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Pelotas, 2018.
Jéssica Bitencourt Lopes
Pelotas, 2018.
RESUMO
LOPES, Jéssica Bitencourt. A indústria têxtil e de vestuário A.J. Renner e
seus trabalhadores no acervo da Delegacia Regional do Trabalho do Rio
Grande do Sul (1933-1943). Pelotas: UFPel, 2018. Trabalho de Conclusão de
Curso, Licenciatura em História, Universidade Federal de Pelotas, 2018.
O acervo da Delegacia Regional do Trabalho do Rio Grande do Sul (DRT-RS),
atualmente salvaguardado no Núcleo de Documentação Histórica da
Universidade Federal de Pelotas (NDH-UFPEL), conta com aproximadamente
630 mil fichas, as quais eram necessárias para a confecção das carteiras
profissionais. Resguardando a memória de trabalhadores comuns, essas fichas
emergem a imagem, as informações profissionais e pessoais de homens e
mulheres até então anônimos, que solicitaram suas carteiras entre 1933-1968.
Utilizando como fonte o acervo e o seu banco de dados, por meio de uma
metodologia serial-quantitativa, a pesquisa apresentada neste trabalho de
conclusão de curso almeja tecer o perfil dos trabalhadores e
consequentemente analisar a organização do trabalho da indústria têxtil e de
vestuário A.J. Renner, que se apresenta como a mais demandada na primeira
década de criação da carteira profissional, entre 1933-1943. Dessa forma a
pesquisa pretende-se construir a história de uma das mais importantes
indústrias brasileiras do século XX a partir do perfil de seus trabalhadores.
ABSTRACT
LOPES, Jéssica Bitencourt. A.J. Renner’s textile and clothing industry and
his workers in the Regional Rio Grande do Sul Labor Office collection
(1933-1943). Pelotas: UFPel, 2018. Course completion work, Education degree
in History, Universidade Federal de Pelotas, 2018.
The Regional Rio Grande do Sul Labor Office collection (DRT-RS), currently
safeguarded at the Historical Documentation Center of the Universidade
Federal de Pelotas (NDH-UFPEL), has approximately 630 thousand files, which
were needed for the confection of professional cards. Sheltering the memory of
ordinary workers, these files emerge the image, the professional and personal
informations of men and women who were anonymous so far, that solicited their
cards between 1933-1968. Utilizing the collection and its database as source,
by means of a serial-quantitative methodology, the research presented in this
course completion work aims to build the workers’ profile and consequently
analyze the work organization of A.J. Renner’s textile and clothing industry, that
presents itself as the most demanded in the first decade of creation of the
professional card, between 1933-1943. Thus, this work intends to construct the
history of one of the most important brazilian industries from the 20th century
from its workers’ profile.
À minha mãe, Cristiane Lopes
Bitencourt, mulher trabalhadora que
não poupou esforços para que hoje eu
pudesse estar aqui.
LISTA DE FIGURAS
Figura 1- Ficha de qualificação profissional número 04751 da alemã Gerda
Henzel, fiandeira da Renner. Fonte- Acervo da Delegacia Regional do Trabalho
do Rio Grande do sul. 2018.............................................................................. 30
Figura 10: As irmãs Elma, Tusnelda e Erica Biehl, fiandeiras da fábrica Renner
e o irmão Eugênio Biehl, mecânico da mesma fábrica. Fonte: Acervo da
Delegacia Regional do Trabalho do Rio Grande do Sul. 2018. ........................ 50
Figura 13: A mãe Adelaide Fernandes Lima e a filha Maria Augusta Fernandes
Lima, ambas costureiras da Renner. Fonte: Acervo da Delegacia Regional do
Trabalho do Rio Grande do Sul. 2018. ............................................................. 51
LISTA DE GRÁFICOS
INTRODUÇÃO ................................................................................................. 10
CAPÍTULO I: “As indústrias A.J. Renner devem orgulhar o Brasil inteiro. ” ..... 14
CAPÍTULO II: “Cada casaco passa pelas mãos de mais de 60 operários”. ..... 29
CONCLUSÃO:.................................................................................................. 54
FONTES ........................................................................................................... 56
INTRODUÇÃO
1
Usa-se “seu estilo”, como referência a slogan das Lojas Renner S/A: “Você tem seu estilo. A
Renner tem todos. ”
2
A primeira Loja Renner foi inaugurada em 1922 e tinha como objetivo vender as confecções
fabricadas pela indústria Renner, em 1965 torna-se independente o grupo Renner e em 1967
torna-se uma empresa de capital aberto, porém a família Renner se manteve com o controle
acionário até 1998. Em 2005 a Renner foi a primeira empresa brasileira a ter seu capital
pulverizado, sendo que 100% de suas ações estão em circulação, já a indústria Renner acabou
por fragmentar-se (AXT; BUENO. 2013)
3
A partir desse trecho, usaremos Renner para se referira indústria A.J. Renner e Cia de
produção têxtil e confecções, A.J. Renner para se referir a Anton (Antônio) Jacob Renner,
diretor da fábrica e Grupo Renner para se referir ao conjunto de indústrias da família Renner.
11
4
A legislação social trabalhista e a carteira profissional serão discutidas na segunda parte do
capítulo 1.
5
O acervo da DRT-RS será abordado no primeiro subtítulo do capítulo 2.
6
PELLANDA, Ernesto. A.J. Renner: Um capitão da indústria. Porto Alegre: Livraria do Globo,
1944.
7
AXT, Gunter. BUENO, Eduardo. A.J Renner (1884-1966): Capitão das indústrias. Porto
Alegre: Editora Paiol, 2013.
12
que estava prestes a completar 100 anos da fábrica. As duas biografias nos
permitem entender a idealização e projeção da empresa, porém trazem um
caráter de valorização e exaltação ao trabalho do diretor e fundador do
empreendimento. Tais produções diferem da tese de Alexandre Fortes8que
escreveu um estudo historiográfico sobre os trabalhadores do quarto distrito
industrial de Porto Alegre, por conseguinte, da Renner, levantando questões
como a cultura, etnicidade e sociabilidade dos trabalhadores da região.
8
FORTES, Alexandre. Nós do Quarto Distrito: A classe trabalhadora porto-alegrense e a
Era Vargas. Caxias do Sul: Educs; Rio de Janeiro: Garamond, 2004.
13
9
SEVERO, Clarindo. O inspetor do Ministério do Trabalho visitou, ontem, a Fabrica Renner-
Modelar Estabelecimento Industrial. Diário de Notícias. 09 de maio de 1936. Disponível em:
Hemeroteca Digital da Biblioteca Nacional. Acesso em: 10 de outubro de 2018.
10
FERRARETTO, Maria Karina. Sociedades nem tão anônimas: um estudo prosopográfico
sobre a elite empresarial de Rio Grande (1884-1913). Dissertação (Mestrado em História) -
Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto
Alegre, 2017, p. 24.
15
11
FERRARETTO, Maria Karina. Sociedades nem tão anônimas: um estudo prosopográfico
sobre a elite empresarial de Rio Grande (1884-1913), p. 21-22.
12
PESAVENTO, Sandra Jatary. História da Indústria Sul-Rio-Grandense, p. 17.
13
Além da Pesavento e Ferraretto referenciadas acima, podemos citar: LANGEMANN, Eugênio.
A Industrialização no Rio Grande do Sul (Um estudo Histórico). Porto Alegre: IEPE/UFRGS,
1978.ROCHE, Jean. A Colonização Alemã e o Rio Grande do Sul. Porto Alegre: Globo, 1969.
14
COSTA, Achyles Barcelos da. Algumas características da industrialização gaúcha. Ensaios
FEE, Porto Alegre, v.10, n.1, p.24-46,1989.
15
BARTMAM, Tatiane. Industrialização e imigração no Rio Grande do Sul: Um estudo
historiográfico. Anais do XI Encontro Estadual de História da Anpuh: História, Patrimônio e
Memória. 2012.
16
16
REICHEL, Heloisa. A indústria têxtil do Rio Grande do Sul- 1910/1930.
17
REICHEL, Heloisa. A indústria têxtil do Rio Grande do Sul- 1910/1930, p.13.
18
Sobre Rheingantz ver: PAULISTSCH, Vivian da Silva. Rheingantz: Uma vila operária em Rio
Grande -RS. Dissertação (Mestrado em História) - Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da
Universidade Estadual de Campinas, 2003.FERREIRA, M. L. M. Os três apitos: memória
coletiva e memória pública, Fábrica Rheingantz, Rio Grande, RS, 1950-1970. Tese (Doutorado
em História) –Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas, Pontifícia Universidade Católica do
Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2002.
19
REICHEL, Heloisa. A indústria têxtil do Rio Grande do Sul- 1910/1930, p. 22-23.
17
20
REICHEL, Heloisa. A indústria têxtil do Rio Grande do Sul- 1910/1930, p. 33.
21
Entre essas podemos citar a Rheingantz, que em 1891 passou a se chamar Companhia
União Fabril e Pastoril e a também de Rio Grande, Companhia de Tecelagem Ítalo- Brasileira
fundada em 1906 e a Companhia Fiação e Tecidos Pelotense fundada em 1910 no município
de Pelotas (REICHEL, 1978).
22
Entre essas podemos citar principalmente a Companhia Fiação e Tecidos Porto-Alegrense e
a Companhia Fabril Porto-Alegrense, ambas fundadas em 1891.
23
Entre eles: Cristian Trein, Frederico Mentz, Adolfo e Carlos Oderich, Frederico Engel,
Reinaldo Selbach, João Elias Nabinger, F.J. Michaelsen, Felipe Ritter, A.J. Renner, Frederico
Mueller e Rudolf Kallembach. AXT, Gunter;BUENO, Eduardo. A.J Renner (1884-1966): Capitão
das indústrias. Porto Alegre: Editora Paiol, 2013, p.40.
24
PELLANDA, Ernesto. A.J. Renner: Um capitão da indústria.
18
futuro da pequena fábrica, assim foi nomeado A.J. Renner para dirigir o
negócio que receberia investimento financeiro para adquirir um maquinário
mais moderno.
A.J. Renner tinha depositado ali suas esperanças e economias.
Por isso na reunião dos acionistas que decidiria o futuro da
tecelagem, propôs seu nome para direção. Interpelado por
Frederico Mentz, admitiu desconhecer os detalhes da
fabricação de tecidos, mas prometeu vencer os desafios se
merecesse confiança dos sócios. Renner tinha aprovação de
Mentz, pois chegará a ocupar um cargo de gerencia na
Christian J. Trein & Cia, sob os auspícios daquele. Nascia
assim, em 2 de fevereiro de 1912, a A.J. Renner e Cia25.
25
AXT, Gunter; BUENO, Eduardo. A.J Renner (1884-1966): Capitão das indústrias, p.45.
26
A trajetória de A.J. Renner foi biografada por (AXT; BUENO, 2014) e (PELLANDA, 1944).
27
PELLANDA, Ernesto. A.J. Renner: Um capitão da indústria, p. 14.
28
Vestimenta típica usada pelos caixeiros viajantes. Feita de lã ou com franja nas pontas a
peça é um quadrilátero com um corte no centro para pôr a cabeça.
19
29
PELLANDA, Ernesto. A.J. Renner: Um capitão da indústria, p. 26.
30
A capa ideal foi confeccionada com tecido de alta impermeabilidade, possuindo abertura
lateral para os braços e botões na frente. A capa era quente e confortável, por conta disso foi
integrada ao vestuário dos soltados gaúchos nas revoluções de 1923, 1930 e 1932.
31
FORTES, Alexandre. Nós do Quarto Distrito: A classe trabalhadora porto-alegrense e a
Era Vargas.
32
FORTES, Alexandre. Nós do Quarto Distrito: A classe trabalhadora porto-alegrense e a
Era Vargas, p. 36.
33
FORTES, Alexandre. Nós do Quarto Distrito: A classe trabalhadora porto-alegrense e a
Era Vargas, p. 32-33.
20
34
REICHEL, Heloisa. A indústria têxtil do Rio Grande do Sul- 1910/1930, p. 46.
35
São Paulo foi o estado mais favorecido, tendo em vista a maior capacidade de acumulação
de capitais causada pela política de valorização do café.
36
REICHEL, Heloisa. A indústria têxtil do Rio Grande do Sul- 1910/1930, p. 65.
37
FORTES, Alexandre. Nós do Quarto Distrito: A classe trabalhadora porto-alegrense e a
Era Vargas. Caxias do Sul: Educs; Rio de Janeiro: Garamond, 2004, p. 181.
38
Conjunto feminino de saia e paletó.
21
39
AXT, Gunter. BUENO, Eduardo. A.J Renner (1884-1966): Capitão das indústrias.
40
REICHEL, Heloisa. A indústria têxtil do Rio Grande do Sul- 1910/1930, p. 79
41
PELLANDA, Ernesto. A.J. Renner: Um capitão da indústria, p. 26.
22
42
FORTES, Alexandre. Nós do Quarto Distrito: A classe trabalhadora porto-alegrense e a
Era Vargas.
43
SEVERO, Clarindo. O inspetor do Ministério do Trabalho visitou, ontem, a Fabrica Renner-
Modelar Estabelecimento Industrial. Diário de Notícias. 09 de maio de 1936. Hemeroteca
Digital da Biblioteca Nacional.
44
AXT, Gunter. BUENO, Eduardo. A.J Renner (1884-1966): Capitão das indústrias, p. 75.
23
45
PELLANDA, Ernesto. A.J. Renner: Um capitão da indústria.
46
GOMES, Ângela de Castro; SILVA, Fernando Teixeira. Os direitos sociais e humanos dos
trabalhadores no Brasil: A título de apresentação. A Justiça do trabalho e sua história.
Campinas, SP: Editora da Unicamp, 2013, p. 12-45.
47
LONER, Beatriz Ana. Um perfil do trabalhador gaúcho na década de 30. In: Encontro
Estadual de História da Anpuh- RS, 9., 2008, Porto Alegre: Anais... Porto Alegre: Anpuh-RS;
UFRGS, p. 1-18.
48
Como exemplo de luta e organização dos trabalhadores, no final do século XIX e a partir do
início do século XX, ver: LONER, Beatriz Ana. Construção de Classe: operários de Pelotas e
Rio Grande (1888-1930). Pelotas: Ed. Universitária: Unitrabalho, 2001.
49
GOMES, Ângela de Castro. A invenção do trabalhismo. Rio de Janeiro: IUPERJ, 1988,
p.162.
24
50
GOMES, Ângela de Castro. A invenção do trabalhismo, p. 204.
51
GOMES, Ângela de Castro. A invenção do trabalhismo, p. 201.
52
GOMES, Ângela de Castro. A invenção do trabalhismo, p. 185.
25
53
NEGRO, Antônio Luigi. Paternalismo, populismo e história social. Cadernos AEL, v.11, n.
20/21, 2014, p. 11-38.
54
O Núcleo de Pesquisa Histórica da Universidade Federal do Rio Grande do Sul resguarda
exemplares dos boletins Renner do período de 1949-1947.
26
55
GOMES, Ângela de Castro. A invenção do trabalhismo, p. 159.
56
GOMES, Ângela de Castro. A invenção do trabalhismo, p. 216.
57
DECRETO nº 22.035, de 29 de outubro de 1932. Disponível em: <
http://www2.camara.leg.br/legin/fed/decret/1930-1939/decreto-22035-29-outubro-1932-526776-
publicacaooriginal-1-pe.html> Acesso em: 31 de novembro de 2018.
58
LONER, Beatriz Ana. Um perfil do trabalhador gaúcho na década de 30. In: Encontro Estadual
de História da Anpuh- RS, 9., 2008, Porto Alegre: Anais... Porto Alegre: Anpuh-RS; UFRGS, p.
1-18.
27
59
ACERVO DA DELEGACIA REGIONAL DO TRABALHO DO RIO GRANDE DO SUL. Carteira
Profissional. 1946 (sem numeração/identificação). Núcleo de Documentação Histórica da
Universidade Federal de Pelotas.
28
60
STÉDILE, Miguel. Da fábrica a várzea: Clubes de futebol operário em Porto Alegre.
Dissertação (Mestrado em História). Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade
Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2011.
61
Após a entrada do Brasil na II Guerra Mundial ao lado dos Aliados e o afundamento de um
navio brasileiro por um submarino alemão na noite do dia 18 de agosto de 1942, protestos
tomaram as ruas brasileiras e acabaram por depredar estabelecimentos teuto-brasileiros.
62
FORTES, Alexandre. Nós do Quarto Distrito: A classe trabalhadora porto-alegrense e a
Era Vargas, p. 213.
63
O paternalismo Renner e a questão da cultura e identidade de classe do operariado Renner
não serão aprofundados nesse trabalho.
29
64
SEVERO, Clarindo. O inspetor do Ministério do Trabalho visitou, ontem, a Fabrica Renner-
Modelar Estabelecimento Industrial. Diário de Notícias. 09 de maio de 1936. Disponível em:
Hemeroteca Digital da Biblioteca Nacional. Acesso em: 10 de outubro de 2018.
65
LONER, Beatriz Ana. Um perfil do trabalhador gaúcho na década de 30. In: Encontro Estadual
de História da Anpuh- RS, 9., 2008, Porto Alegre: Anais... Porto Alegre: Anpuh-RS; UFRGS, p.
1-18.
30
Figura 1- Ficha de qualificação profissional número 04751 da alemã Gerda Henzel, fiandeira da
Renner. Fonte- Acervo da Delegacia Regional do Trabalho do Rio Grande do sul. 2018
66
SPERANZA, Clarice. Branco, preto, pardo, moreno ou escuro? Classificações raciais nas
carteiras dos trabalhadores gaúchos (1933-1945). Tempos Históricos, v.21, 2017/1, p. 100-
124.
67
Entende-se como arquivo permanente aquele que já não exerce mais as atividades para qual
foram produzidos, mas são preservados e arranjados tendo como fim a pesquisa. BELLOTTO,
Heloísa Liberalli. Arquivos permanentes: tratamento documental. Cap. 5 Arquivos
permanentes. 2 ed. Rio de Janeiro: FGV, 2004.
31
68
GILL, Lorena. Loner, Beatriz Ana. O Núcleo de documentação histórica da UFPel e seus
acervos sobre questões do trabalho. Revista Esboços, Florianópolis, v.21, n.31, p. 109-123,
ago. 2014.
69
Para consulta ao acervo, ver: KLEIN, Ana Inês; ESPIG, Márcia Janete; XAVIER, Melissa.
Catálogo do acervo do Diretório Central dos Estudantes da Universidade Federal de
Pelotas. Pelotas: Editora da UFPel, 2014.
70
O financiamento veio do concurso “Memória do Trabalho”, com o apoio do Ministério do
Trabalho e Emprego e coordenado pela Fundação Getúlio Vargas – CPDOC. A construção do
banco de dados contou com o apoio de professores e alunos dos cursos de informática da
UFPel.
32
71
SCHMIDT, Benito (Org.). Novas questões de teoria e metodologia da história e
historiografia: Homenagem a Silvia Petersen. São Leopoldo: Oikos, 2011.
72
SCHMIDT, Benito (Org.). Novas questões de teoria e metodologia da história e
historiografia: Homenagem a Silvia Petersen, p. 152.
33
Gráfico 1- Algumas das profissões dos trabalhadores da Renner. Fonte: Banco de dados da
DRT-RS.
36
Figura 3: Carimbo Renner (1933). Fonte: Acervo da Delegacia Regional do Trabalho do Rio
Grande do Sul. 2018.
Figura 4: Carimbo do Sindicato dos operários em Fábricas de Tecidos (1933). Fonte: Acervo da
Delegacia Regional do Trabalho do Rio Grande do Sul. 2018.
78
SPERANZA, Clarice. Branco, preto, pardo, moreno ou escuro? Classificações raciais nas
carteiras dos trabalhadores gaúchos (1933-1945). Tempos Históricos, v.21, 2017/1, p. 112.
38
79
LOPES, Aristeu (no prelo). Os trabalhadores das fábricas de chocolates e caramelos em
3x4: história do trabalho e fotografia a partir da Delegacia Regional do Trabalho do Rio
Grande do Sul, 1933-1943. 2018.
80
PELLANDA, Ernesto. A.J. Renner: Um capitão da indústria.
81
Nas fichas e consequentemente no banco de dados cerzideira está registrado com “s”,
porém para este trabalho irá se utilizar a norma ortográfica atual.
39
82
PERROT, Michele. Os excluídos da história: operários, mulheres e prisioneiros. Rio de
Janeiro: Paz e Terra, 1988, p. 177.
83
Sobre as transformações dos papeis feminino e masculino nas primeiras três décadas do
século XX ver: MALUF, Marina; MOTT, Márcia Lúcia. Recônditos do mundo feminino.
SEVCENKO, Nicolau; NOVAIS, Fernando (Org.) História da vida privada no Brasil-
República: da belle époque à era do rádio. Vol3. São Paulo: Cia. das Letras, 1997-1998,
2005.
40
84
PERROT, Michele. Os excluídos da história.
85
Sobre a mulher na atividade têxtil ver: PENA, Maria Valéria. Mulheres e trabalhadoras.
Presença feminina na constituição do sistema fabril. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1981.
86
RAGO, Margareth. Trabalho feminino e sexualidade. PRIORI, Mary Del (Org.). História das
mulheres no Brasil. São Paulo: Contexto, 2004.
87
PERROT, Michele. Os excluídos da história, p. 489.
41
Gráfico 4: Relação entre estado civil e sexo dos trabalhadores da Renner. Fonte: Banco de
dados do acervo da DRT-RS. 2018.
88
FORTES, Alexandre. Nós do Quarto Distrito: A classe trabalhadora porto-alegrense e a
Era Vargas, p. 205-206
42
89
FORTES, Alexandre. Nós do Quarto Distrito: A classe trabalhadora porto-alegrense e a
Era Vargas, p. 201.
90
PELLANDA, Ernesto. A.J. Renner: Um capitão da indústria, p. 38.
43
91
O mestre-fiandeiro foi o único que encontramos registrado como mestre no banco de dados
do acervo. Exercendo posição de superioridade dentro da fábrica seja como administrador,
químico ou diretor, estão os membros da família Renner, todos homens.
92
Em entrevista concedida a Francisco Carvalho, Julieta Battistioli que foi operária na Renner e
posteriormente a primeira vereadora do Rio Grande do Sul eleita pelo PCB, fala sobre a
instalação da fita mecânica, os processos de controle e autoridade na fábrica, a mesma cita a
presença dos estrangeiros nos cargos de chefia e na relação estabelecida com esses.
CARVALHO, Francisco Júnior; GARCIA, Eliane Rosa. Adorável camarada: memórias de
Julieta Battistioli. Porto Alegre: Câmara Municipal de Porto Alegre, 2008.
93
FORTES, Alexandre. Nós do Quarto Distrito: A classe trabalhadora porto-alegrense e a
Era Vargas..
44
94
SPERANZA, Clarice. Branco, preto, pardo, moreno ou escuro? Classificações raciais
nas carteiras dos trabalhadores gaúchos (1933-1945), p. 101.
45
Figura 6: Carlos Marques (Classificador de lã- misto); Lyra Silva (Fiandeira- morena); Palmyra
Lopes de Oliveira (cerzideira- morena); Cecilia Rosa (Fiandeira- preta). Fonte: Acervo da
Delegacia Regional do Trabalho. 2018.96
95
SPERANZA, Clarice. Branco, preto, pardo, moreno ou escuro? Classificações raciais nas
carteiras dos trabalhadores gaúchos (1933-1945), p. 119.
96
Dois trabalhadores tiveram as fotografias perdidas/danificadas, não sendo possível a
reprodução.
46
97
LOPES, Aristeu. Os trabalhadores negros através das fichas de qualificação profissional da
Delegacia Regional do Trabalho do Rio Grande do Sul (1933-1943). Encontro escravidão e
liberdade no Brasil Meridional. 6, 2013. Florianópolis. Anais..., 2013.
98
Sobre a relação entre classe e etnicidade e a presença dos poloneses nos estabelecimentos
fabris em Porto Alegre ver: FORTES, Alexandre. Os polacos e os “outros”. Nós do Quarto
Distrito: A classe trabalhadora porto-alegrense e a Era Vargas. Caxias do Sul: Educs; Rio
de Janeiro: Garamond, 2004, p. 119-175.
47
99
PELLANDA, Ernesto. 40 Anos Renner- Indústria do Vestuário: uma organização vertical
sem similar no país ou no exterior. Porto Alegre: Renner, 1952.
100
Não foi possível localizar a fotografia de Dario Norberto Motta.
48
101
LOPES, Aristeu. Os trabalhadores das fábricas de chocolates e caramelos em 3x4:
história do trabalho e fotografia a partir da Delegacia Regional do Trabalho do Rio
Grande do Sul, 1933-1943. 2018. (no prelo).
102
PELLANDA, Ernesto. A.J. Renner: Um capitão da indústria. Porto Alegre: Livraria do
Globo, 1944, p.37
103
PELLANDA, Ernesto. A.J. Renner: Um capitão da indústria. Porto Alegre: Livraria do
Globo, 1944, p.58.
49
Figura 8: Da esquerda para a direita as duas primeiras fotografias são de Egon Renner, que
solicitou o documento em 1933 e uma segunda via em 1939, após Kurt, Heini e Herbert
Renner.104
104
Na ficha de A.J. Renner a fotografia não foi anexada.
105
PERROT, Michele. Os excluídos da história: operários, mulheres e prisioneiros, p. 59-
60.
106
Um exemplo de proximidade entre a família do operário e do empregador na Renner é o fato
de muitos filhos de operários serem apadrinhados por Matilde Renner, esposa de A.J e
coordenadora da creche.
107
PERROT, Michele. Os excluídos da história: operários, mulheres e prisioneiros. Rio de
Janeiro: Paz e Terra, 1988, p. 62.
50
Figura 10: As irmãs Elma, Tusnelda e Erica Biehl, fiandeiras da fábrica Renner e o irmão
Eugênio Biehl, mecânico da mesma fábrica. Fonte: Acervo da Delegacia Regional do Trabalho
do Rio Grande do Sul. 2018.
Figura 11: Os irmãos Manoel e Oliveiros Ramos dos Reis, classificadores de lã da Renner.
Fonte: Acervo da Delegacia Regional do Trabalho do Rio Grande do Sul. 2018.
51
Figura 12: As irmãs Talita e Edith Nadler, costureiras da Renner. Fonte: Acervo da Delegacia
Regional do Trabalho do Rio Grande do Sul. 2018.
Figura 13: A mãe Adelaide Fernandes Lima e a filha Maria Augusta Fernandes Lima, ambas
costureiras da Renner. Fonte: Acervo da Delegacia Regional do Trabalho do Rio Grande do
Sul. 2018.
porém suas fichas foram preenchidas em dias variados, Ema e Tunelda no dia
21 de agosto, Erica no dia 20 e Eugenio no dia 19 do mesmo mês. Nesta
mesma leva os irmãos Ramos dos Reis que tiraram o retrato no dia 7 e
registraram seus dados no dia 21 de agosto. Interessante entre esses últimos o
colete de mesma cor, aparentemente igual, indicando um possível empréstimo
entre os irmãos no momento do registro. Nas imagens dos irmãos, assim como
nas fotografias 3x4 das irmãs Nadler tiradas em 1939, nota-se de forma mais
nítida uma preocupação com a apresentação. Talita e Edith se mostram bem
penteadas, a primeira inclusive com penteado trançadas e ambas com
acessórios no pescoço. Na última figura a mãe Adelaide e a filha Maria
Augusta, que requereram seus documentos em anos distintos, a primeira em
1934 e a última em 1939.
108
LOPES, Aristeu; SCHIMIDT, Mônica. Os trabalhadores no frigorifico Anglo em Pelotas no
acervo da Delegacia Regional do Trabalho do Rio Grande do Sul: História, memória e
fotografia. Tempos Históricos, v.22, 2018/1, p. 405-406.
53
109
LOPES, Aristeu. Trabalhadores com sinais de varíola no acervo da Delegacia Regional do
Trabalho do Rio Grande do Sul, 1933-1944. História, ciência e saúde- Manguinhos. Rio de
Janeiro, v.23, n.4, out-dez, 2016, p. 1223.
110
Neste trabalho foi exposto apenas algumas das fotografias dos trabalhadores da Renner,
tendo em vista que não se tinha como objetivo uma intensa análise das representações
fotográficas. Todavia o conjunto de fotografias 3x4 desses trabalhadores traz questões
pertinentes para compreensão do perfil operário desta indústria.
54
CONCLUSÃO:
FONTES:
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
rs.org.br/resources/anais/18/1346360716_ARQUIVO_ArtigoANPUH.pdf>AcesS
o em: 23 de setembro de 2018.