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O trabalho se resume na questão da migração nordestina em São Paulo e o retorno Muitas pessoas com planos de voltar pro Nordeste para tentar a vida novamente
às cidades de origem. Como preparar essas cidades para que recebam esses foram entrevistadas. Pessoas que estavam partindo dentro de alguns dias ou me-
deslocamentos da maneira efetiva, digna, com o intuito também de fazer com que o ses, já com data certa. Os destinos às vezes eram para as cidades de origem, mas
cidadão crie vínculo com o local, possibilitando a escolha de qual cidade se quer morar, na maioria das vezes eram para cidades médias, que possuem mais infraestrutura
não por necessidade, mas por desejo. e garantia de trabalho. Entrevistou-se gente que foi, não conseguiu um trabalho e
voltou para São Paulo, ficando em uma condição de vai-e-vem eterno, sem conse-
A primeira etapa foi desenvolvida junto à disciplina Estúdio Vertical (E.V.), durante um guir uma estabilidade, sem um lugar, sem as raízes.
semestre, em que alunos de todos os anos compõem equipes para desenvolver um
projeto em uma área. O local de estudo foi a favela de Tiquatira, na zona leste de São A partir distas entrevistas feitas em grupo, passei a desenvolver dois trabalhos:
Paulo, próximo à Itaquera. o projeto Tiquatira, desenvolvido no Estúdio Vertical, pensando-se em como essa
cidade deveria ser para receber os que vieram e os que virão; e o projeto no sertão
Através de entrevistas com moradores desta comunidade nas quais o tema abordado foi da Bahia, o Trabalho de Conclusão propriamente dito, desenvolvido individualmente
o de como se vive ali, de como se vivia antes, de onde veio, sua história, etc, verificou- ao longo do ano e principalmente no segundo semestre. Neste são escolhidas cinco
se que os que haviam migrado, geralmente vinham do Nordeste e muitos do sertão do cidades de origem dos entrevistados como estudo de caso para se pensar nas
Nordeste. condições do sertão e nas potencialidades econômicas da região, que possibilitari-
am uma rede entre elas. E desta forma, estruturar economicamente essas cidades
Falar sobre a cidade de origem foi um assunto muito forte nestas entrevistas, mas o mais para que tenham condições de receber essa migração de retorno e possibilitar que
impressionante foi descobrir que uma grande parte dos entrevistados tinha o desejo de o indivíduo possa escolher onde quer viver.
voltar para sua cidade de origem, pois, na maioria dos casos, migraram por necessidade
e nem sempre conseguiram resolver questões financeiras como o esperado.
A HISTÓRIA DAS A CIDADE DE SÃO TIQUATIRA O DESEJO DA VOLTA MIGRAÇÃO AS POLÍTICAS A VIAGEM O PROJETO
CONDIÇÕES DE PAULO E ABSORÇÃO DE RETORNO DE FIXAÇÃO
VIDA SERTANEJA E DO MIGRANTE
AS MIGRAÇÕES
A vida sertaneja O êxodo rural e o inchaço O estudo de caso Através de entrevistas em O conceito: pesquisas Alguns exemplos de Viagem realizada ao A proposta desenvolvida
caracterizada na urbano na grande metrópole. do Estúdio Vertical Tiquatira identificou-se que feitas pela NEPO e IBGE políticas feitas na História semi-árido baiano para Xique Xique
literatura e na história O crescimento desenfreado contextualizado na as pessoas estão voltando a respeito dos fluxos de e atualmente com a visitando as cidades de (Bahia) como um estudo
do Brasil. e desordenado. questão da imigração. ou gostariam de voltar para retorno ao Nordeste. intenção de estimular origem dos entrevistados de caso de como a
sua cidade de origem. a permanência da e alguns pontos regionais migração de retorno
A primeira etapa do população em suas importantes. poderia se estruturar
trabalho: projeto em cidades de origem. através de um projeto
grupo desenvolvido no de arquitetura e
Estúdio Vertical. urbanismo.
A HISTÓRIA DAS CONDIÇÕES DE VIDA SERTANEJA E AS MIGRAÇÕES
É comum que se estude o fenômeno da migração rural-urbano pela ótica das Trata-se também de uma terra esquecida politicamente, pois, por muitos anos, não
transformações das cidades-destino - dos motivos pelos quais as pessoas se houve muitos projetos de grande porte para o desenvolvimento regional ou construção
deslocaram para as cidades que hoje são grandes centros urbanos, como São Paulo. E a de infraestruturas urbanas e econômicas. Esse panorama se estendeu até muito
partir da premissa do fator de atração, entende-se como as cidades se desenvolveram, recentemente, quando a partir do meio do século XX e principalmente no início do XXI
a lógica de crescimento e as consequências. Entretanto, neste trabalho buscou-se quando no governo Lula direcionou alguns investimentos àquela região. Antes disso,
entender o fenômeno pelas questões que ocasionaram a partida das cidades de pode-se lembrar apenas de intervenções de massacre ou de dominação do território Último Pau de Arara _ Venâncio, Corumbá, J. Guimarães
origem. E o local-origem elegido para este estudo foi o semi-árido baiano, um recorte em momentos que aparentemente se construía algo que representava uma ameaça A vida aqui só é ruim
do sertão brasileiro, uma região política e historicamente desprezada. ao ordem viagente. A Guerra de Canudos é um exemplo, em que a cidade construída Quando não chove no chão
e liderada pelo messiânico Antônio Conselheiro era vista como um movimento anti- Mas se chover dá de tudo
O desenvolvimento econômico e urbano do país se deu - desde a ocupação portuguesa república que tinha recentemente sido proclamada; ou posteriormente a nova Canudos, Fartura tem de montão
- de forma muito concentrada ao longo da costa e até o fim do século XX não foi muito que foi construída em cima dos destroços da primeira cidade, que também foi destruída Tomara que chova logo
diferente. O interior do território foi geralmente ocupado por latifúndios, submetendo e com a inundação na construção do Açude de Cocorobó, sem aviso prévio à população; Tomara meu Deus tomara
dominando a maior parte da população. ou mesmo na ditadura da década de 1964, em que militares foram espalhados por Só deixo o meu cariri
várias pequenas cidades para estabelecer “ordem” em todo o território brasileiro. No último pau-de-arara
Os sertanejos localizados no interior e geograficamente longínquos da costa, foram Enquanto a minha vaquinha
isolados de todas as transformações urbanas e econômicas do país. Esta condição Foi na década de 30, com a industrialização ocorrendo na costa Sudeste do país, que Tiver o couro e o osso
geográfica, o clima do semi-árido e a falta d’água também proporcionaram que este começaram os fluxos migratórios campo-cidade, em especial os saídos do Nordeste E puder com o chocalho
seja um povo nômade, peregrino, que na seca muitas vezes perdem tudo para o rumo à São Paulo e Rio de Janeiro. A posse do presidente Getúlio Vargas também Pendurado no pescoço
sustento da família e, então, obrigados a migrar - inclusive no sertão baiano neste contribuiu muito nesses deslocamentos, pois ele criou as Leis Trabalhistas para os Eu vou ficando por aqui
ano de 2012 houve a maior seca dos últimos 3 anos, não houve chuva por dois anos. operários das indústrias que não foram adotadas para os empregados de fazendeiros, Que deus do céu me ajude
fazendo que os nordestinos abandonassem seus ‘trabalhos’ e suas terras - não mais Quem sai da terra natal
Na época da mineração em Minas Gerais, eram os sertanejos que levavam o gado suas, rumo à uma tentativa de melhora de vida nas indústrias. Em outros cantos não para
da costa para essas cidades que pontualmente cresceram no interior brasileiro e que Só deixo o meu cariri
1. SU DAN em “Fórum de Debates, 5a Bienal Internacional de Arquitetura e Design de São Paulo metrópole”, 2003. Página 22. No último pau-de-arara
HIDROGRAFIA BRASILEIRA E O LIMITE DO SEMI - ÁRIDO MAPA DE DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DA INDÚSTRIA 2002 - IBGE
EMPRESAS INDUSTRIAIS
A associaçao da condição geográfica e da forma
de ocupação costeira do território determinaram o
fenomeno da migração.
xique xique
5. BAERNINGER, Rosana. São Paulo no Contexto dos Movimentos Migratórios Interestaduais. Página 38. 3. SU DAN em “Fórum de Debates, 5a Bienal Internacional de Arquitetura e Design de São Paulo metrópole”, 2003. Página 27.
O DESEJO DA VOLTA
Adilson Ribeiro, que voltou para sua terra de origem Uauá-BA e é atualmente presidente da Coopercuc. Entrevistado Em Uauá (BA), julho 2012.
Quando ‘voltei’ para sertão, viagem que explicarei mais à frente, senti que é um
povo que valoriza a vida em comunidade, a estrutura familiar hierárquica, em que
MIGRAÇÃO DE RETORNO
6. BAERNINGER, Rosana. São Paulo no Contexto dos Movimentos Migratórios Interestaduais. Páginas 127 à 141.
AS POLÍTICAS DE FIXAÇÃO
A principal força motriz dessa conquista foi a conscientização e mobilização da - Brasil Sem Miséria, que prevê acesso à serviços principalmente voltados à educação;
sociedade brasileira, conduzida sob a liderança legítima de suas forças sociais e políticas garantia de renda, que geralmente são programas de repasse de renda como o Bolsa
mais representativas, quanto à situação de abandono secular em que se encontrava Família e o Bolsa Estiagem já do Governo Dilma; e a inclusão produtiva urbana e rural.
a Região, em relação às políticas nacionais de promoção do desenvolvimento, o que
vinha resultando no seu atraso crescente, diante dos avanços realizados nas áreas mais - Dentro do plano Brasil sem Miséria há o Programa Água para Todos: “Foi concebido
desenvolvidas do País.” Sua missão institucional era “Concorrer para a intensificação pelo Governo Federal a partir da necessidade de se universalizar o acesso e uso de
e consolidação do desenvolvimento nacional sustentável, focalizado na crescente água para populações carentes, residentes em comunidades rurais não atendidas por
7. http://www.sudene.gov.br/sudene#instituicao sudene
inserção produtiva da população e progressiva redução dos desequilíbrios regionais, este serviço público essencial, atendidas por sistemas de abastecimento deficitários 8. http://luzparatodos.mme.gov.br/luzparatodos/Asp/o_programa.asp
9. http://www.integracao.gov.br/entenda-o-programa
A VIAGEM
ITIÚBA
XIQUE XIQUE
JACOBINA
IRECÊ
PETROLINA - JUAZEIRO
POLO REGIONAL, CIDADE MÉDIA. VISITAS À EMBRAPA, CODEVASF
(ESTUDO SOBRE AGRICULTURA IRRIGADA), CASA DE FARINHA
CANUDOS
IMPORTÂNCIA HISTÓRICA
UAUÁ
ITIÚBA
CIDADE DE ORIGEM DE MORADOR DE TIQUATIRA. ESTUDO
SOBRE PISCICULTURA E PROJETOS SOCIAIS DE VALORIZAÇÃO
DA ECONOMIA E CULTURA SERTANEJA EM PRÁTICA
VALENTE JACOBINA
CIDADE ESTRUTURADA PELA COOPERATIVA PRODUÇÃO DE PEÇAS E TAPETES DE SISAL. CIDADE DE ORIGEM DE ENTREVISTADO,
INICIATIVA DE PEQUENOS AGRICULTORES QUE VIROU UMA GRANDE INDÚSTRIA CIDADE DO OURO, POLO REGIONAL
XIQUE XIQUE
CIDADE DE ORIGEM, A MENOR DENTRE AS CINCO.
À BEIRA DO RIO SÃO FRANCISCO, ANTIGO PORTO IMPORTANTE NA ÉPOCA EM QUE O RIO ERA NAVEGÁVEL,
ENVOLTA POR MUITA CAATINGA PRESERVADA, ISOLADA DA COSTA - A BR 52 TERMINA NELA.
IRECÊ
COOPIRECE
CIDADE DE ORIGEM
DEPENDE DE IRRIGAÇÃO E ESTÁ SEM ÁGUA PARA BEBER
GRANDE RELAÇÃO ECONÔMICA COM XIQUE XIQUE - CIDADE DE SERVIÇOS E COMÉRCIO
AGRICULTURA IRRIGADA forma um oásis dentro de um cenário muito pobre, que é o nordeste. grãos; ração animal, que muitas vezes é um subproduto secundário de algum elemento - Pode-se pensar no beneficiamento do leite, do couro, da lã, etc e tal!
- As organizações produtivas quando vem com um modelo externo ao ao ser beneficiado, como a mandioca o milho. - É um tipo de criação que pode estar associada a outras produções como
Vantagens desta atividade econômica levantadas nas entrevistas ao longo da viagem: nordeste, mesmo que tente incluir no processo a população local, muitas vezes dá - Visitei 3 cooperativas que funcionam muito bem. cada uma com um tipo piscicultura, agricultura, etc.
errado. é necessário ser um modelo vindo dos nativos para vingar. de produto, idades diferentes, níveis de desenvolvimento diferentes. todas foram - O bode tem de ser criado no fundo de pasto, ou seja, em uma área muito
- Desenvolvimento com tecnologia - Muitas vezes os pequenos produtores (vulgos produtores familiares) não iniciativas de produtores locais, nenhum processo foi imposto e nem veio de fora. grande e solto. não dá trabalho. há quem diga que eles destroem a caatinga, porque
- Significa conduzir, trazer água em uma região muito seca (ver mapa na conseguem pagar a infraestrutura que é necessária para um tipo de produção como foram organizações espontâneas e necessárias em determinados contextos. comem tudo, mas é um animal histórico na região e o que devasta mesmo é o pasto
página seguinte) esta. para o gado.
- Produção competitiva, visa exportação. se extrai muito mais da terra, a - Nesse sistema de irrigação de Juazeiro/Petrolina, pelo aproveitamento Desvantagens: - São animais que aguentam muito bem o clima árido do sertão.
produção quadruplica com esse sistema super controlado. quase total da água, não há drenagem do solo, os drenos ficam secos, o que pode
- O sistema de irrigação implantado mais recente e desenvolvido fica em gerar o problema de salinizar o solo. - Algumas não geram renda suficiente para manter uma família, uma vez PESCA E PISCICULTURA
juazeiro/petrolina. tem uma tecnologia de Israel que permite a contagem exata da - A drenagem mal feita é o maior problema deste tipo de produção, pois que junto à renda da cooperativa há a horta de subsistência e a criação de bodes e
quantidade de gotas necessárias para irrigar determinada planta em certa época do desencadeia a salinização do solo, processo irreversível. ou então, quando há água ovelhas. - Por conta do Rio São Francisco que corta o semi-árido, há muita atividade
ano. aproveita 98% irrigada, ou seja, o problema da perda excessiva de água que drenada no plantio, ela sempre é jogada novamente no rio, fazendo com que este - Com esse tipo de produção não há necessariamente o desenvolvimento pesqueira na região. Porém, este rio sofreu graves intervenções para esta atividade,
existia anteriormente não existe. fique contaminado pelos agrotóxicos e adubos. da região, mas mantém. talvez falte verba ou mais organização, mais educação, como a construção das muitas barragens e algumas transposições. Por isso, o rio ficou
- Um projeto como esse gera serviços e comércio na cidade-sede do município. - Produções como estas geralmente são monocultoras, empobrecem o solo. equipamentos complementares. despovoado de peixes em muitos pontos, fazendo com que haja uma nova atividade
- Em um momento em que se pensa em tantas transposições do São - As transposições que são feitas no São Francisco, como a do Baixio Irecê, - Extrativismo. em alguns casos é preciso replantar, manejar essa extração. desenvolvida para tentar solucionar este problema: a piscicultura, criação de peixes.
Francisco, por que não usar irrigação em Xique Xique se é uma cidade à beira do rio? além de serem obras extremamente caras, podem afetar gravemente o rio por - Ela contece não apenas no Rio, mas nos açúdes de abastecimento de água
- A irrigação já acontece, há bombas que trazem a água do rio para as assoreamento e por desequilibrar todo o ecossistema dos peixes. CAPRINOCULTURA E OVINOCULTURA de várias cidades, como em Itiúba.
fazendas em suas margens. - A espécie mais criada é a da Tilápia.
- Há também a AGRICULTURA DE CHARCO: acontece quando o rio desce depois AGRICULTURA DE SEQUEIRO Questões deste tipo de atividade econômica: - Este tipo de atividade também pode conviver com as demais escritas
de uma pequena cheia/de uma pequena variação natural em seu nível, deixando a anteriormente: há estações de pscicultura que fazem caprinocultura e ovinocultura; e
terra molhada e fértil, onde vai ser feito o plantio. Vantagens desta atividade econômica levantadas nas entrevistas ao longo da viagem: - Na viagem houve gente que disse que a criação desses dois animais com a há canais de irrigação de plantações que também são aproveitados para criar peixes.
organização da atividade e o beneficiamento dos subprodutos a partir deles é a saída/ - Há quem diga que este tipo de atividade é prejudicial ao Rio devido aos
Desvantagens: - Aproveitamento de especies da “socio-biodiversidade” da caatinga, ou seja, solução econômica pro sertão. alimentos e substâncias que são jogadas para os peixes.
beneficiamento de plantas da caatinga que muitas vezes ou historicamente não - A carne do bode, mais até que a da ovelha, é muito saborosa.
- Esse tipo de produção não beneficia os pequenos produtores, o nativo, os foram valorizadas e agora estão em evidência, por exemplo: umbu, murici, mangaba, - O bode é um tipo de animal muito específico dessa região e há muita gente
que migram. traz sistemas e organizações produtivas de outros lugares do brasil, maracujá da caatinga, plantas medicinais, etc. mandioca e seus subprodutos; sisal; que cria, está intrínseco na cultura sertanja.W
O PROJETO
PILÃO ARCADO
PILÃO ARCADO_a 85 km
BAIXIO IRECÊ
XIQUE XIQUE
BARRA
CIDADES CIDADES
XIQUE XIQUE
POVOADOS POVOADOS
TRANSPOSIÇÃO DO RIO SÃO FRANCISCO CANAL BAIXIO IRECÊ TRANSPOSIÇÃO DO RIO SÃO FRANCISCO CANAL BAIXIO IRECÊ
IRECÊ 110 KM
MORPARÁ
O município de Xique Xique se situa às margens do sub-médio Rio São Francisco e possui 210 km
de orla.
A Ipueira é um canal sem saída, natural, abastecido por um braço do São Francisco, e às suas
margens está implantada a cidade de Xique Xique. É um berçário de peixes, talvez por sua condição
protegida.
Para solucionar problemas com enchentes na cidade e dar vazão à água em épocas de cheia -
trata-se se uma área muito plana - foi construída a Lagoa de Itaparica à 21,3 km da cidade.
No fim da década de 1970 foi construída a barragem da hidrelétrica de Sobradinho e uma área de
828 km2 foi inundada, dando origem à represa de Sobradinho, um dos maiores lagos artificiais do
mundo. O impacto socio-ambiental foi enorme, 70 mil famílias foram relocadas sem contar que
todo o bioma do rio foi afetado. O rio São Francisco na altura da cidade de Xique Xique, 100 km à
montante do fim da represa, ficou despovoado por conta dos peixes que pararam de se reproduzir.
A piracema voltou a acontecer no local apenas neste ano de 2012 com a atuação da CODEVASF
BAIXIO IRECÊ _ a 37 km da cidade
que investiu em projetos de piscicultura.
Outro grande projeto da região é o chamado Baixio Irecê, da CODEVASF junto com a CHESF,
O
ISC
que terá o objetivo de irrigar 58.659 hectares que serão divididos em lotes para produtores, com
FR
ÃO
construção em nove etapas. Ele já tem 52 km construídos mas ainda não está em uso. Onde
S
RIO
futuramente haverá as propriedades agrícolas há muita caatinga, é uma área muito virgem que será
desmatada. As propriedades serão prioritariamente para grandes produtores e uma porcentagem
muito pequena para os agricultores familiares. Além disso, o sistema produtivo que a CODEVASF
pretende implantar no local é o de uma cooperativa do Paraná, a Cooperativa Agrária, que está
IPUEIRA, ONDE ESTÁ
IMPLANTADA A CIDADE
prosperando e precisa de mais terras. Desta forma, a população xiquexiquense pouco participará
ou se beneficiará deste projeto. Sem contar que irrigação é um processo muito degradante para o
solo do semi-árido, pois com ela é gerada a salinização, processo irreversível.
A agricultura de brejo (em roxo), que acontece à beira do São O potencial de se plantar em volta da mancha
Enquanto não há ocupação das terras por agricultures, a CODEVASF está tentando criar peixes no urbana reforçará o projeto.
Francisco e que tem uma contribuição expressiva na produção de
canal do Baixio Irecê por sistema tanque-rede. Se der certo será uma atividade paralela à irrigação
LAGOA DE ITAPARICA _ a 21,3 km da cidade alimentos por conta do grande arquipélago do município.
que o canal vai cumprir.
PERÍMETRO URBANO DA CIDADE DE XIQUE XIQUE AS ILHAS
A mancha urbana de Xique Xique, que contém 32.000 habitantes, Por conta das ilhas, o município é um dos que está menos sofrendo com a
sede do município de 45.700 habitantes. seca. Os povoados das ilhas são os grandes responsáveis pela produção
agrícola do município e também grande criação de gado. Há agricultura
de charco, solos mais úmidos, férteis e maior facilidade de se obter água.
1
2 3 4
1. vista da ilha para a cidade (não se avista a ci-
dade pois há o aterro do dique) e a entrada do canal
(chamado de ipueira, um berçário de peixes)
2. casas elevadas por conta de enchentes
3. placa solar para aquecer o chuveiro e ligar a tv
3. vista para o terreno onde se localizará o porto do
projeto; e a torre da direita é a torre da Bahia Pesca
5. água chegando do rio e serve para o plantio
6. bomba
5 6
ESTAÇÃO DE PISCICULTURA DA CODEVASF
Após a contrução da barragem de Sobradinho e a consquente represa, localizada à 100 km da
cidade de Xique Xique, desregulou por completo o bioma do Rio São Francisco, fazendo com
que os peixes deixassem de se reproduzir. Para isso foi instalada uma estação de piscicultura da
CODEVASF (no local assinalado em vermelho) com a finalidade principal de repovoar o Rio. Após
quase 30 anos, neste ano de 2012 foi o primeiro ano que aconteceu a piracema novamente. E
a estação também cria alevinos e distribui para associações para a criação e venda dos peixes.
LEITURA DO TECIDO URBANO
tecido consolidado
tecido em processo de consolidação
urbanização incipiente
Igreja da Matriz
LEITURA DO TECIDO URBANO Edifícios de Administração de
Xique Xique
vazios
Lazer (parque aquático e quadras
urbanização incipiente de futebol)
São os grandes potenciais de Xique Xique, que é uma cidade feita por um Há muitos subempregos que giram em torno desta atividade na cidade. Um exemplo
ACESSO A SERVIÇOS BÁSICOS (%) povo ribeirinho, ou seja, nunca houve barões ou muitos fazendeiros ricos por lá. Era deles são as tecedeiras de redes e seda, que ficam nas ruas estendendo suas redes e
POPULAÇÃO URBANA E RURAL
uma cidade portuária, com o comércio agitado e cabarés na rua da orla. Houve até cantando enquanto tecem. Há vários mercadinhos que vendem material relacionado
cinema e as lendas e histórias são muitas! à atividade pesqueira, além do grande mercado municipal de peixes, que funciona
em um sistema bem anti-higiênico. E há uma pequena fábrica de gelo no terreno da
Mas com a construção da barragem de Sobradinho, houve uma enchente que Bahia Pesca, terreno onde pretendo implantar o meu centro de estudos e produção da
arrasou a cidade. Pouco depois o Governo Federal construiu um cais para a proteção pesca, como uma sede produtiva da colônia. Vou fazer um porto e repensar o uso da
da cidade frente às seguintes enchentes - ocorreu uma no ano 2000. No mesmo orla, que implica em pensar no dique, no esgoto e na drenagem da cidade.
momento, fim da década de 80 e início da 90, o rio que deixou de ser navegável e a
cidade perdeu sua função de porto e entrou em decadência. Algumas tentativas de Há projetos grandes de energia eólica sendo implantados no município, porém por
atividades econômicas foram implantadas, mas nada prosperou. Na década de 80 empresas do Sudeste que têm sede em Xique Xique.
30% da população é rural, ou seja, no sertão há a tendência da urbanização, tentou-se plantar cebola irrigada, mas as safras não foram boas depois de alguns
do fluxo da população para as cidades. anos, até porque agricultura irrigada saliniza o solo do semi-árido. Depois se iniciou o
plantio de maconha, a região entrou mais ainda na miséria e na violência. Mas houve
fiscalização e hoje em dia a situação já é um pouco mais pacificada e controlada.
ACESSO A BENS DE CONSUMO (%) TAXA DE URBANIZAÇÃO
Hoje a cidade vive dos empregos gerados por órgãos públicos -como prefeitura, IBGE,
CODEVASF-, de comércio e alguns serviços, da agricultura de subsistência e da pesca,
atividade que está na base da cultura xiquexiquense.
CAIS_ORLA
o dique:
_ que é a solução das enchentes para a população
_ que ajudou a cidade entrar em uma situação complicada economicamente
_ isola a cidade da água
_ degradou grande parte do patrimônio da cidade,
abandono e degradação das construções que dão frente pra ele
_ onde foi feito um passeio que se pode ver a cidade e o rio de uma cota mais elevada
trecho que as lojas passam a ser abandonadas trecho que as lojas passam a ser ocupadas por comércio - centro escada de acesso ao dique
o muro e em vista as lojas com passeio em cima trecho em que o dique são lojas com passeio em cima muro
ipueira, o espaço entre a água e o dique barcos aportados em frente ao mercado “favelinha” entre o dique e o rio
dique - lojas (abandonadas) com passeio em cima acesso para o passeio em cima das lojas (dique) trecho em que o dique são lojas com passeio em cima
feira mercado de peixes barcos que levam pessoas da cidade para as ilhas no fim do dia
a avenida principal
CENTRO
_ concentração dos serviços e comércios
_ eixo histórico. prefeitura, matriz e mercado.
_ ruas largas
_ onde se concentram as edificações antigas, na maioria das
vezes pouco preservadas.
_ praças e avenida principal são pontos de encontro a praça princiipal vista do cais
_ casas de mais alto padrão
igreja de são pedro a colônia de pescadores a colônia de pescadores
a vista do aterro para o bairro bairro que tem ruas sem saída por conta
do aterro feito para a construção do muro praça
SÃO PEDRO
_ bairro da colonia de pescadores e da igreja do santo
padroeiro da pesca, são pedro.
_ dá as costas para o rio.
_ áreas degradadas por conta do dique.
_ misto de edificações padrão da cidade com edificações praça o muro rua entre o bairro e o muro. abandono e precariedade
precárias.
casas mais ricas muro do estádio muros. à esq., uma escola
uneb uma escola, um vazio e uma igreja com a obra parada urb. incipiente. ao fundo, o ginásio
POLIVALENTE
_ bairro de um segundo momento do crescimento da cidade.
_ presença de escolas, faculdade e algumas
outras infraestruturas.
_ muitos vazios. ainda há muito a ser urbanizado.
_ alí e no centro são onde há as poucas casas dos
habitantes mais abastados da cidade grande vazio entre duas escolas grande vazio entre duas escolas única hora que há movimento no bairro: saída das escolas
_ grande presença de muros
limite da cidade à sul
rua 6, estrada que passa no meio do bairro rua 6, estrada que passa no meio do bairro
BNH VELHO
GUAXININ
_ bairro muito precário
_ rabequeiro
_ recedeiros
_ chegada e limite da cidade tecedeiros de rede de seda tecedeiros de rede de seda o que não falta na casa do rabequeiro:
_ CAIS a rede, o som, a margarina, o leite em pó, o café e a banana.
samba de roda local onde será o porto do projeto
PEDRINHAS
SANTA MARTA
_ bairro da chegada da cidade
_ cruzamento de fluxos: caminho pra orla e mercado, chegada
da cidade, proximidade à rodoviária
_ presença forte de tecedeiras ruas agitadas - extensão do centro
_ comércio, serviço e mas também bastante residencial
equipamentos públicos que margeiam a chegada detran e ao fundo o grande hotel carranca rodoviária
a rotatória, chegada da BR 52
CHEGADA
_ você chega e não percebe o rio
_ chegada em uma área bem precária e pouco urbanizada da cidade
_ chegada em uma rotatória
_ na ilha que divide a pista local da de chegada foi feito um parque a ilha que divide a estrada da pista local é um parque linear que é usado pela população principalmente no fim da tarde (cooper) e a noite (encontros)
que é bem utilizado pela população para praticar cooper
esgoto à céu aberto
loteamento em volta do esgoto cidade que chega à beira do esgoto vista do aterro para o mercado e a ipueira
PONTA DA ILHA
_ bairro bem pobre proximo ao rio, à pesca, ao mercado, ao
esgoto a céu aberto
_ bairro onde vai ficar o novo porto e o centro de estudos e
produção da pesca
_ economia da pesca muito presente e ao mesmo tempo é
uma das pontas do dique, isolamento em relação à água
_ onde moram muitos pescadores e tecedeiros (as)
mercado municipal de peixes comercios que a atividade da pesca gera comercios que a atividade da pesca gera
o terreno do futuro porto, o começo do muro, a estrada e, à direita, a estração de tratamento de água para consumo e ao fundo o terreno da bahia pesca. o muro, estação de tratamento, a rua que dá no aterro/estrada e o terreno da bahia pesca.
_ PROJETO _ TERRENO QUE SERÁ UTILIZADO NO PROJETO. Galpão abandona da Bahia Pesca e tore da fábrica de gelo, em atividade.
A idéia é de que a cidade não vire uma potência econômica, esse é um exemplo do que Há uma nova estrutura viária, pensada a partir de vias existentes, que ligam o
deveria acontecer com todas as cidades da rede pontuadas anteriormente no mapa das parque em diversos pontos e organizam, amarram toda a cidade. Nelas são
redes municipais. propostos equipamentos conforme a necessidade de cada bairro.
Os limites da cidade são feitos por um parque que forma um anel em torno da cidade e Neste plano, foram adotados os índices urbanísticos existentes atualmente na
se organiza da seguinte maneira: cidade:
Na orla agrícola, é proposto uma faixa de lotes agrícolas fazendo a transição e a Taxa de Ocupação _ 30% Áreas Permeáveis _ 50%
contenção da cidade para a caatinga e que serão destinados a pequenos agrocultores. Coeficiente de Aproveitamento _ 0,6 Gabarito das Edificações _ 2 pavimentos
Estes estarão inseridos na economia de sequeiro: nos lotes plantarão para subsistência;
da caatinga vão extrair frutas, plantas e às beneficiar em equipamentos coletivos; e da A estada que corta a cidade, chamada de Rua 6, qe vai em direção à Barra, é
criação e beneficiamento dos subprodutos do bode. Estas infraestruturas coletivas de transformada em uma via destinada a servições e pequenos empreendimentos
beneficiamentos ficam neste parque ao redor do perímetro urbano. Ao longo do parque comerciais. Ela se situa bem equidistante aos limites da cidade e possui um
na orla agrícola também haverá um canal deágua do rio que abastecerá as cisternas de zoneamento de exceção:
5 mil litros contidas em cada lote agrícola. Será um sistema simples, de vasos condutores Taxa de Ocupação _ 50% Área Permeável _ 25%
de água. Coeficiente de Aproveitamento _ 2,0 Gabarito das Edificações _ 4 pavimentos
0 100 500 1000m
QUESTÕES EXISTENTES E ESTRATÉGIAS DE PROJETO NA ESCALA URBANA
SITUAÇÃO EXISTENTE O ANEL VIÁRIO PROPOSTO O PARQUE - LIMITE PROPOSTO O PORTO TRATAMENTO DO ESGOTO O OUTRO LADO DO ANEL - OS LOTES AGRÍCOLAS
O o canal que faz a frente da cidade, a lagoa de esgoto que O desvios das estradas. Nele vão haver os equipamentos de infraestrutura urbana e Deve ser relocado pois a Ipueira é um berçario de peixes, portanto Jardins flutuantes; sistema de tratamento de esgotos por zona de E o CANAL ao longo do parque, que leva água do rio para a agricultura
a cidade devolve para o rio sem tratamento; estradas que econômica da cidade. não deveriam trafegar por ela barcos com motor. Pier na Igreja do raízes. familiar que será desenvolvida alí.
cortam a cidade. Miradouro.
CENTRO HISTÓRICO
ÁREA DE EXPANSÃO DA CIDADE - NOVAS QUADRAS VIA DE INFRAENTRUTARA URBANA EXISTENTES NOVA ESTRUTURA VIÁRIA EQUIPAMENTOS EXISTENTES EQUIPAMENTOS EXISTENTES + PROJETO QUE SERÃO ENGLOBADOS ÁREA DE MAIOR DENSIDADE - CORREDOR DE SERVIÇOS
QUE SERÃO ENGLOBADOS NA REDE DE PARQUE E EIXOS NA REDE DE PARQUE E EIXOS
R’
R
Q’
O’
Q
O
P’ N’
P N
CORTE K-K’ _ SITUAÇÃO EXISTENTE AV PRINICIPAL CORTE L-L _ SITUAÇÃO EXISTENTE EIXO 1’ CORTE M-M’ SITUAÇÃO EXISTENTE EIXOS 2, 3 e 4 CORTE N-N’ SITUAÇÃO EXISTENTE NAS VIAS DE INFRAESTRUTURAS CORTE O-O’ SITUAÇÃO EXISTENTE NA RUA 6 - ESTRADA QUE CORTA A CIDADE
L K
L’ K’
M
M’ M M’
M M’
CORTE M-M’ PROJETO EIXOS 2, 3 e 4 CORTE N-N’ PROJETO VIAS DE INFRAESTRUTURAS CORTE O-O’ PROJETO RUA 6 - ESTRADA QUE CORTA A CIDADE
CORTE K-K’ _ PROJETO AV PRINICIPAL CORTE L-L’ _ PROJETO EIXO 1
0 5 10 25m
CORTE P-P’ SITUAÇÃO EXISTENTE CHEGADA DA CIDADE - RODOVIÁRIA, ‘PARQUE LINEAR’ E EDIFÍCIOS INSTITUCIONAIS CORTE P-P’ PROJETO CHEGADA DA CIDADE - RODOVIÁRIA, PARQUE E EDIFÍCIOS INSTITUCIONAIS ENGLOBADOS
CORTE Q-Q’ SITUAÇÃO EXISTENTE - TRECHO DA CIDADE DE URBANIZAÇÃO INCIPIENTE E CHEGADA DA CIDADE
PARQUE CANAL DE IRRIGAÇÃO DOS LOTES AGRÍCOLAS CISTERNA HORTA DE SUBSISTÊNCIA (5 HECTARES) HORTA DE SUBSISTÊNCIA (5HECTARES) CAATINGA
CORTE R-R’ PROJETO - NOVO BAIRRO, PARQUE, LOTES AGRÍCOLAS E CAATINGA PRESERVADA
26
4 25 25
2
3 5 24
7 25
6
1
1. Canal do novo porto. A terra retirada na escvação será utilizada no aterro para o parque na cota do
24
cais.
24 2. Canal de irrigração dos lotes agrícolas
3. Estaleiro.
4. Hangar para guardar barcos.
5. Galpão de chegada, saída e armazenamento de mercadorias.
6. Cooperativa do pescado, sede produtiva da Colônia de Pescadores da cidade.
7. Atual fábrica de gelo, englobada no complexo da cooperativa.
8. Existente estação de tratamento de água para consumo da cidade.
9. Sistema de tratamento de esgotos por jardins filtrantes.
10. Deck como passeio de contemplação do rio, arborizado.
11. Mirante.
12. Praia.
9 13. Lojinhas existentes, voltadas para a cidade.
14. Mercado Municipal de Frutas existente.
15. Piers de transposição dos níveis e lados do parque.
16. Praça do sorvete com escadaria de acesso à cobertura das lojinhas, existente.
17. Praça da Matriz, onde ficam a Igreja da Matriz e a Prefeitura.
10 18. Praça do arrocha, com a cobertura para abrigar bailes, que se interliga com o pier do cais.
19. Parque no mesmo nível da cidade, quando passa para o outro lado do cais.
22
20. Aterro como passeio.
17 21. Auditório.
22. Igreja de São Pedro.
23. Pier da Igreja de São Pedro proposto.
13 14 21
16 24. Espaços propostos para atender as manifestações culturais de cada bairro.
11 18 25. Escolas existentes.
12 20
26. Equipamentos existentes que agora serão englobados no parque fazendo a entrada da cidade.
19 23
AMPLIAÇÃO DO PROJETO - ORLA
15 15 0 100 300 m
50
QUESTÕES EXISTENTES E ESTRATÉGIAS DE PROJETO NA ESCALA DA ORLA
01 A FALTA DE RELAÇÃO ENTRE A CIDADE E A ÁGUA
O CAIS DE 4 METROS DE ALTURA COMO BARREIRA
EM TORNO DO ATUAL MERCADO DE PEIXES É ONDE OS BARCOS ATRACAM HOJE EM DIA. PORÉM ESTE CANAL
É UM BERÇRIO DE PEIXES E NÃO SE DEVE NAVEGAR BARCOS COM MOTOR, PORTANTO O PORTO ESTÁ EM UM
LOCAL IMPRÓPRIO.
02 O ESGOTO DA CIDADE QUE É JOGADO NESTA LAGOA E SEM TRATAMENTO VOLTA PRO RIO
03 O PARQUE PROPOSTO, TRANSPOSIÇÕES SUAVES DA COTA DA CIDADE À COTA DO CAIS E NOVAMENTE À COTA DO
RIO. MOVIMENTAÇÃO DE TERRA, ASSEGURANDO O NÃO ASSOREAMENTO DO RIO
04 05 06
B A
B’ A’
0 5 10 25m
QUINTAIS RUA DA ORLA IGREJA DE SÃO PEDRO PRAÇA DE SÃO PEDRO QUINTAIS RUA DA ORLA
CORTE A-A’ SITUAÇÃO EXISTENTE - QUINTAIS E CASAS ABANDONADAS CORTE B-B’ SITUAÇÃO EXISTENTE - IGREJA DE SÃO PEDRO
DESAPROPRIAÇÃO DE UMA FAIXA DE CASAS _ ATERRO PARA CONSTRUÇÃO DE PARQUE NA COTA DO CAIS IGREJA DE SÃO PEDRO PRAÇA DE SÃO PEDRO ATERRO - PARQUE PIER DE SÃO PEDRO
F
RAMPA PARA TRANSPOR O CAIS QUINTAIS PRAÇA D C
0 5 10 25m
CORTE C-C’ SITUAÇÃO EXISTENTE - RAMPA DE TRANSPOSIÇÃO CIDADE-RIO
PRAÇA
ATERRO - PARQUE
CORTE D-D’ SITUAÇÃO EXISTENTE - CAIS COMO LOJAS, QUE ESTÃO ABANDONADAS ASSIM COMO AS CASAS EM FRENTE CORTE F-F’ SITUAÇÃO EXISTENTE - ATUAL PORTO E MERCADO DE PEIXES. LOJINHAS OCUPADAS COM COMÉRCIO
CORTE D-D’ PROJETO - PRAÇA DE BAILES COM COBERTURA. PIER QUE TRANSPÕES OS DOIS LADOS E NÍVEIS DO PARQUE E QUE VIRA UM MEZANINO. CORTE F-F’ PROJETO - PRAINHA. MERCADO É RELOCADO PRO PORTO E ESTE SE TORNA UM MIRANTE
G’
G
E’
0 5 10 25m
IGREJA DA MATRIZ PRAÇA DA MATRIZ PRAÇA DA MATRIZ PRAÇA DO SORVETE ESCADARIA DE ACESSO AO CAIS PASSEIO
J’
H I’
0 10 20 50m
BRAÇO DO SÃO FRANCISCO ESTALEIRO HANGAR DE BARCOS PARQUE NO ATERRO CHEGADA DO ANEL VIÁRIO E DESCIDA DO PARQUE PARA A CIDADE PARQUE NO NÍVEL DA CIDADE CIDADE
FLORESTA DE CARNAÚBA CANAL DE IRRIGAÇÃO DOS LOTES AGRÍCOLAS ESTALEIRO LOCAL DE CHEGADA E SAÍDA DE MERCADORIAS. ARMAZÉM NO ATERRO
FLORESTA DE CARNAÚBA CANAL DE IRRIGAÇÃO DOS LOTES AGRÍCOLAS HANGAR DE BARCOS LOCAL DE CHEGADA E SAÍDA DE MERCADORIAS. ARMAZÉM NO ATERRO COOPERATIVA DO PESCADO. NO TÉRREO O MERCADO DE PEIXES FEIRA. AO FUNDO, A FÁBRICA DE GELO
Agradeço aos meus professores e em especial ao meu orientador, Vinícius, pelo aprendizado, por ter sido tão presente e companheiro. Foi um trabalho em que evoluí muito,
venci muitos desafios, mas que para tal as orientações foram fundamentais.
Agradeço de todo o coração aos inumeráveis amigos. Muitas pessoas queridas participaram ativamente do processo, seja na viagem, seja na produção, nas conversas, na
paciência, no companheirismo, no apoio e nas tarefas para a conclusão do trabalho.
Igualmente agradeço aos entrevistados, moradores de Tiquatira e do sertão, que abriram suas casas para mim expuseram sua história de uma maneira muito generosa. Sem
eles a tese não teria se verificado e o trabalho não teria acontecido.