Ipog Re Pat Fun 04 Execução

Curso: Patologia das Construções: Diagnósticos e Tratamentos
Patologia das Fundações
4. Causas de patologias de
fundações: processos
executivos
Prof. MSc. Douglas M. A. Bittencourt | douglasmab.eng@gmail.com
Curso: Projeto, Desempenho e Construção de Estruturas e Fundações
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sem prévia autorização. O (a) estudante ou qualquer pessoa que ignorar essa regra
estará sujeito à indenização que poderá ser exigida pelo professor e pelo IPOG em
ação judicial própria.
3
4. Causas: processos executivos

4.1 Fundações Superficiais
• Facilidade construtiva e larga utilização em edificações de pequeno porte:
– Falta de projeto;
– Pessoal mal qualificado e sem supervisão;
– É comum a repetição de soluções anteriores.
Eng. MSc. Douglas M. A. Bittencourt 3

4

• Falta de Inspeção Técnica:

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• Problemas envolvendo o solo:
– Cota de assentamento única sem a verificação da correspondência de comportamento

6

– Amolgamento da camada de apoio
• Os últimos 30cm devem ser escavados manualmente
– Sobre-escavação preliminar e reaterro mal executados

7

– Substituição de solo com uso de material não apropriado ou executado sem
compactação adequada
– Sapatas executadas em cotas diferentes e alívio da fundação apoiada no nível
superior

8

– Erros de locação do eixo da sapata em relação ao pilar
– Sapatas executadas em cota superior à canalizações em projeto ou já existentes
no terreno

9

• Problemas envolvendo aspectos estruturais:
– Qualidade inadequada do concreto (fck e abatimento)
– Ausência de concreto magro
PROJETO
EXECUÇÃO

10

– Execução de elementos de fundação com dimensão e geometria incorretas

11

– Adensamento deficiente e vibração inadequada do concreto

12

– Estrangulamento de seção de pilares enterrados
• Falta de limpeza interna da formas e desforma para inspeção

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– Armaduras mal posicionadas ou sem recobrimento
– Junta de dilatação executada incorretamente

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4.2 Fundações Profundas
• Projeto de Fundação altamente dependente do processo executivo
• “Fundações por estacas exigem comunicação eficiente entre o projetista e o
executor, de forma a garantir que as reais condições construtivas sejam
observadas e o projeto se adéque à realidade” (Milititsky, Consoli e Schnaid,
2015).
• Características atuais:
– Estacas de grandes seções
– Materiais de elevada resistência estrutural

15

• Problemas gerais:
– Erros de locação e ocorrência de excentricidade
– Erros de geometria: seção transversal e profundidade

– Substituição das estacas de projeto por outras cujo comportamento é diferente

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– Falta de cuidado na preparação da cabeça da estaca (arrasamento)

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18


19

– Preparo da cabeça e ligação com o bloco de coroamento:

20

• Estacas Cravadas:
– Energia de cravação insuficiente
– Energia de cravação excessiva

21

– Energia de cravação excessiva
Cravação com martelo de 7 tf,

utilizando capacete adequado

22

– Fretagem insuficiente e anel com estribos ponteados (solda)

23

– Falta de lançamento de
areia durante a cravação
da estaca

24

– Compactação do solo

25

– Levantamento de elementos cravados
• Pode ser necessário fazer pré-furo e recravar estacas levantadas

26

– Deslocamento lateral do solo e de fundações executadas
Primeiras cravações
Segunda cravação
Movimentação do bate-
estacas
Deslocamento das estacas

cravadas para a esquerda

27

– Nega de cravação: deslocamento de uma seção da estaca depois de aplicada
uma série de golpes, geralmente 10.
– Falsa Nega:
• A estaca penetra facilmente na recravação após a nega de cravação;
• Decorre de geração de poropressões negativas ou relaxação do solo;
• Recravar estacas após 24 h para verificação de desempenho!

28

– Nega de cravação:

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– Emendas inadequadas:
• Eletrodo inapropriado;
• Cordão de solda de comprimento insuficiente;
• Técnica de soldagem inadequada.
GERDAU (2015)
30

– Estacas metálicas com desvio de verticalidade:

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– Estacas pré-fabricadas de concreto:
• Material com resistência insuficiente

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– Estacas pré-fabricadas de concreto:
• Manuseio impróprio da estaca

33

– Cravação com martelo
excêntrico ao eixo da estaca

34

• Estacas Franki:
– Estrangulamento do fuste
na concretagem:
• Apiloamento do concreto em
solos moles
– Bulbo com volume inferior
ao de projeto
– Danos à estaca recém
executada
– Falta de ancoragem da
armadura na base

35

• Estacas Franki:

36

• Estacas Escavadas:
– Problemas de integridade ou continuidade

37

Cavidade preenchida com água Cavidade preenchida com ar

38


39


40


41

– Dosagem do concreto pobre em teor de cimento
• Segregação na concretagem
– Demora na concretagem
• Abertura de várias estacas antes da concretagem
• Alívio de tensões
• Desmoronamento
• Cimento já em processo de hidratação: concreto de baixa resistência
– Falta de limpeza da base
– Falta de espaçadores ou distanciadores
– Ocorrência de artesianismo

42

– Presença de água na perfuração
• Perda de integridade e/ou baixa resistência estrutural

43

– Presença de água na perfuração
• Execução de estacas próximas
– Não se deve executar estacas com
espaçamento inferior a três
diâmetros em intervalo inferior a 12h.
Esta distância refere-se à estaca de
maior diâmetro.

44

– Uso de equipamento com
capacidade de perfuração
limitada
– Emprego de concreto de baixa
trabalhabilidade
– Interrupção da execução por
falta de concreto

45

• Estacas Escavadas com fluido estabilizante:
– Uso tardio da lama bentonítica causando contaminação do concreto

46

– Interrupção da concretagem antes da retirada de toda a lama bentonítica

47

– Uso de concreto fora de especificação
– Demora na concretagem
• Perda de resistência lateral
– Limpeza ineficaz para permitir o contato adequado da ponta com a rocha

48

• Estacas Injetadas (raiz, microestacas):
– Emendas de armadura
– Instalação de armadura muito longas
– Uso de estribo com ganchos
– Retirada muito rápida de tubos de revestimento
– Ausência de pressurização em elemento projetado para essa condição

49

• Estacas Hélice Contínua Monitorada:
– Remoção de solo durante a introdução do trado
• Alívio de tensões horizontais
• Mais comum em solos arenosos
– Equipamento com baixo torque
– Levantamento excessivo do trado no início da concretagem
– Lançamento de concreto após a retirada do trado (absurdo!)
– Velocidade excessiva de subida do trado
• Ocorrência de pressões negativas
– Dificuldade para instalação de armaduras muito longas

50

Estacas HC executadas em aterro de lixão

51


52


53

• Tubulões:
– Material na base diferente do previsto
– Dimensões e geometria incorretas
• Fuste, base, altura, rodapé
– Falta de Inspeção Técnica
– Instabilidade do solo durante a perfuração e/ou concretagem
• Desmoronamento e presença de água
– Uso de sistemas de rebaixamento do N.A.
– Uso de “pedras de mão” não é mais permitido
– Falta de bloco de coroamento ou armadura de fretagem no topo do tubulão

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• Tubulões:

55

• Tubulões:

56

4.3 Controle preciso dos volumes concretados
• Trata-se de uma forma prática para detectar anomalias

57

4.4 Comentários e considerações adicionais
• Embora se note uma evolução dos equipamentos, o acompanhamento técnico do
profissional de engenharia é essencial para a qualidade da obra
• A contratação de empresas de execução de fundações deve ser pautada pela capacidade
técnica e experiência
• O processo executivo deve ser acompanhado dos seus registros para permitir avaliações
futuras
• A execução de um reforço em etapa de execução sempre será mais econômica e
interessante comercialmente do que durante a evolução do edifício ou após a sua entrega
• É importante seguir as especificações e recomendações de norma
• Anomalias de comportamento podem ser tratadas com investimento em ensaios de campo
e provas de carga

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– Erros de geometria: seção transversal e profundidade

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Cravação com martelo de 7 tf,

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Deslocamento das estacas

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