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SNPTEE

SEMINÁRIO NACIONAL GGH-18


DE PRODUÇÃO E 19 a 24 Outubro de 2003
TRANSMISSÃO DE Uberlândia - Minas Gerais
ENERGIA ELÉTRICA

GRUPO I
GRUPO DE ESTUDO DE GERAÇÃO HIDRÁULICA – GGH

ANÁLISE DO ESCOAMENTO EM COMPORTAS DE EMERGÊNCIA


INSTALADAS NO TUBO DE SUCÇÃO DE MÁQUINAS KAPLAN

Arthur Leotta* Prof. Dr. Julio R. Meneghini


Dr. Manuel N. F. Gonçalves

Voith Siemens Hydro Power Generation Escola Politécnica da USP – Dept. de Eng. Mecânica

RESUMO fechamento em condição de emergência de comportas


localizadas na tomada d´água é mais conhecido e
Este trabalho visa analisar, hidráulica e previsível, porém vantagens econômicas advindas da
mecanicamente, as conseqüências do fechamento utilização de comportas vagão no tubo de sucção
emergencial de comportas vagão situadas em tubos de estimulam a busca de soluções apesar dos desafios
sucção de rotores tipo Kaplan e comparar várias leis de técnicos.
fechamento das mesmas. Foram realizadas diversas
simulações numéricas através do Método das A principal dificuldade para a utilização de comportas
Características, com o objetivo de analisar os de emergência no tubo de sucção de máquinas Kaplan
transitórios hidráulicos na região das comportas, em está associada a determinação da influência do
várias situações de fechamento emergencial. Os transitório hidráulico causado pelo fechamento da
resultados obtidos foram então utilizados como comporta nas partes da turbina. Se o fechamento da
condições de contorno para simulações numéricas do comporta no tubo de sucção for muito brusco, o
escoamento no tubo de sucção e comporta utilizando conjunto Turbina-Gerador pode sofrer danos com o
técnicas de CFD (do inglês Computational Fluid empuxo hidráulico contrário sobre o mesmo (“Uplift”).
Dynamics). O intuito destas simulações é verificar a
magnitude das forças atuantes nas comportas, A idéia inicial para o estudo do comportamento do
principalmente devido ao efeito “Downpull”, durante o sistema turbina-comporta baseava-se na realização de
fechamento das mesmas. ensaios em modelo reduzido. Esta idéia foi inicialmente
descartada, devido à dificuldade de extrapolação, em
PALAVRAS-CHAVE conjunto, dos resultados do modelo para o protótipo.
As forças atuantes na comporta são
Fechamento de emergência. Comporta vagão no tubo predominantemente gravitacionais, necessitando que
de sucção. Transitório hidráulico. Efeito “downpull”. as leis de semelhança considerem o número de
Rotores Kaplan. Froude. Em contrapartida a operação da turbina é
regida pelo número de Reynolds, uma vez que as
1.0 - INTRODUÇÃO E MOTIVAÇÃO forças predominantes são viscosas. Para que um
mesmo modelo pudesse ser extrapolado
simultaneamente segundo Froude e Reynods as
Os sistemas normalmente utilizados para interromper o
características do modelo e do fluido (dimensões,
fluxo d´água em situações de emergência, quando da
rotação, viscosidade, etc.) deveriam ser muito
falha do distribuidor de uma turbina Kaplan são as
específicas e de difícil execução na prática.
válvulas borboleta ou comportas vagão. A primeira das
opções só é utilizada em máquinas com caixa espiral
Devido a estas dificuldades decidiu-se pela realização
metálica. As comportas, por sua vez, podem localizar-
de simulações numéricas através de modelos
se na tomada d´água ou no tubo de sucção. A
computacionais. As simulações realizadas visam
motivação para a escolha da localização de comportas
analisar as entidades tais como velocidade e pressão e
vagão é, geralmente, técnico-econômica. Os efeitos do
* Rua Friedrich von Voith, 825 - CEP 02995-000 – São Paulo - SP - BRASIL
Tel.: (11) 3944-5077 - Fax: (11) 3944-4880 - E-MAIL: arthur.leotta@vs-hydro.com
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prever o que pode ocorrer em situações emergenciais Estas equações em derivadas parciais valem para todo
reais. o plano (x,t). Para a solução destas equações é
empregado o Método das Características que
A Usina em análise possui 3 (três) unidades geradoras transforma as equações a derivadas parciais em
com rotores verticais tipo Kaplan. A potência de cada equações a derivadas totais validas, duas a duas, ao
unidade na queda nominal (25,8m.c.a.) é de longo das retas características como segue:
aproximadamente 110MW e a vazão é da ordem de
3
475m /s. A Figura 1 apresenta um croqui com o corte g ⋅ A dZ dQ f
longitudinal de uma máquina apresentando parte da ± ⋅ + ⋅ ⋅Q ⋅ Q = 0 (3)
tomada d´água, a caixa semi espiral, o rotor da turbina, a dt dt 2 ⋅ D ⋅ A
o tubo de sucção e a comporta vagão.
válidas sobre as respectivas retas:

dx
= ±a (4)
dt
Desta forma, a variável independente x é eliminada.
Daí, conforme Figura 2, é fácil perceber que as retas
características definem um caminho sobre o plano (x,t)
onde podemos aplicar uma equação com as variáveis
de interesse vazão e altura piezométrica. É utilizado
um esquema de diferenças finitas para solução das
equações (3) e (4),
t
FIGURA 1 – Croqui da máquina em análise
t0 ⋅ ∆ t
2.0 - TRANSITÓRIOS HIDRÁULICOS

O cálculo de transitórios hidráulicos visa determinar o


comportamento, no tempo, de variáveis tais como
t0
vazão, pressão e elevação do nível d´água após o
sistema ter sofrido alguma perturbação nas condições
de contorno (fechamento do distribuidor, desconexão
com a rede elétrica, etc.). As simulações foram
∆x = a ⋅ ∆t x
realizadas através da utilização do programa FIGURA 2 – Retas Características no Plano (x,t)
SIPROHS, desenvolvido pela Universidade de Stuttgart
em conjunto com a Voith Siemens Hydro. O programa 2.2 Modelagem do Sistema
utiliza o Método das Características como base teórica
e realiza cálculos numéricos para atingir a solução do Para a modelagem do sistema no programa SIPROHS,
problema no tempo. cada componente (reservatórios, condutos, máquinas,
comportas, etc.) é considerado um elemento, e cada
2.1 Método das Características elemento é conectado aos elementos adjacentes
através de nós. O caso estudado foi modelado
O fenômeno do transitório hidráulico pode ser descrito utilizando-se 10 (dez) elementos e 8 (oito) nós
através das equações da continuidade e da quantidade conforme apresentado na Figura 3 e na Tabela 1.
de movimento simplificadas.

Equação da continuidade:

∂Z a 2 ∂Q
+ ⋅ =0 (1)
∂t g ⋅ A ∂x
Equação da quantidade de movimento:

∂Q ∂Z f
+ g ⋅ A⋅ + ⋅Q ⋅ Q = 0 (2)
∂t ∂x 2 ⋅ D ⋅ A
onde: Q = vazão; FIGURA 3 – Modelagem do Circuito Hidráulico
Z = altura piezométrica;
g = gravidade; Cada máquina possui duas comportas vagão porque o
D = diâmetro hidráulico; tubo de sucção possui, após o seu cotovelo, um pilar
A = área da seção; que divide o fluxo.
a = reta característica.
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TABELA 1 – Elementos da Modelagem 110

100

Lei de Fechamento da Comporta


Elemento Tipo Nó Inicial Nó Final 90

Abertura da Comporta (%)


[Nome] [Modelo] [Número] [Número] 80 Fechamento da comporta em
função do tempo após a máquina
70
ter atingido a velocidade de
Montante Reservatório - (N/A) 1 (um) 60
disparo.
50

Tomada D´Água Conduto 1 (um) 2 (dois) 40

30

Caixa Semi 20
Conduto 2 (dois) 3 (três)
Espiral 10

Modelo do 4 0 20 40 60 80 100 120 140 160 180 200

Máquina 3 (três) Tempo (s)


Rotor (quatro)
FIGURA 5 – Lei de Fechamento das Comportas
Tubo de Sucção 4
Conduto 5 (cinco)
(início) (quatro) 3.0 - “DOWNPULL” E ANÁLISE EM CFD
Tubo de Sucção
Conduto 5 (cinco) 6 (seis) A análise em CFD teve como principal finalidade,
(final direito)
avaliar os esforços a que as comportas estão sujeitas
Comporta Vagão durante o seu fechamento em condições emergenciais.
Válvula 6 (seis) 7 (sete)
(lado direito) Além dos esforços mecânicos e hidrostáticos, atuam
na face inferior da comporta esforços hidrodinâmicos,
Jusante Reservatório 7 (sete) - (N/A)
provenientes da passagem do fluxo sob a mesma.
Tubo de Sucção
Conduto 5 (cinco) 8 (oito) Um dos esforços hidrodinâmicos é chamado de
(final esquerdo)
“Downpull” e pode ser muito superior aos outros
Comporta Vagão esforços envolvidos, dependendo do tempo de
Válvula 8 (oito) 7 (sete)
(lado esquerdo) fechamento da comporta. O “Downpull” surge porque
existe um aumento da velocidade do fluido na parte
2.3 Resultados das Simulações dos Transitórios inferior da comporta, uma vez que a vazão não diminui
instantaneamente com o fechamento da mesma. Este
Foram realizadas simulações para diferentes casos de aumento de velocidade causa uma diminuição de
queda e vazão, além de diferentes leis de fechamento pressão na face inferior da comporta e a diferença de
para as comportas de emergência. pressão atua de cima para baixo gerando uma força
resultante na comporta que a lança em direção à
Os resultados gerados através de diversas simulações soleira. Quanto mais rápido for o fechamento, maior
serviram como dados de entrada e condições de será a força atuante na comporta.
contorno para as simulações em CFD que analisaram
os esforços aplicáveis à comporta. Nas Figuras 4 e 5 Por ser uma comporta de emergência, o fechamento
podemos ver um exemplo dos resultados obtidos para não pode ser lento, daí surge a idéia de realizar o
um caso estudado e a respectiva lei de fechamento fechamento segundo uma lei que varia a velocidade de
das comportas. fechamento dependendo da posição de abertura da
comporta. O início do fechamento é rápido, mas
quando a comporta atinge aberturas pequenas a
velocidade diminui, impedindo que os esforços atinjam
valores elevados.

A análise em CFD foi realizada utilizando-se para cada


caso, como dados de entrada valores fixos de vazão,
queda e abertura da comporta, segundo os resultados
obtidos pelas análises de transitórios hidráulicos.

3.1 Solução em CFD

Como parte da programa de pós-graduação do


primeiro autor deste artigo (AA), utilizou-se o simulador
computacional Fluent acoplado ao gerador de malhas
Gambit. Este simulador resolve as equações de
conservação de massa e momento através do método
dos volumes finitos. Esta técnica consiste em: divisão
FIGURA 4 – Resultado dos Transitórios Hidráulicos do domínio em volumes de controle discretos (malha
computacional); integração das equações em cada
volume de controle para criação de equações
algébricas para as variáveis dependentes discretas tais
como velocidade e pressão; e finalmente faz a
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linearização das equações discretizadas e soluciona o A Figura 6 ilustra a discretização bidimensional em um


sistema linear de equações. volume de controle.

As equações são resolvidas seqüencialmente


(segregadas) e várias iterações são realizadas até que
exista a convergência para o resultado final. As
características do fluido são atualizadas a cada
iteração, daí são resolvidas as equações de momento
e continuidade e a convergência é checada para
determinar se o processo reinicia ou não.

Para a realização dos cálculos é necessário que seja


feita a linearização das equações e seja criado um
sistema de equações em variáveis dependentes para FIGURA 6 – Discretização do Volume de Controle
cada volume da malha computacional. Esta
linearização é feita implicitamente para a solução 3.2 Modelo 2D
segregada, isto significa que uma variável
desconhecida em um volume é computada usando As malhas foram geradas através da utilização do
uma relação que inclui variáveis conhecidas e software computacional Gambit. Foram geradas
desconhecidas dos volumes vizinhos. Daí as variáveis malhas com aberturas de comporta variando de 5% e
desconhecidas aparecerão em mais de uma equação e 100% e utilizadas em diversas condições de queda e
devem ser resolvidas simultaneamente para se vazão dentro da faixa operativa da usina considerada.
encontrar os valores não conhecidos.
Na Figura 7 é apresentada a malha computacional
A técnica da discretização se baseia em converter as utilizada para o caso da comporta com abertura de
equações no volume de controle em equações 75%. Devido à complexidade dos contornos na região
algébricas que podem ser resolvidas numericamente. A da comporta, decidiu-se pela utilização de malhas não
discretização é feita considerando a equação de estruturadas (triangulares). As malhas geradas têm por
conservação de estado: volta de 90000 elementos e 50000 nós e existe uma
discretização maior na região da comporta, conforme
r r r apresentado nas Figura 8 e 9. Para certificar que o
∫ ρφv ⋅ dA = ∫ Γφ ∇φ ⋅ dA + ∫ Sφ dAV V
(5) escoamento estaria completamente desenvolvido, a
malha foi estendida muito além do final do tubo de
sucção.
onde: ρ = densidade;
r
v = vetor velocidade;
r
A = vetor superfície;
Γφ = coeficiente de difusão para φ;
∇φ = gradiente de φ;
FIGURA 7 – Malha Bidimensional
Sφ = superfície de φ por unidade de volume.

A equação 5 é aplicada em cada volume de controle do


domínio computacional segundo a seguinte
discretização:

N faces N faces
r r r
∑ f
ρ f v f φ f ⋅ Af = ∑ Γφ (∇φ )
f
n ⋅ Af + SφV (6)

onde: N faces = número de faces da célula (volume);

φ f = valor de φ através da face f;


r r FIGURA 8 – Detalhe do Tubo de Sucção e Comporta
ρ f v f ⋅ Af = fluxo de massa através da face;
r
Af = área da face f;

(∇φ ) n = magnitude de ∇φ normal à face f;


V = volume da célula.
5

Os resultados demonstraram que as forças atuantes na


comporta podem ser reduzidas ou aumentadas
drasticamente dependendo da velocidade de
fechamento da mesma, mas esta influência somente é
relevante para pequenas aberturas das comportas. Isto
demonstra que a lei de fechamento das comportas
pode ser adequada e otimizada para os casos mais
críticos de operação.

3.3 Modelo 3D

Através da utilização do mesmo software (Gambit)


foram geradas algumas malhas 3D. Foram utilizadas
malhas não estruturadas (tetraedros). As malhas
geradas têm por volta de 150000 volumes e 35000 nós
FIGURA 9 – Detalhe da Região da Comporta com uma discretização maior na região da comporta. A
Figura 12 mostra uma região do tubo de sucção da
3.2.1 Resultados do Modelo 2D malha computacional 3D.

Para a simulação e análise dos resultados foi utilizado


o software Fluent 6.0. As condições de contorno
adotadas para as simulações foram: velocidade de
entrada da água constante no tubo de sucção;
velocidade nula nas paredes do tubo de sucção,
comporta e reservatório; tensão de cisalhamento nula
na superfície do reservatório; e escoamento
plenamente desenvolvido no final do reservatório. As
Figuras 10 e 11 apresentam alguns dos resultados
obtidos nas simulações com abertura da comporta de
75%.

FIGURA 12 – Malha Tridimensional

3.3.1 Resultados do modelo 3D

As condições de contorno utilizadas foram


praticamente as mesmas do modelo 2D, com a
diferença que, ao invés de um valor fixo, foi utilizado
um perfil de velocidades na entrada do tubo de sucção,
baseado em simulações numéricas e ensaios de
FIGURA 10 – Campo de Velocidades modelo reduzido realizadas em laboratório durante a
fase de projeto da máquina. As Figuras 13 e 14
apresentam alguns resultados para a comporta
completamente aberta.

FIGURA 13 – Campo de Velocidades


FIGURA 11 – Campo de Pressões
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6.0 - AGRADECIMENTOS

Os autores gostariam de agradecer ao alunos de


graduação Daniel Furlaneto, Alessandro Lima e
Eduardo Raupp pela geração das malhas
computacionais e simulações apresentadas neste
artigo. O primeiro autor (Arthur Leotta) está
desenvolvendo as atividades de pesquisa
apresentadas neste artigo como parte do seu programa
de pós-graduação na Escola Politécnica da
Universidade de São Paulo, dentro do convênio
firmado com a Voith Siemens Hydro Power Generation.
Estas atividades incluem a utilização de simuladores
(Fluent) e validação dos resultados obtidos.
FIGURA 14 – Campo de Pressões

Os resultados preliminares do modelo 3D vêm 7.0 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS


confirmando os resultados da modelagem 2D com
maior precisão de valores, isto porque a simplificação
do modelo 2D desconsidera que a variação de seção (1) SIPROHS 4.0 User’s Guide; Voith Siemens,
do tubo de sucção é diferente em sua altura e largura. Heidenheim, 2001.
O modelo 2D somente considera a variação na altura,
desconsiderando que a largura é variável desde a (2) Fluent 6.0 User’s Guide; Fluent Inc., New
entrada até a saída do tubo de sucção. Hampshire, November, 2001

(3) Gonçalves, M. N. F.; Análise e Otimização dos


4.0 - VALIDAÇÃO DOS RESULTADOS
Parâmetros do Regulador de Velocidade e
Utilização do Controle Adaptativo em Máquinas
Esta prevista a medição em campo durante o Hidráulicas Através do Método das Características
comissionamento da máquina, para que alguns e do segundo Método de Ziegler-Nichols; Tese de
resultados obtidos nas simulações sejam validados e Doutorado – EPUSP. São Paulo, 1997.
possam ser extrapolados para as condições
emergenciais de operação das comportas. (4) Silva, A. L. F., Bertolozzi R.; Utilização do Método
Analítico do Professor F. H. Knapp para a Correta
Estão previstas as medições de pressão na entrada do Determinação da Capacidade dos Servomotores
tubo de sucção e na região da comporta através de do Sistema de Acionamento das Comportas de
pressostatos diferenciais. O mesmo tipo de Emergência da Usina de Sobradinho. VI SNPTEE.
equipamento será utilizado para medição dos níveis Balneário Camburiú, SC, 1981.
dos reservatórios e cálculo da queda líquida da usina.
Medidores de vazão tipo “Winter Kennedy” serão (5) Rocha, G., Wernicke, G.; Use of Emergency
utilizados para medição de vazão. A vazão será Closure Gates for Kaplan Turbines. IAHR. Montreal
utilizada para o cálculo da velocidade do fluido a cada 1986.
instante. Além disso, células de carga acopladas aos
servomotores das comportas vagão medirão os
esforços de operação das mesmas em algumas
condições de operação.

5.0 - CONCLUSÃO

A conclusão final deste trabalho somente poderá ser


realizada após a validação dos resultados obtidos
numericamente pelas medições em campo, porém os
resultados obtidos até o momento demonstram que os
esforços que agem sobre as comportas de emergência
localizadas no tubo de sucção de máquinas Kaplan,
devem ser adequadamente estudados durante a fase
de projeto.

Para evitar a ocorrência de acidentes, o fechamento


das comportas deve ser controlado segundo uma lei
bem definida e segura. Se isto não ocorrer, o
fechamento brusco das comportas pode causar danos
na comporta, na soleira e na máquina, devido aos
esforços hidráulicos gerados repentinamente, tais
como o “Downpull” (forçando a comporta contra a
soleira) e o “Uplift” (gerando empuxo no sentido de
levantar o conjunto Turbina-Gerador.

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