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CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE MINAS GERAIS

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA

Graziele Rodrigues Souza


João Gabriel Martins Drumond
Larissa Alves Santana

PROJETO LUMINOTÉCNICO
Instalações Elétricas

Belo Horizonte
2022
Unidade de Ensino Superior - Departamento de Engenharia Elétrica
Docente: Marcos Fernando e Naiara Duarte
Semestre: 1º/2022
Alunos: Larissa Santana, João Gabriel Drumond e Graziele Rodrigues
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João Gabriel Martins Drumond


Larissa Alves Santana
Graziele Rodrigues Souza

PROJETO LUMINOTÉCNICO

Primeiro Trabalho Prático da disciplina de


Instalações Elétricas, ministrada no curso de
graduação em Engenharia Elétrica do Centro
Federal de Educação Tecnológica de Minas
Gerais.
Orientadores: Marcos Fernando e Naiara Duarte

Belo Horizonte
2022
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Unidade de Ensino Superior - Departamento de Engenharia Elétrica
Docente: Marcos Fernando e Naiara Duarte
Semestre: 1º/2022
Alunos: Larissa Santana, João Gabriel Drumond e Graziele Rodrigues
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SUMÁRIO
I - INTRODUÇÃO

1.1 Características

1.2 Método dos Lúmens

1.2.1 Etapa 1 - Cálculo do Índice do local(K)

1.2.2 Etapa 2 - Definição dos equipamentos de cálculo

1.2.3 Etapa 3 - Determinação do Fator de Utilização (FU)

1.2.4 Etapa 4 - Determinar Fator de manutenção

1.2.5 Etapa 5 - Dimensionamento

1.2.6 Etapa 6 - Distribuição das luminárias

1.3 Norma NBR ISO/CIE 8995-1:2013

1.3.1 Diferença entre luminância e iluminância

1.3.2 Uniformidade

1.3.2 Conformidade com as normas

II - METODOLOGIA

III - AVALIAÇÃO DO PROJETO ATUAL

3.1 Características do local

3.1.1 Dimensões

3.1.2 Refletâncias

3.1.3 Elementos da construção

3.1.4 Áreas de trabalho

3.1.5 Iluminação Existentes

3.2 Método dos Lúmens

3.2.2 Etapa 2 - Definição dos equipamentos de cálculo

3.2.3 Etapa 3 - Determinação do Fator de Utilização (FU)

3.2.4 Etapa 4 - Determinar Fator de manutenção

3.2.5 Etapa 5 - Dimensionamento

3.2.6 Etapa 6 - Distribuição das luminárias

IV - UNIFORMIDADE DO PROJETO ATUAL

V - PROJETO ALTERNATIVO

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Docente: Marcos Fernando e Naiara Duarte
Semestre: 1º/2022
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5.1 Método dos Lúmens

5.1.2 Etapa 2 - Definição dos equipamentos de cálculo

5.1.3 Etapa 3 - Determinação do Fator de Utilização (FU)

5.1.4 Etapa 4 - Determinar Fator de manutenção

5.1.5 Etapa 5 - Dimensionamento

5.1.6 Etapa 6 - Distribuição das luminárias

VI - COMPARAÇÃO DO PROJETO ATUAL E ALTERNATIVO

6.1 Comparação pelo método dos Lúmens

6.2 Retorno do investimento

VII - ANÁLISE DE DESEMPENHO PELO SOFTWARE DIALUX

7.1 Projeto Atual

7.2 Projeto Alternativo

7.3 Análise de desempenho

VII - CONCLUSÃO

IX - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

X - ANEXOS

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I. INTRODUÇÃO

A análise de um projeto de instalação elétrica envolve diversos fatores que estão


intrínsecos a eficiência do mesmo. Sob esse viés, para o desenvolvimento de um Projeto
Luminotécnico, é necessário compreender o conceito e o cálculo de alguns parâmetros,
além da norma utilizada, que serão apresentados com detalhes a seguir.

1.1 Características
Para o início dos cálculos é necessário o levantamento das características da
instalação:

1.1.1 Dimensões

As dimensões dizem respeito às características construtivas da instalação, como


dimensões do ambiente, janelas, portas e classificação de acordo com uso para
determinação da iluminância requerida conforme norma.
Algumas das dimensões que serão de importante valia para o projeto serão as alturas
de montagem, distância do teto ao plano de trabalho, área do ambiente, entre outras.

1.1.2 Refletâncias das superfícies

A refletância da superfície de um material é sua eficácia em refletir a energia radiante .


Formalmente é descrita como:
𝐹
𝑅 = 𝐹𝑟
𝑇
onde:

𝑅 : Refletância
𝐹𝑟: Fluxo de radiação eletromagnética refletido.
𝐹𝑇: Fluxo de radiação eletromagnética incidente.
Dessa forma:

● Se R for 0 não há reflexão;


● Se R for 1 toda a radiação é refletida
● R é uma grandeza adimensional.

No caso do projeto da sala, deverá ser considerado a refletância do teto, do piso e das
paredes.
1.1.3 Elementos da Construção
Devemos considerar para o projeto a posição e dimensões de janelas, portas e
elementos de construção. Dessa forma, poderemos analisar a disposição da iluminação
natural sobre o ambiente.
1.1.4 Áreas de Trabalho

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Outro elemento importante para o andamento do projeto é a posição e dimensões das
áreas de tarefa. Com isso teremos uma visão ampla de locais que devem ser mais
iluminados e quais não necessitam de maior incidência luminosa, aumentando a eficiência
energética e lucratividade.
1.1.5 Iluminação existente

Por fim, devemos nos ater ao sistema de iluminação existente (lâmpadas, luminárias,
grupos de controle), além da iluminação natural daquele espaço, assim como a ausência
dessa iluminação em períodos noturnos.

1.2 Método dos Lúmens


Para a elaboração de projetos luminotécnicos, é importante a utilização de algum
método de cálculo para definição da quantidade de luminárias e equipamentos
necessários para que um determinado ambiente tenha a iluminância adequada.
O método dos lúmens é o método mais simples de cálculo e fornece um resultado
numérico único da iluminância a ser obtida no ambiente em função dos equipamentos
especificados e das características do ambiente ou da quantidade necessária de
equipamentos em função da iluminância desejada.
Para o início dos cálculos é necessário o levantamento das características da
instalação, que foram abordadas acima.
Após esse levantamento devemos realizar as seguintes etapas:

1.2.1 Etapa 1 - Cálculo do Índice do local(K)


O índice do local (K) é uma relação definida entre as dimensões (em metros) do local.
Esse índice é definido pelas fórmulas:
𝑐·𝑙
𝐾= ℎ(𝑐+𝑙)
, para iluminação direta, e

3·𝑐·𝑙
𝐾𝑖 = ' , para iluminação indireta.
2·ℎ (𝑐+𝑙)

Onde:
c = comprimento do ambiente;
l = largura do ambiente;
h = altura de montagem;
h’ = distância do teto ao plano de trabalho.
Essas relações podem ser vistas na imagem a seguir:

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Figura 1 - Alturas para definição do K

1.2.2 Etapa 2 - Definição dos equipamentos de cálculo


A definição dos equipamentos deve levar em consideração as características
fotométricas das luminárias, o desempenho das lâmpadas e as características elétricas
dos equipamentos auxiliares. As principais características a serem consideradas são:
● Luminárias – curva de distribuição de intensidade luminosa, rendimento, controle
de ofuscamento;
● Lâmpadas – eficiência luminosa (lm/W), fluxo luminoso, vida útil, depreciação
luminosa;
● Equipamentos – potência consumida, fator de potência, fator de fluxo luminoso,
distorção harmônica.
É recomendado, sempre que possível, o emprego de equipamentos mais eficientes e
adequados às atividades desenvolvidas, pois quanto mais eficiente for o conjunto
luminária-lâmpada-equipamento auxiliar maior será a economia de energia obtida no
sistema de iluminação proposto.

1.2.3 Etapa 3 - Determinação do Fator de Utilização (FU)


O Fator de Utilização (U) é dado em tabelas fornecidas pelos fabricantes de luminárias
e indica o desempenho da luminária no ambiente considerado no cálculo. Para determinar
o Fator de Utilização, basta cruzar o valor do Índice do Local (K) calculado anteriormente
(dado na horizontal) com os dados de refletância das superfícies do teto, da parede e do
piso (dado na vertical).
Cada luminária possui uma tabela de fator de utilização distinta, que dependerá do tipo
de material empregado na fabricação e no desempenho fotométrico do produto. Assim,
este dado deve ser solicitado ao fabricante de luminárias.

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Tabela 1 - Exemplo para determinação de Fator de Utilização de uma luminária qualquer.

Teto(%) 70 50 30 0

Parede(%) 50 30 10 50 30 10 30 10 0

Piso(%) 10 10 10 0

KR Fator de Utilização (X.01)

0,60 32 28 26 31 28 26 8 26 25

0,80 38 34 31 37 34 31 33 31 30

1,00 42 39 36 41 38 36 38 36 35

1,25 46 43 40 45 42 40 42 40 39

1,50 48 46 4 48 45 43 45 43 42

2,00 52 60 48 51 49 48 49 47 46

2,50 54 53 51 53 52 50 51 50 49

3,00 56 54 53 55 53 52 53 52 50

4,00 57 56 55 56 55 54 54 54 52

5,00 58 57 56 57 56 55 55 55 53

1.2.4 Etapa 4 - Determinar Fator de manutenção


A iluminância diminui progressivamente durante o uso do sistema de iluminação devido
às depreciações por acúmulo de poeira nas lâmpadas e nas luminárias, à depreciação
dos materiais da luminária, ao decréscimo do fluxo luminoso das lâmpadas e à
depreciação das refletâncias das paredes.
O dimensionamento dos sistemas de iluminação deve considerar um fator de
manutenção (FM) ou fator de perdas luminosas em função do tipo de ambiente e de
atividade desenvolvida, do tipo de luminária e da lâmpada utilizada e da frequência de
manutenção dos sistemas. A Tabela 1 sugere valores de fatores de manutenção conforme
período de manutenção e condições do ambiente.
Valores mais precisos, conforme tipo de luminária e lâmpadas, podem ser obtidos em
publicações da CIE e/ou por fabricantes de luminárias.
Tabela 2 - Fatores de Manutenção Recomendados
Ambiente 2.500 H 5.000H 7.500H

Limpo 0,95 0,91 0,88

Normal 0,91 0,85 0,80

Sujo 0,80 0,66 0,57

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Para reduzir a depreciação da luminária, deve-se adotar uma manutenção periódica
dos sistemas de limpeza de lâmpadas e de luminárias e substituição programada de
lâmpadas

1.2.5 Etapa 5 - Dimensionamento


O cálculo do número de luminárias necessário para um determinado ambiente obedece
a seguinte fórmula:

𝐸
𝑚𝑒𝑑
·𝐴
𝑁 = 𝑛·ϕ ·𝑈·𝐹𝑀·𝐹𝐹𝐿
𝑛

Em que:
N: número necessário de luminárias
𝐸𝑚𝑒𝑑: iluminância média (lux)
2
A: área do ambiente (𝑚 )
n: número de lâmpadas em cada luminária
ϕ𝑛: fluxo luminoso de cada luminária
U: fator de utilização
FM: fator de manutenção
FFL: fator de fluxo luminoso do reator

Quando o número de luminárias é conhecido, a iluminância média pode ser calculada


pela fórmula:

𝑁·𝑛·ϕ𝑛·𝑈·𝐹𝑀·𝐹𝐹𝐿
𝐸𝑚𝑒𝑑 = 𝐴

1.2.6 Etapa 6 - Distribuição das luminárias

Definida a quantidade total de luminárias necessárias para atender aos níveis de


iluminância e as condições requeridas de projeto, a distribuição das luminárias deve:
● Buscar uma distribuição uniforme no recinto;
● Procurar obter valores próximos de “a” e “b”, sendo a > b, desde que respeitando a
curva de distribuição luminosa da luminária;

● Recomenda-se que as distâncias “a” e “b” entre luminárias sejam o dobro da


distância entre estas e as paredes laterais;

● Recomenda-se sempre o acréscimo de luminárias quando a quantidade resultante


do cálculo não for compatível com a distribuição desejada.

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1.3 Norma NBR ISO/CIE 8995-1:2013

1.3.1 Diferença entre luminância e iluminância


A iluminância é termo que descreve a medição da quantidade de luz que incide sobre
uma determinada área de superfície plana (iluminação e espalhamento), ou seja,
representa a quantidade de luz que incide sobre esse ponto específico, como uma
bancada por exemplo. É uma luz incidente, que não é visível, sendo assim, a claridade
que se espalha pelo ambiente.
Por outro lado, a luminância nada mais é do que a medição da quantidade de luz que
passa ou reflete de uma superfície específica em um determinado ângulo. Ela se refere à
percepção visual e à percepção fisiológica da luz, indicando quanta energia luminosa o
olho humano pode perceber quando refletido por um objeto.

1.3.2 Uniformidade
A uniformidade da iluminância é a razão entre o valor mínimo e o valor médio. A
iluminância deve se alterar gradualmente. A área da tarefa deve ser iluminada o mais
uniformemente possível. Nesse sentido, a uniformidade da iluminância na tarefa não pode
ser menor que 0,7 e no entorno imediato não pode ser inferior a 0,5.

1.3.2 Conformidade com as normas


Para verificar a conformidade do projeto estabelecido com a norma em questão, é
necessário conferir cada parâmetro estabelecido e adequar aqueles que não estão
conformes. Para que haja o devido funcionamento eficiente do projeto de iluminação, é de
extrema importância que todos os padrões sejam rigorosamente seguidos.
II. METODOLOGIA

Inicialmente será feito um estudo do ambiente proposto, o qual envolve registrar as


características para a elaboração do projeto de iluminação, como: dimensão da sala,
refletâncias das superfícies, posição e dimensões de janelas, portas, elementos de
construção, posição e dimensões das áreas de tarefa e sistema de iluminação existente.
Tendo obtido esses dados, através do método dos lúmens, o qual envolve obter o fluxo
luminoso total necessário e então calcular o número de luminárias necessárias para
obtenção de tal fluxo, será determinado o desempenho do sistema de iluminação atual.
Além disso, serão feitas medições para avaliar se o ambiente está dentro do
estabelecido na norma NBR ISSO/CIE 8995-1:2013, atendendo aos critérios de
uniformidade e conformidade.
Por fim, será proposto um projeto alternativo para a sala, novamente pelo método de
lumens, utilizando lâmpadas de tecnologia LED. Em seguida, serão comparados os
resultados obtidos dos dois sistemas e avaliado o retorno do investimento na substituição
e a análise de desempenho luminotécnico dos dois sistemas através do software Dialux.
III. AVALIAÇÃO DO PROJETO ATUAL

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3.1 Características do local

3.1.1 Dimensões
As dimensões da sala foram coletadas através de uma inspeção realizada na sala no
dia 9 de junho e com o uso de uma trena à laser. As medidas encontradas foram:
● Largura: 6 metros
● Comprimento: 9,18 metros
● Altura (Pé direito): 2,93 metros

3.1.2 Refletâncias
Os coeficientes de reflexão da sala foram escolhidos conforme as cores e tipo de
material das paredes, teto e piso. Assim, tem-se os seguintes valores:
● Teto: 0,7
● Paredes: 0,5
● Piso: 0,2

3.1.3 Elementos da construção


Ao analisarmos a sala podemos encontrar variados elementos da construção que
podem influenciar na iluminação do ambiente e sua uniformidade, como vigas no teto,
diferenças no pé direito, palanque para a mesa dos professores, sendo variáveis que
devem ser consideradas no projeto.

3.1.4 Áreas de trabalho


A área de trabalho considerada no projeto é a área total da sala e a altura considerada
como plano de trabalho é a altura em que as mesas dos alunos se situam em relação ao
chão. Nesse caso, conforme realizado no levantamento de dados e características do
local, determinou-se que o plano de trabalho tem altura de 0,75 metros e que a área total
de trabalho é de 55,1 m².

3.1.5 Iluminação Existente


A iluminação existente foi considerada a partir do número e modelo das luminárias e
lâmpadas presentes no ambiente. Nesse sentido, determinou-se que há 6 luminárias do
tipo 3320 2XT26 32W da ITAIM Iluminação e em cada uma dessas luminárias há 2
lâmpadas de LED do tipo Superled Tube T818W Bivolt 6500K da OuroLux, conforme pode
ser visualizado nas figuras a seguir:

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Figura 2 - Luminária 3320 2XT26 32W da ITAIM Iluminação

Figura 3 - Lâmpada Superled Tube T818W Bivolt 6500K da OuroLux

O catálogo de especificações técnicas com os demais dados para consulta


encontram-se disponíveis no anexo.

3.2 Método dos Lúmens

3.2.1 Etapa 1 - Cálculo do Índice do local(K)

𝑐·𝑙
O Cálculo do Índice do Local (K) pode ser realizado através da equação 𝐾 = ℎ(𝑐+𝑙)
Onde:
c = comprimento do ambiente;
l = largura do ambiente;
h = altura de montagem;
h’ = distância do teto ao plano de trabalho.

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Sendo assim, temos que K = 1,66.

3.2.2 Etapa 2 - Definição dos equipamentos de cálculo


As curvas de distribuição de intensidade luminosa, rendimento e controle de
ofuscamento da lâmpada usada podem ser visualizadas nas figuras abaixo:

Figura 4 - Curva de distribuição de intensidade luminosa

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Figura 5 - Curva de rendimento e controle de ofuscamento

As especificações de eficiência luminosa (Lm/W), fluxo luminoso, vida útil e


depreciação luminosa das lâmpadas utilizadas são vistos a seguir:

● Eficiência Luminosa (Lm/W) = 100


● Fluxo Luminoso: 1850 Lm
● Vida útil: 25.000 horas
● Depreciação luminosa: 0,8

As especificações para a potência consumida, fator de potência e fator de fluxo


luminoso são:

● Potência por lâmpada: 18W


● Fator de Potência (FP) = 0,92.
● Fator de Fluxo Luminoso:100%

3.2.3 Etapa 3 - Determinação do Fator de Utilização (FU)


O Fator de Utilização (FU) foi determinado a partir da tabela abaixo fornecida pelo
fabricante da luminária e dos valores estabelecidos para os coeficientes de reflexão.

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Figura 6 - Tabela para determinação do Fator de Utilização (FU)

Como o índice K é 1,66 , fez-se uma interpolação dos dados para adequar o FU de
forma mais próxima do valor real. Considerando isso, o FU encontrado foi de,
aproximadamente, 66%.

3.2.4 Etapa 4 - Determinar Fator de manutenção


A iluminância diminui progressivamente durante o uso do sistema de iluminação devido
às depreciações por acúmulo de poeira nas lâmpadas e nas luminárias, à depreciação
dos materiais da luminária, ao decréscimo do fluxo luminoso das lâmpadas e à
depreciação das refletâncias das paredes.

Sob essa perspectiva, considerando que uma manutenção deve ser feita a cada 5000
horas e o ambiente é normal, o fator de manutenção é 0,85.

3.2.5 Etapa 5 - Dimensionamento


Para realizar o cálculo do número de luminárias necessárias para que a iluminância
desejada seja alcançada, foi utilizada uma tabela via Excel para otimizar os cálculos e
organizar as informações, como pode ser visualizado abaixo:

Como pode ser visto, o número necessário de luminárias, contendo 2 lâmpadas cada
uma, para alcançar 5000 Lux, conforme exige a norma para ambientes de sala de aula, é
de 14,1 Luminárias. Entretanto, como só existem 6 luminárias presentes na sala de aula,
a Iluminância total é de somente 212,8 Lux e a potência total é de 0,216 kW.

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Caso fossem utilizadas 16 luminárias, a fim de se adequar à quantidade de Iluminância
requerida, a potência total instalada seria de 0,576 kW.

3.2.6 Etapa 6 - Distribuição das luminárias

A seguir é mostrada na figura a distribuição atual das 6 luminárias na sala:

Figura 7 - Distribuição atual das Luminárias

IV. UNIFORMIDADE DO PROJETO ATUAL

Para a elaboração de projetos luminotécnicos em programas de cálculo é necessário a


verificação do nível de iluminância nas instalações, uma dessas verificações é a de
uniformidade para conferir as iluminâncias individuais sobre as áreas de trabalho.
O primeiro passo é calcular a malha de cálculo, dado pela equação a seguir:

𝑙𝑜𝑔10𝑑
𝑝 = 0, 2 · 5

Sendo d a maior dimensão da área de trabalho, temos que d será 9,18m, visto que
essa é a medida do comprimento da sala.

𝑙𝑜𝑔109,18
𝑝 = 0, 2 · 5 ⇒ 𝑝 = 0, 942

A partir do valor da malha de cálculo, podemos obter o número de pontos de cálculo da


sala estabelecido pelo número inteiro mais próximo da relação d para p.

9,18
𝑑𝑐 = 9, 18 𝑚 ⇒ 𝑛 = 0,942
= 9, 75 ⇒ 10 𝑝𝑜𝑛𝑡𝑜𝑠 𝑛𝑜 𝑐𝑜𝑚𝑝𝑟𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜

6
𝑑𝑙 = 6 𝑚 ⇒ 𝑛 = 0,942
= 6, 37 ⇒ 6 𝑝𝑜𝑛𝑡𝑜𝑠 𝑛𝑎 𝑙𝑎𝑟𝑔𝑢𝑟𝑎

Dessa forma, teremos 60 pontos de cálculo que serão distribuídos conforme a imagem
abaixo.

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Figura 8 - Distribuição dos n pontos de cálculo para a uniformidade da sala.

Após serem determinados os pontos, partimos para as medições de iluminância em


todos os pontos com o auxílio de um luxímetro visto na figura ?.

Figura 9 - Modelo de Luxímetro utilizado nas medições de iluminância da sala

As medições podem ser vistas através da tabela abaixo:

Tabela 4 - Valores de iluminância para cada ponto.

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Ao colocarmos esses valores em uma tabela do Excel, podemos facilmente calcular as


medidas de média, valores mínimos e máximos, entre outros parâmetros para os valores
medidos, vistos a seguir.

● Soma: 10113,9
● Média: 168,565
● Min: 82,3
● Max: 248,3
● Contagem: 60
● Contagem de números: 60

Conforme o anexo B da Norma ABNT NBR ISO/CIE 8995-1:2013 a uniformidade de


ambientes é dada como a relação entre o valor mínimo de iluminância e a iluminância
média.

82,3
𝑈= 168,565

𝑈 = 0,488239

De acordo com a Seção A.3.4 do Anexo A que trata sobre Salas de aula com arranjos
flexíveis de mesas, devido a necessidade de serem reorganizadas muitas vezes, a área
de trabalho deve ser considerada a sala inteira menos uma faixa marginal de 0,5 m de
largura. A uniformidade planejada pode ser U ≥ 0,6. Tal valor garantirá uma uniformidade
mínima de 0,7 sobre as mesas individuais.
Dessa forma, como nossa uniformidade encontrada foi menor que a especificada,
temos que o projeto atual foge das conformidades da Norma 8995-1.
V. PROJETO ALTERNATIVO

O projeto alternativo proposto consiste em instalar luminárias do tipo 2003 4XT16 14W
da ITAIM Iluminação e lâmpadas de TUBO LED T5 7.5 W/4000K 600mm da OuroLux,
conforme são ilustradas nas figuras:

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Figura 10 - Luminária 2003 4XT16 14W da ITAIM Iluminação

Figura 11 - Lâmpada de TUBO LED T5 7.5 W/4000K 600mm da OuroLux

5.1 Método dos Lúmens

5.1.1 Etapa 1 - Cálculo do Índice do local(K)

𝑐·𝑙
O Cálculo do Índice do Local (K) pode ser realizado através da equação 𝐾 = ℎ(𝑐+𝑙)
Onde:
c = comprimento do ambiente;
l = largura do ambiente;
h = altura de montagem;
h’ = distância do teto ao plano de trabalho.
Sendo assim, temos que K = 1,66.

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5.1.2 Etapa 2 - Definição dos equipamentos de cálculo

As especificações de eficiência luminosa (Lm/W), fluxo luminoso, vida útil e


depreciação luminosa das lâmpadas utilizadas são vistos a seguir:

Fluxo Luminoso: 900 Lm


Vida útil: 50000 horas
Depreciação luminosa: 0,8

As especificações para a potência consumida, fator de potência e fator de fluxo


luminoso são:

Potência por lâmpada: 7,5W


Fator de Potência (FP) = 0,92.
Fator de Fluxo Luminoso: 100%

5.1.3 Etapa 3 - Determinação do Fator de Utilização (FU)


O Fator de Utilização (FU) foi determinado a partir da tabela abaixo fornecida pelo
fabricante da luminária e dos valores estabelecidos para os coeficientes de reflexão.

Figura 12 - Tabela para determinação do Fator de Utilização (FU)

Como o índice K é 1,66 , fez-se uma interpolação dos dados para adequar o FU de
forma mais próxima do valor real. Considerando isso, o FU encontrado foi de,
aproximadamente, 67%.

5.1.4 Etapa 4 - Determinar Fator de manutenção


A iluminância diminui progressivamente durante o uso do sistema de iluminação devido
às depreciações por acúmulo de poeira nas lâmpadas e nas luminárias, à depreciação
dos materiais da luminária, ao decréscimo do fluxo luminoso das lâmpadas e à
depreciação das refletâncias das paredes.
Sob essa perspectiva, considerando que uma manutenção deve ser feita a cada 5000
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horas e o ambiente é normal, o fator de manutenção é 0,85.

5.1.5 Etapa 5 - Dimensionamento


Para realizar o cálculo do número de luminárias necessárias para que a iluminância
desejada seja alcançada, foi utilizada uma tabela via Excel para otimizar os cálculos e
organizar as informações, como pode ser visualizado abaixo:

Como pode ser visto, o número necessário de luminárias, contendo 4 lâmpadas cada
uma, para alcançar 5000 Lúmens, conforme exige a norma para ambientes de sala de
aula, é de 14,3 Luminárias.
Devido às características construtivas da sala, ao utilizar uma distribuição com 15
luminárias não seria possível distribuí-las uniformemente, por causa da posição das vigas,
conforme mostra a imagem abaixo. Dessa forma, utilizaremos um arranjo 4X4.

.
Figura 13 - Distribuição das Luminárias (a) 15 luminárias

Caso sejam utilizadas as 16 luminárias, conforme foi planejado para se adequar à


quantidade de Iluminância requerida, a potência total instalada seria de 0,48 kW e a
Iluminância alcançada seria de 560,5 Lúmens.

5.1.6 Etapa 6 - Distribuição das luminárias


Utilizando 16 luminárias para o projeto, podemos distribuí-las de forma organizada e
sistemática para que o ambiente tenha maior uniformidade. Sendo assim, a seguinte
distribuição das luminárias foi adotada:

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Figura 13 - Distribuição das Luminárias (b) 16 luminárias

VI. COMPARAÇÃO DO PROJETO ATUAL E ALTERNATIVO

6.1 Comparação pelo método dos Lúmens


Ao projetarmos o sistema de iluminação Alternativo com 16 luminárias podemos atingir
a uniformidade necessária maior que 500 lux em conformidade com a Norma.

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6.2 Retorno do investimento

O valor das lâmpadas e das luminárias utilizadas no projeto alternativo, podem ser
vistas a seguir:

Figura 14 - Preço comercial de um modelo aproximado da luminária escolhida para o


projeto alternativo

Figura 15 - Preço comercial da lâmpada LED tubular T5 utilizada para o projeto alternativo.

Em Belo Horizonte o valor do kWh é de R$ 0,91952569 referente ao mês de maio.

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Figura 16 - Valor do kWh em Belo Horizonte no mês de Maio de 2022

Dessa maneira, para calcular a economia advinda do projeto, deveríamos calcular a


energia fornecida por ambos os projetos e calcular a diferença vezes a tarifa, sabendo
esse valor por mês podemos encontrar em quanto tempo o investimento seria pago.
Porém, como nosso projeto tem a pretensão da melhoria de iluminância e uniformidade,
as lâmpadas utilizadas no sistema alternativo gastarão mais que o projeto atual, não
tendo retorno financeiro e sim a conformidade com a Norma 8995-1.

VII. ANÁLISE DE DESEMPENHO PELO SOFTWARE DIALUX

7.1 Projeto Atual

Ao longo do desenvolvimento do projeto, para fins de simplificação dos cálculos de


uniformidade do projeto original, foram feitas algumas considerações e aproximações.
Dentre elas, foi desconsiderada uma luminária presente no ambiente, por ser uma
lâmpada fluorescente com características diferentes das demais. No entanto, nas
medições realizadas com o luxímetro, foi considerada a influência dessa lâmpada.

Sendo assim, visando uma análise mais aproximada, o projeto realizado na simulação
incluirá essa luminária no arranjo.

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Figura 17 - Arranjo de luminárias - projeto original

Utilizando o Software Dialux 4.13 foi possível realizar o projeto do ambiente. Para isso,
após criar um projeto adotou-se o seguinte procedimento:

● Definição das dimensões do ambiente;

Nessa etapa foram definidas as dimensões da sala, bem como as refletâncias


associadas a cada superfície.

● Atribuições da sala;

Nessa etapa foram inseridas portas, vigas, rebaixamentos do teto e janelas.

● Inserção das Luminárias 3320 com os parâmetros de potência e fluxo luminoso da


lâmpada;

Todas as dimensões da sala e seus elementos foram obtidos através de medições. O


esquemático estará disponível nos anexos do trabalho. Além disso, os parâmetros de
luminância, potência e demais características das lâmpadas e luminárias foram obtidos
pela ficha técnica disponibilizada no site do fabricante.

A seguir, é possível visualizar o projeto da sala em 2D e 3D.

Figura 18 - Visualização 2D do projeto - Arranjo original

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Figura 19 - Visualização 3D do projeto - Arranjo original (a)

Figura 20 - Visualização 3D do projeto - Arranjo original (b)

A seguir é possível visualizar a distribuição luminosa da sala, note que não há


uniformidade no plano de trabalho.

Figura 21 - Visualização por iluminância - sem objetos

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Posteriormente, utilizando o método padrão de cálculo e incluindo a influência das
luminárias, foram realizados os cálculos, conforme mostrado na imagem abaixo.

Figura 22 - Cálculos - sem objetos

7.1.1 Resultados

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Note que, a uniformidade u0 encontrada é de 0.484, enquanto o valor calculado a partir


da medição dos pontos foi de 𝑈 = 0,488239, que são valores bem aproximados. No
entanto, houveram pontos com menor iluminância que o valor apresentado pelo software,
que pode ter sido causado pela degradação dos equipamentos com o tempo.
Conforme explicitado anteriormente, a uniformidade encontrada foi menor que a
especificada, assim, temos que o projeto atual foge das conformidades da Norma 8995-1.

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7.1.2 Análise Extra - Influência dos Objetos na iluminância

Para complementar a análise, foram inseridos os objetos da sala (mesas e cadeiras). O


objetivo desta etapa é verificar o efeito da inserção dos objetos da sala nos cálculos de
uniformidade.

Foram adicionados também um quadro branco e duas pessoas, que foram atribuídos
como objetos puramente decorativos, que não serão considerados nos cálculos.

Assim, a visualização da sala é apresentada a seguir.

Figura 23 - Visualização da sala - com objetos (a) Vista traseira e (b) vista lateral

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Figura 24 - Visualização por iluminância - com objetos

Nesse ponto, observou-se que os níveis de iluminância Mínimo e Máximo diminuíram,


além de uma diminuição significativa da uniformidade.

Ressalto nesse ponto que, de acordo com a norma, o projeto luminotécnico para o
ambiente de uma sala de aula com arranjo de mesas desconhecido deve ser feito sem os
objetos, conforme será feito a seguir.

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7.2 Projeto Alternativo
Utilizando o projeto proposto anteriormente na seção V, no qual pretende-se obter uma
uniformidade ≥ 0. 6 .Tal valor garantirá uma uniformidade mínima de 0,7 sobre as mesas
individuais. Assim, haverá conformidade com a norma 8995-1.
Os procedimentos utilizados para a criação do projeto seguem a mesma ordem do
projeto anterior. Em suma, manteve-se as características e disposições do ambiente,
alterando a instalação elétrica - disposição e características das luminárias e lâmpadas.
Abaixo são apresentados os resultados do projeto, bem como o ambiente após a
alteração da instalação elétrica.

Figura 25 - Visualização 3D do projeto - Projeto alternativo

Figura 26 - Visualização por iluminância - Projeto alternativo

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A partir da tabela de iluminâncias do projeto, utilizando um grid de 10x6 pontos,
observa-se que a uniformidade obtida foi de 0.714. Assim, obteve-se um valor > 0. 6,
conforme projetado.
Dessa forma, conclui-se que o projeto atual está em conformidade com as
especificações da norma 8995-1.
VIII. CONCLUSÃO

Devido aos aspectos apresentados neste trabalho, conclui-se que foi possível realizar a
análise da instalação elétrica do projeto luminotécnico atual. Assim, através das
medições, cálculos e simulação observou-se que o projeto não atende às especificações
da norma 8995-1.
Visto isso, foi possível propor um projeto alternativo, alterando a disposição e os
equipamentos utilizados. Nesse caso, foram alterados os modelos de luminária, as
lâmpadas e a disposição das mesmas no ambiente. Por fim, ao simularmos o projeto
proposto no Dialux, obteve-se uma uniformidade que atende às especificações da norma.
Além disso, ao analisar o retorno financeiro do projeto, foi visto que para atender à
uniformidade e iluminância necessária do ambiente foi necessário a instalação de mais
luminárias, e por conseguinte mais lâmpadas, o que resultará em um maior consumo
energético. Sendo assim, não houve um retorno financeiro, mas a melhoria do projeto
luminotécnico.
IX. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

IX.1 Referências Base


[1] Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). NBR ISO/CIE 8995-1:2013.
Iluminação de ambientes de trabalho Parte 1: Interior.
[2] Aulas Extras classe ministradas aos alunos da disciplina de Instalações Elétricas,
disponibilizadas pelo professor Marcos Fernando dos Santos, na plataforma Teams.
IX.1 Referências Complementares
[2] KAWASAKI, JULIANA IWASHITA. Métodos de cálculo luminotécnico. Disponível
em: <Capítulo III Métodos de cálculo luminotécnico>. Acesso em: 19/06/2022

X. ANEXOS

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FICHA TÉCNICA

TUBE T8 GLASS
Ideal para novas instalações e retrofit (substituição de lâmpadas fluorescentes
convencionais). A linha Superled Tube Glass pode ser utilizada em instalações
de Supermercados, estacionamentos, escolas, escritórios, lojas de conveniência
e outras áreas.

/ourolux.oficial company/ourolux OUROLUX.COM.BR


FICHA TÉCNICA

TUBE T8 GLASS

VIDA ÚTIL GARANTIA MULTITENSÃO PRODUTO


25 MIL HORAS 1 ANO ECOLÓGICO

DADOS TÉCNICOS

COD. MODELO POTÊNCIA FACHO TENSÃO BASE TEMP.COR FLUX. LUMINOSO (lm ) EFICIÊNCIA EQUIVALÊNCIA CÓD. BARRA IND.

20250 T8 9W 200º 100~240V G13 6.500K 900 lm 100 lm/W 20W 7898324005916

20252 T8 18W 200º 100~240V G13 6.500K 1850 lm 102 lm/W 40W 7898324005930

20253 T8 18W 200º 100~240V G13 4.000K 1850 lm 102 lm/W 40W 7898324005947

20256 T8 18W 200º 100~240V G13 3.000K 1850 lm 102 lm/W 40W 7899771503185

ORIENTAÇÕES

• Contrate um eletricista qualificado de sua


confiança para instalação;
• Não instale em locais úmidos;
• A vida útil está diretamente relacionada
à temperatura de operação;
• Não dimerizável;
• Antes de iniciar a substituição certifique-se
que a alimentação elétrica esteja desligada.
Imagem ilustrativa*

/ourolux.oficial company/ourolux OUROLUX.COM.BR


FICHA TÉCNICA

TUBE T8 GLASS

DIMENSÕES

COD. DIMENSÃO (cm)


d
20250 Ø26 ± 1mm x 589 +1 -2 mm

20252 Ø26 ± 1mm x 1198 +1 -2 mm

20253 Ø26 ± 1mm x 1198 +1 -2 mm

20256 Ø26 ± 1mm x 1198 +1 -2 mm


L

CAIXA MASTER TUBE T8 GLASS

COD. QUANTIDADE DIMENSÃO (cm) COD BARRA CX.

20250 25 unidades 62 X 18 X 19 27898324005910

20252 25 unidades 123 X 18 X 19 27898324005934

20253 25 unidades 123 X 18 X 19 27898324005941

20256 25 unidades 123 X 18 X 19 27899771503189


Imagem ilustrativa*

F
LIGAÇÃO UNILATERAL N

/ourolux.oficial company/ourolux OUROLUX.COM.BR


Especificação: Luminária de embutir em forro de gesso ou modulado com perfil "T" de aba 25mm para 4
lâmpadas fluorescentes tubulares de 14W. Corpo em chapa de aço tratada com acabamento em pintura
eletrostática na cor branca. Refletor e aletas parabólicas em alumínio anodizado de alto brilho. Equipada com
porta-lâmpada antivibratório em policarbonato, com trava de segurança e proteção contra aquecimento nos
contatos.
Aplicação: Locais de trabalho com uso freqüente de computadores como sala de controle ou monitoramento,
CPD, escritório, telemarketing, área de atendimento, etc.
Rendimento: 79%
Dimensões: a= 70 x b= 618 x c= 618 mm. / Nicho: 605 x 605 mm. / Modulação: 625 x 625 mm.
3320 2XT26 32W

3320.232.300.ies

Especificação: Luminária de sobrepor para 2 lâmpadas fluorescentes tubulares de 32W. Corpo em chapa de
aço tratada com acabamento em pintura eletrostática epóxi-pó na cor branca. Refletor em alumínio anodizado
de alto brilho. Alojamento do reator na cabeceira. Equipada com porta-lâmpada antivibratório em
policarbonato, com trava de segurança e proteção contra aquecimento nos contatos.
Aplicação: Uso geral, onde exerçam tarefas com requisitos visuais normais como loja de serviço, hospital,
refeitório, sala de aula, banco, escritório, almoxarifado, etc.
Rendimento: 84%
Dimensões: A= 55 x L= 268 x C= 1370 mm.

DESENHO FATOR DE UTILIZAÇÃO

CURVA DE DISTRIBUIÇÃO LUMINOSA DIAGRAMA DE LUMINÂNCIA

Miralux Ind. e Com. de Aparelhos Elétricos Ltda.


t | 11 4785 1010
f | 11 4785 1034
Rod Régis Bittencourt, km 276
06818 300 Embu - SP
www.itaim.ind.br

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