FACULDADE REGIONAL DE FILOSOFIA, CIÊNCIAS E LETRAS DE
CANDEIAS. CURSO: PEDAGOGIA DISCIPLINA: PSICOLOGIA DA EDUCACAO SOCIAL DOCENTE: LAUDECIO DISCENTE: BARBARA MORAES E GEISA SILVA
Resenha
Na primeira cegueira da epidemia, o filme apresenta a fragilidade
humana, bem como diariamente está submetida ao estado natural do homem, como animal, este que quando ocupa o elo mais fraco ao contrato social atual. Apesar do prover a esses indivíduos a segurança necessária para a organização, é diversas vezes submetida a barbáries. Neste âmbito, primeiro cego se depara com a cegueira e entra em estado de pânico em meio ao trânsito. Extremamente vulnerável, o homem é obrigado a confiar em estranhos e depositar neles sua fragilidade, sentindo-se claramente desconfortável com a condição. No início da reclusão a justiça reinava nos interiores, entre os componentes que se ajudavam simultaneamente, chamando a atenção para a mulher do médico que se destacava por ainda deter a visão e usava dela para distribuir igualmente os recursos disponibilizados pelo governo para a existência dessas pessoas. Após vários dias de reclusão, apesar de pequenos atritos, o equilíbrio reinou nos tratados dos grupos das diferentes áreas até que ouve a auto proclamação. Um dos reclusos fez uso de um a arma de fogo para impor sua arbitrariedade, o mesmo também não gozava da visão, porém, com o direito do mais forte, imputou aos outras habitadores, regras a serem compridas determinando deveres, obrigações e normas de convivência. Este filme acentua este tipo de reflexão e embaraçam muitos dos nossos conceitos pré-estabelecidos. Com o primeiro “lobo” despertado foi-se intensificando a violência daquela espécie de enfermaria em forma de prisão, levando a anomia geral de todo o contexto entrando em colapso, tornando impossível a sobrevivência naquele estado e obrigando-os a fugir do lugar.
A beleza é algo que ganha destaque, com a cegueira toda aparte
estética não tem nenhuma importância, servindo de palco para o afeto puro independente d e qualquer luxuria social, status, mas sim qualidades do ser humano. No fim do filme é arremetida uma curta imagem que se passa no interior de uma igreja de punho católico. Nela, todos santos aparecem de olhos vendados, problematizando a ideia do divino em situações catastróficas. Levando ao questionamento como até que ponto a fé norteia ou aliena as pessoas. O aguçamento dá fé para alguns, como saída para a situação, outros culpando a própria entidade pelo surto.