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Ribeirão Preto (SP) ­ Alunos de Arquitetura farão restauração em
Palacete Jorge Lobato
Ideia nasceu quando alunos de curso no Moura Lacerda visitaram o imóvel durante a Semana de Arquitetura e Urbanismo.

Alunos do Moura Lacerda conheceram o palacete em visita durante
o mês de março. (Foto: Divulgação)

Uma  parceria  inédita  vai  ajudar  na  restauração  de  um  dos  patrimônios  históricos  mais  conhecidos  e  antigos  de  Ribeirão  Preto.  Alunos  e  professores  do  curso  de  Arquitetura  do  Centro
Universitário Moura Lacerda se uniram aos proprietários do Palacete Jorge Lobato para a revitalização do casarão. A ideia nasceu quando os alunos do curso visitaram o imóvel durante a
Semana de Arquitetura e Urbanismo, em março de 2015, que tinha como tema “Patrimônio Arquitetônico”. O palacete é de 1922.

“Convidamos os proprietários para participar em do evento e eles ficaram empolgadíssimos com a ideia de restauração”, conta o professor Domingos Guimarães, que supervisiona o projeto
ao lado da também professora Rita Fantini.

O projeto se divide em três fases distintas. Na primeira, que já começou e deve seguir até o final do ano, são realizadas atividades de levantamento histórico e físico. Em seguida, a ideia é
contratar um especialista para orientar todo o processo de restauração.

“Na terceira fase, que é de intervenção, têm início as obras propriamente ditas, com a restauração do palacete e a construção de uma anexo no local”, explica Rita Fantini.

Exemplo

Os professores afirmam que a parceria deve servir de exemplo positivo para Ribeirão, cidade com pouca tradição na preservação de seu patrimônio. “Não valorizamos nossa história. E ao
descaracterizar nosso patrimônio, a cidade perde sua identidade”, diz Domingos.

Rita dá como exemplo bem­sucedido de preservação e uso racional do patrimônio a Casa da Memória Italiana, criada no ano passado e localizada na rua Tibiriçá. Ali, um casarão de 1925 se
tornou um museu que conta a história da imigração italiana na cidade.

A arquiteta Ingrid Sominami Lopes, atual proprietária do Palacete Jorge Lobato, diz que a restauração do espaço é um velho sonho seu e de seu irmão, engenheiro Hector Lopes. Ela diz que a
parceria com o Moura Lacerda veio em boa hora. “Queremos instalar ali um café, que é algo ligado ao período em que foi construído o palacete, no auge do ciclo do café. E também um
espaço ligado às artes, já que naquele ano de 1922 houve a Semana de Arte Moderna em São Paulo”, diz Ingrid.

Tombamento do palacete foi feito em 2008

Fachada atual do Palacete Jorge Lobato. (Weber Sian/A Cidade)

Construído em 1922, o palacete localizado numa das esquinas das ruas Álvares Cabral e Florêncio de Abreu foi um presente de casamento do fazendeiro Joaquim Diniz Junqueira à filha
Anna Junqueira e ao genro Jorge Lobato Marcondes Machado. De acordo com Rita Fantini, Jorge foi um engenheiro de Taubaté que chegou a Ribeirão em 1905 para trabalhar na Cia.
Mogiana. Foi ainda professor, vereador e um dos diretores da rádio PRA­7.

Rita diz que o palacete está fechado desde 1991 e foi tombado como patrimônio histórico em 2008. Antes de sua venda a Ingrid e Hector Lopes, estava em nome de Ana Rosa Marcondes
Machado, uma das herdeiras de Lobato.

Por Regis Martins

Fonte original da notícia: Jornal A Cidade

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SP ­ Com projetos de restauração parados, prédios tombados vão
virando ruínas em Ribeirão
Casarão da Caramuru, Palacete Camilo de Mattos e Hotel Brasil estão entre imóveis históricos esquecidos.

O  casarão  da  Caramuru,  que  está  perdendo  as  janelas.  (Foto:


F.L.Piton/A Cidade)

Enquanto aguarda a conclusão do projeto de restauração, um patrimônio histórico de Ribeirão Preto está ameaçado de virar ruína. Desta vez, as janelas do Solar Villa Lobos começaram a se
desprender das paredes. Anteriormente, o telhado e também o assoalho já haviam cedido e prejudicado ainda mais o imóvel localizado na avenida Caramuru, na Vila Virgínia.

Construído  em  1880,  o  local  é  tombado  pelo  Condephaat  (Conselho  de  Defesa  do  Patrimônio  Histórico,  Artístico,  Arqueológico  e  Turístico  do  Estado  de  São  Paulo)  desde  1988  e
denominado Casa Caramuru.

Em 2012, o casarão foi selecionado pelo ProAC (Programa de Ação Cultural), da Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo, para receber verbas para um projeto de restauração estimado
em R$ 7 milhões.

Segundo a Secretaria, o resultado foi apresentado em agosto de 2013. O prazo da elaboração do projeto foi de oito meses, ao fim dos quais ele foi submetido à aprovação pelo Condephaat,
que solicitou alguns ajustes.

Após as alterações indicadas, o projeto foi novamente submetido a análise e aprovado neste ano. Ainda segundo a pasta, será feito um ofício ao proprietário do imóvel convidando­o para
uma reunião em que será apresentado o projeto.

O proprietário do imóvel, Nelson José Scorsolini, afirma que pretende restaurar o casarão, que faz parte da história da cidade. “Tenho a intenção, mas temos que buscar recursos, alguma
forma de viabilizar. Não tenho como investir esse valor para ficar parado sem retorno”, desabafa. Nelson comprou o casarão em um leilão de 2012 e tomou posse dele em janeiro de 2014.

Scorsolini também diz ter iniciado as conversas com o Conselho Estadual ainda em 2014, mas acabou abandonando o projeto por problemas de saúde. Ele espera um auxilio do Estado e
afirma não ter experiência para trabalhar dentro das exigências de um local tombado. “Preciso de apoio do governo e outros órgãos para encaminhar essa ideia de restauração pra frente”, diz.

Palacete Camilo de Mattos

No caso do Palacete Camilo de Mattos, a Prefeitura de Ribeirão, por meio de nota, afirma que ofereceu uma série de terrenos na cidade ao proprietário, com objetivo de permuta. Dessa
forma, seria possível a Secretaria da Cultura buscar recursos para restaurá­lo.

Um dos herdeiros do imóvel, o empresário Renato Coelho, 65 anos, conta que apenas em 2010 houve a oferta de um terreno que interessou, mas o negócio teria sido desfeito pela própria
prefeitura na última hora.

Ele tenta vender o imóvel, já que a família não tem mais interesse, mas o tombamento em 2008 pelo Comppac (Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Cultural) o desvalorizou.
“Ninguém quer porque não tem acessibilidade e é proibido mexer na estrutura no local”, relata.
Ainda segundo ele, o imóvel fica abandonado por falta de vontade da prefeitura e ele acumula dívidas ao longo de dez anos com a casa parada.

“Eu mesmo pago um guarda para ficar olhando o imóvel todo dia”, argumenta. “Do jeito que a coisa está, aquela casa vai caminhando para um dia cair de vez”, desabafa.

Hotel Brasil se degrada

O Hotel Brasil tem um projeto em tramitação no Conppac. (Foto:
F.L. Piton/A Cidade)

Construído em 1921, o Hotel Brasil, localizado numa das esquinas da Rua General Osório com Avenida Jerônimo Gonçalves, está abandonado, com portas e janelas danificadas, teto e
estrutura comprometidos.

Em  abril  de  2012,  os  proprietários  declararam  a  intenção  de  restaurá­lo  apostando  em  seu  potencial  cultural.  Em  março  de  2013,  o  Conppac  (Conselho  de  Preservação  do  Patrimônio
Cultural) embargou a obra de restauração por falta de um projeto adequado.

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Em nota, o proprietário diz que segue todas as normas e que o prédio não será reformado até a autorização dos setores competentes.

Segundo a presidente do Conppac, Claudia Morrone, existe um projeto de restauração do local tramitando no conselho desde o ano passado. Não há prazo para conclusão do processo.

Fonte original da notícia: A Cidade

Laudo descarta que tráfego de ônibus prejudique catedral de Ribeirão
Preto (SP)
Vibração está abaixo do limite estabelecido internacionalmente, diz estudo. Relatório foi exigido para construção de plataformas na Praça das Bandeiras.

Dárcy apresentou maquete da nova estação de ônibus na Praça das Bandeiras. (Foto: Adriano Oliveira/G1)

O  tráfego  de  ônibus  urbanos  nas  ruas  próximas  à  Praça  das  Bandeiras,  no  Centro  de  Ribeirão  Preto  (SP),  não  compromete  a  estrutura  da  Catedral  Metropolitana  de  São  Sebastião,  ao
contrário do que alega a igreja católica. A informação foi dada pela prefeita Dárcy Vera (PSD) na manhã desta sexta­feira (15), ao apresentar o resultado de um estudo realizado por uma
empresa italiana sobre o impacto do trânsito no templo.

Contratado pela Prefeitura, o laudo foi uma das exigências do Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado de São Paulo (Condephaat), para
aprovar a construção de quatro plataformas de ônibus na Praça das Bandeiras. Orçada em R$ 1,2 milhão, a obra deveria ter sido concluída em janeiro, mas ainda nem saiu do papel.

“A conclusão do laudo é positiva, mas nós vamos aguardar a resposta do Condephaat e a decisão será técnica. Não será política, não será religiosa, a decisão será técnica, para que a gente
possa facilitar ainda mais a vida da população de Ribeirão Preto. Se o Condephaat disser ‘sim’, será construído”, disse Dárcy em coletiva no Palácio Rio Branco.

O engenheiro Reynaldo Lapate, gerente de transporte da Transerp, detalhou que o índice de vibração constatado ao redor da catedral, em três dias de avaliação, foi de 0,5 milímetro por
segundo, ou seja, 1/6 do limite máximo preconizado internacionalmente, que é de 3 milímetros de vibração por segundo.

“Portanto, esse resultado comprova que se há algum fenômeno, algum motivo para problemas de instabilidade no prédio da Catedral, certamente não é a vibração provocada pelos ônibus que
passam  por  esse  local”,  explicou  Lapate,  destacando  que  as  avaliações  foram  realizadas  em  abril  desse  ano,  durante  três  dias  e  em  horários  diferentes,  inclusive  nos  períodos  de  maior
circulação de ônibus urbanos.

Os técnicos utilizaram sismógrafos e vibrômetros para avaliar a vibração provocada pelos ônibus no asfalto. As características do solo também foram analisadas, bem como a sua capacidade
de transmitir essas vibrações.

“Os valores não representam um perigo para o edifício da Catedral Metropolitana de Ribeirão Preto e não podem ser considerados causa do processo que estão provocando lesões visíveis ao
interior do edifício”, consta no documento final, que foi entregue ao Condephaat na manhã desta sexta­feira.

Projeto

Serão  construídas  quatro  plataformas  nas  ruas  Florêncio  de  Abreu,  Américo  Brasiliense  e  Visconde  de  Inhaúma.  (Foto:  Adriano
Oliveira/G1)

As quatro plataformas de embarque serão construídas na Praça das Bandeiras, respeitando as árvores e o piso que já existem, uma vez que o local, assim como a Catedral, é tombado como
patrimônio histórico de Ribeirão. Cada terminal poderá receber dois ônibus ao mesmo tempo.

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Na Rua Florêncio de Abreu serão construídos dois terminais no mesmo local onde já existem dois pontos de ônibus. Nas ruas Américo Brasiliense e Visconde de Inhaúma, outras duas
estações fechadas com vidro e climatizadas substituirão os pontos atuais. O acesso será controlado por catracas.

Dessa  forma,  o  objetivo  é  que  o  passageiro  utilize  o  cartão  apenas  ao  entrar  na  plataforma  e  não  mais  dentro  do  coletivo,  reduzindo  o  tempo  de  parada  do  ônibus.  Segundo  Dárcy,  a
expectativa é que o tempo de embarque seja de um segundo por passageiro. “Nessas condições, poderão embarcar, no mínimo, quatro passageiros simultaneamente em cada ônibus”, disse.

Construção de novas plataformas custará R$ 1,2 milhão. (Foto: Adriano Oliveira/G1)

Além disso, de acordo com Dárcy, o asfalto das ruas será reforçado com um material especial que deve diminuir o impacto causado pelo tráfego de ônibus. “É um recurso que hoje não
existe. Uma malha asfáltica que vai dar sustentabilidade maior para que não haja qualquer tipo de vibração. Então, vai melhorar a estrutura para não colocar em risco o patrimônio histórico”,
afirmou.

Com a construção das novas plataformas, dois pontos que atualmente estão situados na Rua Américo Brasiliense, em frente à Caixa Econômica Federal, e na Rua Florêncio de Abreu, em
frente a uma padaria, serão desativados. Os passageiros passarão a embarcar nas estações.

Abaixo­assinado

Imagem simulada mostra como ficará plataforma na Rua Visconde de Inhaúma. (Foto: Prefeitura/Divulgação)

O  impasse  sobre  a  construção  da  nova  estação  se  arrasta  desde  junho  do  ano  passado,  quando  a  prefeita  anunciou  o  projeto,  que  é  contemplado  no  contrato  de  concessão  do  transporte
público, assinado com o consórcio Pró­Urbano, em 2012.

Em novembro, o pároco da Catedral, Francisco Moussa, convocou uma vigília com a intenção de preservar o templo. Segundo ele, um laudo encomendado pela igreja católica há dois anos

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atesta que o prédio apresenta rachaduras provocadas por infiltrações e pelo tráfego pesado nas ruas próximas.

Trânsito pode estar afetando estrutura de igreja em Ribeirão Preto, diz padre. (Foto: Reprodução EPTV)

Atualmente, o Fórum de Entidades de Ribeirão Preto (Ferp) e a Associação Comercial e Industrial (Acirp) pretendem recolher 40 mil assinaturas em um abaixo­assinado, com o objetivo de
pressionar a Prefeitura a transferir a construção do terminal de ônibus da Praça das Bandeiras para a Praça Carlos Gomes.

Por Adriano Oliveira

Fonte original da notícia: G1 Ribeirão e Franca

Abaixo­assinado tenta barrar terminal em frente à catedral de
Ribeirão Preto (SP)
Fórum de entidades pede transferência da obra para Praça Carlos Gomes. Alegação é de que tráfego de ônibus coloca em risco estrutura do templo.

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Um  abaixo  assinado  organizado  pelo  Fórum  de
Entidades  de  Ribeirão  Preto  (Ferp)  já  reuniu  a
assinatura de 3 mil moradores contra a construção
de um terminal de ônibus na Praça das Bandeiras,
em  frente  à  Catedral  Metropolitana  de  São
Sebastião. A alegação da entidade é que o número
elevado  de  coletivos  circulando  no  local
compromete a estrutura da igreja, que é centenária.

O  impasse  sobre  a  construção  do  terminal  se


arrasta  desde  junho  do  ano  passado,  quando  a
prefeita  Dárcy  Vera  (PSD)  anunciou  o  projeto,
que  é  contemplado  no  contrato  de  concessão  do
transporte público, assinado com a concessionária
Pró­Urbano, em 2012. Orçada em R$ 1,2 milhão,
a obra deveria ter sido concluída em janeiro desse
ano.

Em  novembro  do  ano  passado,  o  pároco  da


Catedral, Francisco Moussa, convocou uma vigília
com  a  intenção  de  preservar  o  prédio.  Segundo
ele, um laudo encomendado pela igreja católica há
dois anos atesta que a estrutura do templo apresenta rachaduras provocadas por infiltrações e pelo tráfego pesado nas ruas próximas.

Cinco meses depois, uma empresa italiana foi contratada pela Prefeitura de Ribeirão com o objetivo de avaliar o impacto do trânsito na estrutura da igreja. Isso porque, o Conselho de Defesa
do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado de São Paulo (Condephaat) condicionou a aprovação do projeto à apresentação desse laudo – a Catedral e a praça são
tombadas como patrimônio histórico.

Empresa italiana realizou medição sobre o impacto do trânsito na rua da Catedral. (Foto: Paulo Souza/EPTV)

A previsão é que o documento seja divulgado essa semana. A prefeita Dárcy garantiu que o projeto não prejudicará a estrutura do templo, nem modificar o patrimônio do local. Entretanto, o
urbanista  Cantídio  Bretas  Maganini,  secretário  executivo  do  Ferp,  questiona  o  estudo  italiano.  Segundo  ele,  a  equipe  responsável  pelos  testes  não  cumpriu  todas  as  normas  técnicas
obrigatórias.

Empresa italiana realizou medição sobre o impacto do trânsito na rua da Catedral. (Foto: Paulo Souza/EPTV)

“As normas para um laudo dessa importância indicam que ele deve ser feito por, no mínimo, quatro ou cinco meses, em períodos alternados. Nós sabemos que esse laudo foi feito em três
dias. Então, em princípio, a gente não acredita nele e pretende pedir uma perícia. É um laudo que não merece confiança”, critica.

Abaixo­assinado
Maganini afirma que a Ferp e a Associação Comercial e Industrial de Ribeirão Preto (Acirp) pretendem recolher 40 mil assinaturas em um abaixo­assinado que teve início em abril, com o
objetivo de pressionar a Prefeitura a transferir a construção do terminal de ônibus da Praça das Bandeiras para a Praça Carlos Gomes.

O urbanista alega que o Plano de Mobilidade Urbana aponta que, atualmente, passam pela Rua Florêncio de Abreu, em frente à Catedral, 38 linhas e 109 ônibus por hora. “Com vibração
maior ou menor – e a tendência é crescer ­, é um risco para a Catedral. Nós não devemos correr esse risco. A Catedral tem 100 anos e as fundações são rasas. Esse local não é adequado”, diz.

Ferp sugere transferência do terminal de ônibus para a Praça Carlos Gomes. (Foto: Reprodução/EPTV)

Fonte original da notícia: G1 Ribeirão e Franca

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Empresa avalia impacto de ônibus na estrutura da Catedral de
Ribeirão Preto (SP)
Firma italiana realizou medições nesta quinta­feira (23), em Ribeirão Preto. Estudo é exigência para construção de estação na Praça das Bandeiras.

Uma empresa italiana contratada pela Prefeitura de Ribeirão Preto (SP) realizou nesta quinta­feira (23) testes em frente à Catedral Metropolitana de São Sebastião, no Centro, para elaborar um
laudo sobre o impacto do trânsito na estrutura da igreja. O levantamento foi uma exigência do Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado de
São Paulo (Condephaat) antes de ser iniciada a construção de uma estação de ônibus na Praça das Bandeiras.

A administração municipal espera comprovar que o tráfego de circulares não compromete o templo e assim conseguir a aprovação final do projeto da estação. A obra prevista no contrato de
concessão assinado com o Consórcio Pró­Urbano para ser entregue em janeiro foi orçada em R$ 1,2 milhão. A busca por uma empresa capaz de realizar o laudo começou em janeiro e só foi
concluída este mês, segundo a administração municipal.

“O Condephat aprovou o projeto das plataformas, mas condicionou a aprovação ao laudo comprovando que não haverá interferência na Catedral. Então, a empresa especializada foi contratada
para demonstrar que os níveis de vibrações causados pelo trânsito são inferiores ao permitido por normas internacionais”, afirmou Reinaldo Lapate, engenheiro da Transerp – empresa de
trânsito do município.

O trabalho exigiu o bloqueio da Rua Florêncio de Abreu no período da manhã. Antes, porém, os profissionais aproveitaram o intenso movimento de carros e ônibus para fazer as primeiras
medições das vibrações causadas pelo tráfego. Em seguida, passaram a avaliar a estrutura da rua em frente à igreja.

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“É  um  conjunto  de  medidas  que  se  aplica  para
monitorar o nível de trânsito nas ruas e verificar se
realmente  causa  transtornos  à  estabilidade  da
igreja. Basicamente, queremos definir o problema
que  está  afetando  a  Catedral  e  tentar  resolvê­lo”,
explicou  o  geólogo  italiano  Marco  Battaeini.
Segundo  ele,  a  empresa  tem  anos  de  experiência
neste  tipo  de  estudo,  tendo  feito  avaliações  em
construções antigas da Itália, com até mil anos.

Empresa  italiana  faz  a  medição  do  impacto  do


trânsito na Catedral. (Foto: Paulo Souza/EPTV)

Battaeini  afirmou  ainda  que,  a  partir  de


observações  iniciais,  o  tráfego  da  região  não
deveria  apresentar  risco.  Mesmo  assim,  os
equipamentos  detectaram  problemas  pontuais.
“Teremos  que  analisá­los  para  verificar  que  nível
de  perigo  eles  representam.  Normalmente,
buracos  geram  problemas,  porque  veículos
pesados  caem  neles  e  provocam  impacto,  que  é

registrado pelos equipamentos. Mas falar que essa é causa dos problemas é um passo muito grande” ressaltou.  O laudo ficará pronto em 15 dias.

Atualmente, segundo a Transerp, 35 linhas de ônibus passam pela Rua Florêncio de Abreu, atendendo cerca de 200 passageiros por hora.

Briga
Enquanto as medições eram realizadas, Francisco Moussa, pároco do templo, saiu da Catedral para acusar Battaeini de ter roubado documentos relativos a outros estudos realizados para
avaliar a influência do trânsito na estrutura da igreja. Segundo o padre, a documentação foi entregue ao profissional porque ele mentiu. Contudo, não esclareceu quais seriam as mentiras.

Por sua vez, o geólogo alegou que os documentos haviam sido emprestados pelo padre e que seriam devolvidos nesta sexta­feira (24). Diante da acusação, os documentos foram entregues
na presença da Polícia Militar.

Padre  Moussa  acusa  geólogo  de  roubar  documentos  da  igreja.


(Foto: Paulo Souza/EPTV)

Desde  que  as  obras  da  estação  foram  anunciadas,  em  junho  do  ano  passado,  houve  protestos  por  parte  de  membros  da  igreja,  do  Fórum  de  Entidades  de  Ribeirão  Preto  (Ferp)  e  da
Associação Comercial e Industrial de Ribeirão Preto (Acirp), afirmando que o projeto provocará mais danos da igreja, que atualmente já sofre reflexos do movimento intenso de ônibus. Um
laudo encomendado pela Catedral confirmou os prejuízos.

Em novembro de 2014, uma Comissão Especial de Estudos (CEE) da Câmara dos Vereadores, organizada para analisar a situação, também concluiu que a construção da estação de ônibus
na Praça das Bandeiras trará danos ao templo.

O impasse
De  acordo  com  cronograma  estabelecido  pelo  Ministério  Público  através  de  um  termo  de  ajustamento  de  conduta  (TAC)  assinado  em  abril  do  ano  passado,  as  obras  deveriam  ter  sido
entregues  no  final  de  janeiro.  O  consórcio  tinha  até  maio  do  mesmo  ano  para  entregar  o  projeto  à  administração  municipal,  que,  por  sua  vez,  tinha  mais  quatro  meses  para  aprovar  o
documento.

O projeto foi apresentado pela Prefeitura, e, segundo o TAC, a estação deveria ser construída nos quatro meses seguintes. No entanto, em junho do ano passado, em meio à elaboração do
plano, a Catedral Metropolitana de São Sebastião e todo um conjunto arquitetônico do entorno das obras foram tombados pelo Condephaat.

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Após o tombamento, o órgão estadual aprovou o projeto da Prefeitura, mas o condicionou à expedição de um laudo que comprovasse que o tráfego de veículos na região não traz prejuízos à
Catedral – dano confirmado por estudos feitos por uma comissão especial na Câmara e por uma empresa contratada pela própria igreja.

Imagem simulada mostra como deve ficar estação na Praça das Bandeiras. (Foto: Prefeitura/Divulgação)

Fonte original da notícia: G1 Ribeirão e Franca

A Cerâmica Renasce em Ribeirão Preto (SP)
Centro cultural atuante na década passada, espaço busca parcerias para reformas no imóvel.

Integrantes da ONG Vivacidade estudam projeto de reativação do
Centro Cultural. (Foto: Weber Sian / A Cidade)

Após enfrentar roubos, problemas de infraestrutura e abandono, um dos patrimônios culturais de Ribeirão Preto tenta se reerguer. A Cerâmica São Luiz, que foi um centro cultural atuante na
década passada, está sendo reativada.

Foram cinco anos de paralisação até que a ONG Vivacidade, instituição responsável pela gestão do espaço, elegeu recentemente uma nova diretoria. Renato “Tomate” Vital, novo presidente
da ONG, informa que o processo de reabertura teve início no ano passado, após uma denúncia sobre a situação de abandono da Cerâmica registrada no Ministério Público.

Renato conta que logo em seguida foram realizadas audiências públicas entre agentes culturais e o MP para analisar a situação e ver como os problemas poderiam ser resolvidos. O melhor
caminho foi eleger uma nova equipe para a ONG Vivacidade, em janeiro.

A Cerâmica, que fica no estacionamento do supermercado Carrefour da Via Norte, foi tombada como patrimônio histórico em 2004. É formada por três chaminés, forno industrial e pórtico
de entrada originais, além do conjunto de prédios formado pela antiga casa do caseiro, galpão contíguo e as árvores existentes no entorno.

Conta de água 
O  presidente  da  Vivacidade  afirma  que  entrou  em  contato  com  a  antiga  diretoria  para  saber  o  que  havia  acontecido  com  o  imóvel.  Ele  conta  que  em  2009  a  ONG  começou  a  enfrentar
problemas com um vazamento de água e a conta subiu. Para fazer os reparos e não aumentar mais as dívidas com o Daerp (Departamento de Água e Esgoto de Ribeirão), a água foi cortada.
Nesse período de reformas, que estavam a passos de tartaruga por falta de verba, o prédio ficou sem movimentação.

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“Devido a isso, aconteceu uma invasão e foi roubada toda a fiação elétrica dos imóveis. Sem água e sem energia elétrica, a antiga diretoria se viu sem condições de ocupar os prédios e sem
verba para fazer os reparos necessários. Desde então, o lugar ficou parado”, diz Tomate.

Na última semana, os integrantes da Vivacidade se reuniram para um mutirão de limpeza no espaço. A ideia agora é apresentar o local, chamar atenção dos movimentos socioculturais da
cidade e realizar ações para arrecadar fundos para uma reforma emergencial.

Depois disso, a intenção é iniciar atividades ligadas ao resgate do patrimônio histórico e cultural de Ribeirão com a criação do Centro de Documentação e Educação Patrimonial no local.
“Além disso, a ideia é que o espaço seja ocupado por outros grupos para aulas ligadas à arte e cultura”, afirma.

ONG quer parceria para restauração

Renato “Tomate” Vital afirma que iniciou diálogos com a direção local do Carrefour Via Norte, proprietário do local onde fica a cerâmica, para trabalharem em conjunto para o restauro do
imóvel. “O Ministério Público está intermediando essa articulação e acredito que vamos conseguir colher frutos dessa parceria. Pois o Carrefour também sofre com o abandono do local, por
causa das invasões e furtos”, comenta.

O promotor público Ramon Lopes Neto informou que deve se reunir novamente com a direção da ONG e representantes do Carrefour na primeira quinzena de março para tratar do assunto.

“O Carrefour sinalizou que tem interesse em preservar a cerâmica. Vamos tentar buscar a solução por meio de um consenso”, afirma Lopes Neto.

A assessoria de imprensa do Carrefour informou que recebeu representantes da Vivacidade que propuseram a parceria e, neste momento, aguarda o projeto que será estruturado pela ONG
para avaliação.

Por Regis Martins

Fonte original da notícia: Jornal A Cidade

Ícone histórico, Maria Fumaça abriga morador de rua em praça de
Ribeirão (SP)
Comissão na Câmara aponta abandono generalizado em espaços públicos. Segundo relatório, insegurança é fator que mais espanta os moradores.

Maria Fumaça vira dormitório de morador de rua em Ribeirão Preto. (Foto: Nicholas Araujo/G1)

A Maria Fumaça “Phantom”, da Praça Francisco Schmidt, é um ícone da história do desenvolvimento de Ribeirão Preto (SP). Mas seu significado e seu valor turístico parecem esquecidos.
Além de pichação, a estrutura metálica de 1912 e doada ao município pelas Indústrias Matarazzo abriga um morador de rua e fica instalada em um local que, ao longo dos anos, se tornou
“ponto de encontro” de usuários de droga.

Cena  corriqueira  no  espaço  público  bem  ao  lado  da  Unidade  Básica  Distrital  de  Saúde  Central  que,  segundo  apuração  recente  de  uma  comissão  especial  de  estudos  (CEE)  da  Câmara,
exemplifica a decadência das praças da cidade.

De acordo com relatório lido em sessão do Legislativo na última semana, em ordem decrescente de importância, problemas com segurança, limpeza, assistência social, iluminação, cultura e
meio ambiente espantam os moradores. Situação que não escolhe endereço e pode ser constatada, por exemplo, nas Praças Francisco Schmidt e Sete de Setembro, na região central, mas
também em outras partes da cidade, como na Vila Virgínia e no Castelo Branco.

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Em nota, a Prefeitura informou que não teve acesso ao relatório da CEE e não comentou problemas pontuais, como o da Praça Francisco Schmidt. A Polícia Militar comunicou que tem
atuado com frequência em patrulhamentos para combater o consumo e o tráfico de drogas nas praças.

Cenário de abandono

Bancos quebrados na Praça Francisco Schmidt,
em Ribeirão Preto. (Foto: Nicholas Araujo/G1)

Gramado alto, bancos quebrados, papeis, latas de energético descartadas e usuários de drogas à luz do dia são os “atrativos” mais comuns a quem se arrisca a visitar a Praça Francisco
Schmidt, na Vila Tibério. Mesmo ao lado da movimentada Avenida Jerônimo Gonçalves, do Terminal Rodoviário e da UBDS Central, permanecer ali é arriscado, afirma o taxista Rubens
Gonçalves.

“Acontecem muitos assaltos aqui, muitos à noite, quando aumentam os usuários na praça. Dormem nos bancos, fazem fezes e urinam em qualquer lugar e não se preocupam com a presença
das pessoas, do movimento no posto de saúde e de quem chega pela rodoviária. A situação aqui é complicada”, diz.

Enquanto a reportagem visitava o local, um morador de rua utilizava o vagão da Maria Fumaça “Phantom” como dormitório, com direito a cobertor e colchão. “Aqui há vários usuários de
drogas que usam os bancos e a Maria Fumaça. Tem um nesse momento dormindo lá.”

Mato, pichação e sujeira na Praça Sete de Setembro, em Ribeirão Preto. (Foto: Nicholas Araujo/G1)

Em outras regiões da cidade, o abandono se repete. Na Praça Mário Spanó, no Castelo Branco, são recorrentes as queixas em relação ao mato alto, à sujeira dos bancos, às pichações e à
freqüência de moradores de rua. “A prefeitura aparece poucas vezes ao ano e apenas corta o mato. Juntam a grama em montes, mas demoram dias para levarem embora”, relata a aposentada
Tereza da Cunha, de 73 anos.

Em uma praça ao lado da Rua Franco da Rocha, na Vila Virgínia, as reclamações são as mesmas. Além do abandono das autoridades, a falta de senso dos próprios moradores contribui para
a decadência do espaço público. “Ninguém cuida daqui. Tem mato alto, a população vem e joga lixo. A sujeira e o mato tomam conta do espaço. A prefeitura às vezes vem, corta o mato, faz
a limpeza, mas só quando a situação já não tem mais jeito”, afirma a aposentada Nilda Costa.

Câmara pede providências
Esses problemas que podem ser observados com facilidade em Ribeirão Preto foram recentemente objeto de uma comissão especial de estudos instaurada pela Câmara. Na última semana, o
relatório final foi lido em plenário, documento que exige à administração municipal medidas para recuperar a função pública das praças.

Após ouvirem representantes de diferentes setores da sociedade, incluindo da própria Prefeitura, a CEE constatou que a criminalidade é o principal problema. Alerta também que somente
20% do efetivo da Guarda Civil Municipal está presente em praças e escolas municipais e que as duas equipes de limpeza são insuficientes para manter as mais de 200 praças do município –
seriam necessários 15 grupos de trabalho, dizem os parlamentares.

“A falta de segurança nas praças tem permitido a permanência de usuários de álcool e drogas em todas as áreas da cidade, mas especialmente nos pontos mais conhecidos e citados pelos

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próprios representantes da administração municipal que contribuíram para os trabalhos dessa CEE, como as praças Francisco Schmidt, José Mortari e Sete de Setembro, entre outras”, aponta
o relatório, que foi enviado ao Ministério Público.

Além de melhorias em iluminação e limpeza, os vereadores sugerem a criação de programas para explorar o potencial cultural das praças.

“Com  todos  os  problemas  acima  referidos  –  falta  de  segurança,  ineficiência  da  assistência  social,  falta  de  limpeza  e  de  iluminação,  entre  outros  –  caberia  às  manifestações  culturais  a
responsabilidade de ocupar adequadamente as praças pela população.  Contudo, como visto, isso também não tem sido realizado pela administração pública, que por meio da Secretaria
Municipal da Cultura não explora esses importantes espaços públicos de forma adequada.”

Papelão e banco quebrado na Praça Mário Spanó, no bairro Castelo Branco. (Foto: Nicholas Araujo/G1)

Prefeitura
A reportagem encaminhou o relatório lido em plenário e apontou os problemas constatados pela reportagem à assessoria de imprensa da Prefeitura. Ainda assim, a administração municipal
informou não ter recebido o teor das conclusões da CEE e não comentou os problemas pontuais mostrados pelo G1.

Apesar dos casos de abandono mostrados, o Executivo garante manter um trabalho através da Secretaria Municipal de Assistência Social e da Guarda Municipal com relação aos moradores
de rua e praticantes de delitos, e realizar a manutenção das praças por meio da Secretaria de Infraestrutura.

“Cabe ainda salientar que os problemas relacionados com segurança pública são de responsabilidade da Polícia Militar.”

Polícia Militar
Sobre a responsabilidade em manter a segurança das praças, o capitão Paulo Henrique Junqueira de Carvalho, comandante da área central de Ribeirão Preto, afirma que as equipes fazem
patrulhamento constante e detêm usuários de drogas, mas que estes, garantidos pela legislação, não são presos e voltam aos mesmos lugares de onde são retirados.

Além disso, ele afirma que a PM faz constantes reuniões com a Prefeitura para discutir soluções. “Por porte de droga, a pessoa é conduzida até o distrito policial e a droga é apreendida, mas a
pessoa retorna, não tem prisão”, afirma.

Pichação em ponto de ônibus em praça da Vila Virgínia. (Foto: Nicholas Araujo/G1)

Fonte original da notícia: G1 Ribeirão e Franca

SP ­ Construção de estação de ônibus em Ribeirão 'estaciona' por falta
de laudo
Um mês após declarar busca por empresa, Prefeitura não contratou estudo. Condephaat pediu análise de impacto para obra então prevista para janeiro.

Simulação mostra como devem ficar plataformas na Praça das Bandeiras. (Foto: Prefeitura/Divulgação)

Um  mês  depois  de  informar  que  pesquisava  uma  empresa  para  emitir  laudo  que  comprove  ausência  de  impacto  do  trânsito  na  estrutura  da  Catedral  Metropolitana  de  São  Sebastião,  a
Prefeitura de Ribeirão Preto (SP) ainda não providenciou o documento. Do estudo exigido pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado
de São Paulo (Condephaat) depende o início ou a negativa das obras da estação de ônibus da Praça das Bandeiras, no Centro.

A construção é um dos itens previstos no contrato de concessão assinado com o Consórcio Pró­Urbano e que inicialmente estava prevista para ser finalizada em janeiro, após assinatura de
um termo de ajustamento de conduta (TAC) no Ministério Público.

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Em  nota  enviada  nesta  quarta­feira  (11)  ao  G1,  a  assessoria  de  imprensa  da  administração  informou  que  a  Transerp  –  empresa  de  trânsito  do  município  –  ainda  está  providenciando  a
contratação da firma responsável pelo estudo, e novamente não deu um prazo.

Anteriormente, em 12 de janeiro, a administração municipal havia informado que, diante da condicionante do Condephaat, a Transerp vinha pesquisando “sobre instituições tecnologicamente
capacitadas para realizar ensaios, obter resultados, efetuar análises e, por fim, emitir um laudo técnico conclusivo sobre a questão.”

Catedral Metropolitana de Ribeirão foi tombada pelo Condephaat.
(Foto: Reprodução/EPTV)

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Sem o documento, o Pró­Urbano alega não ter autorização para iniciar as obras orçadas em R$ 1,2 milhão, que, segundo a própria Prefeitura, deve melhorar o fluxo de circulares na região
central e as condições de espera dos passageiros, hoje sujeitos a sol e chuva por falta de cobertura adequada.

O impasse
De  acordo  com  cronograma  estabelecido  pelo  Ministério  Público  através  de  um  termo  de  ajustamento  de  conduta  (TAC)  assinado  em  abril  do  ano  passado,  as  obras  deveriam  ter  sido
entregues no final de janeiro. O consórcio tinha até maio de 2014 para entregar o projeto à administração municipal, que, por sua vez, tinha mais quatro meses para aprovar o documento.

O projeto foi apresentado pela Prefeitura, e, segundo o TAC, a estação deveria ser construída nos quatro meses seguintes. No entanto, em junho do ano passado, em meio à elaboração do
plano, a Catedral Metropolitana de São Sebastião e todo um conjunto arquitetônico do entorno das obras foram tombados pelo Condephaat.

A  decisão  impulsionou  protestos  por  parte  de  membros  da  igreja,  do  Fórum  de  Entidades  de  Ribeirão  Preto  (Ferp)  e  da  Associação  Comercial  e  Industrial  de  Ribeirão  Preto  (Acirp),
contrários à implantação da estação perto da Catedral.

Após o tombamento, o órgão estadual aprovou o projeto da Prefeitura, mas o condicionou à expedição de um laudo que comprovasse que o tráfego de veículos na região não traz prejuízos à
Catedral – dano confirmado por estudos feitos por uma comissão especial na Câmara e por uma empresa contratada pela própria igreja.

TAC sem homologação
O próprio Ministério Público está vetado de cobrar prazos e aplicar eventuais multas no momento porque o TAC – com prazos para 29 itens do contrato do transporte de Ribeirão – ainda não
foi homologado pelo Conselho Superior do MP.

“O TAC está no Conselho Superior do Ministério Público, com o relator Procurador de Justiça Pedro de Jesus Juliotti, sendo analisado e aguarda para entrar na pauta para apreciação do
colegiado”, informou esta semana a assessoria de imprensa do órgão.

Por Rodolfo Tiengo

Fonte original da notícia: G1 Ribeirão e Franca

Ribeirão Preto (SP) ­ Condephaat proíbe início de obras da Estação
Catedral
Órgão afirma que prefeitura não pode fazer as plataformas de ônibus anunciadas para este mês.

Condephaat impede que Prefeitura inicie construção de plataforma.
(Foto: Weber Sian / A Cidade)

O Condephaat (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico) impediu a prefeitura de Ribeirão Preto de realizar qualquer obra na Praça das Bandeiras
antes de apresentar um laudo comprovando que as vibrações do trânsito não prejudicam a Catedral Metropolitana de São Sebastião.

Apesar do Condephaat ter exigido o laudo no final de outubro, a prefeitura sequer contratou a empresa responsável pelo estudo.

Em 13 de janeiro, a prefeita Dárcy Vera (PSD) convocou coletiva de imprensa para anunciar que as plataformas nas ruas Américo Brasiliense e Visconde de Inhaúma, ambas na praça,
começariam a ser construídas ainda este mês.

As  estações  na  rua  Florêncio  de  Abreu  –  que  causaram  polêmica  com  a  igreja  –  seriam  realizadas  depois.  O  Palácio  Rio  Branco  acreditava  que  apenas  as  obras  em  frente  à  Catedral
precisavam do laudo, posicionamento que, por hora, ainda é mantido.

A Transerp deve decidir somente esta semana se contrata sem licitação o IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas), órgão do governo estadual, ou se abre licitação para outras empresas. O
laudo deve ficar pronto entre 30 e 45 dias, segundo estimativa da Transerp.

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O vereador Rodrigo Simões (PP), acompanhado do pároco da igreja, Francisco Jaber Zanardo Moussa, conhecido como padre Chico, e do engenheiro Cantídio Maganini, representante da
Ferp (Fórum das Entidades de Ribeirão Preto), foi ontem à São Paulo verificar a situação das estações.

“A prefeita não pode fazer o que quiser e passar por cima do Condephaat. Ela enganou a população ao anunciar as obras, pois a prefeitura não pode colocar um prego sequer na praça sem o
laudo, de acordo com os técnico dos Condephaat”, disse o vereador.

Questionado pelo A Cidade, o Condephaat confirmou a restrição geral. “A execução de qualquer parte da obra de substituição dos abrigos nas paradas de ônibus na Praça das Bandeiras está
condicionada à apresentação de um laudo técnico que comprove que o tráfego de veículos pesados (ônibus) não é foco de vibração excessiva que comprometa a estrutura da Catedral de São
Sebastião”, diz o órgão, em nota.

http://defender.org.br/tag/ribeirao­preto?print=print­page 14/16
09/06/2015 defender.org.br/tag/ribeirao­preto?print=print­page
Para Prefeitura, restrição só vale para Florêncio

Procurado pelo A Cidade, o Palácio Rio Branco informou que interpreta de outra forma a decisão do Condephaat de proibir qualquer interferência na Praça das Bandeiras.

“Na interpretação, o que limita a restrição da implantação da estação na rua Florêncio de Abreu e não nas demais estações na praça”, informou o Palácio Rio Branco.

O motivo da divergência é que, na publicação em 28 de outubro que exigiu o laudo para as estações de ônibus, o Condephaat citou que era devido “especialmente à rua Florêncio de Abreu”.

A prefeitura entende, assim, que não haveria restrição às demais estações na praça.

Por Cristiano Pavini

Fonte original da notícia: A Cidade

Contra terminais de ônibus, fiéis 'abraçam' catedral de Ribeirão Preto
(SP)
Moradores e igreja alegam que projeto coloca em risco estrutura do templo. Prefeitura aguarda laudo da USP para iniciar obras em praça no Centro.

Cerca  de  mil  pessoas  realizaram  um  abraço


simbólico  na  Catedral  Metropolitana  de  Ribeirão
Preto  (SP)  nesta  terça­feira  (20),  data  em  que  se
comemora  o  dia  do  padroeiro  da  cidade,  São
Sebastião.  O  ato  teve  como  objetivo  protestar
contra  a  construção  de  um  terminal  de  ônibus  na
Praça  das  Bandeiras,  em  frente  à  igreja.  A
polêmica teve início em 2013, quando um estudo
encomendado  pela  cúria  apontou  que  o  prédio
apresenta  trincas  e  rachaduras  causadas  por
infiltrações  e  pelo  tráfego  de  veículos  pesados,
como ônibus urbanos, nas ruas ao redor.

Em junho do ano passado, o templo foi tombado
pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico,
Arqueológico, Artístico e Turístico (Condephaat).
A    Prefeitura,  no  entanto,  informou  que  tem
parecer  favorável  do  órgão  para  construir  a
estação,  e  que  aguarda  somente  um  laudo  do
Instituto  de  Pesquisas  Tecnológicas  da
Universidade  de  São  Paulo  (USP)  sobre  as
trepidações nas ruas do entorno, para dar início à obra.

O Fórum das Entidades de Ribeirão Preto (Ferp), que defende a preservação do complexo da Catedral, vai apresentar ao Ministério Público uma proposta para que a construção do terminal
seja feita em outro local. “A região da Catedral está saturada. São 38 linhas de ônibus, 109 ônibus por hora. A solução que encontramos é fazer a estação na Praça Carlos Gomes. Já existiu
um terminal no local. Lá, inclusive, dá para fazer calçadas mais amplas. É o local ideal”, diz Cantídio Maganini, representante da entidade.

Para a professora de história Nainora de Freitas, o protesto mostra a preocupação da população com o patrimônio histórico. “Esse abraço significa a mobilização em torno de um patrimônio,
que está diante de uma perda iminente. É preciso pensar a cidade como um todo, num patrimônio cultural que se estenda como algo que a cidade quer lembrar na sua memória histórica”, diz.

O caso

Fieis se reuniram na Catedral para protestar contra a construção
do  terminal  de  ônibus  na  Praça  das  Bandeiras.  (Foto:  Paulo
Souza/EPTV)

Os terminais de ônibus no entorno da Praça das Bandeiras fazem parte do contrato de concessão do transporte público, assinado entre a Prefeitura de Ribeirão e o consórcio Pró­Urbano, que
reúne  as  permissionárias.  Em  2013,  a  Igreja  católica  encomendou  um  estudo  com  engenheiros  particulares,  que  apontou  que  a  estrutura  da  Catedral  apresenta  rachaduras.  O  problema,

http://defender.org.br/tag/ribeirao­preto?print=print­page 15/16
09/06/2015 defender.org.br/tag/ribeirao­preto?print=print­page
segundo o laudo, pode se agravar com a realização da obra e o consequente aumento do fluxo de veículos pesados no local.

O projeto apresentado pela Prefeitura prevê a construção de cinco plataformas no entorno da Praça das Bandeiras – duas na Rua Florêncio de Abreu, duas na Rua Américo Brasiliense e uma
na Rua Visconde de Inhaúma.

Por se tratar de uma área que integra um conjunto arquitetônico tombado, o projeto da estação de ônibus precisou de aval do Condephaat. Em outubro, o Conselho deu parecer favorável à
obra, com a ressalva de que a Prefeitura apresente um laudo que comprove que o trânsito de veículos pesados não prejudicará a estrutura da igreja. A administração aguarda a conclusão do
laudo pela USP para dar início à obra.

Cerca de mil pessoas abraçaram a Catedral de Ribeirão Preto em protesto contra construção de terminais de ônibus. (Foto: Paulo
Souza/EPTV)

Fonte original da notícia: G1 Ribeirão e Franca

http://defender.org.br/tag/ribeirao­preto?print=print­page 16/16

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