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JUVENTUDE PÓS GUERRA

Você está há tanto tempo


lutando contra o inimigo, em
países estranhos, que nem se
lembra do gosto da comida de
casa. Seu dia a dia é composto
de corpos mutilados e mortos,
sangue e poeira. Tudo com o
que você sonha é voltar para o
conforto e a segurança do seu
lar.
A luta termina e, no fim, você faz
parte do grupo vitorioso: é recebido
em seu país como herói. O que
acontece nove meses depois? Você
é pai. Foi isso o que se passou com
milhares de casais americanos com
o fim da Segunda Guerra Mundial,
em 1945. Um ano depois começava
uma explosão demográfica que só
enfraqueceria com a chegada dos
anos 60.
Era o chamado baby boomer. Na década de 40, nasceram nos
Estados Unidos 32 milhões de bebês, 33% a mais que na
década anterior. Em 1954, foram mais de 4 milhões de partos
americanos, quase 11 mil por dia. E agora os mais velhos dessa
turma já passaram dos 70.
A geração baby boomer, como ficou
conhecida, mudou os costumes do
mundo.
Formada pelos filhos que mais se
diferenciavam dos próprios pais até
então, a baby boomer virou adulta no
mais duradouro período de prosperidade
do país, distante dos traumas sofridos
pela geração anterior, que cresceu
durante a Grande Depressão.
Pelos 15 anos seguintes ao confronto mundial, a onda de
otimismo dominou não só os Estados Unidos mas também
muitos dos países aliados, como Canadá e Reino Unido. No
Brasil, a euforia se deu nos anos de Juscelino Kubitschek, entre
1956 e 1960. A economia andava a toda e o desemprego era
baixo.
Em 1965, quatro de cada dez cidadãos americanos tinham
menos de 20 anos. Um ano antes, havia estourado a Guerra
do Vietnã. Em 1969, o Festival de Woodstock entorpeceu o
mundo com sua mensagem roqueira de paz e amor. Na
primavera anterior, universitários de Paris mobilizaram a
França contra o regime de Charles de Gaulle (os baby
boomers europeus são conhecidos como “a geração de 68”)
e o feminismo ganhou força e mais voz.
Ou seja, as grandes manifestações da década, talvez do
século, foram protagonizadas por jovens que nasceram no
pós-guerra. Hippies e feministas são filhos do baby boom.
Mas a geração que revolucionou os costumes não era lá
tão liberal. Nos EUA, na primeira vez em que votaram,
elegeram duas vezes o republicano Richard Nixon. E o
democrata Bill Clinton, o primeiro presidente baby boomer,
não era bem-visto por seus contemporâneos.
Eles são marcados pela Guerra
do Vietnã, mas se há algo que
une culturalmente os Boomers
de forma inigualável é a
televisão. Os Baby Boomers
foram a primeira geração que
cresceu em frente à TV.
Outro elemento cultural que distinguiu os Boomers foi o rock
and roll. Elvis Presley, Little Richard, Buddy Holly e,
posteriormente, Bob Dylan, Beatles, Rolling Stones e The Who
tomaram conta das ondas sonoras e deram aos Boomers a
identidade de uma geração. Eles foram os primeiros a aceitar o
Rock como estilo de vida e como filosofia. O Rock entrou na
vida das pessoas e moldou algumas personalidades. Valores
que esse estilo musical pregava foram absorvidos pelos fãs.
A grande maioria dos Baby Boomers fez parte de uma criação
familiar mais conservadora, rígida e autoritária. Isso,
consequentemente, se refletia (e se reflete até hoje) em seu
ambiente de trabalho.

Algumas características dessa geração podem ser confundir


liderança com ter o controle de tudo e, além de bastante
competitivos, tendem a estar focados no lucro. Muitos não são
mais funcionários, mas, sim, chefes e gestores de empresas.

Os boomers são a perfeita personificação da diferença entre uma


pessoa que aprendeu a lidar com os avanços tecnológicos e a
pessoa que já nasceu com os avanços acontecendo
A geração baby boomer, como ficou conhecida, mudou os costumes do mundo.

Formada pelos filhos que mais se diferenciavam dos próprios pais até então, a baby boomer
virou adulta no mais duradouro período de prosperidade do país, distante dos traumas
sofridos pela geração anterior, que cresceu durante a Grande Depressão.

Pelos 15 anos seguintes ao confronto mundial, a onda de otimismo dominou não só os


Estados Unidos mas também muitos dos países aliados.

No Brasil, a euforia se deu nos anos de Juscelino Kubitschek, entre 1956 e 1960.

Em 1969, o Festival de Woodstock entorpeceu o mundo com sua mensagem roqueira de paz
e amor.

Universitários de Paris mobilizaram a França contra o regime de Charles de Gaulle

Os baby boomers europeus são conhecidos como “a geração de 68, e o feminismo ganhou
força e mais voz.

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