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Semana de

ATIVIDADE
05/10 – 09/10
ESCOLA SESI 339 Componente Curricular: Programação e Robótica
ARARAQUARA Professor: Celso Luiz Mattos

Leitura e Interpretação de texto:

- Leia o texto: “O que é deepfake?” e responda as questões propostas.

O que é deepfake? Inteligência artificial é


usada pra fazer vídeo falso
Inteligência artificial é usada para fazer montagem com famosos e políticos,
substituindo rostos e vozes em vídeos realistas; novidade traz preocupações éticas

O deepfake é uma tecnologia que usa inteligência artificial (IA) para criar vídeos
falsos, mas realistas, de pessoas fazendo coisas que elas nunca fizeram na vida real. A
técnica que permite fazer as montagens de vídeo já gerou desde conteúdos constrangedores
com celebridades até discursos fictícios de políticos influentes. Circulam agora debates
sobre a ética e as consequências da tecnologia, para o bem e para o mal.
O termo deepfake apareceu em dezembro de 2017, quando um usuário do Reddit
com esse nome começou a postar vídeos falsos com famosas. Com softwares de deep
learning, ele aplicava os rostos que queria a clipes já existentes. Os casos mais populares
foram os das atrizes Gal Gadot e Emma Watson. A expressão deepfake logo passou a ser
usada para indicar uma variedade de vídeos editados com machine learning e outras
capacidades da IA.
Efeitos especiais de computador que criam rostos e cenas no audiovisual não são
nenhuma novidade; o cinema faz isso há muitos anos. A grande virada do chamado
deepfake está na facilidade com que ele pode ser produzido. Comparado ao que costumava
ser necessário, o método atual é simples e barato. Qualquer um com acesso a algoritmos e
conhecimentos de deep learning, um bom processador gráfico e um amplo acervo de
imagens pode criar um vídeo falso convincente.

Como os deepfakes são criados


São utilizados softwares baseados
em bibliotecas de código aberto voltadas ao
aprendizado de máquina. Segundo
entrevista ao site Motherboard, o usuário do
Reddit usou TensorFlow aliado ao Keras,
uma API de deep learning escrita em
linguagem Python. O programador fornece
centenas e até milhares de fotos e vídeos das
pessoas envolvidas, que são
automaticamente processadas por uma rede
neural. É como um treinamento, no qual o computador aprende como é determinado rosto,
como ele se mexe, como ele reage a luz e sombras.
Esse “treino” é feito com o rosto do vídeo original e com o novo rosto, até que o
programa seja capaz de encontrar um ponto comum entre as duas faces e “costurar” uma
sobre a outra. O procedimento envolve uma espécie de truque, em que o software recebe
uma imagem da pessoa A e a processa como se fosse a pessoa B.
O deepfake é muito recente e sua definição é fluida. O fenômeno se confunde na
discussão pública com tecnologias com funções similares ou complementares. Há, por
exemplo, um programa anunciado pela Adobe que consegue criar falas com a voz de uma
pessoa a partir de amostras reais. Existem ainda experimentos de reencenação facial, com
a recriação das mesmas falas e expressões de uma pessoa no rosto de outra, e de
sincronização labial, vídeos de alguém falando gerado com áudio e imagens de seu rosto.
Outros vídeos falsos criados com inteligência artificial que ganharam notoriedade
mostram o ex-presidente americano Obama. Em um deles, ele chama o atual presidente dos
EUA, Donald Trump, de “um completo idiota”. Em outro, faz discursos que só existiam em
áudio ou na forma escrita. Há também um vídeo de Trump produzido com imagens e falas
de uma paródia do presidente no programa de humor Saturday Night Live.

Riscos e consequências

Normalmente, vídeos desse tipo não são perfeitos, mas são realistas o suficiente
para enganar muita gente. Má intenção não faz parte do conceito dos deepfakes, mas está
na equação. A manipulação das imagens e vozes de políticos se mostra como um alerta.
Com ferramentas tão acessíveis, fica mais fácil espalhar informações falsas de acordo com
interesses próprios, fundamentadas por supostas provas em vídeo. Isso pode representar
um perigo para a democracia e a sociedade, inclusive ameaçando a credibilidade de tudo o
que é publicado.

Em vídeos falsos de famosos, inclui-se ainda problemas éticos e legais complexos,


de teor mais individual. As criações enganosas podem prejudicar a vida de uma pessoa, seja
ela famosa ou anônima, e, por enquanto, não se sabe ao certo o que a Justiça pode fazer a
respeito. Os vídeos divulgados não são reais; é a face de um inserida no corpo de outro.
Porém, se as imagens conseguem se passar como verdadeiras e não há consentimento do
indivíduo em questão, como lidar?
Alguns já levantam também questionamentos sobre a possível banalização do
termo, de modo semelhante ao que aconteceu com a expressão fake news. A preocupação
é que a palavra deepfake passe a ser usada de maneira muito vaga e casual e se torne
onipresente, mais forte que o real impacto da tecnologia. Assim, pessoas mal intencionadas
podem se aproveitar para lançar dúvidas sobre evidências verdadeiras que não as agradam.

Como reconhecer um deepfake


Agora que os deepfakes fazem parte da nossa realidade, é essencial aprender a
identificá-los. Pode ser que cheguemos a um ponto em que isso seja impossível ou muito
difícil, mas hoje ainda existem alguns detalhes que ajudam a revelar um vídeo falso. Preste
atenção nos movimentos da boca, se eles correspondem bem ao que está sendo dito. Fique
atento também para a própria voz: a entonação e o tom soam normais?

Verifique os olhos para notar se eles estão piscando. Na maioria das vezes, os
algoritmos não reproduzem bem esse aspecto nem a respiração da pessoa. Veja ainda se
ela se mexe de forma natural como um todo. As recriações podem ter dificuldade em
encaixar todas as partes do rosto e do resto do corpo e duplicar certos movimentos
orgânicos. E se a pessoa no vídeo em questão é alguém que você não conhece bem,
procure outros clipes, de preferência em que haja certeza de veracidade, para comparar.
(Fonte: https://www.techtudo.com.br/noticias/2018/07/o-que-e-deepfake-
inteligencia-artificial-e-usada-pra-fazer-videos-falsos.ghtml)

- Em relação ao texto, responda:

1. Explique com suas palavras o que você entendeu pelo termo DeepFake.
2. Como o DeepFake se diferencia das FakeNews?
3. Descreva os possíveis malefícios que uma DeepFake pode ocasionar na vida de
uma pessoa (famosa ou não).
4. Em sua opinião existem situações em que o DeepFake deva ser caso de
polícia? Justifique sua resposta.
5. Aplicativos como o Instagram utilizam a tecnologia
da Inteligência Artificial para aplicar filtros em
vídeos e imagens. Um exemplo é o filtro de ‘trocar’
de rosto com outra pessoa. Cite outros aplicativos
que você conhece que utiliza Inteligência Artificial
de reconhecimento facial para aplicar filtros em
vídeos.

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