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Desgaste e vida da ferramenta de corte

Durante a usinagem a cunha de corte é submetida a um desgaste que depende


da forma e da duração da solicitação.
Podem ocorrer o desgaste ou a avaria da ferramenta.

Desgaste: perda progressiva de material da ferramenta.

Avaria: catástrofe completa da ferramenta de corte impossibilitando a sua


atuação

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Influência do desgaste da ferramenta nos resultados de trabalho

- aumento das forças de corte;


- aumento da temperatura na
interface peça/ferramenta;
- piora da qualidade superficial;
- piora da precisão da peça.

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Abrasão e adesão

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Desgaste Difusivo
Este mecanismo envolve a transferência de átomos de um
material para outro e é fortemente dependente da temperatura e
da solubilidade dos elementos envolvidos na zona de fluxo (zona
de cisalhamento secundário).
Como se processa a nível atômico, no microscópio as áreas
desgastadas por difusão tem uma aparência muito lisa.

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Adesão

Este mecanismo ocorre, geralmente, a baixas velocidades de corte,


onde o fluxo de material sobre a superfície de saída da ferramenta se
torna irregular. Sob estas condições, fragmentos microscópicos são
arrancados da superfície da ferramenta e arrastados junto ao fluxo de
material adjacente à interface. Como este mecanismo se processa a
nível de grãos, no microscópio, as áreas desgastadas tem uma
aparência áspera.

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Formas de desgaste

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Desgaste de flanco Desgaste de cratera

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Desgaste de entalhe

Deformação plástica

Fonte: Klocke WZL

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Formas de desgaste - continuação

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Parâmetros utilizados para medir os desgastes da ferramenta

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Medição da marca de desgaste com CCD

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Valores característicos para o fim de vida

Material Parâmetros Valores


recomendados
VB mm 0,2 até 1,0
Aço-rápido Marca de desgaste VBmax mm 0,35 até 1,0
Desgaste de cratera KT mm 0,1 até 0,3
VB mm 0,3 até 0,5
Metal-duro Marca de desgaste VBmaxmm 0,5 até 0,7
Desgaste de cratera KT mm 0,1 até 0,2
Cerâmica Marca de desgaste VB mm 0,15 até 0,3
Desgaste de cratera KT mm 0,1

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Vida da ferramenta

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Curva de vida da ferramenta
−x y
T = K⋅ vc ↔ vc ⋅ T = C

y = b + m⋅ x
log T = log C + k log vc
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Tool Life Curves
Tool Life
curves should
not be
extrapolated!

• Plots of experimental data for specific materials


and conditions
• Generally plotted on log-log paper and used to
determine n
T
ABLE 20
.3R a
n g
eo fnV
al
uesf
orEq.
(20.2
0)forV
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08–0.2
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1–0.
1 5
C
ar
bid
es 0.2–
0.5
C
er
amics 0.5–
0.7

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Equação Expandida de Taylor:

E
T = K 1 ⋅ f ⋅ ap ⋅ Vc ⋅ VB
F G H

K1, E, F, G e H são constantes e podem ser determinados através de uma


regressão linear usando o método dos mínimos múltiplos quadrados.

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Troque a ferramenta ou a reafie levando em consideração:

1. Falha completa da ferramenta;


2. Falha preliminar da ferramenta;
3. Largura da marca de desgaste no flanco;
4. Vibrações intensas;
5. Profundidade Kt da cratera;
6. Deficiência de acabamento superficial
7. Formação de rebarbas;
8. Forma de cavacos;
9. Alteração de dimensões da peça;
10. Força de corte, torque ou potência;
11. Aumento da força de avanço e
12. Aumento da temperatura de corte.

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Métodos usuais de especificação da vida de uma ferramenta
de corte (utilizado, por exemplo para comparar duas
ferramentas, fluidos de corte, etc)

1. Tempo de máquina (para máquinas automáticas) ;


2. Tempo efetivo de corte;
3. Volume de material removido;
4. Número de peças usinadas;
5. Velocidade de corte equivalente;
6. Velocidade de corte relativa

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