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Grupo I

A tundra é um bioma que se desenvolve sobre solos permanentemente congelados, dividindo-se em


tundra ártica e tundra alpina.

A tundra ártica é o bioma mais seco e frio da Terra. As chuvas são escassas e a quantidade de luz solar
é reduzida. Nessa região, os invernos são longos, com temperaturas médias entre os −28 ºC e os −34 ºC.
O verão, por sua vez, é curto, podendo durar de 2 a 4 meses, sendo que mesmo nessa estação a
temperatura, globalmente, não ultrapassa os 0 ºC.

O solo da tundra ártica permanece coberto por neve durante grande parte do ano. Este possui uma
camada denominada permafrost, que está sempre congelada e que pode apresentar 600 metros de
espessura. Durante o verão, a camada superficial do solo (acima do permafrost) descongela e origina
charcos e pântanos. Nesse período, o Sol permanece no céu por, aproximadamente, 24 horas e mesmo
com baixa intensidade luminosa permite o desenvolvimento da vegetação, que se apresenta sob três
formas: arbustiva, herbácea e desértica. Tal vegetação é constituída por poucas espécies, mas
relativamente abundante e serve de alimento para animais herbívoros, tais como os bois-almiscarados, as
lebres-árticas, as renas e os lemingues. Esses herbívoros servirão de alimento para os carnívoros, como
os ursos-polares, os arminhos, as raposas-árticas e os lobos. Embora a fauna seja, de modo semelhante
à flora, representada por um diminuto número de espécies, a abundância dessas mesmas espécies é
elevada.

Baseado em https://www.infoescola.com/biomas/tundra/

1. A sobrevivência dos seres vivos da tundra ártica é condicionada pela ________, ao longo do ano, de
fatores ________, como a temperatura e a luminosidade.
(A) oscilação … bióticos
(B) oscilação … abióticos
(C) regularidade ... bióticos
(D) regularidade … abióticos

2. A vegetação da tundra inclui seres ________, pois no seu processo de nutrição estes recorrem a uma
fonte de carbono ________.
(A) heterotróficos ... inorgânico
(B) heterotróficos ... orgânico
(C) autotróficos ... orgânico
(D) autotróficos ... inorgânico

3. Na tundra ártica, as espécies arbustivas asseguram o ciclo de ________ e ocupam o nível trófico
________ energético das cadeias alimentares que integram.
(A) matéria ... menos (C) energia ... mais
(B) matéria ... mais (D) energia ... menos

4. As raposas-árticas, ao alimentarem-se das lebres-árticas, ocupam o ________ nível trófico, sendo


classificadas como consumidores de ________ ordem.
(A) terceiro ... 2.ª (C) segundo ... 3.ª
(B) segundo ... 2.ª (D) terceiro ... 3.ª

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5. Ordene as frases identificadas de A a E, de modo a reconstituir a sequência de acontecimentos,
segundo uma relação causa-efeito, relativos às relações tróficas no ecossistema considerado.
A – Produção de compostos orgânicos pelo urso-polar.
B – Captação de energia luminosa pela vegetação herbácea.
C – Ingestão de vegetação pelos lemingues.
D – Predação dos lemingues pelo urso-polar.
E – Transformação de matéria inorgânica em orgânica.
B–E–C–D–A

Grupo II

A remoção da parte aérea das plantas, pelo corte ou pastagem, acarreta stress vegetal, cuja magnitude
depende da intensidade da desfolha.

A desfolha reduz a interceção de luz, a taxa fotossintética na copa das árvores, a quantidade de
compostos orgânicos de reserva e o crescimento das raízes.

A investigação que a seguir se descreve foi realizada com o intuito de avaliar os mecanismos
morfofisiológicos que interferem no rebrotar (formação de novos rebentos) do capim-mombaça (Panicum
maximum), em função de diferentes intensidades de desfolha do perfilho (gomo ou gema produzida na base da
planta e que participa na reprodução assexuada) principal.

• Sementes de capim-mombaça foram distribuídas por diversas caixas de areia para germinação.
• Vinte dias após a emergência, foram selecionadas plantas vigorosas e uniformes. Estas foram
transplantadas para vasos plásticos com capacidade até 1 kg de solo (uma planta por vaso).
• O solo utilizado correspondeu a um Latossolo Vermelho-Escuro, de textura argilosa e enriquecido
com fósforo.
• Após o transplantio, procedeu-se a uma fertilização nitrogenada e potássica. Tal processo foi repetido
semanalmente durante a condução do ensaio, a par da irrigação diária dos vasos.
• 35 dias após a emergência, numa altura em que a maioria das plantas apresentava já um número
estável de três folhas verdes completamente expandidas, procedeu-se aos diferentes tratamentos. Neste
momento, as plantas apresentavam de 8 a 9 perfilhos primários.
• Quatro intensidades de desfolha foram aplicadas ao perfilho principal das plantas: o controlo, em
que o perfilho principal foi mantido intacto; a desfolha superior, mediante remoção da lâmina foliar da
folha adulta mais jovem; a desfolha inferior, que suprimiu as lâminas foliares das duas folhas adultas mais
velhas e a desfolha total, que eliminou toda a área foliar do perfilho principal. Em todos os tratamentos,
inclusive no controlo, a folha emergente do perfilho principal foi eliminada e os demais perfilhos foram
cortados a 8 cm do solo. A Figura 1 ilustra o esquema de desfolhas.

Figura 1 – Representação das desfolhas impostas ao perfilho principal do capim-mombaça.

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• Foram efetuadas cinco repetições por tratamento.

• Foram avaliados, aos 2, 5, 9 e 16 dias, após imposição dos tratamentos, a massa seca de raízes e a expansão das
novas folhas.

• 2, 6 e 13 dias após a desfolha mediu-se a taxa fotossintética, de cada folha, sob a intensidade luminosa de 2700
μmol.m-2.s-1.

• Os resultados obtidos encontram-se representados nas Figuras 2, 3 e 4.

Perfilho Perfilhos
Tratamentos
principal primários

Desfolha total 0,185 0,208

Controlo 0,159 0,206

Desfolha 0,158 0,187


superior
Desfolha – –
Figura 2 – Evolução da massa seca de raízes: inferior
controlo, desfolha superior e inferior
desfolha total , durante o período de rebrotar Figura 3 – Taxa de crescimento relativo
(g.g–1.dia–1) de novas folhas do perfilho
principal e dos perfilhos primários.

Figura 4 – Taxa fotossintética máxima das três


folhas do perfilho principal, no momento da
desfolha e nos dias seguintes, durante o
período de rebrotar.

Baseado em Carlos Augusto Gomide et al., «Photosynthesis, organic reserves and regrowth of mombaçagrass
(Panicum maximum) under different defoliation intensities of the main tiller», 2002.

1. Apresente uma razão para o facto de se terem imposto os diferentes tratamentos apenas ao fim de
35 dias após emergência.

Para que todas as plantas evidenciassem o mesmo grau de desenvolvimento/apresentassem o mesmo número estável de folhas
verdes expandidas

2. O objetivo da presente investigação foi


(A) estudar as taxas fotossintéticas, em capim-mombaça, em função de diferentes intensidades
luminosas.
(B) avaliar a influência de diferentes tipos de desfolha na geração de novos rebentos em capim-
mombaça.
(C) estudar a influência do tipo de solo na germinação de sementes de capim-mombaça.

(D) avaliar os mecanismos morfofisiológicos que interferem na formação de novas raízes em capim-
mombaça
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3. Podem ser consideradas variáveis independente e dependente deste estudo, respetivamente,
(A) a taxa de crescimento das raízes e a intensidade da desfolha.
(B) a taxa fotossintética de cada folha e a intensidade luminosa.
(C) a expansão de novas folhas e a intensidade da desfolha.
(D) o tipo de desfolha e a massa do sistema radicular.

4. Contribuíram para a fiabilidade dos resultados


(A) os diferentes tipos de desfolha efetuados.
(B) as diferentes condições de temperatura e de luminosidade.
(C) as diferentes populações de capim-mombaça utilizadas.
(D) as repetições efetuadas por tratamento.

5. De entre as afirmações relativas à análise e interpretação da experiência e dos resultados obtidos,


selecione as corretas, transcrevendo para a sua folha de respostas os números romanos
correspondentes.
I – O crescimento do sistema radicular em plantas totalmente desfolhadas foi inferior ao das restantes
plantas.
II – Nos perfilhos primários, a desfolha parcial potencia o crescimento relativo de novas folhas.
III – A massa de raízes não foi influenciada pela intensidade da desfolha do perfilho principal.
IV – O crescimento relativo de novas folhas no perfilho principal é superior aquando da ausência total
de folhas.
V – O grupo controlo manteve a totalidade das suas folhas.

6. Colocou-se a hipótese de que a desfolha influencia negativamente o crescimento das folhas que
escaparam ao corte nos primeiros dias que a sucedem.
Explique, tendo por base os resultados presentes na Figura 4, se a hipótese colocada é apoiada ou
rejeitada. A – Ao fim de 2 e 6 dias após a desfolha, todas as folhas que restaram aumentaram a sua taxa fotossintética.
B – A maior taxa fotossintética permite uma maior produção de compostos orgânicos, o que permite um maior crescimento
foliar.
C – A hipótese é, por isso, rejeitada.

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