GUIMARÃES - Emerson - para Além Do Tombamento - PPGH - UFF - 2020

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Resumo dos comentários: Tese Emerson versão final (1).pdf
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Número: 1 Autor: user Assunto: Nota Data: 2020-09-26 09:42:11
A ver se o titulo combina com o resumo e o texto.
Número: 2 Autor: user Assunto: Destacar Data: 2020-09-26 09:41:48

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–
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Sempre acho que o abstract deveria ser uma versão do resumo. Por vezes a tradução mais literal para o inglês atrapalha a leitura para essa língua.
6
LISTA DE FIGURAS
Detalhamento da Planta da “Sismaria dos Índios de São Lourenço .............

Planta demonstrativa da “Sismaria” dos
–
–
Figura 8: Ruínas do chafariz de granito após o transporte dos blocos para a Praça
General Rondon. Sobre as ruínas, Divaldo de Aguiar Lopes .........................
–
50
Partitura do Hino a Araribóia
Busto de Araribóia na Praça Marechal Rondon, em frente à Igreja de S.

Lourenço dos Índios
7
–
8
P
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Compendiar os anexos é muito interessante porque reune em um mesmo lugar documentação que pode servir ao ensino da história da cidade, como também a epsquisas futuras sobre
seu patrimônio. Sabendo que você é professor, pergunto se já usou alguns desses documentos em sala de aula, seja para discutir a história da cidade, seja para pensar a
patrimonialização da igreja, a simbologia de Arariboia etc.
9
–
1
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–
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O que se liga a uma transformação do valor histórico atribuido que se afasta dos principios da monumentalidade que organizavam o patrimonio desde o século XIX... a cidade real, como
diria Argan, e seus processos se tornam objeto de atenção patrimonial.
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orém, para que esse “progresso” acontecesse
“qualificada”
2
’
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Número: 2 Autor: user Assunto: Substituir Data: 2020-09-26 10:03:12

CHARTIER
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nos viajar no tempo, ainda hoje “a mesma igreji

”
1
2
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O patrimônio reconhecido e os restos (até as ruinas esquecidas) têm esse poder quase natural de produzir presença.
14
s obras jesuíticas no Brasil representam o que temos de mais “antigo”

“estilo jesuítico” representa as composições mais renascentistas, mais moderadas,
– –
levou alguns autores a englobar sob a denominação comum de “arte jesuítica” todas
Guanabara, assumindo o papel de capelão da expedição, além do Padre Anchieta, dos índios da “nação”
– 2
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“programa”, isto é, quais as finalidades dela e as necessidades de natureza funcional

a satisfazer; em seguida, a “técnica”, quer dizer, os materiais e o sistema de construção
adotado; depois, o “partido”, ou seja, de que maneira, com a utiliza
finalmente, a “comodulação” e a “modenatura”, entendendo
– –
16
com a possibilidade de fixação de religiosos. Inicialmente, as aldeias eram ‘de visita’, e somente
10 de agosto de 1578 “com a presença do dr. Antônio Salema, governador do Sul do Brasil”.
“Auto de São Lourenço”, encenado no

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e que seus “professores” os teriam libertado de seus vícios através da

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19
20
’A
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ega Aspicuelta Navarro visitava “ora um, ora outro lugar da cidade
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lugar de certas canções lascivas e diabólicas que dantes usavam”
grande “pacote” que torna
guaçu (pajé maior) para “bispo”, demônio” era anhanga (espírito errante e perigoso) e “reino
de Deus” virou Tupãretama (terra de Tupã). Os padres perceberam que os autos, a música e a
29. Ver também o artigo “A deculturação da música indígena brasileira”. In:

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e lembravam do que não deviam [...]” (VIVEIROS DE CASTRO
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seus “assistirem” em uma paragem fronteira
“Araribóia, tendo sido av

‘
’” (SILVA
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O que te permite dizer que é um lugar de memória dos conquistados? É um lugar de memória da narrativa triunfante da colonização apenas, não?
Essa confluência talvez se deva mesmo ao conceito de lugar de memória que tende a um apaziguamento do conflito na história-memória da nação. A própria obra de Nora da pouco lugar
ao que chama de contra-memória: o textdo de Madeleine Reberioux sobre o Muro do Condenados e aquele sobre a Vendeia como contra-memória da Revolução Francesa...
Nas criticas mais contemporâneas à noção de lugar de memória (Assmann, Feindt, Taylor) ressalta-se a separação entre meios e lugares de memória; eu diria que ela também não
consegue abarcar, sem que procure uma "solução", seja pelo apaziguamento sejpa pela localização de lugares de memória do outro, o conflito inerente aos atos de recordação e seus
suportes...

Note que uma parte da bibliografia que você usa foi produzida em momentos comemorativos ou na confluência de comemorações: dos 400 anos de Niterói, do Sesquicentenário da
Independência. Esse último, importante notar, foi um momento de forte investimento no culto ao passado numa chave conservadora, mas amparado num esforço de documentar a história
nacional bem amplo e disseminado.
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2 1
–
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Isto faz dele um lugar de memória dos conquistatos?
O lugar de memória se constiui simultaneamente aos acontecimentos? Creio que esta não é a concepção originalmente colocada por Nora.
Neste como em outros casos a constituição da Igreja como lugar de memória é possível pela relevância que o espaço teve no período colonial.... e pela transformação do espaço à sua
volta que teria descaracterizado a ocupação original.
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–
–
–
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7
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Bem, aí não seria mais adequada a noção de lugar de memória?

É o caso do cruzamento óbvio, porém algumas vezes não considerado com atenção, entre a história da cidade e a história do patrimônio... no caso da comissão de glorificação me
pareceu claro que se tratava de um movimento no qual os moradores procuravam se valer das transformações do espaço mais imediato com a programada obra do porto de Niteroi....
para protegerem seus interesses...

É uma forma de haver-se com a tradição que o precedeu. mas o que tem de novo em recontar essa história que muitos já conhecem? em outras palavras, o que seu objeto ilumina ou
complexifica a visão do patrimônio AS/DS por assim dizer?
Tenho a sensação que é mais importante o que acontece, no caso da igreja, entre o início do século XX e e 1933, ou seja, o período pre-Iphan... e também o peridíodo pre-modernista no
tratamento do período colonial... é muito sintomático, me parece, no caso de Niterói que: do outro lado da Guanabara o que restava da cidade colonial vinha sendo colocado abaixo!
Incluindo a colina histórica do Castelo... houve um debate intenso sobre isso que reprecute em Niteróio....

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7 6
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Sabe-se que o anteprojeto foi bastante descaracterizado.

Chamado ou auto-proclamado?

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2
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1930 e durante mais de 50 anos, tratou de preservar o “patrimônio histórico e artístico nacional”,
mantendo a distinção entre “bem patrimonial” e “bem cultural”.
4
om uma “certa descentralização” das políticas de preservação a partir
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Essa hipótese parece escantear todo o esforço anterior de atribuição de valor histórico que antecede a patrimonialização nos anos 1930; atribuição de valor histórico contra a fúria
modernizadora que ameaçava aquele espaço da cidade... como no Rio já vinha se fazendo igualmente....

Não seria o caso de embaralhar um pouco essa cronologia? Seu caso permite fazê-lo uma vez que, como notei, atrás a atribuição de valor histórico é bem anterior a tudo isso... e o valor
histórico se liga a dinãmicas locais...

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3
–
4
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O tratmento arqueologico é certamente o melhor sinal do impacto da mudança que se anuncia desde o CNRC!

Ok, isto confirma mais uma vez sua afirmação acerca da transição monumento, patrimonio, bem cultural... mas essa hipotese você não enunciou propiramente ou de maneira assertiva
como ela merece. O estudo de um caso numa duração mais longa permite: 1) evidenciar essa mudança e nível local; 2) pensar como ela se articula a mudanças de concepção sobre o
patrimonio e a história mais geralmente; 3) embaralhar as cronolgias desses processos, destacando, acho eu, o que acontece ao rés do chão, no domínio da experiência... mais do que
nas políticas de Estado... a crónica da Vera de Vives me parece dar a senha do movimento que podemos fazer nesse sentido de valorizar o cotidiano das visões sobre a história, das
visões mais comesinhas e interessadas etc.... (como são as duas pontas da sua narrativa: Arariboia Cardoso e os cuidados com a festa de São Lourenção hoje...)
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A legendária “igrejinha de São Lourenço dos Índios”, como popularmente era
começou a assinar a “Croniqueta da Cidade”
‘Ponto de Cem Réis’ “

mor”
–
32
de Guanabara, nas chamadas “Bandas D’Além”

33
de Antônio Marins, “começava a medir das primeiras barreiras vermelhas, que são da banda d’
’
para o sertão” (SILVA, 1854, p.
34
: Detalhamento da Planta da “Sismaria” dos Índios de São Lourenço.

Inscrição: “Rio do Ouro”, “Segunda Lagoa dos Índios” “Terras que os Maris
cederão aos Índios pela Escritura de 1656 medição de 1659”
“Sismarias” dos Índios de São

–
–
Planta de localização das terras da “Sismarias” dos Índios de São Lourenço.

–
–
35
: Planta demonstrativa da “Sismaria dos Índios de São Lourenço”.

– –
am o Rio, “dos
”
’
36
aos párocos enquanto “os índios

forem miseráveis” e “que tudo que ella
”.
’Além
–
37
“
”
“lindas aldeias pequeninas, constituídas de um punhado de casitas

”
–
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“
”
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2 1
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Mais uma publicação de 1972.

40
‘ ’
–
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– –
–
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D’Além
– ”
– –
– –
43
“ ” “ ”, 1
2
– –
–
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Bem característico desse primeiro momento romântico no qual nomes indígenas foram adotados por parte da elite letrada igualmente...
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– “
1 foto p/b, 8,5 cm x 13,5 cm” (LOPES, 2014

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– Inscrição: “Desde 1946, que o prof.
por fim, roubaram as pedras”.
”
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em 1896, descreve a “ histórica” “Tinas,
–
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“ Araribóia”, que
“imortal fundador”,
–
– –
– –
– –
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la como “a
Ararygboia”
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1
–
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51
“as características de sua raça

positivada”
–
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De acordo com os manuscritos de Parreiras, “este trabalho (symbolico) representa Arariboia
”
1
“ ”
sem identidade definida, é representado marginalmente e em grupo, como “massa”. A obra “Primeira Missa”,
– –
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devidamente ‘civilizado’
–
54
–
–
–
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De acordo com Pierre Bourdieu, o nome próprio atua como um “designador rígido”, um “ponto fixo num mundo
que se move”, isto é, o nome próprio seria uma forma de identificar o mesmo objeto em qual
possível, “seja em estados do mesmo campo social, seja em campos diferentes no mesmo momento”
– –
–
–
56
O autor procura de todas as formas exaltar os valores ‘históricos’ da Igreja, apelando 1
–
–
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Municipio de Niteroy a Igreja de São Lourenço do Outeiro de Ararigboia d’esta
de sua imposição dos ‘v ’

1
–
–
–
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como se pode perceber em trechos como “Nessas lutas que em duros combate
nos guia é São Lourenço e é quem guarda o nosso lar”
mos perceber no trecho: (...) “Aprendeste a lição do ‘ ’

”
59
foi a vez da “procissão cívica” que levou
“massa popular”
60
–
–
–
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a ‘memória indígena’
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– –
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– –
–
– –
–
–
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’á
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se à Igreja como “
”
festas (NORA,1993), nesse sentido, “não se celebra mais a nação, mas se estudam suas
”
–
–
Pierre Nora (1993) chama atenção para o fato de que “só é lugar de memória” se for
investido de uma “aura simbólica” e se tiver a capacidade de constituir
2
Página:64

Acho que vc descreve bem cada etapa do processo de atribuição de valor hustórico à igreja e suas imediações. Eu diria, porém, o seguinte:
1. Como aquelas operações de valorização do passado colonial (incluindo sua arquitetura) pode ser vistas, especialmente até a déacada de 1920, como contraponto ao que vinha se
realizando na Capital, lugar em que o passado colonial e suas marcas iam-se apagando;
2. Também do ponto de vista comparativo e considerando certa repercussão que aquelas imagens ia criando, em outros espaços regionais, como em SP, é justamente o passado colonial
que vai-se instituindo como esteio para uma identidade regional/nacional;
3. Há uma passagem na tese do Paulo e que também trato com detalhe em minha dissertação, se ainda lembro dela, acerca da proposta de uma estatua em homenagem ao indio X que
acende uma disputa entre representantes dos estados acerca do modelo que poderia ser seguido;
4. O caso de Araribóia contrasta com a representação genérica do índio na estatuaria de caráter cívico que se estabelece desde o século XIX;
5. Um peso maior poderia ser atribuido ao processo de moderniazação de Niteroi que ocorre no governo Feliciano Sodré...
66
”
2
junho de 1934, “
”
Cardoso “prestou à
1938”
– –
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67
da conferência proferida em 1914, por Ricardo Severo, intitulada “A arte tradicional no Brasil”. Menções
específicas a tal conferência encontraremos no trabalho de Mário de Andrade: “Arte religiosa colonial no Brasil
conferência de Ricardo Severo, com o artigo intitulado: “Pelo passado nacional”. In: SANTOS, 1
2
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68
tendo sido registrada no artigo “Arte religiosa

no Brasil” (SANTOS, 2018)
“é o único artista brasileiro que considero realmente genial”, p
As igrejas do Aleijadinho não se acomodam com o apelativo “belo”, próprio à São
“descobre” uma tosca capela barroca
possuía grande número de escravos da Guiné. Conforme Mário em seu artigo “A Capela de
4
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Santo Antônio”
a Paulo Duarte: “vou comprar o sítio de Santo Antônio
posse da doação na minha morte.” (...) Mário participa a Ro

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evidencia ainda a verdadeira “missão” tanto de Mário
brasileiros em seu artigo “A

no Brasil” “a maneira mais delicada e graciosa em que foi tratado o retábulo do
”
legítimas “recriações” podendo ser considerados juntamente com os
de arte “brasileira”, em c
“portuguesas do Brasil”
–
71
dessa “ de família” encontrada em São Paulo.

72
“Material
‘ ’
local, há pouco falecido”
1
3
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Você o inclui entre os homens-memória? Os homens-memória da criação das primeiras políticas do patrimonio? Porque nós insistimos em falar dessas ersoangens consagradas - Mario,
Lucio, Rodrigo etc - e essa gene mais anônima que antes mesmo do SPHAN já batalhava pelo valor histórico dos bens arquitetônicos? Isso contra o descaso, o depsrezo, a
desvalorização e a destruição pura e simples!

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Cardoso assinala com um “X”
– – –
–
– – –
–
–
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“memória” da hereditariedade
2
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rio “encomendado”
– –
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A identificação é de outra ordem, totêmica não exatamente, mas remete a uma ancestralidade que não se consegue exatmente provar no sentido histórico. A relação que este sujeito
constiui com os objetos porém, essa intimidade frequentemetne evicada com eles, acaba por lhe garantir um lugar entre aqueles que criavam o patrimonio colonial!
75
“O narrador, considerações sobre a obra de

Leskov”, irá justamente chamar atenção para o fato de que o narrador retira da
2
lo “como ele de fato foi”
“com aquele seu fervor pelas grandes

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zo, eis Mário no Rio de Janeiro, trazendo o projeto”
se o SPHAN”
–
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, provocando uma certa vingança de Jesuíno que “entre quase cinco
contra a lei tácita que o proibia de entrar na ordem de sua senhora preferida”
– –
2
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33
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“esquecimento” e ao não reconhecimento dos trabalhos que realizara na direção da IMN/MHN
Segundo José Reginaldo Santos Gonçalves, existe uma forte associação entre o chamado “patrimônio” e o nome
de Rodrigo Melo Franco de Andrade. Alguns usam a expressão “o patrimônio de Rodrigo” para destacar a intensa
– –
80
– –
–
–
–
–
–
Página:79

Vê? O tombamento de baixo para cima digamos assim não é algo que se possa identificar quase absolutamene aos tempos mais recentes; o emepnho do JAC desde muito tempo foi
crucial para que a operação definitiva se realizasse. Há aí um movimento de afirmação simbólica da história "local" na "nacional" que antecede a consagração pelo SPHAN!
81
– –
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o patrimônio cultural brasileiro é narrado como uma “causa” e Rodrigo como o herói exemplar
“período heroico”
– –
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83
– – –
84
1
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representação do “Auto de São Lourenço”, deixando subentendido que o referido jesuíta

ria o “recanto da praia de São Francisco”
O auto “na festa de

São Lourenço” –
86
87
”
88
– –
–
Página:87

Para a tese do Riler!
89
– –
se de “freijó” ou louro amarelo,

90
–
91
–
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como “acervo” ou “recheio” das igrejas,
–
(
classificação do “patrimônio nacional”. In: CHUVA

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política, funcionando como um “tribunal de

segunda instância”
– –
adjetivações como “aut ntica” e “genuína”
–
Página:92
sucinto
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mbora tombados como monumentos, englobados sob a simples menção “acervo”

“recheio”,
– –
com o apoio do “humilde servo e amigo”, José Luiz de Araribóia
3
4
Página:93

No caso se trata de registrar os "documentos" que atestam o valor histórico da Igreja!

Para tese do Riler!
95
“umas estavam perfeitas, outras tinham
incapazes de mais uso algum”
“
”
–
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Sintonia ou ele antecipa a preocupação?
96
– –
possuíam, conforme as imagens, o mesmo estilo de “inspiração renascentista” que algumas partes do retábulo
4
Página:95

Para a tese do Riler!
97
1
–
– – –
– – –
Página:96
98
campo “história da arte” no Brasil

99
1
–
–
“arcana” do passado, mas também “arcanjo” do futuro
2
3
– “As linhas editoriais do Sphan: a ideia de patrimônio

no Brasil”. In:
Página:98

Mas também em meio a cidadãos que nutriam o culto ao passado por razões as mais diversas como o JLAC!

Há uma dissertação do nosso programa, e autoria de Gabriel Luz, que mostra também como os proporietarios se dirigiam aos responsaveis téncicos de SPHAN em Mariana reivindicando
o valor histórico de suas propriedades para grantir apoio para uma reforma, etc...
100
–
–
–
–
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–
– – “O Araribóia”. Fundador de São Sebastião do Rio de
– – 2
–
Página:100

Essa caracterização me parece carregar certo preconceito com a matriz na verdade historista do gênero de história praticado pro Arariboia Cardoso: a igreja era indicio do movimento;
sentido da nacioanlidade; essa forma da história era profundamente importante para a liguagem da nacionalidade! Arariboia Cardoso como outros em sua época fortaleciam e operavam
essa língua da Nação da qual a história historizante, para usar os termos de Lucian Febvre, era parte essencial.
O que tem de mais interessante é essa comunhão na líguagem nacional entre angentes locais e "nacionais"; na verdade o patrimônio seria objeto em torno do qual essa comunhão se
estabeleceria, seria ele talvez o lugar de criação e difusão desta pare essencial da linguagem da nacionalidade que a historiografia tout court jamais alcançaria...
102
–
Página:101

Por vezes eu acho que você acaba dando pouco valor a esse inspiração benjaminina para pensar o JLAC e sua pertinácia!
103
ministrado por Afonso Arinos de Melo Franco intitulado “Formação

da Civilização Brasileira”
Ou seja, ao delimitar claramente de quem “descendemos”
5
Página:102

Para Leila!
104
termo, materializavam a “tradição”, numa
–
–
–
–
–
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arte histórica”
observação: “Rejeitado pela Prefeitura Municipal de (pagou de selos 6$300)”.
–
106
inclusive a fazer a seguinte ameaça: “nesse
Brasil”
de S. Lourenço em Nictheroy”, monumento esse cujo tombamento já foi realizado em
– –
– –
– –
107
“pintor” não somente cobriu o quadro colocado na parte superior de modo

108
“ ”
–
109
se denominou “desbarroquização”. Uma vez que o barroco, segundo essa corrente de

teria sido o responsável pela descaracterização do “patrimônio nacional” francês.
crença na “brasilidade” que buscava, através de meios propriamente brasileiros o intuito de “produzir a
” (CHUVA
110
Desta forma, o “patrimônio nacional” foi monumentalizado através de um discurso
–
111
–
–
–
–
terras da “Sismarias dos Índios de São Lourenço” –
Página:110
112
–
– cria o “mito aribóia”, elevando a capela
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Será uma tradição inventada? Eu discordo...
113
4
: “o pat
Incidindo sobre a esfera da vida pública e sobre o mundo”

Página:112

A retomada do Arariboia e da fundação colonial não se liga aí aos tempos republicanos de delimitação de simbolos que deslocquema memória monárquica?

114
lusa, construíam conventos e igrejas: “A igreja estava sempre aberta a todos”

115
–
116
–
Página:115

O capítulo articula bem a relação entre as aatuação protagômica do SPHAN e seus princípios norteadores e aquela ação quase solitária de Jose Luiz de Arariboia Cardoso aos "rés do
chão" digamos assim. Penso que sua tese pode ganhar com uma descrição/reflexão mais detalhada sobre o cuidado de JLAC com os bens móveis da igreja uma que os que restavm e
também os já desaparecidos davam testemunho do valor histórico (a filiação buscada para si mesmo e Niterói) e o valor artístico que se prova...
E que caso saboroso (quase um desastre) aquele da restauração mal sucedida que demandou a intevenção de Anita Orientar...
117
em uma família sociológica dotada de “solidariedade simbiótica”

2
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Sobrados e Mucambos!

118
– –
Serviço do volume “Deliberações e Vetos Municipais de 1915”, da Prefeitura
– –
– –
Página:117

As razões dessa vitória, da consagração dessa imagem e não da outra, se ligam também à filiação/antiguidade do poder local que se desejava afirmar. De certa maneira coincidem os
desígniso dos poderes locais/estaduais e aqueles da comissão.
A imagem encontra ressonanacia no indígena idealizado, mas também no cânone da história, especialmente da história ensinada, que localiza nos primeiros momentos da colônia a
fundação do Brasil e da colaboração entre indígenas e portugueses etc...
Cânone que se expressava nos livro, quadros por toda a parte e meios possíveis...
119
– “ ” –
os bens que constituem o patrimônio nacional devem ter vínculos com “fatos memoráveis”. Além disso, os
– –
–
Página:118

Este episódio é importante: sinaliza o conflito; mas não foi apenas este, correto? a disputa sobre o passado local/regional também implicava um deslocamento da imagem indígena como
no caso do Triunfo da República nos anos 1920.

120
“Fundação de Niterói”
ao pintar a “Morte de Estácio de Sá” (1911)
Museu Antônio Parreiras como “estudos documentais”.
–
–
Página:119

121
índios que se colocassem no “caminho do progresso

civilização”
– – –
c –
–
122
de São Lourenço, onde “Araribóia”

123
a maneira especial de “ornamentar” provém não só da falta

experiência dos operários e daquele guacherie que aproxima os ‘bárbaros’ de qualquer
pretendem reproduzir de ‘ouvido’ os elementos da arquitetura greco
o SPHAN (1937) intitulado “Documentação Necessária”
autor menciona as dificuldades materiais de toda ordem enfrentadas na vida colonial, “entre as quais a da
recuperar a “boa tradição” portuguesa.

Página:122

Juizo sobre essa forma da história, estabelecido pela "escola" que a sucede, não ajuda muito a entender suas razões, a sensibilidade que busca produzir, a qualidade do que se fazia,
mesmo em termos literários... é certo que a essa época vai-se afrimando interperetação alternativa e problematizadora da história brasileira com historiadores como João Ribeiro e
Capsitrano de Abreu, francamente inspirado na nascete história social alemã etc. Mas é certo reconhecer que mesmo estes percebiam que os proósitos pedagógicos da história podiam e
deveriam investir nesse tipo de história.... digamos que a sobrevida desta história nacionalista centrada no político se deve também a esta percpeção de funções diferentes para a
pesquisa e o ensino da história.
124
“não se tardou, porém, a

tampouco a produzir cal e tijolos, (...) concebidos e executados à feição tradicional”
a tela “Fundação de Niterói” (1909) “Morte de Estácio de Sá” (

“ ”
es “A primeira Missa”.
125
1
“monumentos da arte popular”
–
Página:124
126
reconhecimento desses “monumentos da arte popular” e o destaque para
a “arte popular” não
que
“obra ”
Desde sua fase “Turista Aprendiz” quando empreende viagens de observação e descoberta pelo Brasil (1924,
“situação dos estudos do folclore no Brasil ainda não é boa. Faz

folclore para os povos da nossa América”. Pois para o autor o conceito europeu leva a encurtar de maneira
27
), o autor detalha os elementos necessários para o tombamento das “obras
folclóricas”: “a sua reprodução cientificamente exata (quadrinhas, provérbios, receitas culinárias etc.). No caso
se a filmagem cientifica da sua manufatura (fabricação de rendas, cuias, redes etc.)” In: ANDRADE, Mário de.
127
1
tratou de preservar o “patrimônio histórico e artístico nacional”,
a distinção entre “bem patrimonial” e “bem cultural”
“morta”, no sentido corrente. Mas, ao contrário, o patrimônio é “vivo”, graças às
–
Página:126

E, no entanto, nos anso 1960 a esta´tua de Araribóia (1965) apresenta o cehfe Temininó de tanga não mais; note que o ano também é sintomático: quando o Rio fazia 400 anos, na antiga
Praia Grande o cacique olha cidade irmã...
E também há coisas curiosas sobre a imagem do indigena na cultura ubrana local: nos anos 1940 havia um bloco carnavalesco chamado Inocentes Canibais e, já nos anos 1980 e 90, o
famoso Ìndio de Icaraí, personagem que andava de sunga e descalço, em geral de bicicleta, como arco e flecha e cocar algumas vezes pelas ruas da cidade...

128
1
–
–
2
3
“não apenas no nível
– –
–
”.
estabilidade deste poder estabelecido emergem memórias subterrâneas como ferramentas capazes de “alimentar”
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Não é um pouco controversa esta afirmação? Porque os valores da modernização vetam o patrimônio no processo das reformas urbanas do Rio de Janeiro ao mesmo tempo em que a
destruição potencial dos bens também despertava a sensibilidade para o passado colonial na disputa que se estabeelceu então.

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5 4
–
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Entre aspas seria mais adequado para marcar sua distância em relação a esse epíteto, certo?
Número: 5 Autor: user Assunto: Ondulado Data: 2020-09-27 09:26:36

130
o “acervo interno”
se à ampliação do “privilégio do tombamento”
ao estilo “eclético”.
verdadeiro “hiato” na História da Arte
“
seguinte (...)”
do estilo “eclético” no rol
valor artístico “puro”
ausência de “pureza” artística levou à inscrição apenas no Livro Histórico
contribuíram para a formulação, no final da década de 1970, do conceito de “bem integrado”.
Nem heroico nem moderno: a constituição do “Patrimônio Histórico e Artístico

Nacional” na gestão de Renato Soeiro no IPHAN (1967
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“tradição” e “civilização”
o valor “paisagístico”
valor “arqueológico” e “etnográfico”
3
“nacional” e valor “regional”
“valor regional”, segundo
5
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132
1
ilizada em todos os âmbitos governamentais da cultura: “proteger e integrar a nação” 2
3
criado em 1973, no âmbito do programa de “desenvolvimento nacional” do
4
5
6
– –
Em um primeiro momento, a indicação do IPHAN das “cidades barrocas” para serem contempladas com os
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MAs quando deixa vago o que seja valor regional não abre a brecha para valorções produzidas no ambito dos órgãos que começavam a aprecer em nivel regional e local?

o PCH, como outras inicitivas, responde a onda comemroativa de 1972 na minha visão.

A mercantilização do patrimonio e da história foi, como tudo, induzida pelo Estado.
133
–
2
–
–
, cujo lema era: “O bem tombado deve estar a serviço
– –
–
se cunhar a expressão “patrimônio cultural não consagrado” para explicitar que se tratava de manifestações até
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134
da comunidade” E a ‘ampliação do conceito de patrimônio’, que até aquele momento estava
“ 1
material que documenta a identidade urbana e permite, mais do que a “soletração”, a própria
“leitura” da cidade”
proposições “descentralizadoras”, d
– –
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136
–
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potencialidade de dar significado às coisas e de criar realidades, na medida em que “a concepção
eal num universo paralelo de sinais”
64
os com o objetivo de definir o “real”, pois pressupomos que toda cidade é uma projeção
is no espaço. Segundo o historiador Jacques Le Goff, “o imaginá
etimológico da palavra”. O autor atribui também ao imaginário uma dimensão simbólica e outra ideológica,
“dominado pela suspeita ideologia dos arquétipos”. In: LE GOFF, Jacques.
O conceito de imaginário não deve ser confundido com a história das “mentalidades” que s
se de uma “noção vaga”,

“ambígua” e “inquietante”.
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1
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–
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Novamente, e a estátua de Arariboia?
139
destaca o texto “Arquitetura Jesuítica no Brasil”

– –
2
“Ao tombar São Lourenço dos
–
–
sítio o núcleo gerador da cidade”.
– –
–
–
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A criação das insituições locais de proteção ao patrimonio integra, segundo percebo, um conjunto de politicas culturais que atravessam a história da cidade de Niterói pelo menos desde
os naos 1960;
Algo de importante do ponto de vista político acontece: a perda da capitalidade (no horizonte desde o final dos anos 1950 e concretizada com a fusão em 1975) e assim a necessária
revisao da história carregada de nostaliga, frustração, esperanças...
Essa observação corrobora minha critica acerca das multiplas temporalidades por oposição a certa cronologia que prevalece na tese.
As multiplas temporalidaes se materializam nos investimetnos simbolicos em objetos na cidade como você mostra para os anos 1900... mas quando avança para o tempo do SPHAN isto
tudo parece desaparecer... ou se esvair... a evidencia mairo é não ter mencionado, acho, o contexto da estátua e do 4o centenário de Niterói...

140
– –
como “bem cultural de maior importância para a

população niteroiense, por ser o marco principal gerador da cidade”
–
141
2
“
”
Emmanuel de Macedo Soares aponta para o fato de que “em relatório ao governo provinc
–
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“– 1
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–
ltas”
’
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É de fato comovente a preocupação destes sujeito populares do patrimonio! O que leva a este empenho? Obviamente um gosto pelo passado se estabelece, mas é este gosto que
organiza inciialmente tal devoção? Ou são os rituais comunitários que prevalecem? Há em OP e MAriana alguns exemplos curiosos em torno disso...
143
’ 1
, da Associação Religiosa, “é quem impede que a sujeira derrote o templo. Há

alguém do povo zelando pela tradição”.
– –
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144
. “T
”
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“ 1
”
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– –
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Segundo, Joaquim Norberto, “a
”.
–
152
derada como demarcadora do ‘mundo’

153
‘santo ’ não é absolutamente pacífica
que ficam “agachadas ou ajoelhadas” num plano mais baixo do que o dos recintos
aos “homens bons” ou livres, que ficam de pé, simbolizando assim sua posição
, que ficam também de pé, “espiando os santos”, como o povo diz até hoje
154
–
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1
2
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Aqui valeria retomar para seu leitor a citação de Dominique Poulot sobre as praticas eruditas que cercam o patrimônio. Ora, elas se ampliam conforme se alrgam os critérios sobre os que
pode ou não ser considerado patrimonio, tanto quanto quem pode ou não estabelecer ou requerer o reconhecimento de um bem cultural...
Em outras palavras, sua tese mostra a confluência de alguns processos que cercam o patrimônio: 1) a ampliação dos sujeitos sociais do patrimônio, incluindo os populares por assim
dizer, desde o JLAC até D.Carmem; 2) a complexificação das insituições patrimoniais e dos aparatos do Estado (locais, regionais. nacionais) envolvidos; 3) o alargamento das praticas
eruditas necessárias ao desenvolvimento das compreensões acerca do patrimônio... etc...
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3
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Eu gosto do tom descritivo da tese, acho importante que se mantenha este movimento de "contar uma história". Porque em história a narrativa desdobra a hipótese, torna a hisótese
possível na verdade. Mas seria preciso, creio, ter a hipótese e seus fundamentos teóricos retomados ao longo do texto, como música incidental por assim dizer, algo que interrompa o
fluxo narrativo para mostrar o que seu trabalho confirma e difere das histórias do aptrimonio já constituidas e consagrdas, o que ele confirma ou desvia das teorias, o que evidencia da
generalidade que eu falei acima sobre a confluencia daqueles processos.

Mais um elemento importante dos processo que confluem: vai mudando também o sentido pedagógico e as estratégias de fruição/compreensão do patrimonio em processo.
157
. “O resultado chegou muito perto da perfeição. 1
leza e riqueza de seu retábulo”:
2
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158
canção “Tema da Vitória”, conhecida após as conquistas de

1
ra de cordas apresentaram “As quatro estações” de Vivaldi,
construção (...)”
Página:157

Há pois uma reversão do rito ddos anos 1910... a procissão do busto/a vistia do prefeito... (curiosamente chamar de visita)

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–
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160
”.
“Homenagem da Cidade de Niterói ao seu Ilustre Fundador”.

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“a mãe da minha bisavó era da sétima geração” 1

segundo dona Gilda, “minha mãe que é. (...) A gente pode ter sangue, mas não sabemos de
”
“ 2
muito na gente disse assim: “Ih meu Deus, Araribóia acertou que você era parente
dele, mandou trazer bolo pra gente comer!”
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162
3
Página:161

Essa diferença é fundamental e expressa uma visão critica da memória popular em relação a memória oficial, as duas faces integradas da memória pública para John Bodnar! É um dos
grandes achados da tese. Carcia lembrar aqui tb da visão de D.Carmem critica as autoridades e o 22 de novembro, e também contrastar esta percepção àquela de JLAC que adere e
reivindicava o civismo como a linguagem essencial de sua empreitada em favor da Igreja e de Arariboia...
O que fez com que o civismo se esvaisse ou se transformasse num ritual vazio de sginificado para os moradores?
163
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“ ”
Página:163
166
3
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Nem era possível!

167
representou Araribóia no seu quadro “ undação de Niterói”.

Página:165

Acho que ali já se estava longe do tropo clássico e outra exemplaridade emerge... a exemplaridade moderna tem a ver com a captura, pelo individuo excepcional, do sentido do tempo
histórico promovendo a antecipação ou acelerando um movimento em direção a perfectibilidade, nesse caso, a consituição da Nação como telos da realização da história na chave do
historicismo reinante.
168
2
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Isto deveria ir para o Cap. 3!
169
tigo intitulado “Para além dos
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Entendendo bem cultural como foi definido por Carsalade, como “substância concreta da coisa dotada de
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“ ”
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“ ”.
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“
”
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“Julio de Mesquita Filho”
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–
–
administrações públicas “convidem os mestres a educar a infância e a mocidade no respeito

aos monumentos, qualquer que seja a civilização ou a época a que estes pertençam”, e que
proteção dos testemunhos de todas as civilizações”; e em face do parecer favorável emitido

193
194
195
196
197
– –
Lourenco dos Indios………………………… A saber

198
2 Pedras D’Ana
1 Capa d’asperger
199
11 Veos ……………………… idem

] …..… idem
1 Palma de prata………………………..Tudo de Sao Lourenco
Caldeirinha d’agua benta, de prata

200
201
о culto, e onde
se com о
pontas, e outra maior na parte que cobre о

202
соm que se
: vaso em que nas igrejas se serve о incenso para os
: vaso em que о sacerdote purifica os dedos.

203
204
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206
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] floresceu” a cidade de São

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Art. 1°. − Fica o Prefeito
Art. 2°. − O Governo Municipal não po

218
Art. 3°. − Revogão
–
219
embora o número “8” possa ser identificado.

220
de 1568. N’este documento publico Vossa Excellencia

221
o Ararigboia “éra na destreza e es
christão”.
222
n’um quadro historico de tanga

223
Véin attestar a verdade d’esses

224
o n’um quadro
225
–
226
XDX’aXhXi, naturalmente,
d’este general
de Policia d’esta Capital o Excellentissimo Senhor

227
– –
228
– –
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–
230
do “índio” olha para o Rio de Janeiro, em vez da cidade fluminense que um dia foi capital
231
232
233

GUIMARÃES - Emerson - para Além Do Tombamento - PPGH - UFF - 2020

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0

Número: 2 Autor: user Assunto: Destacar Data: 2020-09-26 09:41:48

Detalhamento da Planta da “Sismaria dos Índios de São Lourenço .............

Partitura do Hino a Araribóia

Busto de Araribóia na Praça Marechal Rondon, em frente à Igreja de S.

Número: 2 Autor: user Assunto: Nota Data: 2020-09-26 09:57:55

orém, para que esse “progresso” acontecesse

Número: 2 Autor: user Assunto: Substituir Data: 2020-09-26 10:03:12

nos viajar no tempo, ainda hoje “a mesma igreji

Número: 2 Autor: user Assunto: Nota Data: 2020-09-26 10:14:47

s obras jesuíticas no Brasil representam o que temos de mais “antigo”

Número: 2 Autor: user Assunto: Destacar Data: 2020-09-26 10:17:38

“programa”, isto é, quais as finalidades dela e as necessidades de natureza funcional

finalmente, a “comodulação” e a “modenatura”, entendendo

“Auto de São Lourenço”, encenado no

e que seus “professores” os teriam libertado de seus vícios através da

lugar de certas canções lascivas e diabólicas que dantes usavam”

grande “pacote” que torna

29. Ver também o artigo “A deculturação da música indígena brasileira”. In:

e lembravam do que não deviam [...]” (VIVEIROS DE CASTRO

seus “assistirem” em uma paragem fronteira

“Araribóia, tendo sido av

Número: 2 Autor: user Assunto: Nota Data: 2020-09-26 11:05:19

Número: 3 Autor: user Assunto: Destacar Data: 2020-09-26 11:00:11

Número: 4 Autor: user Assunto: Destacar Data: 2020-09-26 10:49:06

Número: 5 Autor: user Assunto: Nota Data: 2020-09-26 10:56:47

Número: 2 Autor: user Assunto: Destacar Data: 2020-09-26 11:05:45

Número: 3 Autor: user Assunto: Nota Data: 2020-09-26 11:19:01

Número: 2 Autor: user Assunto: Nota Data: 2020-09-26 11:28:20

Número: 3 Autor: user Assunto: Destacar Data: 2020-09-26 11:29:08

Número: 4 Autor: user Assunto: Nota Data: 2020-09-26 11:33:13

Número: 5 Autor: user Assunto: Nota Data: 2020-09-26 11:40:41

Número: 6 Autor: user Assunto: Destacar Data: 2020-09-26 11:36:44

Número: 7 Autor: user Assunto: Destacar Data: 2020-09-26 11:34:14

Número: 2 Autor: user Assunto: Destacar Data: 2020-09-26 11:35:12

Número: 3 Autor: user Assunto: Nota Data: 2020-09-26 11:35:35

Número: 4 Autor: user Assunto: Destacar Data: 2020-09-26 11:35:48

Número: 5 Autor: user Assunto: Nota Data: 2020-09-26 11:36:02

Número: 6 Autor: user Assunto: Destacar Data: 2020-09-26 11:36:25

Número: 7 Autor: user Assunto: Destacar Data: 2020-09-26 11:36:11

Número: 8 Autor: user Assunto: Destacar Data: 2020-09-26 11:41:27

Número: 9 Autor: user Assunto: Destacar Data: 2020-09-26 11:42:00

om uma “certa descentralização” das políticas de preservação a partir

Número: 2 Autor: user Assunto: Nota Data: 2020-09-26 11:43:24

Número: 3 Autor: user Assunto: Destacar Data: 2020-09-26 11:44:16

Número: 4 Autor: user Assunto: Nota Data: 2020-09-26 11:45:49

Número: 5 Autor: user Assunto: Destacar Data: 2020-09-26 11:46:44

Número: 6 Autor: user Assunto: Destacar Data: 2020-09-26 11:46:59

Número: 2 Autor: user Assunto: Nota Data: 2020-09-26 11:48:58

Número: 3 Autor: user Assunto: Destacar Data: 2020-09-26 11:49:56

Número: 4 Autor: user Assunto: Nota Data: 2020-09-26 11:54:33

A legendária “igrejinha de São Lourenço dos Índios”, como popularmente era

começou a assinar a “Croniqueta da Cidade”

‘Ponto de Cem Réis’ “

de Guanabara, nas chamadas “Bandas D’Além”

: Detalhamento da Planta da “Sismaria” dos Índios de São Lourenço.

“Sismarias” dos Índios de São

Planta de localização das terras da “Sismarias” dos Índios de São Lourenço.

: Planta demonstrativa da “Sismaria dos Índios de São Lourenço”.

aos párocos enquanto “os índios

“lindas aldeias pequeninas, constituídas de um punhado de casitas

Número: 2 Autor: user Assunto: Destacar Data: 2020-09-26 20:00:46