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Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade do Porto

Mestrado Integrado em Psicologia


Unidade Curricular de Estatística II

Diferenças entre as variáveis da Personalidade e a Influência destas na


Tomada de Perspetiva dos Jovens

Daniela Filipa Costa Ferreira, up201606276


Helena Cristina Cerqueira Costa, up201604392
Joana Margarida Ribeiro de Paiva Gouveia, up201606647
Matilde Diogo da Silva Santiago Sottomayor, up201603906
Natacha Filipa Stanislau Santos, up201608617
Sílvia Rafaela Pinto Ribeiro, up201603563

Grupo 01, P1C

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Estatísticas II 2º Semestre
CONTEÚDO
INTRODUÇÃO TEÓRICA .......................................................................................................... 3
MÉTODO...................................................................................................................................... 3
Instrumentos de Medida ............................................................................................................ 4
Inventário dos Cinco Fatores NEO-FFI ................................................................................ 4
Índice de Reatividade Interpessoal – IRI .............................................................................. 4
ANÁLISE ...................................................................................................................................... 4
Participantes .............................................................................................................................. 4
ANOVA MR ............................................................................................................................. 4
Pressuposto da Normalidade da Distribuição de Todas as Variáveis.................................... 5
Pressuposto da Esfericidade .................................................................................................. 5
Conclusões ............................................................................................................................ 5
REGRESSÃO LINEAR MÚLTIPLA ....................................................................................... 6
Pressuposto da Normalidade da distribuição das variáveis ................................................... 6
Pressuposto da Linearidade da relação entre variáveis ......................................................... 7
Pressuposto da normalidade de distribuição dos resíduos ..................................................... 7
Pressuposto da linearidade dos resíduos ............................................................................... 7
Pressuposto da Homocedasticidade dos resíduos .................................................................. 8
Pressuposto da Independência dos Resíduos......................................................................... 8
Regressão Linear Múltipla .................................................................................................... 8
Conclusões ............................................................................................................................ 8
RESULTADOS ............................................................................................................................. 9
REFLEXÃO FINAL ..................................................................................................................... 9
Referências .................................................................................................................................. 11
ANEXO 1 – ANOVA MR .......................................................................................................... 12
ANEXO 2 – REGRESSÃO LINEAR MÚLTIPLA .................................................................... 13

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Estatísticas II 2º Semestre
INTRODUÇÃO TEÓRICA

Este trabalho foi elaborado no âmbito da unidade curricular de Estatística II e, tal


como solicitado, abrange dois procedimentos paramétricos lecionados durante o
semestre. Utilizamos o questionário facultado, tendo optado por dois instrumentos de
medida: IRI – Índice de Reatividade Interpessoal (Mark Davis, 1983; adaptação
portuguesa de Limpo, Alves, & Castro, 2010) – e NEO-FFI – Inventário dos Cinco
Fatores NEO-FFI (Costa & McCrae, 1989, 1992; adaptação portuguesa de Lima &
Simões, 2000); uma vez que - segundo Johnson, Mortimer, & Snyder (1998) - no final da
adolescência “as principais dimensões psicológicas cristalizam e tendem a manter-se
estáveis ao longo do curso da vida adulta, sendo um período crucial para o
desenvolvimento de comportamentos pró-sociais.” (Reis, 2013).
Segundo Carlo, Eisenber e Knight (1992, apud Reis, 2013), “no final da
adolescência e início da idade adulta dá-se um aumento do comportamento pró-social
devido ao emergente desenvolvimento das relações interpessoais, cognitivas e
emocionais e mudanças no contexto social.”
Estas duas escalas pareceram-nos pertinentes por considerarmos que nos últimos
anos se têm vindo a realizar cada vez mais estudos onde são “medidos os traços mais
globais e também outros mais específicos da personalidade, tais como empatia e
simpatia, acreditando-se que certos traços da personalidade podem predispor alguns
indivíduos a envolver-se em relações de ajuda” (McCrae & Costa, 1999; Omoto Snyder,
1995; apud Reis, 2013).
Com este trabalho, pretendemos demonstrar e aperfeiçoar as nossas capacidades
de trabalho no programa IBM SPSS Statístics.
MÉTODO
Como é possível verificar pela contextualização anterior, é no final da adolescência
que se intensificam os contactos sociais que serão bastante influenciados pela
personalidade dos jovens, desta forma, este trabalho tem como objetivo perceber as
diferenças entre os níveis médios de cada variável do NEO-FFI e a influência que estes
têm nos Índices de Reatividade Interpessoal.

Por unanimidade, o grupo decidiu realizar uma ANOVA MR e uma Regressão


Linear Múltipla, afim de verificar ou rejeitar as seguintes hipóteses:

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Estatísticas II 2º Semestre
1º Hipótese: Espera-se uma diferença significativa entre os níveis médios de todas as
variáveis do NEO-FFI.

H1.1: Espera-se uma diferença entre os níveis médios de Amabilidade e de


Neuroticismo, sendo os primeiros mais elevados.

2º Hipótese: Espera-se que os níveis de Amabilidade e Conscienciabilidade predigam os


níveis de Tomada de Perspetiva.

Instrumentos de Medida

Inventário dos Cinco Fatores NEO-FFI


Com este modelo, é possível agrupar as tendências comportamentais, emocionais
e cognitivas do individuo em cinco fatores distintos: (1) Neuroticismo [NEU], (2)
Extroversão [EXT], (3) Amabilidade [AMA], (4) Conscienciosidade [CON] e (5)
Abertura [ABE].

Índice de Reatividade Interpessoal – IRI


O IRI foi construindo a partir da conjugação de itens de escalas unidimensionais
de empatia com novos itens, passando assim a ser composto por 28 afirmações sobre
sentimentos e pensamentos que a pessoa pode, ou não, ter experienciado. No entanto, é
possível agrupar esta 28 afirmações em quatros subescalas: (1) Tomada de Perspetiva1
[TP], (2) Preocupação Empática (3) Desconforto Pessoal e (4) Fantasia.

ANÁLISE2
Participantes

Este estudo contou com a participação de 128 participantes do sexo feminino e 30


do género masculino (N=158)3, sendo que 41,1% (N=65) tinham 18 anos, 24,1% (N=38)
tinham 19 anos e 34,8% (N=55) tinham uma idade igual ou superior a 20 anos.

ANOVA MR

Serão utilizados cinco fatores intra-sujeitos – Neuroticismo, Extroversão, Abertura,


Amabilidade e Conscienciosidade – que, como já foi acima referido, pertencem ao instrumento
de medida NEO-FFI.

1
Esta análise apenas irá utilizar a variável da Tomada de Perspetiva, que reflete a tendência do indivíduo
para adotar os pontos de vista do outro.
2
É necessário ter em conta que todas as variáveis foram recodificadas e computadas.
3
Sendo os participantes alunos da FPCEUP, a diferença entre os sexos na amostra é representativa da
população.

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Estatísticas II 2º Semestre
𝐻0 : μ[NEU] = μ[EXT] = μ[ABE] = μ[AMA] = μ[CON]
𝐻1 : Existe pelo menos uma diferença nos níveis médios das variáveis analisadas
Pressuposto da Normalidade da Distribuição de Todas as Variáveis
𝐻0 : A distribuição das variáveis não se diferencia significativamente de uma
distribuição normal.
𝐻1 : A distribuição da variável diferencia-se significativamente de uma distribuição
normal.
Tendo em conta que N = 158, é necessário utilizar o Teste de Normalidade de
Kologorov-Smirnov, rejeitando-se a H0 para as seguintes variáveis: NEU (𝑝 = 0.047),
ABE (𝑝 = 0.001), AMA (𝑝 = 0.015) e CON (𝑝 < 0.001), assim sendo, a única variável
com o pressuposto validado seria a EXT (𝑝 = 0.074). Utilizando os z scores dos valores
de Assimetria e Curtose, torna-se possível validar o pressuposto para o NEU (𝑧𝑆𝐾 =
0.2; 𝑧𝐾𝑈 = −1.35), a ABE (𝑧𝑆𝐾 = 1.26; 𝑧𝐾𝑈 = −1.13) e para a AMA (𝑧𝑆𝐾 = −1.67; 𝑧𝐾𝑈 =
−0.63). Desta forma, só a variável CON é que não é validada (𝑧𝑆𝐾 = −2.70; 𝑧𝐾𝑈 = 1.09),
porém os resultados modulares demonstram que é seguro prosseguir com a análise
(|𝑆𝐾| = 0.52; |𝐾𝑈| = 0.42).

Pressuposto da Esfericidade
𝐻0 : Há esfericidade
𝐻1 : Não há esfericidade
Visto que W de Mauchly é inferior a 0.05 (𝜌 < 0.001) rejeita-se a H0, o que nos obriga
a realizar uma correção a este valor. Sendo assim deve-se analisar valor de 𝐸𝑝𝑠𝑖𝑙𝑜𝑛𝐺𝐺 ,
como este é inferior a 0.75 (𝜀𝐺𝐺 = 0.748) utiliza-se esse resultado, até porque estaremos
a utilizar um teste mais conservador.
 ANOVA MR
Através da tabela de Teste de Efeitos Dentre Sujeitos (Anexo 1), comprova-se que
existe pelo menos uma diferença (𝜌 < 0.001), rejeitando-se a H0. Tendo em conta a
tabela de Comparações por Método Pairwise (Anexo 1), verifica-se que só existem três
pares de conjugações em que estas diferenças não são estatisticamente significativas:
NEU-EXT (𝜌 = 0.472), EXT-ABE (𝜌 = 0.383) e AMA-CON (𝜌 = 0.775).
De acordo com o valor de 𝜂𝜋2 , é possível verificar que a magnitude do efeito é fraca
(𝜂𝜋2 = 0.13).

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Estatísticas II 2º Semestre
Conclusões
Usou-se o Teste ANOVA MR de modo a perceber se existem diferenças
significativas entre os níveis médios das variáveis Neuroticismo, Amabilidade,
Extroversão, Abertura e Conscienciosidade.
Para tal procedeu-se à verificação dos pressupostos da Normalidade da
Distribuição das variáveis e da Esfericidade. Verificou-se que o primeiro apenas ficou
validado para o Neuroticismo, Extroversão, Abertura e Amabilidade, porém apesar de
não ser possível verificar a normalidade da distribuição na Conscienciosidade é permitido
continuar com a análise visto que os desvios não se revelaram tão acentuados na
assimetria (𝑆𝐾 ≤ 2) e curtose (𝐾𝑈 ≤ 7). Relativamente ao pressuposto da Esfericidade
dá-se como não validado, procedendo-se a uma pequena correção [𝐹𝐺𝐺 ].
Segundo os resultados observados no teste Sidak, pode-se concluir que existem
diferenças estatisticamente significativas entre os níveis médios das variáveis
[𝐹𝐺𝐺 (2.99,470) = 23.0, 𝜌 < 0.001, 𝜂𝜋2 = 0.13]. Estas encontram-se entre Neuroticismo
[𝑀 = 39.0, 𝐷𝑃 = 8.23] e Abertura [𝑀 = 42.1, 𝐷𝑃 = 5.9, 𝜌 = 0.001], Neuroticismo e
Amabilidade [𝑀 = 45.2 𝐷𝑃 = 6.02, 𝜌 < 0.001], Neuroticismo e Conscienciosidade [𝑀 =
44.3 𝐷𝑃 = 6.052, 𝜌 < 0.001], Extroversão [𝑀 = 40.8, 𝐷𝑃 = 5.93] e Amabilidade [ 𝜌 <
0.001], Extroversão e Conscienciosidade [𝜌 < 0.001], Abertura e Amabilidade [𝜌 <
0.001] e Abertura e Conscienciosidade [𝜌 = 0.028].
Concluindo, é possível verificar que entre a população estudada, o Neuroticismo
é a variável com níveis médios mais baixos e a Amabilidade com os níveis médios mais
elevados.
REGRESSÃO LINEAR MÚLTIPLA

De forma a realizar este procedimento, serão utilizadas as variáveis Conscienciosidade e


Amabilidade como variáveis independentes e a Tomada de Perspetiva como variável dependente.
𝐻0 = 𝛽𝐶𝑂𝑁 = 𝛽𝐴𝑀𝐴 = 0
𝐻1 : 𝐸𝑥𝑖𝑠𝑡𝑒 𝑝𝑒𝑙𝑜 𝑚𝑒𝑛𝑜𝑠 𝑢𝑚 𝛽 𝑞𝑢𝑒 é 𝑑𝑖𝑓𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑑𝑒 𝑧𝑒𝑟𝑜.
Pressuposto da Normalidade da distribuição das variáveis
𝐻0 : A distribuição das variáveis não se diferencia significativamente de uma
distribuição normal.
𝐻1 : A distribuição da variável diferencia-se significativamente de uma distribuição
normal.

Tal como no procedimento da ANOVA MR acima descrito, e tendo em conta que


N = 158, é necessário utilizar o Teste de Normalidade de Kologorov-Smirnov, rejeitando-

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Estatísticas II 2º Semestre
se a H0 para as seguintes variáveis: TP (𝑝 = 0.005), AMA (𝑝 = 0.015) e CON (𝑝 <
0.001). Utilizando os z scores dos valores de Assimetria e Curtose, torna-se possível
validar o pressuposto para o TP (𝑧𝑆𝐾 = 0.92; 𝑧𝐾𝑈 = 1.84) e para a AMA (𝑧𝑆𝐾 =
−1.67; 𝑧𝐾𝑈 = −0.63). Desta forma, só a variável CON é que não é validada ( 𝑧𝑆𝐾 =
−2.70; 𝑧𝐾𝑈 = 1.09), porém os resultados modulares demonstram que é seguro prosseguir
com a análise (|𝑆𝐾| = 0.52; |𝐾𝑈| = 0.42).
Pressuposto da Linearidade da relação entre variáveis
𝐻0 : Não existe linearidade entre a Tomada de Perspetiva e a
Conscienciosidade/Amabilidade.
𝐻1 : As relações entre a Tomada de Perspetiva e a Conscienciosidade/Amabilidade são
lineares

Figura 1 - Diagramas de Dispersão da Linearidade

Através da observação dos diagramas de dispersão verifica-se que, tanto a relação


entre Amabilidade e a Tomada de Perspetiva, como a relação entre a Conscienciosidade
e a Tomada de Perspetiva são lineares, o que nos permite rejeitar a 𝐻0 e desta forma
validar o pressuposto.

Pressuposto da normalidade de distribuição dos resíduos


𝐻0 : A distribuição dos resíduos não se diferencia significativamente de uma distribuição
normal.
𝐻1 : A distribuição dos resíduos diferencia-se significativamente de uma distribuição
normal.

Com a análise dos histogramas [Anexo 2], verifica-se que a curva da distribuição
dos resíduos, tanto na Amabilidade como na Conscienciosidade, se aproxima da
distribuição normal, por esse motivo, o pressuposto é validado.

Pressuposto da linearidade dos resíduos


𝐻0 : Não existe linearidade dos resíduos.

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Estatísticas II 2º Semestre
𝐻1 : A linearidade dos resíduos é significativa.
É possível analisar-se o diagrama de dispersão dos resíduos [Anexo 2] e verificar-
se que, tanto na Amabilidade como na Conscienciosidade, esta é linear, o que invalida a
𝐻0 e permite validar o pressuposto.

Pressuposto da Homocedasticidade dos resíduos


𝐻0 : Não existe uma simetria vertical e horizontal em cada variável.
𝐻1 : Existe uma simetria vertical e horizontal em cada variável.
Através da observação de diagramas de dispersão dos resíduos [Anexo 2] verifica-
se que, tanto na Amabilidade como na Conscienciosidade, existe simetria horizontal, mas
não vertical, dos resíduos, logo o pressuposto não está validado.

Pressuposto da Independência dos Resíduos


𝐻0 : 1.8 < 𝑑 < 2.2
𝐻1 : 𝑑 < 1.8 𝑜𝑢 2.2 < 𝑑

Visto que 𝑑 de Durbin Watson está contido entre 1.8 e 2.2 (d=2.13), os resíduos
associados a cada preditor são independentes, ou seja, o pressuposto está validado.

Regressão Linear Múltipla


Através da tabela ANOVA [Anexo 2], comprova-se que se rejeita 𝐻0 (𝑝 < 0.001),
o que indica que o conjunto dos preditores explica significativamente a Tomada de
Perspetiva. Porém, é necessário verificar que se cada preditor, quando isolado, continuará
a predizê-la.

H0.1: {βAMA= 0} H0.2: {βCON= 0}


H1.1: {βAMA ≠ 0} H1.2: {βCON ≠ 0}
Tendo em conta a tabela de coeficientes (Anexo 2), comprova-se que se rejeita a
H0.1 (p = 0.007), bem como a H0.2 (p = 0.013), ou seja, a Amabilidade e a
Conscienciosidade são bons preditores da Tomada de Perspetiva, mesmo que analisados
de forma individual.

Porém, ao analisar os valores de 𝛽 consegue-se verificar que a Amabilidade (𝛽 =


0.21) é um melhor preditor do que a Conscienciosidade (𝛽 = 0.20). Por último, e de
2 2
acordo com o valor de 𝜂𝑎𝑗. , é possível verificar que a magnitude do efeito é fraca (𝜂𝑎𝑗. =

0.088).

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Estatísticas II 2º Semestre
Conclusões
Procedeu-se à realização do teste de Regressão Linear Múltipla para verificar se a
Amabilidade e a Conscienciosidade predizem a Tomada de Perspetiva. Como condições
prévias é necessário verificar a dimensão amostral, o diagnóstico de Multicolinearidade
e a presença de outliers - estas servem para determinar a significância dos preditores
individuais, garantir que a relação entre preditores é o mais residual possível e, ainda,
verificar a influência dos valores extremos. É possível verificar que todas foram
validadas.

De seguida, verificou-se, os pressupostos da Normalidade da Distribuição de cada


variável, a linearidade da relação entre as variáveis, a normalidade dos erros, a linearidade
dos erros, a homocedasticidade e a independência dos erros. Comprova-se que o
pressuposto da normalidade da distribuição de cada variável é validado para as variáveis
Tomada de Perspetiva e Amabilidade, mas não para a variável Conscienciosidade, porém
continua-se a análise porque os desvios não se revelaram acentuados na assimetria
(SK≤2) e na curtose (KU≤7). No que se concerne aos restantes pressupostos ficaram todos
validados, exceto o pressuposto da homocedasticidade.

De seguida, aferiu-se se o conjunto de preditores explicava significativamente a


2
variável Tomada de Perspetiva [𝐹(2,155) = 8.58, 𝜌 < 0.001, 𝜂𝑎𝑗. = 0.088], o que se
veio a confirmar, uma vez que foi rejeitada a 𝐻0 . Mais tarde, verificou-se se cada um dos
preditores explicava, individualmente, significativamente a Tomada de Perspetiva. Ficou
comprovado que tanto a Amabilidade [Β = 0.118, 𝐷𝑃 = 0.043, 𝛽 = 0.211, 𝜌 =
0.007, 𝐼. 𝐶 = (0.021; 0.180)] como a Conscienciosidade [Β = 0.100, 𝐷𝑃 = 0.040, 𝛽 =
0.195, 𝜌 = 0.013, 𝐼. 𝐶 = (0.021; 0.180)] são preditores da Tomada de Perspetiva.
Verificou-se, ainda, que a Amabilidade (β = 0.21) é melhor preditor de Tomada de
Perspetiva do que a Conscienciosidade (β = 0.20).

RESULTADOS
Através dos procedimentos paramétricos torna-se exequível a verificação da
validação e/ou refutação das hipóteses inicialmente estabelecidas como orientadoras do
trabalho.

Tendo em conta que o NEO-FFI não apresenta diferenças estatisticamente


significativas entre todos os grupos, a primeira hipótese é refutada; porém, visto que a

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Estatísticas II 2º Semestre
Amabilidade (M=45.2) é a característica mais presente nos estudantes e o Neuroticismo
(M=39.0) a menos frequente, é possível afirmar que H1.1 é verificada.

Relativamente à H2, como foi acima descrito, verifica-se que a Amabilidade e a


Conscienciosidade constituem bons preditores da Tomada de Perspetiva, desta forma,
valida-se a hipótese.

REFLEXÃO FINAL
Tendo em conta as dificuldades sentidas na realização desta análise, considera-se
importante, para o futuro, uma revisão aprofundada da literatura. Refere-se também como
ponto de interesse, a análise das restantes variáveis do IRI e a sua relação com o NEO-
FFI, de forma a compreender se existem mais preditores e/ou diferenças significativas.
No entanto, após uma reflexão cuidada do trabalho efetuado, observa-se que os
objetivos foram concretizados.

Estudantes do Grupo % Individual de Participação


Daniela Ferreira 16.(66)%
Helena Costa 16.(66)%
Joana Gouveia 16.(66)%
Matilde Sottomayor 16.(66)%
Natacha Santos 16.(66)%
Sílvia Ribeiro 16.(66)%
Total: 100%
Comentários e Observações Nada a referir

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Estatísticas II 2º Semestre
Referências
Limpo, T., Alves, R., & Catro, S. L. (2010). Medir a empatia: Adaptação portuguesa do Índice
de Reactividade Interpessoal. FPCE da Universidade do Porto, Porto. : Laboratório de
Psicologia, 8(2): 171-184 (2010) © 2010, I.S.P.A.
Pedro-Lima, M., Magalhães, E., Salgueira, A., Gonzalez, A.-J., Costa, J. J., Costa, M. J., & Costa,
P. (Dez. 2014). A versão portuguesa do NEO-FFI: Caracterização em função da idade,
género e escolaridade. Lisboa: Psicologia vol.28 no.2.
Reis, S. L. (2013). Funções Motivacionais e Personalidade em Universitários Voluntários.
Universidade de Aveiro, Departamento da Educação, Aveiro. Obtido em 26 de Março de
2017, de https://ria.ua.pt/bitstream/10773/11419/1/7836%20por.pdf
Ricou, M. (2004; vol. XIII, nº13). Psicologia da Criança e do Adolescente: uma abordagem a
partir da ética profissional. Nascer e Crescer - revista do hospital de crianças maria pia
, 5.
Robert R. McCrae, P. T. (Received 23 April 2002; received in revised form 6 January 2003;
accepted 21 February 2003). A contemplated revision of the NEO Five-Factor Inventory.
Baltimore, Maryland, USA: Department of Health and Human Services, National
Institute on Aging,.
Yassine, I. M. (2011). A Auto-Perceção do Envelhecimento e os Traços de Personalidade em
Idosos. Lisboa: Faculdade de Psicologia - Universidade de Lisboa.

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Estatísticas II 2º Semestre
ANEXO 1 – ANOVA MR
Tabela 1 - Designação dos Fatores

Tabela 3 - Teste de Efeitos Entre Sujeitos


Tabela 5 - Tabela Descritiva

Tabela 4 - Teste de Esfericidade de Mauchly

Tabela 2 - Comparação por Método Pairwise

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Estatísticas II 2º Semestre
ANEXO 2 – REGRESSÃO LINEAR MÚLTIPLA
Tabela 6 - Teste de Normalidade para TP

Figura 2 - Linearidade dos Resíduos AMA Figura 3 - Distribuição dos Resíduos AMA

Figura 4 - Linearidade dos Resíduos CON Figura 2 - Distribuição dos Resíduos CON

Tabela 7 - Sumarização do Modelo

Tabela 9 - ANOVA

Tabela 8 - Tabela de Coeficientes

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Estatísticas II 2º Semestre

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