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Experiência 2
Pontes de Medição
Igor Freire Florindo Ayres
09020000501 08020005201
1 Introdução
Neste relatório, serão apresentadas e analisadas as relações de tensão de saída de três configurações de
pontes de medição: Resistiva, RC Série e Maxwell-Wien. Para todas as configurações, será utilizada nos
cálculos a representação geral da Figura 1.
1
Z
Z3
+ a b
− Vi 4
Z
Z2
Z4
Vb = Vi (2)
Z3 + Z4
Portanto, a tensão medida entre os nós a e b é:
Z2 Z4
Vab = − Vi
Z1 + Z2 Z3 + Z4
Z2 (Z3 + Z4 ) − Z4 (Z1 + Z2 )
Vab = Vi
(Z1 + Z2 ) (Z3 + Z4 )
Z2 Z3 − Z4 Z1
Vab = Vi (3)
(Z1 + Z2 ) (Z3 + Z4 )
1
2 Ponte Resistiva
A Figura 2 apresenta a ponte resistiva com os valores nominais dos componentes:
100Ω 100Ω
a b
+
− 1.5V 100Ω 100Ω
100Ω
100Ω Rx
Z1 = 100 Ω
Z2 = 100 Ω
Z3 = 100 Ω
(100)(Rx ) (100)(100) (100)(Rx )
Z4 = + = + 50 Ω
100 + Rx 100 + 100 100 + Rx
Substituindo estes valores na Equação 3:
(100)(100) − (100)(R
100+Rx
x)
+ 50 (100)
Vab = Vi
(100 + 100) 100 + (100)(R100+Rx
x)
+ 50
(100)(100) − (100)(R
100+Rx
x)
+ 50 (100)
Vab = Vi
(100)(Rx )
(200) 150 + 100+Rx
(100) − (100)(R
100+Rx
x)
+ 50
Vab = Vi
(2) 150 + (100)(R
100+Rx
x)
50 − (100)(R x)
" #
100+Rx
Vab = (200)(Rx )
Vi
300 + 100+Rx
50 (100 + Rx ) − (100)(Rx )
Vab = Vi
300 (100 + Rx ) + (200)(Rx )
2
5000 + 50Rx − 100Rx
Vab = Vi
30000 + 300Rx + 200Rx
5000 − 50Rx
Vab = Vi (4)
30000 + 500Rx
Nota-se, portanto, que a tensão Vab é mínima (nula) quando 5000 = 50Rx , isto é, quando Rx = 100Ω.
A relação entre Vab e Rx é, devido ao termo Rx no denominador da Equação 4, não linear. A Figura
3 apresenta a curva de Vab em relação a variação de Rx , para Rx variando de 0 (curto-circuito) a 1kΩ.
Nota-se o comportamento não linear da saída Vab .
0.25
0.2
0.15
0.1
(V )
0.05
Vab
−0.05
−0.1
−0.15
0 100 200 300 400 500 600 700 800 900 1000
R x ( Ω)
Figura 3: Curva da tensão medida (Vab ) em relação a resistência do resistor variável (Rx )
3 Ponte RC Série
A ponte RC série com os valores dos compontes está apresentada na Figura 4. Nesta ponte, tem-se como
objetivo minimizar a tensão medida Vab ao variar a resistência do potenciômetro representado por R1 .
3
Cx
R1
100nF
Rx C1
5 sin 2π10 × 103 t V
100Ω 10nF
a b
R3 R2
100Ω 1kΩ
1
Z1 = R x +
sCx
Z2 = R 3
1
Z3 = R 1 +
sC1
Z4 = R 2
R3 R1 + sC1 1 − R2 Rx + sC1 x
Vab = Vi
1 1
Rx + sCx + R3 R1 + sC1 + R2
R3 R2
R3 R1 + sC1
− R2 Rx − sCx
Vab = Vi
1 1
Rx + sCx + R3 R1 + sC1 + R2
Substituindo s = jω:
jR3 jR2
R3 R1 − − R2 Rx + ωC
ωC1 x
Vab = Vi
Rx − ωCj x + R3 R1 − ωC j
1
+ R 2
R2 R3
R3 R1 − R2 Rx + j ωC x
− ωC 1
Vab = Vi
j j
Rx − ωCx + R3 R1 − ωC1 + R2
Substituindo o valor nominal dos componentes, a tensão de entrada Vi = 5 sin 2π10 × 103 t e a
4
100R1 − (1000)(100) + j 2π(10×101000 100
3 )(100×10−9 ) − 2π(10×103 )(10×10−9 )
5 sin 2π10 × 103 t
Vab =
j
100 − 2π(10×103 )(100×10−9 ) + 100 R1 − 2π(10×103j)(10×10−9 ) + 1000
R1 − 1000
5 sin 2π10 × 103 t
Vab =
j R1 j
1− 2π(10−1 )
+ 1 100 − 2π(10−2 )
+ 10
R − 100
1 5 sin 2π10 × 103 t
Vab =
j10 R1 j100
2− 2π 100 + 10 − 2π
" #
R1 − 100
5 sin 2π10 × 103 t
Vab = R1 250 j
(5)
50 + 20 − π2
− 2π (300 + R1 )
Nota-se, portanto, que a tensão de saída Va b é nula quando R1 = 100 Ω. Além disso, nota-se que Vab é
não linear em relação a resistência variável R1 , devido ao termo R1 no denominador da Equação 5. Estas
propriedades podem ser observadas na Figura 5, a qual apresenta o valor absoluto da tensão medida entre
os terminais a e b para a resistência R1 variando de 0 a 2 kΩ e para o instante em que a tensão de entrada
é máxima, isto é, para Vi = 5 V.
30
25
20
(V )
15
Vab
10
0
0 100 200 300 400 500 600 700 800 900 1000 1100 1200 1300 1400 1500 1600 1700 1800 1900 2000
R 1 ( Ω)
Figura 5: Curva da tensão medida (Vab ) em relação a resistência do resistor variável (R1 )
4 Ponte de Maxwell-Wien
A Figura 6 apresenta a ponte de Maxwell-Wien com os valores nominais dos componentes. Nesta configu-
ração, tem-se como objetivo variar o potenciômetro R2 para minimizar a tensão medida entre os terminais
a e b.
5
Rx
10 Ω
R3
100 Ω
Lx
5 sin 2π100 × 103 t V
1 mH
a b
R1
R2 10 nF
200Ω
Z1 = Rx + sLx
Z2 = R1
Z3 = R3
R2
sC R2
Z4 = 1 =
R2 + sC
sR2 C + 1
R2
R1 R3 − sR2 C+1 (Rx + sLx )
Vab = Vi
R2
(Rx + sLx + R1 ) R3 + sR2 C+1
R1 R3 − sR2RC+1
2
(Rx + sLx )
Vab = R2 sLx R2
Vi
R3 (R1 + Rx ) + sR2 C+1 (Rx + R1 ) + sLx R3 + sR2 C+1
Substituindo s = jω:
R2
R1 R3 − jωR2 C+1 (Rx + jωLx )
Vab = R2 jωLx R2
Vi
R3 (R1 + Rx ) + jωR2 C+1 (Rx + R1 ) + jωLx R3 + jωR2 C+1
Substituindo o valor nominal dos compontentes, a frequencia angular ω = 2π105 e a tensão de entrada
Vi = 5 sin(2π100 × 103 t):
R2
10 + j(2π105 )(10−3 )
(200)(100) − j(2π×105 )R2 (10×10−9 )+1
Vab = j(2π×105 )(10−3 )R2
Vi
R2
100 (200 + 10) + j(2π×105 )(10×10−9 )R 2 +1
(10 + 200) + j(2π × 105 )(10−3 )(100) + j(2π×105 )R2 (10×10−9 )+1
6
R2
10 + j(2π102 )
(200)(100) − j(2π×10−3 )R2 +1
Vab = j(2π×102 )R2
Vi
R2
100 (210) + (210) + j(2π × 104 ) + j(2π×10
j(2π×10−3 )R2 +1 −3 )R +1
2
" #
−3
(200)(100) j(2π × 10 )R2 + 1 − R2 10 + j(2π102 )
Vab = Vi
210 (100) (j(2π × 10−3 )R2 + 1) + 210R2 + j 2 (2π × 104 )(2π × 10−3 )R2 + j(2π × 102 )R2
20000 − 10R2 − jπ160R2
Vab = (6)
21000 + 210R2 − (40π 2 )R2 + jπR2 (242)
Nota-se, portanto, que os valores nominais dos componentes sugeridos para o experimento não permi-
tem que a tensão de saída Vab seja nula para uma dada configuração do potenciômetro R2 . Além disso,
nota-se que Vab é não linear em relação a R2 . A Figura 7 apresenta a curva do valor absoluto da tensão
Vab medida para R2 variando de 0 a 2 kΩ, considerando como entrada o valor máximo da alimentação,
isto é, Vi = 5 V.
0.95
0.9
0.85
(V )
0.8
Vab
0.75
0.7
0.65
0 100 200 300 400 500 600 700 800 900 1000 1100 1200 1300 1400 1500 1600 1700 1800 1900 2000
R 2 ( Ω)
Figura 7: Curva da tensão medida (Vab ) em relação a resistência do resistor variável (R2 )