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Aula 08

Polícia Penal-DF (Policial Penal) Bizu


Estratégico - 2022 (Pós-Edital)

Autor:
Willian Henrique Daronch,
Elizabeth Menezes de Pinho Alves,
Leonardo Mathias, Marcela Neves
Suonski, Aline Calado Fernandes,
Arthur Fontes da Silva Jr

11 de Abril de 2022

01610200110 - Bruno Zafred


Willian Henrique Daronch, Elizabeth Menezes de Pinho Alves, Leonardo Mathias, Marcela Neves Suonski, Aline Calado Fernand
Aula 08

BIZU ESTRATÉGICO DE CRIMINOLOGIA (PP DF)


Olá, prezado(a) aluno(a). Tudo certo?

Neste material, traremos uma seleção de bizus da disciplina de Criminologia para o


concurso da Polícia Penal do Distrito Federal.

O objetivo é proporcionar uma revisão rápida e de alta qualidade aos alunos por meio
de tópicos que possuem as maiores chances de incidência em prova.

Todos os bizus destinam-se a alunos que já estejam na fase bem final de revisão (que já
estudaram bastante o conteúdo teórico da disciplina e, nos últimos dias, precisam revisar por
algum material bem curto e objetivo).

Marcela Daronch Leonardo Mathias


@marcelaestrategica @profleomathias

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ANÁLISE ESTATÍSTICA

Primeiramente, vamos dar uma olhadinha em como a matéria de Criminologia está


disposta no nosso edital:
Criminologia: 4. Noções introdutórias de criminologia: conceito, objeto, método e histórico.
5. Escolas sociológicas do crime. 5.1 Escola clássica e positiva. 5.2. Escola de política
nflito. 5.4. Escola de Chicago.
5.5. Teoria da associação diferencial. 5.6. Teoria da anomia. 5.7. Teoria da subcultura
. 5.9. Teoria crítica. 5.10. Teoria behaviorista. 5.11.
Teoria das técnicas de neutralização. 5.12. Teoria da aprendizagem social. 6. Perfilamento
criminal. 7. Testes de personalidade e inteligência. 8. Estatís tica criminal e cifra negra. 9.
Bioantropologia criminal. 10. Vitimologia. 11. Classificação dos criminosos. 12. Prevenção
criminal. 13. Criminologia cultural. 14. Criminologia clínica. 14.1. Psicopatologia criminal. 14.2.
Modernas teorias criminológicas. 14.3. Exame criminológico.

Com base nisso, segue abaixo uma análise estatística dos assuntos mais exigidos em
Criminologia na área policial para mandarmos super bem na prova!

Criminologia (Foram encontradas 96 questões)


Quantidade de
Assunto % de cobrança
questões
1. Noções introdutórias de criminologia: conceito,
28 29,17%
método, objeto e histórico

2. Escolas sociológicas do crime 9 9,38%

3. Teorias sociológicas da criminalidade:


17 17,71%
Criminologia do Consenso e do Conflito

4. Perfilamento Criminal 0 0,00%

5. Testes de personalidade e inteligência 0 0,00%

6. Estatística criminal e cifra negra 4 5,21%

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7. Bioantropologia criminal 0 0,00%

8. Vitimologia 16 16,67%

9. Prevenção criminal 20 20,83%

10. Criminologia cultural e criminologia clínica 0 0,00%

11. Psicopatologia criminal 0 0,00%

12. Modernas teorias criminológicas 1 1,04%

13. Exame criminológico 0 0,00%

Obs.: Pelo fato de haver poucas questões da banca examinadora INSTITUTO AOCP, a análise
estatística acima foi realizada com base nos temas mais cobrados dentro da área policial.

Criminologia- PP DF
Assunto Bizus Caderno de Questões
Noções introdutórias de criminologia:
conceito, método, objeto e histórico http://questo.es/bq6cc6

Escolas sociológicas do crime http://questo.es/y7qzse

Teorias sociológicas da criminalidade http://questo.es/3a46cy

Vitimologia http://questo.es/1euo4a

Prevenção Criminal, Estatística Criminal e


Cifra Negra http://questo.es/h3ss1l

Os cadernos acima foram elaborados utilizando um filtro amplo para que o aluno possa
treinar com um grande volume de questões e ganhar na memorização.

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Apresentação

Olá, futuro(a) aprovado(a)! Antes de darmos início aos nossos trabalhos, farei uma breve
apresentação:

Meu nome é Marcela Daronch, tenho 25 anos e moro


em Cascavel/PR. Sou formada em Direito, Pós-
graduada em Investigação Criminal e Legislação
Penal, e Pós-graduanda em Criminalística,
Cybercrimes e o Papel da Polícia Judiciária pela
Faculdade Unyleya- Estratégia.

Minha jornada no mundo dos concursos públicos se


iniciou logo durante a faculdade, e hoje conto com
algumas aprovações: no ano de 2019 aprovei no XXIX
Exame da Ordem e no concurso do DEAP/SC, para o
qual fui convocada para o curso de formação em 20º lugar, e no ano de 2021 aprovei para o
cargo de escrivão da PC-MG.

Atualmente sigo firme nos estudos para o cargo de Delegado de Polícia, que é meu sonho de
princesa!

Bom, chega de bater papo e vamos logo ao que realmente interessa, né?!

Utilizarei as experiências e conhecimentos adquiridos ao longo da minha trajetória para auxiliá-


lo(a) na disciplina de Criminologia. Fiz uma análise bem cautelosa dos assuntos mais
queridinhos dentro da área policial, e todos eles estão aqui. Espero que gostem!

Marcela Daronch

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Noções introdutórias de criminologia: conceito, método, objeto e


histórico

1) Conceito


internacionalmente a partir de Raffaele Garofalo, em 1885, em seu livro Criminologia.

 Criminologia é uma ciência autônoma, empírica e interdisciplinar que estuda o crime, o


criminoso, a vítima, o controle social e todas as demais circunstâncias que envolvem o
fenômeno criminoso.
a) Ciência autônoma: Possui métodos e objetos de estudos próprios;
b) Ciência empírica: Método da observação e experimentação. Trabalha sobre
bases concretas, pela análise de acontecimentos do mundo real (e não apenas
abstratos);
c) Ciência interdisciplinar: se vale de diversos ramos da ciência como auxílio
(psicologia, sociologia, antropologia, direito, filosofia...). Os saberes se integram
e cooperam entre si. É diferente de multidisciplinariedade, uma ciência é
multidisciplinar quando os ramos do saber trabalham lado a lado, porém cada
um com sua própria visão sobre o tema (visões compartimentadas);
d) Ciência causal-explicativa: estuda o delito além da visão de violação de uma
norma, buscando entender suas causas. Difere do Direito Penal, que é
compreendido como uma ciência normativa, por analisar o crime somente pelo
prisma da transgressão da norma.
e) Ciência social: a criminologia é uma ciência filiada à Sociologia, e não uma
ciência social independente e desorientada.

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 A criminologia é uma ciência do ser, ao contrário do Direito Penal, que é uma ciência do
dever ser (tem por finalidade precípua a defesa de bens jurídicos).

 O Direito Penal vê o crime como fenômeno jurídico (transgressão da norma) e a


criminologia analisa o crime como um fator social, dando o diagnóstico do fenômeno
criminoso e apresentando, inclusive, diretrizes e programas para evitar a prática de crimes.

 Podemos concluir que a Criminologia:


a) Não é normativa;
b) Não é teorética;
c) Não é ciência do "dever ser";
d) Não é uma ciência exata.

2) Objetos da Criminologia

 Nos primórdios da criminologia, a escola positivista se concentrava no estudo da figura do


criminoso em si. A partir da década de 50, a criminologia passou a se ocupar também do
estudo da vítima e do controle social.

 Atualmente, a criminologia vê o crime como um problema social, um verdadeiro


fenômeno comunitário, abrangendo quatro elementos constitutivos:

 Dessa forma, prevalece que a Criminologia tem por objetos:

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a) CRIME/DELITO: o crime é compreendido como um fenômeno humano, social


e cultural. Não há crime na natureza e é a sociedade quem determina, de acordo
com os valores e costumes de uma época, quais condutas são consideradas
delituosas.

b) CRIMINOSO/DELINQUENTE: vimos que a criminologia é uma ciência causal-


explicativa, pois busca entender as circunstâncias que cercam o criminoso,
abrangendo todos os fatores externos e internos que influiram em sua
delinquência. As definições sobre o criminoso variam entre as escolas
criminológicas.

 Na Escola Clássica, o criminoso é visto como pecador. Pessoa dotada de


livre arbítrio que optar por praticar o mal. Nega a influência de fatores
externos.
 No Positivismo antropológico, o delinquente é visto como um ser atávico
que, na maioria das vezes, já nasce criminoso (perspectiva predeterminista).
 Para a Escola Correcionalista, a pena possuía função terapêutica, isenta de
cunho retribucionista, e o delinquente era uma pessoa que necessitava de
ajuda.

c) VÍTIMA: antes, o papel da vítima não era tão relevante no estudo do fenômeno
criminoso. Atualmente, entretanto, seu estudo é considerado primordial, de
forma que passou até mesmo a constituir um sub-ramo específico de estudo, a
vitimologia. Há três grandes instantes da vítima nos estudos penais:
 A idade do ouro;
 A neutralização do poder da vítima;
 A revalorização de sua importância.

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d) CONTROLE SOCIAL: conjunto de mecanismos e sanções sociais que buscam


submeter os indivíduos às normas de convivência social. Há dois sistemas de
controle que coexistem na sociedade:

3) Métodos da Criminologia

 A criminologia se utiliza dos métodos biológico e sociológico, gravem isso porque


despenca em prova.

 Como ciência empírica e experimental que é, a criminologia utiliza-se da metodologia


experimental, naturalística e indutiva para estudar o delinquente, não sendo suficiente, no
entanto, para delimitar as causas da criminalidade.

 Desde o início da fase científica, a Criminologia se vale dois métodos fundamentais para a
produção de conhecimento:
a) EMPIRISMO: a criminologia se baseia na observação e experimentação de fatos
da vida real (e não apenas abstratos). A criminologia é uma ciência pertencente
ao mundo do ser (e não do dever ser), a qual parte da análise dos fatos para
chegar à norma. O método empírico foi trazido pela Escola Positiva. Antes, a
Escola Clássica adotava método formal, abstrato e dedutivo, enquanto os
positivistas passaram a adotar método empírico e indutivo.

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b) INTERDISCIPLINARIEDADE: a Criminologia é uma ciência autônoma baseada


na integração e cooperação de diversos ramos de conhecimento (psicologia,
antropologia, sociologia...).

4) Funções da Criminologia

5) Direito penal X Criminologia X Política Criminal

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Escolas Sociológicas do Crime

6) Escola Liberal Clássica

 A escola clássica, inserida no período pré-científico, é marcada pela adoção de método


lógico, formal, dedutivo e abstrato na formação do conhecimento, o que veio a ser
contraposto pelo empirismo do movimento positivista.

 Principais expoentes: Cesare Bonesana (Marquês de Beccaria), autor da obra Dos


e Francesco Carrara.

 O crime decorre da vontade. O criminoso é indivíduo dotado de livre arbítrio e


autodeterminação. Fundamento da responsabilidade individual.

 O indivíduo signatário do contrato social é dotado de livre arbítrio e descumpre a lei de


forma livre e consciente, sujeitando-se a uma pena como resposta objetiva e forma de
restabelecimento da ordem jurídica violada. A Escola Clássica não considera a influência
de fatores externos sobre o criminoso, como a condição econômico-social, etc.

 Surgimento no contexto de ideias iluministas. Segundo a doutrina, seu nascimento (final


do Século XVIII), se dá como reação ao totalitarismo do estado absolutista.


Tratamento mais humano ao homem que vive em sociedade, já que este cede parcela de
sua liberdade para viver em sociedade. O crime configura quebra do contrato social,
diante da qual deve ser aplicada uma pena proporcional.

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 Humanismo e rejeição às penas desproporcionais tí

 Separação dos poderes como garantia dos direitos e limitação ao poder punitivo Estatal.

 Dano social e defesa social como fundamentos da pena e da Teoria do Delito.

 Além da proporcionalidade da penas e da importância da publicidade do processo e do


valor das provas, Beccaria abordou o Princípio da Legalidade na cominação das penas e
vedação da livre interpretação judicial da lei.

 Teorias retribucionistas (absolutas) da pena.

7) Criminologia Positivista Italiana

 A escola positivista marca o início do período científico da Criminologia e seu status de


ciência autônoma.

 Contrapõe-se aos métodos da Escola Clássica ao adotar método empírico e indutivo.

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 ), Enrico Ferri e
Raffaele Garofalo.

 Ganhou força no final do séc. XIX e passou ter enfoque na pesquisa das causas da
criminalidade.

 Compreende que o estudo do fenômeno criminoso de ocorrer por uma análise de fatores
causais-explicativos. A busca pelas causas do delito é o que se denomina paradigma
etiológico. As causas do delito podem ser de diversas ordens (sociais, biológicas,
psicológicas, etc.). Rompe com a concepção clássica de que o criminoso delinque
exclusivamente porque quer (Escola Clássica desconsiderava os fatores externos).

 Relevância dos estudos biológicos e sociológicos (doutrinas evolucionistas de Darwin e


Lamarck e sociológicas de Comte e Spencer).

 O livre arbítrio proposto pela Escola clássica perde espaço para uma concepção
determinista do criminoso.

 A doutrina divide a Escola Positiva em três fases:


a) Fase antropológica (Cesare Lombroso): leva em conta as características físicas
do criminoso. Em contraposição à ideia de livre arbítrio adotada pela
Criminologia clássica, via o criminoso como uma pessoa pré-disposta ao crime,
levando em consideração fatores biológicos (teoria do criminoso nato).
Lombroso iniciou a utilização do método indutivo e empírico de investigação,
classificando os criminosos em:
 Natos;
 Loucos;
 Ocasionais; e
 Passionais.

b) Fase sociológica (Enrico Ferri): visão sociológica do criminoso, contribuição de


fatores individuais, físicos e sociais. O crime é, principalmente, um fenômeno
social. As medidas de segurança foram uma forma apresentada por Enrico Ferri.
lassificou os criminosos em:
 Natos;
 Loucos;
 Habituais;
 Ocasionais; e
 Passionais.

c) Fase jurídica (Raffaele Garófalo): normatizou as ideias da Escola Positiva,


transformando as ideias em fórmulas jurídicas. O crime ocorre em razão de uma
anomalia psíquica ou moral, decorrentea de uma mutação psíquica transmissível
hereditariamente. Garófalo classificou os criminosos em:
 Assassinos;
 Criminosos violentos ou energéticos;

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 Ladrões; e
 Lascivos.

8) Diferenças entre a Escola Clássica e a Escola Positivista

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Teorias Sociológicas da Criminalidade

9) Divisão

10) Panorama geral das Teorias do Consenso

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11) Escola de Chicago

 A Escola de Chicago trouxe uma explicação ecológica para o fenômeno criminoso.


Defende que a criminalidade está diretamente relacionada às características dos
conglomerados urbanos. Para os teóricos desta escola, o meio urbano produz a
criminalidade.

 Robert Park foi um de seus principais expoentes. Também devem ser citados William I.
Tomas, Enerst Burgess, Clifford R. Shaw e Henry D McKay.

 O Departamento de Sociologia da Universidade de Chicago se debruçou sobre os


impactos da explosão demográfica que ocorria em Chicago no início do século XX.

 Trata o crescimento demográfico como formador do comportamento delinquente.


diretamente com o conglomerado urbano, o qual, muitas vezes estrutura-se de modo
desordenado.

 Zonas de delinquência: tese segundo a qual a delinquência é mais concentrada em


determinadas áreas, em razão, dentre outras coisas, da desorganização social.

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12) Teoria Ecológica ou da Desorganização Social

 O progresso leva à criminalidade aos grandes centros urbanos.

 A estabilidade e a integração contribuem para a ordem social, já a desordem social e a


ausência de integração contribuem para o aumento da criminalidade.

 Atribui o aumento de criminalidade à debilidade do controle social.

 A rotina de trabalho e agitação diária, impede a criação de laços e afinidades, fazendo


com que essa ausência de solidariedade e laços ocasionem deficiência no controle social
informal.

 A desordem justifica-se pela falta de integração e sentimento de solidariedade entre


membros de uma sociedade.

 Deterioração de núcleos primários (família, igreja, etc.).

13) Teoria Espacial

 Para Oscar Newman, a estrutura física e arquitetônica das cidades é fato relevante na
incidência das práticas delitivas, pois o isolamento das pessoas em relação aos vizinhos e
inexistência de vigilância facilitam a ocorrência dos crimes.

14) Teoria das Janelas Quebradas

 Capitaneada por James Wilson e George Kelling.

 É necessária a repressão a delitos menores para inibir a prática de delitos mais graves.

 Foi realizado um experimento na cidade de Nova Iorque, no qual dois carros foram
deixados em regiões distintas. A escolha dos locais foi feita com base na maior e na menor
presença estatal, sendo quase inexistente no Bronx um policiamento ostensivo, enquanto
em Palo Alto, rica região da Califórnia, havia polícia pública ostensiva.

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 O carro deixado em Palo Alto não sofrera nenhum tipo de arrombamento ou qualquer
conduta criminosa. Enquanto o carro que ficou no Bronx estava, ao final, totalmente
arrombado e deteriorado, ficando apenas a sua carcaça.

 O motivo do surgimento do crime na periferia foi por causa da ausência estatal, pois no
menor sinal de prática criminosa, ainda que fosse no Bronx e tivesse policiamento
presente, seria tal conduta coibida pela força estatal. Quando se quebra a janela do carro
e nada é feito, tem-se a clara sinalização de que o Estado será omisso contra aquele
criminoso, dando ensejo a novas condutas.

15) Teoria da Tolerância Zero

 A Teoria da tolerância zero decorre da lógica defendida pela Teoria das janelas quebradas
e foi implementada em Nova Iorque na década de 1990, com base no Direito Penal
Máximo e no Neorretribucionismo.

 Política de repressão a toda e qualquer conduta desviante como forma de reafirmar o


poder do Estado e o respeito à lei.

 Aplicação do Direito Penal máximo e neorretribucionismo.

 order).

 A ideia era a de que se os crimes mais simples fossem punidos a sociedade estaria ciente
de que o Estado está presente e vai punir qualquer conduta praticada às margens da lei.

16) Teoria da Associação Diferencial

 Considera a aprendizagem social como fator principal que enseja o cometimento de


crimes. O desvio não é um fenômeno anormal, mas apenas um comportamento, como
outro qualquer, consequente de um processo de aprendizagem.

 Edwin Sutherland foi seu principal expoente e teve como base as ideias de Gabriel Tardê.
Destacamos os seguintes aspectos:
a) Para Sutherland, ninguém nasce criminoso, mas aprende a ser um. O crime
resulta de um processo falho de socialização do indivíduo. Assim, a pessoa se
torna delinquente por estar mais submetida a modelos de comportamento
delitivo do que modelos de comportamento não delitivos;
b) Para Sutherland, é necessário um processo de comunicação pessoal para o
aprendizado;
c) Sutherland notou que as explicações até então fornecidas pelas teorias
criminológicas não eram capazes de justificar o cometimento de crimes de
colarinho branco. Isso porque encontravam nas mazelas sociais (desorganização
demográfica, pobreza, etc.) a gênese do fenômeno criminoso;

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d) A partir dessa perspectiva que compreende que as classes nobres também estão
sujeitas ao crime uma vez que a delinquência deriva de um processo de
aprendizagem, e não propriamente das condições socioeconômicas é que
surge a expressão White-Collar Crime (crimes do colarinho branco). A expressão
foi criada no final dos anos 30 por Sutherland para se referir aos crimes
normalmente cometidos por membros de altas classes, especialmente no meio
executivo e empresarial;
e) Organização social diferenciada: a delinquência resulta de um processo de
socialização diferencial, em que há aprendizado do comportamento desviante.
Nega a ocorrência do comportamento criminoso a partir de fatores biológicos
hereditários, atribuindo-lhe uma origem social.

17) Teoria da Subcultura Delinquente

 A teoria da subcultura delinquente faz parte das teorias do consenso e foi criada por Albert

 Para esta teoria, todo agrupamento humano é dotado de subculturas, o que corresponde
à existência de valores distintos daqueles pregados pela cultura dominante.
 A delinquência não deriva de uma predisposição à violação da Lei, mas sim das
diferenças culturais.
 Perspectiva de rebeldia e reação de minorias desfavorecidas contra os valores
dominantes.
 As teorias da subcultura partem do princípio de que delinquentes são as culturas
e não as pessoas.
 Não se confunde com contracultura, quando há uma aversão ao que é tido como
socialmente aceito. Na subcultura, há uma diversidade entre a cultura dominante
e subculturas inseridas dentro do mesmo sistema.

 Albet Cohen determina que a subcultura delinquente se caracteriza por três fatores:
a) O não utilitarismo da ação;
b) Malícia da conduta;
c) Negativismo da conduta.

18) Teoria Estrutural-funcionalista do Desvio e da Anomia


uma anormalidade, já que entende ser inviável uma sociedade sem crime.

 O crime seria, em verdade, o fenômeno social que permitiria a própria reafirmação da


ordem social, posto que surge a possibilidade de reafirmação e legitimação dos vínculos
estruturais e estruturantes da sociedade.

 De acordo com Robert Merton, baseando-se nas ideias de Durkhein:


 A sociedade impõe objetivos e metas inalcançáveis para a maioria das pessoas.

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 Há um desequilíbrio entre os meios disponíveis para poucos e as metas culturais


estabelecidas para todos.
 A dissociação entre os objetivos e instrumentos geraria a anomia (situação de
renúncia às normas sociais).
 Modelos de adaptação do indivíduo a sociedade:
a) Conformidade - aceitação dos meios institucionalizados para alcançar as
metas socioculturais estabelecidas;
b) Inovação aceitação das metas socioculturais, mas não alinhamento aos
meios institucionalizados para alcançá-las. Rompem com o sistema e
buscam atingir as metas culturais por meio do caminho fácil do
comportamento desviado;
c) Ritualismo - renúncia às metas culturais preestabelecidas por entender ser
incapaz de alcançá-las;
d) Evasão ou retraimento - abre mão tanto das metas culturais quanto dos
meios institucionalizados. Aqui se acham os excluídos sociais;
e) Rebelião inconformismo e revolta. Rejeição das metas e os meios
estabelecidos socialmente (establishment), lutando pela criação de novos
paradigmas ou uma nova ordem social.

19) Panorama geral das Teorias do Conflito

20) Teoria do Etiquetamento (Labelling Approach) / Rotulação/ Reação Social

 A Teoria do etiquetamento (1960) faz parte das teorias do conflito e diz que não há
conduta que seja, por si só, criminosa. O que existe são condutas, a qualidade de

assim estabelece a partir da eleição de determinados valores que devem ser protegidos.

 Por isso, não se deve buscar entender por qual motivo alguém se torna criminoso, mas sim
por qual razão a sociedade considera determinada conduta como criminosa.

 Tem Erving Goffman e Howard Becker como principais referências.

 Não existe crime ou criminoso por natureza, mas sim a


rotulação de algumas condutas.

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 O foco de estudo deixa de ser o criminoso e passa a ser o processo de criminalização. O


desviante é, na verdade, produto das instâncias formais de controle. O processo de
criminalização tende a ser seletivo e discriminatório.

 A criminalidade não é uma qualidade da conduta humana, mas a consequência de um


processo de estigmatização.

 O Direito Penal rotula determinadas condutas como criminosas com a finalidade precípua
de manter e perpetuar a estrutura social dividida em classes. O Estado se vale do Direito
Penal para qualificar como criminosas condutas normalmente praticadas por classes mais
baixas.

 Crime como fenômeno normativo (e não social).

 Reação social: procedimento responsável pelo processo de criação de normas penais e


também sociais relacionadas com o comportamento desviante.

21) Teoria Crítica (Criminologia Crítica)


Criminol
explicada por processos seletivos de construção social do comportamento delituoso e de
sujeitos criminalizados.

 O italiano Alessandro Baratta foi um importante difusor da Teoria crítica.

 O núcleo principal da Criminologia crítica ou dialética é a luta contra a desigualdade social,


defendendo a tese de que a resolução para a série de problemas do delito depende da
supressão da exploração econômica e da arbitrariedade política sobre as classes menos
favorecidas.

 A Criminologia crítica ganhou espaço após o nascimento da teoria do etiquetamento.

 Fundamenta sua tese na separação das estruturas da criminalidade que corresponde à


classe dominante versus classe dominada, proveniente da acumulação de capital,
juntamente com o controle dos processos de criminalização.

 Se opõe às perspectivas de outras teorias criminológicas, o que ocasionou o nascimento


de outras vertentes da Criminologia, quais sejam: neorrealismo de esquerda (marxista), o
Direito Penal mínimo (ultima ratio) e o abolicionismo penal (descriminalização).
a) Realismo / Neorrealismo de esquerda (marxista) - Se opõe à política criminal
de repressão imediata às infrações mais simples como forma de manter a ordem.
A Criminologia deve investigar as causas e circunstâncias do delito para
denunciar os padrões de injustiça social, como pobreza decorrente do sistema
capitalista, além de outros fatores, como expectativa superdimensionada,
individualismo exagerado, competitividade, etc.

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b) Direito Penal mínimo - Atribui ao Direito Penal apenas a tutela dos bens jurídicos
mais importantes, indispensáveis ao convívio social. Redução do raio de
abrangência do Direito Penal. Tem Ferrajoli e Baratta como principais expoentes.
c) Abolicionismo penal Prega a supressão do sistema penal. Seja por negar sua
legitimidade, seja por negar sua eficiência. Tem como argumentos:
 Anomia do sistema penal: apesar de existir, o Direito Penal não consegue
efetivamente regular a vida em sociedade;
 Seletividade do sistema penal: o Direito Penal seleciona de forma
discriminatória os valores defendidos e os sujeitos sobre os quais recai a
repressão;
 O Direito Penal é estigmatizante: ao invés de ressocializar, o Direito Penal
funciona como uma marca negativa aos que foram condenados;
 O Direito Penal é marginalizante.
==162c78==

Vitimologia

22) Conceitos iniciais

 A Vitimologia pode ser definida como o estudo científico da extensão, natureza e causas
da vitimização criminal, suas consequências para as pessoas envolvidas e as reações àquela
pela sociedade, em particular pela polícia e pelo sistema de justiça criminal, assim como
pelos trabalhadores voluntários e colaboradores profissionais.

 A Vitimologia, com a finalidade de estudar a relação vítima-criminoso no fenômeno da


criminalidade, surgiu a partir de 1947 com Benjamim Mendelsohn (considerado o pai da
Vitimologia).

 A vitimologia é hoje um campo de estudo orientado para a ação ou formulação de políticas


públicas. A vitimologia não deve ser definida em termos de direito penal, mas de direitos
humanos.

 As classificações de Benjamín Mendelsohn são fundamentadas na correlação da


culpabilidade entre a vítima e o infrator. É o único que chega a relacionar a pena com a
atitude vitimal. Sustenta que há uma relação inversa entre a culpabilidade do agressor e a
do ofendido, a maior culpabilidade de uma é menor que a culpabilidade do outro:
a) Vítima de culpabilidade menor ou vítima por Ignorância: neste caso se dá um
certo impulso involuntário ao delito. O sujeito por certo grau de culpa ou por
meio de um ato pouco reflexivo causa sua própria vitimização. Ex.: Mulher que
provoca um aborto por meios impróprios pagando com sua vida, sua ignorância;
b) Vítima completamente inocente ou vítima ideal: é a vítima inconsciente que
se colocaria em 0% absoluto da escala de Mendelsohn. E a que nada fez ou nada
provocou para desencadear a situação criminal, pela qual se vê danificada. Ex.:
incêndio;

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c) Vítima tão culpável como o infrator ou vítima voluntária: aquelas que


cometem suicídio jogando com a sorte. Ex. roleta russa, suicídio por adesão
vítima que sofre de enfermidade incurável e que pede que a matem, não
podendo mais suportar a dor (eutanásia) a companheira (o) que pactua um
suicídio; os amantes desesperados; o esposo que mata a mulher doente e se
suicida;
d) Vítima mais culpável que o infrator:
 Vítima provocadora: aquela que por sua própria conduta incita o infrator a
cometer a infração. Tal incitação cria e favorece a explosão prévia á
descarga que significa o crime;
 Vítima por imprudência: é a que determina o acidente por falta de cuidados.
Ex. quem deixa o automóvel mal fechado ou com as chaves no contato.

e) Vítima mais culpável ou unicamente culpável:


 Vítima infratora: cometendo uma infração o agressor cai vítima
exclusivamente culpável ou ideal, se trata do caso de legitima defesa, em
que o acusado deve ser absolvido;
 Vítima simuladora: o acusador que premedita e irresponsavelmente joga a
culpa ao acusado, recorrendo a qualquer manobra com a intenção de fazer
justiça num erro.

 Dentro da Vitimologia, há também o estudo dos processos de vitimização (ou


revitimização):
a) Vitimização primária: danos inerentes à própria conduta criminosa;
b) Vitimização secundária: consequência das relações entre vítima primária e o
Estado, em razão da burocratização do aparelho repressivo. É o dano causado,
direta ou indiretamente, pelas próprias instâncias de controle social quando, na
tentativa de punir o crime, acabam ocasionando mais danos à vítima;
c) Vitimização terciária: danos causados pela sociedade que cerca a vítima, pelo
afastamento, desamparo ou discriminação da vítima. Ocorre frequentemente em
casos de vítimas de crimes sexuais.

23) Importante ficar atento:

Perigosidade vitimal → estado em que a vítima se coloca de forma a estimular sua


vitimização, de forma direta ou indireta.

Vitimização indireta → sofrimento de pessoas intimamente ligadas à vítima de um crime.

Heterovitimização / autovitimização secundária → autoculpabilização da vítima pela


ocorrência do crime, acreditando ser responsável pelo crime do qual foi vítima.

Prevenção Criminal, Estatística Criminal e Cifras da Criminalidade

24) Prevenção da Infração Penal

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 A prevenção criminal poderá será ser feita de várias formas a depender do caso. Pode ser
realizada de forma legislativa (leis), administrativa (polícias) e judicial (cumprimento das
leis).

 A prevenção da infração penal poderá ser geral positiva, visando a intervenção na pessoa
do delinquente com a sua recolocação na sociedade de forma a ressocializá-lo através da
credibilidade institucional dos órgãos do Estado com a devida correção, este meio de
prevenção visa atingir a sociedade como todo com o objetivo de reforçar os valores da
ordem democrática do Estado.

 Por outro lado, a prevenção poderá ser geral negativa, visando afirmar e impor o valor do
Estado Democrático de Direito a sociedade, pois ela direcionada em específico a pessoa
do criminoso, onde através da penalização o Estado demonstra que o crime será
amplamente punido.

 Há três tipos de prevenção, todas distintas entre si, seja quanto e maior ou menor
relevância etiológica dos programas, seja quanto aos destinatários aos quais se dirigem
nos instrumentos e os mecanismos que utilizam:

 Prevenção primária:
 Voltada para as origens do delito, visando neutralizá-lo antes que ocorra;
 Opera a longo e médio prazo e se dirige a todos os cidadãos;
 Reclama prestações sociais e intervenção comunitária;
 Limitações práticas: falta de vontade política e de conscientização da sociedade.

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 Prevenção secundária:
 Política legislativa penal, ação polciial, políticas de segurança pública;
 Atua na exteriorização do conflito;
 Opera a curto e médio prazo;
 Dirige-se a setores específicos da sociedade.

 Prevenção terciária:
 Destinatários: população carcerária;
 Caráter punitivo;
 Objetivo: evitar a reincidência;
 Intervenção tardia, parcial e insuficiente.

25) Modelos de Reação ao Crime

26) Cifras da criminalidade

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Vamos ficando por aqui.

Esperamos que tenha gostado do nosso Bizu!

Bons estudos!

"A única pessoa que você está destinado a se tornar é a pessoa que você decide ser. "
(Ralph Waldo Emerson) Sem sacrifício, não há benefício!

Marcela Daronch Leonardo Mathias


@marcelaestrategica @profleomathias

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