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Claude Debussy
Informação geral
Nascimento 22 de Agosto de 1862
Origem Saint-Germain-en-Laye
País França
Ocupação Músico, compositor
Por causa de sua importância foi dado o nome de Debussy a uma cratera do planeta Mercúrio, com
mais de 80 km de diâmetro. A cratera foi formada possivelmente pela colisão de um meteoro e é
caracterizada por sulcos que, a partir dela, se estendem por vários quilômetros, o que seria uma
metáfora da influência do músico.[2]
Índice
[esconder]
1 Origem
2 Vida
3 Obras
o 3.1 Características de sua
composição
3.1.1 Impressioni
smo
o 3.2 Gêneros
3.2.1 Música
orquestral
3.2.2 Música de
câmara
3.2.3 Música
para piano
3.2.4 Música
vocal
3.2.5 Ópera e
balé
4 Ligações externas
5 Referências
[editar]Origem
A vocação musical do jovem foi descoberta por M.me Fauté de Fleurville, que o preparou para o
Conservatório, onde foi admitido em 1873. Em 1884 recebe o grande prêmio de Roma de
composição. Viaja para Moscou, com M.me von Meck, protetora de Tchaikovsky, interessando-se
pela obra do então desconhecido Mussorgsky, que o influenciará.
Após uma estada na villa Médici, em Roma, retorna a Paris, em 1887, entrando em contato com a
vanguarda artística e literária. Frequenta os mardis de Mallarmé. No mesmo ano conhece Brahms,
em Viena. Em 1888 ouve, em Bayreuth, Tristão e Isolda, de Wagner, que lhe causa profunda
impressão. Em Paris, na exposição de 1889, ouve música do Oriente.
[editar]Vida
[editar]Obras
À exceção de algumas peças mais conhecidas, Debussy deixou obra pouco acessível, pelo caráter
inovador. Para o grande público seu nome está ligado aos sketches sinfônicos de La Mer (1905), ao
terceiro movimento da Suite bergamasque (1809-1905), Luar, aos noturnos para orquestra e
algumas peças dos Prelúdios para piano. É o Debussy impressionista, autor de uma música vaga
'que se ouve com a cabeça reclinada nas mãos', segundo Cocteau.
Claude Debussy ao piano no verão de 1893, na casa de campo de Luzancy(do seu amigo Ernest Chausson).
[editar]Impressionismo
O impressionismo de Debussy residiria no caráter fluido e vago, de seus sutis joguinhos harmônicos,
em que a melodia parecia dissolver-se. Mas essa fluidez era a aparência, como depois se viu. A
melodia não se dissolveu propriamente, mas libertou-se dos cânones tradicionais, das repetições e
das cadências rítmicas. Debussy não seguiu também as regras da harmonia clássica: deu uma
importância excepcional aos acordes isolados, aos timbres, às pausas, ao contraste entre os
registros. Trouxe uma nova concepção de construção musical, que se acentuou na sua última fase.
Por isso foi incompreendido. O que não lhe desagradaria, pois ele mesmo propôs, certa vez, a
criação de uma 'sociedade de esoterismo musical'.
[editar]Gêneros
A obra de Debussy é bastante diversificada, do ponto de vista dos gêneros e das formas que
utilizou. Não se pode dizer que tenha sido compositor essencialmente vocal ou instrumental,
sinfônico ou de câmara, pois todas as suas obras, em que pese a diversidade de meios que utilizou,
parecem transmitir a mesma mensagem. A abertura de um universo sonoro inteiramente novo, em
que a sugestão ocupou o lugar da construção temática e definida. De modo geral, sua obra pode ser
dividida em música para orquestra, música de câmara e para instrumentos solos, música para piano,
canções e música coral, obras cênicas e música incidental.
[editar]Música orquestral
[editar]Música de câmara
A música de câmara e para instrumentos solistas é uma seção reduzida na obra de Debussy. Em
1893 compõe o Quarteto para cordas em sol menor, obra singular cuja construção difere
essencialmente do quarteto clássico beethoveniano. Também as três sonatas do seu período final
foram construídas segundo princípios inteiramente diversos da sonata clássica vienense, mas por
outros motivos. Foram compostas no período da guerra, e Debussy, nacionalista intransigente,
rejeitou os princípios da sonata clássica vienense para recuperar a forma cíclica da sonata francesa.
As três sonatas (1915-1917), parte de um ciclo que ficou incompleto, para instrumentos diversos,
das quais a mais importante é a Sonata para piano e violino, são obras avançadas, com asperezas
inéditas em sua música anterior. Entre as composições para instrumento solo destaca-se, em estilo
semelhante, Syrinx, para flauta desacompanhada.
[editar]Música para piano
A música pianística é uma seção importante na obra de Debussy. São conhecidas sobretudo as
coleções Suite Bergamascque, Estampas (1903), Imagens (1905-1907), Canto das crianças (1906-
1908) e os Estudos (12) I e II (1915). Da Suite Bergamascque aos Estudos a evolução é marcante:
os títulos poéticos desaparecem. Os títulos técnicos dos estudos (notas repetidas, sonoridades
opostas, escalas cromáticas, etc.) apenas revelam a consciência técnica inovadora que se ocultava
atrás de títulos poéticos como Jardins sob a chuva, Sinos por entre as folhagens, A catedral
submersa, YA., em outros conjuntos (Estampas, Imagens, etc.).
No último período, não só a música pianística se torna mais abstrata como também mais áspera na
pesquisa de novos timbres. Finalmente, em Seis Epígrafes Antigas e Em Branco e Negro, ambos de
1915, Debussy retorna às fontes clássicas francesas, Couperin e Rameau.
[editar]Música vocal
Debussy começou a sua carreira compondo música vocal, persistindo no gênero até os últimos anos
de criatividade. O acervo é grande, incluindo a musicalização de muitos poetas. Entre as coleções
mais célebres estão os Cinco poemas de Baudelaire (1887-1889), Arietas esquecidas (1888), de
Verlaine, as Canções de Bilitis (1897), de Pierre Louys, e as Três baladas de François Villon (1913).
A técnica melódica de Debussy fundamenta-se na melodia dos próprios versos, mas, nas baladas
de Villon, nota-se a evolução para um severo despojamento.
[editar]Ópera e balé
Em 1902, a estréia da ópera Pelléas e Mélisande, sobre texto de Maeterlinck, causou estranheza:
era quase uma antiópera, que se pretendia anti-Wagner na sua extrema contenção de texto
declamado. Nela Debussy voltou-se contra toda a tradição dramática, de Berlioz a Wagner. Anos
depois, em 1911, O martírio de São Sebastião é uma obra cênica ainda mais insólita. Da mesma
época é a música para balé Jogos (1912), obra de surpreendentes inovações e de grande
complexidade harmônica.