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Ian Stevenson dizia que a ciência evolui na medida dos funerais, ou seja, somente com a morte
daqueles que hoje estão trabalhando a ciência é que teremos os novos pensadores chegando.
Ainda confundimos mente com processo mental. Caso tenhamos uma lesão no cérebro que
comprometa minha capacidade de comunicação, não era ali que se encontra a capacidade de
comunicar, mas sim ali está o veículo onde eu manifesto, fisicamente, essa capacidade.
O sistema límbico é um conjunto de estrutura cerebrais que manifestam as emoções. As
amígdalas cerebrais expressam raiva, nervosismo. Caso se estimule a amígdala, tem-se
nervosismo, agitação, raiva. Mas, a questão é quem ou o que ativa a amígdala?
Assim, o processo de manifestação do cérebro, não é a mente, ou seja, a consciência e a
mente existem, independente do cérebro, mas o cérebro é quem as manifesta.
Amit Goswami é um físico quântico norte-americano e representante do dualismo, diz que a
consciência produz o cérebro, ou seja, vai contra o que Damásio disse, voltando ao
pensamento socrático (penso, logo existo). Assim temos que o cérebro obedece a mente e não
o contrário.
Nubor Orlando Facure é neurocirurgião e neurologista brasileiro, autor de muitos livros como
“Muito além dos neurônios”, diz que não há como justificar, através dos circuitos neuronais, a
nossa capacidade de aprender e criar ideias novas. A neurofisiologia nos mostra isso. Sabemos
como reagimos aos estímulos do meio, sabemos como os receptores funcionam, como os
estímulos vão até a medula, como ocorre o processamento na medula, como chega ao
cérebro, como o tálamo identifica cada informação, separando-as para as áreas corticais
especificas. A partir daí, quando chega no córtex, como isso se transforma em imagem (no
córtex occipital), som (no córtex temporal), como decidimos o que é bom ou ruim? Isso não
tem uma explicação fisiológica. Nossas experiencias sensoriais, de maneira geral, são ligadas à
experiencia que são subjetivas.
No que se apoia a ciência para mostrar que a mente e a consciência existem independente do
cérebro? Nas EQMs.
Peter Fenwick trabalhou com formas geométricas em cima dos aparelhos que ficavam nas
salas de emergência e pacientes com EQM relataram terem visto estas formas.
Essas EQMs mostram a dualidade entre cérebro/mente.
O cardiologista holandês Pim van Lommel publicou na The Lancet, em dezembro de 2001, um
trabalho sobre EQM. Ele fez um trabalho prospectivo, estudando pacientes que tiveram EQM e
os seguiu estudando.
Temos vários outros estudiosos de EQM, como Raymond Moody Jr que foi o primeiro a
descrever as EQMs; Melvin Morse, que descreveu EQMs em crianças.
Décio Iandoli Jr diz em seu livro A reencarnação como lei biológica, que quanto menor a
idade, maior a incidência de EQM, chegando a quase 80% nas crianças que apresentam morte
clínica.
Então, através dos estudos de EQM, temos que a consciência, a memória e a percepção não
estão no cérebro, uma vez que, mesmo sem o cérebro estando funcionando, os pacientes
tinham tudo isso.
Assim, se há consciência, há vida, o que nos remete ao dualismo.
Outra evidência dentro da neurociência é que a mente muda o cérebro, o que pode ser
visualizado com os aparelhos de neuroanatomia funcional, que permite ver áreas do cérebro
funcionando, conforme são ativadas.
Jeffrey Schwartz da Universidade da California, mostrou que indivíduos com TOC desenvolvem
um circuito neuronal, chamado de “circuito da teimosia”.
Deste modo, quando temos um distúrbio no circuito neuronal, o cérebro não funcionará
corretamente, não podendo se manifestar uma característica que existia antes, como falar,
lembrar, etc.
O Alzheimer provoca uma desorganização dos microtúbulos dos neurônios e isso, de algum
modo, acaba por desconectar o cérebro com a consciência, fazendo com que o paciente perca
a consciência de si mesmo.
A hipnose pode levar um paciente a produzir ferimentos espontâneos, mostrando que a mente
comanda o corpo. Outra grande evidência da mente comandando o corpo é o efeito placebo.
A epigenética também contribui com o dualismo e dois autores se destacam: Kazuo Murakami
e Bruce Lipton. Eles mostram como o meio ambiente influencia o gene dos animais.
Claude Bernard dizia que nossas células vivem dentro de um meio interno (ou mar interior) e,
ao mudar esse meio interno, as células mudam.
Kazuo Murakami no livro O código divino da vida fala que se você é otimista (positivo), você
gera alterações no meio interno que provoca a ativação de genes benéficos e a inativação de
genes maléficos. Temos, já identificados, mais de 88 oncogenes que podem ser ativados por
diversos fatores, incluindo nossa própria mente.
Candace Pert no livro Moléculas da Emoção, diz que os neurotransmissores, os
neuropeptídios e os hormônios, são mensageiros da mente para as células. Assim, aquilo que
sentimos e pensamos pode alterar nossas células e nossa economia celular e nossa fisiologia e
isso seria uma via de mão dupla, ou seja, nosso humor influencia as células bem como as
células influenciam nosso humor.
Hipócrates era dualista. Wilder Penfield, neurocientista, criador dos Homunculus sensoriais e
motores, também era dualista, assim como Charles Sherrington, médico e fisiologista; Richard
Gerber, autor do livro Medicina Vibracional; Michael Behe, autor de A caixa preta de Darwin;
Ian Stevenson, que estudou reencarnação; Jeffrey Satinover que fala sobre o cérebro
quântico; Mario Beauregard, neurocientista e autor de O cérebro espiritual; Jim Tucker,
psiquiatra, que estuda lembranças de vidas passadas, apesar de não acreditar nisso;
Nós temos que tratar o doente e não a doença, uma vez que o paradigma materialista veio
para tratar a doença e não o doente.