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Data: 20/09/2021
Maria Eduarda Aguiar Dos Santos ; Maria Eduarda Matos Dos Santos; Yasmin De Almeida
Santana; Tainara Alves Boa Morte
Barroco
INTRODUÇÃO
Barroco é um estilo artístico que surgiu no século XVI e se estendeu até o começo do
século XVIII, caracterizado por ter uma estética com excesso de ornamentos e
representações do divino.
BARROCO
Nascido de uma livre interpretação das formas clássicas, o estilo representava uma
oposição ao racionalismo do Renascimento, que primava pela harmonia e
simplicidade. Ou seja, atuava numa época marcada pela dualidade: o teocentrismo
medieval e o antropocentrismo do Renascimento.
A influência do movimento barroco partiu da pintura, mas também chegou à
arquitetura, escultura, música e literatura.
Entre os principais nomes do barroco europeu, destaque para o holandês Rembrandt,
o espanhol Diego Velásquez, e o italiano Caravaggio.
Dicionários do século XVII passaram a usar o termo barroco como adjetivo para
qualificar aquilo que era "irregular" ou "dispendioso". Inicialmente, esta era
considerada uma acepção pejorativa
ESCULTURA BARROCA
A escultura barroca apresenta grande diversidade de temas. Há esculturas
ornamentais, alegóricas ou mitológicas, e retratos, especialmente em igrejas e
túmulos. O material mais usado é o mármore, do qual se aproveitam todas as
possibilidades de cor e textura.
O bronze é o segundo material mais utilizado. Formalmente, trata-se de uma escultura
naturalista, carregada de expressividade nos gestos, que insinua movimento e possui
figuras cheias de energia e vitalidade formando composições complexas e teatrais,
que transmitem ao observador grande instabilidade.
No início do século XVII, vários escultores buscam afastar-se da sofisticação
maneirista em busca da simplicidade. É o caso de Stefano Maderno (1576-1636),
autor de Santa Cecília, peça que já aponta para a paixão pelo corpo e o êxtase dos
santos, forte característica do Barroco.
ARQUITETURA BARROCA:
A arquitetura barroca foi concebida para gerar uma ilusão sensorial que cative e
emocione. Para que isso ocorresse, os arquitetos seguiram algumas regras:
Cor e textura têm sempre muita importância na escolha dos materiais, já que o
objetivo é produzir uma impressão de enriquecimento e ostentação; para isso, são
utilizados mármores coloridos, combinados com metais e elementos dourados.
Há um sentido rítmico nas fachadas e nos muros, com efeitos dinâmicos obtidos por
meio de curvas côncavas e convexas que buscam a continuidade espacial. Há ainda o
uso de elementos que criam ilusões ópticas, efeitos de luz e sensação de que certos
elementos arquitetônicos estão flutuando em relação ao resto da construção, caso, por
exemplo, das cúpulas.
A complexidade do repertório formal, que supõe uma escala gigantesca, monumental,
além de colunas salomônicas e entalhamentos em curvas.
A profusão decorativa, com abundância de motivos vegetais, cortinagens e elementos
sobrepostos à estrutura, ainda que cumpram, muitas vezes, funções meramente
cenográficas.
Em virtude do movimento da Contrarreforma, encontra-se, na arte sacra, a mais
expressiva característica da arquitetura barroca, que edificou muitas igrejas, nas quais
foram utilizados recursos como a elevação do teto, que, aliada às esculturas,
produzem a sensação de infinito.
Empregou-se também a luminosidade, que atravessa as janelas de modo a evidenciar
as mais importantes esculturas. Por meio do movimento espiralado encontrado nas
colunas, conseguiu-se conduzir à sensação de movimento e grandiosidade; instituiu-
se um monumental portal e o sino foi deslocado da área central para a dianteira.
A partir de 1630, começaram a se multiplicar as plantas ovaladas e elípticas de menor
tamanho, que, rapidamente, se tornariam características desse estilo. Além de Bernini,
também se destacaram, na arquitetura barroca, os italianos Borromini e Pietro da
Cortona.
Gregório de Matos : foi sem dúvida o mais expressivo dos barrocos. Conhecido como
Boca do Inferno por causa de sua poesia satírica, criticava, principalmente, o
governador da cidade da Bahia, Câmara Coutinho, o Braço de Ferro. A obra de
Gregório é dividida em;
Poesia lírica – a obra lírica de Gregório de Mattos traz também a temática da culpa. O
eu lírico sente-se culpado pelo desejo que sente.
Poesia satírica – tinha como principal alvo o governador da cidade da Bahia ².
Poesia sacro-filosófica – traz uma discussão metafísica (que transcende o físico) da
vida, do amor e da fé.
Poesia erótica – traz uma sensualidade explícita que confirmava a alcunha de profano.
É temática recorrente a discussão sobre a mutabilidade da vida. Agora, porém, há
uma discussão mais religiosa, observada em simbologias que nos remetem à fé como
luz, Sol, sombras que denota a dualidade barroca. Além disso, há clara argumentação
nos poemas de Gregório, principalmente nos sacro-filosóficos.