Você está na página 1de 6

Trabalho

De
Português
Escola: EEM Jacó Anderle

Alunos: Iuri N. Matiello, Aristides E. de Lara e Matheus


Jamil.

Matéria: Português

Trabalho sobre: Barroco

Turma: 101

Fontes: Mundo Educação, Wikipédia, Brasil Escola


 Contexto histórico:

O termo “barroco” vem da palavra portuguesa homônima que


significa “pérola imperfeita”, ou por extensão joia falsa. A palavra foi
rapidamente introduzida nas línguas francesa e italiana.

O ano de 1580 é significativo, marcado pela morte de Camões, e


pelo fim da autonomia política de Portugal, com o desaparecimento
do rei, na África, sendo que o sucessor foi Filipe II de Espanha, que
anexou o reino português aos seus domínios, na chamada União
Ibérica. Foi durante o ciclo do ouro que a exploração desse minério
foi a principal atividade econômica desenvolvida no país. Minas
Gerais foi o grande foco onde muitas jazidas foram encontradas.

O capitólio político passou a ser Madrid, tendo Portugal perdido,


além do seu foco político, a importância do foco cultural. No século
que se seguiu (século XVII), a influência predominante passou a ser
a espanhola que se tornou marcante na cultura portuguesa e
durante este mesmo período, brotam aos olhos da Espanha uma
riquíssima geração de escritores, como Gongora, Quevedo, Miguel
de Cervantes, Félix Lopes de Vega e Calderón de lá Barca além de
muitos outros.

Nessa época, a primeira capital do Brasil, Salvador, foi transferida


para o Rio de Janeiro.

 Movimento barroco:

O movimento Barroco foi um período estilístico e filosófico da


História da sociedade ocidental, ocorrido desde meados do século
XVI até ao século XVIII. Foi inspirado no fervor religioso e na
passionalidade da Contra reforma. Didaticamente falando, o
Período barroco, vai de 1580 a 1756.

 Características do barroco:

O estilo barroco nasceu em decorrência da crise do Renascimento,


ocasionada, principalmente, pelas fortes divergências religiosas e
imposições do catolicismo e pelas dificuldades econômicas
decorrentes do declínio do comércio com o Oriente.

Todo o rebuscamento presente na arte e literatura barroca é reflexo


dos conflitos dualistas entre o terreno e o celestial, o homem
(antropocentrismo) e Deus (teocentrismo), o pecado e o perdão, a
religiosidade medieval e o paganismo presente no período
renascentista.

As características mais típicas do Barroco, descrito usualmente


como um estilo dinâmico, narrativo, ornamental, dramático,
cultivando os contrastes e uma plasticidade sedutora, veiculam um
conteúdo programático articulado com requintes de retórica e
grande pragmatismo.

 Cultismo e conceptismo:

O cultismo caracteriza-se pelo uso de linguagem rebuscada, culta,


extravagante, repleta de jogos de palavras e do emprego abusivo
de figuras de estilo, como a metáfora e a hipérbole. Veja um
exemplo de poesia cultista:

Ao braço do Menino Jesus de Nossa Senhora das Maravilhas, A


quem infiéis despedaçaram

O todo sem a parte não é todo;


A parte sem o todo não é parte;
Mas se a parte o faz todo, sendo parte,
Não se diga que é parte, sendo o todo. (Gregório de Matos)

O conceptismo ocorre principalmente na prosa, é marcado pelo jogo


de ideias, de conceitos, seguindo um raciocínio lógico, nacionalista,
que utiliza uma retórica aprimorada. A organização da frase
obedece a uma ordem rigorosa, com o intuito de convencer e
ensinar. Veja um exemplo de prosa conceptista:

Para um homem se ver a si mesmo são necessárias três coisas:


olhos, espelho e luz. Se tem espelho e é cego, não se pode ver por
falta de olhos; se tem espelhos e olhos, e é de noite, não se pode
ver por falta de luz. Logo, há mister luz, há mister espelho e há
mister olhos. (Pe. Antônio Vieira).

 O barroco no Brasil:

O Barroco no Brasil foi o estilo artístico dominante durante a maior


parte do período colonial, encontrando um terreno receptivo para
um rico florescimento. Fez sua aparição no país no início do século
XVII, introduzido por missionários católicos, especialmente jesuítas,
que para lá se dirigiram a fim de catequiza e aculturar os povos
indígenas nativos e auxiliar os portugueses no processo
colonizador. Ao longo do período colonial vigorou uma íntima
associação entre a Igreja e o Estado, mas como na colônia não
havia uma corte que servisse de mecenas, como as elites não se
preocuparam em construir palácios ou patrocinar as artes profanas
senão no fim do período, e como a religião exercia enorme
influência no cotidiano de todos, deste conjunto de fatores deriva
que a vasta maioria do legado barroco brasileiro esteja na arte
sacra: estatuária, pintura e obra de talha para decoração de igrejas
e conventos ou para culto privado.

 Principais autores e obras do barroco:

Bento Teixeira (1561-1618)

Gregório de Matos (1633-1696)

Manuel Botelho de Oliveira (1636-1711)

Frei Vicente de Salvador (1564-1636)

Frei Manuel da Santa Maria de Itaparica (1704-1768)

O marco inicial do Barroco no Brasil se deu por meio da obra


Prosopopeia do autor Bento Teixeira no ano de 1601.

Gregório de Matos foi outro autor marcante do barroco no Brasil e


foi apelidado de Boca do Inferno devido a linguagem de baixo calão
com que retratava a sociedade da época, o autor escreveu poesias
líricas, religiosas e satíricas, mas não teve nada publicado em vida.
Tudo que se tem conhecimento de sua obra foi fruto de pesquisas.

Outro autor de destaque foi Frei Manuel de Santa Maria Itaparica,


entre outros.

 Padre Antônio Vieira:

Padre Antônio Vieira nasceu na capital lusitana em 1608 e se


mudou para a Bahia com sua família aos seis anos de idade. Foi ai
que iniciou os estudos no colégio jesuíta e aos 21 anos já lecionava
no colégio de Teologia em Salvador. No ano de 1640, Vieira
retornou a Portugal e lá foi nomeado Pregador-régio, título que o fez
ficar na sua terra natal até 1652, quando finalmente resolve voltar
às terras brasileiras. Torna-se chefe de uma missão da Igreja no
Maranhão, mas é logo expulso da região por ter defendido os
indígenas da escravidão imposta pelos colonos portugueses, em
1661. A inquisição cassou os seus direitos de pregador e até
mesmo o condenou a prisão domiciliar. Tocado com o caso, a maior
entidade de Portugal interveio e mandou o missionário para Roma,
na tentativa de que ele reconstruísse seus direitos como pregador.
O padre passou novamente por Portugal, mas não foi bem recebido
e retornou ao Brasil em 1681, contudo sem deixar o seu
envolvimento com as questões políticas, defesa dos judeus, índios
e negros. No ano de 1697, Antônio vieira falece no Colégio da
Bahia, em Salvador.

 Barroco baiano:

A Bahia, ainda no ciclo do açúcar, produziu notável arte barroca. O


Rio São Francisco passou a ser o principal meio de integração da
região Nordeste com Minas.

A riqueza da capital da Colônia permitiu a renovação artística


deflagrada pela reconquista das terras pelos portugueses. A
arquitetura sofreu influência de Portugal e Itália.

As fabulosas obras de arte no interior das igrejas demonstram


pompa e riqueza, e atraiam multidões da Europa para o Brasil. Um
dos conventos mais famosos é o de Nossa Senhora da Lapa, da
primeira metade do Século XVIII. Ele está ligada diretamente à
história da independência. Nesse convento morreu assassinada
Sóror Joana Angélica de Jesus, quando tentava defender brasileiros
revoltosos refugiados na clausura.

Poucos foram os nomes dos escultores baianos que resistiram ao


tempo. Antônio Duarte, Manuel Gonçalves Pinheiro, João Laves
Carneiro, Inácio Dias de Oliveira. Suas obras são conhecidas como
produção de um grupo de escultores.

O baiano Gregório de Mattos (1636-1695), conhecido também como


Boca do Inferno, ao lado do luso-baiano padre Antônio Vieira, do
"Sermão da Sexagésima", são os principais exemplos da produção
literária produzida na Bahia. Mattos, poeta satírico da famosa
estrofe 'Incêndio em mares de água disfarçado! / Rio de neve em
fogo convertido!', trabalhou ativamente no final do século XVII
quando a representação do barroco nas artes plásticas já estava
consolidada em Salvador.
 Barroco mineiro:

O Barroco Mineiro foi a principal manifestação artística do Brasil


Colônia, tanto na arquitetura quanto na escultura e pintura com
temas sacros. A Capitania de Minas Gerais, que foi o centro da
atividade mineradora no Brasil Colônia, viveu o apogeu das artes no
Brasil oitocentista. O chamado Barroco Mineiro constituiu-se a partir
de várias influências artísticas, vindas tanto de outras regiões da
colônia, como o Rio e Janeiro e Salvador, quanto de Portugal. A
grande movimentação comercial de Minas Gerais à época agitava
também a esfera cultural. Somou-se a isso a forte influência que
teve o catolicismo popular na formação de irmandades leigas, isto
é, associações de pessoas, geralmente artistas, profissionais
liberais e até mesmo escravos, que tinham, ao mesmo tempo, a
prática da devoção religiosa e da assistência mútua. Grande parte
das construções arquitetônicas monumentais de cidades como
Ouro Preto, Mariana e São João Del Rei, foi, direta ou
indiretamente, realizada por essas irmandades. No interior das
igrejas (cujo estilo também recebia a alcunha de Rococó), eram
instaladas as esculturas e pintadas, geralmente nos tetos, várias
imagens.

Você também pode gostar