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Resumo apenas as ondas que se propagam entre 20 Hz e 20k
Hz são audíveis ao ouvido humano. Por isso, em sua
Resumo. O presente trabalho visa discutir e apresen- maioria, o estudo da acústica se detem a ondas den-
tar a utilização de ferramentas de predição numérica tro desta faixa de frequência. As ondas que se encon-
para ajuste e indicação de características de projetos tram abaixo desta faixa são chamadas de infrasônicas
reais. A ferramenta utilizada para tanto fora o soft- e acima ultrasônicas. Usualmente refere-se a som au-
ware GT-Power, que tem por premissa realizar a mod- dível, a sensação de uma pequena, mais muito rápida,
elagem, solução e apresentação de resultados. O prob- variação na pressão do ar acima e abaixo de um valor
lema aqui apresentado refere-se aos componentes aba- estático. Este valor estático é a pressão atmosférica.
fador e silencioso de um sistema de exaustão (escapa- Mas nem todo som provoca sensação de conforto
mento) automotivo. As análises foram realizadas sobre ao ser humano, apesar de ser também uma medida
o âmbito das contra-pressões e ruído. Salienta-se que a subjetiva, existem faixas de frequência a onde o som
experiência da equipe de desenvolvimento do produto provoca a sensação de dor, desta maneira quando a
fora essêncial para a melhor indicação dos parâmetros sensação não é confortável, o som é chamado de ruído.
de modelagem. Sabe-se que para se ajustar a acústica Para que os ambientes tenham o mínimo de ruído e se-
de componentes silenciadores e, que estão submetidos jam confortáveis acusticamente ao ser humano, muito
a vibrações constantes, não é uma tarefa fácil, visto as pesquisadores têm elaborado materiais absorvedores do
diferentes variáveis empíricas envolvidas e as diferentes som, sistemas que trabalhem em frequências especí-
propostas de projeto apresentados, até o resultado con- cas de ruído e isoladores acústicos. Dentre os quais
clusivo. destacam-se, para sistemas automotivos, os escapamen-
Palavras-Chave: Acústica veicular, Sistemas de ex- tos, que são responsáveis por absorver o ruído prove-
austão, GT-Power niente dos gases de exaustão do motor e do movimento
de seus componentes.
Abstract. The present work aims at to argue and As primeiras investigações sobre o som foram ini-
to present the use of tools of numerical prediction for ciadas na Antiguidade. Pierre Gassendi, primeiro a
adjustment and indication of characteristics of real pro- medir a velocidade do som obteve o valor de 478 m/s
jects. The tool used for in such a way is the GT-Power medindo a relação de tempo entre a chegada do clarão
software, that has for premise to carry through the e do som ao disparar um canhão. Os trabalhos de ló-
modeling, solution and presentation of results. The sofos gregos como Pitágoras, no século VI a.C. e con-
problem presented here mentions suppressing and quiet tinuados ao longo dos séculos, realçaram os trabalhos
the components to it of a automotive exhaust system de Galileu sobre a acústica. Galileu iniciou o estabelec-
(exhaust pipe). The analysis had been carried through imento das relações numéricas entre os sons em função
on the scope of the against-pressures and noise. Salient das vibrações do objecto sonoro. Vericou-se que um
that the experience of the team of development of the determinado número de vibrações dá como resultado
product is essential for the best indication of the model- um som especíco. Aumentar a frequência do número
ing parameters. It is known that to adjust the acoustics de vibrações por segundo torna o som mais agudo. O
of component silencers and, that the constant vibra- inverso produz um som mais grave.
tions are submitted, it is not an easy task, visa the Em 1738 uma equipe da Academia de Ciências Pa-
dierent involved empirical variables and the dierent risiense foi à primeira na época a chegar aos valores
presented proposals of project, until the conclusive re- mais próximos dos atualmente conhecidos, onde tam-
sults. bém utilizando um disparo de canhão obteve os pre-
Keywords: Vehicle Acoustic, Exhaust System, GT- cisos 344 m/s a uma temperatura de 20◦ C, que na
Power ocasião também observou-se a inuencia da temper-
atura na velocidade do som.
Joseph Sauver, considerado o pai da acústica musi-
cal, descobriu o número exacto de vibrações em cada
som para o ouvido humano o captar.
1 INTRODUÇÃO
Antes de se discutir sobre a acústica e o comporta- 1.1 Equação da Onda Plana
mento do ruído em sistemas de exaustão, é importante Para compreender-se como as ferrementas numéricas
identicar e apresentar conceitos básicos do assunto. calculam o ruído gerado por determinado sistema é im-
A acústica é o estudo do comportamento do som, isto portante conhecer a teoria e as equações básicas que
é, o estudo das variações de pressão no meio que pro- estes utilizam para tal cálculo. Assim apresenta-se, de
duzam ondas sonoras. Então o som provem de um forma suscinta, alguns conceitos pertinentes a este tra-
distúrbio da pressão normal de um meio. Desta forma balho.
o conceito de acústica confunde-se com a concepção O desenvolvimento matemático para a teoria acús-
de vibrações, pois dependendo do deslocamento, ve- tica baseia-se nos princípios de propagação de ondas,
locidade e frequência que algum objeto transmita, este desta forma são apresentadas as equações básicas para
produzirá um tipo de onda sonora. Apesar das ondas formulação desta teoria e como esta é aplicada para o
sonoras serem diferentes e de diferentes intensidades, caso unidirecional. A equação de onda pode ser obtida
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através do entendimento do comportamento de defor- Da equação 7 implica que:
mações e de pressão no meio, dependendo de conheci-
mento termodinâmico, cinemático e cinético dos ui- p
dos, além de transferência de calor e dinâmica dos u- ρ= ; (9)
v2
idos. ∂ρ 1 ∂p
Com relação a termodinâmica sabe-se que uma sub- = 2 ; (10)
∂t v ∂t
stância pode ter um grau de condensação conforme a ∂ρ 1 ∂p
equação 1. = 2 (11)
∂x v ∂x
ρ − ρ0 Realizando algumas manipulações matemáticas de
s= (1) modo a substituir as equações 9, 10 e 11 em 5 e elim-
ρ0
inando u das equações 5 e 6 por diferenciação com o
onde s é a condensação em qualquer ponto, ρ a den-
tempo t e subtraindo-se tem-se:
sidade instantânea e ρ0 a densidade de equilíbrio con-
stante do meio. ∂p ∂2p
A equação de estado para os gases é dada por: 2
− v2 2 (12)
∂t ∂x
Pt Desta forma a equação 12 é chamada de equação
ρ= (2) da onda plana acústica que é uma equação diferencial
RTK
linear [5], unidimensional, homogênea que permite a
onde Pt é a pressão total, R a constante universal dos solução geral da forma:
gases e TK a temperatura em Kelvin [4].
Na acústica a variação de pressão é calculada com p(x, t) = F1 (x − vt) + F2 (x + vt) (13)
base na pressão do meio, desta forma tem-se que:
Considerando a expressão em função de ondas har-
p = Pt − P0 (3) mônicas na forma complexa:
onde p é a pressão relativa e P0 a pressão do meio. x x
p(x, t) = F1 eiω(t− v ) + F2 eiω(t+ v ) (14)
Considerando que a onda acústica se propaga com
velocidade tal que não permite a variação de temper- Desta forma, de posse das poderações a serem real-
atura, o processo torna-se isotérmico, desta forma, uti- izadas na análise acústica pode-se apresentar as ferra-
lizando as equações 1 e 2, tem-se a relação entre o uido mentas utilizadas para a medição e predição do ruído.
de qualquer ponto e do meio como:
1.2 Usuais Metodologias para Análise
Pt ρ
= (4) Acústica
P0 ρ0
Considerando um caso ideal de paredes rígidas com A indústria automobilística, com objetivo de atender
seção transversal sucientemente pequena com um u- as expectativas dos clientes, vem freqüentemente apri-
ido estacionário ideal, com ondas planas se deslocando morando o comportamento acústico de seus produtos.
com baixas amplitudes [4], uma pertubação acústica p Esta expectativa depende do tipo de produto e de cli-
e velocidade ~v podem ser representados pelas equações ente, varia com padrões culturais e evolui com o tempo.
de: Já foi comprovado que o ser humano se habitua a níveis
de conforto crescentes e torna-se cada vez mais exi-
• Continuidade de Massa gente. Assim, a busca pela melhoria do comporta-
mento acústico de veículos deve ser uma busca con-
ρ0
∂u ∂ρ
+ =0 (5) stante das montadoras e seus fornecedores.
∂x ∂t No caso de um pré-projeto, geralmente a análise
preliminar é feita tratando o sistema dinâmico como
• Equilíbrio Dinâmico um todo, com um método de análise dinâmica de sis-
∂u ∂p temas. Isto geralmente é feito com um software para
ρ0 + =0 (6) obtenção automática das equações do movimento do
∂t ∂z
problema a partir de sua geometria, propriedades dos
• Equação de Energia - isotropia materiais e carregamentos dinâmicos, assumindo-se que
os componentes estruturais sejam rígidos ou quase rígi-
dos (com a exibilidade representada por alguns mo-
∂p γ(P0 + p) γρ0
= ≈ = v2 (7)
∂ρ s ρ0 + ρ ρ0 dos). A abordagem pode ser de sistemas multicorpos,
com uma formulação de Newton-Euler ou de Jourdain
onde x é o eixo longitudinal do movimento, u o vetor por manipulação simbólica ou mais genérica, por grafos
posição, γ é a variação do calor especíco e v a veloci- de ligação ou alguma técnica de modelagem dinâmica
dade da partícula. equivalente [2]. Nestes modelos simplicados, os sis-
Sabendo-se que: temas acústicos e sua interação com a estrutura são
tratados de forma muito aproximada, sendo esta abor-
p dagem a mais adequada em baixas freqüências como
<< 1 ρ
ρ0 << 1 (8) no caso de sistemas de exaustão veicular.
P0
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Na fase de projeto detalhado, modelos numéricos Os sistemas são modelados em um ambiente de in-
(FEM e BEM) são feitos e o comportamento vibroacús- terface versátil chamado de GT-ISE (Integrated Simu-
tico em baixas freqüências pode ser simulado em bas- lation Environment), que apresenta uma variada bib-
tante detalhe e com boa representatividade. Ferramen- lioteca dos módulos de programação. GT-ISE tende
tas de realidade virtual tendem a se tornar cada vez a minimizar a quantidade de dados de entrada com a
mais populares, facilitando a interpretação dos resul- adição de um simple elemento geométrico de progra-
tados destas análises. Idealmente, deseja-se sentir e ou- mação.
vir os sistemas antes de construí-los, por exemplo numa GT-POWER pode ser utilizado para estudo das
sala de realidade virtual. As ferramentas de análise não caracteristicas de funcionamento de motores, modi-
linear têm se desenvolvido muito, mas a maioria das cação de projetos e desenvolvimento e melhoria de com-
ferramentas de análise vibroacústica disponíveis ainda ponentes. Algumas aplicações comuns do software são:
se baseia numa análise linear [1]. Além disso, a análise
não linear implica, por sua própria característica in- • Projeto de coletores de exaustão e conversores;
trínseca, uma multiplicidade muito grande de situações
• Geometrias de válvulas e otimização de tempo;
a analisar, o que muitas vezes a inviabiliza.
Neste trabalho fora utilizada a ferramenta de pre- • Turbinas, abertura e fechamento de válvulas ge-
dição chamada GT-POWER. Esta ferramenta permi- rais;
tiu realizar todos os cálculos acústicos para geometrias
propostas e indicar seu comportamento acústico. A • Performance de sistemas EGR;
seção 1.3 apresenta uma esse programa.
• Temperatura de parede de sistemas;
A partir da construção dos primeiros protótipos, a
análise experimental e as ferramentas híbridas aplicam- • Estudos de CFD em conjunto com softwares do
se. Esta etapa de modicação, ajuste e validação dos mesmo;
modelos é essencial, mesmo para o sucesso das análises
anteriores, através de um processo de capacitação que • Análise térmica dos componentes do cilindro;
se acumula e que permite, a cada novo projeto, ter uma
• Análise de combustão;
melhor análise preliminar e caminhar em direção ao
modelo "ideal". Este objetivo só pode ser atingido com • Projeto de controles ativos e passivos;
a experiência acumulada no processo de modelagem,
prototipagem e validação. • Fluxo e análise de ruído;
Os experimentos devem permitir tanto a caracteri-
• Projeto de abafadores e silenciosos para controle
zação dinâmica, com excitação e medida de respostas,
de ruído;
como a análise em operação. Os modelos vibroacústi-
cos devem prever ao menos o comportamento qualita- • Resposta transiente de sistemas turbos.
tivo, permitindo explicar as principais características
das respostas medidas. Quando este é o caso, e só as- GT-POWER pode ser usado para predição de ou-
sim, pode-se passar à fase de ajuste e validação dos tras condições de estado e transiente análises. Através
modelos com base nas medidas experimentais. Com do pós-processamento são visualizados fatores como:
isso podem-se aprimorar técnicas de modelagem, car- - Fluxo e velocidades; - Temperatura no sistema; -
acterizar materiais e processos de montagem e identi- Pressões; - Temperaturas de componentes; - Eciên-
car esforços dinâmicos de operação. cia volumátrica; - Potência e torque; - Predição da
queima de sistemas DI e SI; - Predição de NOx; -
1.3 Introdução ao GT-POWER Química no catalisador; - Transferência de calor; - Cal-
culo de ruído pela aplicação de microfones externos;
GT-POWER é uma ferramenta de simulação utilizada Ruído transiente; Ruído de ponteira; Ruído por oitavas
para análise de problemas de motores ou sistemas que de onda (1/8, 3/8, 10/8)
envolvam ciclos de trabalho. Ele foi projetado para
realizar simulações estáticas e transientes de controle.
Aplicado a diversos modelos de motores de combustão 2 MODELO MATEMÁTICO DE
interna, GT-POWER traz um ambiente de programa- UM SISTEMA SILÊNCIADOR
ção orientado a objeto gráco. Sua base matemática
consiste de equações dinâmicas unidirecionais dos u- Esta seção não pretende deduzir equações e sim, apre-
idos, representando o uxo e a transferência de calor sentar as equações básicas para projetos de sistemas
em tubos e outros componentes de motores. O código de exaustão de forma a auxiliar a compreensão de sua
do programa traz modelos especializados que represen- teoria e, quais os parâmetros mais relevantes para o
tam partes físicas de movimento. Por ter um código mesmo.
simples, a integração entre componentes associados ao Basicamente a velocidade de propagação de ondas
motor são facilmente aplicados. Dentro destes com- é dada pela equação 15, onde seus parâmetros já foram
ponentes sita-se os sistemas de adimissão e de escape. apresentados nas equações 2 e 7 [5].
Neste trabalho é enfatizado o modelo de sistemas de
exaustão devido a análise acústica que é apresentada. (15)
p
v = γRTK
4
onde f é a frequência, n o número de eventos do movi-
mento, i o número total de iterações e L o comprimento
da tubulação.
Alguns procedimentos devem ser analisados para
vericar se a teoria da acústica linear aproxima-se dos
valores reais de um dado sistema, dentre elas: - análise
do número de Mach, que deve ser muito menor que 1;
- os gases devem satisfazer a relação de gás ideal, 2; as
variações de pressão no meio devem ser pequenas [3].
Quando essas vericações são realizadas demons-
trando que a teoria de acústica linear não pode ser
aplicada, deve-se recorrer as equações da acústica não-
linear, onde as equações tornam-se mais complexas e
difíceis.
Existem basicamente dois tipos de sistemas silen-
ciadores que aplicam-se nos sistemas de exaustão de
Figura 1: Interface de entrada de dados veículos automotivos, são eles o absorssivo e o ree-
tivo.
Os sistemas reativos ou reetivos têm a função de
atenuar faixa de frequências sonoras especícas, isto é,
são sistemas que atuam como ltros. Os sistemas re-
sistivos ou absorsivos são atenuadores do ruído, isto é,
abafam pertubações não desejáveis na pressão sonora.
A performance de um sistema silenciador dá-se pela
medição ou cálculo da perda de transmissão / propaga-
ção da onda sonora [3]. Desta forma a diferença entre
os níveis de potência sonora incidente e a onda trans-
mitida fornecem essa medida. Dependendo do sistema
sua equação muda. Para sistemas onde as ondas acús-
ticas são geradas no interior do silencioso que em sua
saída é reduzido para a tubulação de escape tem-se:
(A + a)2
T L = 10log10 (18)
4Aa
onde TL é a perda de propagação, A é o diâmetro do
silencioso e a o diâmetro do tubo de redução do sis-
tema.
Para sistemas onde a onda acústica é gerada de uma
tubulação de escape reduzida anterior ao silencioso e,
depois deste a uma redução novamente a equação ca:
( 2 )
1 A a 2 2πf L/v
T L = 10log10 1+ − sin
4 a A 1 − (M a/A)2
(19)
onde L é o comprimento do silencioso, M o número de
Figura 2: Exemplo de um modelo GT-Power - Adimis- Mach e f a frequência de propagação da onda.
são, Motor e Escape Para silenciadores com câmaras de Helmholtz apli-
cada [3], tem-se:
Um importante parâmetro para o projeto de sis-
temas de exaustão é o número de Mach (M), isto é:
(2πf V /vS)
2
T L = 10log10 {1 + h i2
U 2 2
(16) (f /fHR ) − 1 + (2ςf /fHR )
M=
v (20)
onde M é número de Mach e U a velocidade do uido. onde V é o volume do solenciador, S a área da tubu-
A frequência de de excitação das ondas são dados lação principal e fHR a frequência do resonador de
por: Helmholtz dada por:
nv
(17)
r
f= v A
iL fHR = (21)
2π L0 V
5
onde L0 é o comprimento do tubo resonador de Helm- escape, este chamado de ruído de ponteira. A gura 4
holtz. apresenta um esquema de como é realizada essa medi-
Para sistemas absorsivos onde materiais absorve- ção.
dores são empregados a eciência de absorção deste
material é dado por:
EAA
α= (22)
EIA
sendo EAA a Energia de Absorção Acústica e EIA é
a Energia de Incidência Acústica.
Muitas outras relações e equações são utilizadas
para o dimensionamento de silenciosos, mas o objetivo Figura 4: Esboço de medição de ruído de ponteira
deste trabalho não é apresentar um estudo detalhado
do equacionamento utilizado para formulação da teoria
acústica. Neste sentido os resultados obtidos são claros
quanto ao embasamento necessário para convergência 4 RESULTADOS
dos valores experimentais e numéricos. Passa-se, desta
forma, a apresentação dos parâmetros determinantes Até iniciar-se a modelagem virtual no software GT-
do projeto. Power o departamento de engenharia do produto já
havia testado algumas propostas de projeto para as
tubulações internas do sistema de escape, mas nen-
3 PARÂMETROS DE PROJETO huma apresentou-se satisfatória quanto aos limites es-
tabelecidos pelo cliente. A partir da proposta com
A seguir apresentam-se os parâmetros que foram uti- melhor resultado experimental, ainda não aprovada,
lizados para a modelagem dos componentes do GT- iniciou-se a modelagem no programa, tendo como base
Power e as características físicas do problema estudado. a última proposta física, chamada de modelo base.
Os resultados experimentais do modelo base, com
Tabela 1: Informações de projeto para análise relação a acústica da ponteira foram:
numérica
Parâmetros Informações
Motorização Motor de ciclo Otto
Flexfuel
Volume 1.6l
Número de cilindros Quatro
Rotação de trabalho 0 - 6000 rpm
Caracteristicas diâmetros de tubo,
geométricas espessura, "lay-out"veículo
Frequências acústicas 63, 125, 250, 500 e 1000Hz
de análise
6
base, principalmente para 63 e 125 Hz. Desta forma,
com a modelagem de diversas propostas virtuais en-
controu -se um modelo que apresentou os resultados
conforme gura 6.
7
Figura 10: Resultados Experimentais 250 Hz - Segunda
modicação
8
[5] Munjal, M. L., 1987. "Acoustics of Ducts and Muf-
ers", John Wiley & Sons Inc. United States, pp.
328.