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Curso de Formação de Brigada de Incêndio

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Lição 10 ILUMINAÇÃO DE
EMERGÊNCIA

1 - Objetivos: Ao final desta lição os participantes serão


capazes de:

1. Identificar os componentes do sistema de


iluminação de emergência.
2. Verificar o estado de funcionamento dos
equipamentos que compõem um sistema de
iluminação de emergência.

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2. Introdução

Iluminação de Emergência é o conjunto de componentes e equipamentos que, em


funcionamento, proporcionam a Iluminaçäo suficiente e adequada para permitir a saída
fácil e segura do público para o exterior, no caso de interrupçäo da alimentaçäo normal,
a execuçäo das manobras de interesse da segurança e intervençäo do socorro como
também garantir a continuaçäo do trabalho naqueles locais onde näo pode haver
interrupçäo da Iluminaçäo.

Os sistemas são compostos basicamente de:


Fontes Alimentadoras
Centrais de comutação
Fiação condutora e eletrodutos
Luminárias
Os modelos construtivos são divididos genericamente em:
Blocos Autônomos
Centralizado

Bloco Autônomo Central

3. Fontes alimentadoras

A energia elétrica necessária para alimentar as lâmpadas poderá ser fornecida por dois
meios.

As fontes poderäo ser do tipo:


Sistema Centralizado de Acumuladores (baterias)
Grupo Moto-Gerador
4. Centrais de Comutação

São circuitos eletrônicos responsáveis pelo acionamento das luminárias no caso de


falta da energia convencional. Também realizam as funções de carregamento das
baterias, supervisão do sistema, proteção e teste dos circuitos, desligamento do
sistema quando do restabelecimento da energia principal.

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No caso de Sistemas por baterias o acionamento das lâmpadas não pode ser superior
a 5 segundos. Já no sistema alimentado por moto-gerador, 12 segundos.

5. Luminárias de Emergência

As luminárias de emergência, deveräo observar os seguintes requisitos:

 Os aparelhos devem ser constituídos de forma que


qualquer de suas partes resistam a uma
temperatura de 70 C, no mínimo por 1 hora.
 Os pontos de luz näo devem causar ofuscamento,
seja diretamente ou por iluminaçäo refletiva.
 Quando utilizado anteparo ou luminária fechada, os
aparelhos devem ser projetados de modo a näo Luminária Fluorescente
reter fumaça para näo prejudicar seu rendimento
luminoso.

O material utilizado para a fabricaçäo da luminária deve ser o tipo que impeça
propagaçäo de chama a que sua combustäo provoque um mínimo de emanaçäo de
gases tóxicos.

A fixaçäo dos pontos de luz deve ser feita de modo que as luminárias näo fiquem
instaladas em alturas superiores às aberturas do ambiente.

6. Fiação Condutora e Eletrodutos

Os condutores para os pontos de luz devem ser, em qualquer caso, dimensionados


para que a queda de tensäo no ponto mais desfavorável näo exceda 4%, näo devendo
ter bitolas inferiores a 1,5mm2 . Näo säo admitidas ligaçöes em série dos pontos de luz.

Os condutores e suas derivaçöes devem ser do tipo näo propagante de chama. Devem
sempre ser embutidos em eletrodutos rígidos. No caso de serem externos, ou
instalaçäo aparente, devem ser metálicos.

No caso dos eletrodutos passarem por áreas de risco, estes devem ser isolados
termicamente e à prova de fogo.

Os eletrodutos utilizados para condutores de Iluminaçäo de Emergência näo podem ser


usados para outros fins, salvo mais instalaçöes de outros sistemas de segurança.

7. Autonomia e Condições de Iluminamento

O Sistema de Iluminaçäo de Emergência deve ter autonomia mínima de 1 hora de


funcionamento, garantida durante este período a intensidade dos pontos de luz de
maneira a respeitar os níveis mínimos de iluminaçäo desejados. Quando o sistema
centralizado alimentar, além da Iluminaçäo de Emergência, outros sistemas de
segurança, a autonomia mínima näo pode sofrer reduçäo.

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A tensäo de alimentaçäo do sistema poderá ser 12 V, 24 V, 48 V ou 110 V, em corrente


contínua.

A iluminaçäo é obrigatória em todos os locais que proporcionam uma circulaçäo vertical


ou horizontal, de saída para o exterior da edificaçäo, ou seja, rotas de saída, nos
elevadores e nos ambientes comuns e deve permitir o reconhecimento de obstáculos
que possam dificultar a circulaçäo, tais como: grades, portas, saídas,mudanças de
direçäo, etc.

O reconhecimento de obstáculos deve ser obtido por aclaramento do ambiente ou por


Iluminaçäo de Sinalizaçäo.

Nos locais onde, pela natureza do trabalho näo pode haver interrupçäo da iluminaçäo,
o nível de iluminamento de emergência deve ser igual a 70% do nível de iluminamento
normal, podendo ser utilizado outros valores de tensäo que possibilitem o uso de
equipamentos, por exemplo:
 salas de cirurgia;
 salas de primeiros socorros;
 laboratórios químicos;
 controle de tráfego em ferrovias e aerovias.

8. Instalações Especiais

Instalaçöes em locais onde haja perigo de explosäo, as luminárias ou blocos


autônomos devem ser blindados, próprios para essa aplicaçäo:

 No caso de alimentaçäo centralizada, a fonte deve estar localizada em local livre


do risco de explosäo, fora da área perigosa. Os circuitos devem estar em
tubulaçäo blindada.
 Recomenda-se optar pela utilizaçäo de baixa tensäo, 12V, reduzindo a
possibilidade de faiscamento.

Em Elevadores deve ser instalado pelo menos um ponto de luz, garantindo um nível de
iluminamento de 3 lux, ao nível do piso.

9. Instalação e Manutenção

É de responsabilidade do instalador a execuçäo do sistema de iluminaçäo de


emergência, respeitando fielmente o projeto elaborado.

O proprietário da edificaçäo ou possuidor a qualquer título, o instalador e o fabricante


devem ser co-responsáveis pelo perfeito funcionamento do sistema.

O bom estado de funcionamento do sistema de iluminaçäo de emergência deve ser assegurado:


 por um técnico qualificado do estabelecimento, ou de um
conjunto de estabelecimentos;
 pelo fabricante ou seu representante;

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 por um profissional qualificado, por um organismo ou


entidade reconhecida pelos órgäos públicos ou
credenciado pelo Corpo de Bombeiros.
Verificaçäo e testes periódicos em instalaçöes centralizadas com acumuladores.

 Mensalmente verificar o acionamento e funcionamento do sistema de iluminaçäo


de emergência, através do dispositivo de proteçäo e seccionamento.
 Semestralmente verificar o funcionamento do sistema por uma hora à plena
carga; Nível do eletrólito no caso de baterias de chumbo-cálcio ou chumbo-
ácido.
 Anualmente verificar o nível do eletrólito para os outros tipos de baterias de
acumuladores.

Verificaçöes e testes periódicos em instalaçöes centralizadas com grupo moto


gerador.
 Quinzenalmente verificar o acionamento e funcionamento do sistema de
iluminaçäo de emergência, através do dispositivo de proteçäo e seccionamento;
Inspeçäo visual do motor, gerador, painel de transferência automática, painel de
controle e nível de combustivel,
 Semestralmente verificar o funcionamento do sistema por uma hora, à plena
carga, e avaliar as seguintes operaçöes: Sistema de lubrificaçäo; Sistema de
alimentaçäo (combustível e ar) e escapamento; Regulador - equalizador de
tensäo; Sistema de resfriamento; Sistema elétrico; Gerador; Controle de
segurança.
 Devem ser adotadas as seguintes providências para as instalaçöes de
iluminaçäo de emergência com grupo moto-gerador: Treinar e contratar pessoal
especializado em manuteçäo de motores; Treinar e contratar pessoal para
movimentaçäo, estocagem e proteçäo de combustíveis inflamáveis; Treinar e
manter pessoal especializado em alternadores, máquinas elétricas e quadros de
distribuiçäo; Proteger o local para que as vibraçöes produzidas pelo motor e pelo
escapamento de gases, näo causem reaçöes químicas e orgânicas.

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