Você está na página 1de 84

SEMINÁRIO INTERNACIONAL CONTRA OS

AGROTÓXICOS PELA VIDA

06.12.2012 - Curitiba - PR

“Impactos dos Agrotóxicos no Paraná e as ações da


Secretaria de Estado da Saúde do Paraná”

Sezifredo Paulo Alves Paz


Superintendente de Vigilância em Saúde
Secretaria Estadual de Saúde
Populações Expostas à Agrotóxicos
Considera-se população exposta a agrotóxicos: (Documento MS –
Modelo de Vigilância em Saúde de Populações Expostas a
Agrotóxicos, 2012):

 Trabalhadores dos setores: agropecuário, silvicultura, manejo


florestal, manejo de ecossistemas (hídricos, mato em vias férreas,
etc.), madeireiro, empresas desinsetizadoras, de saúde pública
(trabalhadores que atuam no controle de endemias e de zoonoses,
incluindo portos, aeroportos e fronteiras), produção, transporte,
armazenamento e comercialização de agrotóxicos, de reciclagem de
embalagem de agrotóxicos e extensionistas, entre outros;

 Familiares desses trabalhadores e moradores do entorno das


unidades produtivas e ambientes contaminados pela utilização de
agrotóxicos, com ênfase nos grupos populacionais com maior
vulnerabilidade: crianças, gestantes e idosos;

 Consumidores de alimentos e água com resíduos de agrotóxicos;

 População em geral que tenha acesso aos agrotóxicos.


Diagnóstico Preliminar da
Situação - Paraná
População Total 9.563.454 habitantes (IBGE)
Trabalhadores Rurais da agricultura, pecuária e 1.117.084 pessoas ocupadas (Censo
produção florestal (expostos: trabalhadores, Agropecuário 2007)
familiares e população do entorno)

Crianças e Adolescentes na atividade 20.609 crianças (10 a 13 anos) e 65.876


agropecuária adolescentes (14 a 17 anos)

Agentes de Combate a Endemias (expostos: 1.409 trabalhadores ACE


trabalhadores e população atingida)

Empresas de Agrotóxicos (expostos: 17 empresas (SESA/CEST 2012)


trabalhadores e população do entorno)

Empresas de preservação de madeiras 31 empresas (IBAMA, 2004)


(expostos: trabalhadores e população do
entorno)
Desinsetizadoras (expostos: trabalhadores e 1513 empresas (Junta Comercial, 2005)
usuários)
Trabalhadores do Comércio e Transporte Sem levantamento
Lavouras temporárias no PR

Gráfico 7- Área plantada comlavoura


temporária (10 principais, em1000
hectares), Paraná, 2010

4480

2257
1173
521 626
40 48 51 79 172

r
ca
ca
a

u
ia

d jão
z

ja
d

ç
m

io
o

ilh
va

ve

o
a
rr

ri
d

i
u

S
n Fe

M
T
A

e
e

n
F
C

a
M

a
a
C
Lavouras permanentes no PR
Gráfico- ÁreaPlantadacom
LavouraPerm anente(5principais)
noParaná, 2010

82673

30447
21115
10281 10653

Banana Café Erva-mate Laranja Tangerina


Consumo de Agrotóxicos

• O Estado do Paraná é o terceiro maior


consumidor de agrotóxicos do Brasil. O
volume total de agrotóxicos consumidos no
Paraná foi de 76.668.233,20 kg no ano de
2008.
• Segundo o IPARDES, os maiores consumos
foram registrados nos Núcleos Regionais
(divisão administrativa da SEAB) de Ponta
Grossa, Cascavel e Londrina, com valores
superiores a 15,0 Kg/ha/ano, regiões de
grande agricultura intensiva.
Consumo de Agrotóxicos X Periculosidade dos
Produtos

• A análise do consumo em função da classe


de periculosidade ambiental resultou que
em todo o estado do Paraná as classes
muito perigosas e perigosas são as mais
aplicadas em todas as regiões e
representam cerca de 80% do total de
agrotóxico consumido.
Consumo de Agrotóxicos X Periculosidade dos
Produtos
Diagnóstico do Paraná Consumo de
Agrotóxicos X Classe de Uso Agrícola

• Quanto à classe de uso agrícola, os herbicidas são


os mais utilizados no Paraná, com 56,69% do total
de agrotóxicos do estado. Os inseticidas
representam 21% e os fungicidas 10,79%.

• Na análise dos dados do AGROFIT do Ministério


da Agricultura e Abastecimento que informa o
consumo anual dos princípios ativos dos
agrotóxicos, um dos agrotóxicos mais consumidos
no Paraná foi o glifosato com um total de 170
milhões de quilos em cinco anos.
Consumo de Agrotóxicos X Classe de Uso
Agrícola
Quadro de Morbi-Mortalidade por Agravos Não-Transmissíveis - 2010

Faixa etária (anos)


<1 1-4 5-9 10-14 15-19 20-29 30-39 40-49 50-59 60+ Total
Afecções Anomalia Causas Causas Causas Causas Causas Causas
1 Perinatais congênita Externas Externas Externas Externas Externas Externas
DAC DAC DAC

Anomalia Causas
2 Congênita Externas
Neoplasia Neoplasia Neoplasia Neoplasia Neoplasia Neoplasia
Neoplasia Neoplasia DAC

Causas Neoplasia/ Sistema Sistema Sistema Causas Causas


3 Externas DAR Nervoso Nervoso Nervoso
DAR DAC Neoplasia
Externas
DAR
Externas

Sistema Anomalia Aparelho Aparelho


4 DAR
Nervoso Congênita
DAC DAR DIC DIP
Digestivo Digestivo
Endócrina DAR

Anomalia Aparelho Aparelho


5 DIP DIP DAR
congênita
DAC DIP
Digestivo
DIP DAR
Digestivo
Endócrino

Sistema Endócrina Aparelho Causas Aparelho


6 Nervoso
DIC DIP Digestivo
Digestivo
DAR DAR Endócrina
Externas Digestivo
s

Aparelho Aparelho Anomalia Sistema Transt Sistema Período


7 Digestivo Digestivo
DIP DAR
Congênita Nervoso Mental
Endócrina DIP
Nervoso perinatal

Ap.Dig
Aparelho Sistema Transt Transt. Aparelho
8 Endócrino DAC Endócrina osteo Endócrina
Digestivo Nervoso Mental mental urinário
DIP
muscular
Dça da
pele/afeço Dça Sistema Aparelho Aparelho Sistema
9 Neoplasia
es orig. Sangue
Endócrina DIP Endócrino Endócrino
Nervoso urinário urinário Nervoso
peri natal
Ap.Digesti Dç do
vo/Afecçõe Sangue/g Dç do Gravidez / Aparelho Sistema Sistema Aparelho
10 DAC
s enitourinar Sangue puerpério Urinário Urinário Nervoso
DIP
Urinário
Perinatais io
Intoxicações por Agrotóxicos

• Desde 1982 o Paraná tem um sistema de


notificação das intoxicações por agrotóxicos.
INTOXICAÇÕES EXÓGENAS, PARANA, 2011
AGENTE CASOS ÓBITOS
Medicamento 3916 34
Ign/Branco 591 10
Prod. uso domiciliar 563 1
Agrotóxico agrícola 556 40
Raticida 501 11
Prod. químico 468 2
Drogas de abuso 416 11
Outro 169 5
Agrotóxico doméstico 167 4
Prod. veterinário 97 4
Planta tóxica 81 1
Cosmético 65 0
Agrotóxico saúde pública 30 0
Metal 12 0
TOTAL 7632 123

Fonte: Sinan net


INTOXICAÇÕES EXÓGENAS, PARANÁ, 2011
CIRCUNSTÂNCIA CASOS ÓBITOS
Ign/Branco 416 1
Uso Habitual 465 6
Acidental 2156 7
Ambiental 83 1
Uso terapêutico 113 2
Prescrição médica 3 0
Erro de administração 142 1
Automedicação 191 1
Abuso 497 9
Tentativa de suicídio 3675 96
Tentativa de aborto 19 0
Violência/homicídio 28 0
Outra 79 1
Total 7867 125
Fonte: Sinan net
Intoxicação por Agrotóxico, distribuição por circunstância da Contaminação. Paraná. 2011 - 2012

Agrotóxico agrícola Agrotóxico doméstico Agrotóxico saúde pública


Circunstância da
Intoxicação
2011 2012 2011 2012 2011 2012
Ign/Branco 4 3 1 1 1 0
Uso Habitual 68 65 6 7 0 3
Acidental 222 158 83 76 12 4
Ambiental 19 11 2 2 12 1
Uso terapêutico 0 0 1 0 0 0
Erro de administração 8 1 2 1 0 0
Abuso 3 3 1 0 0 0
Ingestão de alimento 3 3 1 0 0 0
Tentativa de suicídio 217 135 70 59 2 3
Tentativa de aborto 0 0 1 0 0 0
Violência/homicídio 2 1 2 1 1 0
Outra 10 4 3 0 1 1
Total 556 384 173 147 29 12

Fonte: Sinan net


Intoxicações por Agrotóxicos
relacionados ao trabalho

Gráfico3- Notificaçõesdas
intoxicaçõespor agrotóxicos, geral
erelacionadosaotrabalho, Paraná,
2007- 2011- fonteSINAN

1559
1389 1322 1304 1362
intox. Gerais
intox trabalho
391 312 350 298
276

2007 2008 2009 2010 2011


Intoxicações por Agrotóxicos Relacionadas ao
Trabalho (SINAN - total 2007 a 2011= 1627 casos)

• 86% das intoxicações por agrotóxicos


relacionados ao trabalho ocorreram com
trabalhadores do sexo masculino.
• A faixa etária de 20 a 34 anos
corresponde a 40% dos casos;
• 94% dos casos notificados são de
intoxicações agudas e somente 2,4% de
intoxicações crônicas.
Intoxicações por Agrotóxicos Relacionados ao
Trabalho e Grupos Químicos (SINAN)

• O glifosato foi o agrotóxico que mais


causou intoxicações relacionadas ao
trabalho (n=280)
• Os organofosforados (n=155). Destes, 85
intoxicações foram por metamidofós (já
proibido).
• Os piretróides representaram (n=116).
• OBS: o “n” é igual ao nº de vezes que o produto foi descrito
como agente de intoxicação e não é igual ao número de
intoxicações.
Intoxicações por Agrotóxicos Relacionados ao
Trabalho e Municípios notificadores (SINAN total
2007 a 2011)

• Os municípios que apresentaram os


maiores números de notificações:
Londrina, Maringá, Paulo Frontin,
Irati, Guamiranga, Tamarana,
Curitiba, Cascavel e Apucarana.
Intoxicações por Agrotóxicos Relacionados ao
Trabalho e Municípios que não notificaram (SINAN
total 2007 a 2011)

• Por outro lado, nesse mesmo período,


177 municípios não têm nenhuma
notificação de intoxicação por
agrotóxicos relacionados ao trabalho
e 99 municípios não possuem nenhum
registro de notificação por
intoxicação da população em geral.
Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos
em Alimentos - PARA
Tabela 1 – Número de Amostras e Ingredientes Ativos analisados por Alimento e por Laboratório
Paraná, abril a dezembro/2010.

Nº de i. a. analisados
Laboratório
Alimento
Arroz 97
Beterraba 102
Cebola 98
Cenoura 102
LACEN/PR
Manga 61
Morango 102
Repolho 102
Tomate 99
Abacaxi 104
Alface 134
Couve 103
LACEN/MG Feijão 102
Laranja 107
Mamão 103
Pimentão 134
Banana 0
Batata 58
LACEN/GO
Maçã 62
Pepino 61
LACEN/RS Uva 0

Fonte: DVVSA/DEVS/SVS/SESA, 2011 .


Figura 1 - Resultado das Análises de Alimentos, quanto a
Presença e Ausência de Resíduos de Agrotóxicos - Paraná,
abril a dezembro/2010.

25%

33%

sem resíduos

com resíduos < LMR

com resíduos > LMR e/ou NA


n=105
n=105
n=120

n=105

Fonte: DVVSA/DEVS/SVS/SESA, 2011 .


42%
Tabela 3 - Porcentagem de Amostras Insatisfatórias, por Alimento e por Período - Paraná, junho de 2001 a dezembro/2010..

Alimento Período/Ano
Jun/01 a Set/02 a Mar/04 a Jul/05 a Mai/06 a Mai/07 a Mar/08 a Mar/09 a Abr/10 a
Jun/02 Out/03 Dez/04 Mai/06 Out/06 Dez/07 Dez/08 Dez/09 Dez/10
(1º ano) (2ºano) (3º ano) (4º ano) (5º ano) (6º ano) (7º ano) (8º ano) (9ª ano)
Abacaxi - - - - - - 14,3 85,7 50,0
Alface 5,4 20,0 4,5 66,7 20,0 60,0 28,6 28,6 50,0
Arroz - - - - - - 0 14,3 16,7
Banana 3,8 0 9,1 0 - 0 0 14,3 -
Batata 14,9 4,2 0 0 0 10,0 0 0 0
Beterraba - - - - - - - 42,9 40,0
Cebola - - - - - - 0 14,3 16,7
Cenoura 0 8,3 9,1 0 - 0 42,9 28,6 16,7
Couve - - - - - - - 42,9 16,7
Feijão - - - - - - 0 0 0
Laranja 0 0 25,0 0 0 0 14,3 42,9 33,3
Maçã 17,6 8,3 15,0 0 0 12,5 0 0 0
Mamão 16,3 21,4 5,0 0 0 33,3 14,3 57,1 0
Manga - - - - - - 0 0 0
Morango 73,1 63,6 85,0 88,9 41,2 57,1 28,6 71,4 50,0
Pepino - - - - - - - 57,1 75,0
Pimentão - - - - - - 28,6 85,7 100,0
Repolho - - - - - - 0 14,3 0
Tomate 56,6 0 20,0 22,2 0 71,4 0 42,9 16,7
Uva - - - - - - 71,4 42,9 -

Fonte: DVVSA/DEVS/SVS/SESA,2011 .
Total
Ingrediente Ativo < >
LM LM
R R NA Total
Acefato 8 5 13
Azoxistrobina 5 5 Tabela 4 – Número de Amostras com
Betaciflutrina 2 1 3
Resíduos de Agrotóxicos em
Captana 1 1
Carbendazim 28 3 6 37 Alimentos, segundo Ingredientes
Carbofurano 2 2 Ativos Detectados
Cipermetrina 4 1 5 Paraná, abril a dezembro/2010.
Ciproconazol 2 2
Clorfenapir 2 2
Clorotalonil 7 1 8
Clorpirif ós 12 8 20
Deltametrina 2 2
Difenoconazol 5 5
Dimetoato 1 1
Ditiocarbamatos
(CS 2) 15 2 17
Endossulfam 2 2
Fenitrotiona 2 2
Fenpropatrina 1 2 3
Folpete 1 1 2
Fosmete 1 1
Imazalil 2 2
Lambda -
cialotrina 5 3 8
Malationa 1 1
Me tamidofós 7 5 12
Metidationa 2 2
Metomil 2 2
Permetrina 2 3 5
Pirimifós -metílico 2 2
Procimidona 9 1 10
Fonte:
Procloraz 18 2 20
DVVSA/DEVS/SVS/SES
A,2011 .
Figura 2 - Resultado das Análises de Resíduos de Agrotóxicos
em Amostras de Alimentos - Paraná, abril a dezembro/2010.

7
N.º de amostras

o
ba
xi

a
a

To o
M ga

e
en a

o
a

ve
ce

oz

g
ur

lh
nj

in
l
ca

B t at

at
o

an
ra

an
lfa

ou
rr

ra

o
ep
eb

m
o
ba

er

ep
A

or
La
A

M
C
B

P
C
A

et

R
C

Total s/ resíduos c/ resíduos c/ resíduos >LMR e/ou NA


Fonte: DVVSA/DEVS/SVS/SESA, 2011 .
Figura 3 - Núme ro de Dife re nte s Re síduos de Agrotóxicos
De te ctados nas Amostras - Paraná, abril a de ze mbro de 2010.

4
N. de amostras

0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
N .° d e re síd u o s

Abacaxi Alface Arroz Batata Beterraba Cebola Cenoura Couve


Feijão Laranja Maçã Mamão
Fonte: DVVSA/DEVS/SVS/SESA,2011 .
Morango Pepino Pimentão Tomate
Figura 4 - Rastreabilidade das Amostras Coletadas de
Alimentos - Paraná, abril a dezembro/2010.

100%

90%

80%

70%
Rastreabilidade

60%

50%

40%

30%

20%

10%

0%
Al i

Pe o

To o
Ba z

ba

or a
ce

no

e
te a

C ola

ve

l
ra
x

ja

ta
ro

h
g

at
ca

Be tat

n
ou
fa

an

ol
an

To
rra

ou

pi
eb
Ar

ra

m
a

ep
en

M
C
Ab

La
C

R
M
Fonte: DVVSA/DEVS/SVS/SESA,2011 . Produtor rural Distribuidor
Tabela 7 - Amostras Insatisfatórias quanto ao Alimento, Variedade/Marca, Irregularidade, Rastreabilidade e
Ponto de Amostragem - Paraná, abril a dezembro/2010.

Fonte: DVVSA/DEVS/SVS/SESA,2011 .
Resultados Preliminares - 2011
PARA Nacional - Ações 2012

Coordenação do GT- Análise Fiscal do PARA


nacional, colaborando na elaboração dos
Procedimentos Operacionais Padrão – POPs para as
análises fiscais do programa (maio/12)

Coordenação do GT-Rastreabilidade do PARA


nacional que em conjunto com as demais
Coordenações Regionais do programa deverá
construir normatização específica para esta questão
(nov./12)
PARA Estadual – Ações 2011

• Instituição do Programa Estadual de Análise de


Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos – PARA/PR
• Resolução SESA 217/11
•• Termo de Cooperação Técnica firmado com MPPR, SESA,
SEAB e outras instituições públicas e privadas com o objetivo
de implementar a rastreabilidade e a análise de resíduos de
• agrotóxicos em hortícolas comercializadas no estado do Paraná,
visando a segurança alimentar.
• Elaboração de minuta de Resolução Conjunta SESA/SEAB
sobre a rotulagem de produtos hortícolas in natura a granel e
embalados e hortícolas minimamente processadas, no Paraná
PARA Estadual - Ações 2012

• Termo de Cooperação Técnico-Científico-


Financeiro com o TECPAR para a análise de resíduos
de agrotóxicos em 68 amostras de hortícolas para
o Programa Estadual de Análise de Resíduos de
Agrotóxicos em Alimentos:
 34 amostras fiscais coletadas em
propriedades rurais pela ADAPAR/SEAB;
 03 insatisfatórias

 34 amostras de orientação coletadas na


CEASA/PR pela SMS de Curitiba.
 01 insatisfatória
Raticidas
AÇÕES REALIZADAS NO ANO DE 2012 NA FISCALIZAÇÃO DE
PRODUTOS DESINFESTANTES DOMISSANITÁRIOS E DENÚNCIAS DE
COMÉRCIO DE “CHUMBINHO”.

• MUNICÍPIOS INSPECIONADOS:

Campo Largo, Mandirituba, Tijucas do Sul, Rio Branco do


Sul, Piraquara,Fazenda Rio Grande, Curitiba, Jataizinho e
Ivaiporã.

• ESTABELECIMENTOS FISCALIZADOS (casas


agropecuárias, petshop e supermercados):34

• ESTABELECIMENTOS INTERDITADOS: 09 Casas


Agropecuárias. 01 Supermercado.
• Produtos Tirados do Mercado: THOR- methomil-
carbamato RE 4570/2012) , GRANO THOR - methomil
(RE 4574/2012) MADEMATO - glifosato (RE Nº
4.861/2012), TEMIK – Aldicarb – carbamato(ANVISA)
Tijucas do Sul
Faz. Rio Grande
Campo Largo
Jataizinho
Piraquara
Rio Branco do Sul
Saúde do Trabalhador
Protocolo de avaliação das
intoxicações por agrotóxicos

• Da necessidade de elaboração de um protocolo


de avaliação das intoxicações por agrotóxicos:

 Os profissionais da saúde no Brasil necessitam de


instrumentos clínicos no campo da Toxicologia ,que
orientem o diagnóstico das intoxicações crônicas
dos trabalhadores expostos ambientalmente e
ocupacionalmente a substâncias químicas,
reconhecidamente tóxicas e o estabelecimento da
relação com o trabalho e/ou o ambiente.
Grupo de Trabalho Intersetorial

•Adelmar Geruntho Filho, SMS/Céu Azul •Guerda Wegermann, PSF/Cascavel;


•Adriana Bender de Lacerda, Universidade •Guilherme Souza Cavalcanti de Albuquerque,
Tuiuti NESC/UFPR
•Aline Ferreira L.Revers, PSF/Cascavel •Jairo Vinicius Pinto, NESC/UFPR
•Ana Campos, NESC/UFPR •Lilimar Mori, SESA/10ª Regional de Saúde;
•Célia Regina Carnelose, SMS/Vera Cruz do •Lucia Carminatti Perinazzo, SMS/Céu Azul;
Oeste, •Luiza Preisler,NESC/UFPR
•Cláudia Giglio de Oliveira Gonçalves, •Marcelo José de Souza Silva, NESC/UFPR;
Universidade Tuiuti •Marcos Cardoso dos Santos, SMS/Anahy;
•Cristiane Regina C. Muller,SESA/ Cerest •Meierson Reque Junior, SESA/HT
Macro Oeste •Nanci Ferreira Pinto, SESA/SVS/CEST
•Cristiane Rubert, SMS/Anahy •Paulo de Oliveira Perna,NESC/UFPR
•David Claret Bueno, SESA/SVS/CEST; •Phalcha Luizar Obregon/UNIOESTE
•Elfrida Andreazza,SESA/10a Regional •Silvia Albertini,SESA/SVS/CEST;
Saúde; •Sonia do Rocio Valenga ,SESA/HT
•Elizabeth Santos,Núcleo Epidemio/HC •Yumie Murakami, SESA/SVS/CEST
•Elver Andrade Moronte,NESC/UFPR
•Fernanda F.Soares da Silva, NESC/UFPR •Heloisa Pacheco-Ferreira, Doutora
•Fernanda Miranda, SESA/UST/HT Consultora, FM/UFRJ
•Gisele Araújo de Freitas, HC/UFPR;
•Gisele de O Veiga, SESA/SVS/CEST;
• O grupo realizou, em uma primeira etapa,
revisão bibliográfica de agravos
relacionados aos principais grupos de
agrotóxicos e um curso de capacitação em
Toxicologia Clínica Ambiental e
Ocupacional.

• A partir desses referenciais, numa segunda


etapa, foram realizadas diversas reuniões
para a elaboração de uma proposta de
protocolo atendendo as principais lacunas
encontradas na prática da investigação.
• Em seguida, uma oficina foi organizada
para finalizar a proposta, e desta vez
contando com profissionais de saúde de
outras regiões do Estado do Paraná, e
que também atendem populações
expostas a agrotóxicos. Elaborado, o
protocolo foi aplicado em 51 pessoas
participantes do município de, todas
elas com histórico de exposição
ocupacional e/ou ambiental no cultivo
do fumo.
 A proposição do protocolo buscou levantar
dados de distintas naturezas para, numa
busca de relação entre eles, chegar a
informações que permitissem estabelecer
ou não o nexo causal entre condições de
vida e trabalho e os agravos à saúde
encontrados.
 O resultado final levou à reunião de quatro
instrumentos, sendo três deles elaborados
pelo grupo e um quarto de uso já corrente
• 1-Ficha de Exposição Ocupacional e
Ambiental, com dados sobre
escolaridade, trabalho, renda,
caracterização do contato com os
agrotóxicos (nomes dos produtos,
tempo de exposição, descrição da
atividade geradora da exposição,
intoxicações pregressas), história
ocupacional;
2- Ficha de Avaliação
Clínica-Anamnese, sobre
história clínica atual e
pregressa, hábitos de vida,
história familiar, vida sexual e
reprodutiva;
 3-Ficha de Avaliação Clínica - Exame físico
geral, com ênfase no exame neurológico: funções
sensoriais, movimentos, força muscular,
sensibilidade, coordenação, tônus muscular e sinais
de irritação radicular e meníngea, palpação de
nervos periféricos, reflexos,
Avaliação audiológica: audiometria tonal,
imitanciometria, emissão otoacustica, potencial
evocado auditivo de troncoencefalico (PEATE),
exame de processamento auditivo central.
Exames laboratoriais: dosagem de colinesterase
plasmática e acetilcolinesterase verdadeira,
função hepática, função renal, hemograma
completo, proteínas totais e frações, eletroforese
de globulinas, glicemia e TSH.
4-Questionário Self-Reporting
Questionnaire (SRQ-20),
padronizado pela Organização
Mundial de Saúde, para
avaliação de saúde mental.
Critérios considerados na caracterização
das intoxicações crônicas
 Análise das cargas e processos de trabalho;
 Dados epidemiológicos do grupo homogêneo de exposição;
 Histórico das intoxicações agudas prévias e sua gravidade
(conhecimento sobre a natureza do agente tóxico, tempo e
forma de manipulação);
 Anamnese – caracterização do quadro clinico sugestivo.
 No grupo estudado, foram identificadas três manifestações
mais comuns nas intoxicações crônicas por exposição
ocupacional a múltiplos agrotóxicos; perda auditiva,
polineuropatia e transtornos psiquiátricos menores. Foram
também considerados os seguintes diagnósticos diferenciais:
a)Perda Auditiva- exposição a ruído e presbiacusia;
b)Polineuropatia- deficiência de complexo vitamínico B,
síndrome de Guillain-Barré, alcoolismo crônico.
• A aplicação do Protocolo de Avaliação
das Intoxicações Crônicas por
Agrotóxicos permitiu evidenciar os
agravos prevalentes a saúde de um
grupo de trabalhadores do cultivo do
fumo.
Foram identificados 19 casos (37%
do total de avaliados) de intoxicação
crônica.
Pesquisa Rio Azul
• Estudo sobre os trabalhadores na
fumicultura- realização da pesquisa e
extensão em conjunto com o Núcleo de
Estudos de Saúde Coletiva da UFPR
“Investigação dos Processos de
Contaminantes Químicos e seus Impactos
na Saúde da População e Trabalhadores
Expostos no Paraná”, na fase de analise dos
dados.
Produtos preliminares da pesquisa:
- Aproximação do Centro Estadual de Saúde do
Trabalhador da Universidade Federal do Paraná;
- participação da secretaria municipal de saúde de
Rio Azul;
- elaboração de protocolo para a avaliação das
intoxicações crônicas por agrotóxicos;
- participação do Núcleo de Saúde do
Trabalhador/CEREST Macrooeste na aplicação do
protocolo e organização da atenção aos
trabalhadores em 4 municípios de sua
abrangência;
- Aproximação dos estudantes dos cursos de
medicina, enfermagem com o SUS.
PLANO ESTRATÉGICO DE RECONVERSÃO E DIVERSIFICAÇÃO DA
PRODUÇÃO AGROPECUÁRIA EM PROPRIEDADES QUE CULTIVAM DO
FUMO

• Elaboração em conjunto com a SEAB de plano estratégico


para Reconversão e Diversificação da Produção da
Agropecuária em Propriedades que cultivam Tabaco.

• Articulação Intersetorial – SESA/SEAB/EMATER/MDA


1) PLANO DE AÇÃO EM VIGILÂNCIA EM SAÚDE E ATENÇÃO PRIMÁRIA NO
PLANO ESTRATÉGICO DE RECONVERSÃO E DIVERSIFICAÇÃO DA PRODUÇÃO
AGROPECUÁRIA EM PROPRIEDADES QUE CULTIVAM DO FUMO

1. Convocar e reunir os responsáveis da atenção primária,


vigilância em saúde e diretores das Regionais de Saúde
envolvidas para apresentação do Plano Estratégico de
Reconversão da Cultura do Fumo e Plano de
desenvolvimento das ações da Saúde.

2. Realização de Seminário Interinstitucional


Saúde/Agricultura para a apresentação do Plano Estadual
para a Reconversão da Cultura do Fumo. Parceiros: SEAB,
SESA, INCA, MS, ANVISA, MDA, ABRIL/2013

3. Elaboração de diagnóstico da rede de atenção à saúde nos


municípios de Rio Azul (4), São João do Triunfo (3),
Prudentópolis (5), Irati (4), Imbituva (4), Ivaí, Ipiranga, S.
Mateus do Sul, Mallet e Guamiranga (4).

4. Capacitação das equipes de atenção primária e vigilância


em saúde nos municípios e regionais em diagnóstico,
tratamento, notificação e investigação nas intoxicações
por agrotóxicos
5. Elaboração de diagnóstico das condições de saúde,
trabalho e exposição aos agrotóxicos no cultivo do
tabaco das 90 famílias envolvidas.
6. Identificação das entidades e representações
sociais/trabalhadores nos municípios visando
apoiar a implementação do Plano
7. Avaliar os riscos a saúde humana e ambiental
inerentes as novas tecnologias/processos
produtivos que estão sendo propostos como
alternativa ao tabaco
8. Identificar,avaliar e monitorar as formas de
abastecimento de água utilizados para consumo
humano nos 6 municípios do plano de
RECONVERSAO DIVERSIFICAÇAO
Inseticidas no Combate a Dengue

• Década 2000 e 2011: Epidemias e uso


indiscriminado de inseticidas;
• Monitoramento contínuo das ações regionais e
municipais de combate a dengue.
• Resoluções para uso de UBVs – fumacês –
condicionalidades – Resolução 412/11 e
546/12.
Desafios
• Estruturação da Vigilância em Saúde nos
Municípios / ações complementares e
suplementares pelas equipes das regionais
de saúde, CERESTs;
• Capacitação dos profissionais para a
realização das ações da atenção primária,
vigilância sanitária, epidemiológica e saúde
do trabalhador em relação a agrotóxicos:
-organizar processos de formação para a
rede do SUS a partir dos ações priorizadas
nos municípios e regiões.
• Incluir as ações de vigilância a populações expostas a
agrotóxicos que ainda não estão inclusas nos planos
municipais de saúde;
• Ampliar o PARA Estadual
• Implementação do Plano de Amostragem de Vigilância
de Agrotóxicos na água para consumo humano;
• Implementar ações fiscais e de rastreabilidade no
PARA Nacional
• Implantar análise laboratorial de alimentos
transgênicos no Lacen;
• Implantar o “PROTOCOLO DE AVALIAÇÃO DAS
INTOXICAÇÕES CRÔNICAS POR AGROTÓXICOS”;
• Implementar a fiscalização de produtos
domissanitários/raticidas (fabricantes, vendedores,
produtos proscritos);
• Continuar o processo que visa diminuir o uso de inseticidas no
controle de endemias;
• Campanha permanente para trabalhadores, equipes de saúde
e público em geral.
Obrigado !
041-33304467
sezifredo@sesa.pr.gov.br
Articulação Intersetorial

• SESA
• EMATER
• SEAB
• MDA
2) Implantação do Protocolo
de Avaliação das Intoxicações
Crônicas por Agrotóxicos

- Apresentação e discussão do Protocolo na CIB;


- Aplicação do protocolo em municípios da 10ª
Regional de Saúde – Cascavel em conjunto com a
Universidade Estadual do Oeste do Paraná –
UNIOESTE.
- Resolução do Secretário(?)
3)Ações de Vigilância em Saúde e
Atenção básica
Para os 14 municípios dos grupos 1 e 2 do
trabalho infantil (grupos críticos) e que não
apresentaram nenhuma notificação de
intoxicação por agrotóxicos (14 municípios:
Doutor Ulisses, Bom Jesus do Sul, Manfrinopolis,
Cruz Machado, São Jorge do Patrocínio, Goioxim,
Ortigueira, São Jorge do Oeste, Capanema,
Planalto, Perola do Oeste, Porto Barreiro,
Grandes Rios e Marquinho), propõe-se:

1- Organização da rede do SUS municipal e regional:


atenção primaria, vigilância epidemiológica, saúde
do trabalhador e sanitária;
2- Criação de comissões intersetoriais no município.
Para os 26 municípios dos grupos 1 e 2 do
trabalho infantil (grupos críticos) e com
notificação de intoxicações propõe-se:

1- Organização da rede do SUS:


atenção primaria, vigilância
epidemiológica, saúde do
trabalhador e sanitária.
Para os municípios que possuem plantação
de fumo:
1- Trabalhar com o planejamento do
Grupo de Trabalho da Saúde e
Agricultura que está discutindo as
alternativas à diversificação nas
propriedades que cultivam fumo, em
consonância com a Convenção Quadro
da OMS.
Articulação Intersetorial
• SESA;
• Municípios priorizados;
• Instituições governamentais
municipais relacionadas a questão;
• Representação das comunidades,
trabalhadores etc..
4)Empresas de Agrotóxicos

1- Realizar a Vigilância dos Ambientes,


Processos de Trabalho, produtos e o
acompanhamento da saúde dos
trabalhadores nas empresas formuladoras
e de preservante de madeira.
Equipes de Vigilância Sanitária do estado,
regionais e municípios, Centros de
Referência de Saúde do Trabalhador e com
envolvimento de demais instituições como
Ministério Público, Secretaria de Meio
Ambiente e organizações de trabalhadores.
Agentes de Combate de Endemias
1) Levantamento de Dados:
Número de trabalhadores expostos, distribuição dos trabalhadores
por municípios e Regionais de Saúde;
Levantamento das condições de saúde dos trabalhadores;
Pesquisa sobre os produtos utilizados nas campanhas;
Levantamento e estudo das condições de trabalho
(preparação/diluição, armazenamento, aplicação, transporte, etc)

2) Realização de Oficinas:
Reconhecer o saber dos trabalhadores e criar espaços de
participação dos mesmos na discussão da relação trabalho, saúde e
doença;
Realizar oficinas com as instituições envolvidas para discussão de
estratégias de atuação.

3) Vigilância da Saúde dos Trabalhadores Expostos: A proposta é


realizar a avaliação dos trabalhadores por uma equipe
multidisciplinar do município com aplicação do “PROTOCOLO DE
AVALIAÇÃO DAS INTOXICAÇÕES CRÔNICAS POR
AGROTÓXICOS”.
Empresas Desinsetizadoras

1- A proposta para este ramo de atividade


é realizar em conjunto com as equipes da
Vigilância Sanitária da SESA e dos
municípios, um levantamento sobre os
aspectos relacionados com a Saúde do
Trabalhador nestas empresas e no segundo
momento, a realização de uma oficina com
os setores envolvidos com a questão para
traçar estratégias de ação.
Empresas de transporte e comércio de agrotóxicos

• A proposta baseia-se em levantamento dos


seguintes dados:
Cadastro das empresas;
Distribuição das empresas nos municípios;
Número de trabalhadores;
Produtos comercializados;
Levantamento das condições de trabalho e
principais riscos.
Articulação Intersetorial

• Sesa
• Municípios

- Setores vigilância epidemiológica,


ambiental, sanitária e saúde do
trabalhador
5)ORGANIZAÇÃO DOS DADOS:

Os dados coletados, produzidos e


pesquisados, devem ser organizados
através de:

• Um Banco de Dados que armazene dados


das empresas e dos trabalhadores
expostos;
• Organização em conjunto com biblioteca
da SESA de um banco de teses/
dissertações e estudos sobre agrotóxicos;
• Sistematização periódica dos dados
coletados e divulgação.
6) ELABORAÇÃO DE MATERIAL
INFORMATIVO

• Elaboração de material informativo


para trabalhadores e equipes de
saúde, vigilância epidemiológica e
sanitária e público em geral.
7)Fortalecimento da Agroecologia

• No Brasil, o Censo Agropecuário registra


90.497 estabelecimentos que fazem
agricultura orgânica no país.
• No Paraná, segundo o Censo Agropecuário
de 2006, há 7.527 estabelecimentos
agropecuários da agroecologia.
• Nos últimos anos, nota-se um crescimento
tanto na área plantada como no consumo.
Estratégias:
a) Organização da Rede do SUS
1 – Apresentação da proposta e negociação com
gestores municipal e regional;
2 – Elaboração com equipe de saúde local e regional
para um diagnóstico do uso de agrotóxicos no
município e efeitos a saúde humana e a natureza;
3 - Elaboração de proposta em conjunto com
município e regional de saúde;
4 – Capacitação das equipes para vigilância,
diagnóstico, tratamento e notificação;
5 – Implantação do Protocolo de Avaliação de
Intoxicações Crônicas, com acompanhamento
através de reuniões periódicas;
6- Acompanhamento das ações do planejamento com
reuniões bimestrais.
b) Criação de comissões nos municípios

1) Identificação dos atores (Organizações Não-


Governamentais, sindicatos, Pastorais, EMATER,
Secretaria de Saúde Municipal, Secretaria
Municipal de Meio Ambiente, Secretaria
Municipal de Agricultura);
2) Levantamento e organização dos dados existentes
sobre a questão dos agrotóxicos em cada
município;
3) Realização de reuniões nos municípios:
Problematização;
Elaboração de propostas;
Criação de comissão para acompanhamento e
encaminhamento das propostas.

Você também pode gostar