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FACULDADE DOS GUARARAPES

DIREITO CIVIL – PARTE GERAL

PROFESSOR: Bruno Xavier


ACADÊMICOS: Aldeny Borges
Andrezza Cedraz
Cecília Soares
Cláudia Santos
Fernanda Gonçalves
Fernanda Santos
Meirielli Cajueiro
Ricardo De Melo
Roberta Reis
Thayná Thais
Thiago Cardoso
Thiago Fábio

JABOATÃO DOS GUARARAPES, PE


2015
Diante da análise da situação e da defesa das partes, o Júri se posiciona a
favor da criança.

As crianças, na condição de pessoas, são titulares de direitos de personalidade


intransmissíveis e irrenunciáveis, sendo estes entendidos como o conjunto de
prerrogativas individuais que corroboram uma noção individual e singular de
Vida Digna, ou seja, de Vida Boa. Considerando-se, porém, a fragilidade
oriunda da imaturidade da condição infantil, a capacidade de exercício desses
direitos de personalidade por tais entes é limitada: eles são efetivamente
exercidos por outrem, o responsável pela criança.

A incapacidade para o exercício dos direitos de personalidade não implica, de


forma alguma, a não titularidade desses direitos por parte dos menores de
idade. Na verdade, a fim de proteger tal titularidade, a legislação brasileira
conta com dispositivos como o Estatuto da Criança e do Adolescente, que
busca tutelar os direitos e garantias fundamentais próprios desses entes
peculiares. Essa disposição especial acerca dos direitos das crianças e dos
adolescentes tem como cerne a importância da proteção a essas pessoas
frente à vulnerabilidade de sua condição de pouca idade. Como dispõe o
Estatuto da Criança e do Adolescente: Art. 3º A criança e o adolescente gozam
de todos os direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, sem prejuízo da
proteção integral de que trata esta Lei, assegurando-se lhes, por lei ou por
outros meios, todas as oportunidades e facilidades, a fim de lhes facultar o
desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e social, em condições de
liberdade e de dignidade.
Como exposto no capítulo II do ECA – Do direito à liberdade, ao respeito e à
dignidade.
Art. 15. A criança e o adolescente têm direito à liberdade, ao respeito e à
dignidade como pessoas humanas em processo de desenvolvimento e como
sujeitos de direitos civis, humanos e sociais garantidos na Constituição e nas
leis.
Art. 16. O direito à liberdade compreende os seguintes aspectos: I - ir, vir e
estar nos logradouros públicos e espaços comunitários, ressalvadas as
restrições legais ;II - opinião e expressão; III - crença e culto religioso; IV -
brincar, praticar esportes e divertir-se; V - participar da vida familiar e
comunitária, sem discriminação ;VI - participar da vida política, na forma da lei;
VII - buscar refúgio, auxílio e orientação.
Art. 17. O direito ao respeito consiste na inviolabilidade da integridade física,
psíquica e moral da criança e do adolescente, abrangendo a preservação da
imagem, da identidade, da autonomia, dos valores, ideias e crenças, dos
espaços e objetos pessoais.
Nesse sentido, o direito de personalidade relaciona-se à concepção pessoal de
qualidade de vida, sendo está relacionada a um papel ativo desenvolvido pelo
indivíduo frente a sua realidade. Essa proteção deve assistir as necessidades
próprias desses entes, dando-lhes condições para que se desenvolvam
segundo uma perspectiva de Boa Vida e para que, chegada a maioridade,
tenham embasamento para o exercício pleno de seus direitos, sua capacidade
de fato.
Portanto, devemos respeitar a escolha dessa criança, pois se tanto o estatuto
da criança e do adolescente, como a Constituição federal no artigo primeiro
que trata do princípio da dignidade da pessoa humana que é o alicerce para os
outros princípios, e sabendo que o Código Civil de 2002 no artigo segundo, traz
claramente que a personalidade civil da pessoa começa com seu nascimento
com vida, mesmo constando ressalvas no artigo quarto do CC, todo sofrimento
passado por essa criança a torna com uma certa maturidade de vida, pois se
ao menos não puder interferir no poder de decisão perante a um juízo, surge
então uma dúvida em relação a vida digna conferida na lei suprema.

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