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QUIXADÁ – CEARÁ
2016
HAMILTON VICTOR DA SILVA JÚNIOR
QUIXADÁ – CEARÁ
2016
HAMILTON VICTOR DA SILVA JÚNIOR
BANCA EXAMINADORA
(Orientador)
Universidade Federal do Ceará - UFC
O deficiente uso das tecnologias digitais nas escolas pelos docentes é um fato apontado em
diversas pesquisas educacionais. Assim, este trabalho pretende relatar a implementação de
uma sequência didática através de um estudo de caso para avaliar de forma qualitativa o uso
das ferramentas computacionais no ensino de Física Moderna. A Relatividade Especial é
abordada com a utilização do recurso digital Scratch desenvolvido pelo MIT. O Scratch,
como objeto de aprendizagem, é inserido em uma atividade prática no laboratório de
informática, amparada pela Teoria da Aprendizagem Significativa de Ausubel e o
construcionismo de Papert. O estudo do impacto das Tecnologias Digitais da Informação e
Comunicação foi realizado com alunos do ensino médio de uma escola pública, através da
análise de respostas de questionários e de entrevistas individuais, após a aplicação do
conteúdo com uso das mídias. Esta investigação qualitativa pretendeu lançar algumas pistas
para a seguinte questão: "Será que a utilização das TDIC sobre tópicos de Física Moderna é
um recurso pedagógico útil para alunos do ensino médio, na compreensão da Relatividade
Especial?" Os resultados revelaram que se pode conseguir uma melhoria na aprendizagem
destes conceitos utilizando estratégias de ensino baseadas em recursos digitais. Sem
pretensões de generalizar os resultados, percebeu-se que a exploração de simulações digitais
pode facilitar a aprendizagem de noções importantes da Relatividade Especial, mais pelo
aspecto motivacional, sendo assim possível sua inserção no currículo do curso de Física no
ensino médio.
The deficient use of digital technologies in schools by teachers is a fact pointed out in various
educational researches. This paper intends to report on the implementation of a didactic
sequence through a case study to evaluate qualitatively the use of computational tools in
Modern Physics teaching. The Special Relativity is addressed using the digital resource
Scratch developed by MIT. Scratch such as learning object is inserted in a practical activity in
the computer lab, based on the Theory of Meaningful Learning of Ausubel and Papert's
Constructionism. The study of the impact of Information and Communication Digital
Technologies was carried out with students of the high school in a public school, through the
analysis of responses to questionnaires and individual interviews after the exploitation of
content with use of the media. This qualitative research aimed to open some clues to the
question: "Is the use of ICDT on Modern Physics topics is a useful educational resource for
high school students in understanding the Special Relativity?" The results revealed that you
can achieve an improvement in the learning of these concepts using teaching strategies based
on digital resources. Without generalizations of the results, it has observed that the
exploitation of digital simulations can facilitate the learning of important notions of relativity,
more by motivational aspect, therefore being possible its insertion in the Physics course
curriculum in high school.
1 INTRODUÇÃO.................................................................................................................... 12
1.1 IDENTIFICAÇÃO DO PROBLEMA ................................................................................... 12
1.2 OBJETIVOS .......................................................................................................................... 15
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ...................................................................................... 16
2.1 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA .............................................................................................. 16
2.1.1 O estudo da OCDE sobre a relação estudante, computador e aprendizagem................ 18
2.2 AS TECNOLOGIAS DIGITAIS DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO ...................... 20
2.1.1 Simulações ............................................................................................................................ 21
2.1.2 Objetos de aprendizagem .................................................................................................... 23
2.1.3 O uso do computador de forma construcionista ............................................................... 25
2.2 APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA .................................................................................. 28
2.2.1 A aprendizagem significativa e a aprendizagem mecânica .............................................. 30
2.2.2 Organizadores prévios em sala de aula.............................................................................. 31
2.3. A RELATIVIDADE ESPECIAL .......................................................................................... 34
3 METODOLOGIA ................................................................................................................ 40
3.1 COLETA DE DADOS........................................................................................................... 40
3.2 AMOSTRAGEM E O CAMPO ............................................................................................ 42
3.2.1 Os participantes ................................................................................................................... 42
3.2.2 O ambiente do campo de pesquisa ..................................................................................... 43
3.3 ETAPAS DA INTERVENÇÃO ............................................................................................ 44
3.3.1 Etapa 1: Aplicação do pré-teste e exibição do documentário .......................................... 45
3.3.2 Etapa 2: Aulas expositivas .................................................................................................. 47
3.3.3 Etapa 3: Atividade prática no laboratório ........................................................................ 50
3.3.4 O Scratch e o objeto de aprendizagem Experimentando a Relatividade Especial ........... 51
3.3.5 Experimento piloto .............................................................................................................. 53
4 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS ............................................................. 55
4.1 QUESTIONÁRIOS AVALIATIVOS E DE OPINIÃO ........................................................ 56
4.1.1 Questionário de opinião....................................................................................................... 60
4.2 ANÁLISE DAS ENTREVISTAS ......................................................................................... 62
4.2.1 Informática na escola: Objetos de aprendizagem e as TDIC........................................... 64
4.2.2 O Objeto de aprendizagem Experimentando a Relatividade Especial.............................. 67
4.2.3 Conceitos sobre a Relatividade Especial ............................................................................ 69
4.3 TRIANGULAÇÃO DOS DADOS ........................................................................................ 70
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS .............................................................................................. 73
REFERÊNCIAS ................................................................................................................... 76
APÊNDICES ........................................................................................................................ 81
APÊNDICE A – PRÉ-TESTE SOBRE OS CONHECIMENTOS PRÉVIOS. ..................... 82
APÊNDICE B – PÓS-TESTE E QUESTIONÁRIO DE OPINIÃO...................................... 83
APÊNDICE C – GUIA DA ENTREVISTA SEMIESTRUTURADA. ................................. 85
APÊNDICE D – TRANSCRIÇÕES DAS ENTREVISTAS. ................................................ 86
APÊNDICE E – GUIA DE RECOMENDAÇÕES AOS PROFESSORES. ....................... 129
12
1 INTRODUÇÃO
O ensino de Física nas escolas é de extrema importância, tendo em vista que esta
disciplina como ciência trouxe avanços revolucionários que perduram até os dias atuais. O
verdadeiro conhecimento dos fenômenos naturais e suas aplicações nas ferramentas
tecnológicas trazem a necessidade de uma aprendizagem significativa desta disciplina. Os
Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) defendem que a aquisição das competências
destinadas a esta disciplina promova uma percepção por parte dos alunos do ensino médio de
como ocorrem os fenômenos naturais que permeiam seu cotidiano. Com a compreensão de
suas leis e o uso da linguagem científica, almeja-se que os alunos entendam o significado
físico que está por trás de toda a tecnologia que permeia nossa sociedade.
Na busca de formar cidadãos conscientes e críticos, como preconizam os PCN
(BRASIL, 1999), faz-se necessário uma concreta reflexão sobre o currículo de Física que
deve ser empregado pelo professor em sala de aula. Quais conteúdos ensinar e de que forma
abordá-los para atingir tal objetivo?
Diante de uma sociedade que passa por uma crescente evolução tecnológica a
contextualização dos assuntos abordados durante o curso de Física no ensino médio pode ser
um bom começo. A abordagem da evolução histórica que a Física percorreu até se chegar ao
patamar de conhecimentos adquiridos de hoje, serve como instrumento para mostrar que a
Física não é uma ciência acabada.
O presente projeto traz em sua proposta, como recurso motivador para a pesquisa
a busca na assimilação de assuntos que se consideram ainda não perfeitamente esclarecidos no
meio acadêmico e profissional relativo ao ensino da física.
Primeiramente, é justamente na busca de cumprir o que recomenda os PCN
(BRASIL, 1999) que surgem os obstáculos com relação à proposta de currículo a ser seguida,
principalmente no aspecto de inserir os assuntos da Física Moderna (FM) no currículo de
Física.
Tal preocupação ao assunto é evidenciada por Nardi (2009), em sua pesquisa,
Dificuldades dos professores em introduzir a física moderna no ensino médio: a necessidade
de superação da racionalidade técnica nos processos formativos, considera que o problema
13
Alguns aspectos da chamada Física Moderna serão indispensáveis para permitir aos
jovens adquirir uma compreensão mais abrangente sobre como se constitui a
matéria, de forma a que tenham contato com diferentes e novos materiais, cristais
líquidos e lasers presentes nos utensílios tecnológicos, ou com o desenvolvimento
da eletrônica, dos circuitos integrados e dos microprocessadores. A compreensão
dos modelos para a constituição da matéria deve, ainda, incluir as interações no
núcleo dos átomos e os modelos que a ciência hoje propõe para um mundo povoado
de partículas. Mas será também indispensável ir mais além, aprendendo a identificar,
lidar e reconhecer as radiações e seus diferentes usos. Ou seja, o estudo da matéria e
radiação indica um tema capaz de organizar as competências relacionadas à
compreensão do mundo material microscópico. (BRASIL, 1999)
Esta ausência agravada pela carga horária reduzida, que impossibilita a sua
completa abordagem, ainda passa, atualmente, a não constar nos conteúdos programáticos
requisitados pelos exames de acesso as principais universidades, que tem como principal
veículo o Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM). O que dificulta ainda mais a sua
inclusão de forma mais incisiva pelo corpo docente das escolas.
Outro ponto a ser analisado neste trabalho diz respeito à utilização das
Tecnologias Digitais da Informação e Comunicação (TDIC) como ferramenta de auxílio do
professor no ambiente escolar. Sabe-se que atualmente a maioria das escolas públicas ou
particulares dispõe de diversos recursos digitais, onde damos destaque ao microcomputador
(PC), e também, mais precisamente, ao seu lugar de estadia, o tão conhecido laboratório de
informática. Mas apenas a aquisição de computadores e a disposição de um espaço adequado
para seu uso, não parece ser suficiente para praticar o que prediz a informática educativa e
14
Para que as TIC possam trazer alterações no processo educativo, no entanto, elas
precisam ser compreendidas e incorporadas pedagogicamente. Isso significa que é
preciso respeitar as especificidades do ensino e da própria tecnologia para poder
garantir que seu uso realmente faça diferença. Não basta usar a televisão ou o
computador, é preciso saber usar de forma pedagogicamente correta a tecnologia
escolhida. (KENSKI, 2007, p. 46)
parte de FMC sejam tão difíceis de assimilação em relação a outros assuntos relacionados
pela Física Clássica.
1.2 OBJETIVOS
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
a FMC deve ser tratada no EM para que o aluno consiga compreender as notícias
que são veiculadas nas diversas formas de divulgação e para que o interesse pela
história da física, bem como dos seus processos internos seja despertado. Se por
outro lado, assumimos que a divulgação científica tem alcançado seu objetivo – o de
informar à população sobre o que têm ocorrido na comunidade científica – ainda
assim uma reavaliação curricular se faz necessária. Estando instituído o
descompasso entre o que é de conhecimento geral e é ensinado na escola, não se
justifica mais a predominância exclusiva da Física Clássica no EM. A legitimidade
do ensino de física no EM seria questionada. Ensinar uma física “ultrapassada”,
enquanto os alunos já conhecem a recente não parece uma postura coerente do
ensino de Física. (pág. 15)
Outro fator preponderante que justifica o prosseguimento deste projeto é o que foi
apontado na pesquisa de Luz (2013), Reflexões sobre Propostas de Ensino de Física Moderna
e Contemporânea para o Ensino Médio, onde, por meio de uma pesquisa nos artigos dos
Encontros de Pesquisas em Ensino de Física dos anos de 2010, 2008 e 2006 veio constatar
que poucos trabalhos são direcionados para aplicação do ensino efetivo da FMC em sala de
aula, conforme mostrada na Tabela 1. Ou seja, de 39 trabalhos que abordam o tema da FMC,
apenas 8, são de propostas testadas em sala de aula.
que o uso destas ferramentas, com relação às outras linhas de pesquisa é pouco estudado pelos
alunos, que neste caso são em sua maioria, docentes do Ensino Básico.
Tabela 2 - Percentual de trabalhos que evidenciam as TIC no ensino das ciências nos
anos de 2012 e 2013.
Tal constatação serve para ampliar nossas questões de pesquisa. Será que o uso
das TDIC realmente melhora o rendimento dos alunos no ambiente escolar? Afinal, os países
do leste da Ásia, os quais foram mais comedidos quanto ao uso das TDIC, estão entre os
melhores nos teste de avaliação de aprendizagem. A justificativa está no fato de que a
tecnologia pode, em algum momento, ser uma distração e fazer com que alunos construam
respostas já feitas nas lições de casa, como resultado do que copiam da internet. (OCDE,
2015).
Segundo os resultados da pesquisa, nos estudos mais rigorosos não mostram os
efeitos dos investimentos em computadores no desempenho de aspectos não digitais dos
estudantes como em leitura e matemática. Eles afirmam que,
Embora haja pouca evidência credível sobre esta questão, os resultados positivos são
limitados a determinados contextos e certos usos das TIC. Estes resultados positivos
são inclusos quando o software de computador ou conexões com a Internet ajudam
a aumentar o tempo e a prática de estudo, ou permitir que os professores
proporcionem oportunidades de aprendizagem ideais para os alunos, nas quais os
alunos assumem o controle sobre sua própria aprendizagem e aprendem de forma
colaborativa. (OECD, 2015, p. 3, tradução nossa).
fazer mais mal do que bem para as interações entre estudantes e professores.” (OCDE, 2015,
p. 3, tradução nossa).
Desta forma, fica mais evidente, que não basta apenas investir em máquinas. É
preciso capacitar quem opera e utiliza as mesmas. A forma de como a tecnologia vai ser
relacionada com o currículo torna-se fundamental para alcançar os objetivos de
aprendizagem. E isto é reforçado quando a conclusão do trabalho é dita pelos autores.
O que isto mostra é que a integração bem sucedida das tecnologias na educação não
é tanto uma questão de escolher o dispositivo correto, a quantidade certa de tempo
para gastar com ele, o melhor software ou o livro digital correto. Os elementos-
chave para o sucesso são os professores, dirigentes escolares e outros tomadores de
decisão que tenham a visão e a capacidade, para fazer a ligação entre os estudantes,
computadores e aprendizagem.(OECD, 2015, p 191, tradução nossa).
Com um simples passeio pelo corredor da escola durante o intervalo entre aulas, é
evidente, como o uso das Tecnologias Digitais da Informação e Comunicação (TDIC) está
inserido de forma ativa na vida cotidiana dos alunos. Na era de smartphones, tablets, entre
outros, a familiaridade dos alunos com esses dispositivos, até mesmo dos mais jovens, remete
a pensarmos na inserção de forma planejada das TDIC no processo de aprendizagem na
escola. Daí surge a seguinte questão: como inserir as tecnologias no processo de
aprendizagem de forma eficiente e significativa?
Kenski (2007) afirma que
2.1.1 Simulações
Além dos vídeos, destacamos neste trabalho o uso do computador para acesso a
simulações e animações de experimentos físicos. Eivazian (1995, p. 17 apud COX, 2008, p.
36) define que
[...] o computador passa a ser uma máquina para ser ensinada, propiciando
condições para o aluno descrever a resolução de problemas, usando linguagens de
programação, refletir sobre os resultados obtidos, depurar suas ideias por intermédio
da busca de novos conteúdos e novas estratégias. [...] A construção do conhecimento
que advém do fato de o aluno ter de buscar novos conteúdos e estratégias para
incrementar o nível de conhecimento que já dispõe sobre o assunto que está sendo
tratado via computador (VALENTE, 1999, p. 3).
princípios de liberdade e autonomia. De acordo com Papert (1988) o sujeito apenas irá
construir seu conhecimento, por meio de suas descobertas, elaborando e reelaborando as
situações e problemas. No processo de reflexão do aluno para a superação do estado de
desequilíbrio que pode ser ocasionado, ocorre a construção de novas estruturas cognitivas,
sempre em um nível de conhecimento superior ao que o mesmo tinha antes da atividade
proposta (VALENTE 1999).
No construcionismo, o professor desempenha a função de mediador ou facilitador,
dirigindo as atividades para que cada aprendiz prossiga na construção do seu conhecimento.
Assim, o aprendiz, utilizando-se do computador, interage por meio das intervenções e
interações com o professor (facilitador), possibilitando uma aprendizagem significativa.
Papert (1994) aponta que a didática oferece métodos que podem tornar o professor
mais hábil na “arte de ensinar”, porém não se encontra qualquer destaque sobre como
compreender o próprio processo de aprendizagem.
Tal apontamento acima demonstra que os estudos acerca do processo de ensino e
aprendizagem tendem mais para o lado do professor. A preocupação exacerbada com uma boa
didática transmite que o professor deve sempre está na ponta do processo educativo sendo
sempre necessária a aquisição de habilidades que produzam um ensino eficaz. Ao aluno, é
necessário somente seguir passivamente no decorrer do processo de aprendizagem (PAPERT,
1994).
durante a prática docente, o que possibilitou uma visão mais reflexiva e crítica daqueles
pesquisadores que primam por esta teoria e seus pressupostos.
Os princípios da aprendizagem significativa trazem inúmeras possibilidades de
aplicação no ensino de Física e de outros saberes colaborando para o ganho cognitivo efetivo
do estudante e, de fato, para o alcance do verdadeiro ideário do professor que é o de contribuir
para a formação de seus alunos (MOREIRA, 2006).
No âmbito do ensino de Física, particularmente, a aprendizagem significativa
proporciona, para os professores e para os alunos, a possibilidade de contextualização dos
conhecimentos científicos, promovendo, assim, um aprendizado mais efetivo, capaz de tornar
o indivíduo um sujeito apto a construir sua própria formação.
A teoria de Ausubel tem como um de seus princípios que o fator mais importante
para que ocorra a aprendizagem é partir do que o aluno já sabe. Assim, segundo o próprio
Ausubel, “se tivesse que reduzir toda a psicologia educacional a um só principio, diria o
seguinte: o fator isolado mais importante que influencia a aprendizagem é aquilo que o
aprendiz já sabe. Averigue isso e ensine-o de acordo”. (1978, p. 4, apud MOREIRA, 2006, p.
13),
Desta forma, ele deixa evidente que cabe ao professor buscar e traçar o seu
planejamento de acordo com os conhecimentos prévios já incorporados no sistema cognitivo
dos alunos. Este princípio se adéqua a este trabalho, pois foram averiguados quais os
conhecimentos necessários que os alunos deveriam possuir acerca da mecânica clássica, para
que se pudesse inserir as novas informações da Relatividade Especial afim de que se
incorporassem de forma significativa.
A estes conhecimentos intrínsecos que cada aprendiz dispõe, Ausubel denominou
de subsunçores. De acordo com Moreira (2006, p. 15), “o ‘subsunçor’ é um conceito, uma
idéia, uma proposição já existente na estrutura cognitiva, capaz de servir de ‘ancoradouro’ a
uma nova informação de modo que esta adquira, assim, significado para o indivíduo”.
Foi justamente, com base neste conceito de subsunçor que se averiguou e revisou-
se os conceitos de velocidade, referencial inercial, tempo e comprimento com os alunos, na
tentativa de ancorar nestes conceitos os postulados da TRE.
Além dos conhecimentos prévios que cada aluno deve possuir para a assimilação
de novos conteúdos a teoria de Ausubel prediz que dois outros fatores são essenciais para a
ocorrência da aprendizagem significativa. Primeiramente, é que o material a ser lecionado
seja potencialmente significativo para o aprendiz, ou seja, ele seja incorporável a sua estrutura
30
Aprendizagem
Significativa
Aliás, este não é o papel primordial da educação. Espera-se que o aprendiz relacione de forma
substantiva, não memorizada, os materiais estudados na escola ao seu sistema cognitivo.
Assim, aprender significativamente caracteriza-se por uma interação com aquilo que o aluno
já sabe, facilitando sua retenção mais duradoura e possibilitando a transferência dessa
aprendizagem por parte do aluno em situações diversas e mais complexas e diferenciadas.
A aprendizagem significativa pode ocorrer por recepção ou por descoberta. O que
não deve ser confundido por mecânica e significativa, respectivamente, pois segundo Ausubel
Aprendizagem
por
por
recepção
descorberta
conteúdos de acordo com o conhecimento prévio do aluno. Tarefa esta que não é fácil. Guiar
a aprendizagem, sobretudo, pela ótica receptiva, promover exercícios de revisão e
consolidação do conteúdo e fazer avaliações da aprendizagem. (PONTES NETO, 2006).
Todo esse planejamento deve ser baseado nos conhecimentos prévios já
adquiridos pelos alunos. A grande problemática ocorre quando estes conhecimentos, ou seja,
os subsunçores necessários não estão contidos no sistema cognitivo do aprendiz. Por
conseguinte, a solução proposta por Ausubel é fazer uso do que ele denominou de
“organizadores prévios” (MOREIRA, 2006).
MOREIRA, 2006, p. 36) “a ocorrência desse processo uma ou mais vezes leva a uma
diferenciação progressiva do conceito subsunçor”.
Como exemplo, tem-se o conceito de tempo, existente em cada pessoa, que pode
sofrer modificações quando em contato com os principais aspectos da TRE. O subsunçor que
estabelece o conceito de tempo pode sofrer mudanças, ou seja, em determinadas situações ele
vai passar por uma diferenciação, de um caráter anteriormente absoluto para uma dimensão
relativa.
O uso da diferenciação progressiva pode ser encarado como uma estratégia de
programação do curso, onde os conceitos mais importantes do assunto estudado devem ser
expostos na fase inicial do curso e logo mais progressivamente diferenciadas a medidas que
detalhes e especificações são vistos em sala. Isto pode ser verificado segundo as hipóteses de
Ausubel onde afirma:
O professor deve estar atento quando surgirem conceitos que sejam contrários aos
já admitidos e aprendidos pelo aluno. Com o uso do recurso da reconciliação integrativa
quando um determinado conceito for contrário ou estranho ao já sedimentado, Moreira
(2006), alerta que
o aluno poderá descartar uma nova proposição como válida ou isolá-la do que já
aprendeu ou, ainda, buscar uma reconciliação integrativa sob um subsunçor mais
inclusivo. O princípio da reconciliação integrativa visa facilitar essa última solução e
organizadores podem, por sua vez, contribuir para isso. (pág. 174)
por um processo evolutivo que está em constante mudança. A descrição dos movimentos feita
pelo filósofo Aristóteles perduraram por cerca de vinte séculos e tinham um caráter filosófico
diferente do método científico atualmente vigente.
Tais mudanças no modo de fazer ciência só passaram a serem questionados por
Galileu Galilei e seus contemporâneos por volta do século XVI e XVII, onde começaram a
tratar os fenômenos físicos em um contexto matemático. Foi justamente Galileu que passou a
utilizar a relatividade dos movimentos estabelecendo o princípio da independência dos
movimentos. Galileu com suas transformações passou a analisar o movimento relativo dos
corpos em diferentes diferenciais.
Foi justamente os trabalhos de Galileu sobre o movimento relativo dos corpos que
impulsionou o então jovem cientista inglês Isaac Newton a compor o mais importante
trabalho que subsidiou toda a Mecânica Clássica. Seu trabalho intitulado, Os Princípios
Matemáticos da Filosofia Natural, fornece a base de toda a Física e trás definições
importantes quanto as grandezas tempo, espaço, massa e energia. As idéias postas nos
trabalhos de Newton permaneceram soberanas durante quase dois séculos e vigoraram no
controle do entendimento do mundo macroscópico.
Diante de vários aspectos da TRE de Einstein, por motivo de adequarmos o
conteúdo deste projeto ao programa de mecânica, alguns tópicos, como os relacionados a
simultaneidade de Einstein não serão abordados de forma enfática. Reserva-se em apresentar
apenas os tópicos de Dilatação do tempo, a contração do espaço e o significado qualitativo da
equação E=mc2.
Após comentarmos de forma resumida a história do movimento considera-se
oportuno falar de alguns pontos com relação a relatividade proposta por Galileu. Tal
abordagem é devida a necessidade de se mostrar aos alunos que, embora a TRE de Einstein
tenha sido revolucionária, alguns aspectos desta teoria já haviam sido discutidos, tanto por
Galileu como também por Isaac Newton.
A relatividade proposta por Galileu é bem conhecida quando se observa dois
carros que se movimentam na mesma direção, porém em sentidos opostos. Neste caso, o
módulo da velocidade relativa a um observador dentro de um dos carros, é dado pela soma
dos módulos das respectivas velocidades. Contudo, se este mesmo raciocínio fosse utilizado
para dois feixes de luz em vez de dois carros, que possuem uma velocidade aproximada de
300.000km/s, o método utilizado para calcular a velocidade relativa a uma das fontes
emissora dos feixes não seria correto. Este resultado foi consequência de um dos
36
referencial inercial.
TRE. Uma das consequências diretas foi o fenômeno da dilatação do tempo. Para percebê-lo,
imagine que de alguma forma seja possível visualizar um raio de luz saindo de uma fonte e
refletindo no teto de um vagão de trem. Parado no referencial do trem você mede o tempo de
ida e volta do fóton de luz conforme a Figura 3. Sabendo-se a distância da fonte ao espelho é
possível obter a velocidade do fóton que viaja no seu referencial e relacionar com o tempo
Para o observador dentro do trem, o tempo medido será o mesmo, tanto para o
trem em repouso em relação ao referencial terra, ou quando o trem estiver em movimento
retilíneo uniforme. Supondo-se agora que um observador em pé em outro referencial inercial
(Terra) observa o trem passando à sua frente no momento que o feixe de luz sai da fonte
reflete no espelho e volta. O fenômeno se passa de maneira totalmente diferente pois o mesmo
não vê um movimento do feixe apenas de cima para baixo, mas conforme é esquematizado na
Figura 4.
Para o observador em pé, parado na Terra o feixe de luz percorre uma distância
maior. E este efeito é mais evidente quanto maior for a velocidade v do trem comparado a
velocidade da luz.
Na Figura 4, o triângulo retângulo destacado mostra três distâncias onde ct é a
hipotenusa e vt e d são os catetos. De acordo com a Equação (1) temos que . Assim,
utilizando um teorema da geometria muito conhecido entre os estudantes, o teorema de
Pitágoras, temos a seguinte relação entre os dois tempos medidos entre os dois observadores
em seus diferentes referenciais:
é sempre maior que 1 para qualquer velocidade v maior do que zero. Sem este
Embora este fenômeno já tivesse sido percebido por outros cientistas da época,
Einstein percebeu que o que sofre a contração é o próprio espaço, diferente de outros que
pensavam ser a própria matéria que sofria tal contração. A expressão que mostra a relação
entre o comprimento próprio e o comprimento relativo é dado pela Equação (4):
Outro aspecto abordado em sala da TRE, que englobam esta pesquisa, foram os
conceitos relacionados à famosa equação , na qual prediz que a quantidade de
energia E está relacionada à quantidade de massa inercial m. Nesta expressão o fator atua
como fator de conversão entre as grandezas. De uma forma qualitativa (não deduzimos a
equação para os alunos) apontamos as implicações desta expressão. A energia nuclear, o
brilho das estrelas e outros aspectos foram destacados.
Na seção seguinte é feita uma descrição da metodologia empregada neste
trabalho, onde os o métodos de coleta e outros procedimentos serão detalhados.
40
3 METODOLOGIA
Vale ressaltar que neste estudo procura-se verificar a seguinte hipótese: O uso de
mídias digitais pode ser considerado como um recurso que promove uma aprendizagem
significativa na inclusão da TRE no ensino médio
Com uma abordagem qualitativa, esta pesquisa é perfeitamente definida conforme
o resumo feito por Bogdan e Biklen (1982, apud LÜDKE e ANDRE, 1986, p. 13), onde
afirmam que “a pesquisa qualitativa envolve a obtenção de dados descritivos, obtidos no
contato direto do pesquisador com a situação estudada, enfatiza mais o processo do que o
produto e se preocupa em retratar a perspectiva dos participantes”.
Embora traga uma subseção de natureza quantitativa, neste trabalho visa-se
levantar as opiniões e comportamentos da amostra a ser analisada (GIL, 2001). O formato
empregado para esta pesquisa de campo consiste em um estudo de caso, que é uma das formas
que a pesquisa qualitativa pode assumir.
O estudo de caso é uma modalidade de pesquisa que consiste no estudo
aprofundado de um ou poucos casos de forma bem pormenorizada. Segundo Yin (2001, p.
32), “o estudo de caso é uma investigação empírica que investiga um fen meno
contemporâneo dentro de seu contexto de vida real, especialmente quando os limites entre o
fenômeno e o contexto não estão claramente definidos”.
no estudo de caso utiliza-se sempre mais de uma técnica. Isso constitui um princípio
básico que não pode ser descartado. Obter dados mediante procedimentos diversos é
fundamental para garantir a qualidade dos resultados obtidos. Os resultados obtidos
no estudo de caso devem ser provenientes da convergência ou da divergência das
observações obtidas de diferentes procedimentos. Dessa maneira é que se torna
possível conferir validade ao estudo, evitando que ele fique subordinado à
subjetividade do pesquisador. (GIL, 2002, pág. 140).
Desta forma, foram elaborados questionários para investigar tanto a opinião dos
alunos a respeito das mídias, como também dos assuntos abordados sobre a TRE durante as
aulas. A vantagem de aplicação do questionário é a rapidez e a certeza de coleta de dados de
41
As várias técnicas convergem ao fato a ser estudado, sendo que para este estudo
apenas o relato obtido pelas observações participantes e a entrevista estruturada é que
serviram para alcançar os objetivos da pesquisa.
A amostra da qual os resultados foram obtidos e que serviram para a análise, tem
como participantes uma turma de alunos do ensino médio profissionalizante que cursavam a
disciplina de Física.
De acordo com as classificações dispostas na literatura, a seleção do tipo de
amostra para este estudo trata-se de uma amostra não probabilística, “pois não apresenta
fundamentação matemática ou estatística, dependendo unicamente de critérios do
pesquisador”. (GIL, 2001, pág. 91). Com isto, fez-se necessário uma delicada observância aos
resultados com relação a sua validade como pesquisa científica no tocante a generalizações.
3.2.1 Os participantes
dificuldades percorridas pela ciência para se chegar ao conhecimento atual, ele retrata a vida
cotidiana de um dos maiores gênios da Física. A exposição do documentário teve a duração
de 25 minutos (Figura 8).
A escolha deste recurso digital foi justificada pelo caráter diferencial que os
vídeos têm e na busca de despertar nos alunos uma pré-disposição para conhecer e aprender
sobre o tema. Haja vista que, segundo a teoria de Ausubel, a pré-disposição para aprender, por
parte do aluno, é vital para que ocorra a aprendizagem significativa.
Para Ausubel et al. (1980), se o aluno não quiser relacionar de forma substantiva o
novo conhecimento com algum subsunçor já existente em sua estrutura cognitiva, nem o
material com maior potencial significativo pode ajudar, ou seja, nada adiantará utilizar vídeos,
animações e computadores se os alunos não estiverem pré-dispostos a aprender determinado
assunto.
Por fim, para finalizar a primeira etapa da intervenção em sala, logo após a
exposição do vídeo, foi realizado um debate onde foram expostos um pouco da história da
concepção da Relatividade Especial e a razão do uso desta denominação mostrando as
diferenças entre a Relatividade Geral e a Restrita. Expusemos alguns aspectos biográficos
relevantes de Albert Einstein na idade com que estava na época, e sobre os artigos do ano
miraculoso de 1905, onde um deles recebeu o titulo de “Sobre a eletrodinâmica dos Corpos
em Movimento” em que ele propõe ideias físicas aplicáveis tanto à Mecânica quanto ao
47
Fonte: http://www.popa.com.br/_2008/cronicas/gps/funcionamento_do_gps.htm
50
Além do uso da ferramenta digital, foi dada aos alunos, como forma de roteiro de
atividades, uma folha de respostas impressa com questões para serem resolvidas com o uso do
51
OA. A impressão foi feita e distribuídas para que os alunos devolvessem ao professor para
depois serem analisadas conforme a Figura 15.
a) b)
c) d)
Fonte: Elaborada pelo autor.
53
O uso desta linguagem de programação, o Scratch, não foi utilizada para ensinar
aos alunos conceitos de programação. Nesta pesquisa usou-se o Scratch como um Objeto de
Aprendizagem já feito, com o único intuito de auxiliar na aprendizagem da Teoria da
Relatividade Especial (TRE). O professor-pesquisador apenas instruiu os alunos de como
explorar o objeto já pronto, na ânsia de buscar uma aprendizagem significativa do tema
proposto.
Daí surge o diferencial deste trabalho, haja vista que a ferramenta Scratch, em seu
âmago, tem a finalidade de introduzir os aprendizes ao mundo da programação de forma
lúdica, o que pode ser constatado em trabalhos anteriores como os de Batista et al. (2015),
Ramos e Teixeira (2015) e Rodriguez et al. (2015), todos publicados em anais do Workshop
de Informática na Escola.
é possuir uma estratégia analítica geral em primeiro lugar. O objetivo final disso é
tratar as evidências de uma maneira justa, produzir conclusões analíticas irrefutáveis
e eliminar interpretações alternativas. O papel da estratégia geral é ajudar o
pesquisador a escolher entre as diferentes técnicas e concluir, com sucesso, a fase
analítica da pesquisa. (pág. 133).
Para iniciar a análise dos dados coletados, traçou-se, como forma de situar o leitor
no aspecto cronológico da atuação no campo de pesquisa. A implementação da sequência
didática durou 15 dias, desde o primeiro encontro até a última etapa da aplicação, conforme o
Quadro 3.
56
do pós-teste e a décima questão do pré-teste (Figura 15) eram idênticas e foram repetidas para
verificar de forma mais rápida o conhecimento adquirido.
Surpreendentemente, a primeira questão do pós-teste (Figura 16) foi a que teve
menos acertos. Surpreendente, pois tanto na explanação do professor como no documentário
contido na sequência didática foi explicado o conceito diferencial do termo Especial e Geral
que permeia a Teoria da Relatividade de Einstein. Quanto às outras questões que foram
focadas nos conceitos centrais da TRE, os alunos apresentaram um bom resultado.
a) b)
Fonte: Elaborado pelo autor.
É preciso que se registre que na maior parte do processo foi conduzida sem
revelar aos alunos envolvidos que as aulas ministradas faziam parte de uma pesquisa de
campo. Somente no final de toda a sequência didática, na realização do questionário de
opinião, que o professor-pesquisador convidou os mesmos a responderem às questões aqui
analisadas como parte de uma pesquisa sobre a utilização das TDIC.
Vale ressaltar que toda a sequência didática proposta foi planejada com a
utilização das Tecnologias Digitais da Informação e Comunicação, TDIC, tanto quanto por
parte dos alunos, quando responderam os questionários e manipularam o OA, por parte do
professor, quando procurou explanar o assunto utilizando simulações, como também por parte
do pesquisador (o próprio professor), quando analisou as respostas coletadas através do
Google Forms de forma mais prática.
Tal constatação vem contribuir para a ideia da resistência por parte de alguns
professores sobre a utilização das TDIC como ferramenta para proporcionar atividades
práticas na Escola e utilizar a tecnologia disponível. Embora a escola possuísse excelentes
condições, em disciplinas do currículo do ensino médio, os professores da escola em questão,
não tinham o hábito de tal prática.
Quando perguntados sobre sua preferência entre as metodologias das aulas, que
utilizam o computador e as que não usam, 4 alunos informaram preferir as aulas tradicionais e
os demais afirmaram que a aula realizada com o uso de computadores era mais interessante.
Ah, porque é assim. Com o tempo vai cansando. Aquela coisa de sempre. O aluno
está em sala. Sempre está lá, em sala. Um quadro aqui. O computador é legal,
porque diversifica. É uma coisa diferente. Que a gente está lá mexendo, interagindo.
Então é assim, sempre, não é legal. É legal uma vez ou outra. Porque, sempre
também, o aluno fica mais relaxado e não presta muita atenção. É legal, exatamente,
isso. Diferente. O fato de a gente mudar a rotina. Não ser uma rotina. É isso. ( A3)
Eu acho que o computador. Porque a gente já tem um certo conhecimento, né, sobre
ele, assim. A gente se interessa mais. Também está utilizando no dia-a-dia. Porque,
65
às vezes, o professor, ele explica muita aula, assim, falando, falando. Aí eu não
entendo nada. A minha vontade é de ((ininteligível)). (A1)
Eu acho que a do computador, porque a gente não fica preso só a um livro. A gente
pode buscar outras maneiras, sabe, de entender o conteúdo, porque nem sempre você
lendo pelo livro, você irá entender o conteúdo. (A7)
Assim, utilizando o computador. Porque, assim, a maioria das aulas, geralmente, são
chatas, sempre a mesma coisa, só o professor falando. E o computador não, já é uma
coisa mais diferente. Ela chama mais a atenção. (A11)
É legal, só que se for muito extenso, assim, fica cansativo. Chega um momento que
fica muito cansativo. (A12)
Assim, no vídeo a ((ininteligível)) era muito grande. Aí dava aquele sono lá. Isso dá
para entender a história, só que pelo fato dele ser grande, no meio você se perde.
(A13)
PP: Qual é a sua opinião sobre isso? Sobre o professor trazer um vídeo para explicar
um assunto.
A14: Eu não sei. Eu não sei. Eu acho melhor o professor ensinando mesmo, do que
passar um vídeo.
PP: Por quê? O vídeo é chato? Dorme?
66
A14: É.
PP: Dorme?
A14: É meio tedioso assistir vídeo.
O vídeo exposto tinha a duração de 38 min e esta alegação negativa já era uma
preocupação prévia do professor. É tanto que a versão original tinha um tempo de duração de
1h 30 min e foi reduzido visando aproveitar os pontos mais importantes sobre o conteúdo.
Novamente caímos naquela situação onde apenas possuir a ferramenta não é suficiente, é
preciso que o professor tenha sensibilidade e saiba utilizá-la de forma eficiente.
Ainda com relação aos OA, utilizados na proposta, ficou constatado, segundo os
relatos, que nenhum aluno em todo seu curso de ensino médio naquela escola havia utilizado
ou lembrado do uso de simulações e animações durante as aulas com o propósito de explicar
fenômenos físicos ou em qualquer outra disciplina. Isto vai de encontro ao que defende
Eivazian (1995, p. 17 apud COX, 2008), Sales (2005), (CÓRDOVA et al, 1992) citados em
nosso referencial teórico. Entende-se perfeitamente que o uso excessivo e indiscriminado não
corresponde ao ideal, mas cabe ao docente saber do uso de tais aplicativos, e em quais
situações empregá-los. Quando perguntado a opinião sobre estes recursos eles responderam
do jeito mostrado em alguns trechos mais relevantes:
Outro recurso utilizado, que está inserido no seguimento das TDIC, foram os
formulários online da Google que os alunos utilizaram para responder o pré-teste, o pós-teste
e o questionário de opinião. Segundo Silva unior (2016, p.4) “trata-se de um questionário
virtual onde possui diversas formas de perguntas. Caixas de seleção, múltipla escolha,
subjetivas, e listas de respostas são os tipos de questões que podem ser criadas de acordo com
a necessidade do avaliador ou entrevistador”. Nenhum aluno havia utilizado este recurso em
formato de avaliação e nem relataram a utilização deste recurso por outro professor.
67
Sim, a historinha, né. É interessante. Não precisa (entender) não. A gente presta
atenção. A gente fica lendo. A gente vai querer saber como é que termina a
historinha. (A1)
Porque, vamos dizer assim. Os documentários falavam sobre aquilo ali. Começa
assim. Como ele passa muito rápido não da para a gente entender. Agora, aquele ali,
ele vai devagarzinho, ((ininteligível)). Que explica a história de Einstein, né. Ele
nasceu. O que foi que ele fez. Não seu o quê? E fica uma aula interessante, a
historinha. Que até eu até (queria ver mais) o desenhinho. (A1)
A animação interage, então, ela pergunta o seu nome. Ah, isso aqui é assim. Faz
isso. Aí, depois, a gente passa para o próximo passo. Por interagir, fica mais
interessante, porque parece, até mesmo, um jogo e não uma aula. (A3)
Observando estas três falas pode-se concluir que o caráter de interação entre o
computador e o aprendiz foi alcançado. Justamente o que define Sousa et al. (2012) sobre
uma das estratégias que devem ser visadas quando se propõe em construir um OA, a
estratégia da interatividade com a máquina. Os alunos relataram que o uso do OA ajudou na
compreensão do conteúdo. Outro fator considerado foi à questão da atividade ser diferente.
Segundo o aluno A10, este fator acaba motivando o estudante a aprender mais.
É neste comentário que conseguimos detectar a questão da predisposição do
aprendiz para aprender o novo conteúdo. Esta predisposição, segundo Ausubel, configura-se
como um dos pilares para se alcançar uma aprendizagem significativa.
Já na demonstraçãozinha lá, eu via como era, eu via em tempo real, assim, pelo
vídeo. Facilita mais, porque você não vai estar só lendo, você vai estar vendo como
é que funciona. (A5)
Eu achei que é uma forma melhor de explicar o conteúdo. Fica uma coisa mais
animada. (A6)
Bom, eu achei legal. Eu achei, como é que eu posso explicar, eu acho que nem
sempre a gente precisa ficar preso em uma só maneira, sabe. Da a gente ter outras
68
maneiras de estudar, entender. Aquela maneira foi muito útil, por que a gente foi
seguindo passo-a-passo e foi acompanhando o raciocínio e foi, sei lá, facilitou muito
o entendimento. (A7)
Além de ele ser uma coisa diferente, ao mesmo tempo quer conhecer, né, quero
saber, né, a gente aprendeu. Tinha o ((ininteligível)), todo. (A10)
Eu gostei dele. Ele tem aquelas historinhas, facilita entender. As animações ali.
(A11).
É legal, mas interativo. É bom. Eu prefiro a aula na sala, só que, de vez em quando,
mudar é bom. (A12)
Como eu já disse, esse tipo de coisa chama mais a atenção do aluno. Torna-se mais
interativo, para a maioria. Pelo menos falando da maioria. (A12)
É, assim, porque ele é bem explicativo. Tipo assim, ah, se você continuar, pressione
a seta. Aí você já vê a seta grande, sei lá. Você aperta. É bem fácil de manusear. Eu
acho que qualquer pessoa, assim, consegue. Até uma pessoa que não sabe mexer
com informática. Isso é bom. (A3)
Com relação à Questão 12, que perguntava sobre alguma mudança sobre o
Software a ser feita, à maioria avaliou que não era necessário fazer alterações. Somente os
alunos A15, A1, A8, A11 e A13 relataram sobre alguma mudança a ser feita no OA. Seguem
a seguir suas sugestões:
A15: Não, ser tirado não. Ela ficar um pouco mais lenta.
PP: Mas lenta?
A15: É.
PP: Por quê? É a questão da leitura, né?
A15: É.
PP: E o que é que tu achas, assim, que faltou ali, que poderia ter sido melhor
naquela animação, assim? Alguma sugestão?
A1: Mais animação. Mais história.
PP: Mais história?
Eu acho que poderia ter mais simulações, assim. Eu acho que um pouco mais
diferente. Se fosse possível. Foi tu que fez aquilo ali? (A8)
É, eu acho que só mais um design mesmo. (A11)
Opinião sobre ele? Eu gostei muito daquele programa. Só faltava mais exemplos,
porque só tinha um exemplo lá, ((ininteligível)) ao senhor. Tem um exemplo lá, da
nave. Só precisava ter mais exemplos, para aprofundar mais no assunto. Era isso.
(A13)
69
achando com uma nave espacial. Se eu estiver vendo de fora, como aquele exemplo
que o senhor passou. Se eu estiver do lado de fora, a nave vai ser comprimida,
porque houve uma variação dela. Ela vai fazendo assim, né. Esse eu estiver dentro
da nave não. Eu já não sinto aquilo. Então eu acho que ele quer mostrar para a gente,
como a relatividade, como ela dá tempo, como o que você está vendo, o que você
está observando, de como o tempo pode mudar, também de acordo com a variação
da luz, ou a até mesmo, de como você esteja. Eu acho que é isso, assim. (A3)
Quando chega na velocidade da luz, devido a ela ser uma velocidade muito alta,
quem está na velocidade da luz sofre uma dilatação, devido ao espaço temporal se
mudar, mudar. Tipo assim, quem está olhando não vai mudar, ele só vai ver uma
coisa distorcida. Já quem está dentro, o tempo vai ficar mais lento, assim, essas
coisas e vai se dilatar.(A5)
Sim, a mais famosa da física. É que a massa, ela se transforma em energia, e a
energia, ela pode se transformar em massa. Que é a parte da velocidade da luz ao
quadrado. Ou seja, uma quantidade de massa, ela pode se transformar em energia na
velocidade da luz. (A7)
Ela significa que a massa, vezes a velocidade da luz, ao quadrado, dá igual a medida.
Ou seja, a massa, um pouco de massa pode se transformar em muita energia. Como
nas bombas atômicas, ou nas usinas. (A8)
Que energia vai ser igual a massa, vezes a velocidade da luz, ao quadrado. Eu
entendi isso. Como a gente já utilizou muito essa fórmula, né. (A9)
Não, eu acho que eu entendo é que o tempo e a distância, eles são relativos. Foi isso.
(A11)
Foi. E que a velocidade da luz, ela é absoluta. (A11)
É como eu já falei, o que eu mais entendi, assim, sobre a teoria da relatividade, foi
que o tempo não é absoluto e que a distância e o tempo são relativos. Que antes, um
outro físico, ele dizia que o tempo era absoluto e Albert veio para mudar isso. Veio
para provar que era uma coisa totalmente diferente. (A12)
Que a energia é igual a massa vezes a velocidade da luz, ao contrário, ao quadrado.
Quando tem uma massa, ela recebe uma aceleração muito grande, ela se torna como
energia, se transforma em energia. (A12)
Embora as respostas dadas acima não contenham rigor científico, percebe-se que a
essência da teoria foi ancorada em subsunçores já contidos no cognitivo dos alunos. Falar
abertamente e de forma casual sobre termos científicos pode ser considerado uma forma de
avaliação diferente das quais eles não estavam acostumados no sistema escolar, mesmo ciente
que não se tratava de uma avaliação tradicional.
Primeiramente, destacamos que o uso das TDIC sempre é recebido com grande
entusiasmo pelos alunos. Isso ficou evidenciado, tanto no questionário de opinião (Figura 18)
como nas perguntas feitas durante a entrevista. Nesta última pôde-se evidenciar a aceitação
pelo fator diferencial que traz uma aula realizada no laboratório.
Em contrapartida deve-se ter consciência de que apenas a tecnologia não é
suficiente. Simplesmente levar os alunos para atividades com computadores não é o principal.
E esta constatação é evidenciada nos achados da pesquisa da OCDE (2015) e também na
teoria que estuda a interação entre aprendiz e computador proposta por Papert (1988), cujo
foco é o processo de assimilação e não o computador.
Relativamente ao OA Experimentando a Relativamente Especial, tanto o
questionário (Figura 18) como as entrevistas foram avaliados positivamente pelos alunos.
Destaca-se aqui a motivação percebida pelo professor durante o estudo de campo com relação
ao uso da ferramenta no laboratório. Essas evidências permitiram considerar como
respondida, umas das questões de pesquisa: avaliar o impacto do uso dos OA no ensino da
TRE.
Percebeu-se também que a aprendizagem da TRE, inserida nos tópicos de FMC,
não teve muita complicação como em outros assuntos da Física. As respostas da Questão 1
(Figura 17) procurou esclarecer justamente este ponto. Na observação percebeu-se que
tópicos como Estudo dos gases, Hidrostática trouxeram dificuldades de aprendizagem. E esta
constatação foi possível devido o pesquisador ter sido professor dos alunos durante todo o
semestre. Assim para este caso, ficou evidente que a inserção de tópicos de FMC dependeu
apenas da predisposição do professor.
Visando também, analisar o impacto da sequência proposta, em sua plenitude é
importante que neste momento se avalie a aprendizagem que ocorreu, se a utilização dos
Objetos de Aprendizagem é um recurso pedagógico útil na compreensão da TRE. Para isso
deve-se considerar os resultados advindos do pré-teste e do pós-teste. Segundo o resultado do
pré-teste, com foco nas questões relativas à TRE o resultado foi satisfatório. Estes melhores
desempenhos dos alunos sujeitos ao estudo mostram que os recursos digitais são recursos
pedagógicos que podem aumentar a atratividade das aulas e estimular a aprendizagem dos
alunos.
Para finalizar nossa análise faz-se necessário, como trabalho científico a que este
se propõe, destaca-se que a validade externa neste estudo está ameaçada por alguns aspectos a
serem considerados:
72
a) O fato de as entrevistas serem realizada com uma amostra com esta dimensão
(16 alunos) pode não ser representativa o que limita as generalizações das
conclusões em poder fornecer bons indícios;
b) O impacto do uso dos Objetos de Aprendizagem pode variar bastante, dado que
depende do aluno, da sua motivação, do seu entusiasmo e de outros fatores;
c) Os resultados obtidos podem ter sido influenciados pelo fato dos alunos
estarem cansados, considerando que estas aulas foram ministradas no final do
semestre letivo;
d) O desempenho dos alunos pode ser influenciado pelo empenho, motivação e
expectativa demonstrados pelo pesquisador, que poderá influenciar os
resultados, de forma a não se poderem generalizar;
e) O fato do ensino com objetos de aprendizagem ser novidade pode conduzir a
uma motivação acrescida nos alunos, podendo os resultados não ser atribuíveis
apenas ao efeito do uso das TDIC mas também à novidade.
73
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
maior aprofundamento, tanto teórico, quanto através de pesquisas de campo. Novos estudos
podem trazer ganhos a este campo de pesquisa, que ainda está em busca de encontrar as
melhores estratégias para utilizar os instrumentos digitais. Em trabalhos posteriores,
procuraremos aprofundar essas discussões.
76
REFERÊNCIAS
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2002.
________. Métodos e técnicas de pesquisa social. 6. ed. São Paulo, SP: Atlas, 2008.
KNIGHT, Randall. Física: uma abordagem estratégica. 2. ed. Porto Alegre, RS: Bookman,
2009. v. 4.
77
LUZ, W. Manço e HIGA, Ivanilda. Reflexões sobre propostas de ensino de física moderna e
contemporânea para o ensino médio. In: SIMPÓSIO NACIONAL DE ENSINO DE FÍSICA,
20.,2013. Anais eletrônicos... São Paulo, SP: SBF, 2013. Disponível em:
<http://www.sbf1.sbfisica.org.br/eventos/snef/xx/sys/resumos/T0823-1.pdf>. Acesso em: 25
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MACEDO, José Antunes, PEDROSO, Luciano Soares, VOELSKE, M. R.. Levantamento das
abordagens e tendências dos trabalhos sobre as tecnologias de informação e comunicação
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de Física, v. 31, n. 1, p. 167-197, abr. 2014. Disponível em:
<https://periodicos.ufsc.br/index.php/fisica/article/view/2175-7941.2014v31n1p167>. Acesso
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MARJI, Majed. Aprenda a programar com Scratch. São Paulo, SP: Novatec, 2014.
MARTINS, G. A. Estudo de caso: Uma Estratégia de Pesquisa. 2. ed. São Paulo, SP: Atlas,
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____________. Logo: computadores e educação. 3. ed. São Paulo, SP: Brasiliense, 1988.
RIBEIRO, Danilo Chagas. Como funciona o sistema GPS. Popa.com.br. Porto Alegre, RS,
008. Seção crônicas. Disponível em:
<http://www.popa.com.br/_2008/cronicas/gps/funcionamento_do_gps.htm>. Acesso em: 01
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WILEY, D. A. Learning object design and sequencing theory. 2000. 142 f. Doctoral
dissertation. Department of Instructional Psychology and Technology, Doctoral of Psycholoy
of Education. Brigham Young University. 2000. Disponível em:
<https://opencontent.org/docs/dissertation.pdf>. Acesso em: 01 jan. 2015.
YIN, Robert K.. Pesquisa qualitativa do início ao fim. Porto Alegre, RS: Penso, 2016.
(Série Métodos de Pesquisa).
APÊNDICES
82
Leia as afirmações abaixo e verifique se elas estão ERRADAS ou CORRETAS. Se desconhecer totalmente
o conteúdo da afirmação marque NÂO SEI.
2) Um observador parado na calçada ver um ônibus passar por ele com uma velocidade de 60 km/h. Dentro do
mesmo ônibus um passageiro caminha no mesmo sentido do movimento do ônibus com velocidade de 5 km/h. O
observador logo conclui que a velocidade do passageiro em relação ao seu referencial (calçada) é 65 km/h.
( ) Correta ( ) Errada ( ) Não sei
3) A luz visível pode ser considerada fisicamente como uma onda eletromagnética.
( ) Correta ( ) Errada ( ) Não sei
4) O tempo é uma grandeza física definidamente absoluta (sua medida é invariante seja qual for o referencial).
Este fato foi evidenciado pela teoria da Relatividade.
( ) Correta ( ) Errada ( ) Não sei
5) Um referencial inercial é aquele que possui velocidade constante, ou seja, não possui aceleração, um
referencial não acelerado.
( ) Correta ( ) Errada ( ) Não sei
7) Um corpo de massa muito pequena pode atingir velocidades maiores que à da luz.
( ) Correta ( ) Errada ( ) Não sei
8) A massa aferida de um corpo em repouso aumenta à medida que sua velocidade se aproxima da velocidade da
luz no vácuo. *
( ) Correta ( ) Errada ( ) Não sei
9) Uma das consequências marcantes da teoria da Relatividade Restrita, de Albert Einstein é que o comprimento
dos corpos se contrai no sentido do movimento. *
( ) Correta ( ) Errada ( ) Não sei
10) A equação E = mc2 expressa o princípio da equivalência massa-energia. Ou seja, que as grandezas massa e
energia são a mesma coisa. *
( ) Correta ( ) Errada ( ) Não sei
IDENTIFICAÇÃO
Por favor, neste tópico insira seus dados.
Sexo? *
( ) Masculino ( ) Feminino
83
Analise cada uma das afirmações abaixo e marque a opção de acordo com seus conhecimentos.
Procure ser sincero em suas respostas.
1) A Relatividade Especial ou Restrita só é válida para corpos em movimento com velocidade constante.
Correta
Errada
2) A luz visível pode ser considerada fisicamente como uma onda eletromagnética.
Correta
Errada
3) O tempo é uma grandeza física definidamente absoluta (sua medida é invariante seja qual for o referencial).
Este fato foi evidenciado pela teoria da Relatividade.
Correta
Errada
4) A velocidade da luz possui um valor finito de aproximadamente 300.000 km/s e alguns corpos com massa
podem adquirir velocidade maior que este valor.
Correta.
Errada.
5) Uma das consequências marcantes da teoria da Relatividade Restrita, de Albert Einstein é que o comprimento
dos corpos se contrai para um observador que está em movimento relativo a esse corpo.
Correta
Errada
6) A equação E = mc2, considerada como uma das equações mais importantes da Física, expressa o princípio da
equivalência massa-energia.
Correta
Errada
OPINIÃO
Expresse com sinceridade sua opinião sobre o Ensino da Relatividade Especial e o uso de Tecnologias Digitais.
Muito difícil
Difícil
Fácil
Muito Fácil
84
2) Você acha que o uso de tecnologias digitais (computador, simulações, softwares, vídeos, etc.) facilita o
entendimento da Física.
Não facilita
Tanto faz
Facilita
Facilita muito
3) A atividade prática com o uso SCRATCH no computador é relevante para o aprendizado da Relatividade?
Não relevante
Pouco relevante
Tanto faz
Relevante
Muito relevante
4) Com relação as atividades práticas realizadas com os computadores do Laboratório, você costuma utilizar,
considerando todas as disciplinas, este tipo de atividade durante o ano letivo?
Nunca
Poucas vezes
Mais ou menos
Quase sempre
Sempre
5) Dê sua opinião no que diz respeito às aulas apresentadas pelo professor de uma forma geral, englobando os 3
encontros.
Excelentes
Muito boa
Mais ou menos
Regular
Muito ruim
85
GUIA DE ENTREVISTA
1) Em que situações você já usou o computador na escola, por indicação dos professores?
2) Compare uma aula em que você utiliza o computador com uma aula tradicional. Qual a
que lhe cativa mais?Por quê?
3) Faça um pequeno comentário sobre o que lhe agradou mais e o que lhe agradou menos,
nas três aulas sobre relatividade?
5) Com que frequência seus professores, qualquer que seja a disciplina, utiliza animações ou
simulações digitais em suas aulas como demonstração? O que você acha destas ferramentas?
6) As animações usadas para demonstração sobre relatividade, como foram úteis ao seu
aprendizado?Por quê?
7) Quanto aos questionários online. Você já utilizou como prova em alguma disciplina?O
que achou sobre eles?
10) Quanto ao programa Scratch sobre Relatividade, ele foi útil para você? Por quê?
12) O que você acha que faltou ou poderia ser mudado na animação com Scratch?
Relatividade Especial
Legenda
A1 - 2016-06-02_07'40'15'
PP: Mas vamos lá. Ó, aqui na escola, né. Em que situação tu já usaste computador aqui, por indicação de outros
professores? Sem ser matéria de informática e sim, matérias comuns. Teve algum, ou não teve?
A1: Só para trabalhar com (Proteus), mas nós não temos ideia (relacionada). Teve uma eletrônica básica e
((ininteligível)). Mas não outra coisa.
PP: Então a matéria é técnica, né? Essa matéria do ensino médio não?
A1: Não.
PP: Uhum. Então se fosse para comparar, assim, uma aula que tu utilizas o computador e uma aula tradicional,
né. O professor lá. Qual é a que te cativa mais, assim?
A1: Eu acho que o computador. Porque a gente já tem um certo conhecimento, né, sobre ele, assim. A gente se
interessa mais. Também está utilizando no dia-a-dia. Porque, às vezes, o professor, ele explica muita aula, assim,
falando, falando. Aí eu não entendo nada. A minha vontade é de ((ininteligível)).
PP: Ahãm. Então assim. Faça um pequeno comentário sobre o que lhe agradou mais, ou o que lhe agradou
menos, assim, naquelas três aulas que a gente teve, sobre relatividade.
A1: Foi mais prática. Foi mais prática. O professor falava, falava, falava na sala de aula. Aí lá não. O senhor
falava, explicava, dava exemplo e aí a gente resolvia lá. Tem uns pontinhos bem ligeirinhos, sabe. Salvava e
pronto.
PP: Uhum. E o que que tu achas, assim, sobre a exposição de vídeos? Documentários, assim, para
aprendizagem? Em especifico, assim de física? Você acha que?
A1: Documentários, assim. Os Documentários são bons. Só que a gente tem ((ininteligível)) assim, um
((ininteligível)), um Documentários, porque a gente começa, está bom. A gente estuda, mas quando é no final do
vídeo, não escuta mais nada. Isso aí, sinceramente, porque eu não presto muita atenção em documentário não.
PP: Dorme, né? Dorme, né?
A1: Não, é porque ((ininteligível)), mas para a gente ver uma hora de comentário, dá uma agonia. Documentário
é bom, desde que seja pequeno. Entendeu? Vi também, mas não é bom não. Mais de 40 minutos.
PP: Uhum. Certo. Então, com que frequência os seus professores, qualquer que seja a disciplina, utiliza
animações, simulações digitais, em suas aulas?
A1: Só ((ininteligível)) que. Não.
PP: Não. Não, assim, nas aulas de ensino médio, assim.
A1: De ensino médio. Qualquer uma?
PP: De física, particularmente.
A1: Como é? Eu não entendi.
PP: Em física.
A1: Em física.
87
PP: Foi?
A1: Foi usado o critério de concordância, né. Mas é isso aí.
PP: Não. O tempo daquela prática lá?
A1: Sim, por causa disso que a gente falou. Deu para entender.
PP: E o que é que tu achas, assim, que faltou ali, que poderia ter sido melhor naquela animação, assim? Alguma
sugestão?
A1: Mais animação. Mais história.
PP: Mais história?
A1: Foi pequenininha, a história.
PP: Ah, tem que ser maior, né?
A1: É, tem que ser maior, a história.
PP: Pronto. Agora uma questão mais sobre o assunto, né. Não sei se você lembra, né? O que que diz a teoria da
relatividade, assim? O que entendeu? O que diz?
A1: Ah, eu não sei explicar não.
PP: Nada, nada, nada?
A1: Não, não sei explicar não.
PP: Nem um pouco, assim? O que que tu entendeste disso tudo aí? Resumindo tudo?
A1: Ah, eu não sei explicar não. É tanta coisa. Eu não sei não.
PP: Mas se fosse definir, em poucas palavras, assim. Relatividade é um negócio assim, assim e assim. Teria
como?
A1: Não sei explicar não, professor. Só não sei.
PP: E a dilatação temporal? Que é uma coisa lá, da relatividade? Tem ideia o que foi?
A1: O negócio do tempo, é?
PP: Sim.
A1: Que um está se movimentando e outros ficam parados. Deu para entender novamente, mas para explicar,
não.
PP: Nada, nada?
A1: Eu não sei explicar não. Eu sei que tem uma (séria) diferença. A pessoa está movimentando, os outros
parados olhando. Que a pessoa que estava de (bem), ela estava observando. E quando a pessoa... Eu não sei
explicar não.
PP: Então tem uma diferença no tempo? É assim? Como é?
A1: Não. Ficou assim. Um observador olha e quando a pessoa está observando, está acontecendo. Entendeu?
PP: Uhum. E a contração do espaço? Lembra do espaço diminuir?
A1: Ãhm?
PP: As coisas diminuírem. Lembra disso? Tem como falar alguma coisa?
A1: Das coisas terem diminuído?
PP: Som. O comprimento. Lembra lá, o comprimento da nave que diminui?
A1: Sim, a navinha? Não lembro não.
PP: Não lembra não? E aquela famosa equação? Lembra daquela equação?
A1: Todas?
PP: Essa equação aqui, ó.
A1: Sim, a massa.
89
PP: Sim, é.
A1: É assim: E=mc2. Esta eu sei. Espera aí.
PP: É isso aí. Relaxa aí. Fale alguma coisa. Se você fosse dizer para a sua avó.
A1: Ãhm?
PP: Sua vó perguntar assim: cara, o que que é isso aqui.
A1: isso aqui é massa vai (ininteligível).
PP: Não, sem ter aquela, representa assim. Ficou alguma coisa aí?
A1: Esse ((ininteligível)) é aquela viagem, né. Não.
PP: Lembra, pelo menos, as letras, assim, ou não?
A1: ainda eu estou falando o próprio ((ininteligível)). ((Ininteligível)) esqueci, mas eu sei. Eu coisei um trabalho
aí, na semana passada. Estava falando de filosofia, até tu escreveu.
PP: Filosofia, entrou física, é?
A1: Entrou física. Está até Einstein no meio. É que tem filosofia e ciências. Você entendeu?
PP: Uhum.
A1: Na (vida), eu esqueci.
PP: Esqueceu?
A1: Esqueci. Falando sério. Está, mas vai lá e faz um comentário.
PP: É, né? Então pronto.
A2 -2016-06-02_07'52'12'
PP: Então assim. Em que situação, assim, na escola, já usou o computador por indicação dos professores?
Tirando as matérias técnicas. Matérias do ensino médio.
A2: ((Ininteligível)) a pergunta. Só a matéria técnica.
PP: Não, tirando as matérias técnicas. Só as do ensino médio. Qual foi a situação que o professor?
A2: Que eu me lembre, espera aí. ((Ininteligível)) , então, em casa.
PP: Só em casa? Mas aqui na escola?
A2: Não. Aqui não.
PP: Não, né?
A2: Só dentro de casa.
PP: Então se fosse para comparar, assim, uma aula que você utilize o computador e uma aula tradicional, né.
Que foi isso para ver, né. Qual é a que lhe cativa mais? Se fosse para comparar? O que você prefere?
A2: Depende do assunto.
PP: Porque depende do assunto?
A2: É, porque tem assunto que a gente aprende lá, que (ininteligível). Mas tem assunto que a gente aprende mais
no computador.
PP: No computador? Então, por exemplo, que você fizesse, pelo menos, um comentariozinho sobre o que te
agradou e o que agradou mais, o que agradou menos, assim, naquelas três aulas que a gente teve sobre
relatividade. Pode dizer o que você achou. Assim, não, eu não gostei daquilo. Não, eu gostei daquilo.
A2: Ah, tem coisa que eu não gostei não.
PP: Uhm?
A2: Tem coisa que eu não tenha gostado.
90
PP: Mas por quê? Dizer assim, o por quê? O que que você não gostou? O que que lhe agradou?
A2: Está, espera aí.
PP: Pode ser sincero. Aqui não tem, não vai perder nada de ((ininteligível)).
A2: O que eu não gostei, eu acho que é o assunto é complicado.
PP: Só isso? Achou complicado o assunto?
A2: Achei o assunto complicado. Na ((ininteligível)), estava naquele da daquele negócio no computador que eles
dizem lá, aquele, assim.
PP: No documentário?
A2: É. Eu acho muito, é muito também não.
PP: É, né? Pronto. Justamente falando em vídeo, né. Eu queria que tu comentasses o que que tu achas da
exposição de vídeos, ou documentários, assim, para aprender física.
A2: Ah, eu gosto muito.
PP: Mas, assim, qualquer vídeo?
A2: É mais fácil para guardar na cabeça, do que só o professor falando. Eu já assisti. Lembrar a imagem é
melhor.
PP: As imagens, né. Com que frequência assim, os teus professores, seja de qualquer outra disciplina, utiliza
animações? Eu não sei se tu lembras, nas aulas eu mostrei algumas animações? Simulações digitais?
A2: Sim. Nunca.
PP: Nunca? Anteriormente? Não lembra?
A2: Não.
PP: Não lembra, ou não teve?
A2: Não teve.
PP: Não teve, né?
A2: Teve em (CA), que aconteceu do produto ((ininteligível)) . Simulação, assim, do vídeo lá.
PP: Do vídeo, né? E de fenômenos da natureza, não, né?
A2: Não.
PP: E o que que tu achas dessas simulações, assim? Essas de fenômenos. Tipo aquele que eu mostrei lá, do
trem?
A2: Se vocês querem só falar para mim a questão da luz, você entrar e da questão da luz, quem está ali fora, a luz
andar, que está andando, isso eu ((ininteligível)) entendi. Como funciona, assim, eu não entendi direito não.
PP: É, né?
A2: Porque é muito ((ininteligível)), assim, aquilo dali.
PP: Visualmente, achou melhor?
A2: Uhum.
PP: Então pronto. Falando daquelas animações, né, usadas lá, para demonstrar a relatividade. Você acha que elas
foram úteis para o teu aprendizado ali?
A2: Foi.
PP: Por quê, assim? Você pode falar de novo aí?
A2: A mesma coisa. Porque a gente tem a imagem do que está acontecendo. Você só falar uma coisa, assim. Na
imagem não. Você pode ir mais ((ininteligível)) o teu campo. Mas você como é que é, você já sabe, ali.
PP: Registra melhor, né?
A2: É.
91
PP: E quanto aqueles, por exemplo, aqueles questionários on-line, né, que a gente fez na primeira aula, depois
fez na última, né. O que é que tu? Já tinha utilizado isso em provas, e outras disciplinas? Como prova? Aqueles
questionários, lá, on-line?
A2: Não. Nunca ((ininteligível)).
PP: Não tinha utilizado não?
A2: Mesmo ((ininteligível)).
PP: E o que é que tu achaste, assim, de fazer uma prova no computador?
A2: A mesma coisa.
PP: A mesma coisa?
A2: ((Ininteligível))é só marcar, né.
PP: É só marcar, né?
A2: A mesma coisa.
PP: A mesma coisa. Então poderia fazer no papel mesmo? É a mesma coisa?
A2: É, só que no papel você gasta folha.
PP: Uhum. Pronto. Agora vamos falar só um pouquinho sobre aquele último softerzinho que a gente viu, das
historinhas que apareceu lá, né. Na última aula. O Scratch. Você se lembra do Scratch? Daquele gatinho lá?
A2: Lembro.
PP: Pronto. Tinha uma animação. Passam as historinhas, lá, que eles estão falando?
A2: Sim, eu lembro.
PP: Pronto. Qual foi assim, eu quero só uma opinião tua sobre o uso daquele programazinho lá, no laboratório.
A2: Sim, porque, às vezes, eu acho que eu só vendo ((ininteligível)) lá, aquilo vai simplificar bastante o que
passou ali. Você lê e é aplicado. Você lê e é ((ininteligível)). Dava para ((ininteligível)) o que estava passando
ali. Eu só ouvi o que estava ((ininteligível)).
PP: E quanto a forma de manusear ele? O que que tu achaste?
A2: Então, é só passara seta.
PP: Simples, né?
A2: Ajudou.
PP: Certo. Bom, tu achas que ele foi útil para ti? Assim? Se foi, por quê?
A2: Porque eu aprendi com ele.
PP: Aprendeu? Mas teve algum ponto, assim?
A2: Não, tipo assim. Foi útil, igual a ((ininteligível)) teria sido útil, só que, talvez, se fosse um vídeo. Se ela
tivesse a qualidade, tanto guardei, passa, né, o vídeo. Não ficar desatento, porque eu estava lendo. Só passava
depois que a primeira. Eu estava.
PP: Certo. E o tempo disponibilizado ali, foi suficiente?
A2: Foi.
PP: Foi, né? E o que que tu achas que faltou ali, naquela animaçãozinha ali, para melhorar? Poderia ter alguma
coisa a mais? Tua opinião, assim. Então se tivesse tido, teria sido.
A2: Sei. Faltou. Não, não sei não.
PP: Não? Pronto. Agora sobre o assunto mesmo, né, relatividade. Teria condições de dizer, assim, com as suas
palavras, o que que é relatividade especial? Se sua vó perguntar: “Meu filho, o que é relatividade especial”?
Como é que você explicaria para ela, assim? Em poucas palavras.
A2: Não. Eu não sei se eu sei explicar. Eu sei, tipo assim, imaginar.
PP: Pois tente aí falar alguma coisa que você vê. O que que você entendeu?
92
A3 - 2016-06-02_08'04'24'
PP: Vamos lá. Eu vou fazer a primeira pergunta. Na escola, né, em que situações, assim, tu já usaste o
computador por indicação do professor?
A3: É, por exemplo.
PP: Tirando as disciplinas técnicas. Assim, disciplina do ensino médio mesmo.
A3: Por indicação do professor?
PP: É.
A3: Só, às vezes que ele mandava assistir algum vídeo lá, levava a gente. No caso, é porque já levou uma ou
duas vezes. Mas, fora isso, a gente nunca usou computador nas disciplinas que não são técnicas.
PP: Mas, tipo, no ensino médio usou quantas? Mas já usou, né?
A3: Umas duas vezes, assim, de usar. Umas pouquíssimas vezes.
PP: Qual a disciplina?
A3: Em física, quando foi para assistir algum, para lembrar os eventos lá, as coisas assim. Ele levou já, a gente
para o laboratório para assistir.
PP: Certo. Se fosse para comparar, né. Uma aula utilizando o computador e uma aula tradicional. Qual é a que
cativa mais você?
93
A3: Ah, porque é assim. Com o tempo vai cansando. Aquela coisa de sempre. O aluno está em sala. Sempre está
lá, em sala. Um quadro aqui. O computador é legal, porque diversifica. É uma coisa diferente. Que a gente está
lá mexendo, interagindo. Então é assim, sempre, não é legal. É legal uma vez ou outra. Porque, sempre também,
o aluno fica mais relaxado e não presta muita atenção. É legal, exatamente, isso. Diferente. O fato de a gente
mudar a rotina. Não ser uma rotina. É isso.
PP: Com relação aquelas três aulas, né, que a gente teve sobre relatividade, assim. Se você para comentar o que
foi que lhe agradou mais e o que foi que lhe agradou menos, assim? Em tudo assim. Professor.
A3: Assim, eu acho legal essa teoria da relatividade, porque a gente é sempre fixada na coisa, que desde o
fundamental, que tempo é uma coisa, que o tempo é um ser maior, que o tempo nunca muda. E sempre é legal
essa abertura que a velocidade da luz dá para a gente, assim. É que ela mostra, assim, uma coisa diferente. Por
exemplo, que o tempo não é assim, para uma pessoa. Tudo muda. Que tudo permanece em constante mudança e
que, inclusive ela, um dia, pode mudar. Isso é uma coisa que me agrada muito, porque e, também, entender o
mundo, porque com isso você pode entender muita coisa que acontece na gravidade, fora daqui. Eu acho isso
legal. E o que eu acho chato, é porque as teorias de Einstein, geralmente, são muito complicadas, São cálculos
muito complicados. Assim, não difícil de se entender, mas na hora da aplicação, do jeito como ele é formulado,
dificulta um pouquinho.
PP: Uhum. Se fosse para comentar assim, a respeito da exposição de vídeos ou documentários na aprendizagem
de física. O que que ((ininteligível))?
A3: Eu acho legal. Por exemplo, no caso daquele.
PP: Não só de física, mas qualquer outra disciplina do ensino médio.
A3: No caso daquele, por exemplo, do trenzinho que o senhor passou.
PP: Não, mas de vídeo só.
A3: É, deu para entender, assim, melhor. Dá para entender melhor como as coisas funcionam. Porque,
geralmente, nos vídeos, eles mostram a aplicação prática. Porque a gente entende tudo. Não tem mais a teoria.
PP: Certo. E com que frequência assim, qualquer que seja, né, a disciplina, o professor utiliza animações, ou
simulações digitais, em uma aula demonstrativa?
A3: Quase nunca, né. É muito difícil. Geralmente, eles só utilizam slides. Muito difícil usar simulação, assim,
mostrando um fenômeno.
PP: Um fenômeno, né?
A3: Como é o acontecimento na prática.
PP: E o que que tu achas dessas fermentas, assim, para aprender?
A3: É bem melhor, porque é bem melhor eu aprender, ver um vídeo e não ficar, assim, como é que foi que
aconteceu? Eu posso entender, não decorar uma coisa e quando for, por exemplo, na próxima semana o senhor
me perguntar e eu não saber de nada. Com o vídeo não. O vídeo fica melhor fixado na minha mente e eu posso
ver melhor como é. Aquilo aconteceu e aprendeu, não decorar.
PP: Pronto. Falando em animação, né, pelas aquelas animações que eu passei na sala, sem ser no laboratório,
sobre a relatividade. Você acha que elas foram úteis para ti? Aquelas do trem? Da luz?
A3: Sim. É, por exemplo, a do trem. É, deu, por enquanto, o senhor explicou como era quando ele estava
sentado, que a luz batia e voltava e quando a gente estava vendo de fora, que formava um triângulo. Aquela
animação foi bem melhor do que eu sentar e explicando na sala de aula. Não, o triângulo é assim, porque lá, eu
pude entender melhor.
PP: Se fosse para desenhar no quadro? É mais difícil, né?
A3: É mais difícil e também a compreensão se tornaria mais difícil. O senhor explicando, assim, não, forma um
triângulo.
PP: Uhum.
A3: Como é que forma um triângulo? Lá, em movimento, é mais fácil.
PP: E sobre aqueles questionários on-line que a gente fez, né? Laboratório. Você já tinha utilizado, assim,
alguma disciplina como prova?
94
A3: Não.
PP: Fazer uma prova?
A3: Não, mas eu também não ((ininteligível)).
PP: Não? E o que tu achaste mais deles, assim, desse questionário? Assim, para ver quanto sabe?
A3: É só uma questão de... Assim, é bom e é ruim, porque eles fazem a gente pensar. Mas, por exemplo, aquele
primeiro questionário, assim, quem gosta de dificuldade. Que foi o que a gente não sabia do assunto e o senhor
foi avaliar o que a gente estava sabendo do assunto. Já no segundo, eu acho que, até sair, eu me saí melhor,
porque depois de ver os vídeos e explicar o conteúdo, aí se tornou uma coisa bem legal. E é uma coisa que ele
pergunta, de um jeito, tipo assim, prático. Por exemplo, a relatividade, assim, se eu tiver, coloca, tipo assim, na
prática. Se tivesse acontecido essa situação, isso aqui era verdade, ou era mentira? Aí é mais legal, entendeu?
PP: Certo. E com relação aquele programazinho do Scratch, aquele que a gente fez na última aula, né, que tem
as historinhas e tudo, né. Lembra?
A3: Uhum. Lembro.
PP: Qual foi, qual a sua opinião sobre a atividade prática, utilizando aquele programazinho?
A3: É mais legal.
PP: Aquele é específico.
A3: É, porque se você (rola) um personagem na ((ininteligível)), você pode notar que a gente, a ((ininteligível))
das figuras, do jeito da gente, de como interage com a pessoa. A animação interage, então, ela pergunta o seu
nome. Ah, isso aqui é assim. Faz isso. Aí, depois, a gente passa para o próximo passo. Por interagir, fica mais
interessante, porque parece, até mesmo, um jogo e não uma aula.
PP: Uhum.
A3: Aí isso fica muito legal.
PP: E quanto a manusear ele? O que que tu achaste? Foi fácil? Foi difícil para usar ele?
A3: É, assim, porque ele é bem explicativo. Tipo assim, ah, se você continuar, pressione a seta. Aí você já vê a
seta grande, sei lá. Você aperta. É bem fácil de manusear. Eu acho que qualquer pessoa, assim, consegue. Até
uma pessoa que não sabe mexer com informática. Isso é bom.
PP: E tu achas que ele foi útil para ti? Tu aprendeste alguma coisa com ele?
A3: É, aprendi. Justamente por causa das coisas que eu expliquei para o senhor. Porque por ser uma animação,
chamou bem mais a atenção do que eu estar lendo só texto, texto, texto. Animação não. Isso aqui aconteceu
assim, eu estava aqui. Aí ele mostra uma paisagem. Mostra uma coisa. Mostra ((ininteligível)). Essas coisas
assim, chama mais a atenção da gente.
PP: Uhum. E o tempo? O tempo disponibilizado? Acha que foi suficiente para a aula? Para aquela aula de usar o
Scratch?
A3: É, foi suficiente. Até porque eu também, assim, estava explicando lá, aí tornou isso mais fácil. Na hora de
resolver, as coisas começam a complicar. Isso é mais complicado. Aquela formulação da teoria de Einstein. Da
equação.
PP: Sim.
A3: Aí ficou, foi o tempo assim, foi o tempo necessário. Foi um tempo muito bom. Nem foi curto, nem foi
demais.
PP: Não achou nem apressado, nem longo?
A3: Exatamente.
PP: E com relação àquela simulaçãozinha lá? Entendeu? Tu tens alguma sugestão assim? Oque que tu achas que
poderia ter mudado, assim, para ficar melhor para a animação?
A3: Aquela animação do trem?
PP: Não, aquela do Scratch. Aquela da historinha e tudo.
A3: Aquela da historinha?
95
A3: Que é exatamente isso. Energia é igual a massa, vezes a velocidade da luz.
PP: Maia alguma coisa?
A3: Não, eu acho que é só isso.
PP: Está.
A4 - 2016-06-02_08'19'42'
PP: Então é o seguinte. Em que situações, dentro da escola, você já utilizou o computador por indicação dos
professores?
A4: Só na aula de...
PP: Agora sim, nas disciplinas de ensino médio, sem ser as técnicas. Teve alguma coisa?
A4: Acho que nenhuma.
PP: Geografia, matemática, português? Não teve nenhuma?
A4: Não.
PP: Nenhuma?
A4: Nenhuma.
PP: E o professor falou, olha, vamos lá para o laboratório.
A4: Não.
PP: Nenhuma? Certo. Se fosse, assim, para comparar uma aula utilizando o computador e uma aula tradicional,
né. Qual é aquele cativa mais, assim, pessoalmente?
A4: A do computador.
PP: Porque do computador?
A4: Porque é melhor.
PP: Porque que é melhor? Diga aí.
A4: Eu entendo assim, tem como passar de tudo, porque tem simulações, essas coisas, sabe.
PP: Certo. Pronto. Dessas três aulas que a gente teve, que eu usei algumas animações e tal, lá no laboratório,
certo? Pode falar sinceramente. Se quiser falar mal, pode falar. Certo? O que é que lhe agradou mais e o que é
que lhe agradou menos, nessas três aulas?
A4: Do laboratório?
PP: É, do laboratório e aquela outra que eu mostrei umas simulações e teve a do vídeo, né. A aula do vídeo.
A4: Sim, sei. Não tem nada que me desagrada não. Foi tudo bem legal.
PP: Mesmo? Alguma coisa, assim, que não gosta? Assim, particularmente em qualquer aula? Que é assim?
A4: Acho que a falta de que ninguém mexe, assim, com medo de informática, sabe. É mais assim, senta, abre o
livro e não sei o quê. Ninguém manda fazer uma pesquisa.
PP: Que é a aula tradicional, né?
A4: É. O tradicional.
PP: Uhum. E com relação a exposição de vídeos, né, seja em qualquer outra disciplina. E na física, você acha
que ela, qual é a relação dela com o teu aprendizado? Você acha que é bom, ou não? É ruim?
A4: É bom.
PP: Assistir um vídeo durante uma aula, assim?
A4: É melhor. Abre mais, assim, a perspectiva de matéria. Entendeu? Do que você está estudando. Se se outra
pessoa falar antes do que o seu professor.
PP: Uhum. Com relação, assim, simulações, não sei se você lembra que eu mostrei uma simulação do trem?
97
PP: Para usar ele, ali, foi suficiente, ou foi muito tempo?
A4: Não, assim. Se você quiser dar uma olhada mais, assim, aprofundada, essas coisas você olha depois, mas o
que a gente viu na sala, bem direitinho, até que foi suficiente.
PP: Uhum. E dentro daquela animaçãozinha ali, você mexendo nele, assim, acho que faltou alguma coisa ali? O
que que poderia ter sido mudado naquele negócio?
A4: Não. Eu acho que estava bem.
PP: Ah, se tivesse isso aqui seria melhor.
A4: Não, eu acho que estava bem formatado, bem direitinho. Dava para você compreender as coisas bem
direitinho.
PP: Bem, sobre o assunto agora, né, a relatividade, né. O que que diz a teoria da relatividade? Teria como falar
alguma coisa, assim? No geral, assim, em poucas palavras? O que é que diz a teoria da relatividade?
A4: Eu só sei que ela, eu acho assim. O que é a teoria da relatividade.
PP: Pouquíssimas palavras.
A4: É um conjunto de duas teorias, a restrita e a geral.
PP: Certo.
A4: Eu acho que a restrita.
PP: No caso, só a restrita, que a gente viu mais no fim, né.
A4: Ela é conhecida como especial, eu acho, que tem a ver com o espaço e o tempo.
PP: É, especial. Pronto. Já que você falou em tempo. O que é essa dilatação temporal? O que é que você
entendeu sobre isso?
A4: Acho que depende, assim, acho que deve dar.
PP: O que é que você entendeu por isso, dilatação temporal? O que é isso?
A4: Dilatação temporal?
PP: É. O tempo se dilatar. Como é que funciona isso aí?
A4: Espera aí, deixa eu pensar. Utilidade não tem. Como assim? Sei lá. Tempo é tempo.
PP: E como relação a contração do espaço?
A4: Como assim?
PP: Você viu lá, nas animações, que as coisas se contraem, né, dependendo da velocidade.
A4: Sim, sei.
PP: Tem alguma coisa a falar sobre isso aí?
A4: Não, deu para...
PP: Se fosse para explicar, assim, para alguém?
A4: ... Eu não sei explicar não, mas eu entendi bem direitinho. Tempo para contrair.
PP: Porque que se contrai as coisas?
A4: Eu não sei explicar não, viu.
PP: Não? E como relação a essa equaçãozinha aqui. O que é que ela significa? O que é que você entendeu sobre
ela?
A4: É, deixa eu ver. É a massa que se transforma na energia. Que E é energia, M é a massa e C é a velocidade da
luz.
PP: Pronto? Mais alguma coisa?
A4: Não.
PP: Uhm, então está.
99
A5 - 2016-06-02_08'29'28'
PP: Eu queria saber de ti, quais foram as situações, dentro da escola, que tu usaste o computador, por indicação
dos professores, tirando as técnicas? Assim, geografia, português? Tem alguma que foi assim?
A5: Não, não teve nenhuma não. Porque as vezes que eu fui para o computador, foi porque era uma aula de CAD
e essas coisas. Por exemplo, de eletrônica básica que tem que usar o Proteus.
PP: Mas as disciplinas voltadas para o ensino médio, não lembro de nenhuma atividade assim?
A5: Não.
PP: Está. Se fosse para comparar uma aula, assim, utilizando o computador com uma aula tradicional, qual é a
que te cativa mais, assim?
A5: É melhor a do computador.
PP: Por quê?
A5: Para sair da rotina, né. É muito chato, às vezes. A pessoa na mesma rotina direto.
PP: Da aula tradicional?
A5: É. Isso.
PP: Professor falando, né?
A5: É.
PP: Você se lembra daquelas três aulas que a gente teve, assim, aquela do vídeo, né, primeiro no laboratório. Eu
acho que tu até chegaste atrasado para o vídeo. Aí teve aquela aula que eu passei aquelas simulações na sala e
teve a última no laboratório, né.
A5: A última, eu acho que eu tive que sair.
PP: Sair. Pronto. É assim, eu não sei se tu consegue recordar porque faz tanto, né. O que foi que ele agradou
mais daquelas aulas, nas três, e o que lhe agradou menos?
A5: O que agradou mais? É assim, eu gostei daqueles, como é, daquelas simulaçõeszinhas animadas que o
senhor passou. Eu gostei bastante. E o que me agradou ou menos é que, assim, não todos, mas alguns
documentários eram muito chatos, assim, dava sono.
PP: Dava sono, né.
A5: Dava.
PP: Pronto. Falando, justamente, sobre os vídeos, né, os documentários, né, a exposição de vídeos. Para a tua
aprendizagem de física, o que é que tu acha sobre isso? Assim, o professor passa um vídeo para você aprender. O
que que você acha?
A5: Muitos, eu já assisti bastante documentário, também, com os professores. Não são todos que agradam, mas
alguns ainda agradam a gente. Então, passar uma vez ou outra.
PP: Mas para tu aprender? Funciona?
A5: Funciona. Passar uma vez ou outra.
PP: Uhum. Com relação àquelas simulações, até que eu passei na sala, né, do trem, da luz. Com que frequência
os professores de outras disciplinas, eles fazem aquelas demonstrações?
A5: Nunca fizeram não.
PP: Tirando as disciplinas técnicas, né.
A5: Nunca fizeram não.
PP: Não recorda? E o que é que tu achas daquelas simulações ali?
A5: Gostei.
PP: Gostou?
A5: Sim.
100
PP: Tem alguma coisa, assim, para falar sobre aquela simulação? Porque, gostou por quê?
A5: Por quê? Sei lá, é diferente.
PP: Diferente? Facilita, ou não?
A5: Facilita também. E além de ele dar a questão, ele explica, anteriormente, como é.
PP: Uhum. Pronto. Justamente sobre aquelas animações que eu passei, aquela do trem, aquela do corpo se
contraindo e tudo, sobre relatividade, né. Você acha que elas foram úteis, assim, para você aprender? Assimilar
um pouquinho?
A5: Foram.
PP: Por quê? Diga alguma coisa.
A5: Porque elas explicaram. Eu entendi a explicação. Foi uma boa explicação.
PP: Acha que ajuda essas animações, ou não?
A5: Ajuda bastante.
PP: E com relação àqueles questionários online, né. Aqueles que a gente respondeu no laboratório. Tu já tinhas
utilizado isso em alguma disciplina? Fora física assim, outra disciplina?
A5: Não, não lembro.
PP: Como prova?
A5: Questionário com prova, não.
PP: Não?
A5: Não.
PP: E o que é que tu achaste daqueles questionários ali? O professor fazer como prova?
A5: Gostei, porque é mais para testar o conhecimento que a gente já tinha, né.
PP: Uhum. Não, mas sobre a atividade mesmo, sem olhar o assunto. Qual que é a disciplina que você achou?
Legal a ideia, aquilo ali?
A5: Gostei. Achei legal.
PP: Uhum. Pronto. Agora a gente vai falar só sobre aquele programazinho, aquele último lá, da animação, do
Einstein falando, né, aquele Scratch, né.
A5: Sim, uhum.
PP: Qual foi a sua opinião sobre aquela atividade ali, daquele programazinho ali?
A5: Opinião?
PP: É.
A5: Foi uma coisa diferente, né. Facilita também a aprendizagem e deve passar pássaro mais. Eu gostei bastante.
Eu acho que os outros alunos também gostaram bastante.
PP: E quanto à forma de manusear ele, de operar? Foi fácil? Foi difícil?
A5: Foi fácil, foi fácil. É prático ele.
PP: Então acha que ele foi útil para ti?
A5: Foi sim.
PP: Por que que foi útil, assim? Comparando com o ali, por exemplo. Você está comparando uma situação de
aprendizado com outra. Se tivesse só com um livro aqui, qual é a diferença?
A5: É tipo assim. O livro não tem como devo demonstrar, tipo assim, um vídeo. Não tem como demonstrar. Já
na demonstraçãozinha lá, eu via como era, eu via em tempo real, assim, pelo vídeo. Facilita mais, porque você
não vai estar só lendo, você vai estar vendo como é que funciona.
PP: E naquela animação ali, com o Scratch ali. Você acha que faltou alguma coisa ali que poderia ter, naquela
animação?
101
A6 -2016-06-02_08'40'43'
PP: Vamos lá. Então sobre a escola, né. Vamos ver aqui. Primeiramente. Em que situações, assim, dentro da
escola, já usou o computador por indicação dos professores? Nas disciplinas ensino médio, assim? Tirando as
disciplinas técnicas.
A6: Nenhuma.
PP: Não lembra, assim?
102
A6: Não.
PP: No ensino médio, em todo, assim? Não lembra?
A6: Só em informática, mas, no caso, tinha que mexer em computador, né. Mas só esse.
PP: Excelente, em informática, né? Pensa assim, geografia, história, nunca?
A6: Não.
PP: Matemática? Não, né? E se fosse para comparar uma aula. Tenta lembrar das disciplinas só de ensino médio.
Se fosse para comparar uma aula utilizando o computador e uma aula tradicional, né. Qual é a que lhe cativa
mais?
A6: Eu acho que depende muito da forma como a aula é transmitida. Assim, no computador é legal, por que é
uma aula diferenciada. Mas eu acho que eu prefiro a aula normal.
PP: A aula normal, né?
A6: Pelo método de ensino do professor.
PP: Certo. Uhum. Vamos supor que a aula tradicional seja excelente e a aula por computador também seja
excelente. Qual que lhe cativa mais, assim? No caso, a tradicional. Né?
A6: É.
PP: Está bom. Então dessas três aulas que a gente teve, não sei se você lembra, né, sobre relatividade, né?
Aquela primeira, tenta te lembrar, foi no laboratório, que eu passei um vídeo, né. Aí teve aquela outra na aula,
que eu passei umas simulações. E teve a última, que foi com aquele programazinho, né? Certo? Dessas três
aulas, eu queria que tu comentasses o que que agradou mais e o quê que agradou menos? Que tu não gostaste?
A6: Assim, teve a aula que teve o documentário, não foi?
PP: Foi.
A6: Eu não gostei muito, porque eu não gosto de documentário. É cansativo. Já as outras duas, que foi a
simulação lá, eu gostei e também, daquela, foi até umas questões que o senhor passou no negócio. Também
gostei.
PP: E o que não gostou nada do documentário, né?
A6: Do documentário.
PP: Eu não sei se você se lembra daquelas simulações se eu passei na sala ali, né? Do trem, né. Com que
frequência, assim, professores de outras disciplinas utilizam de método, assim, de mostrar simulações?
A6: Eu acho que o senhor foi o primeiro a mostrar simulação.
PP: Na disciplina do ensino médio, assim.
A6: Pois eu acho que o senhor foi o primeiro.
PP: Foi? Durante todo o ensino médio?
A6: Sim. Simulações assim.
PP: E o que que você acha, assim, das simulações para o teu aprendizado, assim? Animação.
A6: Eu acho que fica melhor de gravar a teoria. Porque teoria, a gente sabe que ela é horrível para aprender, mas
aí, com a simulação fica mais fácil. Eu gostei.
PP: E particularmente, assim, daquelas simulações usadas, aquela que eu mostrei né, do trem, da luz,
comparando lá, as velocidades, né, e aquela também do objeto se contraindo. Você acha que foram úteis para
você aprender?
A6: Foram.
PP: Por quê?
A6: Porque é como eu falei, que, às vezes, para memorizar uma teoria, por exemplo, aquela lá do observador e o
que está dentro do trem. Ficou muito mais fácil o negócio da velocidade da luz.
PP: E quanto à questão daqueles questionários online, né, que a gente respondeu, né. Você já utilizou isso, em
outra disciplina como prova?
103
A6: Não.
PP: Não? Não, né. E o que que você achou deles, assim? Para você fazer uma prova utilizando aquilo ali?
A6: Eu achei legal. É mais fácil.
PP: Diferente, né?
A6: Uhum.
PP: Sem ser no papel, né? Bom, agora sobre aquela animação do Scratch, né. Aquele do Einstein falando, né.
Lembra daquela animação lá?
A6: Uhum.
PP: Pronto. Qual a sua opinião sobre aquela prática ali? O que que você achou, assim, daquela prática, usando
aquele programazinho específico ali?
A6: Eu achei que é uma forma melhor de explicar o conteúdo. Fica uma coisa mais animada.
PP: É? E quanto à forma de manusear ele? Foi fácil ou foi difícil?
A6: Foi fácil.
PP: Foi fácil, né. E ele foi útil, assim, para aprender alguma coisa? Tu achaste?
A6: Foi.
PP: Por quê?
A6: Porque aquela de Einstein era que falava da relatividade, né.
PP: Uhum. É.
A6: Aí ficou mais fácil de pegar a ideia de relatividade.
PP: E o tempo para utilizar aquela prática ali, foi suficiente?
A6: Foi.
PP: Foi?
A6: Foi.
PP: Deu, né, para passar?
A6: Uhum.
PP: E assim, dava para falar aí, o que que faltou naquela animação, assim? O que poderia mudar? Alguma
opinião, assim?
A6: Não. Eu acho que do jeito que está, está muito bom.
PP: É? Agora sobre o assunto mesmo, né. Para você, assim né, o que você entendeu, né. O que que diz a teoria
da relatividade? Em poucas palavras, assim. Se fosse para explicar para uma pessoa, o que que é isso?
A6: A teoria da relatividade. Eu só lembro que a relatividade, eu só lembro que o tempo e o comprimento são
relativos, entendeu. A única coisa que eu.
PP: Pronto. E, justamente, e o que é a dilatação temporal? O que é isso? Sabe o que é dilatação do tempo? O que
é isso?
A6: Dilatação do tempo. Não, não sei não.
PP: Não?
A6: Não.
PP: E a contração do espaço? O que é isso?
A6: Vai diminuindo o espaço, né.
PP: É, mas porquê? Porque que ocorre isso? Hein? Sempre ocorre isso?
A6: Ah, não sei não.
PP: Quais são as situações em que ocorre isso? Hein?
104
A7 - 2016-06-02_08'49'45'
PP: Então, dentro da escola, né. Em que situações você já usou o computador por indicação dos professores, né,
nas disciplinas do ensino médio, isso basicamente?
A7: É só em biologia que, ele, geralmente ele passa, a gente fazer mapas de conceitos, a gente faz no
computador.
PP: É, né? Mapa conceitual é? Você diz?
A7: É sim.
PP: Ah é? Biologia é?
A7: É sim.
PP: E se fosse para comparar uma aula realizada pelo computador, com uma aula tradicional?
A7: Eu acho melhor a do computador.
PP: Qual é a mais atrativa?
A7: Eu acho que a do computador, porque a gente não fica preso só há um livro. A gente pode buscar outras
maneiras, sabe, de entender o conteúdo, porque nem sempre você lendo pelo livro, você irá entender o conteúdo.
PP: A gente teve três aulas, né, de relatividade. E nessas três aulas, não sei se você se lembra, uma foi que eu
levei vocês no laboratório, coloquei um vídeo, né, aquele negócio todo, vocês responderam um questionário. Aí
a outra foi ali, aula teórica mesmo, até que a gente mostrou as animações, né e a última foi no laboratório
também, né. Foi atividade prática. Se fosse assim, para comentar assim, o que que agradou o mais e o que
agradou menos, dessas três aulas, assim? O que que você diria?
A7: Eu acho que o programa me agradou mais. Aquele lá, que passa as simulações.
PP: Uhum. E o que é que agradou menos, assim?
A7: Eu acho que o vídeo. Eu sempre durmo em vídeo.
PP: O vídeo, né? Bom, falando sobre o vídeo, né. O que que você acha assim, para o teu aprendizado, né, a
exposição de vídeos?
A7: Bom, eu acho que a gente pode, você explicou sobre o Einstein. A gente pode conhecer mais sobre a história
e a vida dele. Ficar sabendo como é que ele chegou, como é que foi a vida dele. Que nem sempre a gente começa
de cima. Porque a gente nunca começa de cima, a gente começa de baixo. Ele era superinteligente. Ele foi
lutando até conseguir o que ele queria.
PP: Mas com relação ao vídeo, assim, em outras disciplinas? Você acha interessante, assim, a exposição de
vídeos?
A7: Depende da matéria, porque tem muita matéria que é mais cálculo, não engloba tanto vídeo, mas essas
matérias teóricas, vendo filmes e vídeo, facilitam o entendimento.
PP: Certo. E com relação, assim, por exemplo, simulações e animações. Aquela que eu passei do trem, luz e
tudo. Com que frequência, em outras disciplinas, os professores utilizam elas?
A7: Nenhuma. O senhor foi o primeiro que simulação, assim, como a gente.
PP: Assim?
A7: Assim, matéria de ensino médio, porque as técnicas.
PP: De ensino médio, é isso mesmo. Nas técnicas não tem mesmo, né?
A7: Ahãm.
105
PP: E o que que você acha, assim, das animações e das simulações? O que que você acha?
A7: Eu acho que isso facilita você entender, porque, às vezes, a gente fica só lendo, lendo, lendo livro e não
imagina como seria na realidade. Com animação fica, a gente, vamos dizer assim, fixa mais. PP: É, né.
A7: É sim.
PP: E, especificamente, né, aquelas animações usadas para a relatividade, que eu usei dentro da sala, né, para
mostrar para vocês. Você acha que foram úteis para aprender alguma coisa?
A7: Eu acho que foi muito útil, porque no semestre passado, o outro, o outro... É bem (tipicamente), começou a
explicar esse negócio e ninguém entendeu nada. Assim, ele ficava falando sobre, ele falava sobre os
experimentos, mas como ninguém via, ninguém sabia como é que funcionava. E vendo a gente soube como é
que funcionava, como é que se comportava.
PP: Certo. E com relação a àqueles; vocês responderam os questionários lá, online, né?
A7: Ahãm, respondemos.
PP: Com relação àqueles questionários, né. Você já utilizou aquele questionário, ali, como prova em outra
disciplina, assim?
A7: Não. Nunca.
PP: Não, né?
A7: Não.
PP: E o que é que você achou daqueles questionários ali, como uma forma de avaliação, sem o papel, né?
A7: Ahãm. Eu achei legal, primeiro teve uma animação, a gente viu a animação. Aí, baseado na animação que a
gente viu, ficou muito mais fácil de responder. E eu acho que nem sempre uma prova escrita avalia o aluno.
PP: Certo. Bom, agora sobre aquela última animaçãozinha, aquele programazinho que a gente viu, o Scratch, do
Einstein falando, né e tudo. Qual opinião sobre aquela atividade, utilizando aquele software ali?
A7: Minha opinião sobre a atividade?
PP: Sim.
A7: Qual? As questões ou?
PP: Não, só aquele software lá, das historinhas que ia passando, assim.
A7: Sim, ah, aquela de Einstein, né?
PP: É.
A7: Bom, eu achei legal. Eu achei, como é que eu posso explicar, eu acho que nem sempre a gente precisa ficar
preso em uma só maneira, sabe. Da gente ter outras maneiras de estudar, entender. Aquela maneira foi muito útil,
por que a gente foi seguindo passo-a-passo e foi acompanhando o raciocínio e foi, sei lá, facilitou muito o
entendimento.
PP: Uhum. E a forma de manusear ele, foi fácil, ou foi difícil?
A7: Não, foi muito fácil. A gente só foi seguindo o que ele estava mandando e deu certo.
PP: Uhum. E ele foi útil para você, assim?
A7: Foi, foi muito útil.
PP: Em relação ao aprendizado, assim?
A7: Eu entendi tudo sobre esse conteúdo, só usando aquele software.
PP: E o tempo? O tempo disponibilizado ali, foi suficiente?
A7: Foi sim.
PP: É? Deu tempo? Foi apressado, ou demorou muito?
A7: Não, apressado não. O Senhor deu tempo suficiente para todo mundo usar e manusear ele.
PP: E se fosse para dar uma opinião do que é que faltou ali, o que que é que poderia ser mudado naquele
software ali. Teria alguma, assim?
106
A7: Sim, a mais famosa da física. É que a massa, ela se transforma em energia, e a energia, ela se pode se
transformar em massa. Que é a parte da velocidade da luz ao quadrado. Ou seja, uma quantidade de massa, ela
pode se transformar em energia na velocidade da luz.
PP: Certo. Mais alguma coisa?
A7: Não. Só?
PP: Uhum. Só isso.
A7: Só isso?
PP: Espera aí, não quer saber a nota não?
A7: Eu quero, Vitor. Quanto?
A8 - 2016-06-02_09'01'34'
PP: Certo? Vamos lá. Dentro da escola, né. Quais foram as situações que você utilizou o computador, por
indicação de professores, nas disciplinas mais voltadas para o ensino médio?
A8: Na aula de biologia, foi para fazer mapa de conceito. Na aula do senhor, que a gente está mexendo em
Scratch, essas coisas. Basicamente só.
PP: Só, né. E anteriormente?
A8: Anteriormente, em informática básica.
PP: Não, sim. Tirando as disciplinas técnicas. Assim, geografia, matemática. Só essas disciplinas aí.
A8: Não.
PP: Ahãm. E se fosse para comparar uma aula utilizando o computador em uma aula tradicional. Qual é a que
lhe cativa mais?
A8: É assim. Eu acho que a aula no computador, às vezes é melhor. Por quê? Porque, às vezes, você vai fazendo
uma coisa que o professor está mandando. Entendeu? Você vai aprendendo mais, por que você está fazendo, não
só observando, você está praticando aquilo.
PP: Certo. Bom a gente teve, eu vou lembrar aqui, né, a gente teve umas três aulas sobre relatividade. Três
encontros, né. Aí, o primeiro foi aquele enquanto lá, do vídeo, né, eu passei o vídeo. Aí, a outra foi lá, na sala de
aula, que eu até mostrei aquelas simulações, né, no slide e tudo. E teve aquela outra lá, da prática, com Scratch,
né. Juntando essas três aí, eu queria que você comentasse, assim, o que lhe agradou mais e o que agradou menos.
A8: Não, assim, aula que eu gosto mais da tarefa, eu participo mais. Eu acabo entendendo mais.
PP: Não, mas particularmente nas aulas?
A8: Na aula? Eu gostei mais foi a do Scratch. Que teve que mexer no negócio do trenzinho e tudo.
PP: Certo.
A8: Porque deu para participar. Eu não gosto muito de slide não. Não vou mentir. Quando é slide dá um
pouquinho de sono.
PP: Dá sono, né?
A8: É.
PP: Então na hora da exposição de slide lá, deu sono, não foi?
A8: Não, não é que dá sono, é mais cansativo. Entendeu?
PP: uhum. Certo.
A8: Você fica com a mente mais parada. Porque enquanto está.
PP: E com relação, assim, a exposição de vídeos, né, os documentários para a tua aprendizagem, assim. O que é
que tu achas?
A8: Não, eu gostei bastante.
PP: Em outras disciplinas, assim, no geral?
108
A8: Eu gostei. Eu gostei desse que o senhor passou, aquele sobre o zero absoluto. Entendeu?
PP: Você acha que ajuda?
A8: Acho que ajuda.
PP: Uhum. E com relação a animação e simulações, né. Você se lembra que eu mostrei uma simulação com um
trenzinho, né? Na velocidade da luz, pedido, né? Teve aquela da contração. Com que frequência, assim, os teus
professores utilizam essa demonstração, assim?
A8: A demonstração?
PP: Uhum. Simulações?
A8: Basicamente é só o senhor. Basicamente. Usam mais essas simulações.
PP: Certo.
A8: Materialmente, se for usada é muito pouco, tanto que no fundamental não é.
PP: É, né?
A8: Uhum.
PP: E o que que tu achas dessas ferramentas, assim, para aprender?
A8: Eu acho interessante, porque, às vezes, você leu uma fórmula, mas não consegue entender como é que ela
funciona de verdade. Aí quando você bota uma simulação, dá para você entender como é que as coisas
funcionam.
PP: Uhum. No caso específico, né, aquelas animações que usei na sala ali, né. Tu achas que elas foram úteis para
aprender, assim?
A8: Foram.
PP: Porque, assim?
A8: Porque, por exemplo, a do trem, ela demonstra que uma pessoa, quando ela está dentro do trem, ela vai ter,
se um observador que está fora do trem vai ver um triângulo, o que está dentro, vai ver uma linha reta.
PP: Uhum. Certo.
A8: E para observar melhor como é que funciona.
PP: E com relação aqueles questionários? A gente respondeu uns questionários lá, usando o computador, não
foi? Jatinho utilizado esses questionários, em outra disciplina, como prova?
A8: Não.
PP: Não? E o que que é que tu achaste dessa atividade? De fazer uma prova utilizando esse questionário?
A8: Eu não sei explicar muito bem. Eu não sei o objetivo, assim. É só para?
PP: Não, é uma prova. É uma prova. Da mesma forma que você faz a prova com o papel, assim. Eu queria que
você comprasse aí.
A8: Que eu comparasse a prova no computador, com...?
PP: É, no computador com...
A8: ...Eu acho que a prova no computador é mais interessante.
PP: ... Uhum. Pronto. Agora eu vou fazer algumas perguntas sobre o Scratch, né. Aquele programazinho do
Scratch, né. Como relação a aquela atividade prática ali, utilizando o Scratch. Qual é a tua opinião sobre a?
A8: A minha opinião?
PP: Uhum.
A8: Foi muito bom. Eu gostei. O Scratch é muito relativo e ajudou bastante a gente a entender.
PP: E a forma de manusear ele? Foi fácil, ou foi difícil?
A8: Foi fácil.
PP: Fácil?
109
A9 - 2016-06-02_09'11'29'
PP: Tranquilo. Então vamos lá. Dentro da escola, né, quais foram, assim, as situações que você utilizou o
computador, por indicação dos professores? Assim, mas nas disciplinas do ensino médio, tirando as disciplinas
técnicas, né.
110
A9: Em biologia.
PP: Biologia?
A9: Só que no caso, era para fazer os mapas de conceito.
PP: Ah, para os mapas, né? Só essa?
A9: Só.
PP: Durante o ensino médio todinho? Ah, é? E se fosse para comparar uma aula utilizando o computador e uma
aula tradicional. Qual é que lhe cativa mais? Qual é que você gosta mais?
A9: Pelo computador eu entendi melhor.
PP: Não, eu digo no contexto geral, assim, sem ser só a minha aula.
A9: No contexto geral? Não, ainda depende, porque depende do professor também. Porque tem alguns
professores que para a gente é melhor, né, e tem outros que não.
PP: Mas se fosse para comparar uma aula na (lousa), tradicional, né, com uma aula no computador? Qual é a que
você gosta mais, assim?
A9: Do computador.
PP: Computador? Mas por quê?
A9: Eu acho que, tipo assim, eu me identifico mais, porque conforme o professor vai explicando, aí a gente pode
pesquisar alguma coisa que não entendeu, ou então, tipo assim, alguma dúvida que ficou.
PP: Certo. Uhum. Agora, com relação as três aulas que a gente, né. Deixa eu lembrar aqui. Fui aquela aula que
teve vídeo, né, eu passei o vídeo lá, no laboratório. E aí teve aquela outra que eu passei umas simulações, né.
Uns slides. E teve, por fim, aquela outra que foi com um programazinho, que vocês manusearam lá. E se fosse
para comentar aí, o que lhe agradou mais e o que é que agradou o menos. Dessas três aulas aí.
A9: Não, o que me agradou mais foi o exemplo lá, do trem. Que eu estava sem entender no começo, depois com
o exemplo do trem, eu entendi melhor.
PP: Uhum. E o que que lhe agradou menos, assim? Nessas três aulas, assim? Nessa sequência todinha? O que é
que você não gostou? Não, eu não gosto daquilo ali.
A9: Não teve.
PP: Não teve?
A9: Porque eu entendi as três aulas.
PP: E com relação, assim, em geral, nas disciplinas gerais, né. Com relação a exposição de vídeos. Você acha
que contribui com a aprendizagem, assim? Você gosta, ou não?
A9: Contribui. Quanto a ter alguns vídeos que, tipo assim, alguns documentários que eu falo muito, eu acho que
o documentário é muito grande. Ele, tipo, dá sono.
PP: Dá sono, né? Agora, com relação as simulações, né. Animações parecidas com aquela que eu mostrei lá, na
sala, né. Do trem. Aquela da luz. Sabe? Com que frequência os demais professores utilizam aquelas
demonstrações ali?
A9: Não, a gente utilizou algumas demonstrações na matéria de ((ininteligível)), que era...
PP: Não, tirando os cálculos, né. Tirando as técnicas, né.
A9: ...Tirando as técnicas?
PP: De matemática, biologia? Não teve?
A9: Não.
PP: Não, né? Com relação aquelas animações utilizadas lá, que a gente utilizou dentro da sala, né. Você acha
que elas foram úteis para você aprender?
A9: Sim.
PP: Porque foram?
111
A9: Porque, como eu falei, eu estava sem entender, aí como o exemplo lá, Andressa tinha explicado, só que eu
ainda estava confusa. Com o exemplo eu pude entender o que ele estava mostrando lá, né, como a velocidade,
estava mostrando a velocidade e como a pessoa que estava dentro via. A pessoa que estava fora do trem também
via.
PP: Uhum. Certo. Com relação àqueles questionários, né. A gente respondeu aqueles questionários lá, né, online.
Você já usou alguma vez aqueles questionários ali, como prova, em outra disciplina?
A9: Não.
PP: Não? Nunca utilizou? E o que que você achou deles? De responder a uma prova com aquele questionário lá?
A9: É interessante.
PP: Interessante? Porque que é interessante, assim?
A9: Porque, tipo assim, quando tava falando lá, já foi explicado, né, na sala já tinha sido explicado. Mas lá, o
conteúdo era só, tipo, mais para, serviu para reforçar.
PP: Uhum. Agora com relação àquele programazinho, o Scratch, né. O Scratch, que o Einstein conta a
históriazinha e tudo, né, aquela sequência, né. Qual a sua opinião sobre aquela prática ali? Usando o Scratch? O
Scratch é um programazinho que faz aquela animação ali. O que é que você achou da aquilo ali?
A9: Eu achei bem legal animação que, como foi feita.
PP: Ajudou, ou não?
A9: Ajudou bastante.
PP: E a forma de manusear ele. Foi fácil, ou foi difícil de manusear?
A9: Como assim?
PP: Utilizar ele. Você achou fácil ou difícil, ou é só clicar?
A9: Não, no começo.
PP: De utilizar ele, né? Foi fácil?
A9: Foi.
PP: E você acha que ele foi útil para aprender alguma coisa?
A9: Sim.
PP: Foi? E o tempo? Você acha que o tempo foi suficiente ali, ou foi apressado? Como é que foi? Foi suficiente?
Deu para explorar bem legal?
A9: Não, o tempo foi suficiente.
PP: E se, assim, fosse para dar uma opinião naquele programa, né, naquele negócio lá, feito. Qual a opinião,
assim, o que você mudaria ali? O que que você colocaria naquele negócio ali? Teria alguma coisa, assim? Assis
estivesse aqui, daí seria bem mais legal.
A9: Não, para mim estava legal daquele jeito ali.
PP: Foi?
A9: Elaborado.
PP: Uhum.
A9: Gostei.
PP: Agora sim. Agora é sobre conteúdo, né. Assim, saber o que é que você entendeu. O que é que diz, assim, a
teoria da relatividade especial? O que é que você entendeu?
A9: Da relatividade especial?
PP: Em poucas palavras, assim, o que é que você entendeu sobre isso?
A9: Não, eu entendi sobre a velocidade da luz lá, que estava falando e também que o tempo e o comprimento são
relativos, né. Basicamente é isso.
112
PP: Bom, e o que é dilatação temporal? A gente falou sobre isso, né? Sobre a dilatação do tempo. O que é? Se
fosse para explicar com as suas palavras aí, como é que você diria? O que é isso? Quando é que ocorre?
A9: Assim, naquele exemplo que o senhor falou, que, tipo assim, uma pessoa que fica aqui na terra e a outra vai
lá para a lua. Aí tem uma que envelhece mais, a que está aqui na terra envelhece mais, né e a que foi para a lua
fica, tipo, rejuvenescida, né.
PP: Mas de qualquer forma, se ela for lá e voltar, muda o tempo? Ou tem alguma coisa de especial aí?
A9: Não. Tipo assim, se ela passar 5 anos, quando ela voltar, a pessoa que está aqui, vai estar, vai perceber que
está mais velha.
PP: Ela anda devagar, ou rápida? Tanto faz, ou não?
A9: (Ainda).
PP: Ãhm? E a contração do espaço? O que é que você entendeu sobre os objetos se contraírem?
A9: Depende da velocidade, né. Eu entendi que depende da velocidade.
PP: Depende da velocidade, né? Se for rápido? Se for devagar?
A9: É. Se for, tipo assim, um trem. Se ele for muito rápido, por exemplo, na velocidade da luz, ele vai diminuir,
né, o (comprimento).
PP: Certo. E o que é que significa essa equação aqui, E=mc 2? O que que você entendeu?
A9: Que energia vai ser igual a massa, vezes a velocidade da luz, ao quadrado. Eu entendi isso. Como a gente já
utilizou muito essa fórmula, né.
PP: Mas assim, o que é que você entende por ela, assim? Tem alguma coisa, assim? O que é que ela significa,
né? Tem algo a dizer sobre ela? Não? Então pronto, né. Vou encerrar aqui.
A10 - 2016-06-02_09'46'33'
PP: Assim, que dentro da escola, né, em que situações tu já usaste o computador, por indicação do professor,
assim?
A10: Aulas assim?
PP: Sem ser aula técnica? Aula de português, matemática, geografia. Teve alguma vez?
A10: Não, que eu lembre não.
PP: Se fosse para comparar uma aula usando o computador, com uma aula tradicional. Qual é que tu gostarias
mais?
A10: As duas ajudam, né. As duas ajudam. Eu acho que a do computador.
PP: Mas porque a do computador?
A10: Porque os exemplos que ele dá. As coisas que ele apresenta. Aqueles (pedidos), assim.
PP: Fica melhor, né?
A10: Ahãm.
PP: Dessas três aulas que eu te falei, né. Se fosse para comentar, assim. O que agradou mais e o que agradou
menos, assim? Alguma atividade que agradou mais, ou o que tu não gostaste?
A10: Não, todas são do meu agrado.
PP: Não, não é a que tu não gostaste, assim, um pouco?
A10: Não teve não. Todas foram do meu agrado.
PP: Sério?
A10: Sério.
PP: E sobre a exposição de vídeos durante uma aula. Seja qualquer aula, sem ser de física, né. O que é que tu
achas dessa exposição de vídeos? Ajuda?
113
A10: Ajuda.
PP: A aprender?
A10: Ahãm.
PP: Porque que ajuda?
A10: Chama a atenção do aluno. É uma coisa diferente.
PP: Com relação aquelas animações. Não sei se tu lembras que eu coloquei umas animações, né? Dos
trenzinhos, né? Se movimentando e tudo. Aquelas animações ali, simulações, com que frequência outros
professores já utilizaram aquilo ali, assim?
A10: Não lembro.
PP: Em nenhuma matéria? Biologia? Nenhuma?
A10: Que eu me lembre, não.
PP: Certo. Daquelas animações usadas, aquelas que eu utilizei, né, passaram. Você se lembra aquela do trem?
A10: Lembro.
PP: Da luz, né, que o observador? Elas foram úteis para aprender alguma coisa, assim?
A10: Foram.
PP: Você acha que foi relevante?
A10: Não, ((ininteligível)).
PP: Porque que foi? Por quê?
A10: Chama a atenção do aluno ((ininteligível)). Por que é uma coisa interativa, né.
PP: E com relação àqueles questionários? Agente respondeu uns questionários lá, não foi? Online? No
laboratório?
A10: Uhum.
PP: Você já utilizou aqueles questionários ali, como prova em outra disciplina?
A10: Não.
PP: Para fazer uma prova? Não, né? E o que é que você achou dele, assim? Em relação a prova tradicional?
A10: Legal. ((Ininteligível)).
PP: Tem alguma desvantagem, ou não? Pronto. Agora, é sobre aquela atividade daquele programazinho, o
Scratch. Tem um filme aí, né. Aquelas historinhas, né? Lembra dele? O Scratch?
A10: Uhum. Lembro.
PP: O Scratch é um software que faz aquela animaçãozinha lá. Certo? O que é que você achou daquela atividade
com o Scratch lá?
A10: Foi diferente.
PP: Só diferente?
A10: É.
PP: Uhum. E a forma de manusear ele lá. Você achou difícil, ou fácil?
A10: Não, fácil.
PP: Você acha que ele foi útil para aprender alguma coisa? Aquele programazinho lá?
A10: Foi.
PP: Por que que foi útil?
A10: Além de ele ser uma coisa diferente, ao mesmo tempo quer conhecer, né, quero saber, né, a gente aprendeu.
Tinha o ((ininteligível)), todo.
114
PP: Teria alguma coisa naquele programa ali, que você queria que tivesse, que ajudava, que ajudaria mais a
mudar?
A10: Não. Estava bom.
PP: Estava?
A10: Estava.
PP: Agora, quanto ao assunto mesmo. O assunto, né. Conteúdo, né. Saber o que é que você entendeu. O que é
que diz a teoria da relatividade especial para você? O que é que você entendeu com aquilo ali?
A10: ((Ininteligível)), né. É sobre, trata ali, sobre objetos que possuem velocidades iguais, ou aproximada da luz.
PP: Uhum. E o que é que seria dilatação do tempo? O que é isso?
A10: Dilatação?
PP: O que é que você entendeu com isso?
A10: Não lembro não.
PP: E sobre a contração do espaço? Lembra de alguma coisa?
A10: Não lembro.
PP: E o que é que significa essa equação aqui. E=mc2? O que é que você entende por ela?
A10: ((Ininteligível)). Mas não ((ininteligível), vezes massa ao quadrado.
PP: O que é que é esse C aqui, uhm?
A10: Não lembro.
PP: Não? Bom. Mais alguma coisa?
A11 - 2016-06-02_10'10'07'
PP: É o seguinte. Dentro da escola, né, em que situações que já utilizou o computador, por indicação dos
professores?
A11: Em biologia, para fazer mapas de conceito.
PP: Só biologia?
A11: Só biologia.
PP: Mapa conceitual, né?
A11: Isso.
PP: Se fosse para comparar uma aula utilizando o computador e uma aula tradicional. Qual a que lhe cativa
mais?
A11: Assim, utilizando o computador. Porque, assim, a maioria das aulas, geralmente, são chatas, sempre a
mesma coisa, só o professor falando. E o computador não, já é uma coisa mais diferente. Ela chama mais a
atenção.
PP: Mais interativa, né?
A11: É, muito mais.
PP: Então assim, que a gente teve três aulas. Eu vou te lembrar aqui. Teve aquela aula lá, do computador, que
passou aquele vídeo, né. Teve aquela aula que eu expus aqueles slides, aquelas simulações. E teve aquela última
da prática, né, no laboratório. Se fosse para, dessas três aulas, qual foi, assim, que lhe agradou mais e a que lhe
agradou menos, das três aulas?
A1: Te agradou mais?
PP: Se fosse para tirar aí, como é que está?
A11: Não, eu gostei de todas.
PP: Não, mas determinada assim quê?
115
PP: Não, né? Qual é a tua opinião a respeito do Scratch, ali? Daquela simulação, assim? Tem como falar disso
daí?
A11: Não, eu gostei dele. Ele tem aquelas historinhas, facilita entender. As animações ali.
PP: E quanto à forma de manusear? O que é que você achou?
A11: Eu achei fácil.
PP: Fácil, difícil?
A11: Fácil.
PP: Fácil? E ele foi o útil, assim, para aprender alguma coisa?
A11: Foi.
PP: Uhm?
A11: Foi.
PP: Por que que foi útil, assim? Fla aí o por quê?
A11: Ah, não, foi porque ele foi útil. Por causa da interatividade dele.
PP: É interativo?
A11: É.
PP: E o tempo disponibilizado nele? O que é que você achou?
A11: Eu achei o tempo ideal.
PP: Deu para avaliar o que ele tinha?
A11: Deu.
PP: E o que é que faltou ali, naquele programazinho ali, que você acha que teria que ter e que, uma sugestão ali?
A11: É, eu acho que só mais um design mesmo.
PP: Melhorar o design ali?
A11: É.
PP: Agora, sobre o assunto, né, em questão. Sobre a relatividade especial. O que é que você entendeu por ela? Se
fosse para explicar com as suas palavras, o que é que você entende pela relatividade especial?
A11: Não, eu acho que eu entendo é que o tempo e a distância, eles são relativos. Foi isso.
PP: Foi isso que ficou aí?
A11: Foi. E que a velocidade da luz, ela é absoluta.
PP: E o que é dilatação temporal? O que é isso?
A11: Não, não sei.
PP: O que é o tempo se dilatar?
A11: Dilatar é aumentar?
PP: É. Da próxima vez que isso ocorrer. Como é que isso ocorre? Não sabe?
A11: Não.
PP: E a contração do espaço? Como é que ocorre isso?
A11: É aquela questão, até da fórmula de energia?
PP: Não, aquela da nave, lá. aonde tem uma nave.
A11: Sim, da nave.
PP: Porque é que ocorre aquilo ali, né?
A11: Eu não lembro.
117
PP: Não lembra? Com relação a essa equação aqui. O que é que ela significa?
A11: Que quando você coloca uma massa, a velocidade da luz, ela se transforma em energia. Quando você
coloca uma massa e uma certa aceleração, ela se transforma em energia.
PP: E o quê que significa isso aqui?
A11: É energia, que é igual a massa, vezes a velocidade da luz, ao quadrado.
PP: É, né. Mais alguma coisa?
A12 -2016-06-02_10'51'23'
PP: Então, assim. Dentro da escola, né, assim, em que situação você já usou o computador, por indicação dos
professores?
A12: Geralmente, nas cadeiras de ensino médio, a gente não usa muito não. Só técnica mesmo. A gente não é de
usar muito computador não, mais sala.
PP: Uhum. E se fosse para comparar uma aula, assim, com computador e uma aula tradicional. Qual a que lhe
cativa mais?
A12: A tradicional, porque eu não tenho paciência para o computador não.
PP: É? Não tem não? Mas por quê?
A12: Porque eu não tenho paciência de ficar no computador. Eu prefiro a aula normal. Computador não me
cativa muito não.
PP: Prefere uma aula tradicional, né?
A12: Uhum.
PP: A gente teve três aulas. Deixa eu lembrar aqui, né. Teve aquela do laboratório, que passou o vídeo, né?
A12: Uhum.
PP: Teve aquela dos slides. Dos slides, até que mostrou uma simulação. E teve aquela última da prática do
Scratch lá, né? Aí desses três, (alguma coisa) assim, eu queria que você comentasse, assim. O que é que lhe
agradou mais, alguma atividade e o que lhe agradou menos, ((ininteligível))?
A12: Eu acho que o que agradou mais foi a prática.
PP: Mesmo sem paciência?
A12: Mesmo sem paciência foi interativa, é legal o site.
PP: Uhum. É? E o que agradou menos aí, para ser (registrado) ali?
A12: Não sei, eu acho que os vídeos.
PP: Os vídeos?
A12: Uhum. Meio cansativo.
PP: Pronto. Já que você falou em vídeo. Eu queria que você comentasse um pouco sobre o professor trazer um
vídeo, para auxiliar na explicação de um assunto. O que é que você acha?
A12: É legal, só que se for muito extenso, assim, fica cansativo. Chega um momento que fica muito cansativo.
PP: Eu mostrei algumas simulações, eu não sei você se lembra? Simulações lá, do trem, né?
A12: Uhum.
PP: Da luz, né? Um corpo lá se contraindo, né? Aquela aula dos slides, né. Dessas simulações aí, com que
frequência outros professores utilizam?
A12: Quase nunca.
PP: Não?
A12: Não.
PP: E nem química? Nem biologia?
118
A13 -2016-06-02_10'25'00'
PP: É o seguinte. Dentro da escola, né, em que situações você já usou o computador, indicação dos professores?
A13: Na aula de biologia, quando está fazendo mapa de conceitos.
PP: É? Ele leva vocês para o laboratório?
A13: Não, no começo, no primeiro dia de aula, ele dá um programa para você baixar no seu computador e depois
é (pedido) pra você baixar em casa para você.
PP: Aí você faz em casa é?
A13: Uhum.
PP: Ah, mas dentro da escola não?
A13: Não, na escola não.
PP: Só começo exercício, né?
A13: Uhum. É para (mapa), né. Tenta registrar o (mapa), né.
PP: Em casa, né? Aí você manda a planilha?
A13: É. Imprime.
PP: Se fosse para comparar uma aula, né. Se fosse para comparar uma aula utilizando o computador e uma aula
tradicional. Qual é a que lhe cativa mais?
A13: Aí depende. A aula tem muita explicação. Assim, depende da aula. Tem muitos professores que dão aula
lá, na (frente) e o aluno não tem nada. Tem aula no computador que o professor dá, que tem que ter mais coisas.
PP: Mas isso, eu estou falando nas aulas de ensino médio, sem ser as aulas técnicas. Acontece isso?
A13: Não. Eu acho melhor a aula, assim, o professor explicando na lousa. É mais fácil.
120
PP: É? A gente teve três aulas, né. Não sei se você se lembra? Teve as últimas três, né? Foi uma no laboratório,
que a gente passou um vídeo, né. Teve um vídeo. E a outra foi aquela com os slides, eu acho até que uma
simulação. E a outra foi com o Scratch, aquele programa. Dessas três aulas, para comentar, assim, a que lhe
agradou mais e a que lhe agradou menos?
A13: Aqui agradou menos foi a aula com slide. Sou péssima no negócio do slide. E a melhor aula foi a do
programa, que deu para entender com aquelas animações. Deu para entender bem.
PP: Certo. E com relação aos vídeos? Você acha que os vídeos, qualquer aula, sem ser só de física, eles ajudam
na aprendizagem?
A13: Assim, no vídeo a ((ininteligível)) era muito grande. Aí dava aquele sono lá. Isso dá para entender a
história, só que pelo fato dele ser grande, no meio você se perde.
PP: Certo. Teve uma aula, aquela com os slides, que mostra uma simulação, né.
A13: Do trem?
PP: Você lembra? Do trem, né. Do ((ininteligível)). Aquela da luz, né? As lanternas. Teve também aquela da
contração, né, que se movia e diminuía. Com que frequência, assim, outros professores utilizam simulações, né,
nas aulas?
A13: Com pouca frequência.
PP: Pouca? Em biologia, química, matemática?
A13: Não.
PP: Não utilizam? E o que que você acha, assim, dessas simulações? Essas animações, assim? Como
((ininteligível))?
A13: Melhor entendimento da pessoa, porque, às vezes, a pessoa só falando, falando, falando, você não vai
imaginar o que vai acontecer. Aí como a simulação você pode entender melhor.
PP: É? E no caso daquela simulação que você viu, né, que eu passei. Você acha que elas foram úteis mesmo,
para aprender alguma coisa?
A13: Uhum. Tipo a luz lá, do trem. Que o observador via a luz, tipo, formando um triângulo e quem estava
dentro do trem, via a luz sumindo. Batia e voltava.
PP: Certo. Então, isso, beleza. Quanto a questão daqueles questionários, né. Vocês responderam aqueles
questionários, né, na primeira aula, né, e na última, né. Algum professor já utilizou aquilo ali como prova? Uma
prova?
A13: Não.
PP: É? E o que é que você achou daquilo ali? Você fazer uma prova em um computador?
A13: Eu achei bom. Muito melhor. Porque as perguntas lá, tem verdadeiro, falso ou verdadeiro. Aí tinha uma
lógica. Tem duas coisas lá. Isso é falso ou verdadeiro. Essa ((ininteligível)) aquela ali. Aí quando você vai
((ininteligível)) no assunto, aí reforçava a mais. Dava para entender melhor a prova.
PP: Uhum. Como relação ao Scratch, né. Já conhecia o Scratch?
A13: Não.
PP: Nunca ouviu falar do programa?
A13: Não tinha visto não.
PP: Qual a sua opinião, assim, daquela atividade usando aquele software, né, o Scratch ali? A historinha e tal? A
tua opinião.
A13: Opinião sobre ele? Eu gostei muito daquele programa. Só faltava mais exemplos, porque só tinha um
exemplo lá, ((ininteligível)) ao senhor. Tem um exemplo lá, da nave. Só precisava ter mais exemplos, para
aprofundar mais no assunto. Era isso.
PP: E quanto à forma de manusear ele, utilizar ele? Achou fácil, ou difícil?
A13: É fácil.
PP: Você acha que foi útil o programa?
121
A14 -2016-06-02_10'38'22'
PP: É o seguinte. Dentro da escola, né. Dentro da escola, em que situações realçou o computador por indicação
do professor?
A14: Nas aulas de informática básica.
PP: É, tirando as questões técnicas. Colocando só história, geografia.
A14: Não. Só usei ((ininteligível)) não.
PP: Qual?
A14: Só o (funcionamento).
PP: O (funcionamento)?
A14: É.
122
PP: Se fosse para comparar uma aula utilizando o computador e uma aula tradicional. Qual é que você gosta
mais?
A14: Pelo computador.
PP: Por quê?
A14: Porque é mais interessante. Mas legal.
PP: Uhum. Mas porque é mais interessante, assim? Qual é a diferença que você vê? Pega um ponto negativo e
um ponto positivo, assim. Diga aí. Eu gosto de computador, porque causa disso e disso. Por quê? Mais rápido?
Mais cativante? Por quê?
A14: É mas cativante. Mas, assim.
PP: Uhum. Se fosse para fazer um comentário, né. Um comentário. A gente teve três aulas, né, sobre a
relatividade. Não sei se você se lembra? A primeira foi lá, no laboratório. A gente até passou um vídeo, né, vocês
responderam, até, um questionário. A segunda foi aquela dos slides. Passou os slides com animação, né. E teve
também aquela final, né. Teve a prática e tudo, né?
A14: Certo.
PP: Dessas três aulas aí, o que é que lhe agradou mais e o que é que lhe agradou menos? Pontos positivos e
pontos negativos. Tenta lembrar então, o que foi que gostou mais. Eu gostei mais disso porque, eu não gostei.
Diga aí. Pode dizer.
A14: Eu não estou lembrado não, muito das aulas.
PP: Ah, não?
A14: Tem não.
PP: Das atividades, assim, que passou?
A14: Eu não estou lembrado não.
PP: É? De uma forma geral, assim. Em relação a exposição de vídeos na sala. Em relação a exposição de vídeos,
você acha que contribui para a aprendizagem? Como é que funciona?
A14: Contribui.
PP: Porque, assim? Um vídeo? Qual é a vantagem, assim, do vídeo? Qual é a desvantagem que você vê ali?
A14: Rapaz.
PP: Qual é a sua opinião sobre isso? Sobre o professor trazer um vídeo para explicar um assunto.
A14: Eu não sei. Eu não sei. Eu acho melhor o professor ensinando mesmo, do que passar um vídeo.
PP: Por quê? O vídeo é chato? Dorme?
A14: É.
PP: Dorme?
A14: É meio tedioso assistir vídeo.
PP: Na sala, né?
A14: É.
PP: (Recapitulando) eu passei umas animaçõeszinhas lá, né, do trem, na sala, né. Estava lá, a da luz. Da
velocidade da luz, né. Com que frequência, outros professores utilizam essas demonstrações?
A14: Ah, eu não nunca tinha visto isso não.
PP: Sim, mas esse todinho aqui, nunca?
A14: Não.
PP: Tirando as disciplinas técnicas, né.
A14: É.
PP: Nunca viu não, né?
123
A14: Não.
PP: E o que é que tu achas dessas animações, para você aprender? Acha válido, ou não?
A14: São boas.
PP: É? Porque que são boas? Diga aí.
A14: Porque, sei lá. É mais chamativo, assim, as coisas.
PP: Mais atrativa é?
A14: É. Mais atrativo. Aí você se interessa mais em aprender.
PP: Uhum. A gente fez, vocês fizeram alguns questionários, né. Alguns questionários lá, online, né. Algum
professor já utilizou aquilo como prova de avaliação?
A14: Não.
PP: Não, né? O que é que tu achaste dele, assim? De responder a prova através de um questionário?
A14: É interessante.
PP: Melhor do que a prova, né?
A14: É. Melhor.
PP: Sobre o Scratch. Já conhecia o Scratch, aquele programazinho lá?
A14: Não.
PP: Nunca tinha visto?
A14: Não.
PP: Aquele programazinho lá, que aparece lá, o Einstein falando, né. Aquele último, né.
A14: Sei não, nunca tinha visto não.
PP: O que é que tu achaste daquela atividade, utilizando o Scratch? Qual a opinião aí?
A14: É, foi boa a atividade.
PP: Foi?
A14: Foi.
PP: Tem alguma coisa a falar sobre ele, assim? Se ajudou, se não?
A14: Ajudou.
PP: E a forma de manusear ele? É fácil? É difícil?
A14: Foi fácil.
PP: Você acha que ele foi útil para aprender relatividade? Aquele programa ali?
A14: Foi.
PP: Por que que foi útil?
A14: Porque é uma coisa mais, (chama) a pessoa para aprender. E se chamava atenção para uma facilidade.
PP: É? E o tempo? Quanto ao tempo? Acha que foi suficiente, o tempo, para fazer a atividade?
A14: Foi.
PP: E, por exemplo, naquele programa ali. O que é que você acha que poderia ter mudado ali, naquele programa
ali. Qual a sua sugestão para melhorar aquilo? O que você acha que deveria ter e não teve? Ou deveria ter tirado?
Tem alguma coisa?
A14: Tem não. Está bom daquele jeito.
PP: Está? Agora, sobre assunto, né. O conteúdo, né. Se fosse para você explicar, né. O que é que diz a teoria da
relatividade especial?
A14: Diz que o tempo e a distância são relativos e o tempo não é absoluto.
124
PP: Uhum. E o que é dilatação temporal? O que é que entendeu sobre isso? O que é dilatação do tempo? O que é
isso? Como é que ocorre? Toda a vida ocorre aquilo ali?
A14: Não.
PP: Para que tu precises? Por quê? Ãhm?
A14: Nada.
PP: E a contração do espaço? Como é que ocorre? O que é que tu entendeste? Nada, nada, nada?
A14: Não.
PP: O que que é preciso acontecer ali, para ocorrer aquilo?
A14: Eu não estou lembrado não.
PP: E pelo que tu entendeste, né. O que que significa essa equação aqui? E=mc2?
A14: Energia é igual a massa vezes a velocidade da luz.
PP: E o que quer dizer, assim, o conceito específico?
A14: Ah, eu não sei dizer, não.
PP: Uhm? (Isso) tem?
A14: Eu não sei dizer, não. Eu não estou lembrado não.
PP: Não sabe, né? Não mesmo? Quer ver a nota?
A15 -2016-06-02_11'01'23'
PP: Vamos lá. Primeiro aqui. Dentro da escola, né, assim, em que situações tu já usaste o computador, por
indicação dos professores?
A15: Poucas. ((Ininteligível)).
PP: Poucas? Grande ensino médio todo, assim?
A15: Poucas. Normalmente eles passam pesquisa. É difícil, é mais quando eles passam trabalho.
PP: Não, mas dentro da escola?
A15: Sim, da escola, para usar aqui na escola, né. Para as matérias só de ensino médio, né?
PP: É. Só do ensino médio.
A15: Quase nada.
PP: Uhum. E se fosse para comparar, assim, uma aula utilizando o computador, com uma aula tradicional. Qual
é a que lhe cativa mais aí?
A15: A do computador, por causa que na sala é aquela mesmice. Nenhum aluno gosta de ficar sempre só na aula.
Aquela coisa todo dia, todo dia. Então ele não inova e ela falando de inovar e o aluno foi chamado a atenção,
pelas aulas de laboratório.
PP: Certo. A gente teve três aulas, né. Aquelas do aplica do vídeo, né. Aí teve aquela que eu mostrei uma
simulação para vocês na sala, do slide, né. E, por fim, teve aquela. Aí, dentro dessas três aulas que a gente teve,
né. Eu queria que você comentasse. Assim, se você se lembra, né, o que que lhe agradou mais e o que que lhe
agradou menos, daquelas atividades lá?
A15: Aquela aula que teve a simulação do trem, com a coisa de Einstein, eu acho que, é legal, porque você vai
prestar mais atenção e você vai conseguir resolver alguma coisa assim. Chamou muito a atenção. Ensina mesmo,
como que nada. E até eu gostei menos foi o documentário.
PP: O documentário, né? Pronto. Já que tu falaste em documentário aí, eu queria que você comentasse sobre a
questão do professor trazer vídeos e documentários, para a aprendizagem de física. O que é que você acha?
A15: É bom. Mas a questão de não ser muito longa. Tipo uns 15 minutos, 20. Passa de meia hora, já fica meio
assim.
PP: O aluno dorme, né?
125
A15: É. Com relação as simulações. Eu não sei se tu lembras, eu passei umas simulações ali, na fala, né?
A15: Na sala.
PP: Os slides, depois, né? Sobre o trem. O trem lá, se movimentando. Da luz. Com que frequência outros
professores utilizam essas simulações?
A15: Zero.
PP: Zero? Nas outras disciplinas? Nenhuma?
A15: Simulação não. Só slide.
PP: E o que é que você acha dessas animações, simulações?
A15: É legal. A aula fica interessante. Fica bem interessante.
PP: Acha que elas são úteis, assim, para aprender?
A15: São. O entendimento é melhor.
PP: É?
A15: Que eu acho que o processo é mais completo.
PP: Uhum. Bom, a gente respondeu a alguns questionários, foi? Uns questionários lá, tudo. Com relação àqueles
questionários ali, que vocês fizeram online, né. Algum outro professor já utilizou esse método, assim, de fazer
uma prova?
A15: Daquele jeito ali, não.
PP: É, né? E o que que você achou ali, comparado ali, a prova tradicional como aquela ali?
A15: Meio, até mais rápido. Bem mais rápido.
PP: Mais rápido?
A15: Mas o restante também, ((ininteligível)) a questão.
PP: É, né.
A15: Eu achei melhor.
PP: E quanto ao Scratch? Já conhecia o Scratch?
A15: Conheci como o senhor.
PP: Conheceu aqui, né?
A15: Uhum.
PP: E qual foi a tua opinião, com relativa a aquela atividade ali, específica do Scratch, ali?
A15: É boa. É prática. É fácil.
PP: Fácil? E quanto a manuseá-lo? Foi fácil, ou foi difícil?
A15: É, foi simples. Normal.
PP: Uhum. E você acha que ele foi útil?
A15: Foi.
PP: Por que que foi útil?
A15: Porque assim, em uma prova tradicional, né, tem muita questão e pensa até mais. Lá no Scratch, era só
você marcar e enviar. É né, então é prático. ((Ininteligível)).
PP: É, né? E o tempo para utilizar ele lá? Foi suficiente?
A15: Foi.
PP: Uhum. E assim, como sugestão. O que é que poderia ser mudado ali, naquela animaçãozinha que foi feita
ali? Nas histórias? O que poderia ser tirado?
A15: Não, ser tirado não. Ela ficar um pouco mais lenta.
126
A16 -2016-06-02_11'12'31'
PP: Vamos lá. Dentro da escola, né. O uso do computador. Em que situações você já usou o computador, assim,
por indicação dos professores? Dentro da escola?
A16: Assim, dentro da escola, sem ser em matéria técnica, a gente nunca usou não.
127
PP: Foi? E com relação a manuseá-la? O que é que você achou ali?
A16: Foi fácil.
PP: Foi fácil de manuseá-la?
A16: É, não foi difícil não.
PP: Uhum. Mas porque que ele foi o último ali? O que é que você achou útil? Porque que você acha que você
aprendeu o melhor com isso aí?
A16: Como eu disse, tudo que envolve tecnologia, às vezes, é até mais difícil, mas eu sempre acho mais fácil. A
gente tenta se interessar mais pelo que tenta economizar. Pelo menos eu sou assim, né.
PP: Certo. E qual relação ao tempo para a atividade ali, como o Scratch? Foi suficiente o tempo?
A16: Foi. Foi suficiente.
PP: Deu tempo de fazer tudo?
A16: Um pouquinho complicado, mas.
PP: Foi?
A16: Foi.
PP: Como sugestão ali, né. O que é que você acha que faltou, ou o que deveria ser tirado daquele programazinho
do Scratch, ali?
A16: Sugestão, assim. Não tem ideia. Foi bom, foi produtivo.
PP: Uhum. Com relação à atividade especial, né. Que é o assunto mesmo, né. Pelo que você entendeu, o que é
que diz a teoria da relatividade especial? Em poucas palavras.
A16: Em poucas palavras, diz que a distância e o tempo, em relação a velocidade da luz, eles são relativos e o
tempo não é, como é que eu posso dizer, absoluto.
PP: Uhum. E o que é que é a dilatação temporal? O que que é isso?
A16: Dilatação e quando você está numa velocidade muito alta, a velocidade da luz, o tempo para você, o tempo
vai passar mais devagar. O que eu entendi foi isso.
PP: Uhum. E a contração do espaço, o que é que vem a ser isso?
A16: É do mesmo jeito. Quando na velocidade da luz as coisas vão se contraindo, vamos ficar menores, porque
elas estão numa velocidade muito grande.
PP: E pelo que você entendeu, o que é que significa essa equação aqui. E=mc 2?
A16: E=mc2. Energia é igual a massa vezes a velocidade da luz ao quadrado, né. É que a massa, quando ela é
colocada numa velocidade muito grande, ela vai se transformar em energia.
PP: É, né? Mais alguma coisa sobre essa questão aí?
A16: Não. Só isso mesmo.
APÊNDICE E – Guia de recomendações aos professores.
Introdução
https://scratch.mit.edu/projects/86607735/
Figura 1. Capa de abertura e link do Objeto de aprendizagem.
129
GUIA DO PROFESSOR
OBJETO DE APRENDIZAGEM
RELATIVIDADE ESPECIAL
os efeitos da relatividade que estão presentes no cotidiano do aluno como a tecnologia do GPS e
também como previsto no decaimento de algumas partículas, como o múon.
Pré-requisitos
Para um maior aproveitamento do uso deste OA é necessário que o aluno possua alguns
conhecimentos prévios, tais como:
Compreender as grandezas físicas velocidade e tempo;
Possuir o conhecimento matemático de geometria de um triângulo e a utilização do teorema
de Pitágoras;
Saber dos conceitos relacionados à relatividade de Galileu com relação ao movimento dos
corpos.
Série/Faixa etária
Este objeto digital de aprendizagem é recomendado para alunos do 3º ano do Ensino Médio, ou
para qualquer nível onde o professor identifique que os alunos já possuam os pré-requisitos
desejados.
130
GUIA DO PROFESSOR
OBJETO DE APRENDIZAGEM
RELATIVIDADE ESPECIAL
Na sala de aula
Na sala de computadores
131
GUIA DO PROFESSOR
OBJETO DE APRENDIZAGEM
RELATIVIDADE ESPECIAL
Preparação
Requerimentos técnicos
Caso não disponha de uma conexão com a internet o uso deste objeto de aprendizagem
pode perfeitamente trabalhar offline. Para isto, requer a instalação do programa Scratch 2.0 em
todos os PC que devem ser utilizados na atividade. Esta versão funcionará no Mac, Windows e
algumas versões do Linux (32 bits). Para usuários de Mac: a última versão do Scratch 2.0 Offline
requer o Adobe Air 20.
132
GUIA DO PROFESSOR
OBJETO DE APRENDIZAGEM
RELATIVIDADE ESPECIAL
Avaliação
Depois de verificada uma sólida interação com as etapas dispostas neste objeto, é hora de
avaliar o que o aluno construiu com relação aos conceitos abordados da Relatividade Especial.
Como forma de averiguação dos conceitos vistos, recomenda-se que no processo avaliativo
preponderem questões conceituais que contextualizem com a realidade vivida pelos aprendizes e
enalteça o conteúdo da Relatividade inclusa neste contexto. Além das tarefas propostas no OA,
como sugestão, o docente pode utilizar como recurso avaliativo que seja construído mapas
conceituais à luz da teoria da aprendizagem significativa de Novak e Ausubel.
133