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Na música

Baseando-se na insinuação, o
impressionismo, usou de uma
linguagem completamente
diferente daquela a que os
românticos estavam acostumados.
Impressionismo
• Na música, apresenta uma
ampla gama de possibilidades
sonoras que se podem
considerar inovadoras à época.
• Exemplos desses meios podem
ser encontrados na música para
piano de Claude Debussy
(1862-1918) que, juntamente
com Maurice Ravel (1875-
1937), constituem dos
compositores mais profícuos no
que concerne a literatura
pianística de início do séc. XX.

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 Impressionismo na música

• O estilo impressionista aplicado à música

objetivava evocar sentimentos, estados de
espírito e impressões através da harmonia e
cores tonais.
• Baseando-se na insinuação os autores deste
movimento artístico utilizam uma linguagem
completamente diferente daquela a que os
românticos estavam acostumados.

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 Debussy – música para piano

• A música para piano constitui um acervo importante no conjunto

da obra de Claude Debussy.
• No conjunto da sua obra para piano destacamos as coleções
– Suite Bergamasque (1890)
– Estampas (1903)
– Imagens (1905-1907)
– Canto das crianças (1906-1908)
– 24 Préludes I e II (1910)
– Estudos (12) I e II (1915)

• Da Suite Bergamasque aos Estudos a evolução é marcante: os

títulos poéticos desaparecem.

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 Debussy – música para piano

• Os títulos técnicos dos estudos (notas repetidas,

sonoridades opostas, escalas cromáticas, etc.) apenas
revelam a consciência técnica inovadora que se ocultava
atrás de títulos poéticos como
– Jardins sob a chuva,
– Sinos por entre as folhagens,
– A catedral submersa,
– Estampas, Imagens, Préludes, etc.).

• No último período, não só a música para piano se torna

mais abstrata como também mais austera na pesquisa de
novos timbres.
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Debussy – música
para piano
• Em Seis Epígrafes
Antigas e Em Branco e
Negro, ambos de
1915, Debussy retorna
às fontes clássicas
francesas, Couperin e
Rameau.

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• Em França, Claude Debussy (1862-1918) abre uma nova via na produção
musical contemporânea com
– o abandono da tonalidade tradicional,
– o desenvolvimento rítmico,
– a criação de novas formas,
– o uso do modalismo e da melodia de acordes,
– e o reconhecimento da cor como elemento fundamental na definição e
criação de uma obra musical.

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• Debussy utiliza ainda diferentes acordes alterados como
forma de abalar os suportes da tonalidade tradicional
enunciando e empregando novas formas de elaborar o
discurso, criar uma forma, uma arquitetura musical.

• O timbre, a cor, encontra-se condicionado por estas

harmonias que, paralelas, originam blocos sonoros cujo
interesse se baseia precisamente no colorido de que se
impregnam, e não na harmonia que sustentam.

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 9

Claude Debussy

• Prélude à l’après midi d’un faune

(1892)
• Le martyre de Saint-Sébastien
(1911)
• Feux d'artifice (Préludes II, 1910-
1913)
• Pelléas et Mélisande (1902) sobre
texto de Maeterlinck (1862-1949)
• são algumas das suas obras mais
representativas.
Claude Debussy
(1862-1918)
• A maior parte de sua obra tardia
constitui-se de música de câmara,
incluindo três sonatas para
violoncelo, para violino e para
flauta, viola e harpa.
• A eclosão da Primeira Guerra
Mundial, em 1914, roubou-lhe todo
o interesse pela música.
• Após um ano de silêncio, percebeu
que tinha de contribuir para a luta
da única maneira que podia,
"criando com o melhor de minha
capacidade um pouco daquela
beleza que o inimigo está atacando
com tanta fúria."

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Claude Debussy
(1862-1918)
• Uma de suas últimas cartas fala de
uma
• "vida de espera - a minha existência,
sala de espera, eu poderia chamá-la
- porque sou um pobre viajante
esperando por um trem que não
virá."

• O seu último trabalho, a Sonata para

Violino e Piano L 140, foi executado
em maio de 1917, com ele próprio ao
piano.
• Debussy morreu em 25 de março de
1918, durante o bombardeio de Paris,
durante a última ofensiva alemã da
Primeira Guerra Mundial.

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 Claude Debussy (1862-1918)

• A música orquestral de Debussy é a que corresponde melhor à sua

imagem de impressionista.
• Em 1894, o "Prelúdio à tarde de um fauno", baseado no poema de
Mallarmé, causou estranheza pela 'ausência de melodia’:
– Debussy lançou a sugestão de um tema melódico, sem desenvolvimento.
• Os Noturnos (1893-1899), O mar e Imagens para orquestra (1909)
pareciam confirmar a imagem do músico vago, cujas melodias não
tinham contornos definidos e cuja construção harmônica parecia
desarticulada:
– o tom poético dos títulos confirmaria a imagem de uma música 'literária’.
• Mas a poesia estava na música, na liberdade melódica, na pesquisa dos
timbres, numa nova construção harmónica, rítmica, melódica e temporal.
• O efeito disso era uma nova e estranha sonoridade.

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 Trois Nocturnes (1893-1899)

“...une recherche dans les divers arrangements que

peut donner une seule couleur, comme par
exemple ce que serait en peinture une étude dans
les gris...”.
(em carta de Claude Debussy a Eugène Ysaÿe)

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 Claude Debussy (1862-1918)
“... agonie grise, doucement teintée de blanc ...”
“... éclats de lumière brusque...”
“... poussière lumineuse ...”

“... vagues argentées de lune ...”

...Imprecisos a pincelada, o acorde, o verso tornam-se

os gestos do instante, desvelando uma outra face na
pulverização de cores, timbres, fonemas, da vida
enfim...

Decompõe o som, procurando o som puro.

Tenta captar a pureza de cada timbre.

Claude Debussy retrato

Por Fabrizio Cassetta 14
Claude Debussy (1862-1918)

...Imprecisos a pincelada, o
acorde, o verso tornam-se os
gestos do instante, desvelando
uma outra face na pulverização
de cores, timbres, fonemas, da
vida enfim...

Decompõe o som, procurando o

som puro.
Tenta captar a pureza de cada
timbre.
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Abandona a tonalidade tradicional.
Desenvolve o ritmo, novas formas.
Usa do modalismo, da melodia de
acordes.
Reconhece a cor como elemento
fundamental do discurso musical.

Berlioz
“harmoniza com os timbres”
Wagner
“orquestra com as harmonias”,
Debussy
procura “a beleza do som puro”.

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 Audição:
• Maurice Ravel
– Jeux d’eau
– Suite para orquestra Ma Mère l’Oye

• Claude Debussy
– Noturnos
– Images
– Suite bergamasque
– La mer

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