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Ciep 141 Vereador Said Tanus José

Secretaria de Educação
Governo do Estado do Rio de Janeiro

Trabalho de Literatura
Brasileira
O BARROCO NO BRASIL
Grupo 1

Alunos: Evellyn, Pedro, Bruna Coelho e Maria Luiza


Professora: Eliane Marques
Turma: CN 1001
O Barroco
O Barroco aconteceu durante o período histórico que compreende o final do século XVI
até a metade do século XVII. O movimento que surgiu inicialmente na Itália foi de
fundamental importância no universo da cultura ocidental. As manifestações do Barroco
podem ser encontradas nas artes plásticas, na literatura, na música e na arquitetura.
O célebre quadro As Meninas, do pintor espanhol Velázquez, é um exemplar típico da
pintura barroca.

Origem do termo “barroco“


O termo Barroco vem do francês barroc que quer dizer, literalmente, "pérola irregular",
"monte irregular". Apesar do termo ter origem na França, o movimento Barroco teve
início na Itália e se difundiu por todo o continente europeu vindo mais tarde a alcançar
ainda os novos continentes. As primeiras manifestações italianas de arte barroca foram
observadas no final do século XVI.
No Barroco encontramos um movimento de regresso à Idade Média, isto é, vemos um
retorno ao Teocentrismo (Deus no centro do universo). Tratou-se de um período
histórico marcado pela ascensão dos valores religiosos que se estabeleceram como
norteadores da sociedade.
As obras artísticas fruto desse momento ficaram caracterizadas especialmente pela
extravagância, por um excesso de formas e pela busca por uma grandiosidade.

A Contrarreforma
Durante a Reforma Protestante, figuras ligadas à religião discutiram e questionaram
dogmas que serviam de base para a Igreja Católica. Começava a surgir uma certa
indignação, por exemplo, no que dizia respeito a venda de indulgências.
Foi um período marcado pela ascensão de Martinho Lutero, figura que criticava
veementemente a veneração das imagens dos santos, o difícil acesso dos fiéis aos textos
religiosos e o regime celibatário impingido aos padres.
Como resposta à Reforma Protestante, a Igreja Católica propôs uma Contrarreforma.
No Concílio de Trento (ocorrido entre 1545 e 1563) foram tomadas uma série de
decisões importantes. Os religiosos estabeleceram, por exemplo, a instauração da
Inquisição (com direito a queima de livros), a implantação da pena de morte e a
perseguição a pensadores.
O Barroco
O Barroco no Brasil tem início no final do século XVII. No país, essa tendência artística
teve grande destaque na arquitetura, escultura, pintura e literatura.
Na literatura, o marco inicial do barroco é a publicação da obra “Prosopopeia” (1601) de
Bento Teixeira. Na escultura e arquitetura, Aleijadinho foi, sem dúvida, um dos maiores
artistas barrocos brasileiros.

Contexto histórico: resumo


Foi durante o período colonial que o barroco floresceu no Brasil. A capital Salvador foi
transferida para o Rio de Janeiro e, com isso, o número de habitantes aumentou
consideravelmente no país.
Aliado à exploração de ouro, que passou a ser a principal atividade econômica
desenvolvida, o aumento da população propiciou um forte desenvolvimento econômico.
Com a queda das exportações de açúcar nordestino no mercado consumidor mundial,
têm início o chamado "ciclo do ouro". Nesse período, Minas Gerais passou a ser o grande
foco, tendo em conta as jazidas encontradas no local.
Foi ali que a arte barroca mineira começou a despontar com Aleijadinho na escultura e
arquitetura, e o Mestre Ataíde, na pintura.

Características do Barroco no Brasil


As principais características do barroco literário brasileiro são:

Linguagem dramática;
Racionalismo;
Exagero e rebuscamento;
Uso de figuras de linguagem;
União do religioso e do profano;
Arte dualista;
Jogo de contrastes;
Valorização dos detalhes;
Cultismo (jogo de palavras);
Conceptismo (jogo de ideias).
O Barroco
As principais obras literárias desse estilo no Brasil são Prosopopeia, de Bento Teixeira; Os
sermões, de Padre António Vieira; além da poesia de Gregório de Matos.

Prosopopeia de Bento Teixeira


é um poema épico escrito por Bento Teixeira e publicado em 1601 que narra aventuras da família
Albuquerque e é dedicado a Jorge d’Albuquerque Coelho, então governador da Capitania de
Pernambuco. A obra é composta de 94 estrofes, escritas em estilo épico inspirado em Camões. No
prólogo, dirigido ao governador, o autor menciona que a obra seria um esboço de um trabalho
maior, que acabou por não ser escrito. Na história, Tritão e outras divindades marinhas se reunem
no Porto de Recife, para ouvirem de Proteus a narrativa das glórias passadas e futuras da família
Albuquerque. Vários fatos históricos são mencionados, como o Segundo Cerco de Diu e a Batalha
de Alcácer-Quibir.

"O qual vindo da vã concavidade,


Em Carro Triunfal, com seu tridente,
Traz tão soberba pompa e majestade,
Quanta convém a Rei tão excelente."

Os sermões de Padre Antônio Vieira


O sermão, no século XVII, era um dos principais meios de comunicação, circulação de informações
e de doutrinamento das populações cristãs tanto na Europa como no Novo Mundo, e tornou-se uma
importante forma de expressão nas mãos do padre Vieira. Sua obra está organizada em 12
volumes, sendo que dois reúnem prédicas dedicadas a Nossa Senhora do Rosário, entre os quais
estão os famosos sermões aos homens pretos, e outro é dedicado exclusivamente a São Francisco
Xavier. Afora a organização por homenagem a figuras santas nesses três volumes, os outros nove
não parecem seguir nenhuma ordenação, talvez obedecendo ao ritmo de preparação e término dos
originais do próprio autor. Além desses, compõem a coleção um volume de sermões de ação de
Graças, impresso em 1692, que era considerado por Vieira como um livro separado e diverso dos
Sermões, mas incluído entre os volumes da obra no século XVIII, e mais quatro volumes
organizados postumamente, entre 1710 e 1748, contendo sermões, cartas, poemas e discursos
vários, com dois deles, adicionados à conta de 15 volumes de sermões posteriormente.

"E se quisesse Deus que este tão ilustre e tão numeroso auditório saísse hoje tão desenganado da
pregação, como vem enganado com o Pregador! Ouçamos o Evangelho, e ouçamo-lo todo, que todo
é do caso que me levou e trouxe de tão longe."

Poesia de Gregório de Matos


A obra de Gregório de Matos possui duas vertentes: a satírica, composta dos versos de escárnio
pelos quais ficou conhecido e que lhe renderam a alcunha de Boca do Inferno, e a lírico-amorosa,
cujos poemas dividem-se entre temas sacros e do amor sensual. O poeta reverbera em sua obra
características literárias do barroco, como a moralização da vida terrena, o caráter
contrarreformista, o dualismo e a angústia humana.

"O todo sem a parte não é todo;


A parte sem o todo não é parte;
Mas se a parte o faz todo sendo parte,
Não se diga que é parte, sendo todo."

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