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OBJETIVO

Estudo da dinâmica do movimento acoplado em trilho de ar. Determinação da aceleração


da gravidade.

INTRODUÇÃO

Uma aplicação das leis de newton podem ser estudadas em movimento acoplado em um trilho
de ar. Nesse experimento uma massa sobre um plano horizontal com atrito desprezível (trilho
de ar) esta acoplada a uma massa pendurada na vertical através de um fio com massa
desprezível também, que esta apoiada sobre uma roldana de massa também desprezível.

Como demonstrado na figura1 e 2 a seguir, as forças do corpo na horizontal e vertical


respectivamente:

Figura 1 – Corpo na horizontal

Figura 2 – Corpo na vertical


Como o corpo na horizontal não realiza movimento na vertical, temos que a normal H
cancela o peso H. Desta maneira a força resultante é a tração H, portanto pela segunda
lei de newton:

Tração H =m H∗a(1)

Para o corpo na vertical, a força resultante é o peso V menos a tração V:

Peso V −Tração V =mV ∗a(2)

As forças tração H e tração V tem o mesmo módulo. Fazendo Peso V = mV*g e


substituindo (1) em (2), teremos:

mV ∗g−m H∗a=mV∗a

mV ∗g=a (mV +mH )

Com isso a aceleração do sistema é:

mV
a= ∗g
mV + mH

Nesta relação ‘’a’’ é a aceleração do sistema, ‘’m v ’’ é a massa pendurada na vertical e ‘’mH ’’ é a
massa mantida sobre o trilho de ar e ‘’g’’ é a aceleração da gravidade local.

Como os valores de mv , m H , e g são constantes, a aceleração também e. Portanto, o


movimento descrito e do tipo uniformemente acelerado, cuja equação da posição em função
do tempo é:

a
S = s0+ v 0 t + t²
2

Fazendo o movimento começar na origem a partir do repouso, ou seja, S0=0 e v 0=0, a equação
acima se reduz a:

a
S= t²
2

Materiais e métodos:

- Trilho de ar

-Cronometro digital

-Computador

-Fio desprezível

-Massas e carro do conjunto do trilho de ar


-Balança de prato

-Calculadora

Após montado o esquema do experimento, posicionou-se o sensor medidor do tempo com


uma distancia de 10cm de distancia e assim suscetivelmente somada de 10 em 10, até chegar
em 80 cm, iniciando da posição 0cm.

Utilizando a balança de prato, mediu-se a massa do conjunto suspenso e do carrinho que


estava no trilho de ar.

Após isso foi plotado dois gráficos, sendo um da posição em função do tempo e outro da
posição em função do tempo ao quadrado, como segue a baixo os gráficos e discussão.

Resultados e discussão

Com base nos dados obtidos do deslocamento e do tempo gasto no percurso, montou-se a
tabela abaixo para ficar mais fácil e mais claro a visualização dos resultados:

Sendo A(X) a posição em metros, B(Y) o tempo em


segundos e C(Y) o tempo ao quadrado em segundos ao quadrado.
Com esses dados foi plotado os gráficos de posição em função do tempo:

A partir do gráfico da figura anterior obteve-se analise do mesmo conforme a figura a seguir:

A Equação dada pelo Origin foi:

Y=A+B1*X+B2*X²

Que se compara a seguinte formula da posição:

S=So+Vot+(at²)/2
Onde A que vale 0,03273 compara-se com a posição inicial, B1 que vale 3,49356 x dez a menos
quatro, comparasse com a velocidade inicial e que B2 que vale 0,42021 comparasse com o
valor da aceleração, mas como na formula da posição a aceleração é dividida por 2, devemos
multiplicar a aceleração dada pelo origin por 2, sendo assim será 0,8m/s² ± 0,1 m/s² de erro.

Mediu-se a massa do peso usado no experimento que foi de 28,46 gramas e mediu-se também
a massa do móvel utilizado que foi de 316,28 gramas, assim calculou-se a aceleração do
sistema utilizando a equação abaixo:

mV
a= g
mV + mH

Sendo a= aceleração

Mv=massa do peso

Mh=massa do móvel

G= aceleração da gravidade (9,8m/s²)

Assim a aceleração encontrada foi de 0,8090m/s². Comparando essa aceleração, que é a


esperada, com a aceleração do gráfico que foi de 0,84m/s², observa-se que as acelerações
foram bem parecidas, oque se pode concluir que erro encontrado do sistema foi pequeno, e
que assim o experimento obteve bons resultados.

Em seguida utilizando a mesma formula acima citada, fez-se o inverso. Utilizando a aceleração
encontrada através da equação do gráfico e as massas utilizadas encontrou-se a gravidade que
foi de 9,8012, um valor muito próximo do exato.
Em seguida plotou-se o gráfico da posição em função do tempo ao quadrado:

Em seguida teve-se sua analise, do gráfico:

Assim, com base na análise do gráfico obtem-se a seguinte formula:

Y=A+B*X

Que comparasse com a formula simplificada da posição:

X=Xo+(at)/2
Assim, A que vale 0 comparasse com a posição inicial, B que vale 0,4204 compara-se com a
aceleração, mas como na formula da posição a aceleração esta dividida por 2, deve-se
multiplicar o valor de B por 2, assim a aceleração sera de 0,84m/s² com um erro de 0,00866 x 2
tambem, portanto o erro é de 0,017m/s².

Respondendo a pergunta do roteiro (o que ocorre com a aceleração do sistema nos casos
limite em que m v =0 e m v =∞ ?) Entao a aceleração no caso limite que m v tende a 0, observa-se
que a aceleração será 0, pois o bloco m v não tendo massa, não estará puxando o mH e assim
terá movimento, provando isso matematicamente, temos:

mv
lim a= lim g=0
mv → 0 mv →0 m v +mH

Supondo-se então que a aceleração no caso limite que m v tende a ∞ , observa-se que a
aceleração será a gravidade, pois nessa situação m H torna-se desprezível se comparado com
mV . Provando então, temos:

mV
lim a=lim ❑ g=INDETERMINAÇÃO
mV → ∞ mv→ ∞ ( mV +mH )

Aplicando a regra de L’Hôpital para resolver o limite acima temos:

mV
lim a=lim g=g ¿ ¿
mV → ∞ mV → ∞ mV + mH

Ou seja, conforme varia o mV, a situação também varia, ou melhor o tipo de aceleração
também varia.

Por fim observasse que esse experimento apresenta algumas fontes de erro, como: a
interferência da massa da corda, e da roldana, o atrito do trilho e da roldana, o ar que o trilho
solta tencionando o fio, a resistência do ar, o erro de pesagem, as variações da liberação do
carrinho, etc.
CONCLUSÃO

Através do diagrama de forças de corpo isolado e com a aplicação da segunda lei de Newton
pode-se calcular a aceleração do movimento de corpos. No caso desse experimento, no qual
um corpo que se encontra numa superfície horizontal sem atrito esta ligado, através de um fio
que passa por uma roldana, a outro que se encontra na vertical, pode-se afirmar que a
aceleração do sistema é uma fração de gravidade e depende da massa dos corpos. Ainda é
possível afirmar que por menor que seja a massa na vertical o sistema entrara em movimento.

A aceleração obtida ao se analisar o gráfico da posição em função do tempo para esse


experimento foi ligeiramente menor do que a esperada. Utilizando esse valor de aceleração
para calcular a aceleração da gravidade local também foi observado um valor pouco menor
que o esperado. Isso se explica pelos erros cometidos durante o experimento, como: atrito
entre o fio e a roldana, resistência do ar, diferenças na posição de liberação do carrinho, etc.

Sendo os valores de aceleração do sistema e da aceleração da gravidade pouco diferentes dos


valores esperados, pode-se dizer que o experimento foi realizado com êxito. Para a obtenção
de valores mais exatos, sugere-se a utilização de aparatos que garantem menor perda de
energia e maior precisão no lançamento do carrinho.

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

Acessado dia 8/4/2014. Disponível em: http://educar.sc.usp.br/fisica/dinateo.html

Acessado dia 8/4/2014. Disponível em: http://www.trabalhosfeitos.com/ensaios/Movimento-


Acoplado/238142.html.

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