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Aula 10

PC-RR (Diversos Cargos) Bizu


Estratégico - 2022 (Pós-Edital)

Autor:
Elizabeth Menezes de Pinho Alves,
Leonardo Mathias, Willian
Henrique Daronch, Marcela Neves
Suonski, Arthur Fontes da Silva Jr
05 de Maio de 2022

01207185299 - ALESSANDRA MOURA


Elizabeth Menezes de Pinho Alves, Leonardo Mathias, Willian Henrique Daronch, Marcela Neves Suonski, Arthur Fontes da Silva
Aula 10

BIZU ESTRATÉGICO (PC RR) - NOÇÕES DE DIREITO


PROCESSUAL PENAL
Olá, prezado aluno. Tudo certo?

Neste material traremos uma seleção de bizus da disciplina de Noções de Direito


Processual Penal para o concurso da Polícia Civil do Estado de Roraima.

O objetivo é proporcionar uma revisão rápida e de alta qualidade aos alunos por meio
de tópicos que possuem as maiores chances de incidência em prova.

Todos os bizus destinam-se a alunos que já estejam na fase bem final de revisão (que já
estudaram bastante o conteúdo teórico da disciplina e, nos últimos dias, precisam revisar por
algum material bem curto e objetivo).

Marcela Daronch Leonardo Mathias


@marcelaestrategica @profleomathias

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ANÁLISE ESTATÍSTICA

Primeiramente, vamos dar uma olhadinha no conteúdo do nosso edital:


NOÇÕES DE DIREITO PROCESSUAL PENAL: i. Inquérito policial: a. Histórico, natureza, conceito,
finalidade, características, fundamento, titularidade, grau de cognição, valor probatório, formas de
instauração, notitia criminis, delatio criminis, procedimentos investigativos, indiciamento, garantias do
investigado. b. Conclusão, prazos. ii. Prova. a. Exame do corpo de delito e perícias em geral. b.
Interrogatório do acusado. c. Confissão. d. Qualificação e oitiva do ofendido. e. Testemunhas. f.
Reconhecimento de pessoas e coisas. g. Acareação. h. Documentos de prova. i. Indícios. iii. Busca e
apreensão. iv. Restrição de liberdade. a. Prisão em flagrante. b. Prisão preventiva. c. Medidas
Cautelares. d. Liberdade Provisória. e. Audiência de Custódia. f. Lei nº 7.960/1989 (prisão temporária).
g. Disposições constitucionais aplicáveis ao Direito Processual Penal.

Com base nisso, segue abaixo uma análise estatística dos assuntos mais exigidos para
mandarmos super bem na prova!

Noções de Processo Penal (Foram encontradas 48 questões)


Assunto Quantidade de questões % de cobrança

1. Inquérito Policial 10 21%

2. Prova 20 42%

3. Prisão Preventiva 5 10%


4. Prisão em Flagrante 5 10%
5. Prisão Temporária 5 10%
6. Medidas Cautelares 3 6%
7. Liberdade Provisória 0 0%
8. Disposições constitucionais
aplicáveis ao Direito Processual 0 0%
Penal

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Pessoal, neste material abordaremos os tópicos com maior incidência nas questões por
possuírem um custo-benefício elevado em seu concurso. Dessa forma, os demais assuntos
não estão contemplados neste bizu.

Noções de Processo Penal - PC RR


Assunto Bizus Caderno de Questões
Inquérito Policial 1 a 15 http://questo.es/l5stxt

Provas 16 a 28 http://questo.es/ah0rn2

Prisão Preventiva 29 a 33 http://questo.es/hyw7gg

Prisão em Flagrante 34 a 36 http://questo.es/rbjwpp

Prisão Temporária 37 a 40 http://questo.es/4ddpkx

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Apresentação

Olá, futuro(a) aprovado(a)! Antes de darmos início aos nossos trabalhos, farei uma breve
apresentação:

Meu nome é Marcela Daronch, tenho 25 anos e


moro em Cascavel/PR. Sou formada em Direito,
Pós-graduada em Investigação Criminal e Legislação
Penal e Pós-graduanda em Criminalística,
Cybercrimes e o Papel da Polícia Judiciária.

Minha jornada no mundo dos concursos públicos se


iniciou logo durante a faculdade, e hoje conto com
algumas aprovações: no ano de 2019 aprovei no
XXIX Exame da Ordem e no concurso do DEAP/SC,
para o qual fui convocada para o curso de formação em 20º lugar, e no ano de 2021 aprovei
para o cargo de escrivão da PC-MG.

Atualmente sigo firme nos estudos para o cargo de Delegado de Polícia, que é meu sonho
de princesa!

Bom, chega de bater papo e vamos logo ao que realmente interessa, né?!

Utilizarei as experiências e conhecimentos adquiridos ao longo da minha trajetória para


auxiliá-lo(a) na disciplina de Noções de Direito Processual Penal. Fiz uma análise bem
cautelosa dos assuntos mais queridinhos pela Banca Vunesp dentro da área policial, e todos
eles estão aqui. Espero que gostem!

Marcela Daronch

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Inquérito Policial

1. Conceito e características do IP- Art. 4º ao art. 23 CPP

✔ Características do IP:

✔ Súmula Vinculante 14: Fique ligado!!!

2. Formas de Instauração

✔ Notitia criminis: é o conhecimento do crime.


✔ A Doutrina classifica a notitia criminis da seguinte forma:

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3. Diligências Investigatórias

✔ Logo que tiver conhecimento da prática da infração penal, a autoridade policial deverá
(art. 6º do CPP):

⮚ Se dirigir ao local do crime.


⮚ Apreender objetos que tiverem relação com o fato.
⮚ Colher todas as provas.
⮚ Ouvir o ofendido.
⮚ Ouvir o indiciado.
⮚ Proceder a reconhecimento de pessoas e coisas e a acareações.
⮚ Determinar exame de corpo de delito e a quaisquer outras perícias.
⮚ Ordenar a identificação e juntar aos autos sua folha de antecedentes.
⮚ Averiguar a vida pregressa do indiciado.
⮚ Colher informações sobre a existência de filhos.

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4. Reprodução Simulada dos fatos (art. 7º)

✔ Desde que não contrarie a moralidade ou a ordem pública.


✔ Segundo STF, o Investigado não é obrigado a participar ativamente, em homenagem ao
princípio do nemo tenetur se detegere.

5. Outras incumbências da autoridade policial (art. 13)

✔ Incumbirá ainda à autoridade policial:


⮚ Fornecer às autoridades judiciárias as informações necessárias à instrução e
julgamento dos processos;
⮚ Realizar as diligências requisitadas pelo juiz ou pelo Ministério Público (MP
também pode requisitar diligência, isso já foi pegadinha de prova recente);
⮚ Cumprir os mandados de prisão expedidos pelas autoridades judiciárias;
⮚ Representar acerca da prisão preventiva.

✔ MP e Delegado podem requisitar de quaisquer órgãos, informações cadastrais da vítima


e do suspeito (13-A CPP). Tal requisição se dará nos seguintes crimes: Art.148, 149,
149-A, § 3º do art. 158 e art. 159, ambos do CP.

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✔ Em relação ao Tráfico de Pessoas (art. 13-B):

⮚ MP e Delegado de Polícia podem requisitar às empresas de telefonia, através


de autorização judicial, sinais que permitam localização da vítima ou suspeito.
⮚ Se o juiz não se manifestar em até 12h, MP ou Delegado poderão requisitar
diretamente às empresas de telefonia.
⮚ O IP deverá ser instaurado em até 72h após a ocorrência.

6. Inquérito Policial contra agentes de segurança pública

✔ A Lei 13.964/19 (chamado “pacote anticrime”) introduziu o art. 14-A e seus §§ ao CPP,
estabelecendo algumas regras quando se tratar de inquérito policial (ou outro
procedimento investigatório criminal) instaurado para apurar conduta em tese praticada
por agente de segurança pública no exercício da função:

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✔ Como se vê, o regramento trazido se aplica apenas quando se tratar de inquérito para
apurar possível infração penal relativa ao uso da força letal por determinados agentes
públicos no exercício da função. São eles:

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✔ Nos termos do §6º do referido art. 14-A, tais disposições se aplicam também aos
militares das Forças Armadas (Exército, Marinha e Aeronáutica), desde que os fatos
investigados digam respeito a missões para a Garantia da Lei e da Ordem (GLO).
✔ Regramentos especiais:

✔ Resumidamente, então, o que a Lei 13.964/19 trouxe foi a obrigatoriedade de que, em


investigações criminais relativas ao uso da força letal em serviço por tais agentes
públicos, o indiciado tenha, necessariamente, um defensor, seja constituído por ele
mesmo ou, na falta de constituição pelo indiciado, indicado pela Instituição a qual estava
vinculado o agente público à época dos fatos.

7. Incomunicabilidade do preso- Art. 21

✔ Vejamos o art. 21 do CPP:

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✔ A Doutrina majoritária entende que esse artigo não foi recepcionado pela Constituição
Federal, em razão do disposto no artigo 136, §3º, inciso IV, da CF, que proíbe a
incomunicabilidade na vigência estado de defesa.
✔ Ora, se a incomunicabilidade é vedada no estado de exceção, não poderá ser admitida
no âmbito do inquérito policial.

8. Prazo para conclusão do IP

✔ Justiça Estadual.
⮚ INDICIADO PRESO: 10 dias contados do dia da prisão em flagrante e, se
preventiva, do dia em que foi executada.

⮚ INDICIADO SOLTO: 30 dias (É possível que o juiz autorize prorrogação,


somente indiciado solto).

⮚ Justiça Federal.
● INDICIADO PRESO: 15 dias prorrogáveis por mais 15.
● INDICIADO SOLTO: 30 dias.

⮚ Lei de Drogas (Lei nº 11.343/06).


● INDICIADO PRESO: 30 dias, pode ser duplicado.
● INDICIADO SOLTO: 90 dias, pode ser duplicado.

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✔ Caso o Delegado não consiga elucidar o fato no prazo previsto, deverá assim mesmo
encaminhar os autos do IP ao Juiz, solicitando prorrogação do prazo. Caso o indiciado
esteja solto, o Juiz pode deferir a prorrogação do prazo, sucessivas vezes. Caso o
indiciado esteja preso, o novo art. 3º-B, §2º do CPP (com eficácia suspensa pelo STF –
ADI 6298) estabelece que o prazo pode ser prorrogado pelo Juiz uma vez, por até 15
dias. Vejamos:

✔ Como se vê, essa possibilidade de prorrogação do IP em caso de indiciado preso só


pode se dar uma única vez e mediante representação da autoridade policial e ouvido o
Ministério Público. Caso, após o término da prorrogação, a investigação não tiver sido
ainda concluída, a prisão será imediatamente relaxada.

9. Destinatário do IP

✔ O IP concluído é remetido ao JUIZ.


✔ Após, Juiz abre vista ao Ministério Público.
✔ Cuidado: Se a questão afirmar que o IP concluído é remetido ao MP, estará errada!

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10. Indiciamento

✔ O indiciamento é o ato por meio do qual a autoridade policial, de forma fundamentada,


“direciona” a investigação, ou seja, a autoridade policial centraliza as investigações em
apenas um ou alguns dos suspeitos, indicando-os como os prováveis autores da infração
penal, bem como apontando fundamentadamente os elementos de materialidade e
autoria.
✔ A autoridade policial, de forma fundamentada, “direciona” a investigação, em apenas
um ou alguns dos suspeitos.
✔ O indiciamento é ato privativo do Delegado de Polícia, nos termos do art. 2º, §6º da Lei
nº 12.830/2013:

✔ Portanto, MP não pode indiciar. Mas lembre-se: MP pode investigar, segundo decisão
do STF!!!

11. Valor probante do IP

✔ O Juiz pode usar as provas obtidas no Inquérito para fundamentar sua decisão, o que o
Juiz NÃO PODE é fundamentar sua decisão somente com elementos obtidos durante o
IP.

12. Arquivamento do IP

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✔ Caso o MP entenda que não é o caso de oferecer denúncia, irá requerer arquivamento
do IP ao juiz.
✔ Caso o Juiz discorde, remeterá os autos do IP ao PGJ que decidirá se mantém ou não
aposição de arquivamento (art. 28, CPP).
✔ O Juiz está obrigado a acatar a decisão do PGJ (Chefe do MP).
✔ Sobre o arquivamento do inquérito policial, é interessante que o aluno leia sobre o novo
regramento de arquivamento, trazido pelo Pacote Anticrime, mas que está com eficácia
suspensa pelo STF.

13. Arquivamento Implícito

✔ Arquivamento Implícito

⮚ Objetivo: Quando o MP oferecer denúncia apenas em relação a alguns FATOS


investigados, silenciando quanto a outros.
⮚ Subjetivo: Quando o MP oferecer denúncia apenas em relação a alguns
INVESTIGADOS, silenciando quanto a outros.
⮚ Não é aceito pelo STF!!! Eis que MP tem que se manifestar acerca do pedido de
arquivamento.

14. Arquivamento Indireto

✔ MP não oferece denúncia por entender que o juízo não é competente. Veja no quadro
abaixo:

15. Coisa Julgada no Arquivamento


✔ Coisa Julgada Formal

⮚ O IP pode ser reaberto se surgirem provas novas.


⮚ Súmula 524 do STF: Arquivado o Inquérito Policial, por despacho do Juiz, a
requerimento do Promotor de Justiça, não pode a ação penal ser iniciada, sem
novas provas.

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✔ Coisa Julgada Material

⮚ É verificada nas situações nas quais não será possível retomar as investigações.
⮚ Impede a rediscussão do caso penal nas seguintes situações:
● Atipicidade do fato: Conduta irrelevante para Direito Penal. (STJ e STF);
● Excludente da ilicitude: O STJ entende dessa forma. Já o STF, não!!! A
excludente de ilicitude não faz coisa julgada material para STF.
● Extinção da punibilidade: Art. 107 do CP. Mas se houve Certidão de óbito
falsa, é possível reabrir as investigações!!!(STJ e STF)

⮚ SÚMULA 234 do STJ: A participação de membro do Ministério Público na fase


investigatória criminal não acarreta o seu impedimento ou suspeição para o
oferecimento da denúncia.

Provas

16. Introdução

✔ A Teoria Geral da Prova no Processo Penal está regulada no Título VII CPP, a partir do
art. 155, que assim dispõe:

17. Classificação e terminologia das provas

✔ Direta: aquela que, por si e com uma única operação inferencial, demonstram o fato
objeto da investigação.

✔ Indireta: não demonstra o fato diretamente, exige dedução, raciocínio lógico (ex. álibi).

✔ Plena: completa e convincente acerca dos fatos, permitindo juízo de certeza.

✔ Não plena: ou semiplena, é a prova mais tênue que gera juízo de probabilidade.

✔ Real: decorre de coisas materiais (ex. arma), com os sinais nelas deixados.

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✔ Pessoal: decorre de pessoas (ex. interrogatório, testemunha) e suas impressões.

✔ Positiva: procura demonstrar a existência do fato.

✔ Negativa: visa demonstrar a inexistência do fato – é a contraprova.

18. Cadeia de Custódia (NOVIDADE TRAZIDA PELO PACOTE ANTICRIME)

✔ Conceito:

==1e8036==

✔ Considera-se vestígio:

19. Etapas da Cadeia de Custódia

✔ Pessoal, extremamente importante a leitura do art. 158-B do Código de Processo penal.

✔ Prestem muita atenção em todos os dispositivos inseridos no código de processo penal


referentes à cadeia de custódia. Sabemos que as bancas examinadoras amam

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novidades, não é mesmo? Logo, recomendamos a leitura atenta dos dispositivos legais
para que você não caia em nenhuma pegadinha.

20. Das Provas Ilegais

✔ As provas ilegais são um gênero do qual derivam três espécies:


a) Provas ilícitas;
b) Provas ilícitas por derivação; e
c) Provas ilegítimas.

21. Das Provas Ilícitas

✔ A Constituição Federal expressamente prevê a vedação da utilização de provas obtidas


por meios ilícitos. Nos termos do seu art. 5°, LVI:

✔ O art. 157 do CPP, por sua vez, diz:

✔ Fruto da árvore envenenada:


⮚ Teoria que surgiu no direito norte-americano e que estabelece que todas as
provas que sejam derivadas (no sentido de provenientes, consequenciais) das
ilícitas também não poderão ser aceitas/admitidas no processo.

✔ Provas ilícitas por derivação:


⮚ São aquelas que, embora lícitas na própria essência, decorrem exclusivamente
de uma outra prova, considerada ilícita, ou de uma situação de ilegalidade,
restando, portanto, contaminadas. Deve existir nexo de causalidade, relação de
dependência.

✔ Fonte independente:
⮚ Aquela que por si só, seguindo os trâmites típicos e de praxe, próprios da
investigação ou instrução criminal, seria capaz de conduzir ao fato objeto da
prova.

✔ Provas Ilícitas: Violam direito material.


✔ Provas Ilegítimas: Violam direito processual.

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✔ Inutilização da prova ilícita: art. 157, § 3º. Preclusa a decisão de desentranhamento da


prova declarada inadmissível, esta será inutilizada por decisão judicial, facultado às
partes acompanhar o incidente.
✔ Admite-se a prova seja ilícita, se for a única que possa conduzir à absolvição do réu, ou
comprovar fato importante para sua defesa, em razão do princípio da
proporcionalidade, deverá ser utilizada no processo.
✔ Segundo STJ, é necessária autorização judicial para acesso as conversas de WhatsApp,
ainda que na hipótese de prisão em flagrante do indivíduo. (Info 583)

22. Provas em espécie

23. Reconhecimento de Pessoas e Coisas

✔ Previsto nos arts. 226 a 228 do CPP;


✔ Lembre-se que o § único do art. 226 não vem sendo aplicado pela Jurisprudência, que
admite o reconhecimento de pessoa, pelo reconhecedor, de forma que seja preservada
a identidade desta última, ainda que na fase de criminal ou em plenário de julgamento.
✔ Apesar de não estarem expressamente previstos na Lei, a Doutrina e a jurisprudência
admitem o reconhecimento fotográfico e o reconhecimento fonográfico.
✔ Importante esclarecer que o acusado não está obrigado a fornecer material fonográfico
para que haja o reconhecimento de voz (princípio do nemo tenetur se detegere).

24. Da Acareação

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✔ Acareação é o chamado “colocar frente a frente” duas pessoas que prestaram


informações divergentes. Busca-se que o “mentiroso” se retrate da informação errada
que forneceu.
✔ Pode ser realizada tanto na fase de investigação quanto na fase processual.
✔ O art. 229 do CPP estabelece quem pode ser acareado:

✔ A acareação também pode ser feita mediante carta precatória, quando encontrarem-se
em localidades distintas, conforme art. 230 do CPP:

25. Da Prova Documental

✔ Art. 231 a 238 do CPP;


✔ A definição de documento se encontra no art. 232 do CPP:

✔ A Doutrina classifica os documentos como:


⮚ Instrumentos – Aqueles que foram produzidos com a específica finalidade de
produzir prova. Dividem-se em públicos e privados;
⮚ Documento stricto sensu – Todo escrito que não foi produzido com a finalidade
de produzir prova, mas possa, eventualmente, ter essa função. Também se
dividem em públicos e privados.

✔ Vícios dos documentos: Pode ocorrer de o documento apresentado possuir algum vício,
que pode ser:

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⮚ Extrínseco – relacionado à inobservância de determinada formalidade para a


elaboração do documento
⮚ Intrínseco – relacionado à essência, ao conteúdo do próprio ato;
O documento, embora não viciado, pode ser falso.

✔ A falsidade pode ser


⮚ Material – relativa à criação de um documento falso, fruto da adulteração de um
documento existente ou da criação de um completamente falso;
⮚ Ideológica – refere-se à substância, ao conteúdo do fato documentado.

✔ Se alguma das partes alegar a falsidade do documento, deverá ser instaurado incidente
de falsidade documental, nos termos do art. 145 do CPP.

26. Indícios

✔ Os indícios são elementos de convicção cujo valor é inferior, pois NÃO PROVAM o fato
que se discute, mas provam outro fato, a ele relacionado, que faz INDUZIR que o fato
discutido ocorreu ou não.
✔ Nos termos do art. 239 do CPP:

✔ Os indícios, porém, são diferentes das presunções legais, pois os indícios apenas
induzem uma conclusão mais ou menos lógica;

27. Busca e Apreensão

✔ É um meio de obtenção de prova;


✔ Pode ocorrer na fase judicial ou na fase de investigação policial;
✔ A busca pode ser domiciliar ou pessoal (art. 240 do CPP).
✔ Busca domiciliar:
⮚ Hipóteses do art. 240 do CPP (rol taxativo);

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⮚ Só pode ser determinada pela autoridade judiciária (Juiz), em razão do princípio


constitucional da inviolabilidade de domicílio, previsto no art. 5°, XI da
Constituição;
⮚ A diligência só poderá ser realizada durante o dia. Esta norma, inclusive, é
regulamentada pelo art. 245 do CPP:
⮚ Podemos entender “casa” como qualquer:
● Compartimento habitado;
● Aposento ocupado de habitação coletiva
● Compartimento não aberto ao público, onde alguém exerce profissão
ou atividade.

⮚ ATENÇÃO: A apreensão de documentos no interior de veículo automotor


constitui uma espécie de "busca pessoal" e, portanto, não necessita de
autorização judicial quando houver fundada suspeita de que em seu interior
estão escondidos elementos necessários à elucidação dos fatos investigados.
⮚ Exceção: Será necessária autorização judicial quando o veículo é destinado à
habitação do indivíduo, como no caso de trailers, cabines de caminhão, barcos,
entre outros, quando, então, se inserem no conceito jurídico de domicílio. (Info
843).
⮚ #STF: A determinação de busca e apreensão nas dependências da Câmara dos
Deputados ou do Senado Federal pode ser decretada por juízo de 1ª instância
se o investigado não for congressista. (Info 945 do STF)
⮚ #STJ: Segundo STJ, é ilegal decisão judicial que autoriza busca e apreensão
coletiva em residências, feita de forma genérica e indiscriminada.

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✔ Busca pessoal:
⮚ É aquela realizada em pessoas, com a finalidade de encontrar arma proibida ou
determinados objetos. Nos termos do § 2° do art. 240 do CPP:

⮚ Ao contrário da busca domiciliar, poderá ser feita de maneira menos formal,


podendo ser decretada pela autoridade policial e seus agentes, ou pela
autoridade judicial.
⮚ Entretanto, mesmo nesse caso, a realização da busca deve se basear em
FUNDADAS SUSPEITAS de que o indivíduo se encontre em alguma das
hipóteses previstas no CPP.
⮚ A busca em mulher deve ser realizada, preferencialmente, por outra mulher.
⮚ A busca e a consequente apreensão podem ser realizadas em outra
localidade, diversa daquela em que a autoridade exerce sua atribuição, quando
ocorrer perseguição iniciada em território no qual a autoridade exerce sua
“jurisdição”.

28. Preservação do Local do Crime

✔ Para que o exame de corpo de delito possa ser realizado com sucesso, obtendo-se a
maior fidelidade possível àquilo que efetivamente ocorreu, é indispensável que seja
preservada a “cena do crime”;
✔ É dever da autoridade a preservação da cena do crime;
✔ Nem mesmo os objetos que sejam relevantes à elucidação do fato podem ser
apreendidos pela autoridade antes da liberação pelos peritos.

Prisão Preventiva

29. Conceito

✔ Pode ser chamada de prisão cautelar por excelência, pois é aquela que é determinada
pelo Juiz no bojo do processo criminal ou da investigação policial.
✔ A prisão preventiva encontra-se descrita no art. 311 do CPP:

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30. Cabimento

✔ Crimes dolosos punidos com pena privativa de liberdade máxima superior a 4 (quatro)
anos.
✔ Reincidente em crime doloso. Se o infrator tiver o sido condenado por outro crime
doloso, em sentença transitada em julgado (desde que tenha ultrapassado menos de
cinco anos desde a extinção da punibilidade).
✔ Violência doméstica e familiar contra vulnerável. Se o crime envolver violência
doméstica e familiar contra a mulher, criança, adolescente, idoso, enfermo ou pessoa
com deficiência, para garantir a execução das medidas protetivas de urgência.
✔ Quando houver dúvida sobre a identidade civil da pessoa ou quando esta não fornecer
elementos suficientes para esclarecer a dúvida, devendo o preso ser colocado
imediatamente em liberdade após a identificação, salvo se outra hipótese recomendar a
manutenção da prisão.

31. Pressupostos

✔ Prova da materialidade do delito (existência do crime);


✔ Indícios suficientes de autoria;
✔ O simples fato de “ser investigado” ou de ser “réu” não é fundamento para, por si só,
decretar-se a prisão preventiva de alguém.

32. Momento para a decretação

✔ Investigação = não cabe “de oficio”


✔ Processo = Art. 311. Em qualquer fase da investigação policial ou do processo penal,
caberá a prisão preventiva decretada pelo juiz, a requerimento do Ministério Público, do
querelante ou do assistente, ou por representação da autoridade policial. (Redação
dada pela Lei 13.964/19). Não cabe mais decretação da prisão preventiva EX OFFICIO
pelo Juiz!

✔ Princípio da precariedade ou da provisionalidade.

⮚ Pode ser revogada quando desaparecer as circunstâncias que a motivaram.

33. Fundamentos para a decretação da Prisão Preventiva

✔ Fundamentos

⮚ Garantia da ordem pública


⮚ Garantia da Ordem Econômica

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⮚ Conveniência da Instrução Criminal


⮚ Segurança na aplicação da Lei penal
⮚ Descumprimento de medida cautelar

✔ Vedação - A prisão preventiva em nenhum caso poderá decretada se o juiz verificar,


pelas provas constantes dos autos, ter o agente praticado o crime amparado por
excludente de ilicitude.
✔ A decisão que decretar, substituir ou denegar a prisão preventiva será sempre motivada
e fundamentada. (Redação dada pela Lei 13.694/19).
✔ O juiz poderá, de ofício ou a pedido das partes, revogar a prisão preventiva se, no
correr da investigação ou do processo, verificar a falta de motivo para que ela subsista,
bem como novamente decretá-la, se sobrevierem razões que a justifiquem. (Redação
dada pela Lei 13.694/19).
✔ A cada 90 dias deverá o órgão prolator da decisão revisar a necessidade de
manutenção da prisão, de forma fundamentada.

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Prisão em Flagrante

34. Conceito

✔ Tem como fundamento a prática de um fato com aparência de fato típico.


✔ Possui natureza administrativa.
✔ Sujeito ativo

⮚ Qualquer do povo (facultativamente).


⮚ A autoridade policial e seus agentes (obrigatoriamente).
⮚ Art. 301, CPP

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✔ Modalidades

⮚ Flagrante próprio - Será considerado flagrante próprio, ou propriamente dito,


a situação do indivíduo que está cometendo o fato criminoso ou que acaba
de cometer este fato. Também chamado de flagrante real, verdadeiro ou
propriamente dito.
⮚ Flagrante impróprio - É perseguido e capturado logo após a prática da
infração. Também chamado de imperfeito, irreal ou “quase flagrante”.
⮚ Flagrante presumido - É encontrado, logo, depois, com armas, objetos ou
papéis que façam presumir ser o infrator. Também chamado de flagrante ficto
ou assimilado.
⮚ Flagrante Esperado - Espera-se a situação flagrancial.
⮚ Flagrante Postergado - Retarda a operação para identificar maior número
de criminosos.
⮚ Flagrante Forjado - É aquele armado para incriminar um inocente. É ilegal.

PRISÃO EM FLAGRANTE X SITUAÇÕES ESPECIAIS


HIPÓTESE SITUAÇÃO
Menores de 12 anos (crianças) não podem sofrer privação da
liberdade, devendo ser encaminhadas ao Conselho Tutelar.
MENORES DE 18 ANOS Maiores de 12 e menores de 18 anos (adolescentes) podem
ser apreendidos, mas não presos (arts. 101, 105 e 171 do
ECA).
Não está sujeito à prisão em flagrante, pois só pode ser
PRESIDENTE DA REPÚBLICA preso pela prática de crime comum após sentença
condenatória, nos termos do art. 86, § 3° da Constituição.
Só podem ser presos em flagrante pela prática de crime
JUÍZES E MEMBROS DO MP
INAFIANÇÁVEL.
Só podem ser presos em flagrante de crime INAFIANÇÁVEL
PARLAMENTARES DO
(art. 53, § 2° da CF/88). Aplica-se o mesmo aos Deputados
CONGRESSO NACIONAL
Estaduais e Distritais (art. 27, § 1° da CF).

DIPLOMATAS
ESTRANGEIROS E CHEFES Não podem ser presos em flagrante (art. 1°, I do CPP).
DE ESTADOS ESTRANGEIROS

INFRATOR QUE Não pode ser preso em flagrante, pois a sua apresentação
ESPONTANEAMENTE SE espontânea à autoridade impede a caracterização do
APRESENTA flagrante (nos termos do art. 304 do CPP).

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Em regra, não está sujeito à determinação de prisão em


flagrante. No entanto, o art. 69, § único da Lei 9.099/95
AUTOR DE INFRAÇÃO DE estabelece que se aquele que pratica infração de menor
MENOR POTENCIAL potencial ofensivo (IMPO) se recusar a comparecer ao
OFENSIVO (JECRIM) Juizado ou se negar a assumir compromisso de comparecer
ao Juizado após a lavratura do Termo Circunstanciado (TC),
poderá ser decretada sua prisão em flagrante.
PESSOA FLAGRADA NA Não cabe a decretação de sua prisão em flagrante (art. 48, §
POSSE DE ENTORPECENTE
2° da Lei 11.343/06), comprometendo-se o infrator, OU
PARA USO PRÓPRIO (ART. 28
NÃO, a comparecer ao Juizado. CUIDADO COM ISSO!
DA LEI DE DROGAS)

PRISÃO EM FLAGRANTE X DETERMINADOS DELITOS


NATUREZA DO
SITUAÇÃO
DELITO
Não cabe prisão em flagrante, pois o crime não se consuma
em apenas um ato, exigindo-se uma sequência de atos
isolados para que o fato seja típico (maioria da Doutrina e da
Jurisprudência). Parte minoritária, no entanto, entende
possível, se quando a autoridade policial surpreender o
CRIMES HABITUAIS
infrator praticando um dos atos, já se tenha prova inequívoca
da realização dos outros atos necessários à caracterização do
fato típico (Minoritário). Há decisões jurisprudenciais nesse
último sentido (possível, desde que haja prova da
habitualidade).
O flagrante pode ser realizado em qualquer momento
CRIME PERMANENTE
durante a execução do crime, logo após ou logo depois.
Por se tratar de um conjunto de crimes que são tratados
CRIME CONTINUADO como um só para efeito de aplicação da pena, pode haver
flagrante quando da ocorrência de qualquer dos delitos.

35. Lavratura do Auto de Prisão em Flagrante- APF

✔ Apresentado o preso, a autoridade policial deverá:

⮚ Ouvir o condutor, colher sua assinatura e entregar recibo.


⮚ Ouvir testemunha.
⮚ Interrogar o acusado.

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✔ A falta de testemunha do delito não impedirá o APF.

⮚ Nesse caso, deverão assinar duas testemunhas que tenham testemunhado a


apresentação do preso à autoridade.
⮚ Pertinência temática do art. 305 CPP: Art. 305. Na falta ou no impedimento
do escrivão, qualquer pessoa designada pela autoridade lavrará o auto,
depois de prestado o compromisso legal.

✔ Comunicação da lavratura do IP imediata

⮚ Juiz;
⮚ Ministério Público;
⮚ Família do preso ou pessoa indicada por ele.

✔ Remessa do APF em 24h;

⮚ Juiz;
⮚ Defensoria Pública (caso o preso não indique advogado).

✔ O Juiz, ao receber o APF, poderá:

⮚ Relaxar prisão ilegal.


⮚ Converter prisão em flagrante em preventiva.
⮚ Conceder liberdade provisória, com ou sem fiança.

36. Decisões do Juiz ao receber o APF

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Lei de Prisão Temporária

37. Conceito

✔ A prisão temporária é uma modalidade de prisão cautelar que não se encontra no CPP,
estando regulamentada na Lei nº 7.960/89.
✔ A prisão temporária é uma modalidade de prisão admitida apenas na fase de
investigação, ou seja, se já iniciado o processo criminal, não há que se falar em prisão
temporária.
✔ Depende sempre de ordem judicial, mediante representação da autoridade policial ou
de requerimento do Ministério Público (Art. 2º, da Lei 7.960/89).
✔ O juiz tem o prazo de 24 horas para despachar a representação ou requerimento de
prisão temporária.

38. Crimes que admitem a decretação da prisão temporária

✔ Crimes específicos (rol taxativo):

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✔ Além dos crimes acima, a Lei de Crimes Hediondos (Lei 8.072/90) admite a prisão
temporária para tais crimes.
✔ Segundo entendimento doutrinário e jurisprudencial, a decretação da prisão temporária
somente é cabível se presentes as hipóteses dos incisos I + III ou II + III do artigo 1º,
acima transcrito.
✔ Posição atual do STF - Só é cabível a prisão temporária quando estivermos diante de
um dos crimes do art. 1°, III da Lei 7.960/89 (ou crime hediondo ou equiparado) e desde
que a prisão temporária seja imprescindível para as investigações – O STF, quando do
julgamento das ADIs 3360 e 41096, passou a entender que para a decretação da prisão
temporária é indispensável a demonstração da imprescindibilidade da prisão para as
investigações do inquérito policial, não podendo a prisão temporária ser decretada
tendo como fundamento cautelar o mero fato de o indiciado não possuir residência fixa
(inciso II do art. 1º da Lei).
✔ Como podemos ver, o STF, quando do julgamento das ADIs 3360 e 4109, modificou o
entendimento jurisprudencial quanto aos requisitos cautelares para a decretação da
prisão temporária. A propósito, quando do julgamento das referidas ADIs, o STF fixou
alguns entendimentos importantes no que tange à prisão temporária, estabelecendo
que somente será cabível quando, cumulativamente:

39. Decretação da Prisão Temporária

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40. Prazo

✔ Para os crimes previstos no Art. 1º, inciso III, da Lei 7.960/89, o prazo é de 05 dias,
prorrogável uma vez por igual período.
✔ OBS: A renovação do prazo não é automática, dependendo de novo pedido e nova
ordem judicial.
✔ Já para os Crimes hediondos ou equiparados o prazo é de 30 dias + 30 dias.
✔ Presos temporários devem ficar separados dos demais detentos.
✔ Decorrido o prazo contido no mandado de prisão, a autoridade responsável pela
custódia deverá, independentemente de nova ordem da autoridade judicial, por
imediatamente o preso em liberdade, salvo se já tiver sido comunicada da prorrogação
da prisão temporária ou da decretação da prisão preventiva (Art. 2º, §7º, da Lei
7.960/89).

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Vamos ficando por aqui.

Esperamos que tenha gostado do nosso Bizu!

Bons estudos!

"A única pessoa que você está destinado a se tornar é a pessoa que você decide ser."
(Ralph Waldo Emerson) – Sem sacrifício, não há benefício!

Marcela Daronch Leonardo Mathias


@marcelaestrategica @profleomathias

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