Departamento Saúde Coletiva

INTERNATO MEDICINA DE FAMÍLIA E COMUNIDADE – UFSCPA

ORIENTAÇÕES PARA VÍDEO GRAVAÇÃO DE CONSULTA

Objetivos da análise de vídeos na disciplina
 Trabalhar Habilidades de Comunicação.
 Incorporar: Ferramentas de Raciocínio Clinico, SOAP, Estudo Dirigido, MCCP,
Profissionalismo.
A princípio não vamos analisar outros aspectos, como a prescrição e outros aspectos de manejo.
O vídeo tem por objetivo o ensino e o aprendizado, com auto avaliação e resolução coletiva de
dificuldades na pratica médica, e não criticar desempenho.
A gravação de consultas, a posterior observação e discussão é um excelente método de qualificação
da abordagem médica.
Cada aluno deverá gravar várias consultas em vídeos e escolher três para submeter em aula,
daquelas em que se defrontou com dificuldades. Destas três os professores escolherão no dia UMA
para apresentação. É importante que esteja relacionada com dificuldades identificadas.
Para tanto forneceremos algumas orientações sobre como deve ser realizada a gravação:
1- Colocar a câmera numa posição que capte o médico e a pessoa e familiares, englobando o
corpo e face de todos.
2- Não gravar o exame físico. Alguma lesão de pele pode ser tirada foto focada.
3- Cuidar com a luz e o som.
4- O som deve ser audível de forma clara. Se possível usar tripé e microfone externo.
5- Deixe a gravação rodando ao chamar a pessoa e introduzi-la na sala.
6- Após os cumprimentos, informe a pessoa sobre seu desejo de gravar e qual a finalidade.
7- Então, peça a aprovação a pessoa, solicitando que olhe para a câmera e diga: - “Eu autorizo
gravar esta consulta”.
8- Inicie a consulta.
9- Interrompa a gravação durante o exame clinico.
10- Retome a gravação para finalizar a consulta.
11- Grave várias consultas.
12- Escolha para apresentar uma que considere que apresentou algum aspecto de dificuldade ou
relevante.
13- Deverá gravar também a apresentação do caso ao preceptor (somente a passagem do caso;
a discussão não).
14- Os alunos que irão apresentar devem chegar pelo menos 20 minutos antes do início da aula
para instalar os vídeos e testa-los.
15- A apresentação do vídeo transcorrera assim:
a. Apresentação do vídeo da passagem de caso ao preceptor.
b. Apresentação dos dois ou três minutos iniciais da consulta
c. Apresentação de algum momento(s) especifico(s) da consulta que deseja discutir.
16- Tarefas relacionadas com a Vídeo Gravação:
 Auto avaliação de desempenho – O aluno deve assistir a gravação escolhida e
preencher a Ficha de Auto Avaliação de Consulta Calgari-Cambrige que será
disponibilizada. A ficha de auto avaliação deverá ser entregue no dia da apresentação
do vídeo.
 Elaboração do SOAP da consulta – O aluno deverá entregar cópia do SOAP que
elaborou na consulta da vídeo gravação.
 Genograma da pessoa atendida se for pertinente ao caso ou identificação do Ciclo de
Vida;
 Relatório com as dúvidas que tem sobre a consulta, o que estudou a partir da consulta,
o referencial bibliográfico que buscou para resolver as dúvidas, quais mudanças o
estudo e a reflexão sobre a consulta promoveram.
 Relatório identificando os aspectos do profissionalismo médico que estiveram, os
deixaram de estar envolvidos na consulta com sugestões para implementa-los.
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METODOLOGIA DE APRESENTAÇÃO DO VIDEO

1. A apresentação e discussão do vídeo:
a. Incialmente o aluno apresentará a gravação do relato do caso ao preceptor.
b. O aluno apresentará os primeiros três minutos do vídeo, e depois a(s) parte(s) em que
identificou dificuldade(s).
c. Inicialmente poderão falar o preceptor que está coordenando e o aluno que está
apresentando.
i. O aluno deverá informar porque escolheu esta consulta e qual o aspecto que
deseja discutir ou necessita ajuda.
d. Depois outros dos presentes poderão manifestar-se sempre com o objetivo de dizer o
que faria diferente.
ii. Quem se manifestar deve fazê-lo sempre com a ideia de “como faria diferente”.
2. Dinâmica da sessão:
a. - Começa com quem trouxe a gravação falando porque trouxe a entrevista, o que
pretende melhorar na entrevista e como se sentiu na consulta.
b. - O vídeo inicia e assim que a pessoa que trouxe a entrevista ou o coordenador
perceber algo que chama a atenção no vídeo, para a gravação e se discute o que se
está vendo, como a pessoa está se sentindo. A regra é que sempre que trouxe o vídeo
é quem fala primeiro.
c. - Depois o grupo assinala o que viu de positivo e faz perguntas a quem trouxe o vídeo.
d. - Depois o grupo aponta alternativas à situação, sempre falando a partir da experiência
de cada um (e não dando conselhos), como: “As vezes nessa situação me ajuda falar
tal coisa…”
3. O coordenador
Sempre há um coordenador que tem o papel de manter o clima de confiança do grupo, “proteger”
quem traz o vídeo, para que esse se sinta o mais cômodo possível, coordenar as falas, ir parando
a gravação e cuidar para o grupo não fugir do objetivo.
4. O vídeo
a. - Pode ser a gravação de uma consulta de rotina ou de algum caso que se tem alguma
dificuldade.
b. - No início é mais recomendado não trazer casos de grande dificuldade.
c. - É bom que o vídeo não seja gravado muito longe da data de sessão para que não se
esqueça as emoções da consulta
d. - Pode-se gravar um dia inteiro de consulta e depois escolher uma ou gravar de uma
pessoa específica.
5. A Câmera
Deve proporcional vídeo gravação com a qualidade especificada acima.
6. Termo de consentimento
- Sugestão de termo: em anexo.
- Pedir sempre antes da gravação, se possível gravar a pessoa assinando. Pode-se combinar
antes com uma pessoa específica que a próxima consulta será gravada, por exemplo.
- O ideal é perguntar de novo depois da entrevista se a pessoa ainda concorda com a gravação
- Cada um que grava é responsável por cuidar da sua gravação e proteger para que não seja
usado inapropriadamente (como cair no youtube, por exemplo)
- Importante deixar a pessoa à vontade para dizer não.

IMPORTANTE – Acordos do grupo:

- Quem for o responsável por trazer o vídeo, chegar mais cedo para preparar os equipamentos.
- Evitar chegar atrasado porque além de atrapalhar a sessão, a pessoa perde o início, que é
importante para a contextualização da entrevista