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Resenha do artigo “Access Lens: a gesture-based screen reader

for real-world documents” de Shaun K. Kane, Brian Frey e Jacob O.


Wobbrock
KANE, Shaun K.; FREY, Brian; WOBBROCK, Jacob O. Access lens: a gesture-
based screen reader for real-world documents. Proceedings of the SIGCHI
Conference on Human Factors in Computing Systems, 2013, p. 347-350.
Shaun Kane é professor associado do Departamento de Ciência da
Computação da Universidade de Colorado em Boulder. Brian Frey é doutorando em
Sistemas de Informação na Universidade de Maryland em Baltimore. Jacob O.
Wobbrock é professor de Interação Humano-Computador na Escola de Informação
da Universidade de Washington e na Escola Paul G. Allen de Ciência da
Computação e Engenharia da Universidade de Washington.
O artigo foi escrito em 2013, com base em um estudo realizado pelos autores
buscando desenvolver uma tecnologia de leitura automatizada e acessível para
indivíduos cegos. O artigo teve como objetivo descrever a construção do dispositivo
e seu funcionamento e ao final apontar melhorias na tecnologia em um trabalho
futuro. A leitura do artigo é importante para a construção de dispositivos de suporte
a pessoas com deficiência visual.
Primeiramente, o autor menciona outros aplicativos interativos que buscam
auxiliar indivíduos cegos, enquanto apresenta as limitações dessas tecnologias
Como, por exemplo, a impossibilidade de um usuário cego interagir com alguma
escrita que esteja fora de seu smartphone. O propósito do Access Lens é tratar
exatamente desse problema..
O Access Lens é um dispositivo acessível com um hardware de câmera
acoplado na área de trabalho do usuário e um software de visão computacional
capaz de reconhecer textos e rastrear gestos. As principais funções são reconhecer
o texto de documentos e outros objetos e permitir que o usuário explore esse texto
através de gestos manuais e comandos de voz. Para tal, o dispositivo captura,
identifica, digitaliza e retorna ao usuário os resultados obtidos.
Para realizar a leitura, o usuário pode acessá-la com o Access Lens
rastreando a ponta do dedo do usuário e lendo o texto mais próximo a ele, ou
navegando através do que o dispositivo identificou e enviando comandos para que
uma parte específica seja lida, ou também ativando o comando de voz através de
uma tecla de atalho no computador e pedindo para que o aparelho leia um trecho.
A fim de teste, participantes cegos fizeram uma sessão de uma hora com
introdução sobre o dispositivo onde avaliaram o Access Lens. Ao fim do teste, o
dispositivo foi avaliado como uma boa ferramenta, porém a leitura das tabelas é
dificultada, o movimento da câmera e rastreamento de gestos também é retardado.
Entretanto, o sistema de visão do Access Lens apresentou-se confiável sob
diferentes condições de iluminação do laboratório.
Ao final do estudo, concluiu-se a necessidade de melhora do desempenho
em condições de iluminação em um ambiente convencional e detecção de
movimento ou objeto digitalizado. É sugerido, também, uma versão futura capaz de
identificar imagens ou glifos impressos, tanto quanto monitores sensíveis ao toque.
Enfim, o estudo fornece muitas considerações feitas pelos usuários do
dispositivo, o que traz uma aproximação maior do que pode ser aplicado. Os
resultados foram relevantes, então é possível que o texto seja importante em minha
pesquisa de Iniciação Científica Júnior, especialmente no reconhecimento de uma
tecnologia eficiente, específica e precisa para atender alunos disléxicos.

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