos�� 021
Pesquisa Bibliográfica�� 036

Pesquisa bibliográfica��038
Respostas atividades de fixação��055
Competência: Conhecer bem diferentes técnicas de organização de

textos verbais e não verbais para ser capaz de estruturar informações,
conhecimentos, procedimentos, fatos e opiniões
Elaboração de Resumos�� 059

Técnicas de elaboração de resumos, fichamentos e resenhas�� 061
Relações intratextuais e intertextuais

e identificação de deduções e inferências�� 076
Relações intra e intertextuais��078
Informações de diferentes fontes�� 089

Como Organizar e Agrupar Teorias, Ideias, Dados, Fatos e Informações�� 091
Categorização e hierarquização das informações�� 103
Referências Bibliográficas��105
Como Citar os Documentos��108
As Citações Bibliográficas�� 113
Referências�� 123
Competência: Conhecer diferentes técnicas de elaboração de formas de

expressão da informação (gráficos, tabelas, imagens, esquemas, vídeos,
etc) para ser capaz de produzir e divulgar conteúdos
Produção de Pesquisa�� 125

Estrutura da pesquisa científica�� 127
Representação do conteúdo�� 155

Técnicas de organização de informações em representações visuais�� 157
Produção de material didático e outras

produções visuais, sonoras e digitais�� 187
Técnicas de apresentação e divulgação do produto�� 189
Divulgação do produto�� 210

Técnicas de apresentação e divulgação do produto�� 212
Conhecer a metodologia de
pesquisa para ser capaz de
desenvolver um processo de
investigação
Formatos de
divulgação do
conhecimento
científico
A metodologia científica é extremamente importante para os cursos

de graduação e de pós-graduação lato sensu ou stricto sensu, pois
mostra parâmetros muito importantes acerca das regras e técnicas
envolvidas nesse universo.
Pode-se dizer que a metodologia científica estuda todos os

caminhos que levam ao conhecimento e ao saber. Metodologia
origina-se de duas palavras: método, que significa caminho, e logia,
que significa estudo e ciência. Dessa forma, quando se entende a
metodologia, entende-se também os caminhos que nos levam ao
conhecimento, e quando se fala dos caminhos que nos levam ao
saber, refere-se às normas e aos procedimentos utilizados para a
realização de um trabalho científico.
Ao final dessa aula, você será capaz de:
• Realizar uma boa pesquisa.
• Analisar criticamente artigos científicos.
• Diferenciar os tipos de conhecimento e saber quando usar

cada um.
Vamos começar?
MAIS - MÉTODO DE ANÁLISE, INVESTIGAÇÃO E SÍNTESE
O que é metodologia
científica?
Método pode ser definido como um conjunto de normas e procedimentos
sistemáticos que usam os critérios de caráter científico para, dessa forma,
se conseguir mais clareza e confiabilidade dos dados estudados.
Agora que já foi apresentado o conceito de metodologia, chegou o

momento de aprender um pouco sobre ciência.
Segundo Lakatos (2003), a ciência surgiu da necessidade que o homem
sentiu de saber o porquê dos acontecimentos. Essa necessidade o levou a
investigar os fenômenos da natureza e, por consequência, tem-se o que se
conhece hoje por ciência.
Na visão de Cervo e Bervian (2002):
A ciência é um modo de compreender e analisar

o mundo empírico, envolvendo o conjunto de
procedimentos e a busca do conhecimento científico
através do uso da consciência crítica que levará o
pesquisador a distinguir o essencial do superficial e o
principal do secundário. (CERVO; BERVIAN, 2002, p. 16)
O princípio da ciência é que ela é falível, ou seja, uma pesquisa

feita hoje e validada pela comunidade científica pode, amanhã, ser
invalidada se algum outro cientista provar que ela apresenta falhas,
erros ou vícios. Por isso, frequentemente, lemos que o ovo faz bem,
depois que faz mal, depois que faz bem de novo. A atualização das
pesquisas científicas gera novos resultados e, por isso, tem-se
essas aparentes contradições.
006
Tipos de conhecimento
Existem diferentes tipos de conhecimento e, provavelmente, você
conhece alguns deles, pois fazem parte do nosso cotidiano. Vamos
identificá-los?
• Conhecimento empírico: É o chamado conhecimento

popular. Ele é resultado das nossas experiências no dia a
dia, também é adquirido por meio das nossas interações
com outras pessoas. Não temos controle sobre esse
conhecimento, temos acesso a ele independentemente
de nosso grau de instrução. Pode-se dizer que ele é
assistemático, ou seja, tem relação direta com valores,
tradições, crenças e até mesmo com nosso acesso às
redes sociais. Você já deve ter ouvido falar que um trevo
com quatro folhas traz sorte, ou que quando pegamos um
cílio nosso que caiu podemos fazer um pedido. Esses fatos
são exemplos de conhecimento empírico.
• Conhecimento científico: pode-se chamar esse

conhecimento de verdadeiro, de real, de sistemático, pois
ele procura conhecer os fenômenos e as causas e leis
que os regem. Isso acontece por meio de análise, síntese
e aplicação de métodos adequados que o pesquisador
consegue extrair do cotidiano, ou do universo, bem
como dos seus princípios e leis. Para conseguir obter
uma resposta, os cientistas fazem perguntas e buscam
incessantemente uma resposta ou explicação, e essas
respostas são buscadas por meio de procedimentos
e técnicas que possam levar a resultados confiáveis e
seguros. Por esse motivo, o conhecimento científico nunca
é considerado acabado ou definitivo, sempre surgirão
outras pesquisas para mudar um paradigma atual.
• Conhecimento filosófico: Busca o conhecimento da

realidade em seu contexto universal; não busca nem
apresenta soluções definitivas para a maioria das
007
perguntas. Ao invés disso, busca o sentido, a justificativa e

a possibilidade de interpretação da humanidade e a sua real
existência. A principal tarefa do conhecimento filosófico é a
reflexão.
Cervo e Bervian (2002) apresentam algumas questões que ilustram esse
conceito:
• A máquina substituirá o homem?
• As conquistas espaciais comprovam o poder ilimitado do
homem?
• O que é valor hoje?
A filosofia tenta entender a realidade em seu contexto

maior, como o contexto universal. Não é capaz de produzir
soluções definitivas para parte das perguntas, mas habilita
a humanidade a usar de suas faculdades para entender de
forma mais clara e ampla o sentido da vida, concretamente.
• Conhecimento teológico: Pode-se dizer que esse estudo

trata de questões ligadas às divindades, tendo como base
a fé diante de revelações de um dado mistério ou de algo
sobrenatural. Essas mensagens são interpretadas como
sinais divinos ou como respostas para questões indagadas
anteriormente. Esse conhecimento está profundamente
ligado ao conceito de um Deus, seja este Jesus Cristo, Buda,
Maomé, um ser invisível, ou qualquer entidade entendida
como ser supremo, dependendo da cultura de cada povo,
com quem o ser humano se relaciona por intermédio da fé
religiosa. São exemplos de livros dessa natureza: a Bíblia, o
Alcorão e outros livros sagrados.
008
Vamos testar o seu entendimento sobre o conteúdo visto até aqui?

Resolva a questão a seguir.
Questão 1 - Leia o trecho abaixo:
A que tipo de conhecimento o trecho se refere?
a. Empírico.
b. Científico. Atividade
de fixação
c. Social.
d. Filosófico.
e. Teológico.
O gabarito se encontra no final da unidade ensino.
Podemos dizer que os conhecimentos não são iguais pois possuem

fontes diferentes, naturezas distintas. Mas, você já parou para
pensar o que torna esses conhecimentos diferentes?
Vamos assistir a vídeoaula para aprender!
“Entendendo ciência”
Videoaula
O quadro de Oliveira (2003), apresentado no botão ao lado, mostra

uma síntese dos tipos de conhecimento. Esse quadro tem como
objetivo facilitar a assimilação de conteúdo.
009
Quadro 1 - As várias formas de conhecimento
Fonte: Oliveira, 2003, p. 37.
A seguir, será mostrado como proceder na elaboração de banners

acadêmicos, artigos científicos e monografias. Prestando atenção
nas regras, fica bem fácil!
Regras de estrutura de
um banner
Para iniciar, conheça o conceito de banner:
Estrutura gráfica com o texto básico sobre os problemas e as figuras que
induzem o leitor a concluir o pensamento. Pode ser apresentado na forma
de uma bandeira e confeccionado de diversos materiais, como plástico,
tecido ou papel, para ser dependurado em postes, fachadas ou paredes.
010
Figura 1 - Exemplo de banner
Fonte: André Rinaldi Fukushima (USJT- SP), 2017.
011
Como fazer um banner

Conheça as regras de estrutura de um banner:
• Tamanho: geralmente, um banner acadêmico tem as

medidas de 90x120 cm. Essas medidas podem variar de
acordo com o evento, por isso não se esqueça de conferir
as medidas propostas no evento.
• Apresentação: o ideal é que o texto do banner possa ser

lido a uma distância média de 2,0 metros. O aluno deverá
utilizar os elementos gráficos, pois os desenhos costumam
despertar a curiosidade do público, além de facilitar o
entendimento do texto. Na maioria dos eventos, a impressão
em plotter é a mais adequada; em alguns casos, esse tipo
de impressão é obrigatório. Organize as informações de
maneira que as ideias principais sejam compreendidas com
facilidade. Utilize o mínimo de texto e o máximo de figuras,
assim seu banner ficará mais interessante.
• Informações obrigatórias: o banner deve ter,

obrigatoriamente, a área do conhecimento; título; nome
do autor e da instituição; cidade; estado e país; introdução;
metodologia; resultados obtidos e conclusões.
• Elementos textuais: a introdução apresenta uma visão

geral do projeto e expõe a finalidade do trabalho; a
metodologia: explica qual tipo de pesquisa foi realizado; as
conclusões confirmam ou refutam os objetivos do trabalho;
as referências apresentam quais fontes foram utilizadas.
Como fazer um artigo científico

Em linhas gerais, podemos dizer que o artigo cientifico se propõe a
resolver um problema, ou seja, se propõe a resolver uma questão que
está incomodando o pesquisador. Essa pesquisa muito contribui
para a comunidade acadêmica, para as pesquisas em geral, e em
012
grande parte das vezes tem como meta a publicação em periódicos

da área, ou ainda, jornais e revistas científicas, congressos etc.
Estruturalmente, deverá conter elementos pré-textuais (título,

autoria, resumo e relação de palavras-chave), elementos textuais
(introdução, desenvolvimento, conclusão e elementos de apoio) e
elementos pós-textuais (apêndice e anexos).
Um bom artigo científico começa com um ótimo resumo, que

deverá ser feito em apenas um parágrafo e ter, no máximo, 500
palavras. Pode-se colocar pontos dentro desse parágrafo, mas ele
sempre deverá ser único.
Formato do resumo
A primeira parte contextualiza o cenário e introduz o leitor no que

se pretende falar. Depois, fala-se sobre o problema, que é o cerne
da questão, o motivo principal para se escrever e, posteriormente,
são apresentados os objetivos que se pretende atingir. Em seguida,
coloca-se a metodologia usada e, por último, os resultados obtidos.
• O uso de termos genéricos, gírias ou expressões populares é
proibido. Ao invés de colocar “o pulo do gato para essa pesquisa”,
coloque algo como “o fator crítico de sucesso para esse estudo
é...”.
• Deve-se colocar os verbos sempre em terceira pessoa. O uso
da primeira pessoa é proibido nos artigos, especialmente nos
nacionais.
Posteriormente, escreve-se a introdução, que falará um pouco

sobre cada tópico que será escrito. Alguns estudiosos dizem que
essa deve ser a última parte a ser escrita, pois é preciso estar tudo
pronto para saber o que será colocado na introdução.
013
Depois, é apresentada a parte de referencial bibliográfico. Nessa

parte, você utilizará os artigos e as fontes acadêmicas pré-
selecionados que possuem relação com o assunto em discussão.
Todo parágrafo deve ter um autor de referência, apenas na parte
de resultados obtidos é que você poderá relatar sua experiência.
Procure fontes acadêmicas internacionalmente conhecidas, blogs,
revistas comerciais. Wikipédia é proibido. Evite utilizar artigos, livros
e fontes com mais de 6 anos de publicação.
Em seguida, coloca-se a parte de análise de resultados. Aqui, você

confrontará o que leu na teoria e os resultados obtidos em campo.
Não é obrigatório o uso de referências nessa parte.
Depois, é apresentada a conclusão, que mostrará ao leitor todos

os resultados que se obteve com o desenvolvimento do trabalho e
estudos futuros.
Por fim, são inseridas todas as referências que foram usadas no

artigo em ordem alfabética.
• Cada jornal científico, revistas científicas ou evento acadêmico
possui suas próprias regras de formatação. Portanto, você deve
observá-las para o envio do seu material.
• Evite notas de rodapés, elas não são bem vistas na maioria dos
eventos acadêmicos.
Para aumentar o seu conhecimento em uma das metodologias

mais usadas na graduação, assista à videoaula a seguir:
“Construindo um estudo de caso”

Videoaula
014
Conheça agora as particularidades da monografia.
Monografia
A monografia pode ser descrita como um trabalho de
investigação científica sobre conhecimentos já existentes,
estando esses trabalhos publicados ou não. A monografia tem
como base de formação um conjunto de atividades integradas
com uma unidade metodológica e tem como meta atingir
objetivos claramente definidos. As normas mais usadas para se
redigir uma monografia são:
• Definir o que será estudado;
• Rever a literatura existente e outras fontes de consulta a

respeito do assunto ou tema em questão;
• Justificar, isto é, deixar claro o porquê de estudar e

aprofundar aquele assunto, que novas abordagens se
propõe fazer;
• Metodologia aplicada, isto é, a maneira como se pretende

desenvolver a monografia;
• Conclusões, apresentar que conclusões foram encontradas,

e/ou sugestões de prosseguimento.
É essencial ter muita disposição e vontade de aprender coisas

novas para desenvolver uma boa monografia. A linguagem escrita
é diferente da linguagem falada, por isso, quando você estiver
escrevendo um artigo acadêmico, um tcc ou mesmo um trabalho,
é importante estar atento as regras gramaticais. Escrever de forma
simples e clara, e ainda assim ser assertivo e objetivo.
Vamos praticar? Resolva a questão:
015
Questão 2 - Um dos tipos de trabalhos acadêmicos mais comuns
no ensino superior é o Trabalho de Conclusão de Curso, conhecido
popularmente como TCC ou monografia. Existem algumas regras
clássicas para esse tipo de trabalho. Quais são elas?
a. Definir o que será estudado e não rever a literatura existente e outras
fontes de consulta a respeito do assunto ou tema em questão.
b. Deixar claro o porquê de estudar e aprofundar aquele assunto
e apresentar a metodologia aplicada, isto é, a maneira como se
pretende desenvolver a monografia.

Atividade
c. Conclusões – não é necessário apresentar as conclusões no de fixação
TCC, apenas em teses.
d. Os trabalhos de TCC não devem ser discutidos profundamente.
e. O resumo do trabalho deve ser a primeira etapa a ser escrita pelo
pesquisador em um trabalho acadêmico.
Conclusão da unidade de ensino

Chegamos ao final dessa aula. Nela, foram apresentados aspectos
muito importantes sobre como iniciar os trabalhos acadêmicos,
informações obrigatórias e como os elementos essenciais são
importantes. Esperamos que você tenha entendido e faça bom uso
das informações passadas aqui.
Veja a seguir o vídeo de encerramento da aula.
“Dicas para a construção de uma

boa monografia.”
Videoaula
016
Questão 1 - A resposta certa é a letra A. Justificativa:
a. Correta. Define-se como empírico um fato que se apoia somente
em experiências vividas, na observação de coisas, e não em
teorias e em métodos científicos.
b. Incorreta. Define-se como científicos a informação e o
saber que partem do princípio das análises dos fatos reais e
cientificamente comprovados.
c. Incorreta. Define-se como social aquilo que pressupõe as
relações de sociabilidade, ou seja, relacionamentos, sentimentos,
modos de ser, agir e manifestar.
d. Incorreta. Define-se por filosófico o tipo de conhecimento
baseado na reflexão e na construção de conhecimentos e de
ideias a partir do uso do raciocínio em busca do saber.
e. Incorreta. Define-se como sendo o estudo da existência de Deus,
das questões referentes ao conhecimento da divindade, assim Atividades

de fixação
como sua relação com o mundo e com os homens.
RESPOSTAS
Questão 2 - A resposta certa é a letra B. Justificativa:
a. Incorreta. Deve-se sempre rever a literatura de outras fontes.
b. Correta. Porque sempre deve-se justificar os motivos dos estudos
e utilizar metodologias para desenvolvê-los.
c. Incorreta. Todos os trabalhos científicos devem ter suas
conclusões apresentadas.
d. Incorreta. A discussão é a parte mais importante de um
trabalho acadêmico.
e. Incorreta. O resumo e o título são as últimas etapas do trabalho
acadêmico.
017
Referências
CERVO, Amado Luiz; BERVIAN, Pedro Alcino. Metodologia científica. 5.
ed. São Paulo: Prentice Hall, 2002.
LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Fundamentos de

metodologia científica. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2003.
OLIVEIRA, Silvio Luiz de. Tratado de metodologia cientifica: projetos

de pesquisa, TGI, TCC, monografias, dissertações e teses. São Paulo:
Pioneora Thomson Learning, 2002. 320p.
018
Escolha do tema
de investigação
e definição dos
objetivos
Olá!
Nesta unidade, você aprenderá os métodos para formulação

de objetivos e hipóteses, como fazer um título, a justificativa do
trabalho e outros itens importantes para a construção de um bom
trabalho acadêmico.
Ao final desta unidade, você será capaz de analisar todo o conteúdo

necessário para começar a escrever seu trabalho acadêmico com
sucesso.
Vamos começar?
Técnicas de Elaboração
de Hipóteses e Objetivos
O tema mostra o que deve ser feito, qual será o caminho a seguir,
qual a área de atuação e em que área de conhecimento
Pretende-se aprofundar.
Começando a escrever a monografia
O tema é um dos itens mais importantes do trabalho. Ele mostra

O QUE deve ser feito, qual será o caminho a seguir, qual a área de
atuação e em que área de conhecimento pretende-se aprofundar.
É comum surgirem dúvidas nessa etapa, pois o título precisa ser

atraente para o leitor, despertar a curiosidade dele, ser enfático,
preciso, amplo o suficiente para abordar um artigo ou monografia.
O título pode vir acompanhado de um subtítulo, que o complementa,
mas é diferente dele.
Justificativa
A justificativa é o PORQUÊ do trabalho. Trata-se do único item em
uma monografia que traz respostas à questão do porquê. Esse
tópico é muito importante, pois costuma ser decisivo para o aceite
ou não de um artigo ou pesquisa. A justificativa é uma apresentação
breve e completa das razões que levaram o pesquisador a escolher
o tema, e também mostra os motivos que fazem com que essa
pesquisa seja importante. Alguns pontos que devem ser salientados
na justificativa são:
• O estágio em que se encontra a teoria que diz respeito ao

tema;
• Toda a ordem de contribuições teórico-práticas que a

pesquisa pode trazer como resultado;
021
• A importância do tema abordado do ponto de vista geral;
• A importância do tema para casos particulares;
• Possibilidade de o trabalho acadêmico provar mudanças na

realidade atual, muito comum na área médica, por exemplo;
• Descoberta de possíveis soluções para questões gerais ou

particulares;
• A justificativa não pode apresentar citações de autores nem

referências bibliográficas, deve ser elaborada por cada autor.
A pesquisa se justifica, pois não foram encontrados estudos sobre a
inserção de tecnologias nos ambientes acadêmicos de ensino superior,
e faz-se necessário estudar os benefícios ou as contraindicações no uso
das tecnologias nesse cenário.
O problema da pesquisa
A formulação do problema tem relação direta com o tema proposto,

pois traz esclarecimentos sobre com quais dificuldades o autor está
se defrontando, essas dificuldades deverão ser solucionadas por
meio do problema.
O problema é o coração da pesquisa, é o motivo pelo qual se estuda

determinado assunto. Mas para formular o problema, deve-se
seguir algumas orientações:
• O enunciado deve ser feito sempre em forma de pergunta,

afinal, é uma questão que será respondida por meio da
pesquisa.
• Na maioria das vezes, o problema tem ligação direta com

interesses pessoais do autor (capacidades e competências)
tanto em nível social como em nível científico, ou seja,
022
o problema deve levar em consideração aspectos de

conteúdo e metodológicos. O autor precisa ver se esses
aspectos estão em ressonância. Caso contrário, o problema
deverá ser reformulado.
• O problema aborda uma questão científica? Ou seja,

relacionam-se entre si pelo menos duas variáveis?
• O problema abordado pode ser objeto de investigação

sistemática, controlada e crítica?
• O problema apresentado pelo autor tem a capacidade de

ser empiricamente verificado em suas consequências?
Veja abaixo o estudo de caso que demonstra o passo a passo de

uma construção de uma boa hipótese.
Estudo de caso
Vamos imaginar a seguinte situação: um estudante de biologia

descobre que quando uma determinada planta é exposta à luz solar,
ela é capaz de se desenvolver com mais rapidez e força.
Para provar essa teoria, o estudante mostra todo o processo

de desenvolvimento da planta com a luz ao longo de 6 meses,
justamente no período de verão em que temos mais incidência dos
raios solares.
Como elaborar uma hipótese com essa realidade? Quando exposta

à luz do dia, a planta X cresce em maior velocidade em razão do
elemento Y que ela possui. Portanto, o pesquisador relacionou o
elemento Y e o crescimento acelerado da planta ao fator “luz”, razão
pela qual apresenta dados que parecem reforçar a afirmação inicial.
Fonte: SAPIA, Jorge Edgardo. Elementos que compõem um trabalho científico:
estrutura de um trabalho científico. In: site “Emaze”. Disponível em: <http://
pesquisatec.com/new-blog/2014/5/13/como-construir-uma-hiptese-de-trabalho-e-
apresentar-bem-asua-pesquisa>. Acesso em: 10 jul. 2017.
Vamos testar os conhecimentos? Resolva a questão a seguir.
023
Questão 1 -
Atividade
de fixação
Como formular o problema

A formulação do problema envolve esclarecer o motivo da pesquisa.
Deve ser definido como: o quê? Como?
Não se esqueça que é muito importante observar a viabilidade,

a relevância, a novidade, a exequibilidade e a oportunidade que o
problema traz à tona. A formulação do problema deve sempre ser
feita na forma interrogativa, e precisa ser clara, precisa, objetiva e
deve ter pelo menos uma solução plausível. Também precisa ter um
relacionamento com duas ou mais variáveis, ser objeto principal da
revisão da literatura e da reflexão pessoal do autor.
Assista a seguir à videoaula que explicará de maneira simples e

objetiva como formular um problema ou hipótese.
“O problema de pesquisa”
Videoaula
024
É importante saber que o problema pode ser formulado na forma
afirmativa quando se tratar de uma questão norteadora para o autor, isso,
claro, se o pesquisador analisar que essa forma é a mais adequada em
relação ao objeto que está sendo investigado. Nessas situações, costuma-
se colocar o problema como “Questão Norteadora” e não como problema
da pesquisa e, nesse caso, particularmente, não se cria enunciados para
delimitar as hipóteses.
A sociedade atual está cada vez mais acostumada com o uso da Internet,
e esse uso costuma trazer alguns benefícios, mas também tem causado
alguns danos psicológicos, como dependência, em casos extremos.
Dentro do ambiente acadêmico, o uso da Internet ainda não é uma
realidade em todas as faculdades, ele auxiliaria na aprendizagem dos
alunos? Como medir o desempenho com a Internet? E qual controle deve
ser feito sobre o uso de redes sociais dentro desse ambiente?
Está na hora de testar seu entendimento sobre os assuntos tratados

até aqui. Resolva a questão a seguir.
025
Questão 2 -
Atividade
de fixação
Você sabe qual a importância do resumo dentro de um trabalho

científico? Veja na videoaula a seguir.
“Vamos fazer um resumo?”

Videoaula
Construindo as hipóteses
As hipóteses de uma pesquisa são consideradas como as respostas
provisórias dos problemas. Essas respostas são suposições do
autor e, no final da pesquisa, podem ser validadas ou refutadas. A
principal hipótese costuma ser chamada de hipótese básica, e ser
complementada por outras hipóteses.
As hipóteses possuem as seguintes características:
• Devem ser conceitualmente claras.
• Precisam ser específicas.
• Devem ter referências empíricas, ou seja, verificáveis.
026
• Devem ser simples.
• Precisam ter relação com as técnicas que o autor

tem disponíveis.
• Precisam estar relacionadas com o referencial teórico

estudado pelo autor.
E devem ser formuladas sob os seguintes aspectos:
• Consistência lógica;
• Possibilidade de ser verificada;
• Simplicidade em sua formulação;
• Grau de relevância;
• Apoio teórico apresentado pelo autor;
• Ser sempre específica;
• Ser sempre plausível;
• Ser formulada de maneira clara;
• Ter profundidade;
• Ter originalidade.
Veja a seguir alguns pontos que você deve perguntar se fazem das
hipóteses:
• A hipótese trata de uma suposição que o autor faz como

tentativa de explicar o problema por ele formulado?
• O enunciado da hipótese é uma resposta provisória do

problema? Traz em si alguma explicação sobre o problema?
• O enunciado da hipótese relaciona pelo menos duas

variáveis que estão no problema?
• A hipótese pode ser testada e verificada? Ela pode responder

ao problema?
027
• Apoio teórico apresentado pelo autor;
• A hipótese serve como uma espécie de guia para que o

autor possa verificar a validade da sua pesquisa?
Como surgem as hipóteses? Geralmente, pode-se dizer:
• Que surgem por meio da observação que o autor faz na

área em que atua ou na área em que tem interesse.
• Que podem surgir do resultado de pesquisas anteriores

feitas pelo próprio autor ou por outros autores.
• Que vêm de teorias estudadas pelo autor.
• Que têm relação direta com a intuição do autor, pois é uma

resposta provisória ao problema por ele formulado.
• A Internet é benéfica na aprendizagem do ensino superior.
• A Internet pode dificultar a aprendizagem no ensino superior.
• A Internet não deve ser implementada como uma forma de
aprendizagem, pois o controle de redes sociais ainda é precário.
Na imagem a seguir, é apresentada uma compilação de como

fazer um trabalho acadêmico em etapas. Observe a sequência de
pensamentos que são necessários para fazer um bom trabalho
acadêmico:
028
Figura 1 – Etapas de elaboração de um trabalho acadêmico
Fonte: JUNG, 2003. In: site “Slideshare”.
Objetivos da pesquisa
A característica do objetivo da pesquisa é o verbo de ação (fazer,
determinar, delimitar etc.). Pode-se dizer que, usualmente, os
objetivos de uma pesquisa se desdobram em:
• Geral: esse aspecto tem ligação com uma visão ampla e

global do tema abordado pelo pesquisador. Relaciona-se
direta e profundamente com o conteúdo intrínseco, seja dos
fenômenos ou dos eventos abordados. Tem amplo vínculo
com o significado proposto pelo projeto a ser desenvolvido,
seja um artigo, monografia, banner, tese etc. Uma das
prerrogativas básicas é que deve sempre ser iniciado com o
verbo de ação.
029
• Específicos: tem como característica básica apresentar

aspectos mais sólidos. Pode-se dizer que sua função é
intermediária e, dessa forma, permite que o autor atinja,
por um lado, o objetivo geral e que, por outro, seja capaz de
aplicar esse objetivo a situações particulares e específicas.
Para facilitar a compreensão, seguem alguns exemplos que podem

ser aplicados nos objetivos:
• Quando a pesquisa tem como objetivo conhecer algo, ou

seja: apontar, citar, classificar, conhecer, definir, descrever,
analisar, identificar, reconhecer, verificar, relatar, atualizar,
mapear.
• Quando a pesquisa tem como objetivo a compreensão de

algo, ou seja: compreender, concluir, deduzir, demonstrar,
determinar, diferenciar, discutir, interpretar, localizar,
reafirmar.
• Quando a pesquisa tem como objetivo aplicar algo, ou seja:

desenvolver, empregar, estruturar, operar, organizar, praticar,
selecionar, traçar, otimizar, melhorar.
• Quando a pesquisa tem como objetivo a análise de algo,

ou seja: comparar, criticar, debater, diferenciar, discriminar,
examinar, investigar, provar, ensaiar, medir, testar, monitorar,
experimentar.
• Quando a pesquisa tem como objetivo a avaliação de algo,

ou seja: argumentar, avaliar, contrastar, decidir, escolher,
estimar, julgar, medir, selecionar.
O objetivo dessa pesquisa é descobrir as consequências do uso da Internet
no ensino superior.
030

Chegamos ao final dessa unidade. Nela, você aprendeu um pouco
mais sobre metodologia científica, um importante assunto que
precisa ser bastante estudado, pois só dessa forma será possível
fazer bons trabalhos acadêmicos.
Veja o encerramento dessa unidade no vídeo abaixo. Até a próxima!
“Desenvolvendo a introdução do
trabalho acadêmico”
Videoaula
A seguir, confira dois exemplos práticos de como aplicar os

conteúdos estudados na Área de Comunicação.
031
032
033
a.
b.
c.
d.
e.
Questão 2 - A resposta certa é a letra A. Justificativa: Atividades

de fixação
RESPOSTAS
a.
b.
c.
d.
e.
034
Referências
GIL, Antônio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. 6. ed. São
Paulo: Atlas, 2008.
JUNG, Carlos Fernando. Metodologia Científica: ênfase em pesquisa

tecnológica. 2003. In: site “Slideshare”. Disponível em: <https://
pt.slideshare.net/FelipeMago/metodologia-cientifica-25436835>. Acesso
em: 10 jul. 2017.
KÖCHE, José Carlos. Fundamentos de metodologia científica: teoria da

ciência e iniciação à pesquisa. 24. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2007.
MARCONI, Marina de Andrade; LAKATOS, Eva Maria. Fundamentos de

NASCIMENTO, Dinalva Melo do. Metodologia do trabalho científico: teoria

e prática. Rio de Janeiro: Forense, 2002.
PRODANOV, Cleber Cristiano. Manual de metodologia científica. 3. ed.

Novo Hamburgo, RS: Universidade Feevale, 2006.
SEVERINO, Antônio Joaquim. Metodologia do trabalho científico. 22. ed.

rev. ampl. São Paulo: Cortez, 2002.
035
Pesquisa
Bibliográfica
Nessa unidade, você aprenderá a fazer o planejamento da pesquisa,

bem como a selecionar o material adequado e a maneira mais
produtiva de organizar o material que é coletado para a pesquisa.
Ao final dessa unidade, você será capaz de:
• Realizar uma pesquisa bibliográfica de maneira criteriosa.
• Conhecer os mecanismos de busca mais utilizados para a

realização de uma pesquisa bibliográfica.
Vamos começar?
Pesquisa
bibliográfica
Pode-se dizer que a pesquisa científica é uma espécie de
construção de conhecimento, com embasamento teórico, que
produz conhecimento inédito ou original, de acordo com a exigência
científico-acadêmica exigida.
Para planejar uma pesquisa com bons resultados, deve-se seguir

algumas etapas:
• Fase decisória: É referente à escolha do tema da pesquisa.

Também engloba a definição e a delimitação do problema
que for escolhido.
• Fase de construção: Refere-se à forma como a construção

do planejamento de pesquisa é realizada. Essa fase
engloba desde o plano de pesquisa em si até a execução da
pesquisa.
• Fase de redação: Engloba a fase de coleta de dados e as

informações que foram obtidas na fase de construção.
Pode-se dizer que essa é a fase em que se faz a
organização das ideias de maneira sistêmica, com a
finalidade de produzir o trabalho acadêmico que se está
pesquisando. Essa fase também produz um documento
chamado relatório de pesquisa, que deve sempre estar
aderente a todas as formalidades exigidas pelas normas da
universidade ou congresso.
A fase de coleta de dados e de informações também exige que o

pesquisador tenha algumas posturas e atitudes para que consiga
produzir uma boa pesquisa. A seguir serão listadas algumas
atitudes imprescindíveis para quem quer realizar a pesquisa de
maneira mais produtiva, eficiente e rápida:
038
• Ser sempre inovador naquilo que está produzindo. Alguns

treinamentos específicos para a área de pesquisa podem
ajudar;
• Possuir algum conhecimento na área da pesquisa que está

sendo realizada;
• Ter formação multidisciplinar é fundamental. Ter a visão

da interdisciplinaridade e da profundidade intelectual são
fatores positivos para o pesquisador;
• Ter uma visão sistêmica de processo é fundamental;
• Ter sensibilidade social, intelectual, acadêmica e

criatividade;
• O pesquisador é um eterno aprendiz, e jamais pode se

esquecer de como aprender novos assuntos e de adquirir
novos conhecimentos. Aprender a aprender, ter curiosidade
sobre novos temas e assuntos faz a diferença entre um
grande pesquisador e um pesquisador mediano;
• Não ter medo de avançar onde outros pesquisadores

não foram. É necessário ter coragem, criatividade e
ser um eterno curioso. As oportunidades de pesquisa
nascem no nosso dia a dia, mas, se o pesquisador perde a
curiosidade sobre o cotidiano, acaba deixando de ver várias
oportunidades de pesquisa;
• Criar novas maneiras de fazer antigas coisas, de entender

os fenômenos, bem como as aplicações e as implicações
que esses fenômenos provocam;
• Saber como realizar uma boa pesquisa. Não há dúvidas

que a prática leva à perfeição. O primeiro trabalho de um
pesquisador será sempre inferior ao último que ele produziu.
Estudar, praticar, realizar, confiar na sua experiência e no
saber fazer são atitudes fundamentais em um pesquisador
experiente;
039
• Não se esquecer que a Internet pode facilitar muito

o processo de pesquisa, bem como a interação entre
pesquisadores do mundo todo. Mas não se pode confundir
essa facilidade com plágio;
• Ter uma visão humanística sobre o que vai ser pesquisado

e das possíveis interferências que o resultado dessa
pesquisa poderá trazer para a sociedade. Não se esquecer
que a ética deve ser mantida em todos os momentos da
pesquisa;
• Ter uma atitude autocorretiva é importante, o pesquisador

deve saber fazer críticas positivas e corretivas ao seu
próprio trabalho. Essa postura leva o pesquisador a ter
significativos avanços na área acadêmica.
Estudar mais o termo metodologia científica pode abrir o horizonte

sobre como fazer um TCC ou artigo científico e como aplicar a
metodologia no nosso cotidiano.
Veja como fazer uma pesquisa na videoaula a seguir:
“Como fazer uma pesquisa ”

Videoaula
Vamos testar o aprendizado até aqui? Resolva a questão proposta.
040
Questão 1 - Em relação aos elementos que compõem o planejamento

de uma pesquisa científica, marque a opção CORRETA.
a. A primeira fase é a decisória, que se refere à escolha do tema
da pesquisa. Também engloba a definição e a delimitação do
problema que foi escolhido.
b. A fase de construção refere-se à forma como a construção do
planejamento de pesquisa é realizada. Essa fase engloba apenas
o plano de pesquisa.
c. A fase de redação é responsável por englobar a fase de coleta de
dados e as informações que foram obtidas na fase decisória. Atividade

de fixação
d. A fase de construção contempla a organização das ideias de
maneira sistêmica, com a finalidade de produzir o trabalho
acadêmico que se está pesquisando.
e. A fase decisória considera a produção do relatório de pesquisa,
que deve sempre estar aderente a todas as formalidades exigidas
pelas normas da universidade ou congresso.
Fases de uma pesquisa

Para que se consiga realizar uma boa pesquisa, é fundamental
saber quais são as formas, procedimentos, normas e qual o melhor
caminho a seguir desde o começo da pesquisa até seu término.
Com a finalidade de facilitar a compreensão, divide-se a pesquisa em 4
fases principais:
1. A primeira fase é aquela que começa antes da realização da
pesquisa propriamente dita; é nessa fase que são formuladas as
questões que vai se estudar, que é definido o problema e que se
041
faz um planejamento completo sobre a maneira como a pesquisa
será realizada.
2. A segunda fase é a que dá início à pesquisa propriamente dita.
Ela começa com a coleta inicial de dados e de informações
importantes. Esses dados devem ser analisados de acordo com
os assuntos e tópicos de cada capítulo ou subcapítulo. Nessa
fase, a correta organização dos dados é fundamental para que o
pesquisador não perca tempo tentando achar uma determinada
referência que não foi armazenada de forma correta. Cada
pesquisador pode ter uma maneira peculiar de organizar essas
informações: pastas no computador, anotações em um caderno,
um mapa mental etc. Descubra qual maneira funciona melhor
para você e siga em frente.
3. Na terceira fase, inicia-se a redação final do trabalho que está
sendo desenvolvido.
4. A quarta e última fase é a da divulgação dos resultados obtidos
na pesquisa realizada. Nessa fase, são mostrados os métodos
que foram utilizados, os dados que foram coletados e analisados
e o trabalho é exposto no meio acadêmico, a fim de ajudar a
sociedade com as descobertas.
Vamos praticar? Resolva a questão sobre as fases da pesquisa.
042
Questão 2 - Sobre as fases de uma pesquisa, é CORRETO afirmar que:
a. A terceira fase dá início à pesquisa propriamente dita. Ela começa
com a coleta inicial de dados e de informações importantes.
b. Na quarta fase, inicia-se a redação final do trabalho que está
sendo desenvolvido.
c. Na primeira fase, são formuladas as questões que vai se estudar,
é definido o problema e se faz um planejamento completo sobre a
maneira como a pesquisa será realizada.

Atividade
d. Na terceira fase, ocorre a divulgação dos resultados obtidos na de fixação
pesquisa realizada.
e. A segunda fase é aquela que começa antes da realização da
pesquisa propriamente dita, é a fase em que são formuladas as
questões que vai se estudar.
Diferença entre resumo e resenha

Aprenda a diferença entre esses dois itens tão importantes dentro
do ambiente acadêmico.
Muitas vezes, no cotidiano acadêmico, é preciso fazer um resumo

e acaba-se por fazer uma resenha, e vice-versa. Aprenda a
diferença entre esses dois itens tão importantes dentro do ambiente
acadêmico no quadro a seguir.
043
Quadro 1 – Principais diferenças entre resumo e resenha
Fonte: PACHECO. In: site “Brasil Escola”. (Layout adaptado).
Acompanhe na videoaula a seguir dicas para elaborar uma resenha

crítica:
“Principais pontos fortes de uma

resenha crítica”
Videoaula
Agora, serão apresentados os tipos de pesquisa existentes.
Tipos de pesquisa
Cada um possui um propósito e uma finalidade específica. Conhecer
os vários tipos de pesquisa o ajudará a usar a melhor para que você
possa obter os resultados esperados. O quadro a seguir mostra
044
como fazer o armazenamento e a coleta de dados da pesquisa, e

também as fases que a compõe.
Quadro 2 – Critérios de descrição relacionados com a coleta de dados de uma pesquisa
Fonte: PACHECO. In: site “Brasil Escola”. (Layout adaptado).
Veja se você entendeu os conceitos apresentados no quadro

resolvendo a questão a seguir.
045
Questão 3 - Quanto aos critérios de descrição relacionados com a

coleta de dados de uma pesquisa, marque a alternativa CORRETA.
a. O processo de comparação entre dados advindos de diferentes
fontes, com o objetivo de tornar mais convincentes e precisas as
informações obtidas, é chamado coleta de dados.
b. O critério de seleção da amostra verifica se o método utilizado
para coleta de dados está explícito.
c. O processo que evidencia os critérios para a escolha da amostra,
que servirá para compreender o objeto de estudo, é chamado Atividade

seleção da amostra. de fixação
d. Instrumentos utilizados para obter os dados da amostra
anteriormente definida se referem ao critério de triangulação.
e. Entrevistas e questionários são utilizados para se obter a seleção
da amostra.
Veja agora o QUADRO 3, que apresenta os tipos de pesquisa mais

usuais:
046
Quadro 3 – Critérios, classificação e descrição dos tipos de pesquisa
Fonte: PRODANOV E FREITAS, 2013, p. 127 e 128. (Adaptado).
047
Agora, verifique seu entendimento resolvendo a seguinte questão.
Questão 4 - Em relação aos objetivos do estudo, marque a opção
CORRETA.
a. Descritivo: proporciona maior familiaridade com o problema,
tornando-o explícito ou construindo hipóteses sobre ele.
b. Exploratório: identifica os fatores que causam um determinado
fenômeno, aprofundando o conhecimento da realidade.
c. Explicativo: apresenta as características de um determinado
grupo, demandando técnicas de padronização de coleta de
dados. Atividade
de fixação
d. Descritivo: Expõe as características de uma determinada
população ou fenômeno, demandando técnicas padronizadas de
coleta de dados.
e. Explicativo: proporciona maior intimidade com o problema,
tornando-o mais claro.

Depois da coleta das informações, é necessário fazer a análise

crítica de tudo que foi coletado e, para isso, destacam-se alguns
passos:
• Clareza no processo de análise é fundamental e tem como

objetivo identificar se a pesquisa conseguiu elucidar os
procedimentos que foram adotados e os dados que foram
obtidos. É imprescindível saber se os resultados obtidos
são reais e fruto de um processo rigoroso e sistemático de
análise de dados.
• Encadear ideias: o pesquisador deve sempre fazer o

acompanhamento do processo por meio do qual sua
pesquisa está sendo desenvolvida. Um estudo organizado
048
e com ideias concatenadas faz com que o leitor seja capaz

de saber o que o autor está propondo e de seguir o caminho
mais adequado para tirar suas próprias conclusões.
• Testar suas respostas empiricamente é fundamental para

confrontar os resultados que foram obtidos na pesquisa.
Esse texto envolve o que foi observado durante o processo
de pesquisa, e as hipóteses que foram produzidas.
• O pesquisador deve sempre construir uma explicação

para o leitor. Os procedimentos que foram usados para
que a análise de dados fosse obtida devem ser descritos
claramente.
• A literatura que está em conflito com o tema que está

sendo estudado também deve ser analisada, sob pena
de o pesquisador ter sua pesquisa totalmente invalidada.
Deve-se sempre comparar o que está sendo estudado
com a literatura que vai contra o que está se procurando
comprovar. A leitura conflitante é fundamental para o
pesquisador, para que ele consiga criar pensamentos mais
completos, com mais hipóteses, criatividade e inovação.
Como fazer a análise do material a ser

usado
Essa costuma ser a parte mais crítica para a maioria dos
pesquisadores que está começando. Onde encontrar material
adequado? O que usar? Como usar?
049
Um bom material resulta em uma boa pesquisa, um material ruim resultará
numa pesquisa sem criatividade... Veja como fazer isso:
• Para um trabalho acadêmico, seja um artigo, TCC, monografia,
tese ou dissertação, deve-se usar apenas fontes acadêmicas. É
proibido o uso de qualquer outra fonte que não seja acadêmica.
• Fontes como revistas convencionais (Veja, Isto É, Super etc) são
proibidas.
• Wikipédia não deve ser consultada sob nenhuma forma.
• Um grande aliado para se obter fontes acadêmicas é o Google
Scholar. Quando se usa esse recurso, consegue-se obter vários
artigos científicos, bem como revistas e jornais acadêmicos
conceituados.
• Não é recomendado usar referências com mais de 8 anos. A
pesquisa muda rápido devido ao avanço tecnológico e usar
artigos velhos pode comprometer seus resultados.
• Pode-se usar livros acadêmicos, mas dê preferência a artigos.
Uma boa média seria usar 2 livros a cada 10 artigos.
• Teses e dissertações são boas fontes de conhecimento e devem
ser usadas. As universidades costumam ter repositórios virtuais
sobre as obras publicadas e o acesso costuma ser livre.
Para facilitar seu entendimento sobre a organização dos dados

coletados para um trabalho acadêmico, assista à videoaula a
seguir:
“Como Organizar o Material da Sua

Pesquisa”
Videoaula
050
Onde conseguir bons artigos e demais referências:
A seguir, confira uma lista com os principais sites de pesquisa acadêmica
e científica para facilitar sua busca. É imprescindível usar apenas fontes
acadêmicas para a construção de uma boa pesquisa.
• Biblioteca Virtual Professora Alzira Altefender Silva Mesquita:
<http://www.usjt.br/biblioteca/>
• ANPAD: Associação nacional de pós-graduação e pesquisa em
administração: <http://www.anpad.org.br>
• BDBComp: Biblioteca Digital Brasileira de Computação: <http://
www.lbd.dcc.ufmg.br/bdbcomp/bdbcomp.jsp>
• BVS: Biblioteca virtual em saúde: <http://regional.bvsalud.org/
php/index.php>
• Capes – periódicos de acesso livre: <http://www.periodicos.
capes.gov.br>
• Domínio Público: Biblioteca Digital desenvolvida em
software livre: <http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/
PesquisaObraForm.jsp>
• Editora UNESP/ Cultura acadêmica- coleção PROPG
Digital e-books para downloads gratuitos: <http://www.
culturaacademica.com.br/catalogo.asp>
• Emerald Management Extra 111 (gestão e informação): <http://
www.emeraldinsight.com/index.htm>
• FIC: fonte de informação científica na internet: <http://www.
ficweb.blogspot.com.br>
• Hindawi: <http://www.hindawi.com/journals/>
• Scielo: biblioteca científica eletrônica: <http://www.scielo.org/
php/index.php>
051
• Portal CNPQ: Centro Nacional de Desenvolvimento Cientifico e
Tecnológico: <http://www.cnpq.br>
• Proquest (gestão, contabilidade e comércio): <http://search.
proquest.com/business/index>
• PubMed – NCBI: <http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed>
• Revista de Administração e Inovação: <http://www.revistas.usp.
br/rai>
• IEEE: Institute of Electrical and Electronic Engineer: <http://
ieeexplore.ieee.org/Xplore/home.jsp>
• Biblioteca digital de teses e dissertações: <http://www.teses.usp.
br/>
• ENEGEP: encontro nacional de engenharia de produção: <https://
www.abepro.org.br/enegep/2017/index.asp>
• SIMPEP: simpósio da engenharia de produção: <http://www.
simpep.feb.unesp.br/>
• SIMPOI: simpósio de administração da produção, logística
e operações internacionais: <http://gvces.com.br/simpoi-
xii-simposio-de-administracao-da-producao-logistica-e-
operacoes-internacionais-2?locale=pt-br>
• Revista Spell: <http://www.spell.org.br/periodicos>
• ABRASCO: associação brasileira de saúde coletiva: <https://www.
abrasco.org.br/site/>
• ABRASME: associação brasileira de saúde mental: <http://www.
abrasme.org.br/conteudo/view?ID_CONTEUDO=646>
• Revistas científicas eletrônicas (várias áreas de conhecimento):
<http://faef.revista.inf.br/site/index.asp>
• Portal de revistas em veterinária e zootecnia: <http://revistas.bvs-
vet.org.br/rcemv>
052
• Revista da sociedade brasileira de psicologia: <http://www.
temasempsicologia.org/conteudo/view?ID_CONTEUDO=27>
• Revista E-Psi: <https://revistaepsi.com>
• Revista da Biologia: <https://revistaepsi.com/>
• Revista Praxis: <http://praxispedagogica.unir.br/>
• Portal da Educação: <https://www.portaleducacao.com.br/
conteudo/artigos/pedagogia/revista-cientifica-educacao/13202>
• Direito e Justiça: <http://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.
php/fadir>
• Revista de Direito FGV: <http://direitosp.fgv.br/publicacoes/
revista/revista-direito-gv>
• Revista Brasileira de Marketing: <http://www.
revistabrasileiramarketing.org/ojs-2.2.4/index.php/remark>
• Revista PMKT: <http://www.revistapmkt.com.br/>
• Brazilian Journalism Research: <https://bjr.sbpjor.org.br/bjr>
• Revistas de estudos de comunicação: <http://www2.pucpr.br/
reol/pb/index.php/comunicacao?dd99=about>

Foram mostrados alguns dos principais repositórios científicos
disponíveis para pesquisa, mas existem vários outros que podem
ser usados, procure sempre algo científico relacionado à sua área.
Lembre-se de não utilizar materiais como revistas comerciais, blogs
sem credenciais, páginas de empresas, procure sempre fontes fiéis
e confiáveis.
Chegamos ao final dessa unidade. Você conheceu os principais

bancos de dados para se realizar uma pesquisa. Um bom referencial
bibliográfico é essencial para que se possa desenvolver um bom
trabalho acadêmico. Agora é só começar sua pesquisa!
053
Mas antes, assista à videoaula de encerramento.
Bons estudos!
“Tipos de pesquisa”
Videoaula
054
a. Correta. A fase decisória realmente se refere ao tema da pesquisa.
b. Incorreta. Essa fase engloba, além do plano de pesquisa, a
sua execução.
c. Incorreta. A fase de redação é responsável por englobar a fase
de coleta de dados e as informações que foram obtidas na fase
de construção.
d. Incorreta. Isso é feito na fase de redação.
e. Incorreta. O relatório de pesquisa é produzido na fase de redação.
Questão 2 - A resposta certa é a letra C. Justificativa:
a. Incorreta. Isso ocorre na segunda fase da pesquisa.
b. Incorreta. A redação final faz parte da terceira fase.

Atividades
c. Correta. A primeira fase é aquela que começa antes da realização de fixação
da pesquisa propriamente dita. RESPOSTAS
d. Incorreta. Essa etapa ocorre na quarta fase.
e. Incorreta. Essa etapa ocorre na primeira fase.
a. Incorreta. O processo apresentado na alternativa se refere
à triangulação.
b. Incorreta. A alternativa se refere ao critério clareza no processo
de coleta de dados.
c. Correta. A alternativa apresenta a definição do critério seleção
de amostra.
d. Incorreta. A alternativa se refere ao critério de métodos utilizados
na coleta de dados.
055
e. Incorreta. São elementos utilizados no critério métodos utilizados
na coleta de dados.
Questão 4 - A resposta certa é a letra D. Justificativa:
a. Incorreta. A alternativa se refere à definição do objetivo exploratório.
b. Incorreta. A alternativa se refere à definição de objetivo explicativo.

Atividades
c. Incorreta. A alternativa se refere à definição de objetivo descritivo. de fixação
d. Correta. A alternativa se refere à definição de objetivo descritivo.

RESPOSTAS
e. Incorreta. A alternativa se refere à definição de objetivo exploratório.
056
Referências
GIL, Antônio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. 6. ed. São
Paulo: Atlas, 2008.
KÖCHE, José Carlos. Fundamentos de metodologia científica: teoria da

ciência e iniciação à pesquisa. 24. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2007.
LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Fundamentos de

NASCIMENTO, Dinalva Melo do. Metodologia do trabalho científico:

teoria e prática. Rio de Janeiro: Forense, 2002.
PACHECO, Mariana do Carmo. Diferenças entre resenha crítica e

resumo. In: site “Brasil Escola”. Disponível em <http://brasilescola.uol.
com.br/redacao/diferencas-entre-resenha-critica-resumo.htm>. Acesso
em: 10 jul. 2017.
PRODANOV, Cleber Cristiano. Manual de metodologia científica. 3. ed.

Novo Hamburgo, RS: Universidade Feevale, 2006.
PRODANOV, Cleber Cristiano; FREITAS, Ernani Cesar. Metodologia do

trabalho científico: Métodos e Técnicas de Pesquisa e do Trabalho
Acadêmico. 2. ed. Rio Grande do Sul: Universidade Feevale, 2013.

rev. ampl. São Paulo: Cortez, 2002.
057
Conhecer bem diferentes técnicas
de organização de textos verbais
e não verbais para ser capaz
de estruturar informações,
conhecimentos, procedimentos,
fatos e opiniões
Elaboração
de Resumos
Olá!
Nesta unidade, você aprenderá a construir e elaborar resumos,

resenhas e fichamentos, que são importantes ferramentas para
a elaboração de trabalhos, projetos de pesquisa e outros tipos de
produções bibliográficas.
Ao final desta unidade, você será capaz de:
1. Elaborar resumos e fichamentos;
2. Compreender e identificar as partes que compõem um resumo;
3. Compreender os tipos de fichamentos;
4. Aplicar estas ferramentas em seu cotidiano acadêmico.

Técnicas de elaboração
de resumos, fichamentos
e resenhas
Resumo é a versão precisa, sintética e seletiva do texto do
documento, destacando os elementos de maior importância de um
artigo ou texto científico: objetivos, métodos utilizados, resultados e
conclusões.
O resumo
A primeira ferramenta que será abordada é o resumo, um dos
tópicos mais importantes para quem irá construir um trabalho
de uma determinada disciplina ou, ainda, elaborar um artigo para
publicar as suas pesquisas durante a sua vida acadêmica.
Mas, afinal, o que é um resumo?
Resumo é a versão precisa, sintética e seletiva do texto do documento,
destacando os elementos de maior importância de um artigo ou texto
científico: objetivos, métodos utilizados, resultados e conclusões.
O resumo contém todo o desenvolvimento do trabalho, desde

a introdução até as conclusões. Porém ocupa espaço bastante
reduzido nas publicações científicas – em geral, não ultrapassam
uma folha –, sendo frequentemente limitado a certo número
de linhas, palavras ou caracteres. Normalmente, é elaborado
após a finalização do trabalho e não tem a pretensão de ser uma
“miniatura” do artigo, devendo ser um texto breve, que informe o
que será encontrado no conjunto do texto do trabalho.
061
Na construção do resumo, pode-se apresentar uma breve

justificativa do estudo, em seguida mostrar os principais resultados
(que já permitem ao leitor deduzir o objetivo do estudo) e, por fim,
as conclusões de forma bem clara (são o ponto alto do resumo).
Aproveitar bem o espaço oferecido para o resumo é importante, mas
deve-se procurar não se estender demais para não desestimular o
leitor a ler o artigo todo.
Para uma organização adequada desse elemento pré-texto, sugerem-se
algumas dicas:
• O resumo deve começar com uma frase que contenha o essencial
do documento original, evitando-se repetir as palavras do título;
• Deve-se incluir unicamente os pontos significativos, ser claro e
conciso, evitando comentários periféricos e generalidades;
• Deve ser redigido em um único parágrafo, com frases simples,
coerentes, e com continuidade (começo, meio e fim);
• Não deve conter citações bibliográficas, tabelas, quadros,
esquemas;
• Deve-se usar preferencialmente a terceira pessoa do singular;
• Tempo e verbo não devem dissociar-se dentro do resumo;
• Deve-se evitar repetições e abusos de explicações, bem como o
uso de adjetivos e advérbios;
• Deve-se usar a ordem direta das palavras (sujeito + verbo +
complemento).
062
Estruturação de Textos e Resumo de

Apresentação de Pesquisa
Veja abaixo o exemplo detalhado de uma apresentação de pesquisa.
Deve-se adotar, preferencialmente, a estruturação do texto em:
• Introdução – informar, em poucas palavras, o contexto em que o
trabalho se insere, sintetizando a problemática estudada;
• Objetivo – explicitar claramente;
• Métodos – explicar os procedimentos adotados com informações
sobre o que foi estudado, local, análises estatísticas e/ou
experimentos, amostragem etc;
• Resultados – destacar os mais relevantes para os objetivos
pretendidos e, quando quantitativos, apresentar os resultados
numéricos;
• Conclusões – destacar as mais relevantes que corroboram
parcial ou totalmente, ou ainda falseiam a hipótese (o objetivo).
Observe agora o exemplo abaixo, em que é possível observar todas

as etapas descritas anteriormente em um resumo de um projeto de
pesquisa:
Resumo detalhado de uma apresentação de pesquisa
O professor de Botânica e Fitoterapia solicitou a elaboração de um resumo
de 200 a 300 palavras, tamanho típico dos resumos que são utilizados
para participação e apresentação dos trabalhos em eventos científicos.
063
Desta forma, no resumo do trabalho, deverá constar:
• Na introdução: qual é a planta estudada e o panorama geral de
suas utilizações (em fitoterapia e/ou outra prática de cura);
• Nos objetivos: qual foi a hipótese investigada, em geral, que
atividade foi suposta para a planta;
• Para os métodos, lembrar-se de colocar a data de busca nos
indexadores da Internet e, se foram poucos indexadores (um ou
dois somente), colocar quais;
• Nos resultados, os dados numéricos podem ser sucintamente
apresentados, e a corroboração ou não da hipótese, conforme os
estudos;
• As conclusões podem trazer a síntese dos efeitos da planta,
conforme a hipótese, ou derrubando-a.
Observe, com base no exemplo fornecido para o Hypericum perforatum,
planta também conhecida como Erva de São João ou Hipericão, como
elaborar o resumo para o trabalho:
[INTRODUÇÃO: A fitoterapia constitui uma forma de terapia medicinal que vem
crescendo notadamente nestes últimos anos, a tal ponto que, atualmente, o
mercado mundial de fitoterápicos gira um capital em torno de, aproximadamente,
22 bilhões de dólares. Um fitoterápico largamente prescrito, principalmente
na Europa e Estados Unidos, para distúrbios psíquicos, é um derivado do
Hypericum perforatum L.] [OBJETIVO: O presente trabalho objetivou verificar,
em uma revisão bibliográfica, estudos que evidenciem a eficácia desta planta
para tratamento de depressão.] [METODOLOGIA: Foi realizada, em 15 de abril
de 2011, busca em indexadores de publicações científicas na Internet, artigos
relacionados com o nome específico da planta e depressão.] [RESULTADOS
E DISCUSSÕES: Dentre milhares de estudos encontrados, foram obtidos 15
artigos tratando de estudos indicando a composição química do Hypericum
perforatum L. e respectivas aplicações farmacológicas. Dos princípios ativos
isolados da planta, os mais importantes são a hipericina, pseudo-hipericina,
hiperforina, amentoflavonóide, biapigenina e xantonas. A ação da hipericina
se deve à inibição da monoamino oxidase (IMAO), enzima que atua sobre
064
os neurotransmissores. Alguns pesquisadores acreditam que a hipericina
tenha ação na recaptação cerebral de serotonina. Pelas pesquisas até agora
realizadas sobre os efeitos farmacológicos dos extratos de hipérico, pode-se
concluir que a ação antidepressiva se deve não apenas a diversos constituintes,
mas também a diferentes mecanismos de ação. O hipérico é contraindicado a
pacientes com hipersensibilidade a qualquer um dos componentes da fórmula,
sendo que pessoas diabéticas, mulheres grávidas ou em fase de amamentação
não devem utilizá-la.] [CONCLUSÃO OU CONSIDERAÇÕES FINAIS: Apesar
das controvérsias, a hipótese mais aceita é de que a ação terapêutica para
tratamento de depressão é devido à presença da hipericina ou de compostos
derivados da hipericina.]
Fonte: Material Institucional da Disciplina de Metodologia da Pesquisa da
Universidade São Judas Tadeu.
Para saber mais como elaborar resumos de trabalhos e artigos

acadêmicos, assista à videoaula sobre Elaboração de Resumos:
“Dicas para elaboração de resumos”

Videoaula
Outras Formas de se Resumir um

Texto Científico
Resenhas
Os amantes de esportes devem ter ouvido falar nos programas

esportivos e expressão “Segue a resenha”, ou os cinéfilos e amantes
de teatro já devem ter lido nas colunas culturais de jornais e revistas,
aqueles textos onde se resumem os filmes e as peças, muitas
vezes com as opiniões de críticos de arte ou jornalistas. Estes são
pequenos exemplos de resenhas.
As resenhas são textos de origem cultural, técnico ou cientifico de

modo a abordar os principais aspectos dos fatos ou das obras.
065
Em geral, as resenhas informam os leitores sobre as obras e, na

sua grande maioria, abordam os aspectos negativos e positivos
de uma determinada obra, sendo assim seu caráter é informativo
e de opinião. As resenhas são consideradas textos de curta
duração, pois seu objeto de análise envelhece, ou muitas vezes
muda de opinião ao ser revisto diante de uma determinada época
ou situação. Atualmente existem diversos canais de conteúdo on-
line que emitem “resenhas” sobre os mais diversos assuntos como
filmes, séries, quadrinhos e afins.
Quando vocês pesquisarem sobre resenhas, alguns autores

poderão chamá-las também de Recensão Crítica.
Texto de autoria do autor.
O que deve constar em uma resenha?
• O título.
• A referência bibliográfica da obra.
• Alguns dados bibliográficos do autor da obra resenhada.
• O resumo ou síntese do conteúdo.
• A avaliação crítica.
E como saber do que se trata cada obra de uma maneira simples

e objetiva para as pesquisas? Aprenda agora um pouco sobre a
técnica de fichamento.
Fichamento de textos
Nem sempre o estudante terá em mãos os artigos e livros de que
necessita para a realização de seus trabalhos. Desta maneira,
aprender como realizar fichamentos pode economizar muito tempo
indo e vindo em busca de informações.
066
Mas, afinal, o que é um fichamento?
O fichamento é um procedimento no qual o acadêmico lista as principais
ideias de um texto de livro, artigo, site, jornal e etc. Com essas ideias em
mãos, podemos construir novas ideias e citá-las de maneira mais eficiente.
Antes de ascensão dos computadores, este procedimento era realizado
em fichas pautadas de diversos tamanhos. Hoje podemos utilizar editores
de texto, onde as informações serão armazenadas em arquivos, e estes
arquivos podem ser salvos em pastas de acordo com a necessidade de
cada trabalho.
Tipos de fichamentos:
Existem quatro tipos de fichamentos. São eles:
• Bibliográfico – Descrição dos assuntos abordados em uma

obra.
• Conteúdo ou temático – Síntese das principais ideias

contidas nas obras. O aluno elabora com suas próprias
palavras a interpretação do que foi lido. Desta maneira,
procura reunir o que é relevante para a pesquisa.
• De citações – Transcreve literalmente as frases que se

pretende usar na redação do trabalho.
• De opinião – Comentários ou analítico.
Observe abaixo alguns tipos de fichamentos descritos

anteriormente:
067
Fonte: SILVA. In: site “Monografias Brasil Escola”
068
Em relação aos exemplos de referências utilizados nos fichamentos do
quadro acima, algumas instituições utilizam o itálico ao invés do negrito.
Verifique sempre o critério utilizado na instituição a qual você pertence
Como fazer um fichamento?
Abaixo, seguem cinco dicas de como realizar um fichamento, mas somente
a prática poderá levá-lo a realizar fichamentos completos e com conteúdo
significativo para a sua pesquisa:
• Leitura dinâmica do artigo, obra ou texto a ser fichado: consiste
no primeiro contato com a obra.
• Destaque dos pontos mais importantes do texto:
• Destaque os argumentos principais;
• Reproduza os pontos principais (utilize aspas e cite a página);
• Parafraseie o autor (cuidado com cópia!), reproduza com as suas
palavras o que o autor quis dizer.
Agora que o assunto foi concluído, assista à videoaula sobre Resenhas
e Fichamentos.
“Resenhas e Fichamentos”
Videoaula
069
Resolva agora as questões de fixação do conteúdo que

você aprendeu.
Questão 1 - Leia o resumo abaixo:
Ocorrência de MRSA (Staphylococcus Aureus Resistente à Meticilina)
em Pacientes e Enfermeiros em Hospital da Região de Araraquara –
Resultados Preliminares
{Infecções estafilocócicas ocorrem regularmente em pacientes
hospitalizados provocando severas consequências. Algumas condições
de risco, como o uso de imunossupressores e novas cepas de bactérias
resistentes a antimicrobianos, são consideradas prováveis causas
de infecções hospitalares. – ETAPA A} {Este trabalho teve como
objetivo analisar a ocorrência de MRSA em nasofaringe de pacientes
imunocomprometidos e enfermeiros de hospital da região de Araraquara.
– ETAPA B} {O material coletado da cavidade nasal, com um “swab” estéril,
foi semeado em meio TSB logo após a coleta. Um inócuo proveniente
do crescimento em TSB foi semeado em Ágar Manitol Salgado visando
à obtenção de colônias isoladas. Colônias características de S. aureus,
crescidas nesse meio, foram submetidas à coloração de Gram, prova Atividade

da catalase e da coagulase. As colônias que evidenciaram cocos Gram- de fixação
positivos arranjados em cacho, catalase e coagulase positivos foram
identificadas como S. aureus e submetidas ao teste de sensibilidade ao
antibiótico oxacilina pelo método de difusão em disco. Das 62 amostras
coletadas e analisadas, 22 (35,4%) foram positivas para a presença de
S. aureus e, destas, 9 (40,09%) apresentaram resistência à oxacilina. –
ETAPA C} {A crescente presença de MRSA em isolados clínicos (em torno
de 25% a 50% dos isolados) geram sérios problemas hospitalares por
aumentar os custos do tratamento com o paciente e o prolongamento de
sua internação, além de diminuir expressivamente as chances de cura do
doente. – ETAPA D}.

Fonte: Material Institucional da Disciplina de Metodologia da Pesquisa da
Universidade São Judas Tadeu.
070
Baseado no conteúdo estudado, as etapas A e C correspondem,
respectivamente, aos tópicos:
a. Introdução e objetivos.
b. Introdução e metodologia.
c. Metodologia e considerações finais.
d. Objetivos e considerações finais.
e. Objetivos e metodologia.
Questão 2 - Associe as etapas identificadas no texto da pesquisa
e listadas na coluna I com sua categoria correspondente nas etapas
técnicas do texto científico da coluna II.
COLUNA I COLUNA II
Etapa A ( ) conclusões ou considerações finais
Etapa B ( ) metodologias
Etapa C ( ) objetivos
Etapa D ( ) introdução
Assinale a alternativa que corresponde à associação CORRETA.

Atividade
a. C, D, B, A. de fixação
b. A, B, C, D
c. D, B, A, C.
d. C, A, B, D.
e. D, C, B, A.
071
Veja agora o vídeo de finalização da unidade. Um grande abraço!
“Identificando as partes de
um Resumo”
Videoaula
072
a. Incorreta. Lembre-se de que, na introdução, deve-se citar as
ideias iniciais que conduziram ao estudo, e os objetivos são as
pretensões com o estudo.
b. Correta. A parte do resumo “A” refere-se à introdução ou à
apresentação do tema e a parte do resumo “C” corresponde a
como foram realizados os procedimentos de campo, laboratoriais
ou de pesquisa bibliográfica.
c. Incorreta. A metodologia é a forma como o trabalho será realizado
e as considerações finais fazem parte do fechamento das ideias
que foram obtidas na realização do estudo.
d. Incorreta. Os objetivos são as pretensões com o estudo e as
considerações finais fazem parte do fechamento das ideias que
foram obtidas na realização do estudo.
e. Incorreta. Os objetivos são as pretensões com o estudo e a
metodologia é a forma como o trabalho será realizado. Atividades

de fixação
Questão 2 - A resposta certa é a letra E. Justificativa: RESPOSTAS
a. Incorreta. Lembre-se de encontrar no texto as ideias que foram o
ponto de partida para a pesquisa: introdução; o que se espera do
presente estudo ou pesquisa: objetivos; a forma como o trabalho
foi realizado: metodologia; o fechamento, ou o que se descobriu
com o estudo.
b. Incorreta. Lembre-se de encontrar no texto as ideias que foram o
com o estudo.
c. Incorreta. Lembre-se de encontrar no texto as ideias que foram o
073
com o estudo.
d. Incorreta. Lembre-se de encontrar no texto as ideias que foram o
com o estudo.
Atividades
e. Correta. Muito bem! Você encontrou a correspondência correta
de fixação
entre as ideias que foram o ponto de partida para a pesquisa: RESPOSTAS
introdução; o que se espera do presente estudo ou pesquisa:
objetivos; a forma como o trabalho foi realizado: metodologia; o
fechamento, ou o que se descobriu com o estudo.
074
Referências
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6023:
Informação e documentação - Referências - Elaboração. Rio de
Janeiro, 2002.
CERVO, Arnaldo L.; BERVIAN, Pedro A.; SILVA, Roberto da. Metodologia
científica. 6 ed. São Paulo: Prentice Hall, 2009. 162p. (Capitulo 5 –
Fases da Elaboração da Pesquisa).
GIL, Antônio Carlos. Como Elaborar Projetos de Pesquisa. São Paulo:

Editora Atlas S.A., 1988.
SEVERINO, Antônio Joaquim. Metodologia do trabalho científico. 23.

ed. rev. e atual. São Paulo, SP: Cortez, 2007. 304 p.
SILVA, Maria Cabral da. Tipos de Trabalhos Acadêmicos: o fichamento.

In: site “Monografias Brasil Escola”. Disponível em: <http://
monografias.brasilescola.uol.com.br/regras-abnt/tipos-trabalhos-
academicos-fichamento.htm>. Acesso em: 14 jun. 2017.
075
Relações
intratextuais e
intertextuais
e identificação
de deduções e
inferências
Olá, alunos! Nesta unidade, vocês verão como interpretar um

texto acadêmico científico. Ao final, vocês serão capazes de
efetuar a leitura científica dentro de critérios gramaticais e
técnicos que possibilitem a compreensão do texto lido sem
cansaço desnecessário e irão adquirir fluência objetiva e
identificar termos essenciais.
Vamos começar?
Relações intra e
intertextuais
A compreensão de ideias originadas em um texto, em diferentes
textos ou, ainda, em imagens, tirinhas de jornais, revistas em
quadrinhos e outros tipos de mídias é uma das qualidades
importantes que um aluno de nível superior deve conquistar.
Nesta unidade, você aprenderá como conseguir desenvolver esta

habilidade, a fim de que possa compreender de forma mais clara
e objetiva os diversos tipos de textos que serão lidos ao longo de
sua formação.
Um dos maiores obstáculos na aprendizagem para quem ingressa no
ensino superior é a compreensão dos textos teóricos das diversas áreas
de conhecimento. Isso muitas vezes gera desânimo e, consequentemente,
a falta de interesse pela leitura dos diversos documentos bibliográficos,
magnéticos e eletrônicos disponíveis. No primeiro momento, a justificativa
para o surgimento deste comportamento de desânimo seria a falta de
hábito do aluno-leitor com o pensamento e rigor dos textos científicos e
filosóficos. Diferentemente do texto literário, a leitura científica carece de
conhecimento pré-concebido para a completa compreensão dos assuntos
nela contidos.
Embora para muitos leitores iniciantes de filosofia e de ciências,
principalmente os vindos da literatura não acadêmica, a compreensão do
texto científico possa parecer algo impossível, afirmo com antecedência
que é possível compreender e gostar desse tipo de literatura, desde que se
possua uma boa dose de perseverança e atenção. Como será abordado
adiante, ao iniciar o estudo interpretativo, pode-se observar que é possível
ultrapassar os obstáculos iniciais e eliminar qualquer vestígio do grande
abismo que por acaso tenha sido imaginado.
078
Como método prático e que torne válidos nossos objetivos, todo o trabalho
interpretativo será conduzido segundo as etapas técnicas a seguir
enumeradas:
1. Delimitação da unidade de leitura:

A primeira medida a ser tomada pelo leitor é o estabelecimento de
uma unidade de leitura. Unidade é uma parte do texto que forma a
ideia total, assim, pode-se considerar um capítulo, uma sessão ou
qualquer outra subdivisão do texto.
O importante é que a leitura seja realizada em passos, ou seja,
somente após a leitura e análise completa de uma unidade,
passaremos para outra.
Além disso, essa delimitação tem por objetivo facilitar o estudo do
texto, como pode ser verificado nos tópicos abaixo:
a. favorecer a compreensão global do significado do texto;
b. treinar para a compreensão e interpretação crítica dos textos;
c. auxiliar no desenvolvimento do raciocínio lógico;
d. fornecer instrumentos para o trabalho intelectual
desenvolvido nos seminários, no estudo dirigido, no estudo
pessoal e em grupos.
2. Análise textual:
Faz parte da preparação para a leitura. Na análise textual, procura-
se particionar cada termo, vocábulo ou pensamento para estudo
apropriado e detalhado de seus respectivos conhecimentos.
Delimitada a unidade de leitura, faz-se a leitura prévia e inicia-se o
trabalho ou etapas de análise textual:
I. Fazer a leitura rápida e atenta da unidade para se adquirir
uma visão de conjunto dela;
II. Compreender fatos e dados sobre o autor do livro e/ou
pesquisa;
III. Interpretar os fatos e autores citados;
IV. Esquematizar o texto com vistas à sua estrutura redacional;
V. Analisar e sanar dúvidas de vocabulário – não tenha
vergonha! Todos precisam de dicionários, afinal, ninguém
nasce sabendo!
3. Análise temática:
Já que as dúvidas gerais do texto foram diminuídas, passa-se para a
análise temática, em que o objetivo é começar a focar o texto sob o
aspecto da compreensão global do que é tratado. Costumeiramente,
diz-se que nesta etapa “nós ouvimos o que o autor ou autores têm a
nos dizer”.
079
Para tanto, deve-se seguir os seguintes passos::

I. Determinar o tema-problema; em geral, pergunta-se: qual é o
problema a ser solucionado?
II. Determinar a ideia central e as ideias secundárias da unidade;
pode-se perguntar: a unidade lida é questão de outros
assuntos?
III. Refazer a linha de raciocínio do autor, ou seja, reconstruir o
processo lógico do pensamento do autor: o que o autor fala
sobre o tema?
IV. Evidenciar a estrutura lógica do texto, esquematizando a
sequência de ideias.
4. Análise interpretativa:
Interpretar, em sentido restrito, é tomar uma posição própria a
respeito das ideias anunciadas, é ir além da mensagem do texto, é
ler nas entrelinhas, é forçar o autor a um diálogo, é explorar todo o
universo das ideias expostas, é compará-las com outras, enfim, é
dialogar com o autor. Portanto, é uma etapa difícil e delicada e deve
seguir a sequência abaixo:
I. Situar o texto segundo a vida e a obra do autor, assim como
no contexto da cultura e de sua especialidade, tanto do ponto
de vista histórico quanto do ponto de vista teórico;
II. Explicitar os pressupostos filosóficos do autor que justifiquem
suas posturas teóricas;
III. Aproximar e associar as ideias do autor, expressas na unidade,
com outras ideias relacionadas à mesma temática;
IV. Exercer uma atitude crítica diante das posições do autor em
termos de:
a. coerência interna da argumentação;
b. validade dos argumentos empregados;
c. originalidade do tratamento dado ao problema;
d. profundidade da análise do tema.
5. Problematização:
Está relacionada ao texto, principalmente quando se trata de trabalho
em grupo. Deve ser descrita segundo a abordagem a seguir:
I. Levantar e debater questões explícitas ou implícitas no texto;
II. Debater questões afins sugeridas pelo leitor.
6. Síntese:
Embora seja um tratado pessoal do assunto, o leitor não deve
esquecer o sentido inicial dado pelo autor e cabem duas partes
sucintas:
I. Desenvolver a mensagem mediante retomada pessoal do
texto e raciocínio personalizado;
II. Elaborar um novo texto, com redação própria, discussão e
reflexão pessoais.
080
Para ficar mais claro e objetivo, veja o esquema abaixo com todas as
etapas do processo de compreensão do texto:
Figura 1 – Etapas do processo de compreensão do texto
Fonte: SEVERINO, 2007, p. 61.
081
Agora, tente os mesmos passos na tirinha abaixo:
Figura 2 – Intertextualidade
Fonte: Núcleo de Educação a Distância (NEaD), Ânima, 2017.
Quanto mais contato com este tipo de literatura você tiver, com mais
rapidez e maior será o seu entendimento do texto e das relações do seu
texto com outros textos.
Sugiro a leitura da obra abaixo que, além dos textos detalhados sobre o
assunto, versará sobre diversos aspectos da construção e das etapas da
construção de trabalhos acadêmicos.
rev. e atual. São Paulo, SP: Cortez, 2007. 304 p.
À primeira vista, pode parecer que esse será um trabalho para

super-heróis ou para pessoas com habilidades especiais, mas, com
o tempo, este exercício passará a se tornar automático e quanto
mais contato com este tipo de literatura você tiver, com mais
rapidez e maior será o seu entendimento do texto e das relações do
seu texto com outros textos.
082
Agora, assista à videoaula sobre Interpretação de Textos Acadêmicos.
“Interpretação de textos acadêmicos ”

Videoaula
Não se esqueça de responder as questões de fixação:
Questão 1 - Leia o texto abaixo:
Ninguém duvida de que as redes sociais alteram crenças e
comportamentos humanos. Desde que nossos ancestrais andavam em
bandos pelas estepes africanas, as redes sociais serviam para trocar
ideias, homogeneizar crenças e influenciar atitudes.
Nessas populações, as redes operavam por meio de conversas face a
face, em volta de uma fogueira. Mais tarde, nas cidades, havia discussões
em praça pública, conversas nos mercados e discursos de políticos.
Foram essas redes sociais que moldaram o pensamento e as ações das
civilizações antigas e das nações modernas. Mas na última década surgiu
a comunicação digital e parte das interações sociais adquiriu um caráter
virtual, a partir de sistemas como o Facebook, o Twitter e outros, que nada
mais são do que as velhas redes sociais, agora na forma digital.

Atividade
Muitos cientistas se perguntam qual o seu poder real. Exemplos recentes, de fixação
como a Primavera Árabe, sugerem que as novas redes sociais influenciam
comportamentos e crenças, mas é difícil definir e medir separadamente
a contribuição das redes tradicionais e a das redes digitais para esse
processo. Como teria sido a Primavera Árabe sem e-mail, Twitter e
Facebook?
(Adaptado de Fernando Reinach. Disponível em http://www.estadao.com.br/
noticias/impresso,facebook-e-indu cao-ao-voto ,939893,0.htm)
Leia com atenção as afirmações abaixo.
I. O
autor usa a expressão redes sociais para designar tanto as
novas tecnologias de comunicação virtual como as formas
083
ancestrais de socialização e troca de informações entre os seres
humanos.
II. O ponto de interrogação empregado no último parágrafo é
desnecessário e poderia ser dispensado, pois se trata de uma
pergunta retórica, já que se infere do texto que o movimento social
conhecido como Primavera Árabe apenas se disseminou pelos
países árabes, porque houve ali acesso maciço às tecnologias de
comunicação virtual.
III. Infere-se do texto que o comportamento de uma pessoa é
influenciado em alguma medida pelo comportamento daqueles
com quem ela se comunica de alguma forma.
IV. O autor defende a tese de que, desde a época primitiva, as crenças
e os valores dos membros de uma determinada comunidade são
moldados pelas ideias dos que ostentam posição hierárquica Atividade

superior. de fixação
Está CORRETO o que se afirma em:
a. I e III apenas.
b. I, II e IV apenas.
c. III e IV apenas.
d. I e II apenas.
e. II e III apenas.
084
Questão 2 - Leia o trecho abaixo:
Os cientistas já não têm dúvidas de que as temperaturas médias estão
subindo em toda a Terra. Se a atividade humana está por trás disso, é uma
questão ainda em aberto, mas as mais claras evidências do fenômeno
estão no derretimento das geleiras. Nos últimos cinco anos, o fotógrafo
americano James Balog acompanhou as consequências das mudanças
climáticas nas grandes massas de gelo. Suas andanças lhe renderam um
livro, que reúne 200 fotografias, publicado recentemente.
Icebergs partidos ao meio e lagos recém-formados pela água derretida
das calotas de gelo são exemplos. Esse derretimento é sazonal. O gelo
volta nas estações frias, mas muitas vezes em quantidade menor, e por
menos tempo. Há três meses um relatório da NASA, feito a partir de
imagens de 15 satélites, mostrou que boa parte da superfície de gelo da
Groenlândia foi parcialmente derretida − transformada em uma espécie de
lama de neve − em um tempo recorde desde os primeiros registros, feitos
trinta anos atrás. Outro relatório, elaborado pela National Snow and Ice
Data Center, mostra que o gelo do Ártico, durante o verão do hemisfério Atividade
norte, teve a maior taxa de derretimento da história, superando o recorde de fixação
anterior, de 2007.
Nem sempre, porém, menos gelo significa más notícias. A alta da
temperatura na Groenlândia permitiu a volta da criação de gado leiteiro e
o cultivo de vários tipos de vegetais, como batata e brócolis. Além disso,
o derretimento do gelo no Ártico vai permitir a exploração de reservas de
petróleo e abrir novas rotas de navegação. O que se vê nas fotos de James
Balog é um mundo em transformação.

(MELO.Carolina. O degelo visto de perto. Veja,ed. 2294, n 45., 2012, p. 121-122)
O último parágrafo do texto expressa:
a. as previsões alarmistas que, ao considerarem os dados
resultantes das pesquisas sobre o aquecimento global, vêm
confirmar os riscos de destruição do planeta.
085
b. a possibilidade de destruição total de uma vasta região do
planeta, pondo em risco a sobrevivência humana, por escassez
de água e de alimentos.
c. as conclusões dos cientistas a respeito das evidências do atual
aquecimento mais rápido do planeta, fenômeno que prejudica a
agricultura nas regiões polares.
d. um posicionamento otimista quanto às consequências de um
fenômeno que, em princípio, é visto como catastrófico para o Atividade

futuro do planeta. de fixação
e. uma opinião pouco favorável à exploração econômica, ainda inicial,
de uma das regiões mais frias do planeta, coberta por geleiras.
Veja agora o vídeo de finalização dessa unidade.
“Intertextualidade”
Videoaula
086
a. Correta. Você utilizou as técnicas de análise textual temática e
interpretativa corretamente.
b. Incorreta. Releia a técnica de análise textual.
c. Incorreta. Reveja a técnica de análise interpretativa.
d. Incorreta. É necessário utilizar a técnica de análise temática.
e. Incorreta. Reveja as técnicas de análises textuais.
Questão 2 - A resposta certa é a letra D. Justificativa: Atividades

de fixação
a. Incorreta, reveja as técnicas de análise textual.
RESPOSTAS
b. Incorreta, reveja as técnicas de análise temática.
c. Incorreta, releia as técnicas de problematização.
d. Correta, você utilizou corretamente as técnicas de interpretação
apresentadas em nossa aula.
e. Incorreta, reveja as técnicas de análise temática e interpretativa.
087
Referências
Janeiro, 2002.
científica. 6. ed. São Paulo: Prentice Hall, 2009. 162p. (Capitulo 5 –
GIL, António Carlos. Como Elaborar Projetos de Pesquisa. São Paulo:



In: site “Monografias Brasil Escola”. Disponível em: <http://monografias.
brasilescola.uol.com.br/regras-abnt/tipos-trabalhos-academicos-
fichamento.htm>. Acesso em: 14 jun. 2017.
088
Informações de
diferentes fontes
Nesta unidade, você aprenderá a obter material bibliográfico para

fundamentar trabalhos, pesquisas e futuros projetos acadêmicos.
Ao final da unidade, você será capaz de:
• Compreender os tipos de documentos bibliográficos e não

bibliográficos existentes;
• Conhecer as principais bases de dados existentes para

pesquisas acadêmicas em geral;
• Realizar buscas em bases de dados.

Como Organizar e
Agrupar Teorias,
Ideias, Dados, Fatos
e Informações
O procedimento básico para a realização da pesquisa bibliográfica
é a busca, levantamento e procura da fonte de informação
(bibliográfica), que são os documentos (base de conhecimento
fixado materialmente em impressos e/ou em meios eletrônicos
ou magnéticos).
Quanto à natureza, os documentos bibliográficos podem ser (segundo a
Norma 6023, de 2002, da ABNT):
• Primários – quando coletados em primeira mão, como
pesquisa de campo, testemunho oral, depoimentos, entrevistas,
questionários etc.; são constituídos por obras ou textos originais,
material ainda não trabalhado, sobre determinado assunto; pela
sua relevância, dão origem a outras obras, que vão formar uma
literatura ampla sobre aquele determinado assunto. Exemplos:
documentos fotográficos, recursos audiovisuais (como
programas radiofônicos ou televisivos), desenhos, pinturas,
músicas, entrevistas, depoimentos, questionários, dados
estatísticos, autobiografias e diários etc.;
• Secundários – quando colhidos em relatórios, livros, revistas,
jornais e outras fontes documentais; são constituídos pela
literatura originada de determinadas fontes primárias, isto é, de
obras que interpretam e analisam fontes primárias. Exemplos:
relatórios, livros, revistas, jornais, magnéticos ou eletrônicos;
091
• Terciários – quando lidos e utilizados em outro texto e não
utilizados originalmente; portanto, são citados por outra pessoa
(são os in e apuds).
Tipos gerais de documentos ou fontes bibliográficas (Segundo Spina
2003):
Documentos escritos impressos – divididos em cinco categorias (GIL,
1988):
• Livros de leitura corrente: Obras de literatura, em seus diversos
gêneros (romance, poesia, teatro etc.); obras de divulgação,
que podem ser técnico-científicas (utilizam linguagem própria
da ciência e destinam-se aos especialistas de cada área) e de
vulgarização (destinam-se ao público não especializado).
• Livros de referência: Dicionários, enciclopédias e anuários são
as principais obras de referência informativa. As de referência
remissiva são os catálogos das grandes bibliotecas e editoras, os
boletins e os jornais especializados.
• Periódicos: As principais publicações periódicas são os jornais e
revistas, de grande utilidade para a atualização das informações.
As revistas costumam publicar resenhas, que representam uma
forma de estar em dia com publicações recentes de cada área do
conhecimento.
• Impressos diversos: Além de livros, jornais e revistas, são
encontrados nas bibliotecas de publicações do governo,
boletins informativos de empresas ou de institutos de pesquisa,
estatutos de entidades diversas etc..
• Obras de estudo: São os tratados, manuais, textos, compêndios,
monografias, teses, ensaios, conferências, antologias, seleções,
dissertações etc.
092
• Documentos escritos depositados em meios magnéticos e/ou
eletrônicos – Arquivos em disquete, base de dados em CD-ROM,
boletins eletrônicos (BBS), e-mail, discos, discos compactos (CD
- Compact disc), fitas gravadas, homepage, filmes e vídeos, listas
de discussões, microfilmes, slides (diapositivos).
Figura 1 – Tipos de documentos que podem ser utilizados

nas pesquisas
Fonte: Núcleo de Educação a Distância (NEaD), Ănima, 2017.
Para aprofundamentos mais detalhados, indico a leitura desta obra, que
serve de base e auxílio de textos acadêmicos para muitos estudantes:
CERVO, Amado L.; BERVIAN, Pedro A.; SILVA, Roberto da. Metodologia
científica. 6 ed. São Paulo: Prentice Hall, 2009. 162p. (Capitulo 5 – Fases da
Elaboração da Pesquisa).
093
Agora, assista à videoaula sobre os diversos tipos de documentos

bibliográficos.
“Tipos de documentos bibliográficos”

Videoaula
1. Como realizar a busca/levantamento/procura da fonte de
informação?
Por meio da utilização de palavras-chave, que identificam ou se relacionam
com o problema de estudo, realiza-se:
• Levantamento em bibliotecas;
• Levantamento em instituições públicas (de pesquisas e/ou
governamentais) e privadas;
• Levantamento na rede mundial de computadores – Internet.
2. Como realizar a busca de fontes de informação sobre o tema/
objeto de estudo na Internet?
Também utilizando palavras-chave nos sites de busca ou indexadores: a
palavra-chave mais utilizada é o assunto central da pesquisa, e pode ser
associada a outras palavras que fazem parte do tema central do trabalho.
Indexadores ou Bases de Dados Científicos (Textos retirados dos
próprios sites):
• http://scholar.google.com.br/ – O Google Acadêmico oferece
uma forma simples de pesquisar literatura erudita de uma
094
forma vasta. A partir de um local, pode-se pesquisar inúmeras
disciplinas e fontes: ensaios analisados pelos pares, teses,
livros, resumos e artigos de editores acadêmicos, sociedades
profissionais, arquivos de publicações preliminares, universidades
e outras organizações eruditas. O Google Acadêmico o ajudará
a identificar a pesquisa mais relevante em todo o mundo de
pesquisa erudita.
• http://www.scielo.com.br/ – Scientific Electronic Library Online
(Biblioteca Científica Eletrônica em Linha) com periódicos
nacionais on-line, apresenta uma lista de aproximadamente
114 periódicos nacionais das várias áreas do conhecimento.
É um modelo para a publicação eletrônica cooperativa de
periódicos científicos na Internet, especialmente desenvolvido
para responder às necessidades da comunicação científica nos
países em desenvolvimento, particularmente na América Latina
e no Caribe. O modelo proporciona uma solução eficiente para
assegurar a visibilidade e o acesso universal a sua literatura
científica. Todos os periódicos científicos disponíveis no SciELO
podem ser acessados na íntegra e gratuitamente..
• http://www.sciencedirect.com – Banco de dados de artigos
científicos que oferece jornais e capítulos de livros de mais de
2.500 jornais peer-reviewed (revisão por pares) e mais de 11.000
livros. Existem, atualmente, mais de 9,5 milhões de artigos/
capítulos, uma base de conteúdo que está crescendo a uma taxa
de quase 0,5 milhões de adições por ano.
• Web of Science – É uma base de dados produzida pelo Institute
for Scientific Information (ISI), com informações sobre artigos
publicados, a partir de 1945, em aproximadamente 8.500
periódicos especializados, indexados pelo ISI, em todas as áreas
do conhecimento (Ciências, Ciências Humanas e Sociais, Artes
e Humanidades). De cada artigo, podem ser obtidos o resumo,
as referências e as citações do autor. A Web of Science tem seu
acesso por assinatura no endereço http://www.isinet.com,
ou a partir de computadores controlados através dos IPs das
095
instituições consorciadas pelo convênio com a CAPES http://
www.periodicos.capes.gov.br.
• Portal de Periódicos da CAPES – O Portal de Periódicos foi
oficialmente lançado em 11 de novembro de 2000, na mesma
época em que começavam a ser criadas as bibliotecas virtuais
e quando as editoras iniciavam o processo de digitalização
dos seus acervos. Com o Portal, a Capes passou a centralizar
e otimizar a aquisição desse tipo de conteúdo, por meio da
negociação direta com editores internacionais. O conteúdo inicial
do Portal contava com um acervo de 1.419 periódicos e mais
nove bases referenciais em todas as áreas do conhecimento.
• http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/ – A base de dados
mais conhecida na área médica é a MEDLINE, uma base de
dados da literatura internacional da área médica e biomédica,
produzida pela NLM, National Library of Medicine, EUA, que contém
referências bibliográficas e resumos atualmente de 4.579 títulos
de revistas biomédicas publicadas nos Estados Unidos e em
outros 70 países. Contempla aproximadamente 11 milhões de
registros da literatura, desde 1966 até o momento, que cobrem
as áreas de: medicina, biomedicina, enfermagem, odontologia,
veterinária e ciências afins.
Figura 2 – Páginas iniciais dos principais indexadores (sites)

utilizados na busca de artigos, livros e outros tipos de documentos.
096
Fonte: Captura de tela: GOOGLE ACADÊMICO | SCIELO | SCIENCE DIRECT | SCIRUS

–ELSEVIER | PUBMED.GO
Agora que você aprendeu como conseguir material para trabalhos e

projetos, assista à videoaula sobre os sites de busca de informação.
“Sites de busca de informação”

Videoaula
097
Resolva agora as questões de fixação dessa unidade.
Questão 1 - Para a realização de um trabalho acadêmico, um aluno

optou por aplicar um questionário disponível em um site para avaliar o
desempenho acadêmico versus o tempo de permanência em redes sociais
durante o período de aula. Ao elaborar tal questionário, este aluno gerou
um documento do tipo:
a. Digital, primário.
b. Digital, secundário.
Atividade
c. Bibliográfico, primário. de fixação
d. Bibliográfico, secundário.
e. Terciário, obras de estudo.
Questão 2 - Um acadêmico que cita em seu trabalho um livro que

versa sobre romance, sem linguagem técnico-cientifica, estará citando um
documento escrito impresso do tipo:
a. Livro de referência.
b. Livro de leitura corrente.
c. Periódico. Atividade
de fixação
d. Obras de estudo.
e. Impresso diverso.
098
Conclusão da Unidade
Veja agora o vídeo de finalização da unidade.
Um grande abraço e bons estudos!
“A busca constante da informação”

Videoaula
099
a. Incorreta. Digital é um documento do tipo secundário e uma fonte
primária de informação é aquela coletada em primeira mão.
b. Incorreta. Questionário não é um documento digital e fontes
secundárias de informação são colhidas em relatórios, livros,
revistas, jornais e outras fontes documentais.
c. Correta. Os tipos de documentos bibliográficos primários são
aqueles coletados em primeira mão, como pesquisa de campo,
testemunho oral, depoimentos, entrevistas, questionários etc.
d. Incorreta. Bibliográfico é a natureza de um documento e fontes
secundárias de informação são colhidas em relatórios, livros,
revistas, jornais e outras fontes documentais.
e. Incorreta. Fontes de informação terciárias são aquelas que foram
citadas por outra pessoa e obras de estudo são os tratados,
manuais, textos, compêndios, monografias e teses.
Atividades
Questão 2 - A resposta certa é a letra B. Justificativa: de fixação
a. Incorreta. Obras de referência são materiais como: dicionários, RESPOSTAS
enciclopédias e anuários.
b. Correta. Livros de poesia, romance e sem assuntos técnicos e
acadêmicos representam documentos impressos do tipo livros
de leitura corrente.
c. Incorreta. As principais publicações periódicas são os jornais e revistas.
d. Incorreta. Obras de estudo são os tratados, manuais, textos,
compêndios, monografias, teses, ensaios, conferências,
antologias, seleções, dissertações etc.
e. Incorreta. Impressos diversos são aqueles encontrados nas
bibliotecas de publicações do governo, boletins informativos de
empresas ou de institutos de pesquisa, estatutos de entidades
diversas etc.
100
Referências
Janeiro, 2002.
científica. 6 ed. São Paulo: Prentice Hall, 2009. 162p. (Capitulo 5 –
GIL, António Carlos. Como Elaborar Projetos de Pesquisa. São Paulo:

GOOGLE ACADÊMICO. Disponível em: <http://scholar.google.com.br>.

Acesso em: 12 jul. 2017.
PORTAL DE PERIÓDICOS DA CAPES. Disponível em: <http://

www.periodicos.capes.gov.br/index.php?option=com_
pcontent&view=pcontent&alias=historico&Itemid=100>. Acesso em: 2
fev. 2018.
PUBMED.GOV. Disponível em: <http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed>.

SCIELO. Disponível em: <http://www.scielo.com.br>. Acesso em: 12 jul. 2017.
SCIENCE DIRECT. Disponível em: <http://www.sciencedirect.com>.

SCIRUS – Elsevier. Disponível em: <http://www.scirus.com>. Acesso

em: 12 jul. 2017.
SEVERINO, Antônio Joaquim. Metodologia do trabalho científico. 23

ed. rev. e atual. São Paulo, SP: Cortez, 2007. 304p.
101
SILVA, Maria Cabral da. Tipos de Trabalhos Acadêmicos: o

fichamento. In: site “Monografias Brasil Escola”. Disponível em: <http://
monografias.brasilescola.uol.com.br/regras-abnt/tipos-trabalhos-
academicos-fichamento.htm>. Acesso em: 14 jun. 2017.
SPINA, S. Normas gerais para os trabalhos de grau: um breviário para

o estudante de pós-graduação. 3ª ed. São Paulo: Ática, 1994.
102
Categorização e
hierarquização
das informações
Olá!
Nesta unidade, você aprenderá a citar e a referenciar os diversos

documentos existentes em um texto acadêmico. Ao final desta
unidade, você será capaz de:
1. Citar os diferentes tipos de obras e documentos no texto e

ordená-los nas referências bibliográficas;
2. Compreender e utilizar as normas ABNT.

Referências
Bibliográficas
Nesta unidade, você aprenderá como referenciar todo o material
teórico que foi consultado e utilizado em seus trabalhos.
É importante ressaltar que todo tipo de consulta a qualquer tipo

de obra impressa, sonora, midiática e artística poderá ser citado.
Nesta unidade, vamos nos ater aos exemplos mais comuns que são
utilizados. Uma boa consulta à Internet poderá resolver qualquer
dúvida de um tipo de obra não citado neste material
Os exemplos que serão apresentados estão de acordo com a NBR 6023,
editada em agosto de 2002, pela Associação Brasileira de Normas
Técnicas – ABNT.
Como fonte confiável de bibliografia em trabalhos acadêmicos e científicos,
devemos levar em conta primeiramente os tratados, revistas periódicas
de instituições de ensino ou de pesquisa e artigos publicados em revistas
científicas de boa circulação. Evite: dissertações, teses.

As referências bibliográficas devem ser organizadas em ordem

alfabética cronológica e podem ser colocadas conforme demonstra
o esquema :
105
FIGURA 1 – Referências
Segundo a ABNT, podem ser utilizados para destacar o elemento título da
obra: o negrito, o grifo (sublinhado) ou o itálico. Sendo assim, as referências
devem ser uniformizadas em um mesmo documento. Isso não se aplica
às obras sem indicação de autoria, ou de responsabilidade, cujo elemento
de entrada é o próprio título, já destacado pelo uso de letras maiúsculas
na primeira palavra, com exclusão de artigos (definidos e indefinidos) e
palavras monossilábicas.
Cada instituição de ensino adota um sistema para evidenciar o título da
obra, como nos exemplos abaixo.
Desta maneira, para não confundir, todas as referências serão apresentadas
com os títulos em itálico e em negrito.
106
Aprenda agora como colocar um autor, dois autores, três (ou mais)
em uma referência.
Pode-se indicar o autor, de modo geral, pelo último sobrenome,

em maiúsculas, seguido do(s) prenome(s) e outros sobrenomes,
abreviado(s) ou não. Recomenda-se, tanto quanto possível, o
mesmo padrão para abreviação de nomes e sobrenomes usados
na mesma lista de referências (ABNT, 2002). Os nomes devem ser
separados por ponto e vírgula seguido de espaço. Veja no esquema
abaixo:
FIGURA 2 – Como indicar os nomes dos autores em uma

referência
Em casos como projetos de pesquisa científica, indicação de produção
científica em relatórios para órgãos de financiamento e documentos deste
tipo, em que a referência da autoria é de extrema importância e a menção
dos nomes for indispensável para certificar a autoria, é facultado indicar
todos os nomes.
107
Como Citar os
Documentos
Agora, serão apresentados alguns exemplos de como citar os
diversos documentos para os diversos tipos de trabalhos
Conhecer bem diferentes técnicas de organização de textos

verbais e não verbais para ser capaz de estruturar informações,
conhecimentos, procedimentos, fatos e opiniões.
Livros
a. AUTOR(ES). Título. Edição. Cidade: Editora, Ano. nº. páginas.
b. AUTOR(ES). Título. Edição. Cidade: Editora, Ano. nº. páginas.
a. CASSETI, V. Ambiente e Apropriação do Relevo. 2. ed. São Paulo:
Contexto, 1995. 147p. (Coleção Caminhos da Geografia).
b. CASSETI, V. Ambiente e Apropriação do Relevo. 2. ed. São Paulo:
Contexto, 1995. 147p. (Coleção Caminhos da Geografia).
a. SIMÕES, C. M. O. et al. (orgs.) Farmacognosia: da planta ao
medicamento (2ª ed. al.). Porto Alegre/Florianópolis: Ed.
Universidade - UFRGS/ Ed. da UFSC, 2000. 821p.
b. SIMÕES, C. M. O.et al. (orgs.) Farmacognosia: da planta ao
medicamento (2ª ed. al.). Porto Alegre/Florianópolis: Ed.
Universidade - UFRGS/ Ed. da UFSC, 2000. 821p.
108
Capítulo de Livros
a. AUTOR(ES). Título do Capítulo. In: AUTOR(ES). Título.
Edição. Cidade: Editora, Ano. no. inicial e final de páginas.
b. AUTOR(ES). Título do Capítulo. In: AUTOR(ES). Título.

Edição. Cidade: Editora, Ano. no. inicial e final de páginas.
a. FARIAS, M. R. Avaliação da Qualidade de matérias-primas vegetais.
In: SIMÕES, C. M.O. et al. (orgs.) Farmacognosia: da planta
ao medicamento. 2. ed. atual. Porto Alegre/Florianópolis: Ed.
Universidade - UFRGS/ Ed. da UFSC, 2000. 197-220p.
b. FARIAS, M. R. Avaliação da Qualidade de matérias-primas vegetais.
In: SIMÕES, C. M. O. et al. (orgs.) Farmacognosia: da planta
ao medicamento. 2 ed. atual. Porto Alegre/Florianópolis: Ed.
Universidade - UFRGS/ Ed. da UFSC, 2000. 197-220p.
a. LOWY, I. Fleck e a historiografia recente da pesquisa biomédica. In:
PORTOCARRERO, V. (org.). Filosofia, história e sociologia das
ciências. Rio de Janeiro: Fiocruz, 1994. p. 233-258.
b. LOWY, I. Fleck e a historiografia recente da pesquisa biomédica.
In: PORTOCARRERO, V. (org.). Filosofia, história e sociologia das
ciências. Rio de Janeiro: Fiocruz, 1994. p. 233-258.
Dissertações e Teses
a. AUTOR(ES). Título. Ano no. páginas. Tipo (Área de
Concentração) – Instituição, Cidade.
b. AUTOR(ES). Título. Ano no. páginas. Tipo (Área de

Concentração) – Instituição, Cidade.
109
a. FÁVERO, O. A. Do Berço da Siderurgia Brasileira à Conservação
de Recursos Naturais - Um Estudo da Paisagem da Floresta
Nacional de Ipanema (Iperó/SP). 2001. 257p. Dissertação
(Mestrado em Geografia Humana) - Departamento de Geografia
da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas,
Universidade de São Paulo, São Paulo.
b. FÁVERO, O. A. Do Berço da Siderurgia Brasileira à Conservação de
Recursos Naturais - Um Estudo da Paisagem da Floresta Nacional
de Ipanema (Iperó/SP). 2001. 257p. Dissertação (Mestrado em
Geografia Humana) - Departamento de Geografia da Faculdade
de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade de São
Paulo, São Paulo
Artigo e/ou Matéria de Periódico

a. AUTOR(ES). Título. Título do Periódico, Cidade, volume, no.,
no. páginas, Data.
b. AUTOR(ES). Título. Título do Periódico, Cidade, volume, no.,

no. páginas, Data.
a. ASSIS, J. P. História Abandonada – Da primeira siderúrgica brasileira,
restam construções vazias e ruínas sem memória. Ciência Hoje, Rio
de Janeiro, v. 23, n. 136, p. 46-9, mar. 1998.
b. ASSIS, J. P. História Abandonada – Da primeira siderúrgica brasileira,
restam construções vazias e ruínas sem memória. Ciência Hoje, Rio
de Janeiro, v. 23, n. 136, p. 46-9, mar. 1998.
110
a. BILIA, A. R.; GALLORI, S.; VINCIERI, F. F. St. John’s wort and
depression: Efficacy, safety and tolerability-an update. Life
Sciences, v.70, n.26, p. 3077-96, maio de 2002. Disponível em:
doi:10.1016/S00243205(02)01566-7. Acesso em: 15 abr. 2011.
b. BILIA, A. R.; GALLORI, S.; VINCIERI, F. F. St. John’s wort and
depression: Efficacy, safety and tolerability-an update. Life
Sciences, v.70, n.26, p. 3077-96, maio de 2002. Disponível em:
doi:10.1016/S00243205(02)01566-7. Acesso em: 15 abr. 2011.
a. DIEGUES, A. C. Desenvolvimento Sustentável ou Sociedades
Sustentáveis: da Crítica do Modelos aos Novos Paradigmas. São
Paulo em Perspectiva - Fundação SEADE, São Paulo, v. 6, n.1, p.
22-9, 1992.
b. DIEGUES, A. C. Desenvolvimento Sustentável ou Sociedades
Sustentáveis: da Crítica do Modelos aos Novos Paradigmas. São
Paulo em Perspectiva - Fundação SEADE, São Paulo, v. 6, n.1, p.
22-9, 1992.
Publicações Eletrônicas
a. AUTOR(ES).Título. Periódico, Cidade, Data. Disponível em:
endereço eletrônico. Acesso em: Data.
b. AUTOR(ES).Título. Periódico, Cidade, Data. Disponível em:

endereço eletrônico. Acesso em: Data.
a. ROCHA, J. S. Y.; SIMÕES, B. J. G. e GUEDES, G. L. M. Assistência
Hospitalar como indicador da desigualdade social. Revista
de Saúde Pública [periódico on-line]. São Paulo, 32 (5), 1995.
Disponível em: <http://www.fsp.usp.br/~rsp>. Acesso em: 23
mar. 1998.
111
b. ROCHA, J. S. Y.; SIMÕES, B. J. G. e GUEDES, G. L. M. Assistência
Hospitalar como indicador da desigualdade social. Revista de Saúde
Pública [periódico on-line]. São Paulo, 32 (5), 1995. Disponível em:
<http://www.fsp.usp.br/~rsp>. Acesso em: 23 mar. 1998.
a. [Anonymus] The Canadian Encylclopaedia [CD ROM]. Version
1.1. Toronto: Mc Clelland & Stewart; 1993. b. [Anonymus] The
Canadian Encylclopaedia [CD ROM]. Version 1.1. Toronto: Mc
Clelland & Stewart; 1993.
b. [Anonymus] The Canadian Encylclopaedia [CD ROM]. Version
1.1. Toronto: Mc Clelland & Stewart; 1993. b. [Anonymus] The
Canadian Encylclopaedia [CD ROM]. Version 1.1. Toronto: Mc
Clelland & Stewart; 1993.
a. BRASIL. Decreto no. 1.298, de 27 de outubro de 1994. Regulamenta
as Florestas Nacionais. Disponível em: <http://www. senado.org.
br>. Acesso em: 21 ago. 2000.
b. BRASIL. Decreto no. 1.298, de 27 de outubro de 1994. Regulamenta
as Florestas Nacionais. Disponível em: <http://www. senado.org.
br>. Acesso em: 21 ago. 2000.
a. TOMAZELA, J. M. Projeto prevê restauração de Fazenda Ipanema. O
Estado de São Paulo Online, São Paulo, 02 abr. 1999. Disponível
em: <http://www.estadao.com.br>. Acesso em: 31 mar. 2000.
b. TOMAZELA, J. M. Projeto prevê restauração de Fazenda Ipanema. O
Estado de São Paulo Online, São Paulo, 02 abr. 1999. Disponível
em: <http://www.estadao.com.br>. Acesso em: 31 mar. 2000.
a. Energia Nuclear: S.O.S. submarino. ÉPOCA, São Paulo: Ed. Globo, n.
20, 05 set. 1998. Disponível em: <http://www.epoca.com.br/edic/
ed051098/ciencia1.htm>. Acesso em: 29 mar. 2000.
b. Energia Nuclear: S.O.S. submarino. ÉPOCA, São Paulo: Ed. Globo, n.
20, 05 set. 1998. Disponível em: <http://www.epoca.com.br/edic/
ed051098/ciencia1.htm>. Acesso em: 29 mar. 2000.
112
Assista à videoaula sobre referências bibliográficas e preste muita

atenção nos exemplos e comentários!
“Referências Bibliográficas”
Videoaula
As Citações
Bibliográficas
As citações bibliográficas são as informações retiradas de
documentos pesquisados, bibliográficos ou não, e colocadas no
texto para esclarecimento do assunto em discussão, para ilustrar
ou sustentar as afirmações.
“Menção, no texto, de uma informação colhida em outra fonte. Pode ser
uma transcrição ou paráfrase, direta ou indireta, de fonte escrita ou oral.”
(NBR 10.520, 2002, p. 1).
Toda a documentação que serve de base para a pesquisa deve ser indicada
com método e precisão.
113
Pode-se categorizar e classificar as bibliografias de várias maneiras,

aprenda como isso é possível:
• Quanto aos aspectos externos de elaboração, as citações

podem ser:
a. Formais - quando nelas se transcrevem fielmente as

palavras textuais de outrem;
b. Conceituais - quando, com sínteses pessoais,

reproduzem fielmente as ideias de outrem;
c. Mistas - se na síntese de um texto se inserem alguns

termos ou expressões textuais tirados de documentos.
Nos exemplos dos tópicos a seguir, será adotada apenas uma forma de
elaboração de referência. Como já visto, existem outras maneiras de se
referenciar as citações no texto.
• Quanto ao documento consultado:
a. Diretas - quando se transcrevem ideias do autor em

uma obra escrita por ele; são citações de primeira-mão.
Portanto, a manutenção dos bens e serviços que a natureza fornece
depende da capacidade de a natureza continuar reproduzindo e mantendo
certo conjunto de condições que dão base para a manutenção da vida no
planeta e, consequentemente, possibilitam bem-estar a todas as espécies
nele existentes (BORN; TALOCCHI, 2002).

BORN, R. H.; TOLOCCHI, S. Proteção do Capital Social e Ecológico: por Meio de
Compensações por Serviços Ambientais (CSA). São Paulo: Peirópolis, 2002. 150p.
114
b. Indiretas - se as ideias transcritas tiverem sido coletadas

em documentos que as registram, mas que sejam de
outros autores; trata-se de citações de segunda-mão.
Lieth (1978 apud LEFF, 2000: 54) calculou a produtividade primária
(formação de biomassa resultante do processo fotossintético) líquida do
planeta em cerca de 1,76 x 1011 toneladas anuais em peso seco (1,21 x
1011 toneladas provenientes dos ecossistemas terrestres e 5,5 x 1010
provenientes dos ecossistemas marinhos) que são equivalentes a 8 x
1017 Kcal.
LEFF, E. Ecologia, Capital e Cultura: racionalidade ambiental, democracia

participativa, e desenvolvimento sustentável. Blumenau: Ed. da FURB, 2000. 381p.
(Col. Sociedade e Ambiente 5).
Normas gerais para as citações

• Citações Formais
a. Citação breve, com até três linhas, deve ser transcrita

no corpo do texto e colocada entre aspas.
Segundo Romeiro (2003, p. 14), a sociedade feudal europeia apresentava
organizações e instituições para submeter às atividades produtivas de
então a minuciosas regulações, refletindo o que era entendido como justo
em uma determinada ordem considerada ideal.
[...] “Ou seja, era uma sociedade que buscava submeter a racionalidade
econômica a um conjunto de restrições de ordem não econômica e/ou
altruística”.
ROMEIRO, A. R. R. Economia ou Economia Política da Sustentabilidade. In: MAY, P.
H.; LUSTOSA, M. C.; e VINHA, V. (orgs.). Economia do meio ambiente: teoria e prática.
Rio de Janeiro: Elsevier, 2003. 1-29p.
115
b. Para citações mais longas, com quatro ou mais linhas,

reserva-se parágrafo próprio, com recuo de quatro
centímetros (4cm) em relação à margem esquerda.
Segundo Nucci e Fávero (2003), a natureza, ou a componente natural
(geoecológica) das paisagens:
[...] muito mais do que o simples conjunto de fatores

físicos, químicos ebiológicos que a compõem,
apresenta um equilíbrio dinâmico, resultado das
relações interfuncionais que se estabelecem entre os
seres vivos e suas conexões com os elementos do
meio físico (solo, clima, relevo, etc. (NUCCI; FAVERO,
2003, p. 66-7)
NUCCI, J. C.; FÁVERO, O. A. Desenvolvimento Sustentável e Conservação da
Natureza em Unidades de Conservação: o Caso da Floresta Nacional de Ipanema
(Iperó/SP). Revista Ra’ Ega: O Espaço Geográfico em Análise, v.7, n.7, Curitiba:
Departamento de Geografia/UFPR, 2003. 63-77p.
c. Quando for omitida alguma palavra, esta será

substituída por reticências entre colchetes [...].
• Citações Conceituais - transcritas no corpo do texto, de

maneira corrente e sem aspas, mas com a indicação da
fonte.
Uma enorme produtividade, tanto material, quanto energética, é resultante
destes processos intrincados da natureza que, em um primeiro momento,
só representam benefício para a humanidade de sua conversão técnica
para utilização (DE GROOT, 2006; e LEFF, 2000).

DE GROOT, R. Functions-analysis and valuation as a tool to assess land use
conflicts in planning for sustainable, multi-functional landscapes. Landscape and
Urban Planning, n.75, London, 2006, 175-186p.
LEFF, E. Ecologia, Capital e Cultura: racionalidade ambiental, democracia

participativa, e desenvolvimento sustentável. Blumenau: Ed. da FURB, 2000. 381p.
(Col. Sociedade e Ambiente 5).
116
Bellen (2005) ressalta a dependência que diferentes sistemas ecológicos
têm da biomassa e, por sua vez, que as diversas sociedades humanas
dependem da base de recursos naturais na medida em que correspondem
a uma série de serviços oferecidos pela geosfera.

BELLEN, H. M. Indicadores de Sustentabilidade: Uma Análise Comparativa. Rio de
Janeiro: Editora FGV, 2005. 256p.
• Citações Mistas - transcritas no corpo do texto, colocando-

se entre aspas os termos e expressões textuais tiradas dos
documentos, com indicação da respectiva fonte.
O Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC) não avançou na
busca de integração entre a necessidade de proteção de áreas naturais e
o desenvolvimento regional; a noção de “ilhas de conservação” interligadas
é mantida de tal forma que o SNUC se mantém em um “sistema fechado”,
isolado da realidade do espaço total brasileiro que tem sido amplamente
degradado e “maldesenvolvido” há décadas (DIEGUES, 1996, p. 118).

DIEGUES, A. C. S. O Mito Moderno da Natureza Intocada. São Paulo: HUCITEC,
1996. 169p. (Geografia: Teoria e Realidade 35).
Constitui plágio a apropriação de ideias alheias sem indicação do autor
e da fonte de onde foi retirada a informação referenciada, além de isto
denunciar desonestidade intelectual.
117
Agora assista à videoaula sobre citações bibliográficas.
“Citações Bibliográficas”
Videoaula
No Brasil, são adotados dois tipos de referência para as citações:
• Estilo autor-data (ou americano) - quando a indicação bibliográfica
é colocada logo em seguida à citação;
• Estilo sistema de chamada (ou francês) - quando se usa, após a
última palavra da citação, um número de referência para remeter
à nota de rodapé.
A indicação do autor e da fonte pode ser feita das seguintes formas:
• Colocando-se sobrenome do(s) autor(es) e o ano da obra utilizada
entre parênteses; ex.: (FÁVERO; PAVAN, 2002);
• Colocando-se sobrenome do(s) autor(es) no decorrer do texto e o
ano entre parênteses; ex.: Segundo Fávero e Pavan (2002).
Diferentes formas de inserir uma citação no texto:
• Apud - quando um autor é citado por outro (FERRARI apud CERVO
e BERVIAN, 1996, p.53);
• Ibidem ou ibid. - quando a obra citada já foi indicada anteriormente;
• Idem ou id. - quando a obra citada já foi indicada anteriormente;
118
• Opus citatum ou op. cit. - quando a obra citada já foi indicada
anteriormente;
• Passim ou aqui e ali - quando a citação está dispersa por vários
pontos da obra;
• Sequentia ou seq. - quando a citação continua pelo texto adiante;
• Supressões de palavras na citação devem ser indicadas desta
forma (...);
• Inclusões de palavras na citação devem ser indicadas desta
forma [...];
• Ênfase ou destaque na citação podem ser indicadas por
sublinhado, negrito ou itálico.
Nesta unidade, você aprendeu como referenciar o material

consultado e utilizá-lo em seu texto. Realizando esses dois
procedimentos com atenção e dedicação, seus futuros trabalhos
alcançarão o patamar de profissionalismo de um acadêmico bem
formado. Agora, responda às questões de fixação para testar o que
aprendeu até agora.
119
Questão 1 -
Atividade
de fixação
O gabarito se encontra no final da unidade.
120
Questão 2 -
Atividade
de fixação
O gabarito se encontra no final da unidade.
Assista a seguir ao vídeo de finalização da unidade.
“Aplicando o que Você Aprendeu”

Videoaula
121
Atividades
de fixação
RESPOSTAS
122
Referências
Informação e documentação - Referências - Elaboração. Rio de Janeiro,
2002.
científica. 6 ed. São Paulo: Prentice Hall, 2009. 162p. (Capitulo 5 – Fases
da Elaboração da Pesquisa).
GIL, Antonio Carlos. Como Elaborar Projetos de Pesquisa. São Paulo:



In: site “Monografias Brasil Escola”. Disponível em: <http://monografias.
brasilescola.uol.com.br/regras-abnt/tipos-trabalhosacademicos-
fichamento.htm>. Acesso em: 14 jun. 2017.
123
Conhecer diferentes técnicas
de elaboração de formas de
expressão da informação
(gráficos, tabelas, imagens,
esquemas, vídeos, etc) para ser
capaz de produzir e divulgar
conteúdos
Produção de
Pesquisa
Olá, alunos, bem-vindos!
Nesta unidade você começará a compreender como se faz a

comunicação de resultados científicos e de pesquisas.
Dois dos meios de comunicação científico e acadêmico mais

importantes e utilizados são o artigo e o relatório. Muito embora o
primeiro geralmente se preste à comunicação científica de ponta, e
o segundo mais para reportar resultados em um nível acadêmico,
os dois têm em comum uma estrutura mais ou menos rígida, que
colabora com a clareza e a hierarquia das informações contidas
neles. Ao término desta unidade, o leitor deverá ser capaz de:
1. Identificar as partes que compõem um artigo científico e

um relatório;
2. Compreender a estrutura de um texto científico;
3. Compreender e aprender a utilizar a linguagem adequada

em um texto científico;
4. Aplicar os conceitos básicos de escrita e estrutura para

produzir textos científicos coerentes e concisos.
Estrutura da
pesquisa científica
Independentemente da área de conhecimento que você esteja
pretendendo seguir em sua carreira universitária, é sempre
importante saber como expressar as suas ideias de forma coerente
e seguindo um modelo preestabelecido.
Existem algumas regras de divulgação de textos escritos,

dependendo do fim a que eles se destinam. Aqui serão abordados
dois deles: o relatório e o artigo científico. Conheça agora como
elaborá-los por meio de uma série de regras bem gerais. O mais
importante é compreender como a estrutura funciona e depois
começar a colocar as ideias no papel.
Vamos começar com os aspectos mais básicos da estrutura de

ambos os textos.
Estrutura geral
Os textos científicos apresentam uma estrutura geral de organização
subdividida em partes constituintes ou subitens com uma lógica
própria, para tanto apresentar o tema ou problema ao leitor, quanto
as estratégias ou o “caminho” escolhido pelo pesquisador para a
solução ou encaminhamento do problema.
Professores e pesquisadores acadêmicos dizem que o texto

científico deve apresentar, no mínimo, “começo, meio e fim”,
encadeados pelas etapas do método científico.
A primeira parte do texto científico, seu começo, normalmente

apresenta o contexto do problema e os pressupostos teóricos
básicos para a delimitação do tema; é geralmente chamada de
introdução.
127
Subsequente à introdução, ou no final dela, aparecem os objetivos

da pesquisa, muitas vezes na forma da hipótese a ser investigada.
Em seguida, o texto apresenta seu desenvolvimento, que pode ser

dividido em itens (como materiais e métodos, por exemplo, se a
pesquisa for experimental), parte em que as “provas”, obtidas em
documentos e/ou em outra forma de investigação (detalhes que
devem ser explicados previamente), serão apresentadas, por vezes
acompanhadas não somente de texto, mas também de imagens,
fotos, figuras, gráficos, tabelas, entre outros elementos não textuais.
Ao final, o texto científico apresenta as conclusões, que serão

inferidas dos resultados apresentados no desenvolvimento, e as
referências bibliográficas, que são os dados mínimos pertinentes
às fontes de informação documentais.
Linguagem utilizada
As qualidades essenciais do texto científico são a objetividade e
impessoalidade, que devem empregar a linguagem denotativa, isto
é, cada palavra deve apresentar seu significado próprio, referencial,
e não dar margem a outras interpretações, considerando que a
linguagem científica é fundamentalmente nformativa, técnica e
racional.
A redação de trabalhos científicos deve ser impessoal. Utilize

preferencialmente o pronome “se”, como por exemplo “utilizou-se de
determinada metodologia”, “Fez-se uso da seguinte ferramenta” etc.
O texto deve ser o mais direto possível, mantendo o vocabulário no
nível adequado. Termos em língua estrangeira, devem ser usados
apenas como último recurso.
Clareza e concisão são também típicos do texto científico. Ideias

claramente definidas devem ser expressadas através de frases
e palavras claras. As frases demasiadamente longas tendem a
comprometer a clareza, dificultando a concordância gramatical. O
128
melhor procedimento a ser adotado é subdividir as frases longas em

duas ou mais, de menor extensão, evitando o acúmulo de orações
subordinadas em um só período. Nunca é demais lembrar que um
parágrafo deve apresentar apenas uma ideia principal, em torno da
qual giram as ideias secundárias e os detalhes importantes.
Importante é lembrar que simplicidade não exclui correção

gramatical, que é requisito indispensável da redação científica.
Não esqueça que:
• O texto deve ser grafado corretamente e;
• Pontuado adequadamente;
• As concordâncias devem ser regidas conforme regras
gramaticais;
• Os verbos devem estar nos mesmos tempos → voz ativa;
• Os pronomes devem estar nas mesmas pessoas.
No texto científico, ainda, as informações, ideias e/ou discussões

são obtidas de fontes bibliográficas que devem estar citadas no
respectivo texto. As citações servem para reforçar, dar exemplos ou
deixar documentadas as ideias escritas no texto.
Quanto à espécie, as citações podem ser:
• textuais - ou literais – é a transcrição exata, ipsis litteris, ou

seja, reprodução exatamente fiel do original, respeitando-se
até eventuais erros de ortografia ou concordância.
• ou conceituais - ou conceptual, ou indireta, ou ainda citação

livre – consiste numa paráfrase ou resumo de um trecho de
determinada obra.
129
De acordo com Andrade (2007, p. 104-5) a técnica das citações no

corpo do texto compreende os seguintes procedimentos:
a. no caso da citação textual, o trecho será apresentado

entre aspas, de preferência com um tipo de letra
diferenciado ou menor;
b. quando um trecho da citação for omitido, o fato será

indicado por reticências, dentro de parênteses (...); o uso de
reticências, entre parênteses (...), no final da citação, indica
que o trecho original não termina ali; mas no início, indica
que o trecho não começa naquele ponto;
c. quando houver aspas no interior do trecho transcrito, elas

serão ‘simplificadas’;
d. a citação que ultrapassa três linhas deve constituir novo

parágrafo, em espaço diferenciado do texto geral;
e. a referência à fonte é obrigatória: autor, obra e página da

obra de onde foi retirado o trecho transcrito devem ser
indicados, segundo as normas.
Para indicar a fonte das citações no corpo do texto procede-se da

seguinte maneira: anota-se, entre parênteses, o sobrenome do autor,
em maiúsculas, seguido de vírgula; depois o ano de publicação da
obra, seguido de vírgula; finalmente, o número da página. Exemplo:
(SOBRENOME, ano, página). As fontes podem, ainda, ser colocadas
em notas de rodapé.
Veja 10 dicas para escrever um bom texto científico:
1. Criar frases breves e parágrafos curtos.
2. Diga o que quiser no menor espaço que conseguir. Não alongue as
frases com o uso abusivo de gerúndios e conjunções imprecisas.
130
3. Encadeie as frases e os parágrafos logicamente, com cada frase
ou parágrafo desembocando naturalmente no que vem a seguir,
evitando que seu texto se transforme em uma colcha de retalhos.
4. Evite apelar para generalizações (do tipo: “a maioria acha”).
5. Evite repetir palavras, especialmente verbos e substantivos. Use
sinônimos.
6. Evite modismos linguísticos e imprecisões.
7. Evite as redundâncias. Ex.: como os alunos são a razão de ser da
Escola. Cada frase deve ser produto de uma reflexão.
8. Abstenha-se de superlativos, aumentativos, diminutivos e
adjetivos em demasia.
9. Faça poucas citações diretas; opte por reescrevê-las, creditando
as informações e ideias aos seus autores.
10. Use as notas-de-rodapé para definições e informações que,
embora sucessivas, acaba truncando por demais o texto
Lembre-se: Você está escrevendo para um leitor real.
Agora, será detalhada, especificamente, a estrutura do Relatório

Científico e do Artigo Científico.
Relatório científico – estrutura e

instruções
Em linhas gerais, um relatório técnico-científico é um documento que
formaliza resultados parciais e/ou progressos obtidos em uma pesquisa
investigativa, ou descreve de forma fiel uma questão técnica ou científica.
É comum também em meios acadêmicos se referir a relatório como uma
simples descrição de método, consideração de resultados e conclusões
131
obtidas em atividades experimentais desenvolvidas em disciplinas práticas
do ensino médio e superior. Pode-se generalizar dizendo que o relatório
apresenta a descrição dos fatos verificados ou a história da execução
de serviços e experiências. Desta forma, o objetivo de um relatório é
divulgar os dados técnicos obtidos e devidamente analisados, e deixá-los
registrados de forma fixa e coerente.
A estrutura do relatório é relativamente rígida, variando levemente

entre as instituições de ensino ou devido à finalidade dos
mesmos. Aqui, observaremos a estrutura geral de um relatório
técnicocientífico, um documento original pelo qual se faz a difusão
da informação corrente, sendo ainda o registro permanente de
informações obtidas experimentalmente ou por revisão. É um
documento elaborado principalmente para descrever experiências,
investigações, processos, métodos e análises, e deve ser eficiente
no que se propõe.
Estrutura do relatório técnico-científico
Os relatórios técnico-científicos basicamente constituem-se dos

elementos abaixo. Existem outras descrições contendo outros
itens, que são opcionais, tais como folhas de rosto, verso da folha
de rosto, errata etc. Iremos nos deter apenas nos obrigatórios.
São eles:
Elementos pré-textuais: são os elementos que precedem o

texto propriamente dito, contendo informações que ajudam a
identificação e a utilização do relatório.
• Capa
• Folha de rosto
• Resumo
• Sumário
132
Elementos textuais
• Introdução
• Texto
• Conclusão, recomendações e considerações finais
Elementos pós-textuais
• Referências
• Anexos (ou apêndice)
• Referências
Elementos pré-textuais
Capa
Deve conter os seguintes elementos, centralizados ou justificados,

com espaço simples entre as linhas:
• Nome da organização responsável, com subordinação até

o nível da autoria;
• Título;
• Subtítulo se houver;
• Local;
• Ano de publicação, em algarismo arábico.
Folha de rosto
É a fonte principal de identificação do relatório. É aqui que devem

constar os dados do autor e o local em que o trabalho científico foi
desenvolvido. A fonte deve ser de tamanho 12, com espaçamento
simples entre as linhas. Essa folha não recebe numeração. Os
elementos contidos aqui são:
133
• nome da organização responsável, subordinados até o nível

de autoria;
• título;
• subtítulo, se houver;
• nome do responsável pela elaboração do relatório;
• local;
• ano da publicação em algarismos arábicos (2017, por

exemplo)
Resumo
Em inglês, Abstract. Aqui, tem-se apresentação concisa do texto,

destacando os aspectos de maior importância e interesse. Deve
apresentar de 150 a 500 palavras, em texto corrido, sem o uso de
tópicos. Deve-se evitar siglas e símbolos. Apresenta uma ordem
semelhante ao do texto principal. Pode conter uma série de
palavras-chave para facilitar a posterior localização por meio de
pesquisa bibliográfica.
Sumário
No sumário, temos a relação detalhada das seções e subseções

do texto principal acompanhadas da respectiva página em que elas
se encontram. A tipografia deve ser a mesma utilizada no corpo do
texto. As listas de tabelas, quadros, esquemas e gráficos devem ser
apresentadas em uma listagem em separado, para melhor clareza.
Tais elementos também devem ser apresentados na ordem em que
aparecem no texto descritos de forma sucinta.
Elementos textuais
Aqui, será descrita a estrutura de um relatório técnico científico.

Para outras áreas de conhecimento, essa estrutura pode ser
levemente diferente. A divisão é:
134
Introdução: parte em que o assunto é apresentado como um todo,

sem entrar em maiores detalhes com relação a teorias, métodos
ou resultados. A introdução é a parte inicial do texto, que contém
informações objetivas para situar o tema do trabalho, tais como
a delimitação do assunto e os objetivos da pesquisa. Não deve
também haver antecipação de conclusões, recomendações nem
perspectivas.
Desenvolvimento: parte mais extensa e mais importante do relatório

científico, visa comunicar de forma verdadeira os resultados de
uma pesquisa científica. O relatório técnico-científico apresenta,
sistematicamente, informação suficiente para um leitor qualificado,
traça conclusões e faz recomendações. O desenvolvimento textual
do trabalho pode-se dividir em quantas seções e subseções forem
preciso para melhor detalhamento e clareza do conteúdo. Uma
sugestão de subdivisão é a que segue:
OBJETIVOS:
• GERAL: Contém a descrição do objetivo geral da pesquisa.
• ESPECÍFICOS: Descrever os objetivos específicos da

pesquisa.
METODOLOGIA
Descrever a metodologia adotada na pesquisa.
PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAIS
Contém a descrição de todos os procedimentos experimentais

realizados na execução do estudo, como equipamentos, técnicas e
processos utilizados.
Resultados: consiste na recapitulação sintética dos resultados

obtidos, ressaltando o alcance e as consequências do estudo.
135
Conclusões e Recomendações: É nesta seção que serão descritas,

claramente, as conclusões retiradas das discussões e dos
experimentos realizados no decorrer da pesquisa, e finalizada a
parte textual do trabalho. Recomendações ou perspectivas futuras
tratam-se de descrições concisas de ações, julgadas necessárias a
partir das conclusões obtidas, a serem usadas no futuro.
Elementos pós-textuais
Referências
São a relação das fontes bibliográficas utilizadas pelo autor. Todas

as obras citadas no texto deverão obrigatoriamente figurar nas
referências bibliográficas.
A padronização das referências é seguida de acordo com a NBR-

10520/ago.2002 da ABNT (Associação Brasileira de Normas
Técnicas). Algumas instituições utilizam outras normas, mas este
continua sendo o melhor guia para referências atualmente.
Anexo e Apêndice
Apêndices são textos ou documentos elaborados pelo autor do

trabalho em questão a fim de complementar a argumentação.
Anexos são documentos que não foram elaborados pelo autor, mas
são importantes para a construção e embasamento do trabalho.
Os apêndices devem ser identificados por letras maiúsculas
consecutivas e seus respectivos títulos. Por exemplo: APÊNDICE A
- FOTOGRAFIAS.
Os anexos seguem uma regra semelhante, utilizando as letras do

alfabeto em forma sequencial. Por exemplo: ANEXO A - TRABALHO.
A paginação dos anexos deve continuar a do texto. Sua localização
é no final da obra.
136
Aspectos gráficos
Serão descritos agora aspectos visuais do trabalho, em termos de

estrutura, formatos, uso de tipos e paginação.
Negrito, grifo ou itálico
Serão empregados para:
1. palavras e frases em língua estrangeira;
2. títulos de livros e periódicos;
3. expressões de referência, como: ver, vide;
4. letras ou palavras que mereçam destaque ou ênfase,

quando não for possível dar esse realce pela redação;
5. nomes de espécies em botânica, zoologia (nesse caso, não

se usa negrito);
6. os títulos de capítulos (nesse caso, não se usa itálico).
Medidas de formatação do relatório
O relatório deverá ser escrito em papel A4 (210 x 297 mm). O quadro

acima mostra as medidas sugeridas de formatação.
Quadro 1 – Medidas de formatação do relatório
137
Consulte sempre as regras da sua instituição de ensino para saber se
alguma dessas regras de formatação tem alguma diferença. Não é
incomum a instituição adaptar ligeiramente o modelo preestabelecido.
Existem hoje em dia uma série de aplicativos on-line ou para instalar no seu
computador que prometem fazer uma formatação automática do seu texto
para as regras da ABNT (experimente fazer uma busca “formatação automática
ABNT” no Google). Eles realmente funcionam? Fica aí a dúvida… Por segurança,
aprenda a formatar o seu texto utilizando os seus próprios recursos.
Agora que foram discutidos todos os aspectos de formato de um

relatório científico, acompanhe, na videoaula a seguir, um exemplo
de relatório pronto, com os devidos detalhes destacados.
“Estrutura de um relatório científico”

Videoaula
Artigo científico – estrutura e

instruções
O artigo científico é o principal meio de comunicação e de troca de
informações relativo aos avanços científicos nas diferentes áreas
de conhecimento.
A tarefa de escrever um artigo científico é uma dúvida e uma

dificuldade muito comuns entre estudantes de graduação, pós-
graduação e até de pesquisadores! A publicação de artigos faz
138
parte do cotidiano de quem trabalha com ciência e deveria ser a

consequência natural do trabalho do investigador científico. No
entanto, existe uma grande pressão para publicação e alguns erros
são cometidos no meio do processo. Novamente, a estrutura de
artigo científico adotada aqui se refere mais aos periódicos em que
há resultados experimentais. Cada área de conhecimento possui
particularidades, e a estrutura geral de artigo pode ser sutilmente
diferente, mas as regras gerais não mudam muito. Também é
importante ressaltar que o conhecimento da estrutura de um artigo
científico é apenas o ponto de partida para uma redação eficiente e,
como quase tudo na vida, é praticando que se aprende.
A divulgação de um artigo científico deve ser a última etapa do

método científico, ou seja, após a escolha do tema, da revisão
sistemática na literatura e de ter analisado e confrontado o
problema, chegando a uma conclusão adequada, chega a hora não
só de divulgar os resultados obtidos, mas também de submetê-los
à avaliação de outros pesquisadores da mesma área e de áreas
diferentes, gerando uma troca de conhecimentos e informações
que é a chave para o progresso científico.
Observe que a publicação do artigo científico deve ser a consequência da
pesquisa, e não o motivo dela.
A corrida para publicação em massa de artigos científicos tem como efeito
exatamente o oposto de seu real propósito, que é o progresso da ciência.
139
Leia esta notícia publicada na revista Veja:
ALEGRETTI, Fernanda. Uma praga da ciência brasileira: os artigos de
segunda. 09 maio 2016. Revista Veja - Online. Disponível em:
<http://veja.abril.com.br/ciencia/uma-praga-da-ciencia-brasileira-os-
artigos-desegunda/>. Acesso em: 04 jul. 2017.
Antes de analisar a estrutura do artigo propriamente dita, vale a pena
considerar alguns aspectos que devem ser observados antes da redação
propriamente dita. A primeira delas é a escolha do periódico científico ao
qual o trabalho será submetido. A escolha do periódico possibilita fazer
pequenos ajustes na parte escrita, pois, dependendo do lugar em que
se pretende publicar, será preciso adequar o estilo a algumas normas
específicas. Assim, inicia-se o processo de redação já com essas normas
em vista.
O segundo aspecto a se considerar é com relação ao chamado escopo
do periódico. Existe uma série de revistas de circulação nacional e
internacional abordando muitas áreas de conhecimento. É interessante
verificar se o seu trabalho se adequa às publicações de referência na sua
área de atuação, e também é interessante verificar quais pesquisadores
fazem parte do corpo editorial da revista, qual é o público-alvo etc. Tais
informações ajudam bastante a ter sucesso na submissão de sua
pesquisa e poupam um bocado de retrabalho.
O chamado Fator de Impacto oferece uma noção do grau de inovação
esperado no artigo e pode ser encontrado no próprio website do periódico
e em outros sites que agregam esse tipo de informação, como o Journal
Citation Reports, que pode ser acessado no Portal de Periódicos da CAPES
(http://www.periodicos.capes.gov.br/), por meio da opção “Buscar Base ”.
Algumas informações, tais como o tempo médio decorrido entre a
submissão e a publicação do artigo, se o periódico cobra alguma taxa
para a submissão, entre outros, também podem nos auxiliar a ganhar
140
tempo e poupar retrabalho posterior. Nos websites de cada periódico,
existem informações detalhadas sobre escopo e formato, principalmente
dos elementos gráficos, tais como ilustrações, tabelas e referências
bibliográficas. Fique atento às normas editoriais.
Se for submeter um artigo em língua inglesa, verifique cuidadosamente a
redação ou contrate os serviços de um revisor para se certificar de que a
redação esteja clara e adequada para a publicação (evite, a todo custo, as
traduções automáticas.).
Agora, será apresentada a sequência de um artigo com algumas

recomendações com relação a evitar alguns equívocos que podem
comprometer a sua aceitação por parte do periódico. A sequência
de escrita não precisa ser rigidamente obedecida, pode-se iniciar
por qualquer ponto em que se fique confortável. Há quem prefira
iniciar pelas conclusões e pelos objetivos, por exemplo. Há também
aqueles que preferem escrever todos os tópicos ao mesmo tempo.
O importante é manter o bom encadeamento das informações de

forma que se tenha um texto coerente e fluido.
A sequência clássica de um artigo científico contempla Introdução,

Material e Métodos, Resultados, Discussão, Conclusões e
Referências Bibliográficas. Antes das seções propriamente ditas,
tem-se o título e o resumo.
Não é recomendável iniciar pelo título, geralmente ele é a última

etapa da redação. De qualquer forma, lembre-se de que ele deve
ser curto, sucinto e chamar atenção para o conteúdo apresentado.
Muitas publicações deixam de ser lidas, apesar de ter um ótimo
conteúdo, pelo simples fato de não ter um título que chame a
atenção.
O resumo deve respeitar a formatação do periódico ao qual esse

está submetendo o manuscrito, mas, em linhas gerais, segue
a recomendação de fazer-se uma descrição concisa do texto,
141
destacando os aspectos de maior importância e interesse. Deve

apresentar cerca de 500 palavras, em texto corrido, sem o uso
de tópicos. Deve-se evitar siglas e símbolos (embora em alguns
periódicos isso seja permitido). Apresenta uma ordem semelhante
à do texto principal (sem detalhamentos). Na maioria dos casos,
vem seguido de uma série de palavras-chave.
Redação do artigo: seções

1. Introdução
Como o nome sugere, é nesse espaço que o leitor será introduzido

no problema abordado na pesquisa. Serve para contextualizar o
trabalho, situá-lo no contexto científico, mostrar sua relevância na
solução do problema proposto, ou seja, mostrar o porquê de ele
ter sido feito. Geralmente, se encerra a introdução ressaltando,
principalmente, o ineditismo do referido trabalho.
É mais lógico redigir a introdução quando o desenvolvimento e as

conclusões já estiverem prontos, pois, dessa maneira, tem-se uma
visão mais ampla do trabalho. Não há necessidade de se alongar
muito, apenas em alguns parágrafos, mas é importante salientar
a importância da introdução estar bem escrita para que o leitor se
sinta estimulado a continuar a leitura do trabalho inteiro.
Pode-se considerar que a introdução está bem redigida se um

leitor da mesma área de conhecimento conseguir deduzir qual
é o problema abordado na pesquisa apenas pela leitura do texto
introdutório, sem ter acesso ao seu objetivo. O trabalho de escrita
científica é bastante beneficiado com a colaboração entre os
colegas.
Uma sugestão de estrutura básica para a introdução seria
• Antecedentes do problema: para contextualizar a pesquisa.
142
• Descrição do problema: para fazer a ligação entre o

problema abordado na pesquisa com os estudos que estão
sendo realizados.
• Trabalhos já realizados: uma pequena revisão na literatura,

contando com trabalhos mais recentes e relevantes.
• Aplicabilidade e originalidade da pesquisa: ressaltando o

ineditismo.
• Objetivo (problema de pesquisa): aqui é feita a ligação com

a parte do texto que descreve a pesquisa propriamente dita.
Procure evitar colocar na introdução opiniões pessoais e suposições.

Também procure não se alongar muito no texto introdutório, lembre-
se de que temos toda a parte escrita para abordar os assuntos
nos locais apropriados. Seja direto, não detalhe muito os estudos
prévios, eles deverão servir apenas para situar o seu trabalho.
Jamais omita conscientemente estudos que sejam relevantes. Use
uma linguagem simples, correta, sem erros de terminologia e cite
os estudos corretamente.
2. Materiais e métodos
Como geralmente o artigo é a etapa final de um projeto de pesquisa,

é comum termos a descrição de todas as etapas experimentais de
forma detalhada, bastando fazer apenas algumas alterações nos
tempos verbais e incluir ou suprimir algumas informações em prol
da clareza.
Mais do que a descrição detalhada das técnicas utilizadas, toda a

parte matemática, estatística e termos de consentimento devem
ser descritos. Tal detalhamento é necessário para garantir a
compreensão dos resultados encontrados. Garante também a
reprodutibilidade do trabalho, que é muito importante.
143
Como estrutura básica, sugere-se:
• Local de execução e condições experimentais.
• Delineamento e tratamentos.
• Controle das condições experimentais.
• Variáveis (avaliações).
• Análise estatística.
Não se deve fornecer nenhum tipo de informação inadequada de

forma a não permitir a replicação e avaliação adequada por parte de
outros pesquisadores. Se os métodos utilizados são padronizados
ou protocolados, deve-se evitar a sua descrição detalhada para que
o leitor tenha condições de procurar na fonte original. Quando o
tratamento matemático, ou seja, as formas de calcular forem pouco
inovadoras ou pouco usuais, deve ser explicado com certo detalhe.
Medidas de validade fracas ou ultrapassadas devem ser evitadas.
3. Resultados
A apresentação dos resultados pode e deve ser enriquecida com

gráficos, ilustrações e tabelas em prol da clareza e concisão das
informações. As figuras facilitam a observação de efeitos visuais
enquanto as tabelas facilitam a visualização e a comparação de
valores numéricos.
Os resultados apresentados nos elementos gráficos não devem

ser repetidos no texto escrito. Procure descrever os resultados de
forma clara e principalmente organizada.
A estrutura básica pode ser:
• Resultados da análise estatística.
• Estatísticas descritivas de acordo com os resultados

obtidos.
144
• Estatísticas inferenciais.
• Relatar a significância e a amplitude dos dados.
• Análises adicionais, geralmente como confirmação.
Obs.: não há necessidade de seguir essa ordem de forma rígida.
Como as tabelas e figuras têm o objetivo de simplificar as

informações, deve-se evitar que estejam confusas, incompreensíveis
ou de complexidade exagerada. Como foi dito, deve-se evitar repetir
as informações contidas nos elementos gráficos no texto corrido.
Aqui, o estilo de redação deve ser um pouco diferente do utilizado

na introdução e em material e métodos, já que é preciso explicar
detalhadamente os resultados. Deve haver, sim, uma concordância
entre os resultados que estão sendo apresentados com os dados
que foram relatados em materiais e métodos. A parte estatística e
os cálculos devem ser checados e corretos.
4. Discussão
Esta é a parte mais importante e complexa do artigo científico. A

redação deve ser extremamente clara, pois é aqui que se discute
criticamente os resultados, enfatizando aqueles que são mais
relevantes e sempre fazendo um paralelo com as pesquisas
descritas em outros trabalhos.
Para esta seção, uma boa sugestão de estrutura é:
• Relacionar os resultados com as hipóteses: pois está se

tentando dar uma resposta a um problema descrito nas
seções anteriores. Aqui, é apresentada a sua interpretação
dos resultados descritos, fazendo um paralelo entre as
respostas que está se esperando e mostrando respostas
alternativas se as que eram esperadas não se mostrarem
eficientes.
145
• Implicações teóricas para a pesquisa e para a prática:

mesmo que os resultados não sejam os esperados, podem
servir de guia para futuros trabalhos.
• Confiança estimada das conclusões: se tudo tiver sido feito

de forma correta, as conclusões a que se chegou devem
ter um razoável grau de confiança. Deve-se providenciar
uma explicação para quaisquer restrições com relação às
conclusões chegadas.
• Explicitação de possíveis restrições para as conclusões.
• Identificação de procedimentos metodológicos

pertinentes aos resultados.
• Recomendações para pesquisas futuras: para onde o

nosso trabalho aponta?
Essa seção não é o local para se repetir os resultados nem para

se apresentar novos resultados. Também não se deve fazer
uma repetição da introdução. Um outro aspecto evidente é que a
discussão deve se ater ao propósito do estudo e, para tanto, deve
esclarecer todas as implicações práticas e teóricas dos resultados
que foram obtidos. A discussão deve ser objetiva e baseada nos
resultados, procurar não deixar nenhuma hipótese levantada
sem uma discussão adequada. Quaisquer especulações não
fundamentadas ou perspectivas que não sejam baseadas nos
resultados devem ser evitadas.
5. Conclusões
A seção de conclusões serve para concluir o artigo. Não significa

um término, mas é aqui que é feito o fechamento do trabalho. Não
é, novamente, a repetição dos resultados. Aqui, é apresentada de
forma clara a solução do problema levantado na pesquisa. Como
visto na seção Introdução, aqui pode ser útil o auxílio de um colega.
Também aqui se faz necessário o uso de nosso senso crítico:
procure brechas para derrubar as conclusões apresentadas. As
146
que não puderem ser derrubadas (sempre de acordo com o que

apresentado no trabalho inteiro) serão a base do artigo. Mas fique
ciente de que não é esse o produto final de uma pesquisa, até
porque, em ciência, os resultados apresentados hoje podem ser
superados com o passar do tempo.
Já foram apresentadas algumas dicas com relação à escrita de

material científico, mas é importante reforçar a ideia de sentenças
curtas, claras, concisas. Quanto mais curta a frase, menores são as
chances de se cometer algum erro de concordância, por exemplo.
Evite uma linguagem muito rebuscada, mas se atenha à boa

gramática. O número de páginas de um artigo deve ser exato: nem
demais nem de menos. É aquele raciocínio: invista em qualidade de
informação ao invés de quantidade.
As instruções que foram passadas neste texto são apenas a base para
que se possa começar a produzir textos acadêmicos e científicos.
Lembre-se de praticar sempre não só a escrita, mas também a leitura de
livros acadêmicos e artigos científicos. Lembre-se também de praticar o
raciocínio crítico. Converse com os seus colegas, discuta as aulas, resolva
exercícios com eles. Aproveite ao máximo a estrutura da instituição de
ensino e o tempo que você tem durante o curso universitário.
Agora que foram apresentados os principais cuidados e dicas

referentes à redação de um artigo científico, veja na videoaula a
seguir a análise de um exemplo de artigo pronto, ressaltando suas
principais partes e aspectos.
“Estrutura de um artigo científico”

Videoaula
147
Encerramos aqui essa unidade. Mesmo no início da graduação,

é importante começar a dar atenção à estrutura dos seus textos
escritos, a fim de torná-los mais simples e objetivos mesmo sem
ter a intenção de publicá-los. Comece também a dedicar um pouco
do seu foco à linguagem. Esperamos que as dicas dadas no nosso
texto tenham ajudado. Siga praticando para melhorar sempre.
Resolva agora as questões de fixação do conteúdo quevocê

aprendeu.
Questão 1 - Observe este trecho de um artigo retirado de um
periódico científico:
“Sistemas multiparticulados revestidos, tais como grânulos (pellets), têm
ganhado crescente atenção nos últimos anos. Eles apresentam melhorias
na biodisponibilidade e na segurança da liberação do fármaco. A possível
utilização destes sistemas como constituintes de cápsulas e comprimidos
traz, como principal vantagem, a divisibilidade da forma farmacêutica sem
perda de seu perfil biofarmacêutico. Isto possibilita maior flexibilidade
da dosagem e maior adesão do paciente ao tratamento. Neste trabalho
é apresentada revisão sobre a tecnologia de comprimidos multidose,
considerando também o emprego de grânulos revestidos.”

(KRATZ, Cristiane de P.; MAYORGA, Paulo E.; PETROVICK, Pedro Ros. Formas
Farmacêuticas Monolíticas como Sistemas Multiparticulados. Caderno de
Farmácia, v. 17, n.1, 2001, p.19-26.)
Atividade
de fixação
O trecho em questão faz parte de qual parte de um artigo?
a. Introdução.
b. Resultados.
c. Conclusão.
d. Resumo.
e. Materiais e métodos.
O gabarito se encontra no final da unidade de ensino.
148
Questão 2 - O trecho abaixo foi retirado de um relatório anual parcial

de um aluno de pós-graduação:
“[...] As temperaturas utilizadas para o estudo foram de 200, 210, 220, 230,
240, 250, 260, 270, 280 e 290 para o Ruibp, 220, 230, 240, 250 e 260 para
o Ruceto, 220, 230, 240, 250 e 260 para o Rufeno. A temperatura inicial de
estudo corresponde à perda de aproximadamente 5% da massa inicial, e
as demais temperaturas foram selecionadas dentro do intervalo do evento
principal de perda de massa determinado para cada complexo através de
uma curva de aquecimento dinâmica […]”

(COSTA, I. de M. Relatório de acompanhamento de doutorado CNPq, ano de 2010. São
Paulo: Instituto de Química da Universidade de São Paulo, 2010).
O trecho selecionado ficaria melhor colocado em qual seção de um

Atividade
relatório científico?
de fixação
a. Resumo.
b. Materiais e métodos.
c. Resultados.
d. Introdução.
e. Discussão.
149
Questão 3 - Observe este trecho retirado da seção de materiais e
métodos de um artigo da revista “Química Nova”:
“[...] A porção foi triturada em moinho de martelo com peneira de malha 3,4
mm, manualmente homogeneizada e subdividida em quarteador tipo riffle de
20 canaletas de 22 mm, até se obter uma subamostra de aproximadamente
1,25 kg, da qual foram retiradas 10 subamostras analíticas de 50g cada.”

(CALORI-DOMINGUES, Maria Antônia. et. al. Avaliação de procedimentos de
preparo de amostra de amendoim in natura para análise de aflotoxinas. Química
Nova, v.33, n.7, 2010, p.1490-1495.)
Considerando o que foi visto com relação à seção de materiais e métodos
para um artigo em nosso texto, pode-se considerar que o método
apresentado é:
a. Adequado, pois descreve bem o método e permite sua reprodução.

Atividade
b. Inadequado, pois não descreve o método e não permite a de fixação
sua reprodução.
c. Adequado, pois não há necessidade de detalhamento, nem que
haja possibilidade de reprodução.
d. Inadequado, pois não há necessidade de detalhamento nem que
haja possibilidade de reprodução.
e. Adequado, pois a possibilidade de haver reprodutibilidade ou não
é facultativa.
150
Questão 4 - Um bom relatório científico deve cumprir o propósito
de divulgar dados técnicos obtidos e devidamente analisados, e deixá-los
registrados de uma forma fixa e coerente. São algumas das características
principais do texto que compõe um relatório:
a. Estilo coloquial que se aproxima da linguagem do dia a dia.
b. Opiniões pessoais, mesmo que sem embasamento teórico.
c. Pouco detalhamento na descrição dos métodos para proteger os
nossos dados.
Atividade
de fixação
d. Estilo conciso e direto, respeitando a gramática corrente.
e. Estilo rebuscado de escrita, para tornar o seu conteúdo acessível
apenas aos “iniciados”.
Veja agora o vídeo de finalização dessa unidade.
“A divulgação do conhecimento”
Videoaula
Um grande abraço e até a próxima!
151
a. Incorreta. Lembre-se que na introdução tem-se a contextualização
do trabalho, passando por sua importância e uma breve revisão
do problema na literatura.
b. Incorreta. Lembre-se que na introdução tem-se a contextualização
do trabalho, passando por sua importância e uma breve revisão
do problema na literatura.
c. Incorreta. Na conclusão, coloca-se as conclusões do trabalho e
as perspectivas.
d. Correta. Veja que se tem uma perfeita visão do que o trabalho se
trata e de sua importância como um todo.
e. Incorreta. Nesta seção, são listados os materiais e métodos
analíticos ou de pesquisa que conduziram até as conclusões.

Atividades
a. Incorreta. O resumo não traz detalhamento do procedimento de fixação
experimental.
RESPOSTAS
b. Correta. É nesta seção que se coloca o detalhamento dos
métodos e a condição dos experimentos.
c. Incorreta. Note que em nenhum momento vê-se um resultado
experimental.
d. Incorreta. Na introdução, é feita a contextualização do trabalho
que será descrito.
e. Incorreta. Em nenhum momento no trecho selecionado, vemos
resultados sendo discutidos.
a. Correta. O principal requisito da seção de materiais e métodos é a
descrição correta do método e sua reprodutibilidade.
152
b. Incorreta. O método está suficientemente claro.
c. Incorreta. Como visto, deve haver a possibilidade de reprodução.
d. Incorreta, pois o trecho está adequado e há a necessidade de
detalhamento e reprodutibilidade.
e. Incorreta, pois a reprodutibilidade dos resultados é sempre um
dos requisitos básicos de um artigo científico.
a. Incorreta. O estilo deve se ater às regras da linguagem mais formais. Atividades

de fixação
b. Incorreta. O relatório deve se ater aos fatos com embasamento.
RESPOSTAS
c. Incorreta. Um dos propósitos do relatório é a divulgação científica.
d. Correta. A informação deve ser transmitida de forma clara e concisa.
e. Incorreta. Apesar de ser necessário utilizar uma linguagem mais
formal, ela deve ser acessível.
153
Referências
ANDRADE, Maria Margarida de. Normas para redação dos trabalhos. In:
______. Introdução a metodologia do trabalho científico: elaboração de
trabalhos na graduação. 8 ed. São Paulo: Atlas, 2007. 174p. cap. 8.

Informação e documentação - referências – elaboração. Rio de Janeiro:
ABNT, 2002. 7p.
FRANÇA, Junia Lessa. et al. Manual para normalização de publicações

técnico-científicas. 3 ed. rev. aum. Belo Horizonte: Ed. UFMG, 1996.
LEITE, P. S. A prática de elaboração de relatórios. 3 ed. rev. Fortaleza:

BNB: ETENE, 1990.
SANTOS, Gildenir C., SILVA, Arlete I. Pitarello da. Norma para referências
bibliográficas: conceitos básicos: (NBR-6023/ABNT-1989). Campinas,
SP: UNICAMP-FE, 1995.
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ - BIBLIOTECA CENTRAL. Normas

para apresentação de trabalhos: teses, dissertações e trabalhos
acadêmicos. 5 ed. Curitiba: Ed. UFPR, 1996.
154
Representação
do conteúdo
Olá, alunos!
Nessa unidade, pretende-se mostrar algumas ferramentas que

visam deixar os textos escritos mais atrativos ou com informações
mais claras e fáceis de visualizar. Serão discutidas algumas
técnicas de informações em representações visuais.
Para auxiliar a transmissão da informação pela linguagem escrita,

em especial em meios acadêmicos ou científicos, é comum fazer
uso de uma série de elementos grá cos, que codi cam de uma
forma simplificada uma série de informações, em termos de
espaço e clareza. O bom uso de tais elementos torna a divulgação
e a veiculação da informação muito mais rica, concisa e clara. No
entanto, deve-se utilizar essas ferramentas de forma correta, para
que elas sejam e cientes. Ao término desta unidade, o leitor deverá
ser capaz de:
• Identificar os diferentes elementos gráficos que auxiliam na

construção de um texto;
• Classificar os diferentes tipos de gráficos, compreender o

seu uso e fazer uma interpretação correta;
• Utilizar de forma correta figuras, esquemas, tabelas e quadros,

com o cuidado de observar, inclusive, os direitos autorais.
Técnicas de organização
de informações em
representações visuais
Um texto científico, e qualquer texto em geral, necessita de regras
estruturais e clareza para que possa atingir o seu objetivo de
transmissão de conhecimento
Em alguns casos, é mais eficiente quando são utilizados outros

recursos além da palavra escrita para transmitir tais informações.
Isso é verdadeiro particularmente quando se trata de dados
numéricos. Nesse caso, é recomendável a organização dos dados
em tabelas. Outras vezes, a informação é muito complexa para ser
colocada em um texto corrido escrito. Para esse caso, as figuras
são uma boa opção. Como diz o ditado popular, “uma imagem vale
mais que mil palavras” (não leve essa expressão necessariamente
ao pé da letra). Outros recursos que podem ser usados para
condensar informações que levariam vários parágrafos para serem
descritas são os quadros e esquemas.
Tabelas, quadros e figuras (fotos, gráficos, mapas, desenhos,

plantas, gravuras) são representações ilustrativas anexadas
ao trabalho escrito que servem para organizar e possibilitar a
interpretação do trabalho desenvolvido de forma clara e objetiva. É
comum a mescla de tabelas, gráficos, figuras e outros elementos.
Para cada caso, existem algumas regras e recomendações práticas.
Veja a seguir uma descrição sucinta de cada um dos casos.
157
Tabelas
Constituem representações numéricas de dados quantitativos coletados
por meio de instrumentos próprios para este fim; a representação
numérica pode ser em forma de números absolutos ou em percentuais;
exigem, obrigatoriamente, a identificação da fonte dos dados se forem
extraídos completamente de outras fontes da literatura. As tabelas são
listagens de forma organizada de dados de uma medida ou de um cálculo
feito a partir de informações, por exemplo, vindas de uma pesquisa. A
tabela não deve ser confundida com o quadro (que vai ser discutido
mais adiante). Tabelas e gráficos são recursos que se complementam.
Geralmente, para se montar um gráfico, é preciso ter acesso aos dados
dispostos em uma tabela.
Existem várias regras para a apresentação de tabelas, porém essas não
devem ser consideradas rigidamente. Muitas vezes, a criatividade na sua
montagem e edição é necessária para alcançar melhor comunicação. Os
processadores de texto disponíveis nos dias de hoje (Word e Writer, por
exemplo) possuem, em sua maioria, recursos que possibilitam a criação
de tabelas de forma fácil e intuitiva.
Antes de descrever uma tabela e seus elementos principais, veja algumas
dicas práticas:
A escolha entre o uso de tabela ou gráfico está associada às características
dos dados e ao objetivo a que se propõe, sendo recomendável priorizar o
uso de tabelas, pois estas apresentam valores precisos.
• Quando tabelas, gráficos e figuras forem transcritos de outros
documentos (cópia direta), é necessário, na indicação da fonte, a
expressão “Extraído de:”.
158
• As tabelas são particularmente úteis quando for importante
apresentar valores precisos, e não apenas tendências. Para
este segundo caso, os gráficos são mais eficientes. As tabelas
também são preferíveis quando a quantidade de dados for muito
grande, exigindo que sejam sumarizados.
• Certos tipos de dados, particularmente eventuais ou repetitivos,
quando em pequenas quantidades, não precisam ser
apresentados na forma de tabelas ou gráficos.
• As tabelas devem ser autocontidas, ou seja, suficientemente
completas para serem entendidas sem precisar consultar o texto.
Deve também ser simples, contendo apenas os dados suficientes
para o seu entendimento. Evite “poluir” de dados a sua tabela.
• A estruturação da tabela deve ser simples e objetiva. O
ordenamento lógico deve ser observado e os dados, unidade e
símbolos utilizados devem estar de acordo com o texto.
Com relação à apresentação das tabelas, pode-se destacar os seguintes
pontos:
• As tabelas podem ser intercaladas no texto, de preferência depois
de sua primeira citação no texto. Dessa forma, a sua visualização
faz sentido no fluxo normal da leitura.
• As tabelas também podem ser apresentadas em anexo,
principalmente quando estiverem presentes em grande
quantidade ou quando ocuparem o espaço de mais de uma
página, o que “quebra” o fluxo do texto. Quando a tabela ocupar
um espaço maior do que uma página, ela não é “fechada” na
parte inferior e é comum aparecer o termo “continua” no canto
inferior direito da página. Na continuação da página seguinte,
deve aparecer o número, o título e o cabeçalho da tabela com
a indicação do termo “continuação” entre o título e o corpo da
tabela, no canto direito.
• As tabelas são alinhadas de acordo com o padrão de margem do
texto escrito. Entre duas tabelas deve-se deixar o espaço de duas
entrelinhas.
159
• Utilize, preferencialmente, o mesmo tipo e tamanho de letra
adotados no texto. Pode haver redução do tamanho da fonte
até um limite em que não haja prejuízo à leitura. Não utilize um
tamanho de fonte maior do que o do texto.
• Se você estiver apresentando um dado na forma de tabela, não
repita as mesmas informações na forma de gráficos ou figuras.
Avalie que tipo de informação você pretende comunicar, se é mais
visual ou se são valores exatos.
• Não deixe nenhuma casa em branco. Todas as casas devem ser
preenchidas (ver as instruções abaixo).
• Quando uma tabela tiver uma largura excessiva, ou seja,
muitas colunas, pode-se apresentá-la em duas ou mais partes,
colocando uma imediatamente embaixo da outra, separadas por
um traço horizontal duplo.
• Da mesma forma, pode-se apresentar a tabela em duas ou mais
partes colocadas lado a lado, separadas por um traço vertical
duplo se as tabelas em questão forem muito estreitas, ou seja,
apresentarem poucas colunas.
Veja agora como descrever os elementos essenciais de uma tabela.
Elementos essenciais da tabela

As tabelas são compostas por elementos essenciais representados
pelo número, título, cabeçalho, colunas indicadoras e casas. Além
desses elementos, podem ser acrescidos outros complementares,
como fontes e notas.
Número
O número deverá ser utilizado apenas quando houver mais de uma

tabela. Em geral, o número é precedido da palavra “tabela”, ambos
em negrito e localizados no topo da tabela. A numeração das tabelas
é sequencial e indicada por algarismos arábicos. Não se esqueça de
160
mencionar o número no texto corrido antes de anexar a tabela. A

numeração no texto segue a sequência em que as diversas tabelas
vão sendo acrescentadas.
Título
Um título deve ser sempre conciso e claro. Neste caso em específico,

ele deverá indicar todo o conteúdo da tabela. Uma boa ordem de
sequência para um título é a seguinte: comece indicando a natureza
do fato estudado (o quê), seguido das variáveis escolhidas para a
análise do fato estudado (como) e, se necessário, o local (onde) e a
época (quando) os fatos foram observados ou obtidos.
O título da tabela é colocado na parte superior, grafado com letras

minúsculas e sempre respeitando as regras gramaticais. Utilize a
mesma fonte do texto e espaçamento simples entre as linhas. O
título deve ser centralizado.
Tabela 1 - Número e proporção de docentes portadores do título

de doutor na Universidade São Judas Tadeu distribuídos por
curso, Campus Mooca, 2017
Cabeçalho
É a parte superior da tabela, que indica o conteúdo das colunas.

Indica as informações que vêm “abaixo”.
Coluna indicadora
Espaço vertical que especifica o conteúdo das linhas.
Casa
Cruzamento de uma linha com uma coluna, onde são indicados os

dados e informações.
161
Figura 1 – Exemplo de tabela
Fonte: Elaborado pelo autor.
No exemplo apresentado, “Faixa Etária”, “Número” e “%” são os

cabeçalhos que indicam o que signfica a informação que vem
abaixo na mesma coluna. A coluna que contém as idades, as
informações “Não responderam” e “Total” é a coluna indicadora, ela
mostra o que vem à direita. Veja que o número de professores entre
21 - 30 anos é igual a 3, o que corresponde a uma porcentagem de
1,3%. Tomando como exemplo o local onde encontramos o número
93, trata-se de uma casa que marca a interseção da linha “41-50
anos” e a coluna “Número”. Daí se conclui que essa casa é o número
de docentes com idades entre 41-50 anos.
Existem mais alguns aspectos a se considerar na construção da

tabela. Deve-se evitar o uso de siglas e abreviaturas que não sejam
de uso corrente. Quando necessário e possível, escreva todas as
informações por extenso na tabela. O cabeçalho sempre deve
ser centralizado na coluna, com a letra inicial da primeira palavra
sempre maiúscula. O uso de letras maiúsculas posteriormente
deve seguir normalmente as regras de gramática. Pode-se grafar
o cabeçalho em negrito, mas deve-se manter a uniformidade
em todas as tabelas. Verififique se o resultado não deixa a tabela
162
com um aspecto pouco uniforme, e se o uso do negrito realmente

cumpre com a função de realçar o cabeçalho. Nenhuma casa da
tabela deve ficar em branco, apresentando sempre um número ou
sinal, como:
Figura 2 – Exemplos de preenchimentos de casas em uma tabela
Os exemplos não mostram todos os possíveis preenchimentos,

objetivando não deixar nenhuma casa vazia. Se for usar alguma
abreviatura para outros possíveis preenchimentos, mostre o seu
significado nas notas (ver abaixo).
Como visto no exemplo, não se deve utilizar traços verticais para

separação das casas da tabela nem para delimitar a própria tabela.
As linhas horizontais que delimitam a tabela podem ser um pouco
mais fortes que as internas.
Elementos complementares da tabela
Além dos elementos essenciais, podem ser acrescidos às tabelas

elementos complementares, como fonte e notas.
Fonte
A fonte (não confundir com a fonte usada no texto) indica a

entidade responsável pelo fornecimento dos dados ou a referência
ao documento de onde eles foram extraídos. Deve ser posicionada
163
no rodapé da tabela. Essa informação é geralmente usada quando

se tabula dados originados de um levantamento. O nome da
instituição como fonte deve aparecer por extenso, ou de forma
abreviada se conhecida nacional e internacionalmente. Se a fonte
consultada for de uma publicação, deve-se indicar a referência de
forma completa, ou remeter a referência para o final do trabalho,
na seção “referências bibliográficas”, conforme as regras vigentes.
A palavra fonte deve ser escrita com a inicial maiúscula, seguida de
dois pontos.
Fonte: IBGE, 2004.
Fonte: COSTA, 2015.
Fonte: Dados obtidos do Sistema de Informações SINDACTA, 2005.
Notas e chamadas
Quando é necessário fazer um esclarecimento geral ou bem

específico do conteúdo da tabela, como o uso de uma metodologia
adotada na coleta de dados ou condições experimentais especiais,
por exemplo, faz-se uso das notas. Tal informação é colocada no
rodapé da tabela, logo abaixo da fonte. Se houver mais de uma nota,
ela deverá ser indicada em uma linha própria, e pode ou não ser
numerada e identificada com símbolos gráficos, como asteriscos.
As chamadas notas específicas servem para o esclarecimento

minucioso de dados contidos em certas casas, colunas ou linhas.
Essas notas são indicadas em algarismos arábicos ou símbolos
gráficos.
A palavra “nota” é grafada com a primeira letra maiúscula, seguida

de dois pontos.
Gráficos
164
Gráficos são representações visuais de categorias, variáveis e

tendências, cuja leitura é orientada mais pelas curvas e formas do
que pelos números
Gráficos são representações visuais de categorias, variáveis e

tendências, cuja leitura é orientada mais pelas curvas e formas
do que pelos números. O objetivo é oferecer ao leitor uma
interpretação de forma rápida e objetiva. São, preferencialmente,
montados a partir dos dados de tabelas e podem, em alguns casos,
ser apresentados conjuntamente com estas. Apesar disso, deve-se
optar por uma forma ou outra de representação dos dados, isto é,
não utilizar tabela e gráfico para uma mesma informação.
Um gráfico bem construído pode substituir, de forma simples, rápida

e atraente, dados de difícil compreensão na forma tabular. Requer o
acréscimo de legendas explicativas, que indiquem o significado de
cada símbolo ou cor apresentados, pois pode-se utilizar diferentes
cores, formas geométricas e linhas.
Como no caso das tabelas, a informática possibilitou o uso de

recursos antes não disponíveis, que agilizam o trabalho, bem como
propiciou a criação de mapas, figuras e gráficos mais elaborados.
Existe uma grande diversidade nas formas de representação
gráfica e a crescente utilização de softwares específicos favorece
sua execução. Softwares pagos, como o Microsoft Excel ou o
OriginLab, e outros gratuitos, como o Libreoffice Calc, Gnumeric,
Qtiplot, Gnuplot e Grace (estes últimos bastante utilizados em
instituições de pesquisas), são ferramentas bastante completas
para a obtenção de gráficos com grande grau de detalhamento. O
uso de tais ferramentas é um assunto relativamente extenso e não
é o objetivo do nosso texto. A escolha da ferramenta e da forma a
ser utilizada está diretamente relacionada com o tipo de dado e o
objetivo do gráfico.
Apesar dessa facilidade, é interessante traçar um gráfico a mão livre

para compreender bem as variáveis envolvidas na sua construção.
165
Com o auxílio de um papel milimetrado, régua, lápis e borracha,

tem-se totais condições de desenhar um gráfico que cumpre
perfeitamente com os seus objetivos.
Em um trabalho escrito, o gráfico pode ser tratado como uma
Os gráficos devem ser autoexplicativos e de fácil compreensão, de
preferência sem comentários inseridos. Logo, são requisitos básicos de
um gráfico:
• Simplicidade: como um dos objetivos do gráfico é simplificar a
informação passada, quanto mais simples e menos “poluído” for
um gráfico, melhor.
• Clareza: para que haja uma correta interpretação dos dados
mostrados.
• Veracidade: o gráfico precisa mostrar fielmente os dados que se
deseja, sem “maquiagens”.
Em trabalhos científicos, a finalidade principal dos gráficos é
evidenciar informações.
Embora as regras para construção dos gráficos não sejam tão rigorosas
como as de tabelas, a preocupação com a exatidão na sua representação
deve ser iminente. Alguns dos principais aspectos a serem considerados
na construção de gráficos são:
• Tamanho, que deve ser adequado à publicação;
• Escala adequada, de forma a não desfigurar os dados;
• Título logo acima do gráfico;
166
• As escalas devem crescer da esquerda para a direita e de baixo
para cima (setas indicativas são aconselhadas);
• A legenda é um elemento do gráfico utilizado para identificação.
figura, como será visto logo adiante.
Existem vários tipos de gráficos, vamos nos concentrar nos

principais. A escolha do tipo de gráfico (barras, lineares, de círculos,
entre outros) está relacionada ao tipo de informação a ser ilustrada.
Antes da classificação propriamente dita, verifique como funciona
um gráfico bidimensional, ou seja, em duas dimensões.
Em um gráfico bidimensional (também chamado cartesiano),

geralmente são representadas duas grandezas ou fenômenos, que
recebem o nome de variáveis. Quando uma grandeza ou fenômeno
depende do outro, é chamada de variável dependente. Quando
são atribuídos valores (as vezes arbitrários) para uma variável,
é chamada de variável independente. As variáveis dependentes
normalmente são representadas em um eixo vertical (chamado
eixo das ordenadas ou eixo y) e as variáveis independentes são
representadas no eixo horizontal (chamado eixo das abscissas ou
eixo x). Observe a figura no botão abaixo
Figura 3 - Os eixos de um gráfico bidimensional (ou cartesiano)
Fonte: Elaborada pelo autor.
167
Acompanhe na videoaula a seguir o que representam os dois eixos

de um gráfico bidimensional.
“Traçando um gráfico bidimensional

(cartesiano)”
Videoaula
Agora, observe um exemplo real. Um gráfico bidimensional com

grandezas sendo representadas nos eixos e marcações mostrando
as relações entre as duas grandezas.
Figura 4 - Exemplo de um gráfico bidimensional
Fonte: COSTA, 2010. p. 46.
Não se assuste com o significado do gráfico. Ele será analisado

apenas em cima dos conceitos, que é o que interessa no
momento. No eixo das ordenadas, tem-se a variável dependente,
chamada Absorbância. A sua unidade de medida é U.A.
(unidades arbitrárias). No eixo das abscissas, tem-se a variável
independente, que é a Concentração (expressa em miligramas
por mililitro). Os quadradinhos pretos representam um certo
valor de concentração para o qual tem-se uma certa leitura de
absorbância. Apenas observando o gráfico, pode-se concluir que,
quanto maior a concentração, maior o valor de absorbância, que
aumenta linearmente. A linha vermelha mostra a tendência teórica
desse aumento, obtida por meio de regressão linear (não serão
168
apresentados mais detalhes). Outro ponto importante que se pode

ver é que a escala está sendo obedecida em ambos os eixos, o
mesmo espaço se refere a um mesmo valor.
Esse tipo de gráfico é muito utilizado na área de exatas,

principalmente em atividades experimentais. No exemplo mostrado,
a relação entre as variáveis dependente e independente é linear,
mas nem sempre é assim. A relação entre as duas variáveis pode
seguir outra relação matemática.
O gráfico a ser escolhido depende do que se pretende mostrar. Com

isso em mente, serão apresentados, agora, outros tipos de gráficos.
Tipos de gráficos
Existe uma grande variedade de tipos de gráficos, dentre os quais
pode-se destacar os de coluna, barras, pizza, área, linha e rede.
Gráficos de coluna
Estes são, juntamente com os gráficos de barra (veja adiante), os

mais utilizados na apresentação de dados estatísticos de uma
forma geral. Indicam, geralmente, um dado quantitativo sobre
diferentes variáveis, e não dependem de proporções. Os dados
propriamente ditos são apresentados na vertical, enquanto as
classes são apresentadas na horizontal. Para fins estéticos, podem
ser apresentados em três dimensões. Veja o exemplo abaixo, que
mostra os cinco países mais populosos do mundo (em milhões de
habitantes).
169
Figura 5 - Exemplo de um gráfico de colunas
Gráficos em barra
Possuem basicamente a mesma função dos gráficos em colunas,

com os dados na posição horizontal e as informações e divisões
na posição vertical. As mesmas informações contidas no gráfico
anterior ficariam assim:
Figura 6 - Exemplo de um gráfico em barras
170
Gráficos de pizza (ou gráfico em quadrante)
É um tipo de gráfico, também muito utilizado, indicado para

expressar uma relação de proporcionalidade, em que todos os
dados somados compõem o todo de um dado aspecto da realidade.
No exemplo abaixo, tem-se a distribuição de notas de uma turma
de alunos. Note que não há preocupação com o número real de
alunos e suas respectivas notas, mas sim com a proporção que
elas ocorrem no total de alunos.
Este gráfico é muito eficiente para ilustrar proporções. Observe

que, no caso abaixo, a turma está bem na média... A maioria dos
alunos está com notas entre 5 e 7. Mas também deve-se haver
preocupação, pois o número de alunos com notas abaixo de 6 é
quase metade.
Figura 7 - Exemplo de um gráfico em quadrante
Semelhantes aos gráficos de pizza, existem os gráficos circulares.

A lógica é a mesma, a divisão de uma esfera em várias partes para
indicar as diferentes partes de um todo em termos proporcionais.
171
Gráficos em linhas
O gráfico em linha é utilizado para demonstrar uma sequência

numérica em uma série temporal. É especialmente indicado para
mostrar a evolução (ou involução) de um certo dado que ocorre em
um certo intervalo de tempo. Observe o exemplo abaixo que mostra
a evolução do corpo docente de uma certa instituição de ensino.
Pode-se perceber a tendência de diminuição dos professores
só com graduação e o aumento dos que possuem mestrado e
doutorado no período de tempo estudado.
Figura 8 - Exemplo de um gráfico em linhas
Gráfico de áreas
É bem parecido com o gráfico de linhas. A diferença é que evidencia

melhor a proporção sobre o todo. Fica melhor para apontar a
relação dos diferentes dados entre si. Observe o mesmo gráfico,
que foi apresentado no caso anterior, organizado na forma de áreas.
172
Figura 9 - Exemplo de um gráfico de áreas
Gráfico em rede
Esse tipo de gráfico não é tão comum. Você já deve tê-lo visto
em jogos eletrônicos e jogos de RPG. A vantagem desse gráfico é
promover a comparação visual de valores distintos de uma mesma
variável. Novamente, temos as mesmas informações dos gráficos
anteriores nesta nova categoria de gráfico. O triângulo “graduação,
mestrado e doutorado” tende para o doutorado em 2017.
173
Figura 10 - Exemplo de um gráfico em rede
Figuras
Veja agora mais um importante conceito para a construção de uma

representação visual.
Figura é a denominação genérica atribuída aos gráficos, fotografias,
gravuras, mapas, plantas, desenhos ou demais tipos ilustrativos quando
presentes em trabalhos acadêmicos. Sendo assim, os gráficos também
são considerados figuras. Quando as figuras forem representadas apenas
por gráficos, a denominação pode ser feita por esta palavra (gráfico).
174
Algumas figuras têm direitos autorais e só poderão ser utilizadas mediante
autorização do autor. Portanto, antes de colocar qualquer figura baixada da
Internet no seu trabalho, verifique as permissões para ela. Existem muitas
figuras que podem ser usadas em trabalhos de forma legal em sites como
a Wikipedia, Wikimedia Commons, Jamendo, Flickr e muitos outros por
meio de permissões do tipo “creative commons”. Consulte o site Creative
Commons Brasil (em português) para se informar sobre quais são os tipos
de permissões para o uso de qualquer arquivo de multimídia licenciado
nestes termos. Verifique também a qualidade e a veracidade das imagens.
No caso de se utilizar figuras ou quaisquer arquivos visuais extraídos de
outros trabalhos, além do título, colocado na parte superior da figura e
numerado em ordem crescente após a citação no texto corrido, deverá vir,
após a figura, a fonte dos dados.
175
• Se a figura for de elaboração do autor do texto (você):
Figura 1 – Vista da cidade de São Paulo
[FIGURA]
• Se a fonte for um site ou repositório digital, coloque o título e,
após a figura, na forma de uma nota de rodapé, coloque o link e
a data de acesso.
• Se for um printscreen de um aplicativo (mais comuns em
publicações da área da informática), coloque um título e, após
a figura, coloque qual é o sistema ou programa de origem do
printscreen.
• Se for um printscreen de uma tela de aplicativo com dados
elaborados pelo autor (quando o foco forem os dados e não o
aplicativo em si), coloque um título e, após a figura, uma nota
de rodapé. “Fonte: Elaborado pelo autor”.
[FIGURA]
Acompanhe na videoaula a seguir exemplos de figuras e como

colocá-los de forma adequada no seu trabalho.
“Acrescentando figuras ao
seu trabalho”
Videoaula
176
Outras Representações Visuais

Quadros
Os quadros são definidos como arranjos predominantes de palavras
dispostas em linhas e colunas, com ou sem indicação de dados numéricos.
Diferenciam-se das tabelas por apresentarem um teor esquemático e
descritivo, e não estatístico. A apresentação dos quadros é semelhante a
das tabelas, exceto pela colocação dos traços verticais em suas laterais e
na separação das casas. Veja o exemplo, mostrando o nome dos autores
de teses apresentadas em anos consecutivos em uma dada instituição de
ensino.
Figura 11 – Exemplo de quadro
177
Esquemas
Um esquema representa o encadeamento de uma linha de raciocínio ou
de um fenômeno difícil de ser descrito por meio de um texto corrido. Em
outras palavras, é uma apresentação visual de uma série de ideias, fatores
ou etapas de um processo. Pode ser empregado em uma série de tarefas
acadêmicas, em especial:
• Quando é preciso enfatizar pontos principais em um texto;
• Quando é preciso organizar itens em uma apresentação ou em
uma palestra;
• Quando é preciso esboçar um rascunho esquemático de um
texto que será redigido.
Os esquemas são usados com bastante frequência na área de química,
quando é preciso representar uma série de reações químicas que ocorrem
consecutivamente, por exemplo, ou quando é preciso representar um
processo.
178
Figura 12 – Exemplo de esquema
Novamente, não se preocupe com o conteúdo, apenas com o

formato. Veja que foi possível representar um processo bem
complexo de uma forma esquematizada e simples. Fica bem
adequada para uma apresentação, por exemplo.
Assista à videoaula a seguir, que apresentará a esquematização

de um pequeno texto.
179
“Esquematizando um texto”
Videoaula
Longe de esgotar o assunto, espera-se que este apanhado de regras,

dicas e exemplos mostrados auxilie você a se utilizar dos recursos
gráficos de forma e ciente. Lembre-se que a palavra-chave aqui é
parcimônia e bom senso. Os recursos devem sempre enriquecer o
trabalho, e não o deixar “poluído”.
Chegamos ao fim dessa unidade. Como visto, o uso de outros

elementos que não sejam textuais pode ajudar a enriquecer muito
o trabalho, mas sempre com moderação. O uso excessivo ou
incorreto dos elementos gráficos pode comprometer um ótimo
texto e, então, se terá o efeito contrário do que realmente gostaria.
Lembre-se sempre de consultar as regras para deixar o seu trabalho

dentro dos padrões. É uma forma de manter a coerência também
na forma de apresentação do texto escrito.
Resolva agora as questões de fixação do conteúdo que você

aprendeu.
180
Questão 1 - Observe o gráfico abaixo, que ilustra a venda de animais

por vendedor em um certo período de tempo:
Atividade
de fixação
Fonte: REPRESENTAÇÕES gráficas. In: site “Odin”.
a. A pior vendedora é Ana, com apenas 2 animais vendidos.
b. A pior vendedora é Ana, com apenas 2 animais vendidos.
c. Herbert vendeu o dobro do que a vendedora Joana.
d. A soma das vendas de Joana e João totalizam o mesmo que as
vendas de Paulo.
e. A venda de Herbert é igual à soma dos 3 piores vendedores.
181
Questão 2 - Com base no gráfico de linhas abaixo, que representa

um certo valor gasto por trimestre na Europa, nos Estados Unidos e no
Japão, marque a alternativa CORRETA.
Fonte: GRÁFICO de linhas. In: site “Microsoft”.
Atividade
a. O valor no 4º semestre para a Europa ficou igual ao valor dos EUA
de fixação
no 2º semestre.
b. O valor no 4º semestre para a Europa ficou igual ao valor dos EUA
no 2º semestre.
c. O valor do Japão e dos EUA no 2º semestre é igual.
d. O aumento de valor dos EUA e a queda de valor do Japão do 3º
para o 4º semestre são proporcionais.
e. O aumento de valor das 3 regiões representadas do 2º para o 3º
semestre é igual.
182
Questão 3 - Suponha que você tenha uma série de dados para serem
representados e que o seu trabalho exija que se tenha o conhecimento
exato da relação entre duas variáveis. Você escolheria:
a. Uma tabela, que mostra a relação entre 2 variáveis de uma forma
visual, por cores ou formas.
b. Um gráfico, pois com ele pode-se verificar facilmente a relação
entre dois valores.
c. Uma tabela, pois ela representa apenas a tendência do
comportamento estabelecido entre duas variáveis.

Atividade
de fixação
d. Um gráfico, pois ele é uma representação gráfica de duas
variáveis que se relacionam.
e. Uma tabela, pois com ela pode-se verificar facilmente a relação
exata entre duas variáveis.
Questão 4 - A principal diferença entre um quadro e uma tabela
é, simplesmente:
a. O número de colunas e linhas, que é menor nos quadros.
b. O número de colunas e linhas é maior nas tabelas.
c. O conteúdo das tabelas é mais estatístico e menos descritivo.

Atividade
d. O conteúdo dos quadros é mais estatístico e menos descritivo. de fixação
e. A formatação dos quadros, que não necessita de informação da fonte.
183
Para finalizar, assista à videoaula a seguir, com um pequeno tutorial

de como foi obtido o gráfico em quadrantes mostrado no exemplo
apresentado no texto.
“Como plotar um gráfico de

quadrantes”
Videoaula
a. Incorreta. Ela vendeu 3 animais.
b. Correta. Herbert vendeu 18 animais e o segundo colocado, 14.
c. Incorreta. Joana vendeu 6 animais, cujo dobro é 12. Herbert
vendeu 18.
d. Incorreta. A soma das vendas de Joana e João totaliza 12. As
vendas de Paulo totalizam 14.
e. Incorreta. A soma dos 3 piores vendedores é igual a 15, enquanto
a venda de Herbert foi de 18 animais.
Atividades
de fixação
a. Correta. Ambas ficaram em cerca de $40.000. RESPOSTAS
b. Incorreta. Foi de cerca de $30.000.
c. Incorreta. Observe atentamente o gráfico e note que os valores
são ligeiramente diferentes.
d. Incorreta. Não são, porque os dois valores de partida são
diferentes.Justivicativa da questão e.
e. Incorreta. Não é, pois, apesar de serem bem semelhantes em
tendência, os valores de partida são diferentes.
184
Questão 3 - A resposta certa é a letra E. Justificativa:
a. Incorreta. Veja no conteúdo que a tabela ilustra números
relacionados a tabelas ou exatamente a outros números.
b. Incorreta. Os gráficos são mais eficientes para mostrar uma
tendência e valores aproximados.
c. Incorreta. A tabela ilustra números relacionados a tabelas ou
exatamente a outros números.
d. Incorreta. Como visto, o gráfico serve para dar uma noção da
tendência de relação entre duas variáveis.
e. Correta. Com uma tabela, cruzando as informações de uma linha
e de uma coluna, tem-se a relação exata entre duas variáveis.
a. Incorreta. O número de colunas e linhas das tabelas e quadros

Atividades
está subordinado à clareza do conteúdo. de fixação
b. Incorreta. O número de colunas e linhas das tabelas e quadros RESPOSTAS
está subordinado à clareza do conteúdo.
c. Correta. Veja essa diferença no texto teórico. As tabelas são
sempre mais adequadas para representar resultados numéricos
e estatísticos, e os quadros apresentam uma tendência maior em
apresentar descrições.
d. Incorreta, é justamente o contrário, o conteúdo dos quadros é
mais descritivo, enquanto as tabelas são mais usadas para dados
numéricos e estatísticos.
e. Incorreta. Tanto a tabela quanto o quadro precisam referenciar de
onde saíram os dados de sua construção.
185
Referências
Informação e documentação -Trabalhos acadêmicos – apresentação.
Rio de Janeiro: ABNT, 2005. 9p. Disponível em <http://www.fee.ufpa.br/
arqsecret/ABNT%20NBR%2014724.pdf> Acesso em: 15 jun. 2017.
COSTA, I. de M. Relatório de acompanhamento de doutorado CNPq,

ano de 2010. São Paulo: Instituto de Química da Universidade de São
Paulo, 2010.
GRÁFICO de linhas. In: site “Microsoft”. Disponível em: <https://technet.

microsoft.com/pt-br/library/ms159640(v=sql.100).aspx>. Acesso em:
05 jul. 2017.
IBGE, Normas de apresentação tabular. 3. ed. Rio de Janeiro, 1993.

Disponível em <http://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/
liv23907.pdf> Acesso em: 15 jun. 2017.
REPRESENTAÇÕES gráficas. In: site “Odin”. Disponível em: <http://

odin.mat.ufrgs.br/usuarios/bruno/CONDIGITAL_Cruzeiro_sul/
representacoes_graficas/saibamais.html>. Acesso em: 05 jul. 2017
186
Produção de material
didático e outras
produções visuais,
sonoras e digitais
Olá, alunos!
Nessa unidade, será abordada a divulgação do produto.
Após ser produzido, o conhecimento deve ser divulgado. É assim que

as ideias evoluem e tomam forma. E isso vale para todas as áreas do
conhecimento. No entanto, existem várias formas de divulgação desse
conhecimento e uma delas é, inclusive, essa que você tem em mãos.
Para se alcançar essa divulgação, deve-se usar um meio adequado
com um material próprio para esse fim. É este o objetivo geral dessa
unidade. Ao término dela, espera-se que você seja capaz de:
• Escolher o meio mais adequado para a divulgação dos seus

trabalhos.
• Saber diferenciar os principais veículos de comunicação do

conhecimento.
• Elaborar um pôster ou banner de forma eficiente seguindo uma

série de regras relativamente simples.
• Elaborar uma apresentação de slides por meios eletrônicos que

seja adequada ao público e ao objetivo a que ela se propõe.
• Elaborar um material para apresentação oral que seja simples

e eficiente.
Técnicas de
apresentação e
divulgação do produto
Quando estamos na sala de aula, com o professor apresentando
conteúdo, ou em uma palestra ouvindo o palestrante falar sobre o
assunto a que ele se propõe, vê-se o produto final da transmissão
de conhecimento, que cumpriu uma série de etapas até chegar em
você. O professor, ao preparar a sua aula, precisou consultar uma
série de referências bibliográficas, quer sejam elas livros, artigos
etc., preparou algumas notas de aula para se guiar nos tópicos mais
importantes a serem abordados e, em alguns casos, elaborou uma
apresentação de slides eletrônicos para deixar a sua explanação
mais clara e dinâmica. E, se for precavido, estudou muito para não
ser pego desprevenido pelos alunos. Tudo isso para cumprir aqueles
minutos em sala de aula.
Com o palestrante, não é diferente. Embora o modo de ele transmitir

as informações seja um pouco diferente, pois geralmente só ele fala,
sem espaço para questionamentos durante a sua apresentação,
ele também precisou consultar diversas fontes, preparou uma
apresentação com slides “de encher os olhos”, e elaborou diversas
notas para transmitir o seu recado de forma oral.
Note que, para divulgar o “produto” do conhecimento, deve ser

cumprida uma série de etapas, e elaborada uma série de materiais,
para que a informação seja passada de forma eficiente. Para cada
fim, existe um meio de divulgação, não apenas aulas e palestras.
Existe uma série de eventos nos quais pode-se divulgar o nosso
trabalho na forma de uma breve apresentação oral ou de um
pôster, para citar alguns. Vamos nos deter na elaboração de alguns
meios de divulgação do produto (veja, neste caso, que produto não
necessariamente é algo material, mas sim algo produzido por meio
189
do seu trabalho intelectual). O foco desta unidade são os meios que

vão além da linguagem escrita: meios em que se pode colocar os
recursos de multimídia a nosso favor.
Por onde começar?
O que deve ser feito primeiramente, se o seu trabalho não for original e
autoral, é consultar uma bibliografia especializada. Mesmo um trabalho
100% original deve estar embasado ou, pelo menos, de acordo ou a par das
informações sobre o assunto produzido na atualidade ou anteriormente.
Procure conhecer o processo de pesquisar a bibliografia especializada e
referenciá-la em seu trabalho de forma adequada.
As fontes de consulta bibliográfica podem ser impressas ou dispostas em
meios eletrônicos. As principais são:
documentos escritos impressos – divididos em 5 categorias (GIL, 1988):
• Livros de leitura corrente: obras de literatura, em seus diversos
gêneros (romance, poesia, teatro etc.); Obras de divulgação,
que podem ser técnico-científicas (utilizam linguagem própria
da ciência e destinam-se aos especialistas de cada área) e de
vulgarização (destinam-se ao público não especializado);
• Livros de referência: dicionários, enciclopédias e anuários são as
principais obras de referência informativa. Os livros de referência
remissiva são os catálogos das grandes bibliotecas e editoras, os
boletins e jornais especializados;
• Periódicos: as principais publicações periódicas são os jornais e
revistas, de grande utilidade para a atualização das informações.
As revistas costumam publicar resenhas, que representam uma
forma de estar em dia com publicações recentes de cada área do
conhecimento;
190
• Impressos diversos: além de livros, jornais e revistas, encontram-
se nas bibliotecas publicações do governo, boletins informativos
de empresas ou de institutos de pesquisa, estatutos de entidades
diversas etc.;
• Obras de estudo: Spina (1972, p. 12) acrescenta à classificação
os tratados, manuais, textos, compêndios, monografias, teses,
ensaios, conferências, antologias, seleções, dissertações etc.
Documentos escritos depositados em meios magnéticos e/ou eletrônicos:
Arquivos em disquete, base de dados em CD-ROM, boletins eletrônicos
(BBS), e-mail, discos, discos compactos (CD - Compact disc), fitas
gravadas, homepages, filmes, vídeos, listas de discussões, micro filmes e
(dispositivos). Com o avançoda tecnologia, as bases de dados eletrônicas
que armazenam inúmeros arquivos nos mais diferentes formatos ficaram
com acesso extremamente facilitado e com uma logística mais fácil de ser
organizada.
Agora, será lançado um olhar mais cuidadoso para a preparação do
material de divulgação
Preparação de um trabalho para

apresentação em evento
Fique atento aos eventos de seu interesse e aos requisitos e prazos para
poder participar.
A maioria dos eventos é, hoje em dia, administrada via Internet. A
submissão de trabalhos para avaliação, por um auditor, ‘parecerista’ ou uma
comissão julgadora, geralmente exige a inscrição com o preenchimento
de um formulário, o que lhe permite receber um login e senha para
futuros acessos ao sítio do evento. A inscrição do trabalho é feita em
um formulário especial. Em congressos maiores, além da inscrição, você
deve relacionar seu trabalho a um tópico ou seção temática. Siga as
191
normas. O pagamento geralmente é efetuado no ato da inscrição, o que
não condiciona a aprovação ou aceite do trabalho para apresentação no
evento, mas garante a vaga para participação nas atividades.
Comunicação, um resumo ou tema livre
Comunicação, muitas vezes referida em eventos como tema livre

ou resumo, é um texto curto, informativo, autossuficiente sobre um
projeto, uma experiência individual ou de sua equipe, uma revisão de
literatura ou uma pesquisa. Deve ser, para quem o lê, entendido sem
consulta ao texto ou trabalho original que o gerou. Normalmente,
é submetido à avaliação e, se aprovado, publicado nos anais do
evento. É exposto ao público participante em sessão de pôster, para
o que poderá ser designado horário de visitação e comentários,
ou em sessão de trabalhos selecionados, para a qual deverá ser
preparada uma apresentação oral com o uso de transparência, slide
etc.
Para preparação da comunicação, leia atentamente as normas do

evento. Os seguintes aspectos são os mais comuns:
• O texto do resumo não deve exceder 300 palavras ou 1.500

caracteres (com espaços). Alguns eventos admitem até
2.400 caracteres (com espaços), ou seja, em torno de 500
palavras – “resumo expandido”. Outros fazem a limitação
de espaço, exigindo que o texto seja digitado dentro de um
formulário ou caixa de texto.
• Siglas e abreviações não devem ser usadas.
• Não é permitida a utilização de gráfico ou tabela.
• O texto deve ser corrido, sem utilização de parágrafos, com

espaço simples.
192
Trabalho completo
Um trabalho completo deve, salvo orientação contrária dos

organizadores, seguir a mesma norma para a elaboração de artigos
para publicação em periódicos, tendo, no máximo, sete páginas no
formato A4 (210 x 297 mm), sendo que as margens devem ter 2,5
cm, devendo o corpo do texto ser escrito com espaçamento 1,5 e
com letra do tipo Times New Roman ou Arial 12. O início de cada
parágrafo no corpo do texto deve ser marcado utilizando o recuo de
3 espaços.
Um trabalho completo, frequentemente, é a modalidade aceita pelos

congressos para habilitar à seleção para apresentação oral. Os
resumos, nessa circunstância, são divulgados em sessão de pôster.
Para essa apresentação, uma alternativa é a projeção de uma série
de slides, que podem ser preparados em powerpoint ou similar.
Como o tempo é limitado, o número de slides deve ser adequado
(veja algumas dicas adiante).
Pôsteres
Características de um pôster
Por razões de praticidade, a apresentação de pôsteres tornou-

se, atualmente, uma alternativa importante aos outros meios de
divulgação. Permite interatividade entre os participantes do evento,
além de ser uma produção coletiva entre os participantes. O pôster
geralmente apresenta estas características (CORREA et al., 2009):
• Tamanho: Largura entre 60 e 90 cm e altura entre 90 e 120

cm.
• Material da plotagem: papel, lona, plástico, acrílico, tecido,

etc. Alternativamente pode-se imprimir os componentes do
pôster em papel e colar em um suporte adequado.
• O pôster pode ser apresentado por projeção em Datashow.
193
• Atenção ao tamanho da fonte, para o pôster ser legível a

uma distância de aproximadamente 1m.
A estrutura do pôster é mais ou menos rígida e deve conter

basicamente os seguintes tópicos:
194
Assista na videoaula a seguir uma análise dos principais aspectos de um
pôster ideal.
“Características de um pôster ideal.”

Videoaula
Prefira sempre cores suaves para a confecção do seu pôster. Evite cores
berrantes, marcas d’água, fundo muito escuro, com fonte de cores claras.
Uma outra dica é sempre fazer uma “impressão de teste” para ver como
o seu pôster fica no meio físico, e não na tela do seu computador, que
pode às vezes enganar. Lembre-se que, para além da estética, o pôster é
um meio de divulgação e deve chamar atenção para o conteúdo. Veja um
exemplo a seguir:
195
Figura 1 - Modelo de um pôster de divulgação científica
Fonte: FÁVERO; CASTANHEIRA; MANHANI, 2015. (Pôster).
196
Apresentações de slides
Foi-se o tempo que o termo slide servia apenas para conceituar
aquele quadradinho, originado de um negativo fotográfico, que se
colocava em um carrossel para projetar na parede. Hoje em dia, os
slides fazem parte do material de apoio de uma série de atividades,
como aulas e palestras.
Mais que uma imagem estática, o advento da informática nos

possibilita a inclusão de outros recursos de multimídia, como vídeos,
áudios e hiperlinks para sites da Internet. Tais funcionalidades
permitem uma apresentação menos cansativa e bem mais
dinâmica, sendo mais fácil captar a atenção do público-alvo.
O principal aplicativo utilizado para se montar apresentações é

o PowerPoint (o mesmo que foi apresentado para a montagem
do pôster). Novamente, existe uma série de alternativas, como as
vistas anteriormente. Uma outra opção, no caso específico das
apresentações, é o Prezi.
Independentemente do aplicativo, não o utilize sem conhecer o

funcionamento básico. Por mais atraente que seja o resultado
de uma aula ou apresentação que você viu, tentar reproduzi-lo na
base do improviso geralmente não dá certo. Na verdade, pouco
importa o aplicativo, o mais importante é a estrutura dos slides e da
apresentação em si.
Dessa forma, a criação de slides é parte crucial do processo. Existem

certos equívocos que podem ter o efeito contrário do desejado.
Não se trata da falta de conhecimento sobre o assunto que será
abordado, mas o formato deve ser condizente para não ocorrer
prejuízos. Uma apresentação malfeita pode, inclusive, induzir o
público a achar que não está suficientemente preparado e que não
entende bem o que está sendo falado.
197
Seguem algumas dicas que podem ajudar a preparar os slides para uma
apresentação.
• Quem é o público-alvo?
Primeiramente, verifique qual será o público da sua apresentação, para
adequar o uso de termos técnicos, animações, duração da apresentação
(que impacta no número de slides a serem produzidos). O uso de termos
muito técnicos para um público leigo ou de uma linguagem muito informal
em uma apresentação de congresso não pode ocorrer, por exemplo.
Mantenha o foco sempre no assunto a ser desenvolvido, cumprindo
todas as expectativas criadas no primeiro slide. Em palestras, geralmente,
abre-se espaço para perguntas. Verifique se o número de slides não ficou
excessivo ou limitado (veja adiante uma estimativa do número de slides
em função do tempo de apresentação).
• Por onde começar?
Não existe uma ordem pré-definida para a montagem de uma
apresentação. Uma dica interessante é começar pelo fim. Ao definir qual
será a conclusão que você quer passar para a plateia, a construção do
restante da apresentação leva em conta a sua consequência.
• A composição do slide
Em primeiríssimo lugar, muito cuidado com o “copia e cola”. Isso, por si
só, já não é correto (e se for usado, deverá ser devidamente referenciado
por meio de uma citação, conforme as regras). Outro fator é a questão da
uniformidade do texto com relação às fontes, fica explícito para o público
quando o seu slide é uma “colcha de retalhos”. A dica básica é simplicidade
em termos de layout. Os elementos decorativos podem até aparecer, mas
devem ser usados com parcimônia e equilíbrio, o excesso de detalhes pode
distrair o público. Utilize o mínimo de texto possível e uma fonte de fácil
leitura, de preferência uma não serifada, como Arial, Verdana, Helvetica ou
Tahoma (experimente aquela que você ache mais agradável). Você pode
até usar mais de um tipo de fonte, desde que não ultrapasse o limite de
198
dois tipos por apresentação. O tamanho também deve ser adequado para
leitura, valores entre 24 e 30 pt para o texto e maiores para títulos são os
recomendados.
O fluxo de leitura e da hierarquia de informações deve ser o mesmo de um
fluxo normal de texto (da direita para a esquerda e de cima para baixo, nos
países ocidentais). Planeje o layout da sua apresentação dessa forma e
terá uma apresentação mais agradável e fluida.
Mantenha-se rigorosamente dentro do padrão. Não há necessidade de
ficar trocando a cor ou as imagens de fundo de um slide aleatoriamente.
Aproveite a identidade visual da sua instituição de ensino, por exemplo,
para ser o padrão de cores da sua apresentação. A combinação de cores é
um aspecto importante. Apesar de muitos não gostarem, o fundo branco e
a fonte preta podem ser a melhor combinação, facilita, inclusive, a leitura.
É possível sair do modelo clássico experimentando outras combinações,
mas lembre-se que, novamente, além da estética, o que está em jogo é a
visibilidade do slide. Fundo escuro com letras claras só deve ser utilizado
se tiver um grande contraste de difícil leitura. O plano de fundo do slide
pode ser manipulado à vontade nos aplicativos que forem apresentados.
Também existem muitos sites com vários layouts para os mais diferentes
tipos de apresentação e diferentes públicos.
Por mais tentador que possa parecer, os slides não podem, em hipótese
nenhuma, ter todo o conteúdo que será falado. Não há sentido em se fazer
uma apresentação dessa forma, seria bem mais fácil deixar os slides para
serem lidos pelo público. Para evitar esse problema, o melhor caminho
é colocar apenas palavras-chave do conteúdo na sua apresentação. No
meio de frases curtas, pode-se enfatizar tais conceitos na forma de texto
em negrito ou itálico. No momento da apresentação, tente não ler o slide,
use-o apenas como marcação dos pontos principais e para dar uma ideia
geral do conteúdo para a plateia. Frases inteiras e mais extensas só devem
ser adicionadas se for uma citação.
Não é recomendável abarrotar um slide com muitas informações nem
deixar muitos espaços em branco. É muito comum a recomendação de 6
pontos por slide e 6 palavras por ponto. Se essa regra for seguida, mesmo
que de forma não muito rígida, tem-se um visual sóbrio e limpo. As linhas
199
não devem ter palavras órfãs, ou seja, cada frase deve terminar na mesma
linha que começou. É interessante ter uma apresentação equilibrada,
com o seu estilo próprio, sem torná-la maçante com conteúdo puramente
teórico.
• Quantos slides devem ser preparados?
Depende muito do ritmo de apresentação e do conteúdo de cada um dos
slides, mas uma boa dica é nunca ultrapassar um slide para cada minuto
de apresentação.
• Usos de recursos de multimídia
A grande vantagem dos aplicativos sugeridos é a possibilidade de
usar recursos de multimídia para enriquecer o trabalho. É altamente
recomendável usar esse recurso. Imagens, vídeos e áudios podem e devem
ser usados para quebrar a monotonia da apresentação e complementar a
sua fala.
Nessa parte, deve-se ter o cuidado com os direitos autorais. Referencie as
figuras, vídeos e outras mídias de forma adequada. Use tais recursos com
sobriedade para não tornar a sua apresentação uma bagunça.
O mesmo conselho pode ser estendido às animações das apresentações.
O PowerPoint, Prezi e aplicativos similares possibilitam fazer a transição
dos slides de forma animada, inclusive com efeitos sonoros. Esse é um
recurso que, se bem utilizado, faz com que a apresentação fique muito
dinâmica, mas que também pode tornar a apresentação confusa e
cansativa.
• No momento da apresentação
Como quase tudo na vida, a prática nos encaminha para a perfeição. Tanto
na elaboração da apresentação, como na apresentação em si. Interessante
ter, pelo menos, a sequência dos slides memorizada para que a sua linha
de raciocínio não se perca. Alguns recomendam ensaiar a apresentação
inteira para verificar o tempo e a clareza da exibição de cada um dos
slides. Para os que estão bem confiantes na apresentação, existe a opção
de transição automática de slides.
200
Fale sempre de maneira pausada e clara, sempre olhando o público, não
para a tela. É um ótimo modo de ver a reação da plateia e fazer alguns
ajustes na sua apresentação instantaneamente. O uso do laser pointer
deve ser feito com parcimônia. É preferível ter as marcações mais
importantes no próprio slide. Mantenha a mão firme.
Acompanhe a análise de alguns exemplos de slides montados
adequadamente e outros com o layout um pouco bagunçado, para se fazer
uma comparação. Assista à videoaula.
“Exemplos de slides próprios e

impróprios”
Videoaula
Chegou o momento de falar um pouco sobre a apresentação oral.

De forma alguma, trata-se de um guia completo, são apenas dicas
simplificadas de como preparar e se portar em uma apresentação.
Apresentação oral
Na maioria dos eventos acadêmicos, por motivo de simplicidade
e dinamismo, a sessão de pôsteres é o meio de divulgação mais
utilizado. Em alguns casos, nesses eventos, além de palestrantes
convidados, alguns trabalhos são selecionados para apresentação
oral. É uma ocasião que exige preparação. Aliás, a preparação é uma
das partes fundamentais de uma boa apresentação. Conheça o
local da apresentação e os recursos disponíveis com antecedência.
É necessário controlar, em primeiro lugar, um receio muito comum
entre as pessoas: o medo de falar em público. E ele diminui bastante
se você estiver bem preparado.
201
O medo de falar em público pode ser um problema bem sério, e atrapalhar,
inclusive, a sua qualidade de vida. Em casos extremos, é aconselhável
procurar ajuda especializada.
Ficou curioso? Faça o teste indicado no link abaixo.
ATÉ que ponto o medo de falar em público afeta sua vida? Teste!. In: site
“G1 - Fantástico”. 08 mar. 2017. Disponível em: <http://especiais.g1.globo.
com/fantastico/2017/ate-que-ponto-o-medo-de-falar-em-publico-afeta-
sua-vida-faca-o-teste/>. Acesso em: 06 jul. 2017.
Mas lembre-se: uma tela de computador não substitui um profissional
capacitado!
O conteúdo da apresentação
Não memorize apenas o que será falado, procure saber com

profundidade o máximo que puder sobre o assunto que será
falado. É importante se informar sobre o tempo disponível para
sua apresentação. Em alguns casos, tem-se um tempo máximo
e mínimo para a apresentação (é o caso das apresentações de
TCCs e de aulas teste em concursos públicos). A preparação
envolve não só o conteúdo, mas também a forma de exposição.
É bastante válido se exercitar sozinho ou na frente de uma plateia
“amistosa”, como os seus colegas. Lembre-se que treinar sozinho
dá fluência e ritmo, enquanto apresentar para outras pessoas nos
dá naturalidade. Não se está livre de cometer algum erro técnico
durante a apresentação, mas, quanto mais natural for a sua postura,
mais fácil será contornar estes deslizes.
Pode-se levar um roteiro como apoio. Talvez alguns de seus

professores utilize esse recurso, algumas folhas com os pontos
principais da apresentação sobre a mesa, por exemplo. Essas folhas
servem como marcação e um lembrete de como será o roteiro da
apresentação, nunca uma fonte exclusiva de leitura.
202
Outra coisa a ser evitada é decorar o texto, pois qualquer imprevisto

que leve à improvisação fará com que ocorra uma quebra no fluxo
da apresentação. Com as notas, ao verificar um dos destaques, é
mais fácil retornar ao rumo da apresentação. Essa anotação pode
conter uma frase inicial de um raciocínio ou apenas palavras-chave
que o iniciem.
Linguagem e Postura
Tenha muita atenção à linguagem utilizada. Isso vale também para

línguas estrangeiras (sim, em alguns eventos, as apresentações
deverão ser em língua inglesa). Não se está livre de alguns
equívocos, mas o vocabulário e a gramática deverão ser os mais
corretos possível. Existem algumas ocasiões em que a nossa
linguagem pode ser um pouco mais coloquial (algumas videoaulas
recorrem a um vocabulário mais “solto” e próximo ao do aluno),
mas se tratando de eventos de divulgação e propagação de
conhecimento, deve-se prestar atenção às regras. Muito cuidado
com sua postura, evite a gesticulação excessiva, de forma alguma
fique de costas para a plateia, de mãos nos bolsos ou de braços
cruzados. Movimente-se, mas de forma moderada, ou fique parado.
Mantenha a calma e olhe para todas as pessoas da plateia. Relaxe
o corpo, pois uma postura muito dura pode demonstrar tensão.
Vale lembrar que, apesar de não haver necessidade de uma

vestimenta completamente formal, é interessante utilizar um traje
mais sóbrio e discreto no momento da apresentação.
Quem está Assistindo
Tenha em mente o seu público-alvo. Verifique se a apresentação

é informativa, ou seja, uma apresentação na qual apenas se
discorrerá sobre um assunto de forma resumida e mais superficial,
ou formativa, na qual se aprofundará e entrará em detalhes sobre
alguns tópicos. Eventos de divulgação contam com uma plateia
das mais diferentes faixas etárias e níveis diferentes de formação,
203
desde estudantes de graduação até doutores, mais um motivo para

se preparar de acordo com o nível de exigência da plateia.
Estrutura da apresentação e uso de recursos

audiovisuais
Uma boa apresentação deve ter partes bem definidas (começo,

meio e fim). A estrutura lembra um pouco a de um artigo científico,
em que o assunto é contextualizado e é mostrado o que foi usado
para atingir os resultados, apresentando-se os resultados, o que
foi discutido e, finalmente, encerrando-se com conclusões e
perspectivas futuras.
Já foi enfatizada a importância do uso dos recursos audiovisuais, e

uma apresentação de slides bem-feita pode ajudar muito a atingir
o objetivo de “passar o recado” ao público. Vale relembrar que
um bom visual deve atender a três grandes objetivos: destacar
as informações importantes, facilitar o acompanhamento do
raciocínio e fazer com que os ouvintes se lembrem das informações
por tempo mais prolongado. Lembre-se de que é o rascunho da
apresentação oral que guiará a preparação do material audiovisual,
e não o contrário.
Observe um exemplo de como se portar e falar em uma apresentação oral.
Assista à videoaula.
“Postura e colocação na
apresentação oral”
Videoaula
204
Podemos resumir as principais informações que colocamos na parte de
apresentação oral na tirinha abaixo.
Figura 2 - O que devemos evitar em uma apresentação oral

Ilustração: Núcleo de Educação a Distância (NEaD), Ănima, 2017.
Não se esqueça de responder as questões de fixação:
205
Questão 1 -
Atividade
de fixação
Questão 2 -
Atividade
de fixação
206
Questão 3 -
Atividade
de fixação
Questão 4 -
Atividade
de fixação
207
Chegamos ao fim dessa unidade. De forma alguma o nosso material

contempla tudo o que devemos saber com relação à divulgação do
material que produzimos. Vimos que, além da escrita, podemos
fazer uso de outros recursos também. É tudo uma questão de
prática. Comece a treinar a expressão de suas ideias com eficiência,
com relação à fala e com relação aos recursos audiovisuais com os
seus colegas.
“Preparando o seu pôster

para plotagem”
Videoaula
Atividades
de fixação
RESPOSTAS
208
Referências
CORRÊA, Edison José; VASCONCELOS, Mara; SOUZA, Maria Suzana
Lemos. Iniciação à metodologia científica: participação em eventos
e elaboração de textos científicos. Belo Horizonte: Nescon UFMG,
Coopmed, 2009. 96p
FÁVERO, Oriana A.; CASTANHEIRA, Solange; MANHANI, Maria Raquel.

Verificação da Aplicação do Hipérico. (Hypericum perforatum L. Contra
Depressão. III Mostra de Trabalhos de Metodologia de Pesquisa
Científica da Faculdade de Ciências Biológicas e da Saúde. Universidade
São Judas, Ano. (Pôster).
GIL, Antônio Carlos. Como Elaborar Projetos de Pesquisa. São Paulo:

SPINA, Segismundo. Introdução à Edótica: crítica textual. São Paulo:

Cultrix; Editora da Universidade de São Paulo, 1972.
209
Divulgação
do produto
Olá, alunos!
Nessa unidade, serão abordados, detalhadamente, os canais

existentes para a divulgação do produto de pesquisa. Cada meio
possui exigências e finalidades próprias e deve-se conhecê-las para
avaliar qual deles é o meio mais adequado para a apresentação do
trabalho.
O objetivo, ao término desta unidade, é que você seja capaz de:
• Conhecer os meios de divulgação do produto e suas

características.
• Avaliar coerentemente os tipos de eventos e eleger aquele

mais adequado para a divulgação do seu produto.
• Preparar um material adequado com base no evento eleito.

Técnicas de
apresentação e
divulgação do produto
Quando o pesquisador divulga o seu trabalho, presta contas à
sociedade daquilo em que ela investiu. Outro aspecto importante
é a apreciação entre os pares, pois, a partir da discussão dos
resultados obtidos com outros pesquisadores da área, é possível
melhorar e aprofundar os estudos. Os resultados das pesquisas
científicas podem ser divulgados tanto em revistas ou periódicos
científicos, quanto nos eventos científicos.
Os eventos foram e continuam sendo, na contemporaneidade, uma

forma de unir pessoas de uma determinada área com objetivos,
ideias e interesses comuns. A realização de eventos tem como
uma das premissas discutir, divulgar e despertar os interesses de
determinada comunidade com os mesmos fins.
De acordo com Martin (2003):
Eventos são todos os acontecimentos previamente

planejados, organizados e coordenados de forma
a contemplar o maior número de pessoas em um
mesmo espaço físico e temporal, com informações,
medidas e projetos sobre uma ideia, ação ou produto,
apresentando os diagnósticos de resultados e os
meios mais eficazes para se atingir determinado
objetivo. (MARTIN, 2003, p. 37).
Os resultados das pesquisas não devem permanecer reservados

àqueles que a executaram. Eles podem e devem ser divulgados,
compartilhados e discutidos por um público de interesse que não
tenha participado diretamente de sua obtenção.
212
Para o aluno, a experiência de participar de um evento científico

pode ser transformadora. Lacerda et al. (2008) comentam que:
Os eventos científicos constituem-se como

fonte essencial na busca e apreensão de novos
conhecimentos, sua finalidade é reunir profissionais
ou estudantes de uma determinada especialidade para
trocas e transmissão de informações de interesse
comum aos participantes. (LACERDA et al, 2008,
p.139).
Para cada produto de pesquisa ou trabalho acadêmico, tem-se

um tipo de evento próprio para realizar a divulgação de maneira
apropriada e de forma a aproveitar o máximo do contato e do
convívio de outras pessoas que tenham o mesmo interesse na área
de atuação.
Conceituação e classificação
Eventos técnico-científicos são encontros de cunho acadêmico,
tanto na área das ciências humanas e sociais, quanto nas áreas das
ciências exatas, promovidos por entidades ou classes de âmbito
regional, nacional e até internacional, com o objetivo de trocar ideias
e discutir temas atuais e de interesse específico de determinado
nível de participantes (TENAN, 2002).
No âmbito da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas),

não existe um comitê específico para o setor de eventos, ao
contrário do que ocorre em centenas de países, trazendo grandes
dificuldades na padronização da terminologia, uma vez que os
vários eventos que ocorrem no país são organizados por entidades
diferentes.
Essa classificação, baseada principalmente em Corrêa et al., (2009)

e UNICAMP (2006), é dinâmica e pode conter algumas diferenças
de classificações encontradas em outras fontes de literatura.
213
1. Eventos presenciais – são eventos, gratuitos ou pagos, que
exigem participação física, com inscrição prévia, e que são
realizados sob as mais diferenciadas denominações, como:
• Congresso – Reunião ou encontro de entidades de classe ou
associações, visando debater assuntos de interesse de um
determinado ramo profissional ou área de atuação, podendo ser
científicos ou técnicos (ex.: Congresso Nacional de Botânica,
organizado pela Sociedade Brasileira de Botânica; Congresso
Brasileiro de Farmácia Hospitalar, organizado pela Sociedade
Brasileira de Farmácia Hospitalar e Serviços de Saúde, entre
muitos outros).
Em um congresso, que é um dos eventos maiores, pode-se ter seções de
pôsteres ou de apresentação oral para divulgação de pesquisas originais,
como será apresentado adiante.
• Simpósio – Reunião ou encontro de iniciativa de determinada
classe técnica, artística ou científica para debates ligados a um
assunto específico e a discussão de determinado tema afim a
seus interesses (ex.: Simpósio de Plantas Medicinais do Brasil,
organizado pela UNIFESP; Simpósio Multidisciplinar da USJT -
temática 2011 - Desenvolvimento, Saúde e Qualidade de Vida).
• Jornada – É uma reunião realizada periodicamente por grupos
de profissionais que funcionam como pequenos congressos que
acontecem em um determinado local ou instituição em épocas não
coincidentes. (Ex.: JOFARMA – Jornada Farmacêutica da USJT).
Em um evento maior, ocorrem normalmente várias atividades, que
são oferecidas aos participantes. Porém há algumas limitações de
participação pela simultaneidade dessas atividades, de tal forma que o
participante precisa escolher a atividade a que quer assistir baseando-
se na programação, divulgada de forma prévia. Os tipos de atividades
oferecidas são, principalmente, as apresentadas a seguir:
214
• Conferência ou palestra – Consiste em uma apresentação
pública que versa sobreum dado assunto de cunho literário,
artístico, técnico ou científico. O apresentador realiza a exposição
do tema por um tempo pré-determinado e, ao final, há espaço
para perguntas dos espectadores.
• Mesa-redonda – É uma atividade em que um mediador,
acompanhado de três a seis especialistas, oferecem diferentes
pontos de vista sobre um dado tema. Alternativamente, pode
tratar-se de apresentações de trabalhos diferentes sobre um
mesmo tópico.
• Seminário – É uma sessão, dividida em três fases, exposição,
discussão e conclusão, em que um grupo de estudos realiza
debates de assuntos expostos pelos participantes. Os participantes
devem ter conhecimento prévio sobre o assunto a ser debatido.
• Colóquio – Trata-se de uma atividade em que um especialista
ou pessoas com visões diferenciadas e com certo destaque
em determinada área de estudo ou profissional responde
a questões abordadas pelo público participante, mediada
por um coordenador. Neste caso não há exposição prévia.
Não confundir com a atividade chamada colóquio, que
é a exposição prévia de assuntos teóricos antes de uma
determinada atividade experimental.
• Curso ou minicurso – São aulas ministradas por especialistas
que possuem pelo menos oito horas de duração. Ao final do
curso, oferece-se certificação na maioria das vezes por frequência
mínima.
• Sessão de apresentação oral de trabalho selecionado (tema
livre e/ou de comunicação) – Sessões realizadas por meio
de exposição oral, geralmente apoiada pelo uso de slides, e
com tempo não superior a 15 minutos em que os trabalhos
submetidos como trabalho completo ou julgados mais relevantes
são apresentados. Na maioria dos casos estes trabalhos são
publicados nos anais do evento.
215
• Exposição ou sessão de pôsteres – São alternativas às sessões
de apresentação oral, especialmente pelo elevado número de
trabalhos submetidos aos congressos; são reservados espaço
e tempo para afixação do pôster (exposição de pôster), que
costuma ser complementado com um horário designado para
que o(s) autor(es) esteja(m) presente(s), para que os interessados
os conheçam e dialoguem com eles (pôster comentado).
• Outras atividades em eventos – Os eventos podem oferecer
uma série de outras atividades, com normas definidas pela
organização, tais como o encontro temático (minicursos com
duração de até três horas), atividades sociais, coquetéis, rodas
de discussão, etc. que não exigem inscrição nem oferecem
certificação.
2. Eventos a distância – com o aumento do número de eventos, e
objetivando superar limitações de tempo e distância, em alguns
casos são realizados eventos em que há interação pela internet
ou outro tipo de mídia interativa. As principais vantagens deste
tipo de evento é a de que se tem bastante flexibilidade em relação
à hora e o local das atividades. Pode-se interagir diretamente, por
meio de telefone, webcam, e-mail e chats. As datas de início e fim
dos eventos podem ser estendidas para que os congressistas
possam participar a qualquer tempo, interagindo através de forma
online. Todos os trabalhos selecionados e todas as atividades de
apresentação podem ficar disponíveis desde a data de início do
evento e também posteriormente, por meio de internet e mídias
eletrônicas.
• Webconferência, web-aula, videoconferência – São eventos a
distância em que o contato dos participantes que se encontram
em locais diferentes são realizados por meios eletrônicos, dando
a sensação que os interlocutores encontram-se no mesmo local.
Pode haver comunicação entre grupos e entre participantes.
Feita a classificação básica dos eventos científicos presenciais e não
presenciais, será apresentado agora de que forma pode ocorrer a
participação nos eventos científicos:
216
• Conferencistas ou preletores – Especialistas consagrados por
sua experiência acadêmico-científica e/ou prática profissional,
em determinado tema/assunto, que são convidados para proferir
as conferências e/ou participar de mesas-redondas, seminários
etc. Geralmente, é um papel reservado para os professores ou
pesquisadores.
• Participantes ouvintes – Qualquer pessoa da comunidade que
se submeta às regras de inscrição e participação do evento,
assistindo às diversas atividades disponíveis. É o nosso papel ao
assistir as atividades presenciais de um evento qualquer.
• Participante como apresentador de trabalho – Essa participação
visa a divulgação para seus pares de sua experiência individual ou
grupal, por meio de elaboração e apresentação de comunicação,
tema livre, trabalho completo, pôster, entre outros; é uma
oportunidade de tornar sua vivência e sua pessoa conhecidas.
Funciona de forma paralela à sua participação como ouvinte de
atividades do evento.
Veja na videoaula a seguir alguns exemplos de eventos que ocorrem

regularmente e dos quais você poderá participar.
“Exemplos de eventos. Qual seria a

nossa participação?”
Videoaula
De modo geral, todas as formas de participação de um evento na forma
presencial são de grande importância, não só na divulgação do seu
trabalho, como também na construção de uma rede de networking. Procure
conhecer o trabalho de outros pesquisadores, o que poderá incrementar
a sua própria pesquisa, e também iniciar uma rede de colaborações para
pesquisas e trabalhos posteriores.
217
Informe-se com relação a todos os requisitos necessários para sua
participação no evento. Geralmente, o website do evento traz informações
detalhadas com relação a custos, formato do trabalho a ser submetido
(sendo por vezes oferecidos templates), prazos de inscrição etc.
Além das atividades citadas anteriormente, os eventos permitem

ainda a publicação dos trabalhos apresentados e de textos
científicos das atividades realizadas.
Os anais de um evento, segundo Campello (2000), possuem

formas variadas. Trazem resumos ou textos na íntegra, podem ser
publicados pela instituição organizadora ou por editoras comerciais
profissionais (o que não é comum no Brasil). No primeiro caso, a
tiragem costuma ser pequena e a distribuição restrita aos inscritos.
Com a editoração eletrônica, a publicação dos anais ficou facilitada
e em muitos encontros o participante recebe os anais durante a
realização do evento. É interessante para conferir os trabalhos
apresentados que são de seu interesse e que não houve tempo de
participar da sessão de pôsteres ou da apresentação oral. O evento
não termina necessariamente na data de encerramento. Toda a
troca de informações pode continuar entre os participantes.
Vale lembrar que os trabalhos apresentados em eventos, em

algumas áreas do conhecimento, transformam-se em artigos para
serem publicados em periódicos científicos, tratando-se, portanto,
de um documento provisório. Em outras áreas, entretanto, os anais
são a única forma de disseminação desses trabalhos.
218
Quer saber quais são os eventos que estão prestes a acontecer no país,
nas diferentes áreas de conhecimento? Uma boa dica é consultar os sites
abaixo:
• Even3. Eventos acadêmicos e científicos. Disponível em: https://
www.even3.com.br/eventos.
• Galoá. Agenda de eventos científicos. Disponível em: https://
agenda.galoa.com.br/.
Preencha os campos adequados e realize a sua pesquisa!
Observe o infográfico, que resume as informações que vimos até

agora.
219
Figura 1 - Infográfico: da produção do material até a apresentação
Uma vez produzido o material, são muitos os caminhos que

podemos seguir para divulgá-lo. Vamos mostrar alguns!
Meios não científicos Blog | Site que permite atualização

rápida e contato direto com o leitor.
Às vezes o nosso interesse em
divulgação não é acadêmico.
Podemos optar por outros meios! Videoaulas em canais
do youtube | É possível colocar o
conteúdo de seu interesse na
forma de vídeos com recursos de
multimídia.
Eventos científicos | presenciais Ouvinte | assistindo às

apresentações de outros participantes.
Você pode participar desse tipo de
evento de várias formas
Pôster | apresentando o seu
trabalho por meio de um poster
impresso.
Apresentação oral | apresentando

seu trabalho oralmente com apoio
de recursos multimídia.
Eventos científicos | não presenciais Ouvinte | você pode

participar de eventos
sem precisar se deslocar
para outras partes do
país ou mundo.
Publicações científicas Publicar o seu trabalho em um dos

diversos periódicos existentes.
Publicações em meios de (revistas, jornais, etc.)

divulgação não científica

Ilustração: Núcleo de Educação a Distância (NEaD), Ănima, 2017.
E se, por acaso, não houver interesse em eventos científicos, mas

mesmo assim quiser divulgar seu conhecimento… Existem outros
meios? Veja na videoaula a seguir.
“Alternativas aos eventos científicos”

Videoaula
220
As redes sociais também auxiliam na transmissão de conhecimentos e
informações. O Brasil possui uma posição de destaque, em número de
participantes, mas o quadro de divulgação de notícias falsas é um pouco
preocupante. Isso vale também para o conteúdo. Leia mais sobre esse
assunto acessando o link para a notícia abaixo.
OLIVEIRA, Filipe. Brasil tem o 3º maior crescimento do Twitter em número de
usuários.
23 fev. 2017. In: Folha de São Paulo online. Disponível em: <http://www1.
folha.uol.com.br/tec/ 2017/02/1861175-numero-de-usuarios-dotwitter-no-
brasil-cresce-18-em-2016.shtml>. Acesso em: 11 jul. 2017.
Resolva agora as questões de fixação do conteúdo que você

aprendeu:
Questão 1 - Os eventos presenciais são aqueles que exigem
participação física, podendo ser pagos ou gratuitos. O evento presencial
que consiste na reunião ou encontro por iniciativa de determinada classe
técnica para debater assuntos ligados a um tema específico é denominado:
a. Jornada.
b. Simpósio.
c. Congresso.
Atividade
de fixação
d. Curso.
e. Palestra.
221
Questão 2 - Um evento a distância tem como característica principal:
a. A interação dos participantes por uma mídia on-line ou pela Internet.
b. Os participantes terem como origem regiões distantes umas
das outras.
c. As datas podem ser abolidas e os participantes podem participar
em qualquer momento.
d. A disponibilização de um resumo ou texto completo dos trabalhos

Atividade
de fixação
em uma mídia eletrônica.
e. Os participantes devem estar obrigatoriamente em cidades
diferentes entre si.
Questão 3 - A participação em um evento científico presencial pode

ocorrer de várias formas. Das alternativas abaixo, aquela que se constitui
em uma participação válida é:
a. Videoconferencista.
b. Painelista.
c. Apresentador de trabalho escrito. Atividade

de fixação
d. Mestre de cerimônias.
e. Conferencista ou preletor.
222
Questão 4 - Os blogs podem ser bons meios de transmissão de
conhecimento ou opiniões e são populares hoje em dia, principalmente
pela facilidade de acesso à Internet. Dos itens abaixo, assinale aquele que
apresenta um atributo de um bom blog.
a. Informações retiradas de outros sites.
b. Layout complexo e difícil de navegar, só acessível aos “iniciados”.
c. Atualizações não muito frequentes.

Atividade
de fixação
d. Conteúdo responsável e autoral.
e. Pouca interação com os leitores.
Chegamos agora ao fim dessa unidade. Espera-se que, com as

informações e dicas passadas aqui, você esteja não só apto, mas
também que comece a ter interesse em participar de eventos de
divulgação científica e se sinta estimulado a começar a compartilhar
o seu conhecimento com outras pessoas que tenham interesses
parecidos com os seus.
Até a próxima!
“Preparando-se de forma adequada

para participar de um evento”
Videoaula
223
a. Incorreta. Jornada é uma reunião de determinados grupos de
profissionais realizada periodicamente, que correspondem a
pequenos congressos, diferindo destes por se tratar de reuniões
de grupos de determinado local, região ou instituição em épocas
propositadamente não coincidentes.
b. Correta. O simpósio é a reunião ou encontro de iniciativa de
determinada classe técnica, artística ou científica para debates
ligados a um assunto específico e a discussão de determinado
tema afim a seus interesses
c. Incorreta. Congresso é uma reunião ou encontro de entidades de
classe ou associações visando debater assuntos de interesse de
um determinado ramo profissional ou área de atuação, podendo
ser científicos ou técnicos.
d. Incorreta. Cursos são aulas ministradas por um ou mais

Atividades
expositores, com possibilidade de respostas esclarecedoras de
de fixação
dúvidas, durante ou ao final delas, e têm pelo menos oito horas
de duração, com avaliação (a maioria das vezes somente por

RESPOSTAS
frequência mínima) e certificação.
e. Incorreta. Palestra trata-se de uma preleção pública sobre
determinado assunto técnico, artístico, científico ou literário,
em que o conferencista expõe um tema previamente escolhido
por um tempo determinado e, ao final, responde a perguntas
formuladas, em geral por escrito, pelo auditório.
a. Correta. Independentemente de onde os participantes estão, a
comunicação é feita eletronicamente.
b. Incorreta. Não há necessidade de os participantes terem origens
distantes geograficamente.
224
c. Incorreta. Apesar de esta ser uma das características de um
evento a distância, não é uma de suas características principais.
d. Incorreta. Isso também acontece em eventos presenciais.
e. Incorreta. Os participantes podem até mesmo estar na mesma
cidade do evento.
a. Incorreta. Mesmo que o evento seja a longa distância, o
participante é chamado de conferencista.
b. Incorreta. De acordo com o nosso texto, o termo correto é
apresentação de pôster e não de painel.
c. Incorreta. Mesmo que o resumo seja publicado nos anais do
evento, ou na forma de um resumo, não ocorre a apresentação do
trabalho escrito em si, mas na forma de pôster ou oralmente.
d. Incorreta. Veja que mesmo que haja alguém responsável

Atividades
pela condução de apresentações festivas, geralmente essa
de fixação
pessoa é convidada e não faz parte da programação científica
propriamente dita do evento.

RESPOSTAS
e. Correta. Essa é uma das participações reservadas aos
professores ou pesquisadores que possuem grande experiência
em sua área de atuação.
a. Incorreta. O conteúdo de um blog deve ser, preferencialmente, autoral.
b. Incorreta. Pelo contrário, quanto mais simples e fácil de navegar,
melhor o blog.
c. Incorreta. Por ser um meio de comunicação dinâmico, deve haver
atualizações de forma mais frequente possível.
225
d. Correta. O conteúdo autoral é um requisito básico para um bom
blog e a informação de confiança e com veracidade também.
e. Incorreta. Se você estiver interessado em montar um blog, deve
estar preparado e fazer questão de interagir com os seus leitores.
226
Referências
CAMPELLO, Bernadete Santos. Fontes de informação para
pesquisadores profissionais. Belo Horizonte: Ed. UFMG, 2000.
CORRÊA, Edison José; VASCONCELOS, Mara; SOUZA, Maria Suzana

Lemos. Iniciação à metodologia científica: participação em eventos
e elaboração de textos científicos. Belo Horizonte: Nescon UFMG,
Coopmed, 2009. 96p.
LACERDA, Aureliana Lopes de. et al. A importância dos Eventos

científicos na Formação acadêmica: estudantes de Biblioteconomia.
Revista ACB: Biblioteconomia em Santa Catarina, Florianópolis, v.13, n.
130, p.130-144, jan./jun., 2008.
MARTIN, Vanessa. Manual prático de Eventos. São Paulo: Atlas, 2003.
TENAN, Ilka Paulete Svissero. Eventos. São Paulo: Aleph, 2002.
UNICAMP. Guia ao protocolo/eventos científicos. 2006. Disponível em:

http://www.reitoria.unicamp.br/manualdeeventos/eventos/proto-
eventos_cientificos.shtml Acesso em: 14 de dezembro de 2017.
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Métodos de Análise,

MAIS - Métodos de Análise, Investigação e Síntese

Diretora Ănima Digital

Gerente de Gestão de Conteúdo

Equipe Ănima Digital

Graduada em Comunicação Audiovisual e

Experiência como docente nas modalidades

Graduado em Ciências Biológicas e mestre

Graduado em Farmácia Industrial pela

Mestre em Ciências Farmacêuticas pela

Doutor em Ciências na área de Química pela

Docente na Universidade São Judas Tadeu,

Graduado em Farmácia pela Universidade

Formatos de divulgação do conhecimento científico������������������� 004

Escolha do tema de investigação e definição dos objetivos����� 019

Pesquisa Bibliográfica������������������������������������������������������������������������������������ 036

Competência: Conhecer bem diferentes técnicas de organização de

Elaboração de Resumos���������������������������������������������������������������������������������� 059

Relações intratextuais e intertextuais

Informações de diferentes fontes���������������������������������������������������������� 089

Competência: Conhecer diferentes técnicas de elaboração de formas de

Produção de Pesquisa�������������������������������������������������������������������������������������� 125

Representação do conteúdo������������������������������������������������������������������������ 155

Produção de material didático e outras

Divulgação do produto������������������������������������������������������������������������������������ 210

A metodologia científica é extremamente importante para os cursos

Pode-se dizer que a metodologia científica estuda todos os

Ao final dessa aula, você será capaz de:

• Realizar uma boa pesquisa.

• Analisar criticamente artigos científicos.

• Diferenciar os tipos de conhecimento e saber quando usar

Método pode ser definido como um conjunto de normas e procedimentos

sistemáticos que usam os critérios de caráter científico para, dessa forma,

se conseguir mais clareza e confiabilidade dos dados estudados.

Agora que já foi apresentado o conceito de metodologia, chegou o

Segundo Lakatos (2003), a ciência surgiu da necessidade que o homem

sentiu de saber o porquê dos acontecimentos. Essa necessidade o levou a

investigar os fenômenos da natureza e, por consequência, tem-se o que se

conhece hoje por ciência.

Na visão de Cervo e Bervian (2002):

A ciência é um modo de compreender e analisar

O princípio da ciência é que ela é falível, ou seja, uma pesquisa

• Conhecimento empírico: É o chamado conhecimento

• Conhecimento científico: pode-se chamar esse

• Conhecimento filosófico: Busca o conhecimento da

perguntas. Ao invés disso, busca o sentido, a justificativa e

Cervo e Bervian (2002) apresentam algumas questões que ilustram esse

• A máquina substituirá o homem?

• As conquistas espaciais comprovam o poder ilimitado do

• O que é valor hoje?

A filosofia tenta entender a realidade em seu contexto

• Conhecimento teológico: Pode-se dizer que esse estudo

Vamos testar o seu entendimento sobre o conteúdo visto até aqui?

Questão 1 - Leia o trecho abaixo:

A que tipo de conhecimento o trecho se refere?

O gabarito se encontra no final da unidade ensino.

Podemos dizer que os conhecimentos não são iguais pois possuem

Vamos assistir a vídeoaula para aprender!

O quadro de Oliveira (2003), apresentado no botão ao lado, mostra

Quadro 1 - As várias formas de conhecimento

Fonte: Oliveira, 2003, p. 37.

A seguir, será mostrado como proceder na elaboração de banners

Estrutura gráfica com o texto básico sobre os problemas e as figuras que

Formatos de divulgação do conhecimento científico�� 004

Escolha do tema de investigação e definição dos objetivos�� 019

Pesquisa Bibliográfica�� 036

Elaboração de Resumos�� 059

Informações de diferentes fontes�� 089

Produção de Pesquisa�� 125

Representação do conteúdo�� 155

Divulgação do produto�� 210