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o sul vimos até outra ponta que contra o norte vem, de que
Literatura de Informação nós deste ponto temos vista, será tamanha que haverá nela
bem vinte ou vinte e cinco léguas por costa. Tem, ao longo
1) (ITA-2002) A terra do mar, em algumas partes, grandes barreiras, algumas
vermelhas, outras brancas; e a terra por cima toda chã e
Esta terra, Senhor, me parece que, da ponta que mais contra muito cheia de grandes arvoredos. De ponta a ponta é tudo
o sul vimos até outra ponta que contra o norte vem, de que praia redonda, muito chã e muito formosa. [...]
nós deste ponto temos vista, será tamanha que haverá nela Nelas até agora não pudemos saber que haja ouro, nem
bem vinte ou vinte e cinco léguas por costa. Tem, ao longo prata, nem coisa alguma de metal ou ferro; nem lho vimos.
do mar, em algumas partes, grandes barreiras, algumas Porém a terra em si é de muito bons ares, assim frios e
vermelhas, outras brancas; e a terra por cima toda chã e temperados como os de Entre-Douro e Minho. [...]
muito cheia de grandes arvoredos. De ponta a ponta é tudo Águas são muitas; infindas. E em tal maneira é graciosa
praia redonda, muito chã e muito formosa. [...] que, querendo-a aproveitar, dar-se-a nela
Nelas até agora não pudemos saber que haja ouro, nem tudo, por bem das águas que tem.
prata, nem coisa alguma de metal ou ferro; nem lho vimos. (CAMINHA, Pero Vaz de. A Carta de Pero Vaz de
Porém a terra em si é de muito bons ares, assim frios e Caminha. Rio de Janeiro: Livros de Portugal, 1943, p. 204.)
temperados como os de Entre-Douro e Minho. [...]
Águas são muitas; infindas. E em tal maneira é graciosa Carta de Pero Vaz
que, querendo-a aproveitar, dar-se-a nela A terra é mui graciosa,
tudo, por bem das águas que tem. Tão fértil eu nunca vi.
(CAMINHA, Pero Vaz de. A Carta de Pero Vaz de A gente vai passear,
Caminha. Rio de Janeiro: Livros de Portugal, 1943, p. 204.) No chão espeta um caniço,
No dia seguinte nasce
Carta de Pero Vaz Bengala de castão de oiro.
A terra é mui graciosa, Tem goiabas, melancias,
Tão fértil eu nunca vi. Banana que nem chuchu.
A gente vai passear, Quanto aos bichos, tem-nos muitos,
No chão espeta um caniço, De plumagens mui vistosas.
No dia seguinte nasce Tem macaco até demais.
Bengala de castão de oiro. Diamantes tem à vontade,
Tem goiabas, melancias, Esmeralda é para os trouxas.
Banana que nem chuchu. Reforçai, Senhor, a arca,
Quanto aos bichos, tem-nos muitos, Cruzados não faltarão,
De plumagens mui vistosas. Vossa perna encanareis,
Tem macaco até demais. Salvo o devido respeito.
Diamantes tem à vontade, Ficarei muito saudoso
Esmeralda é para os trouxas. Se for embora daqui.
Reforçai, Senhor, a arca, (MENDES, Murilo. História do Brasil. Rio de Janeiro:
Cruzados não faltarão, Nova Fronteira, 1991, p. 13.)
Vossa perna encanareis,
Salvo o devido respeito.
Ficarei muito saudoso Os dois textos anteriores, representantes de dois períodos
Se for embora daqui. literários distantes, revelam duas perspectivas diferentes.
(MENDES, Murilo. História do Brasil. Rio de Janeiro: Indique:
Nova Fronteira, 1991, p. 13.) a) A diferença entre o texto original e o segundo, em função
da descrição da terra;
No texto de Murilo Mendes, os versos “Banana que nem b) O período literário a que corresponde cada texto.
chuchu”, “Tem macaco até demais” e “Esmeralda é para os
trouxas” exprimem a representação literária da visão do
colonizador de maneira: 3) (UFBA-2002) Texto I
a) séria. (...) Queira porém Vossa Alteza tomar minha ignorância
b) irônica. por boa vontade, e creia que certamente nada porei aqui,
c) ingênua. para embelezar nem para enfeiar, mais do que vi e me
d) leal. pareceu. (...)
e) revoltada. .......................
(...) E logo que ele [Nicolau Coelho] começou a dirigir-se
para lá, acudiram pela praia homens em grupos de dois,
2) (ITA-2002) A terra três, de maneira que, ao chegar ao batel à boca do rio, já ali
estavam dezoito ou vinte homens. Eram pardos, todos nus,
3) Resposta: 59
4) Alternativa: E
5) Alternativa: A
6) Alternativa: B