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vêrno cumpre, portanto, acatar-lhe o pronunciamento e ção do primeiro turno nas cédulas de legenda e nas cédulas
prestigiar-lhe as iniciativas; avulsas. (2)
Decreta: A r t . S.° Dos trabalhos de cada dia será lavrada uma
A r t . l.° Ficam aprovadas as novas instruções seguintes, ata. resumida, da qual constarão as ocurrenciâs verificadas e,
organizadas e redigidas pelo Tribunal Superior de Justiça finda a apuração de cada secção, o presidente da turma pro-
Eleitoral, no intuito de abreviar a apuração das eleições de clamará o resultado, consignará na ata o número de cédulas
3 de maio de 1933. apuradas, discriminadas quantas o forem com e sem legenda,
A r t . 2.° Este decreto entrará em vigor imediatamente, e. fará transcrever em livro apropriado os resultados constan-
devendo ser transmitido o seu teor, por telegrama, aos T r i - tes das folhas de apuração, que serão, ainda, afixadas pela
bunais Regionais dos Estados e do Território do Acre. secretaria no próprio Tribunal e remetidas para serem pu-
A r t . 3.° Revogam-se as disposições em contrario. blicadas na imprensa oficial. (3)
Rio de Janeiro, 10 de maio de 1933, 112° da Indepen- A r t . 6.° A s questões que se suscitarem no correr dos
dência e 45° da Republica. trabalhos serão decididas pelo presidente da turma apura-
dora, com recurso dos interessados para o Tribunal Regional,
GETULIO VARGAS.
que será interposto dentro de 48 horas e julgado nos termos
o
Francisco Antunes Maciel. prescritos no art. 46, § 2 , das Instruções aprovadas pelo
decreto n . 22.627, de 7 de abril de 1933.
Instruções para a apuração das eleições á Assembléa Nacional A r t . 7.° Funcionará junto a cinco turmas o Procurador
Constituinte, aprovadas pelo Tribunal Superior de Jus-
Regional e junto a outras cinco outro membro do Tribunal
tiça Eleitoral, em sessão de 10 de maio corrente
Regional, por este escolhido no caráter de procurador ad-líoc.
A r t . l.° Nas regiões que tenham mais de cem secções A r t . 8." S i , com. a continuação dos serviços de apura-
eleitorais, o serviço de apuração da eleição será feito por ção, se verificar a necessidade de aumentar o número de
dez turmas apuradoras, constituídas por dois cidadãos de turmas apuradoras, em alguma das regiões, o Tribunal Re-
notória integridade- e independência, eleitos pelo Tribunal gional apresentará ao Tribunal Superior de Justiça Eleitoral,
Regional de Justiça Eleitoral, sob a presidência de um dos que poderá autorizar a constituição de turmas organizadas
o
membros, efetivos ou substitutos do Tribunal. (1) segundo o critério do § I do art. 65 do Código Eleitoral,
A r t . 2." O presidente do Tribunal, a pedido dos presi- ,sempre.sob a imediata fiscalização de um membro do T r i -
dentes das turmas, poderá requisitar dos Interventores Fe- bunal Regional, ao qual competirá abrir as urnas e decidir
derais e dos chefes dos serviços públicos federais, no Dis-
trito Federal e nos Estados, os funcionários necessários aos (2) A v e r i f i c a ç ã o de que trata o art. 43 das I n s t r u ç õ e s apro-
vadas pelo dec. n. • 22.627, .é à seguinte: — aberta a urna, ve-
serviços auxiliares de apuração. r i f i c a r - s e - á si o numero de s o b r e - ç a r t a s corresponde ao de vo-
tantes declarado na ata pelo presidente da mesa receptora; si,
A r t . 3.° A s turmas apuradoras funcionarão diariamente não corresponder, sem apurar os su-ft-agios, p r o c e d e r - s e - á como
no |-.2°..dp art. 42 das mesmas I n s t r u ç õ e s (nova e l e i ç ã o desde que
em locais e horários e escala determinados pelo ^Tribunal Re- pela p e r í c i a fique canstatada haver sido violada a urna).
— E'm s e s s ã o de 26-5-933, o T . S. j á resolveu, solucionando
gional, e que serão publicados para conhecimento dos inte- uma consulta do T . R . do Ceará, que si se verificar que a di-
v e r g ê n c i a entre o numero de sobre-cartas e o de eleitores men-
ressados. Poderão ser suspensos os trabalhos, em casos de cionado na ata, trata-se de simples engano, a a p u r a ç ã o dos su-
f r á g i o s pôde ser feita. No caso, porém, de constatada a viola-
rigorosa necessidade;' sendo, então,' ás cédulas não apuradas ç ã o da urna, deve deixar-se para o fim da a p u r a ç ã o , para se re-
solver sobre a necessidade, ou n ã o , de nova eleição, porquanto
e as folhas de apuração recolhidas á urna e esta encerrada ela p o d e r á deixar de vir a ser realizada, uma vez que fique
evidenciado que essa nova e l e i ç ã o n ã o pôde materialmente, al-
e lacrada com as formalidades legais, o que constará da ata terar o resultado apurado sobre a c o l o c a ç ã o dos candidatos. (Ar-
o tigo 57).
a que se refere o art. 5 . — Quando a nfalidade atingir a mais de metade dos s u f r á -
gios-de urna r e g i ã o eleitoral, j u l g a r - s e - ã o prejudicadas as demais
A r t . 4.° Aberta a urna e feita a verificação prescrita v o t a ç õ e s e, assim, cabe ao presidente dq T . R . determinar nova
e l e i ç ã o em todo q Estado, dentro do prazo que n ã o pôde exceder
no art. 43 das Instruções aprovadas pelo decreto n . 22.627, de 40 dias.
— Verificada a e x a t i d ã o entre o numero de sobre-cartas
de 7 de abril de 1933, o presidente da turma abrirá todas as com o de votantes, declarado na ata, inicia-se e n t ã o a p u r a ç ã o ,
S e r ã o abertas em primeiro logar as sobre-cartas maiores, afim
cédulas; excluirá, desde logo, as que incidam nas nulidades o
de que se inicie a a p u r a ç ã o pelas i m p u g n a ç õ e s (§ 3 do art. 43).
E m seguida, é que se procede a s e p a r a ç ã o das c é d u l a s sob as
estabelecidas na l e i ; e examinará, separadamente, as cédulas varias legendas registradas, na conformidade da r e c o m e n d a ç ã o
prescrito no a r t r 4 acima.,
sob as várias legendas registadas e as cédulas avulsas, ob- (3) Os ó r g ã o s de .publicidade para qs Tribunais Regionais
s ã o os jornais oficiais'dos governos estaduais. No Distrito Fe-
servando o disposto no art. 49 das Instruções. Feito isto, deral, as p u b l i c a ç õ e s do respectivo Tribunal s e r ã o fetas no "Bo-
letim Eleitoral", (Reg Int. — A r t . 130). E m circular de
anotar-se-á o número de cédulas colhido por cada um dos 17-5-933, o Sr. ministro-Presidente do T . S. recomendando r i -
o
partidos; contar-se-á a cada candidato de lista registada sob gorosa o b s e r v â n c i a do disposto no art. 5 , declarou, t a m b é m ,
que "poderão ser adotadas outras providencias tendentes a dar
legenda tantos votos para segundo turno quantas as cédulas a maior d i v u l g a ç ã o aos resultados parciais da a p u r a ç ã o " , como
por exemplo, fornecer, diariamente, copias dos resultados á im-
sob essa legenda; e passar-se-á em seguida a apurar a vota- prensa local ou os n e c e s s á r i o s dados que permitiam dar conhe-
cimento ao publico.
(4) Segundo ô facultado no art. 89 do Cod. Eleit. e consta
das I n s t r u ç õ e s (art. 46) aprovadas pelo decreto n. 22.627, "á
(1) O T . S., em s e s s ã o de 12-5-1933, no intuito de evitar a medida que se realizar a a p u r a ç ã o podem os fiscais de candida-
p e r t u r b a ç ã o dos trabalhos da magistratura local decidiu que n ã o tos c os delegados de partidos, deduzir por escrito as suas im-
devem ser eleitos para membros das turmas apuradoras, a <iue pugnações .
o
se refere o art. I , magistrados ou repesentantes do m i n i s t é r i o o
Pelo § 2 do art. 46, cit. no artigo acima, os recursos dos
publico, que estejam em e x e r c í c i o efetivo, ficando p o r é m , bem fiscais de candidatos e delegados dos partidos interpostos das
entendido poder recair a e l e i ç ã o nos magistrados ou membros do d e c i s õ e s das turmas apuradores s e r ã o julgados pelo Tribunal
m i n i s t é r i o publico, que se- acham aposentados, em disponibilidade Regional, depois de terminados os trabalhos de a p u r a ç ã o e antes
ou avulsos. de lavrada a ata geral dos trabalhos.
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quaisquer dúvidas ou controvérsias, • nos termos do ar- e vota no sentido de se responder que se deve, do acordo
com o decreto n . 22.607, que f i x o u o prazo de dez dias antes
tigo 6°. (5) da e l e i ç ã o . O voto do relator ó aceito unanimemente. O
A r t . 9.° Poderá o Tribunal Superior de Justiça Elei- SR. AFFONSO PENNA JÚNIOR relata o processo n. 327, já
resolvido, 'por ter sido apresentado u m pedido de r e c o n s i -
toral autorizar ou recomendar novos processos e formulas d e r a ç ã o , e levanta a p r e l i m i n a r de ser ou n ã o aceito o pe-
conducentes á aceleração do serviço qúe julgue compatíveis dido de r e c o n s i d e r a ç ã o , votando pela a f i r m a t i v a . O T r i b u -
nal resolve unanimemente tomar conhecimento do pedido.
com as seguranças • de bôa apuração. (6) Quanto ao m é r i t o , vota o relator no sentido de ser conce-
Rio de Janeiro, 10 de maio de "1933. — Francisco An- dida a dispensa solicitada pelo S r . Pedro A l e i x o , de j u i z
substituto do T r i b u n a l Regional, embora n ã o o considere
tunes Maciel. i n c o m p a t í v e l , por n ã o ter exercido esse cargo. O T r i b u n a l
resolve reconsiderar a d e c i s ã o anterior e conceder a exone-
r a ç ã o solicitada pelo D r . Pedro A l e i x o , • contra os votos dos
Srs. E d u a r d o Espinola,, C a r v a l h o M o u r ã o e J o s é L i n h a r e s .
T R I B U N A L SUPERIOR D E J U S T I Ç A O SR. CARVALHO MOURÃO r e l a t a o processo n .
gado, p a r a esclarecimento da d e c i s ã o anterior, e vota no sen-
366,. j á jul-
C o n f e r e com o O r i g i n a l
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e autenticados os estatutos. E ' unanimemente aceito o voto registrada por ter satisfeito ás e x i g ê n c i a s legais e se tratar
do relator. O ' S R . CARVALHO MOURÃO, pedindo a palavra para de agremiação partidária com ação nacional. E ' unanime-
tratar de matéria urgente, propõe que o Tribunal torne mente aceito o voto do relator. Não tomou parte no julga-
público, com antecedência, que o decreto que prorrogou o mento o Sr. Monteiro de Salles. O S R . JOSÉ LINHARES re-
prazo para o encerramento do alistamento para o dia 15 do lata o processo n. 402 (Registro da Federação dos Volun-
corrente deve ser interpretado como significando que só tários de São Paulo), e vota no sentido de ser registrada
poderão ser aceitos os requerimentos de inscrição até o dia a Federação, por ter satisfeito ás exigências legais. E ' aceito
12 á meia noite e ficando os dias 13, 14 e 15, destinados o voto do relator unanimemente. Não tomou parte no jul-
para o prazo de impugnação e despachos desses requeri- gamento o Sr. Monteiro de Salles. O Sr. presidente comu-
mentos. O Tribunal unanimemente aceita essa proposta. O nica que a p r ó x i m a sessão será sábado, ás 9 1|2 horas, por
Sr. presidente declara que vai providenciar para que essa ser sexta-feira santifiçada o dia 14, e declara encerrada a
resolução seja com a maior brevidade transmitida ao pre- s e s s ã o . Levanta-se a sessão ás quinze horas e trinta m i -
sidente do Tribunal Regional do Distrito Federal. O SENHOR nutos .
MONTEIRO DE SALLES relata o processo n. 399 (Registro do
Partido Liberal Social Fluminense), e vota no sentido de
ser registrado esse Partido por ter satisfeito as e x i g ê n c i a s
legais e se tratar de agremiação partidária com âmbito de JURISPRUDÊNCIA
ação nacional. O voto do relator é aceito unanimemente.
O S R . EDUARDO ESPINOLA relata o processo n. 379 (de Per- Art. 14, n. 4, do Código Eleitoral e art. 30, classe 5 , do a
nambuco, sobre a divisão dos eleitores em secções, em vista Regimento Interno do Tribunal Eleitoral
do domicilio eleitoral), e vota no sentido de que n ã o se
aplica ao caso da consulta o disposto no art. 48 do Código Processo n. 134
Eleitoral, que trata de mudança de domicilio eleitoral para
outra região, mas que a m a t é r i a da consulta está resolvida
pelas instruções baixadas pelo Tribunal e aprovadas pelo Natureza do processo — Distrito Federal — Sobre a utilidade
Governo Provisório pelo decreto n. 22.627. O voto do re- do trabalho sob o titulo "Formulário sucinto para pro-
lator é unanimemente aceito. O S R . CARVALHO MOURÃO re- cesso do novo alistamento", apresentado pelo D r . Júlio
lata o process on. 380 (Registro do Partido Aliancista Re- G . do Valle Pereira (encaminhado com aviso do senhor
novador, do Estado do Rio de Janeiro), e vota no sentido ministro da J u s t i ç a ) .
de se encaminhar o pedido ao Tribunal Regional daquele
Estado, por ser o âmbito de ação do Partido meramente Juiz relator — O Sr. ministro Eduardo Espinola.
regional. O voto do relator ó unanimemente aceito, tendo o São de manifesta utilidade os tra-
Sr. Monteiro de Salles declarado que votara em atenção á balhos metódicos e sistemáticos, que
declaração do partido de que a sua ação partidária se exerce se destinem a facilitar o conhecimento
só naquela região, havendo o Sr. Miranda Valverde feito e aplicação do Código Eleitoral e do
idêntica declaração. O S R . EDUARDO ESPINOLA relata o pro- processo de alistamento e eleições por
cesso n. 386 (Registro do Partido Social Evolucionista de ele introduzido.
Santa Catarina) e, consoante a j u r i s p r u d ê n c i a do Tribunal,
vota no sentido de se dispensar o registro, por j á estar re-
gistrado no Tribunal Regional da região onde exerce a sua ACÓRDÃO
ação, sendo o seu âmbito de ação regional. E ' unanimemente
aceito o voto do relator. G S R . RENATO TAVARES relata o Vistos, relatados e discutidos os termos da con-
processo n. 389 (Registro do Partido U n i ã o Republicana, sulta :
de Sergipe), e vota no sentido de ser registrado o Partido, Considerando que o Sr. ministro de Estado da
por ter satisfeito ás exigências legais e se tratar de partido
com âmbito de ação nacional. O voto do relator é aceito J u s t i ç a e Negócios Interiores pede o parecer deste T r i -
unanimemente, tendo o Sr. Carvalho Mourão declarado que bunal sobre a utilidade do trabalho que, sob o titulo
votava em obediência á j u r i s p r u d ê n c i a do Tribunal. O S E -
NHOR MIRANDA V A L V E R D E relata o processo n . 391 (Registro — " F o r m u l á r i o sucinto para processo do novo alista-
do Partido Progressista, de Minas Gerais), e vota no sentido mento e da eleição" — lhe apresentou o D r . Júlio G .
de ser registrado esse Partido, que satisfez ás e x i g ê n c i a s do Valle Pereira;
legais e ser de âmbito de ação nacional. E ' o voto do relator
unanimemente aceito, n ã o tendo tomado parte no julga- Considerando que o dito trabalho é de manifesta
mento o Sr. Monteiro de Salles, por se ter retirado. O S E - utilidade prática, pois contribue para facilitar a com-
NHOR EDUARDO ESPINOLA relata o processo n . 393 (da Secre-
taria, sobre a inelegibilidade dos prefeitos, sobre a inelegi- preenção e, particularmente, a aplicação do novo sis-
bilidade do cidadão n ã o eleitor; e sobre o registro dos can- tema de alistamento e eleições, introduzida pelo Código
o
didatos incluidos em lista), e vota no sentido de: I , que os Eleitoral;
prefeitos só são i n e l e g í v e i s no m u n i c í p i o em que exercerem
esse cargo, perdendo os votos que aí lhes forem dados; 2°, Considerando que a consulta do Sr. ministro de
que não é elegivel quem n ã o fòr possuidor do titulo de elei- Estado se restringe á utilidade da obra, não envol-
tor, e que os n ã o alistaveis como eleitores s ã o todos aqueles
que estiverem com os seus direitos políticos privados; 3 , que o vendo a q u e s t ã o da c o n v e n i ê n c i a de ser publicada nas
os candidatos que constarem de lista registrada estão por condições propostas pelo autor, que é da exclusiva
esse fato registrados, n ã o havendo necessidade de registro c o m p e t ê n c i a da administração p ú b l i c a :
individual para eles. As duas primeiras conclusões do rela-
tor são aceitas contra o voto do Sr. Carvalho Mourão e a ACORDAM os juizes do Tribunal Superior de Jus-
terceira unanimemente. Não toma parte no julgamento o tiça Eleitoral, em opinar no sentido de se reconhecer
Sr. Monteiro de Salles. O SR. RENATO TAVARES relata o pro-
cesso n. 396 (Registro da L e g i ã o Republicana Catarinense), a utilidade do trabalho do Dr. Júlio G. do Valle Pereira,
e vota no sentido de ser arquivada, de vez que a L e g i ã o j á abstendo-se de qualquer parecer quanto a conveniência
foi registrada no Tribunal Regional de Santa Catarina e tem e vantagens de sua publicação, nos termos requeridos.
o seu âmbito de ação limitado a essa região, sendo desneces-
sário outro qualquer registro para gozar das vantagens asse- Tribunal Superior de Justiça Eleitoral, em 19 de
guradas pelo Código Eleitoral. O voto do relator é aceito novembro de 1932. — Hermenegildo de Barros, presi-
unanimemente. Não tomou parte no julgamento o Sr. Mon-
teiro de Salles. O S R . MIRANDA V A L V E R D E relata o processo dente . — Eduardo Espinola, relator. — José Linhares:
n. 398 (Registro do Partido Republicano Riograndense), e — vencido — Votei no sentido de se significar desde
vota no sentido de ser registrado o Partido por ter satisfeito logo ao Sr. ministro da Justiça o inconveninete de ser
ás exigências legais e se tratar de partido com âmbito de
ação nacional. E ' o voto do relator unanimemente aceito. autorizada a publicação, nos termos do pedido do For-
Não toma parte no julgamento o Sr. Monteiro de Salles. O m u l á r i o Eleitoral de autoria do Sr. Dr. Júlio G. do Valle
SR. EDUARDO ESPINOLA relata o processo n . 400 (Registro
Pereira, de vez que teria caráter oficial por ter tido a
da Liga Eleitoral Independente), e vota no sentido de ser
aprovação deste Tribunal e sair das oficinas da Im-
Sábado 20 BOLETIM ELEITORAL Maio de 1933 2085
prensa O f i c i a l , quando se cogita de fazer p u b l i c a ç ã o exercem profissão liberal; donde se concluo que o
semelhante e mais completa, com a p r o v a ç ã o e r e v i s ã o simples fato de tal registro n ã o prova, por parte do
do T r i b u n a l . diplomado, o exercício efetivo de profissão liberal, que
é o requisito legal p a r a a q u a l i f i c a ç ã o " e x - o f f i c i o " .
Processo n. 296 A s s i m sendo, é evidente que o registro do diploma
na S u p e r i n t e n d ê n c i a n ã o é p r o v a bastante para servir
Natureza Ao processo — D i s t r i t o F e d e r a l — Consulta — Sobre de base á q u a l i f i c a ç ã o " e x - o f f i c i o " dos diplomados em
a q u a l i f i c a ç ã o " e x - o f f i c i o " dos diplomados em c o m é r c i o ,
cujos t í t u l o s estejam registrados na S u p e r i n t e n d ê n c i a c i ê n c i a s comerciais, bem como 6 por igual evidente
do E n s i n o C o m e r c i a l . que a d i t a S u p e r i n t e n d ê n c i a — m e r a r e p a r t i ç ã o r e -
Juiz relator — O S r . m i n i s t r o C a r v a l h o M o u r ã o . gistradora de diplomas c i e n t í f i c o s , cujos portadores
m u i t a s vezes nem siquor exercem, de qualquer modo
Resolve-se manter, sem embargo
do que pondera a representação do que seja, a p r o f i s s ã o p a r a que se h a b i l i t a r a m — n ã o
presidente da Associação dos Diploma- cabe o encargo de remeter, p a r a q u a l i f i c a ç ã o "ex-of-
dos em Ciências Comerciais do Rio de
ficio", a lista dos diplomados com diplomas nela r e -
Janeiro, o acórdão deste Tribunal de
17 de fevereiro de 1933, pelo qual foi gistrados.
decidido que os diplomado^ em comér-
Não estabeleceu a l e i u m registro especial p a r a
cio, não sindicalizados, não são quali-
ficaveis "ex-officio" 'nos termos do ar- os diplomados em c i ê n c i a s comerciais que q u e i r a m
tigo 2°, letra "e", do decreto n. 22.168, exercer, como profissão liberal, o seu oficio ( e s c r i t ó -
de 5 de dezembro de 1932.
rios de contadores ou peritos em contabilidade, a t u a -
2» ACÓRDÃO rios, e t c ) , nem t o r n o u o e x e r c í c i o de t a l p r o f i s s ã o ,
assim realizado, m o n o p ó l i o ou p r i v i l e g i o dos d i p l o m a -
V i s t a , relatada e d i s c u t i d a a r e p r e s e n t a ç ã o a f l s . , dos em c o m é r c i o (insiste-se em dizer, sem embargo
do presidente da A s s o c i a ç ã o dos D i p l o m a d o s em C i ê n - da i n v o c a ç ã o do a r t . 1" do decreto n . 21.033, de 1932,
cias Gomerciais do R i o de Janeiro, d i r i g i d a ao E x m o . que n ã o tem tal alcance, i n s t i t u i n d o , como instituo,
S r . m i n i s t r o da J u s t i ç a e por este encaminhada a este a t r i b u i ç ã o p r i v a t i v a desses diplomados p a r a certos e
T r i b u n a l Superior, na qual se p l e i t e i a a reconsidera- determinados atos ou trabalhos com força legal p r e -
ção da d e c i s ã o p r o f e r i d a a 17 de fevereiro p . p . , a ta ante) .
f l s . , a p r o p ó s i t o do oficio do Sindicato E c o n o m i c o -
Curioso é, entretanto, que esse p r i v i l e g i o restrito,
Contabil de Pernambuco, pedindo se ordenasse a r e -
referindo-se, como se refere, a l i v r o s de e s c r i t u r a ç ã o
messa ao T r i b u n a l Regional de Pernambuco, da lista
e a documentos de contabilidade, só aproveita, em
dos diplomados' em c o m é r c i o , registrados na S u p e r i n -
regra, aos diplomados em c o m é r c i o que trabalharem
t e n d ê n c i a do E n s i n o Comercial, a f i m de serem q u a l i -
como empregados, e n ã o como profissionais, de p r o -
ficados " e x - o f f i c i o " :
fissão l i b e r a l .
A C O R D A M os juizes do T r i b u n a l S u p e r i o r de J u s - Diversamente sucede com os m é d i c o s e advogados,
t i ç a E l e i t o r a l manter, como de fato m a n t ê m , a r e f e - por exemplo, p a r a os quais h a u m registro p r o -
r i d a decisão, pelos seguintes fundamentos: fissional.
Comquanto contenha objeções dignas de toda a P o r isso mesmo, o t i t u l o deles, para q u a l i f i c a ç ã o
p o n d e r a ç ã o , atento o conceito, ainda m a l fixado, do "ex-officio", n ã o é o registro do d i p l o m a academico na
que se deva entender por " p r o f i s s ã o l i b e r a l " , n ã o D i r e t o r i a Nacional do Ensino, no M i n i s t é r i o da E d u -
parece que a r e s p e i t á v e l a s s o c i a ç ã o p e t i c i o n a r i a haja cação, e s i m o registro ou i n s c r i ç ã o no Departamento
refutado as p r i n c i p a i s r a z õ e s , os fundamentos b á s i c o s Nacional de S a ú d e P ú b l i c a (para os m é d i c o s ) ou nas
do a c ó r d ã o deste T r i b u n a l S u p e r i o r . Secretarias dos T r i b u n a i s , ou nos protocolos dos j u i -
Reconhece a r e p r e s e n t a ç ã o que, embora por exce- zes, ou na O r d e m dos Advogados (para estes). P o r
ção ( n ã o em regra, como diz o a c ó r d ã o , segundo a l e - falta de u m registro semelhante, p a r a os peritos co-
ga), os diplomados em c o m é r c i o trabalham, ás vezes, merciais, g u a r d a - l i v r o s , atuarios, e t c , é que se torna
como simples prepostos o u como a u x i l i a r e s dos c o - i m p r a t i c á v e l , legalmente, a q u a l i f i c a ç ã o "ex-officio"
merciantes, e n ã o de modo a u t ô n o m o , p a r a u m a cli- dos diplomados em c o m é r c i o , ainda mesmo quando
entela á q u a l l i v r e m e n t e atendam ( c a r a c t e r í s t i c a das exercem seu oficio como profissão liberal.
" profissões liberais).
T r i b u n a l S u p e r i o r de J u s t i ç a E l e i t o r a l , em 22 do
E ' quanto basta para que se j u s t i f i q u e a c o n c l u - a b r i l de 1933. — Llermenegildo de Burros, presidente.
são do a c ó r d ã o , de que n ã o podem os diplomados em — Carvalho Mourão, relator.
c o m é r c i o , nos termos do a r t . 2°, letra e, do decreto
n . 22.168, de 1932, ser qualificados " e x - o f f i c i o " pelo Processo n. 362
simples fato do registro de seus diplomas a c a d ê m i c o s
Natureza üo processo — Minas Gerais — Sobre si o j u i z e l e i -
n a S u p e r i n t e n d ê n c i a do E n s i n o C o m e r c i a l , porquanto toral pode aplicar penas d i s c i p l i n a r e s aos e s c r i v ã e s das
a citada l e i vigente manda q u a l i f i c a r "ex-officio", n ã o zonas.
os diplomados por qualquer instituto de ensino t é c - Juiz relator — O S r . D r . Affonso Penna J ú n i o r .
nico ou superior, s e n ã o "os que exercem, com diploma
Os juizes eleitorais podem aplicar
cientifico, pnofissão liberal", e, segundo se infere das penas disciplinares ao escrivão da res-
p r ó p r i a s p o n d e r a ç õ e s da r e p r e s e n t a ç ã o em a p r e ç o , nem pectiva zona na conformidade da legis-
todos os diplomados em c i ê n c i a s comerciais, com d i - lação estadual. O escrivão tem de ser
designado de entre os ofícios que ser-
. p l o m a registrado na S u p e r i n t e n d ê n c i a acima referida, virem com o juiz local e está a este
2086 Sábado 20 BOLETIM ELEITORAL Maio de 1933
o
subordinado (art. 30, § 2 e 33 do Có- R E S O L V E o Tribunal Superior de Justiça Elei-
digo; B. E. n. 32, de 1932, pag. 534),
toral responder que, á vista dos fatos expostos, o con-
sendo a função eleitoral meramente
adjeta ás demais de seu cargo, e, como sulente é elegivel para a A s s e m b l é a Nacional Consti-
estas, regida pelo mesmo sistema, dis- tuinte.
ciplinar das leis locais, como já se tem
julgado em caso<s análogos. Tribunal Superior de Justiça Eleitoral, em 22 de
abril de 1933. — Hermenegildo de Barros, presidente.
ACÓRDÃO — Carvalho Mourão, relator.
Vistos e relatados estes autos de consulta n. 362,
de Minas Gerais. T R I B U N A L R E G I O N A L D E JUSTIÇA ELEI-
O Tribunal Regional de Minas Gerais submete ao
T O R A L DO DISTRITO F E D E R A L
Tribunal Superior a consulta do juiz eleitoral de Uber-
lândia, sobre si o juiz eleitoral pode aplicar penas
disciplinares aos escrivães da zona e, caso afirmativo, EDITAIS E AVISOS
quais estas penalidades:
O desembargador Ataulpho Nápoles de Paiva, presidente do T r i -
ACORDAM os juizes do Tribunal Superior de Jus-
bunal Regional Eleitoral do Distrito Federal, faz saber aos que o
tiça Eleitoral responder que os juizes podem aplicar presente edital virem ou dele conhecimento tiverem, que o resultado
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ditas penas, na conformidade da legislação estadual, da apuração procedida pela l Turma Apuradora, aos 17 dias de maio
de 1933, neste Tribunal Regional foi o seguinte:
porquanto o escrivão eleitoral tem de ser designado de
entre os ofícios que servirem com o juiz local e está APURAÇÃO D A I a
TURMA APURADORA
a este subordinado (arts. 30, § 2° e 33 do Código, a
4 SECÇÃO DO DISTRITO MUNICIPAL DE PIEDADE
acórdão no B . E . n. 32, de 1932, pag. 534), sendo a
função eleitoral meramente adjeta ás demais de seu Comunicado á Secretaria do Tribunal Regional Eleitoral do Dis-
cargo e, como estas outras, regida pelo mesmo sistema trito Federal, na fôrma do art. 47 do decreto n. 22.627, de 7 de abril
de 1933:
disciplinar das leis locais, como j á se tem julgado em a
a) secção apurada: 4 secção do Distrito Municipal de Piedade;
m a t é r i a s congêneres ( B . E . n. 32, de 1932, paginas b) votos apurados: 352, sendo 63 com legendas e 289 sem legenda
(cédulas) ;
532 e 534; n. 33, de 1932, pag. 5 4 8 ) .
c) não houve impugnações;
Tribunal Superior de Justiça Eleitoral, em 7 de d) membros da turma apuradora: desembargador Ataulpho N á -
abril de 1933. — Hermenegildo de Barros, presidente. poles de Paiva, presidente e desembargador Luiz Augusto Sampaio
Vianna;
— Affonso Penna Júnior, relator . (Decisão unanime.) c) não houve incidente nos trabalhos do dia.
Rio de Janeiro, 17 de maio de 1933. — O. Pessoa, secretario da
a
I turma.
Processo n. 401
VOTAÇÃO D A 4" SECÇÃO DE PIEDADE
Turnos Turnos
I o
2° 1° 2°