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Trabalhadores e Dignidade
da Pessoa Humana
homenagem ao Ministro Marco Aurélio Mendes de Farias Mello
15-04540 CDU-342:331(81)
Nasceu na cidade do Rio de Janeiro, RJ, Brasil, em 12 de julho de 1946, filho do Dr. Plínio Affonso de
Farias Mello e de D. Eunice Mendes de Farias Mello, sendo neto de nacionais portugueses.
Bacharelou-se em Ciências Jurídicas e Sociais pela Faculdade de Direito da Universidade Federal do
Rio de Janeiro, em 1973. Fez o Mestrado em Direito Privado na mesma Faculdade, obtendo o certificado de
capacitação em 1982. Participou de diversos cursos de extensão e aperfeiçoamento em diversas áreas da
seara jurídica.
Advogou no foro do Estado do Rio de Janeiro, chefiou o Departamento de Assistência Jurídica e Ju-
diciária do Conselho Federal dos Representantes Comerciais e o Departamento de Assistência Jurídica e
Judiciária do Conselho Regional dos Representantes Comerciais no Estado do Rio de Janeiro, sendo também
advogado da Federação dos Agentes Autônomos do Comércio do Antigo Estado da Guanabara.
Integrou o Ministério Público junto à Justiça do Trabalho da Primeira Região, no período de 1975 a 1978.
Ingressando na Magistratura, foi nomeado para integrar, como Juiz Togado do Tribunal Regional do
Trabalho da Primeira Região, cargo que exerceu no período de 1978 a 1981.
Foi Ministro Togado do Tribunal Superior do Trabalho, no período de setembro de 1981 a junho de
1990, havendo sido Corregedor-Geral da Justiça do Trabalho.
Nomeado Ministro do Supremo Tribunal Federal, tomou posse em 13 de junho de 1990.
Escolhido pelo Supremo Tribunal Federal, participou do Tribunal Superior Eleitoral como Ministro
Substituto nos períodos de 13 de agosto de 1991 a 31 de maio de 1993 e de 7 de agosto de 2003 a 28 de feve-
reiro de 2005, e Efetivo, de 1º de junho de 1993 a 5 de dezembro de 1994. Como Vice-Presidente eleito, em
sessão de 29 de novembro de 1994, atuou entre 6 de dezembro de 1994 a 31 de maio de 1995 e 1º de junho
de 1995 a 19 de maio de 1996. Exerceu o cargo de Presidente de 13 de junho de 1996 até 1º de junho de 1997,
havendo dirigido as primeiras eleições informatizadas. Novamente, em 8 de agosto de 2003, tomou posse
como membro substituto da mais alta Corte eleitoral, passando a efetivo em 1 de março de 2005. Mais uma
vez, ascendeu à Presidência do Tribunal Superior Eleitoral, atuando entre 4 de maio de 2006 e 6 de maio de
2008. Em 12 de maio de 2009, retornou ao Tribunal como Ministro substituto, tomando posse como efetivo
em 13 de maio de 2010, sendo reconduzindo para outro biênio em 14 de maio de 2012. Desde 18 de abril de
2012, ocupa a Vice-Presidência do Tribunal.
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Prefácio.........................................................................................................................................................................13
Apresentação...............................................................................................................................................................17
III. FGTS: Direito Constitucional do Trabalhador como Ferramenta de Proteção em Face da Despedida
Arbitrária e Concretização do Princípio da Dignidade da Pessoa Humana.................................................32
Fernanda Augusta Hernandes Carrenho; Carlos de Moura Mello
V. A Figura do Piso Salarial Previsto no art. 7º, V, da Constituição Federal e a Lei Complementar
n. 103/00...................................................................................................................................................................51
Daniel Henrique Ferreira Tolentino
VII. O Direito Fundamental ao Salário Mínimo para os que Percebem Remuneração Variável.....................65
Roseméri Simon Bernardi; Carolina Ellwanger
VIII. O Décimo Terceiro Salário com Base na Remuneração Integral ou no Valor da Aposentadoria...........69
Felipe Gonçalves Fernandes; Priscila Lima Aguiar Fernandes
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XX. Proteção do Mercado de Trabalho da Mulher, Mediante Incentivos Específicos nos Termos da Lei....148
Elizabet Leal da Silva; Gilberto Stürmer
XXII. Redução dos Riscos Inerentes ao Trabalho, por meio de Normas de Saúde, Higiene e Segurança....165
Mirna Natalia Amaral da Guia Martins
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XXVII. O Papel do Trabalho e o Princípio do “Pleno Emprego” em face da Automação da Mão de Obra......200
Ricardo Pinha Alonso; Rafael Salviano Silveira
XXIX. Prazo Prescricional para Cobrança de Créditos Resultantes das Relações de Trabalho.....................217
Letícia Lima Nogueira Coelho; Nilton Carlos de Almeida Coutinho; Rosival Jaques Molina
Considerações Finais................................................................................................................................................255
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No sistema solar do Direito e da Justiça, o Direito do Trabalho e a Justiça Social aparecem como planeta
e satélite dos mais atrativos, por tratarem de uma das dimensões que melhor caracterizam a pessoa huma-
na, uma vez que o trabalho, junto com a família, tem ocupado sempre o lugar central em torno do qual as
pessoas organizam suas vidas.
Com efeito, não é justamente pela profissão e pelos laços familiares que as pessoas mais comumente
se apresentam e se identificam? Marco Aurélio, magistrado, filho do Plínio e da Eunice, marido da Sandra,
pai da Letícia, da Renata, da Cristiana e do Eduardo, avô do João Pedro.
Não é por menos que os dois primeiros mandamentos que Deus deu ao ser humano, ao criá-lo, estão
precisamente ligados a essas duas dimensões: “Crescei e multiplicai-vos, enchei a terra e a dominai” (Gênesis
1, 28). Interessante notar como ambas as dimensões constituem verdadeira participação no poder criador
divino, trazendo novos seres ao mundo e transformando a Natureza, ao extrair dela todas as suas poten-
cialidades, através do trabalho humano.
Se a família é o principal, o trabalho acaba sendo o âmbito que mais tempo absorve, gerando, além da
produção de bens e serviços a serem distribuídos com justiça, relações humanas a serem harmonizadas. Daí
a beleza singular do Direito e da Justiça do Trabalho, aos quais o homenageado da presente obra dedicou
seus melhores esforços desde os primórdios de sua belíssima carreira profissional.
Antes de chegar ao Supremo Tribunal Federal, o Ministro Marco Aurélio foi advogado trabalhista (1973-
1975), procurador do trabalho (1975-1978), desembargador do TRT da 1ª Região (1978-1981) e ministro do TST
(1981-1990), o que naturalmente plasmou uma sensibilidade especial para os problemas humanos e sociais.
No Tribunal Superior do Trabalho, ao qual chegou com a idade mínima exigida, de 35 anos, notabi-
lizou-se por promover superlativamente aquilo que é a essência e a finalidade existencial dessa Corte: a
uniformização jurisprudencial sobre o Direito e o Processo do Trabalho, dando o conteúdo normativo de
cada um dos dispositivos legais que compõem o ordenamento jurídico-trabalhista. Fê-lo fundamentalmente
na Comissão de Jurisprudência e Precedentes Normativos do TST, sendo talvez o ministro que mais enun-
ciados de Súmula propôs, lembrando que a súmula é o conjunto e que os enunciados são seus elementos.
Saudosos tempos, em que a missão existencial da Suprema Corte Laboral era devidamente cumprida,
pacificando as relações laborais, em contraste com os tempos que correm, desfocados pela terceirização
da função uniformizadora para os TRTs pela Lei n. 13.015/14 e pela insistência no exercício do controle de
legalidade das decisões das Turmas do TST por sua Subseção I Especializada em Dissídios Individuais, ao
arrepio da Lei n. 11.496/07, que acabara com os embargos por violação de lei. Quanto precioso tempo não se
perde na SBDI-1 discutindo se as Turmas conheceram bem ou mal de recursos de revista, pela via transversa
de se admitir os embargos com base em contrariedade a súmulas de direito processual.
Mas hoje o Ministro Marco Aurélio está longe dessas querelas divergenciais, para se dedicar à exegese
do Direito do Trabalho, como também dos demais ramos da árvore jurídica, à luz da Constituição. Não é
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Esta obra tem como escopo primordial o estudo doutrinário e jurisprudencial dos direitos constitucio-
nais dos trabalhadores, dentro da teoria dos direitos fundamentais.
Segundo proclama nossa Constituição Federal, o Tribunal Superior do Trabalho — TST, com sede em
Brasília e jurisdição em todo o território nacional, é órgão de cúpula da Justiça do Trabalho, tendo como
função precípua a uniformização da jurisprudência trabalhista brasileira.
Do mesmo modo, compete ao Supremo Tribunal Federal a guarda da Constituição, cabendo-lhe uma
série de atribuições. Dentre elas, destacam-se as de processar e julgar a ação direta de inconstitucionalidade e
a ação declaratória de constitucionalidade de lei ou ato normativo federal e a reclamação para a preservação
de sua competência e garantia da autoridade de suas decisões. Compete-lhe, ainda, julgar, mediante recurso
extraordinário, as causas nas quais a decisão recorrida contrariar dispositivo desta Constituição; declarar a
inconstitucionalidade de tratado ou lei federal; julgar válida lei ou ato de governo local contestado diante
desta Constituição ou julgar válida lei local contestada em face de lei federal.
Tais funções decorrem, dentre outros fatores, do princípio da inafastabilidade do controle jurisdicio-
nal, segundo o qual a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito (art. 5º,
XXXV, da CRFB).
Assim, da análise de tais dispositivos, conclui-se que o TST possui papel primordial com vistas à
uniformização da jurisprudência brasileira em relação a lesões ou ameaças de lesões a direitos trabalhistas
constitucionalmente consagrados.
Igualmente, observa-se que o STF desempenha papel fundamental na proteção dos direitos consagrados
na Constituição Federal.
Do cotejo entre as funções desempenhadas pelos Ministros do TST e do STF e os objetivos almejados
na elaboração da presente obra, chegou-se à conclusão de que seria justo dedicar-se a presente obra àqueles
que compõem tais Tribunais.
Assim, optaram os autores pela indicação do Ministro Marco Aurélio Mello, o qual atuou na Justiça
do Trabalho como Procurador do Trabalho, bem como Juiz do Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região,
Corregedor-geral da Justiça do Trabalho e Ministro do Tribunal Superior do Trabalho até ter sido nomeado
para o cargo atual de Ministro do Supremo Tribunal Federal.
Acrescente-se, ainda, que o homenageado também exerceu a advocacia e a docência no magistério su-
perior, além de possuir uma vasta listagem de obras jurídicas, demonstrando seu interesse na disseminação
do conhecimento jurídico e na tutela dos direitos fundamentais dos indivíduos.
Tal homenagem, entretanto, abrange todos os Ministros, Desembargadores, juízes que, cotidianamente,
atuam na proteção dos direitos constitucionais dos trabalhadores.
Igualmente, dedicamos essa obra a todos os profissionais e operadores do direito que, no desempenho
de suas funções, contribuem para o aprimoramento e aperfeiçoamento da ciência jurídica e a proteção dos
direitos fundamentais em um Estado Democrático e de Direito.
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Os direitos surgem e evoluem em razão das necessidades dos indivíduos e da sociedade. Nessa linha,
os direitos fundamentais (entendidos como direitos imprescindíveis para a manutenção da dignidade da
pessoa humana) encontram-se em contínua evolução.
Logo, com o desenvolvimento da sociedade e do indivíduo, novos direitos começam a surgir. No âmbito
do direito do trabalho, os direitos dos trabalhadores sofreram considerável avanço ao longo dos últimos
anos. Hoje, as constituições democráticas englobam em seus textos direitos fundamentais inerentes a essa
parcela da sociedade.
Assim, limitações relacionadas à duração da jornada de trabalho e sua prorrogação, além de regras
relacionadas ao exercício de atividades insalubres, etc. encontram-se atualmente previstas em diversas
Constituições.
Nessa linha, a Constituição Federal de 1988 contempla em seu texto diversos direitos fundamentais
conferidos aos trabalhadores urbanos, rurais e domésticos. Tais direitos têm a dignidade da pessoa humana
como a pedra angular sobre a qual os mesmos se alicerçam e desenvolvem.
Deste modo, não obstante o rol de direitos fundamentais constantes na Constituição Federal seja não
taxativo (eis que “os direitos e garantias expressos nesta Constituição não excluem outros decorrentes do
regime e dos princípios por ela adotados, ou dos tratados internacionais em que a República Federativa
do Brasil seja parte”, art. 5º, § 2º, da CF) é certo que a positivação de determinados direitos valoriza a sua
importância para a sociedade e para o Estado.
Assim, os próximos capítulos terão como foco o estudo dos direitos atribuídos aos trabalhadores ur-
banos e rurais, dentro da perspectiva dos direitos fundamentais, esperando contribuir para a evolução da
ciência jurídica em relação a essa temática.
(*) Doutor em Direito Político e Econômico pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Mestre em Direito pelo CESUMAR/PR. Graduado
em Direito pela Instituição Toledo de Ensino. Professor junto à UnB e IESB. Procurador do Estado de São Paulo com atuação perante os
Tribunais Superiores em Brasília.
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1. Limites da garantia de emprego: dispensa Assim, a garantia de emprego prevista no art. 7º,
arbitrária ou sem justa causa I, da Constituição Federal, apesar de ser um direito
por si só suficiente para criar situações subjetivas
Inserida no Capítulo II, “Dos Direitos Sociais”, positivas, porquanto é norma de aplicabilidade direta
do Título II da Constituição Federal que trata “Dos e imediata, não é absoluta.
Direitos e Garantias Fundamentais”, a norma
constitucional insculpida no art. 7º, I, fixa o direito Com efeito, a própria Carta Fundamental res-
fundamental do trabalhador da garantia de emprego. tringiu o seu alcance ao prever que a proteção da
Eis o teor desse dispositivo constitucional: relação de emprego é contra a despedida arbitrária ou
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e sem justa causa, nos termos de lei complementar.
rurais, além de outros que visem à melhoria de sua Dessa forma, caberá à lei complementar defi-
condição social: nir o sentido das expressões dispensa arbitrária e
I — relação de emprego protegida contra despedida dispensa sem justa causa, restringindo a eficácia do
arbitrária ou sem justa causa, nos termos de lei com-
art. 7º, I, da CF.
plementar, que preverá indenização compensatória,
dentre outros direitos; [...]. Nessa tarefa, deverá o legislador ordinário levar
Nos termos da clássica classificação proposta em consideração que os princípios da hermenêutica
por José Afonso da Silva, o art. 7º, I, da Constituição constitucional partem do postulado do legislador
Federal é uma norma constitucional de eficácia con- racional, pelo qual não há no ordenamento jurídico
tida e de aplicabilidade direta e imediata. Em suas lacunas, redundâncias, contradições ou termos inú-
palavras: teis. Há de ser considerado, também, que já existe na
[...] compreendido o texto especialmente em legislação ordinária a definição legal de despedida
conjugação com o § 1º, do art. 5º, aplicável aos arbitrária e de despedida sem justa causa, bem como
direitos do art. 7º, que se enquadram, também, há uma tradição no direito internacional e compa-
entre os direitos e garantias fundamentais, rado de se estabelecer essa distinção. Portanto, a lei
chegaremos à conclusão que a norma do citado complementar deverá conceder diferentes definições
inciso I é de eficácia contida.(1) às duas expressões.
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(2) A ordem justrabalhista heterônoma estatal tipifica outras infrações possíveis de cometimento pelo empregado ao longo do contrato de
trabalho, que podem ensejar a sua resolução contratual. Exemplos: arts. 158, parágrafo único, 240, parágrafo único, 433, I e III, e 508 da CLT.
(3) A doutrinária majoritária e a jurisprudência do Tribunal Superior do Trabalho entendem que o conceito de dispensa arbitrária previsto
no art. 165 da CLT só se aplica aos dirigentes das comissões internas de prevenção de acidentes, ao argumento de que o artigo faz expressa
remissão a esse grupo de trabalhadores. Todavia, o conceito de dispensa arbitrária ali previsto pode ser aplicado analogicamente aos de-
mais casos em que se observe tal conduta empresarial, nos termos do art. 4º da Lei de Introdução do Código Civil, a fim de se conceder a
máxima efetividade ao art. 7º, I, da CF.
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(4) O Supremo Tribunal Federal, ao apreciar os Mandados de Injunção MI ns. 114-SP e 278-MG, entendeu inexistir a mora do legislador
ordinário em editar a lei complementar a que o art. 7º, I, da CF faz referência, porquanto o exercício do direito contra a dispensa arbitrária
ou sem justa causa não se encontra inviabilizado, em face da norma provisória disposta no art. 10, I, do ADCT.
(5) Sobre essa corrente doutrinária, vide MAIOR, Jorge Luís Souto. Proteção contra a dispensa arbitrária e aplicação da Convenção n. 158 da
OIT. Revista de Direito do Trabalho, n. 116, out./dez. 2004; BALAN, Daniel. Interpretação constitucional da proteção contra a dispensa do empregado.
Núcleo Trabalhista Calvet. Disponível em: <http://www.calvet.pro.br/artigos/artigo_final_interpret_const_dispensa_ empreg_Daniel_balam.
doc,>. Acesso em: 23.1.2009. Material da 4ª aula da Disciplina Direitos Fundamentais e Tutela do Empregado, ministrada no curso de Pós-
-Graduação Lato Sensu Televirtual em Direito e Processo do Trabalho — UNIDERP/REDE LFG; SUZUKI, Fábio Hiroshi. Proteção contra a
dispensa imotivada do direito do trabalho brasileiro: uma análise da proteção contra a despedida arbitrária ou sem justa causa. Revista de
Direito do Trabalho, v. 32, n. 123, p. 7-52, jul./set. 2006.
(6) MAXIMILIANO, Carlos. Hermenêutica e aplicação do direito. Rio de Janeiro: Forense, 2006. p. 125.
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(7) Parte da doutrina defende que o legislador constituinte originário escolheu a indenização compensatória como a sanção por excelência
contra as dispensas arbitrárias ou sem justa causa. Essa corrente doutrinária afirma que a Constituição quando veda a dispensa, consagrando
a estabilidade, ainda que provisória, ela o faz expressamente, como no caso do dirigente sindical (art. 8º, III), do empregado eleito para cargo
de direção da comissão interna de prevenção de acidentes — CIPA (art. 10, II, a, do ADTC) e da empregada gestante (art. 10, II, b, do ADCT).
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Conclusão
Referências bibliográficas
Dentro do atual cenário normativo, a garantia
de emprego prevista no art. 7º, I, da Constituição MAXIMILIANO, Carlos. Hermenêutica e aplicação do direito.
Federal é uma norma constitucional de eficácia con- Rio de Janeiro: Forense, 2006.
tida e de aplicabilidade direta e imediata. Trata-se, SILVA, José Afonso da. Curso de direito constitucional posi-
portanto, de um direito prontamente desfrutável tivo. 19. ed. São Paulo: Malheiros, 2001.
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