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ABORDAGEM COMUNICATIVA

Através dos trabalhos de John Firth (1930, 1937), se fundamenta na mútua dependência entre língua,
cultura e sociedade. A língua deve ser vista como parte do processo social, pois a sua função é a de ser o
meio pelo qual as pessoas funcionam, fazem coisas na sociedade. Ele também enfatiza a importância do
significado e do contexto. O significado é a função que a língua desempenha no contexto e está relacionado
ao uso de determinadas formas e elementos lingüísticos em contextos específicos.
Halliday (1970, 1975) desenvolveu a sua gramática sistêmico-funcional. Busca estabelecer relações
entre todas as escolhas semanticamente relevantes feitas na língua como um todo, assim, chegaríamos à
resposta do porquê cada falante escolhe determinados itens dentre tantos disponíveis naquela língua para
fazer o seu enunciado.
A teoria chomskyana, com seus pressupostos, especialmente do inatismo e da competência lingüística,
foi outro aspecto que influenciou a mudança no ensino de LE e direcionou para uma nova abordagem. A
competência lingüística seria a capacidade que todo falante nativo tem de adquirir a gramática implícita de
sua língua materna pela exposição natural a ela.
Assim, a contribuição de Firth (1930,1937) para a Abordagem Comunicativa está na visão da língua
como interação; Halliday (1970,1975) colabora com a noção de função e Chomsky (1965) com a crítica à
teoria behaviorista para o ensino de línguas estrangeiras. Além da contribuição dessas teorias, dos trabalhos
americanos de sociolingüística como de Dell Hymes (1972), John Gumperz (1972) e William Labov (1970),
estudiosos como Chistopher Candlin (1976) e Henry Widdowson (1978), que defendiam o enfoque do
ensino de línguas na proficiência comunicativa, mais do que no domínio de estruturas, contaram também
com os trabalhos de filosofia de John Austin (1962) e John Searle (1969).
Em 1972, o lingüista britânico David Wilkins escreveu um documento preliminar que serviu de base para
se desenvolver currículos comunicativos para o ensino de línguas. Sua contribuição foi uma análise dos
significados comunicativos que um aprendiz de línguas precisa entender e expressar. Mais do que descrever
a essência da língua através de conceitos tradicionais de gramática e vocabulário, ele tentou demonstrar os
sistemas de significado que estavam por trás do uso comunicativo da língua (Richards & Rodgers, 1994).
Wilkins descreveu 2 tipos de significados: as categorias nocionais como tempo, seqüência, quantidade,
localização e freqüência e categorias de funções comunicativas como pedidos, negações, oferecimentos,...
Conforme Richards & Rodgers (1994), como teoria de linguagem a Abordagem Comunicativa tem uma
rica e um tanto eclética base teórica. Algumas das características são as seguintes:
- a língua é um sistema para expressão do significado;
- a principal função da linguagem é interação e comunicação;
- a estrutura da língua reflete seu uso funcional e comunicativo;
- as principais unidades de linguagem não são meramente suas características gramatical e estrutural,
mas categorias de significado funcional e comunicativo.
Em relação à teoria da aprendizagem podem ser relacionados os seguintes princípios:
- Princípio comunicativo: Atividades que envolvem real comunicação promovem aprendizagem.(...)
- Princípio de tarefas: atividades nas quais a língua é usada para realizar tarefas significativas
promovem aprendizagem. (...)
- Princípio do significado: a linguagem que é significativa para o aprendiz auxilia no processo de
aprendizagem. (Richards & Rodgers, 1994, p.72)
El modelo de Wilkins fue criticado porque sustituía un tipo de listas (elementos gramaticales, por
ejemplo) por otro (nociones y funciones). Según Widdowson, era necesario centrarse en el discurso para
adoptar un enfoque comunicativo que facilitase el desarrollo de habilidades que permitiesen hacer cosas con
la lengua. Vários autores têm desenvolvido teorias compatíveis com os princípios da Abordagem
Comunicativa como Savignon (1983), Johnson & Littlewood (1984), Widdowson (1979), Almeida Filho
(1993, 1997), Krashen (1981, 1982, 1983), entre outros que, se discordam em alguns pontos, concordam
que o principal objetivo do ensino de línguas estrangeiras é o uso da linguagem para a comunicação.

CARACTERÍSTICAS DA ABORDAGEM COMUNICATIVA


1. Maior preocupação com o significado do que com a forma
2. A contextualização é uma premissa básica (somente o contexto poderá dar sentido à
forma e à função)
3. Foco na comunicação e na fluência
4. Oportunidade de interação continuada na língua alvo
5. O aluno deverá USAR a língua em contextos reais, livres da mera repetição e/ou
memorização de estruturas
6. Prevalência de ambientes não ameaçadores para os aprendizes
7. Fazer pensar
8. O sistema lingüístico alvo será melhor aprendido, através do processo de esforçar-se
para comunicar-se
9. A sequência é determinada por qualquer consideração de conteúdo, função ou
significado que mantenha o interesse
10. A língua é criada pelo indivíduo através de um processo de acertos e erros
11. Espera-se dos estudantes que interajam com outras pessoas, seja através de pares ou
grupos, seja por meio de seus escritos
12. O PR deve promover um desenvolvimento do processo de ensino/aprendizagem que
eleve o estudante à condição de sujeito do seu próprio discurso
13. O foco está centrado no processo de ensino e aprendizagem e no aprendiz como um
indivíduo com suas próprias características, seus desejos e necessidades.

 Chomsky: Gramática Universal. Criatividade da língua a partir de uma quantidade limitada de elementos

 Halliday: Funções da língua (instrumental –como instrumento de comunicação-, reguladora – para agir
sobre os outros-, interativa – para interagir com os outros-, pessoal – para expressar sentimentos
pessoais-, heurística – para a busca de conhecimentos-, imaginativa – para criar o mundo da
imaginação-, representativa – como sistema de representação de tudo aquilo que é pensável para o
homem, através da língua o homem veicula o mundo exterior-)
 Halliday/Hasan: coesão e coerência: A coesão garante o desenvolvimento proposicional, é a forma pela
qual as frases, as partes da frase se combinam entre si; pode estar dada por itens anafóricos (que tem
referência na frase anterior como pronomes pessoais, possessivos, advérbios, conjunções, etc.) ou
elípticos. A coesão se constitui por uma série de critérios semântico-discursivos; ela se estabelece sempre
que se busca entender um elemento do discurso a partir de outro elemento. A coerência está diretamente
relacionada com a continuidade de sentidos que se faz presente em um texto, mas já inclui
conhecimentos compartilhados. A visão desses autores é de que a coerência seria o resultado da
atualização de significados, responsáveis pela configuração direta dos sentidos que emanam de um texto,
mas tais sentidos só se efetivariam com a interveniência de processos cognitivos que são operantes entre
os usuários e não são somente traços do texto.

 Widdowson: Estabelece a relação entre os sistemas lingüísticos e os valores comunicativos no discurso e


no texto. Forma e uso: Através da forma o usuário demonstra o conhecimento das regras lingüísticas e,
através do uso, a capacidade que ele tem para usar essas regras. Significado e força: Significado tem a
ver com o que a palavra denota, a significação é dada pelo conteúdo proposicional e a construção dessas
frases responde a regras gramaticais, tem a ver com a forma. A força conota, a é o que a palavra tem a
ver com o ato ilocucionário que se pretende, expressa intenção e desenvolve uma função, é relacionada
com o uso. “Nossa!”

 Canale/Swain: Competência Comunicativa - Comunicação Real. O conceito de competência


comunicativa de Canale e Swain diz respeito a conhecimentos e a habilidades: Conhecimento refere
àquilo que um indivíduo sabe (consciente e inconscientemente) sobre a língua e sobre outros aspectos do
uso comunicativo da língua; habilidade refere a quão bem ele pode realizar esse conhecimento em
comunicação real.

 Richards e Rodgers:
ˉ Princípio da Comunicação: promover oportunidades para que o aprendiz participe de interações
abertas,
ˉ Princípio da Tarefa: atividades centradas em tarefas de significação onde solucionam problemas,
ˉ Princípio do Significado: atividades que exijam a negociação de significados como proposta de
aprendizagem
 Savignon: Consideração do papel das variáveis linguísticas, sociais, cognitivas e individuais
 Krashen: aquisição como determinante na aprendizagem de línguas

 Johnson/Litlewood: Modelo de aprendizagem por destrezas. defienden que la adquisición de la


competencia comunicativa es un ejemplo del desarrollo de destrezas que incluye tanto aspectos
cognitivos como conductuales (junto com Kumaravadivelu, propõe integrar as 4 habilidades lingüísticas)
 Atividades: São ilimitadas sempre que permitam atingir os objetivos do currículo. Devem promover que
os alunos participem na comunicação, que negociem significados, que troquem informação, que posam
interagir. Litlewood: Propõe:
ˉ Atividades de comunicação funcional (comparar desenhos, estabelecer semelhanças/diferenças,
estabelecer sequências de uma história, procurar elementos que faltam em um mapa...)
ˉ Atividades de interação social (conversa, discussão, improvisação, debates, diálogos...)
 Papel do Aluno: Breen/Candlin: Aluno negociador entre aluno-processo de aprendizagem-propósito do
aprendiz.

Richard y Rodgers: un papel diferente a los alumnos: estos traen al aula sus ideas de cómo debe ser el
aprendizaje sin que haya una organización del aula impuesta, se relacionan más entre ellos que con el
profesor y el aprendizaje tiene un carácter cooperativo. En resumen, los teóricos recomiendan que se
aprenda a aceptar el fracaso o el éxito de la comunicación como una responsabilidad conjunta

 Papel do Professor: Breen/Candlin – Richard y Rodgers:


ˉ facilitador do processo de comunicação entre alunos, atividades e textos
ˉ participante independente no processo de aprendizagem, participa com os alunos, mas com uma
função diferente
ˉ analista de necessidades, deve determinar e dar respostas às necessidades linguísticas dos alunos
ˉ conselheiro, procura melhorar a relação entre as intenções do falante e do ouvinte (por exemplo
através de paráfrases)
ˉ gestor do grupo, organiza a aula como um espaço facilitador de atividades comunicativas.
 Materiais de ensino: São a forma de influenciar na interação na aula e no uso da língua, são usados para
promover o uso comunicativo da língua, para encorajar os alunos e fazer com que eles falem. Podem ser
centrados no texto (de ajudas visuais, desenhos, fragmentos de frases para iniciar um determinado texto,
etc.), centrados na tarefa (jogos, simulações, cadernos de exercícios, etc.) e/ou autênticos (textos de
revistas brasileiras, jornais, músicas, publicidade, cartazes de campanhas, cardápios, etc.)

O CONCEITO DE COMPETÊNCIA COMUNICATIVA

Para Dell Hymes, a realidade lingüística de qualquer falante-ouvinte envolve relacionamentos


sócio-culturais e estados emocionais e psicológicos diversos. Então, não se deveria considerar o
desempenho uma representação imperfeita da competência e nem se deveria ver a competência
como conhecimento exclusivamente gramatical. Excluir da análise lingüística elementos
pragmáticos e semânticos significa estudar apenas uma parte do fenômeno lingüístico.
Ele usa o termo ‘competência comunicativa’ para se referir não apenas ao conhecimento mas
também à habilidade de usar esse conhecimento. Não se limita ao conhecimento gramatical, que
permite ao falante-ouvinte produzir sentenças gramaticais, possíveis segundo as regras da língua.
Esse autor também diz que o falante-ouvinte pode ter o conhecimento gramatical para formar
frases possíveis, mas tal conhecimento está limitado por fatores psicolingüísticos, como a
memória e a concentração, que podem tornar a frase inexeqüível (que não se pode executar).
A adequação contextual é a parte sócio-cultural da competência comunicativa, a qual
estabelece regras para o uso das frases de acordo com o contexto em que o falante-ouvinte se
encontra. Mesmo que uma frase seja possível e exeqüível, ela tem que ser utilizada de acordo
com o contexto social e cultural no qual ela é produzida.
Assim, ser competente em uma língua significa saber mais do que apenas a gramática da
língua. Hymes (1971) lembra que há regras de uso sem as quais as regras da gramática seriam
inúteis.
Uma das pessoas que ouviram esse autor e se fez eco foi o lingüista Henry Widdowson, cujas
idéias sobre discurso vieram a contribuir para o refinamento do conceito de competência
comunicativa. Widdowson fez uma forte crítica aos professores de língua por terem, em sua
maioria, a mesma visão gramatical de língua que Chomsky.
Assim, Widdowson enfatizou a importância da análise do discurso e chamou a atenção para a
necessidade de se incorporar ao ensino de línguas o conceito de coesão textual, que envolve
aspectos lingüísticos explícitos no estabelecimento de relações num determinado trecho de
discurso, e o conceito de coerência textual, que diz respeito às relações estabelecidas através do
conteúdo da mensagem. Coesão é a conexão estrutural entre frases individuais, como, por
exemplo, as ligações interfrasais que se fazem com conjunções. Coerência é a relação entre
todas as frases de um texto, a qual o torna consistente e lógico.
Widdowson vê a língua como um veículo de comunicação, e por isso, acha que o professor de
línguas estrangeiras não deve se concentrar na frase como unidade lingüística a ser estudada.
Em outras palavras, os alunos devem também ser orientados a analisar o discurso para que
possam desenvolver sua competência comunicativa.
Canale e Swain são lingüistas que fazem importante acréscimo ao conceito de CC de Hymes:
O conceito de competência comunicativa de Canale e Swain diz respeito a conhecimentos e a
habilidades: Conhecimento aqui se refere àquilo que um indivíduo sabe (consciente e
inconscientemente) sobre a língua e sobre outros aspectos do uso comunicativo da língua;
habilidade se refere a quão bem ele pode realizar esse conhecimento em comunicação real.
O conceito de CC proposta por Canale e Swain era composto de competência gramatical,
competência sociolingüística e competência estratégica. Entretanto, os trabalhos de Widdowson
sobre o discurso levaram Canale a aperfeiçoar o conceito, que passou a incluir também a
componente da competência discursiva.

Competência gramatical é o conhecimento que um falante-ouvinte possui sobre as regras e as


características dessa língua (i.e. a sintaxe, a morfologia, a pronúncia, o vocabulário e a grafia)
somado às suas habilidades na utilização desse conhecimento para entender e expressar
corretamente o significado literal de enunciados.

A competência sociolingüística diz respeito às regras socioculturais do uso da língua. Em outras


palavras, é o conhecimento e a habilidade que o falante-ouvinte possui para expressar e entender
enunciados de um modo apropriado, de acordo com fatores sociais e culturais do contexto em que se
encontra, tais como os propósitos e as normas da interação e o tipo de relação que o falante-ouvinte
possui com o interlocutor. Ex: Registro formal e informal

A competência discursiva refere-se às regras do discurso. É o conhecimento que o falante-ouvinte


tem de combinar formas gramaticais e sentidos para comunicar diferentes tipos de textos, falados ou
escritos, de uma maneira unificada. Essa unidade textual é realizada de 2 formas: (a) através da
coesão, ao nível da forma lingüística; e (b) através da coerência, ao nível do sentido.
Ex. Gêneros e tipos textuais Competência discursiva: é o que permite ao falante produzir frases em
sequencias que fazem sentido, em termos de tópico e foco, informação dada e informação nova,
causa e efeito, organização temática, coesão e coerência, ordenação lógica, estilo e registro, eficácia
retórica e sequencia natural.

A competência estratégica de um falante-ouvinte é o conhecimento e a habilidade que ele possui


de utilizar estratégias verbais e não-verbais para compensar alguma falha em uma ou mais de uma
das outras competências (falha essa decorrente de uma competência não muito desenvolvida ou de
um problema psicológico ou físico), sendo assim chamadas estratégias de compensação.

 Acréscimos posteriores
Competência Sociocultural: É a capacidade de desenvolver a compreensão de uma cultura
estrangeira, sempre que o ensino dos conceitos culturais seja adequado e promova o conhecimento,
dentro e fora da sala de aula; em situações formais e informais de aprendizagem e adquisição: Não é
apenas conhecimento cultural, mas uma competência, uma destreza cultural. O conhecimento
linguístico implica trabalho sobre a língua como sistema, mas também envolver o aluno em
situações sociais nas que precisam o uso efetivo da língua. Por ex.: vida quotidiana: hábitos
alimentares; hábitos de leitura e de trabalho; horários...; relações interpessoais, por ex. as relações
que se estabelecem entre gerações: a juventude e os velhos; relações entre grupos sociais; entre
sexos nas diferentes esferas sociais e formas de tratamento; valores, crenças e atitudes em relação à
história e tradições, à mudança social, às minorias, aos estereótipos, à literatura e artes. A linguagem
verbal e não verbal: conhecimento de convenções sociais: pontualidade, hospitalidade; tabus de
conversação e de comportamento; modos de saudar e despedir; comportamentos em áreas como:
práticas religiosas, ritos; nascimento, casamento...

Competência Pragmática: Envolve o conhecimento do aprendente/usuário da língua em relação


aos princípios pelos quais as mensagens são: organizadas, estruturadas e produzidas para atender a
funções comunicativas (competência funcional) seqüenciadas segundo esquemas interacionais e
transacionais.
Competência funcional: é a capacidade do falante de atender a microfunções (enunciados
curtos: dar e pedir nformação, exprimir desejos, necessidades, persuadir, etc.), macrofunções
(sequencias longas de frases: descrições, narrações, explicações, argumentações); e esquemas
interacionais, tanto no discurso oral quanto no escrito.
Ex. Elementos básicos da situação comunicativa: emissor, receptor, mensagem, código, caanal de
comunicação, ambiente. Envolve a situação comunicativa, a itencionalidade, o esforço de
compreender a mensagem, a relação com outros textos.

Competência Referencial: Refere ao conhecimento do mundo, como exemplo dizemos


particularmente nas áreas disciplinares de História e Geografia, por ex. fauna; flora; rios, mares,
poluição; áreas protegidas/reservas naturais; higiene ambiental... Através desta competência o aluno
acede a referências fundamentais da vida, história e cultura, por ex: identificação e caracterização
pessoais; vida privada; casa; ambiente; escola; alimentação; compras e serviços; tempos livres;
viagens e transportes; higiene e saúde; trabalho e profissões; percepções; relações sociais...
A Teoria de Krashen
Stephen KRASHEN (1981, 1982, 1985, 1987) (da University of Southern California) é um dos
pioneiros do movimento comunicativo e formulou uma teoria de aquisição de segunda língua ou
língua estrangeira, a qual é composta de cinco (5) hipóteses: a distinção entre aquisição e
aprendizagem de uma língua; a ordem natural; o monitor; o insumo e o filtro afetivo.

Papel do professor
Segundo essa teoria, o professor possui três papéis centrais. Primeiro, o professor é a principal
fonte de input da língua alvo, assim ele deve produzir um fluxo constante de linguagem e ao
mesmo tempo fornecer pistas para auxiliar os alunos na interpretação do input. Segundo, o
professor deve criar uma atmosfera favorável, que seja interessante e amigável para que se
obtenha um baixo filtro afetivo. O assunto da aula deve ser de interesse dos alunos e não se deve
corrigir os seus erros. Finalmente, o professor deve escolher e dirigir uma grande variedade de
atividades de sala de aula, envolvendo variados grupos, conteúdo e contextos.

Os materiais: devem estar baseados não apenas na percepção do professor, mas também nos
interesses e necessidades dos alunos.

Papel do aluno
O papel do aluno muda de acordo com o estágio de desenvolvimento lingüístico. É ele quem
decide quando falar, o que falar e que expressões usar. O aluno é desafiado pelo input que está
ligeiramente além de seu nível de competência lingüística a desvendar o significado desse input,
através do contexto e conhecimento extralingüístico.
Inicialmente, eles não precisam responder na língua alvo. Eles podem participar usando
comandos através de gestos, identificar colegas através da descrição do professor, apontar para
figuras, etc. Em seguida, eles podem usar palavras simples, fazer e responder a questões simples,
como what’s your name?, etc. e usar modelos de conversação. Finalmente, eles participam de role-
plays, jogos, dão opiniões e informações pessoais e resolvem problemas em grupo.

Incidência
A Abordagem Natural está estritamente ligada ao Ensino de Línguas Comunicativo, especialmente
porque:
a. os tópicos estudados devem ser relevantes, significativos para o aluno e, portanto, devem
estar relacionados a sua vida diária;
b. o ensino de línguas estrangeiras está baseado em funções comunicativas, priorizando a
comunicação interativa entre os sujeitos de sala de aula.
Finalmente, a Abordagem Comunicativa e a Abordagem Natural respeitam a evolução natural e
individual do aprendizado da língua estrangeira pelo aluno.
A Pragmática
La Pragmática, como disciplina que se ocupa de las condiciones que determinan el uso y la
interpretación de enunciados, ha adquirido ya carta de naturaleza, y reclama para sí el análisis y la
explicación de los aspectos relacionados con la puesta en práctica de la competencia comunicativa.
De este modo se consigue no sólo simplificar la descripción gramatical y limitarla al ámbito que le
corresponde, sino sobre todo poder tratar los aspectos discursivos y comunicativos con el conjunto
de instrumentos metodológicos adecuados para su descripción. Los profesionales de la enseñanza
de una lengua extranjera deben ser conscientes de las diferencias entre los aspectos gramaticales y
los aspectos pragmáticos para dar a cada uno el tratamiento didáctico más adecuado.
La Pragmática se ocupa de estudiar los factores que determinan el uso de la lengua en la
comunicación. Pero, ¿qué es comunicar? En contra de lo que suele pensarse a veces, comunicar no
consiste meramente en intercambiar información por medio de un código. … En estos dos casos,
una misma frase puede vehicular contenidos muy diferentes, con intenciones comunicativas
también muy diferentes. La razón de que esto sea así es que la información codificada
lingüísticamente no agota, ni mucho menos, el conjunto de contenidos que el hablante quiere
comunicar: los enunciados lingüísticos no transmiten la totalidad de estos contenidos, sino que son
simplemente indicios de la intención comunicativa del hablante.
Desde el punto de vista de la comprensión, resulta claro que la interpretación de un enunciado
no es simplemente una cuestión de descodificación: no basta con conocer a la perfección las reglas
gramaticales de una lengua, ni con conocer las acepciones de las palabras que forman un
enunciado para poder decir que se ha interpretado adecuadamente.
En el ejemplo anterior, las relaciones gramaticales son las mismas y las palabras utilizadas se
emplean con el mismo significado. Y, sin embargo, la interpretación que obtenemos es bien
diferente. La razón es que, además de descifrar correctamente el contenido codificado, es
necesario integrar la información proporcionada por medios lingüísticos con otra información
contextual (y, por tanto, extralingüística) para obtener una interpretación en la que todos los
elementos que configuran el acto comunicativo sean tenidos en cuenta. El proceso por el que se
lleva a cabo esta integración de informaciones procedentes de fuentes diversas puede
caracterizarse como un proceso inferencial, en el que a partir de la combinación de unas premisas,
se obtiene una conclusión. Sólo cuando integramos el enunciado con un dato contextual como la
identidad del emisor (¿hombre de negocios o adolescente?) estamos en condiciones de elaborar
inferencialmente una interpretación del enunciado.
La comunicación no es simplemente un proceso de codificación y descodificación del que se
puede dar cuenta por medio de reglas como las que describe la Gramática; en la comunicación
verbal, este proceso se da, pero no es el único: en paralelo se da también un proceso de
producción y de interpretación de indicios, cuyas propiedades debe caracterizar la Pragmática. El
proceso básico y fundamental es este segundo, que engloba al primero.
Comunicarse es, pues, participar en una forma de comportamiento determinado por pautas
relativamente estables y sistemáticas; pero estas pautas no son sólo de naturaleza gramatical, sino
también de naturaleza pragmática.
Corresponde a la Pragmática descubrir y explicar las pautas y los principios de naturaleza no
gramatical que determinan la actividad lingüística; o, dicho de otro modo, le corresponde estudiar
los principios que determinan la interacción entre el conocimiento lingüístico y el resto de los
factores que operan en el uso del lenguaje.
Las regularidades no lingüísticas dependen, a su vez, de dos tipos de condicionantes: cognitivos
y culturales. Los condicionantes cognitivos dependen de la manera en que están diseñadas nuestra
arquitectura cerebral y mental; incluyen, por tanto, las posibilidades y limitaciones del
procesamiento humano, los mecanismos que nos permiten adquirir y recuperar, almacenar y
combinar información, y los principios que regulan el funcionamiento de estas capacidades. El
objetivo de la Pragmática de orientación cognitiva es, pues, caracterizar las leyes universales que
gobiernan el uso de la lengua. La metodología clásica de este enfoque consiste precisamente en
buscar los principios universales que operan sobre el funcionamiento de los subsistemas
cognitivos.
Los condicionantes culturales vienen determinados por convenciones sociales sobre el uso de la
lengua. Los objetivos de la Pragmática de orientación social se centran en caracterizar las normas
que subyacen al uso espontáneo de la lengua dentro de un grupo social determinado. Cada cultura
tiene sus propios sistemas de normas que determinan lo que resulta adecuado social y
comunicativamente. Los profesores que enseñan una lengua extranjera saben bien que un
hablante sólo es competente comunicativamente cuando ha interiorizado tales pautas y es capaz
de aplicarlas de manera adecuada: quienes aprenden una lengua extranjera tienen que adquirir el
nuevo sistema; y, mientras lo hacen, el sistema de pautas que rige en la L1 produce interferencias
en la actuación en L2/LE. Las diferencias pueden afectar a toda una amplia gama de aspectos,
desde la identificación de la intención comunicativa a la percepción de la cortesía, pasando por las
expectativas sobre acciones habituales o el comportamiento no verbal.
La Pragmática ofrece al profesor de L2/LE un marco teórico de referencia en el que situar,
analizar y comprender la actuación lingüística tanto de los hablantes nativos de la lengua meta
como de los aprendices a los que está enseñando.
El papel de la inferencia: Es habitual pensar que sólo los enfoques sociales tienen algo que
aportar a los profesores de L2/LE. Después de todo, si las capacidades cognitivas que sirven de
base a la comunicación humana son las mismas en todos los miembros de la especie, lo esperable
sería que ninguna de sus nociones sirviera para explicar diferencias entre lenguas. Y, sin embargo,
esto no es así. Los estudios de orientación cognitiva, que tienen por objetivo caracterizar los
procesos inferenciales, ofrecen una clave muy importante: la que permite explicar los efectos
(típicamente negativos) de una interacción que no se ajusta a las pautas esperables dentro de una
comunidad. El ppio de economía: Los enfoques cognitivos han puesto de manifiesto que el
principio que regula la interpretación de cualquier conducta verbal es un principio de economía: el
procesamiento de cualquier estímulo comunicativo se hace siguiendo la ruta del mínimo esfuerzo.
Una consecuencia inmediata de este principio es que, a la hora de interpretar, se utilizan primero
los supuestos que resultan más accesibles. Uno de los parámetros que determina el grado de
accesibilidad de un supuesto es la frecuencia de uso: cuantas más veces se usa un supuesto en una
determinada situación, más accesible resulta cuando se produce dicha situación. El papel del
léxico: Desde la perspectiva cognitiva es posible también arrojar nueva luz sobre el papel de la
codificación lingüística. Como hemos dicho antes, la información codificada no tiene como función
transmitir fiel y literalmente todo lo que se quiere comunicar, sino proporcionar pistas o
indicaciones para que el destinatario infiera lo que se quiere comunicar.
Pues bien, el significado léxico representa también un papel esencial en la activación y en la
accesibilidad de los supuestos que se manejan en la interacción comunicativa. El significado léxico
no sólo activa un concepto, sino que hace accesible toda la información enciclopédica y de
conocimiento del mundo a él asociada.

CONCLUSIÓN: La perspectiva pragmática permite entender y explicar muchos fenómenos


relacionados con el uso lingüístico de los que no se puede dar cuenta desde una perspectiva
gramatical. Es necesario, por tanto, tomar en consideración los aspectos relacionados con el uso.
Para dominar una lengua extranjera, hace falta algo más que conocer sus reglas gramaticales, ya
que en la comunicación intervienen el lenguaje y factores extralingüísticos. La Pragmática aporta la
base teórica necesaria para ordenar y sistematizar la reflexión sobre muchos aspectos de la lengua
que se enseña. El profesor debe disponer de conocimientos profundos sobre las pautas que rigen
su lengua, y de conocimientos básicos sobre otros sistemas culturales para poder anticiparse a las
posibles dificultades, diseñar y elegir actividades que faciliten la adquisición del nuevo sistema,
reconocer los problemas y encontrar soluciones adecuadas.

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