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iPARA O

CULTIVO

CENTRO NACIONAL DE PESQUISA DE MILHO E SORGO


@'rz0As9 M6
MAIO 1980
CIRCULAR TECNICA N? 01

RECOMENDACÕES PARA O 1

CULTIVO DO SORGO

EMBRAPA
C?) CENTRO NACIONAL DE PESQUISA DE MILHO E SORGO
SETE LAGOAS M6 -
Nome do Editor EMBRAPA. CNPMS.
Endereço do Editor Se te Lagoas, MG.

v 1

EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECU&IA. Centro Na-


c i o n a l de Pesquisa de Milho e Sorgo, Sete Lagoas-MG.
~ e c o m e n d a ~ õ epara
s o cultivo do sorgo. S e t e Lagoas,

o CNPMS/EMBRAPA, maio 1980.


comitê de ~ u b l i c a ~ ãdo

p . 78 (EMBRAPA. CNPMS. Circular ~ é c n i c a ,01)

CDD 633.17

L -
@ EMBRAPA
O desenvolvimento woncmico e ~ o c i dno AZ a-
@& n i ü e i b mdtn&e c o m , d v e h COM duas d o p i i r a ç ó ~
kibtÜtUcab quando C U ~ V ~contando
A com uma paduçiio a g d -
c o h capaz de c o W b u M e$etivamente pata u s a pempeoti-
va .
P a m t a n t a compeendemas que o ~ L O C U ~ dOe poduç&
agh*cok dÕ atuigihã 06 O u o b j e L i v o b de Soma plena quarr -
do PRODUTORES, EXTEMSIONTSTAS E PESOIIISAQORES ~ f i v c t e m
d e h ç o b dado& e neguúido a mama M h a p u a~t U i g & U M
ponto comum, q u d ~ e j a o do aumenta d a podução e d a p o -
d u 5 v d u d e a g f i o t c t n c em G v e l econ~micofiedkente com-
pensado~e, pahtanto, e o h u € a n t e .
Datu 3oma n EAWüAPA, c ~ t h a v hdo C m o N a o i a d d e
P ~ q u * o n d e AWho e Soirgo, t e m p o d o datl d g u p~ h -
006 no s e n t i d o d e ducnvckvrn um &tabulho v d a d e h n n e n -
t e INTEGRADL' com € x . t c ? n n i o ~ ~ h W e P , t a d l L t o & ~POR m t ~ i d e h
que, 45 UA&I, a A g ) L i C U a E J L C ~ ~ pdc'Lá C ~ O ocupair
. e5e-
t i ~ w n e z t cc &qat que a Iún-t6)UIz t e ~ v! m a e l a teseirvado.
Ccm u t n "CCIRCLILAR TECNICA?~~ p c t n n i o d g a C g c ~mrUs um
d q- ~ a una tuoca de. a k i ~ ~ g * ?04 L C S j e t i v o ~antc>llio&ne~t-teoi-
moa.
Não i .- -
j w t o cídeútmicn d e 4 m b t a h que a t e j n e aesuP
b d o d e wn ZtubaChc ú l i c ú l d c com n ,tcpotLqe.m pao
puafiama "Globo R ~ l d "dc T d ' m ~ G i a o A O b ~ ae PROGRAFiA DE
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PESWISA EM SORGO que o C u ~ & o N a c i o d de Pesqwda de Mi I

P& até o Rio M e do S d . O c o & d o -


b i i s k o desbab coir

h ç ü o técnica p m &VM o ~ c h g om a &mb& de udica-


de como e onde c o ~ e g u hbe..&ed paha M.
A a b h imbendo conbidmnnob mimda m e d a cumpruda n a - -
phIrnimeihci akpd quando es.tamos coe4cando a pesente C& -
clLeLi1 TEcrUca, à didpobíC;io de todo^ 06 PmduLmeb Ag&o

i n d h p m Ú v e X pahticipuçáo do SISTEM BRASILEIRO DE W I -


S
TENCIA TECMICA E WTENSAO RURAL nn puboa do& c o l e g a EX-
TENSIONISTAS da6 d i v m u EtU4T€UES d o ~aU6pma c o o k d ~

@o pata nó& de como se tem compoirnado o bohgo nu dwm-


.
1 Origem e ~mport%ciado Sorgo para o Brasil ...
2 . Aspectos Climaticos ...........................
4

3 . Métodos Culturais ........................... ..


4 . ~ o n s e r v a ~ ãeo Preparo do S o b .................
5 . ~ d u b a ~ ãeo Calagem na Cultura d o Sorgo ........
6 . Cultivares ....................................
7 . Principais Pragas na Cultura do Sorgo .........
8 . Doenças do Sorgo ..............................
ORIGEM E IMPoRT?&cIA DO SORGO PARA O BRASIL

Davi Guilherme Gaspar Ruas*


~ o ã oCarlos Garcia
~ i b i oMilagres Teixeira

1. Origem e s i tuação Mundial

O sorgo tem como centro de origem a Africa e p a r t e


da &ia. Apesar de ser uma c u l t u r a muito a n t i g a , somente
-
a p a r t i r do f i m do século passado é que teve umgrande de
senvolvimento em muitas regiões agrzcolas do mundo. Em
1977, f o i o quinto cereal mais importante em termos de
-
quantidade produzida no mundo, sendo precedido apenas pe
lo t r i g o , arroz, milho e cevada.
Os Es tados Unidos, México e Argentina são os país es
que apresentaram, em 1977, as maiores produçÕes por hecta-
re, is t o devido ao melhor nivel tecnológico, o exis t ê n c i a
de hfbridos adaptados e ãs melhores condições ambientais .
~a Africa e h ia,onde o sorgo é cul tivsdo em áreas que a-
pres entam baixa disponibilidade de água,os rendimentos são

* Pesquisadores do Centro Nacional de Pesquisa d e Milho


e Sorgo
rrenores .
*:@r p a i s P C cm dcsenvolvirrerlta, o s o r g o ,principamen-
t c g r n n í ~ e r o ,d e i t i n a - s e
-o ~ l . i m e n t a ~ ãhumana,
o enquanto
4
~ J nPn + n2Lcc.q ~ r ~ e n \ ~ a ? v i d+ Vc ?- uti!i zaÇ% é basicamen-
to COITO alimon'icl c ? n i m ? l .

-
Yo n r n s i 1, s ao c u l t i v a d o s quatro tipos de sorgo: o
g r a n í f e r o , o f o r r a ~ e i r o ,o sacarinoeovasçouta.

A cu 1 t u r a d o s ~ r g ogranlfero desenvolveu-se em anos


rpcpnrr-, a v r c n t i n C e aqora a um decréscimo na produção
2 na a r c n co!liida (Quadro 1 ) . O decr6scimo e m 1979 ,entre -
t a n t o , d c . 7 : ~ ~ - s c crn g r a n d e p a r t e falta d e sementes, -
pro
-
votada p c l - n r c i ~ ~ i q ; oCc i m p o r t a ç a o , decretada para e v i -
tar C ~ C ~ ! P F ~ de
Ç i n t r c d u ç ã o d e doenças e para incentivar
s rirodtiçso i n t e r n a d e sementes.
-
n r o ~ u í mjrasileira es t i c o n c e n t r a d a principalrnen
tc rio R i o C r r i n c i ~c ! n S u l P em são P a u l o (Quadro 3) . No Rio
Cravdc d o SliI 6 um p r o d u t o com r e l a t i v a t r a d i ç ã o e subç-

titui i snjn .?o T3inoinio s o j a - t r i g o , quando o agricultor


ra z r ~ t . q G nr l ? cti! t u r n . Cm Sao
-
I>,?l.l!o n
-
produçao
L

e incen-
tivad.7 ? r i n c i ~ n l m c n t e par ind;s t r i a + d e
-
raçoes, que ad-
quirem o produto. A cultura do eorgo graníf ero é total-
mente mecanizhel , podendo por i 8 to mesmo e er realizada
em grandu, plantio8 .

QUADRO 1 . ~ r o d u ~e kárea colhida em sorgo granff ero no


Brasil.

h a Colhida
Ano
(1000 ha)

lll

Fonte: (1) USDA


(2) IBGE/CEPAGRO
QUADRO 2. Principais estados produtores de sorgo, produ-
ção (t) e rendimento (kg/ha) .

Estados Prod. Rend. Prod. Rend, Prod, Rend.

Fonte: IBGE JCEPAGRO

O sorgo granífero tem múltiplas utilidades como:

a) Diretamente na alimentação humana

Emmuitos países da Africa e &ia constitui alimento


importante para a população, sendo utilizado basicamente
na forna d e farinha,

b) N a alimentação animal

O sorgo apresenta uma composição quhicabastante se -


melhante 2 do milho, r pode substituí-10 c o m fonte -
ener
gética e m rações mimais (Tabela 3 ) . Seu valor nutritivo
é apenas ligeiramente i n f e r i o r ao do milho. Existem va-
riações em t o m o dos t e o r e s médios, principalmente de p r o -
tezna, apresentados na Tabela 3, p o r t a n t o o s v a l o r e s des-
t a Tabela devem s e r tomados apenas como indicação.

TABELA 3. Valores médios de n u t r i e n t e s do grão de sorgo


encontrados na li t e r a t u r a .

!!utriente Quantidade

Pro t e i n a 9,OO X
Energia ~ i g et sí v e l 3.200,00 k c a l
Fibra 2,oo X
cálcio 0,03 Z
F Q Soro
~ 0,30 X
Ribof l a v i n a 1,00 mg/kg
ãcido ~ l t t êo n i c o 11,00 mg/kg
L i s ina 0,20 mg/kh
Tiamina 4,60 mg/kg
Niacina 43,00 mg/kg

Diversos estudos já comprovaram a p o s s i b i l i d a d e de


-
seu emprego e m rações de bovind~s, suinos e aves, como subs
t i t u t o do milho.
O sorgo em grão para a a1 imentasão animal deve so-
f r e r um p r o c e s s m e n t o p r é v i o a f i m de aumentar a sua as-
C

similação. O processamento mais simples e mais b a r a t o e


a moagem. N ~ Ose recomenda uma moagem f i n a , o q u e a c a r r e t a
perdas, mas apenas uma d e s i n t e g t a ç ~ o . Pode-se também t o r -
nar os grãos m a i s ~ a l a t á v e i saos animais, colocando-o de
molho em água por a l g u m tempo, sem deeintegrá-10.

C) N a indústria

O sorgo é u t i l i z a d o em d i v e r s o s ramos da i n d ú s t r i a
p a r a a produção de am?do, f a r i n h a , c e r v e j a , c e r a , óleo
comestível, etc. Como o milho, produz a i n d a uma i n f i n i d-a.
d e de sub-produtos dependendo do grau de industrializa-
ção a que seja submetido. Sua f a r i n h a pode tamb&n ser m i s -
t u r a d a com a do t r i g o p a r a f a b r i c a ç ã o de pão e massas.

2.1.1. Preços

O preço do sorgo t e m s e s i t u a d o em cerca de 80% a


85% do preço do milho. E s t a porcentagem ta&& vem sendo
u t i l i z a d a p e l o governo n a f i x a ç ã o do preço mínimo.
Quando ocorreu f i x a ç ã o do pkeço m h i m o acima desta
r e l a s ã o h o w e s o b r a de produto no mercado forçando a a q u i -
s i c ã o p e l a CFP de grande quantidade de sorgo. I s t o ocor-
r e u principalmente d u r a n t e 1976 e 1977, quando foram f i -
nanciados e/ou a d q u i r i d o s respectivamente 16% e 33% da
produçáo. A maior s a f r a b r a s i l e i r a , ocorreu em 1976 qucm -
do o preço mínimo f o i f i x a d o no mesmo v a l o r ao do milho.
A v a r i a ç á o dos preços do sorgo d u r a n t e o ano deve se -
g u i r de p e r t o a do milho, p o i s devido u t i l i z a ç ã o seme-
l h a n t e , os preços do sorgo são fortemente influenciados
pelos do milho. E n t r e t a n t o sendo uma c u l t u r a mais preco-
ce, o sorgo tende a chegar ao mercado mais cedo, quando o
milho e s t á com um preço ainda a1to, o q u e pode r e s u l t a r
em um preço m a i s elevado para o sorgo.

O sorgo g r a n í f e r o es tã i n c l u i d o e n t r e os produtos que


possuem Valor ~ h i c ode Custeio, podendo p o r t a n t o u t i l i -
zar-s e de financiamento a g r í c o l a para sua lavoura, ob ti-
do por intermédio dos bancos ou por meio d a EMATER.
Por s e r um dos produtos com preço mínimo fixado p e
10 governo, os produtores podem u t i l i z a r das d i f e r e n t e s
formas de c r é d i t o para c ~ m e r c i a l i z a ~ ã o0s
. preços &ni-
mos garantidos pelo Governo Federal servem de base para
a r e a l i z a ç ã o de dois t i p o s de negócio: o AGF e o EGF.
O AGF ( ~ ~ u i s i ç ãdo
o Governo Federal) é a venda pura
e simples da produção ao governo. O mutuãrio recebe 100%
do Preso Mínimo, d e acordo com a c l a s s i f i c a ç ã o o f i c i a l do
produto, sem desconto d e s a c a r i a , ICM e IAPAS (o a n t i g o
FUNRURAL). Para a l i b e r a ç ã o do d i n h e i r o , é p r e c i s o que a
-
mercadoria e s t e j a s e c a , limpa e depositada em armazém in
dicado pelo banco, onde ela é pesada e c l a s s i f i c a d a de
acordo com as normas o f i c í a i s .
O Em (~rnpreztimodo Governo Federal) é um f i n a n c i a -
mento que o b j e t i v a f o r n e c e r recursos ao produtor, c o o p e
r a t i v a ç d e produtores, i n d ú s t r i a s e c r i a d o r e s de aves,
suinos e bovinos e/ou suas cooperativas, para que eles
possam armazenar a produção, s e j a p a r a venda f u t u r a , se-
ja p a r a a i n d u s t r i a l i z a ç ã o ou o seu uso como ração ani-
mal
Existem duas modalidales d e EGF: -
com e sem opção d e -
venda ao Governo Federal.
S e a operação f o r um EGF -
com opção d e venda,o v a l o r
do c r é d i t o é d e 100X do Preço ~ T n i m oapurado para o pro-
-
duto, d e acordo com a s u a c l a s s i f i c a ç ã o o f i c i a l . Neste ca
so, ao c o n t r á r i o do que acontece no AGF, o mutu%.o con-
t i n u a dono da mecadoria e d i s p õ e de um prazo p a r a resga-
t a r a d í v i d a j u n t o ao Banco do Brasil. Se, -
até o f i m des
t e prazo, a dyvida não for paga, a mercadoria passa a u t-
o
maticamente para o governo, que assume todas as despesas
-
acumuladas no per?odo do empréstimo, t a i s como juros, ar
mazenagem e conservação do produto.
Tradicionalmente, no EGF -
com opção d e venda, a l i b-
e
raçãohdo d i n h e i r o é s u j ei t a 2s mesmas exigências do AGF.
Ou seja,que amercadoria esteja, s e c a , limpa d e p o s i t a d a no
armazém indicado pelo banco c l a s s i f i c a d o o f i c i a l m e n t e .
Se a operação f o r um EGF -
sem opção d e venda, o pro-
d u t o pode ser estocado na propriedade do mutuário - des-
d e que e m condições adequadas 5 -
sua conservasao e median
t e a u t o r i z a ç ã o do Banca do Bras i1 , s endo dispensada a sua
classificação oficial .
Nesta modalidade d e EGF, o mutuário recebe EO% do
Preço ~Xnirnov ã l i d o p a r a o tipo b ã s i c o do produto. Como
-
se trata de um EGF sem opção de venda, quando se esgota
o prazo para o pagamento d a d b i d a , o tomador do ernprés-
timo deve comparecer ao Banco do Brasil para saldá-la,
pois o governo não compra autometicmente a mercadoria.
Existe, s possibilidade d e venda do produto ao go -
verno - a c r i t é r i o do Banco do Brasil - caso os preços d e
mercado ainda não sejam compensadores .

O sorgo gran?f ero, que na maior p a r t e do Brasil é co -


lhido à máquina, apresenta-se com grandes quantidades d e
folhas, talos e outras impurezas, sendo necessária uma
limpeza do produto antes da secagem.
L

A secagem do sorgo, após limpo, e uma das mais i~


pottantes operações para m a adequada armazenagem. A se-
cagem pode ser feita ao natural Cterreiro) ; natural mais
secador, ou só em secador. O sotgo deve ter um teor de
umidade em torno d e 13X para poder ser guardado par lon-
gos per?odos. A armazenagem do sorgo pode s er f e i t a em s-
a
caris ou a granel.
A comercialização do sorgo em são Paulo é, em sua
maioria, f e i t a diretamente entre os produtores e as in-
-
dústrias de ração. No Rio Grande do Sul e x i s t e a interne
diasão feita pelas cooperativas, mas nes te Es tado es ti-
L

m e s e que so 502 da produção é comercializada, sendo que


os outros 50Z são consumidos nas p r ~ p r i a sfazendas. Ou-
t r a s opções existem, como a venda diretamente ao governo
ou aos criadores que podem fornecê-lo, misturado com o
concentrado, aos animais.
Recomenda-se, em áreas de pouca tradição, fazer uma
verificação prévia das possibilidades de venda e uso do
sorgo antes da decisão do plantio.

2.2. Sorgo Forrageiro

Atualmente o sorgo forrageiro já dispõe de certa


tradição e n t r e os a g r i c u l t o r e s , e é bastante plantado,
principalmente no s u l d e Minas Gerais, Vale do ~araíba
(SP e RJ) . As duas variedades mais comuns são a Santa Eli I

sa e a Lavrense.
Com o uso de híbridos de elevada qualidade e produ-
tividade, o sorgo forrageiro pode transformar-senumacul-
-
tura de grande expressão para a produção animal ,pelas ca
r a c t e r í s ticas seguintes : a) elevado potencial d e produ-
ção; b) boa adequação z mecanização; c) reconhecida q u e
l i f icaç.áo como fonte de energia para arraçolanento ani-
m a l ; d) grande v e r s a t i l i d a d e (prcs t e s e para feno, s i l r
gem e pastejo d i r e t o ) ; e) adaptação a regiões m a i s s e
c-. A qualidade levemente inferior d e sua rilagem, r e l-
a
tivamcnte ã do milho, é d e certa forma compensada pela
maior p r o d u ç b d e massa verde.
2.3. Sorgo S a c a r i n o

E um t i p o de s o r g o bastante c u l t i v a d o nos Estados


Unidos com a final i d a d e principal d e produção d e xarope,
que substitui o açGcar como adoçante em i n d ú s t r i a s . Pode
ser u t i l i z a d o também na p r o d u ç ~ od e á l c o o l , a p a r t i r dos
açúcares d i r e t a m e n t e f ennentãveis e x i s t e n t e s no colmo.
O sorgo s a c a r i n o , h o j e cultivado em pequena escala
no Brasil, surge c o m uma das opções de m a t é r i a prima p-
a
ra a produção d e á ~ c o o lp ~o i s t r a t a - s e d e uma c u l t u r a d e
r á p i d o desenvolvimento vege t a t i v o (cul tura a n u a l ) com
p e r s p e c t i v a d e alta produção p o r á r e a e t a m b h p e l a pos-
sibilidade d e u t i l i z a ç ã o do mesmo equipamento de usinas
de a ç ú c a r , no p e r í o d o em que a c a n a - d e a ç ú c a r não é pro-
cessada.

2.4. Sorgo Vassoura

E s t e é um t i p o d e s o r g o que é p l a n t a d o nos Estados


do s u l do país. Possui porte a l t o , com colrros geralmente
f i n o s e que apres entam as pan?culas com c a r a c t e r í s ticas es -
peciais ,que as tornam adequadas ao f a b r i c o d e vassouras e
escovas .
Poucos e s t u d o s foram ef etuados com e s t e t i p o , não
exis t i n d o h o j e firmas comerciais q u e possuam sementes no
mercado. 0 s p l a n t i o s são geralmente ef e tuados com semen-
-
é hoje uma cul-
tes o b t i d a s do plantio do ano anterior e
tura que apresenta problemas de doenças. ES tão se ini-
ciando os estudos com este t i p o de eorgo no CNPMS, e
outras ins ti tuições visando a ob tensão de culmras resis-
tentes.
Bernardo Carvalho Avelar*

O sorgo é m a planta de clima quente ( t r o p i c a l ) . No


entanto devido a exis tência de mui tas variedades pode s e r
cultivado em regiões temperadas desde que haja estação
anual quente. A temperatura média anual 1a0c, representa
o l i m i t e i n f e r i o r para o cultivo de sorgo. Deve-se res-
s a l t a r também que a temperatura média d i á r i a deve u l t r e
O
passar o valor de 18 C na fase d e florescimento. A p l a ~
ta tem as melhores condições térmicas onde a temperatura
s e s i t u a e n t r e 26 e 30°c.
O sorgo é considerado uma planta r e s i s t e n t e ã seca,
existindo contudo, dois períodos. c r í t i c o s quanto -
dispo
nibilidade de água no solo. O primeiro deles é o que se
es temie a t é ?O a 25 dias após a Um adequado
suprimento de umidade é eesencial para emergência satis-
-
f a t ó r i a e crescimento i n i c i a l . O segundo corresponde ã f a
re imediatamente antes e pós a floraç&, ou seja, -
normal
mente H) a 65 dias após a emergência.

* Pesquisador do Centro Nacional de Pesquisa de Milho e


Sorgo
As regiões com maiores c u l t i v o s de sorgo nomundo tên
precipitações anuair que não ultrapassm 1.000 m, p a r a a s
culturas não i r r i g a d a s . Abaixo d e 450 mm anuais, a c u l t u -
ra é f e i t a em regime d e irrigação. Umidade e x c e s s i v a pode
prejudicar a polinizaç&, e na fase d e maturação determi-
nar a dos grãos nas ~ a n í c u l a s ,com a tonsequen-
t e queda na sua qualidade.
As condições ambientais podem t e r i n f l u ê n c i a na que-
d a de s ó l i d o s s o l ú v e i s totais (Brix) , em alguns cultiva-
res e m curtos períodos da fase d e maturação. A s s i m é que
VENTRE e BYALL (1937). mencionam 2 v a r i e d a d e s nas quais o
caldo f o i d i l u i d o por chuva e n t r e o estádio p a s t o s o e de
maturação final do grao.
Retardando-se a época d e p l a n t i o ou trabalhando -se
e m menores l a t i t u d e s (Norte e Nordeste), com cultivares
ocorrem reduções no c i c l o d a
s e n s í v e i s ao fotoperiodi~mo~
c u l t u r a , com d e c r ~ s c i m o sna p r o d u ç ~ o .
METODOS CULTURAIS

Arnaldo Ferreira da S i l v a *

A c u l t u r a do s o r g o é totalmente me~anizáve1,~odendo
por i s s o mesmo, s e r u t i l i z a d a em grandes empreendimentos
empresariais. Para g a r a n t i a d e boas l a v o u r a s , são u t i l i -
zadas práticas de c u l t i v o s normais a qualquer cultura.
serão a p r e s e n t a d a s n e s t e t r a b a l h o algumas recomendações
d e práticas c u l t u r a i s para a s u a condução.

Evoca d e Plantio

Recomenda-se o p l a n t i o do e o r g o no i n í c i o do perío-
do chuvoso,no sentido d e fazer c o i n c i d i r o ciclo da cul-
t u r a w m a e s t a ç ã o das chuvas. Nari regiões sob predomi-
n â n c i a d e vegetação d e cerrado, ocorre frequentemente nos
meses de j a n e i r o e/ou f e v e r e i r o , um período d e estiagem

* Pesquisador do Centro Nacional d e Pesquisa d e Milho e


Sorgo
denominado veranico, com duração aproximada de 10 a 15
dias. Nas regiões com e s t e t i p o de vegetação ou meemo em
algumas regiões nordestinas, onde ocorre d e f i c i t de chrr
vas, o p l a n t i o deve s e r progrcmuido para que os períodos
mais c r í t i c o s de água para a planta, como os de
f loraçáo e enchimento de grãos, o c o r r m antes ou após o v e -
ranico.
Cons i d e r a n d v s e a grande variação c l i m ã t i c a do Bra-
s i l , a época de p l a n t i o de sorgo g r a n í f e r o e forrageiro
possui a s e g u i n t e d i s t r i b u i ç ã o ! ~ e g i ã oSul - o plantio é
r e a l i z a d o desde o mês de setembro, a t é meados de novem
bro. Algumas regiões do Rio Grande do Sul, realizam su-
cessão de c u l t u r a s e n t r e sorgo e t r i g o , em u t ~mesmo ano
a g r í c o l a , necessitando para tanto, que o p l a n t i o de sor-
go s e j a efetuado logo no i n í c i o da estaçao chuvosa. R c
giões Sudes t e e Centro-Oes t e - mes t a s regiões, o p l a n t i o
do sorgo estende-se desde outubro, a t é meados d a segunda
quinzena de novembro.~egião Nordeste - d e acordo com as
c a r a c t e r í s t i c a s climãticas locais, o p l a n t i o ocorre des-
de março a t é meados d e a b r i l . ~ e g i ã oNorte - o plantio
coincide com as regiões Sudeste e Centro-Oeste, ou seja,
C

e r e a l i z a d o desde outubro até o mês de n o v d r o .


O sorgo s a c a r i n o cujo o b j e t i v o é o colmo para moa-
-
gem e obtençáo do etanol ou á l c o o l e t í l i c o , deve ser plan
tado nas regiões Sul e Centro-Sul, a p a r t i r do início do
-
período chuvoso até,no máximo na primeira quinzena d e de
zembro,pois a p a r t i r daí sua produção sofrerá i n f l u h c i a
n e g a t i v a do fo toperiodismo.
O p l a n t i o do sorgo na época apropriada, ou s e j a , no
período coincidente com a e s t a ç ã o c h w o s a , além de garan-
t i r bom suprimento de água nos e s t á g i o s de 10 -
-
rescimento e enchimento de grãos, e v i t a a o c o r r ê n c i a d e ou
t r o s f a t o r e s , como maior p e r c e n t u a l d e p a n í c u l a s v a z i a s e
maior ataque demosca do sorgo (Contcrrinia sorghicok)
que s ã o mais acentuados em p l a n t i o s t a r d i o s ,

Profundidade do P l a n t i o

Tendo e m v i s t a o pequeno tamanho d a semente, o sorgo


p a r a emergir, n e c e s s i t a , além de solo bem destorroado,
boas condições d e aeração e temperatura, boa regulagem de
p l a n t a d e i r a e boa compactação na l i n h a de p l a n t i o , e x i g i n -
do também que a semeadura s e j a e f e t u a d a a pequena profun-
didade com c o b e r t u r a de fina camada d e t e r r a (5 cmno m&i-

Espaçamento de P l a n t i o

Diversos r e s u l t a d o s de pesquisa, t ê m constatado que as


maiores produções de sorgo g r a n í f e r o , fo r r a g e i r o e s a c a r i n o
em s o l o s de boa f e r t i l i d a d e e em regiões com boa distribui-
ç ã o d e chuvas, são o b t i d o s com e s p a ç m e n t o n a s f i l e i r a s com-
p r e e n d i d a s e n t r e 0,50 m e 6.70 m. Ocasionalmente, há prefe-
rência pelo espaçmento maior, 0,7Q m, por proporcionar
maiores facilidades na execuç~odos t r a t o s cul t u r a i s .
~ o ~ u l a d~eã Plantas
o

Para determinaç~oda quantidade d e rementes por me-


t r o l i n e a r de plantio, d e v e s e considerar e n t r e divereos
aspectos, o eapaçamento u t i l i z a d o entre liahaa, a popu-
lação de p l a n t a d w e j d a na colheita, a f e r t i l i d a d e do
solo, bem comr, a regularidade da o c o r r k c i a d e &uvas.
Diveraoa trabalhou d e pesquisa indicam 200.000 plan -
tas/hectare na colheita. coam população i d e a l para s o r-
go g a n í f ero, Para ~ o r g of o r r a g d r o , recomendwe r e d i r
duzir a popula~'iaa 1SQ.000 plantur/hectare, o b j e t i v a d o
diminuir o acamamente, que nomalmente ocorre em p o p u l r
çõw maior-. Quanto ao aorgo ~ i c a r i n o ,100.000 plantas/
hectare tem demonstrado r e r a popul y& mais iadicada,
par produzir caldo d e m e l l i a r qualidade.
Qma p e r f e i t a r e g u l a g a da nmeadeira 'L importante na
determina~~o da p o p u l a ç ~ ofL-1 da cultura. ~ o r t a n t q a l h
do número correto de sementes por metro l i n e a r , devcse
comiderar ainda na regulagam da ucacadeira,tamb& a uni -
f omnid.de de d i s tdbuição d e rcacntw e a profuadidade d e
plantio, no sentido d e p r o p o r c f o ~ ruma quantidade corre -
t a de t e r r a nobre as 8ementes.
Outra pr.tica p u a # e garantir boa populaçb d e plan -.
tas na colheita, coneis t e em regular a .emeadeira pari
deixar cair 25 a 30% a m i e de iementenoplmtio. No Qua o

dro 1, pode-se observar um reirumo de regulagem de planta L

deira quanto densidade de plantio.

ã o de plantar na colheita e nhe-


Qt'ADRO 1. ~ o ~ u l a ~ideal
t o de sementea por mtro linear de plantio em
diversos tipos de iorgo.

NQ de rementes/ m linear"
~o~uia~%
Tipo de
ideal na Plantio. a / Plantio com
aorgo
colheita acréscimo acréscimo de 30%

S o r p graníf ero
200.000
Sorgo forrageiro 150.0QO
Sorgo sacarino 100,000

*
Espaçsmento entre linhas de 0,70 m.
CONSERVAÇAO E PREPARO DO SOLO

Edson Bolivar Pacheco*

1. conservação do s o l o

A conservação do s o l o tem como objetivos o uso ade-


quado, defesa e exploração l u c r a t i v a da t e r r a .
Para a t i n g i r esses objetivos o produtor dispõe de
p r á t i c a s conservacionistas, que podem s e r d e natureza m-
e
cânica, vegetativa e edáf i c a . As mecânicas requerem o uso
d e máquinas, as vegetativas implicam na utilização das
plantas e as edáficas referem-se ao ajustamento
d a capacidade de uso, controle das queimadas, calagem,
adubaçóes, e t c .
O método d e controle da erosão mais simples é o p l a-
n
t i o e m n í v e l , sendo recomendado epenas para terrenos de
baixa declividade, i s t o é, que não u l t r a p a s s e 3 a 4 X .
Uma p r á t i c a conservacionis t.a isol ada nunca é ef i c i -
ente. Recomenda-se a associação d e diversas p r á t i c a s , pa
t a g a r a n t i r a e f i c i ê n c i a do s i s terna. ~ s s o c i a r por exem-

* Pesquisador do Centro Nacional d e Pesquisa de Milho e


Sorgo
p l o , o terraceamento com preparo do s o l o , p l a n t i o do s o t
go e c u l t i v o s em n í v e l , e também a r o t a ç ã o com soja.
A r e a l i z a ç ã o d e s s a s operações em N v e i tem a i n d a as
vantagens d e economizar energia e tempo, além de propi-
ciar o menor d e s g a s t e da maquinaria empregada.
-
A r o t a ç ã o do sorgo com a s o j a , c u j a f i n a l i d a d e prin
c i p a l não é o c o n t r o l e d a erosão, embora e s t a -
fique dimi
nuída quando as c u l t u r a s s ã o d i s p o s t a s em nível, visa
principalmente o melhor aproveitamento da f e r t i l i d a d e do
s o l o e dos adubos, em v i r t u d e das d i f e r e n t e s exigências
-
n u t r i c i o n a i s , como também dos d i f e r e n t e s s i s t e m a s radicu
lares. Proporciona ainda um e f i c i e n t e c o n t r o l e de pragas
-
e doenças. Essa r o t a ç ã o tem mos t r a d o r e s u l tados promisso
res principalmente tratando-se d e s o l o s d e c e r r a d o s .

2. Preparo c o r r e t o do s o l o
-

-
Antes das operações d e aração e gradagem alguns pon
I
t o s devem ser consideradoe principalmente r e l a t i v o s as
condições f í s i c a s do s o l o , tais como: t e x t u r a , e s t r u t u r a ,
e x i s t ê n c i a ou não de camadas edens adas , profundidade da
camada arzvel, grau de umidade e o u t r o s .
A i n t e n s i f i c a ç ã o do uso do arado ou grades pesadas,
sempre 5 meama profundidade, t r a z problemas d e compacta-
ção subsuperf i c i a l do s o l o , q u e além de impedir a i n f i l -
t r a ç ã o d a água, d i f i c u l t a a penetração das r a í z e s , acele -
-
ra o processo de erosão, reduzindo comequentemente a pro
dução .
Recomenda-se que a aração s e j a executada logo após a
c o l h e i t a com a finalidade de dar tempo suficiente para a
decomposiç~odos res tos cul t u r a i s . D e v e s e v a r i a r de ano
para ano a profundidade de aração (15 a 25an) , com o ob-
j e t i v o de evitar a formação de camada compacta, que nor-
malmente ocorre quando e s t a operação é executada sempre
C

a m e s m a profundidade. Nb caso de solos muito praguejados


há necessidade d e uma segunda aração.
A gradagem é a operação complementar ao preparo do
s o l o . Normalmente são necessárias duas : a primeira quah
do se observar infes tação d e ervas daninhas e a segunda,
s e poss?vel, na véspera do p l a n t i o .
O sorgo, e m virtude do tamanho das sementes, exige
muitas vezes uma terceira gradagem, para que se obtenha
uma boa germinação e emergência. Neste caso convém pas-
s a r , em seguida, um pranchão ou t r i l h o para comprimir um
-
pouco o s o l o s u p e r f i c i a l , pois a grade desagrega-o inten
samente, aumentando consideravelmente as perdas por ero-
sao
H

.
-
A s operações de aração e gradagem d e v e m ser executa
das no s e n t i d o dos terraços. Quando se d i s p õ e de arados
reversíveis, a área compreendida e n t r e d o i s terraços de-
ve ser arada removendo-se sempre a t e r r a para cima, com-
pensando assim a tendência natural do arras tamento para
a parte i n f e r i o r . Nesse sistema, o carnalhão é reforçado
e o sulco morto permanece no canal do terraço. Esse é o
sis tema tecnicamente mais recomend8vel.
Em nossas condições, porém, o arado mais usado é o
fixo e nesse caso são necessários cuidados especiais no
preparo do solo, para evitar a formação d e sulcos ou con -
trir-sulcos em um mesmo lugar. Osistemaindicado para re-
duzir e s s e e f e i t o consiste em se alternar anualmente o
sistema d e aração, conforme a Figura 1 .
Em qualquer dos casos, as viradas d e retorno do tra -
-
tor nas extremidades devem ser feitas com o implemento le
vantado, evitando assim aração e/ou gradagem morro abai-
xo ness es pontos .
Nos terrenos planos, deve-se a1 terna^, de ano para
ano, o tonhamento da l e i v a , respectivamente, para um la-
do e outro.
-
---*- -

- 9
Arada /.vanmuo
b r a e Irabathanda
/RI>/O W O C ~
*
Carlos A l b e r t o Vasconce 110s
~ é l i oLopes dos Santos

través d a pesquisa, cada Estado procura estabelecer


tabelas d e recomendação para a adubacão e correção da a c-
i
dez do solo com base n a a n á l i s e química. 0s resultados que
4

orientam a elaboração destas tabelas dependem de uma se-


r i e de f a t o r e s , t a i s como: condições climáticas da região,
tipo d e solo, espécie e variedades, tratos c u l t u r a i s , e t c .
Estas t a b e l a s , portanto são variáveis de l o c a l para l o c a l .
--
Por outro lado, dado ao c a r á t e r din&ico dos resulta
dos, periodicamente as tabelas de recomendação são refor-
muladas de conformidade com os novos resultados cientTfi-
COSO

2. Acidez e Calagem

2.1. Necessidades da calagem

Com a p r á t i c a d a aplicação do c a l c á r i o o b j e t i v a - se,


*
Pesquisadores do Centro Nacional d e Pesquisa d e Milho e
Sorgo - Se te Lagoas, MG.
basicamente, a redução da solubilidade de certos elemen-
tos tóxicos (aldnio, e/ou manganês) que, em determina-
d a s concentrações, podem l i m i t a r a produção.
O neutralizante mais empregado para eliminar a presen
ça dos elementos tóxicos -
é o calcário c a l c í t i c o ou o dolo
mítico, apesar da existência de outros materiais, ~ l é mde
-
n e u t r a l i z a r o alumínio, fornece c á l c i o e magnésio, elemen
t o s essenciais ã nutrição mineral das plantas. Alguns es-
tudos tem evidenciado que a relasão i d e a l e n t r e os teores
de cálcio, e de magnésio do corretivo, deve v a r i a r de 3:l
a 5: 1, respectivamiente.
Normalmente, a necessidade de calagem tem sido e s t i -
mada por duas metodologias básicas:
a. eliminar apenas o alumínio trocável, cujaextração
é efetuada com RC1 1N;
b. elevar o pH do solo a um determinado valor.
A i d é i a básica da primeira metodologia é de que, em
solos minerais intemperizados, o alumínio é o principal
componente da acidez. A necessidade de calagem porestame -
+3
todologia é igual à concentração do A 1 (eq. mg/100 c c do
solo) multiplicado pelo f a t o r (2) de calagem e o resulta-
do ;expresso e m tonelada d e calcãrio/ha. Em Minas Gerais,
ao lado do f a t o r 2 u t i l i z a - s e o conceito de completar os
+2 2
teores d e Ca + Mg para 2 eq. m~/100cc. A s s i m , a fÕrmu -
l a u t i l i z a d a para o cálculo é:
Necessidade de calagem t lha 0 2 x A1 + 2 - (Ca + Mg)
Apenas como exemplo, no Quadro 1 e s t ã o apresentados
o s r e s u l t a d o s o b t i d o s e m s o l o do CNPMS, Latossolo Vermelho
Escuro, t e x t u r a a r g i l o s a , fase cerrado. A necessidade es t-
i
mada p e l a fórmula f o i de 7 t / h a , onde se observa que a ca-
lagem eliminou praticamente todo o alumcnio t r o c á v e l .

QUADRO 1. E f e i t o dos n í v e i s de calcário na porcentagem de


saturação de A1
+3
.
~ z v e i st / h a l PH X s a t u r a ç ã o de ~ l + 3

N a segunda metodologia, como o o b j e t i v o é e l e v a r o pH


a um determinado v a l o r , a quantidade de c a l c á r i o é maior.
A l é m do alumínio, o u t r o s componentes d e a c i d e z do s o l o te-
r ã o que ser n e u t r a l i z a d o s . Neste caso a recomendação mais
usual é conhecida como SMP (Shoeaaker, McLean e Pratt) . E
baseada na r e a s ã o do s o l o com uma solução e s p e c i a l ( t e
-
pão) que, s o f r e uma depressão d e pH. A necessidade d e cala
gem é determinada por e s t a depressão através de uma t a b e l a
previamente elaborada.

2.2. Escolha do c o r r e t i v o

A e s c o l h a d e um c o r r e t i v o deve ser o r i e n t a d a nos se-


guintes aspectos :
. poder r e l a t i v o de neutrcilizaç~ot o t a l (PRNT)
relação Ca/Mg
preço da tonelada do PRNT

O PRNT estima a e f i c i ê n c i a t o t a l do materiai cor-


r e t i v o através do valor n e u t r a l i z a n t e (% equivalente de
Caco3) e da e f i c i ê n c i a relativa,determinada em função da
granulometria do cal&rio. Todas as recomendaçÓes de cal I

c á r i o são efetuadas com base no PRNT a 100Z. Caso o cal-


4

cario adquirido possua um valor superior ou inferior a


1002, é necessário c o r r i g i r a quantidade recoooendada.
Em solos com baixos teores de magnésio o uso de c a l -
G r i o contendo apenas o c á l c i o promover um dese-
q u i l z b r i o n u t r i c i o n a l com consequente aparecimento da de I

f i c i ê n c i a de magnésio.
Com relação ao preço, os corretivos são vendidos sem
considerar suas qualidades. E necessário que se c a l c u l e o
preço r e a l do corretivo e m função do PRNT e que se o b s e r
ve a relação e n t r e o c á l c i o e o magnésio.
Entre dois calcários deverá s e r escolhido o que a-
presentar a tonelada d e PRNT mais barata.
O preço do corretivo e m funçzo do PRNT pode s e r c a l .
L

culado através da seguinte expressão:

~ r e ç o / t o n e l a d ax 100

PRNT
- preço r e a l do corretivo
2.3. 1nfluência do alununio no desenvolvimento do sorgo

A toxidez do aldnio é um f a t o r importante na l i m i -


tação d a produtividade do sorgo em s o b 8 ácidos. O apare-
cimento dos sintomas de toxidez devido ao almTnio faz-se
sentir primeircimente, no sistema radicular. As raízes
afetadas são curtas, grossas e com poucas ramificações.
Na parte aérea d a planta, os sintomas s& semelhan-
t e s a deficiência de fósforo com plantas a t r o f iadas e fo-
lhas com coloração arroxeadas .
Como o alumínio i n t e r f e r e na absorção, transporte e
u t i l i z a ç ã o de vários elementos essenciais 2 -
nutrisão mine
ral do sorgo, t a i s como: Ca. Mg, K, Pe, P e outros, é co-
mum o aparecimento das deficiências destes elementos.
Por outro lado, ao s e adicionar c a l c ã r i o no solop a
camada corrigida pode l i m i t a r o volume de solo explorado
pelo sistema radicular, tornando as plantas mais sensí-
1t
v e í s aos frequentes períodos de s t r e s s " de água (verani-
COSI i

Dado a grande variabilidade genética do sorgo em a d a ~


tar-se às condições de elevada acidez, o Centro Nacional
de Pesquisa de Milho e Sorgo tem procurado selecionar e
trabalhar com e s t e s materiais. O objetivo é a formação de
variedades com maior a d a p t a ç k em diferentes condisÕes de
-
cultivo, maior e f i c i ê n c k na absorçgo e u t i l i z a ç ã o dos nu
tri entes e maior r e s i s t ê n c i a aos veranicos.
2.4. ~ nluência
f do c á l c i o e do rnagnésio na nutrição mi-
neral

O c a l c á r i o , além de eliminar o alumínio, que p r e c i p i .


L

t a como A 1 (OIOg, fornece c á l c i o e magnésio ao s o l o e as


plantas. Deve-se observar que, tanto o c á l c i o como o mag-
nésio sz intenscmoente r e t i r a d o s dos solos pelos suces-
sivos c u l t i v o s ,
O c á l c i o e o mgnésio são abeonridos pelas plantas na
forma iÔnica e podem provir da rolução do s o l o ou do c-
plexo s o r t i v o , pelo processo de troca catiÔnica.
O c á l c i o é o elemento p r i n c i p a l da 1-Ia média das
paredes ce l u l a r e s , razão p e l a qual apresenta importante re -
lação com a r e s i s t ê n c i a m e c h c i a dos tecidoa vegetais. E
tarnbém essencial para n e u t r a l i z a r oe e f e i t o s p r e j u d i c i a i s
de elementos tóxicos nos tecidoe e para favorecer a absor n

ção de n u t r i e n t e s a t r a v ; ~ do sigtema t a d i c u l a r .
Em condições de d e f i c i ê n c i a de c ã l c i o , há time acen-
tuada redução no crescimento das plantas e ausência d e p e r I

filhamento. As folhas mais novas apresentam cloroee i n t e r I

nerval, com as margens esbranquiçadas e dilaceradas. Ao


folhas novas não s e desenvolvem e apresentam-se enrugadar
A importância do magnésio para as p l a n t a s deve-se ao
f a t o de s e r um dos componentes de c l o r o f i l a (2.7% do to-
t a l ) . Este elemento funciona, ainda, como ativador d e vá-
rias enzimas relacionadas com o metabolismo dos carbohidra II

t o s e na s í n t e s e de ácidos nucléicoe e de proteznas.


O s sintomas de d e f i c i ê n c i a podem aparecer logo nos
primeiros d i a s após a emergência das pl&tulaa. HZ redu-
ção no crescimento e aueência de perfilhos. As folhas mais
velhas apresentanrse com colorore i n t e r n e m a l . A coloração
bronzeada e m 1i s tras longitudinais, que aparecem nas fo-
lhas mais velhas, também é c a r a c t e r ~ s t i c ada d e f i t i ê n c i a d e
magnés i o .

O £&foro ocorre nas plantas em quantidades menores


do que a s de nitrogênio, e cálcio. Como f a t o r li -
mitante, e n t r e t a n t o , é mais importante do que o c á l c i o e ,
provavelmente, do que o potássio. E -
um elemento que desem
penha papel fundamental na transferência e na utilização
de energia pelas plantas, além de tomar p a r t e numa série
de compostos v i t a i s ao metabolismo dos vegetais.
A p r i n c i p a l forma de absorção de P pelas plantas é a
de 5 P 0 4
-1
que predomina em condições mais ácidas. As f o r -
-2 -3
mas HP04 e P04 , são absorvidas e m menor quantidade e
predominam em pH mais neutro.
A d e f i c i ê n c i a de fósforo a c a r r e t a redução no cresci-
mento das plantas e do sistema radicular. As folhas mais
velhas apresentam-se com uma co :oração arroxeada. O apare
cimento, nas folhas mais velhas, d e uma l a r g a f a i x a emare L.

lada na margem e na ponta das folhas, tembém tem s i d o des i.

c r i t o como sintomas da d e f i c i ê n c i a de fósforo.


E fato conhecido que a maioria dos s o l o s do Brasil -
a
11
presentam baixos t e o r e s de f ó s f o r o disponívelu e alta ca .
L

pacidade de retenção d e f o s f a t o s .
Como f õ s f o r o "disponível1' entende-se o t e o r d e f Ósfo -L

r o o b t i d o após reagir o solo com uma solução química, de-


nominada e x t r a t o r . O e x t r a t o r empregado na m a i o r i a dos La -
b o r a t ó r i o s de Análise d e Solo é o Carolina do Norte.
D e modo geral, os teores de f ó s f o r o no s d l o obtido
por este extrator, quando s u p e r i o r e s a 10 ppm (solo argi-
*
1080) e 20 ppm (solo arenoso), indicam que a r e s p o s t a a
adubação f o s f a t a d a é mÍnima.
A a l t a capacidade d e retenção dos f o s f a t o s i n d i c a que
grande p a r t e dos fosfatos s o l ú v e i s aplicados no s o l o fi-
cam r e t i d o s por constituintes do s o l o , limitando s u a u t i -
l i z a ç ã o p e l a s p l a n t a s . Sabe-se que não mais d e 20%do f8s-
f o r o a p l i c a d o ao s o l o são prontamente aproveitados pelos
vegetais.
Com o o b j e t i v o d e se r e d u z i r os custos com a aduba-
ção e de aumentar a e f i c i ê n c i a dos f e r t i l i z a n t e s s o l ú v e i s
tem-se procurado a u t i l i z a ç ã o de fosfstos n a t u r a i s a p l i c a -
dos c o m adubação de correção. Teoricamente, o fósforo
destas f o n t e s insolÚveis passariam para formas mais solu-
veis quando n a presença de protons (H ) do s o l o .
+
O uso de f o s f a t o s naturais, e n t r e t a n t o , a c a r r e t a uma
série de alterações no comportamento da c u l t u r a e nas ín-
t e r p r e tações e n t r e o s t e o r e s de f6sf o r o "disponíveltt e na
produção vegetal. ~ t r a f e sdos dados apresentados no Quadro
2, pode-se v e r i f i c a r que a maior produção do sorgo foi ob -
t i d a com 1 2 ppm de P, entretanto, com o uso do Fosfato de
~ r a x ãe Patos de Minas, houve indicação de maiores teo-
tt
res de fósforo disponível" que não se traduziram em pro-
dução. I s t o se deve ao f a t o do e x t r a t o r r e t i r a r fóaforo
que ainda não reagiu com o solo.
Desta forma, para o sucesso daadubação, é necessário
que o t é m i c o encarregado das recomendações possua o h i s -
t ó r i c o d a area.

Quadro 2. Valores médios para a produção do sorgo NK 233


e fósforo "disponível" pelo e x t r a t o r Carolina do
Norte. Sete Lagoas, 1979.

Prod. Relativa ~ Ó s oro


f disponível
Fsnt e
;D PPm

Super t r i p l o

Fosfata de ~ r a x á

Fosfato de Patos de Minas

Ainda e m relação aos fosfatos n a t u r a i s , no Quadro 3


estão expressos os valores para o Fator de ~ u b s t i t u i ç ã o
FS _- Tratamento com adubo ,-- Testemunha
~ í v e de
l P205 t o t a l

QUADRO 3. Valores do Fator de s u b s t i t u i ç ã o (FS) em função


da f o n t e e do nível de f e r t i l i z a n t e fosfatado.
Valor médio de três anos +1 .
l P,Oc t o t a l
~ í v e de
Fonte

Hiperfosfato 10,2
Termofosfato Yoarin 7,9
Termofosfato de IPT 12,8
Fosfato de Abaeté 6,1
Fosfato ~ r a x á v
Fosf a t o cata120 7 9 4

Fosf a t o Jacupiranga 398


Fosfato Patos de Minas 1,7
Fosfato Tapira 7,6
Super T r i p l o 6 ~ 7

+1
~ d u b a ~ ãefetuada
o como correção

Em termos econômicos, a f o n t e a ser u s a d a e o n í v e l de


adubação s e r ã o convenientes quando a r e l a ç ã o preço kg de
P 2O 5 t o t a l / p r e ç o do produto f o r i n f e r i o r aos v a l o r e s d o f a
I
cor de s u b s t i t u i ç ã o .
Em termos de produtividade, ao n í v e l de 100 kg de P205
/ha, o h i p e r f o s f a t o , o termofosfato de IPT e o termofosfa
t o de Yoorin foram m a i s promissores do que a s u p e r f o s f a t o
triplo.
99
Dentro dos f o s f a t o s n a t u r a i s i n natura" des tac-se
as r e s p o s t a s do fosf a t o de ~ a t a l ã o ,de Tapira e Abae té. No
Quadro 4 e s t ã o apresentadas algumas c a r a c t e r í s t i c a s d e s t e s
fosf a t o s .

O n i t r o g ê n i o c o n s t i t u i um dos elementos e s s e n c i a i s ao
desenvolvimento e crescimento d a s p l a n t a s p e l a s suas fun-
ções r e l e v a n t e s n a produção e s í n t e s e de mino - ãcidos.
Apresenta-se em n í v e i s d e f i c i e n t e s n a maioria dos solos
-
b r a s i l e i r o s , estando predominantemente ligados aos compos
t o s org&icos. Como elemento fundamental d a p r o t e í n a é en
-
contrado nos resíduos de p l a n t a s e animais. O nitrogênio
orgânico apesar de não s e r prontamente absorvido pelas
p l a n t a s c o n s t i t u i a p r i n c i p a l f o n t e do elemento no solo.
As elevadas temperaturas, associada a umidade do s o l o pro -
mvem a rápida decomposiç~od a matéria o r g k i c a e , como con -
eequência,o n i t r o g ê n i o orgânico é convertido na forma mi-
n e r a l e facilmente l i x i v i a d o pelas águas das chuvas.
absorvido p e l a s plantas e m duas formas: nítrica
e amoniacal (NH4+), sendo e n t r e t a n t o e forma n í t r i
@(Ig-) -
QUADRO 4. Algumas características químicas e f í s i c a s dos fosf atos.

P205 X Granulomet r i a (mesh) . Dados em Z


Fonte
To tal Ácido cítrico 60 60-100 100-150 150-200 200
- - --- - -- - --

Hiperfos tado 29,96


Termofosf ato de Yoorin 19,53
Termofosfato IPT 30,81
Fosfato Abaeté 21 ,O4
Fosfato ~ r a x á 25,97
Fosfato ~ a t a l ã o 41,78
Fosfa t o Jacupiranga 36,90
Fosf a t o Patos de Minas 25,79
Fosfato Tapíra 30,94
Superfosfato Triplo 53,29
ca a mais absorvida p e l a s p l a n t a s . Em con t r a p a r t i d a a f o r -
ma n í t r i c a ;fracamente r e t i d a p e l a s micelas do s o l o e ca
-
mo consequência e s t á s u j e i t a mais aos processos de perda
por l i x i v i a ç ã o . .Já a forma amoniacal a p r e s e n t a a vantagem
de s e r melhor r e t i d a pelos coloides do s o l o o que diminui
sua perda a t r a v é s d o p e r f i l do s o l o . A perda acentuada d a
n i t r o g ê n i o do s o l a s e j a e l a por l i x i v i a ç ã o , v o l a t i li zação
ou por erosão c o n s t i t u i a p r i n c i p a l razão do parcelamento
do n i t r o g ê n i o no c u l t i v o d e sorgo.

-
S u a absorção ocorre quase q u e durante todo o c i c l o ve
g e t a t i v o do sorgo, sendo q u e o período d e maior n e c e s s i d -
a
de i n i c i a - s e e n t r e os 30-40 d i a s após a emergência das
p l a n t a s . Por e s t a razão recomenda-se o seu parcelamento e m
duas épocas d i s t i n t a s ou s e j a 1 / 3 no p l a n t i o p a r a s u p r i r a
p l a n t a nos primeiros e s t ã d i o s d e seu desenvolvimento e os

-
2/3 r e s t a n t e s aos 30-40 d i a s após a emergência, o q u e coin
c i d i r á com a Gpoca do i n í c i o d a formação das panículas,
ponto e s t e de real importãncia nc) processa produtivo do
sorgo.
Resultados experimentais com a c u l t u r a do sorgo gra-
n í f e r o evidenciam a necessidade cle s e a d i c i o n a r d e 20-30
kg de S / h a no p l a n t i o e m a i s 40 kp, de S / h a e m c o b e r t u r a na
época recomendada p a r a e s t a operação. No caso d e solos a-
renosos pobres em m a t é r i a orgânica o n í v e l recomendado d e
4
-
v e r a s e r maior.
A d e f i c i ê n c i a de n i t r o g ê n i o nas p l a n t a s de s a r g o ma-
n i f e s t a - s e por a p r e s e n t a r p l a n t a s com reduzido desenvolvi -
mento vegetativo e com coloração verde pálido. O amarele-
cimento das folhas ocorre inicialmente nas folhas baixei-
ras, ou s e j a , nas mais velhas. Quando a d e f i c i ê n c i a s e a-
grava, toda a planta apreeenta-se cor verde pálido.
Com relação as fontes nitrogenadas a disposição no
comércio, todas e l a s tem-se comportado de maneira seme-
-
lhante quanto a produção. Sua escolha deverá r e c a i r e m fun
ção do preço do kg de N e das condições e físicas
de cada t i p o de solo.

A maior parte do potãsaio e m 8010s minerais encontra


-se na forma de minerais prim8rios (90-98X), sendo porém
gradualmente liberado para as formas mais solúveis graças
a ação do intemperismo.
+
O potássio é absorvido pelas plantas na fonna de K ,
permanecendo na forma iÔnica nas vária8 partes do vegetal.
A acumulação de potássio é maie rápida nos estádios
i n i c i a i s do crescimento do sorgo. ~ v i d ê n c i a s c i e n t í f i c a s
mostram que 70% do potássio acumulado até a maturação já
s e encontrava presente na planta antes da emissão d a pari? I

cula.
No caso especTfico do sorgo observa-se que as reepoa L

tas a postássio não tem sido expressivas. E necessário,


que se faça a adubação d e reposição anual do ele-
mento em função da sua remoç~opelaa colheítas. Recomenda
-se acompanhar a evolução do nível de f e r t i l i d a d e do s o l o
-
através d a análise química. As adubações p o t á s s i c a s na ba
se de 30-40 q u i l o s d e KpO/ha são recomendadas para o cul-
t i v o de sorgo g r a n í f e r o .
O p o t á s s i o deverã ser aplicado somente nos sulcos de
p l a n t i o , e v i t a n d o s e u contato com a semente, tendo e m v i s -
t a o s e u e f e i t o s a l i n o e danoso para a germinação das se-
tl
mentes quando n a presença de stress" de umidade.

6. Zinco

Dentre os diversos m i c r o n u t r i e n t e s observa-se que a


de£iciência de zinco na cultura do sorgo , p r i n c i p a l m e n t e ,
e m s o l o s sob vegetação de c e r r a d o s é a que t e m ocorrido
com maior f requência.
++
Encontra-se no s o l o e m forma bivalente, Zn , sendo
mais d i s p o n í v e l para ar, p l a n t a s e m solos ácidos. Por e s t a
CI

razao, devem ser tomadoe cuidadoa e s p e c i a i s quanto ao n í -


vel de c a l c á r i o a ser aplicado:
A d e f i c i ê n c i a de zinco na c u l t u r a do sorgo c a r a c t e r i
L

za-se por a p r e s e n t a r p l a n t a s de pequeno p o r t e e com i n t e r -


nódios c u r t o s . AB f o l h a s superiores apresentam com lis-
trae amareladas e n t r e ae narwrae, enquanto as mais novas
tornam-se praticamente brancas.
j á e s t a b e l e c i d a , o modo maie p r á t i c o de
Em c u l t u r a
sanar sua deficiência é a p u l v e r i z a ç ã o com uma solução que
contenha 2 kg de ZnS04; 1 kg de Ca (OH) 2, d i l u í d a s em 400
l i t r o s de água, quantidade esta s u f i c i e n t e para a pulveri
zação de 1 hectare. Recomenda-se f i l t r a r a solução, para
e v i t a r entupimento dos bicos do pulverizador.
A aplicação de zinco poderá ser realizada também nos
sulcos de plantios, na base de 20 kg de s u l £ato de zinco
comercial/ha, isto em culturas a serem estabelecidas.
CULTIVARES

Renato Antonio Borgonovi


*
Fredolino Giacomini

A escolha de cultivares constitui um dos fatores de


maior importância na cultura do sorga para produção de
grãos, forragem ou á ~ c o o l .
As cul tivares produzidas por entidades o£ i c i a i s e
particulares são testadas em vários locais doBrasil atra -
v& -
dos Ensaios Naciodais de Sorgo, coordenados pelo Cen
tro Nacional de Pesquisa de Milho e Sorgo, a fim de se
proceder -
avaliação do rendimento e do comportamento des
sas cultivares em relação &I principais doenças e pragas.
A t u a l m e n t e , o Serviço de produção de Sementes ~ G i c a s
(SPSB) da EMBRAPA, e oito empresas do s e t o r privado são
responsáveis pela produção e comercialização de s mentes
de sorgo graníf ero, forrageiro e sacarino no p a í s .

Sorgo ~ r a n í ero
f

As cul tivares híbridas de sorgo granzfero caracteri -

-
* Pesquisadores do Centro Nacional de Pesquisa de Milho
e Sorgo
-se por a p r e s e n t a r a l t a capacidade de rendimento de
LI

graos, a l t u r a reduzida, variando de 1.20 s 1.60 m, ~ a n í -


c u l a s bem desenvolvidas e grãos relativamente grandes. 0s
grãos apresentam cons t i tuiçao bas t a n t e semelhan-
te do milho, podendo s u b s t i t u í - 1 0 , em elevadas propor-
CI

çoes, na a1 irnentação animal. Entre t a n t o , algumas cul t i v-


a
res desenvolvidas para r e s i s t i r ao ataque de pássaros em
condições de campo, possuem elevado t e o r d e tanino nos
grãos o que reduz sua diges t i b i l i d a d e . O s grãos d e sorgo
também podem s e r u t i l i z a d o s na p r o d u ç ~ ode f a r i n h a para
panificação, amido indus t r i a l e á l c o o l , a t i n g i n d o rendi-
mentos da ordem d e 340 l i t r o s d e á l c o o l por tonelada de
CI

graos ,
A s c u l t i v a r e s d e sorgo que t e m s e destacado no En-
s a i o Nacional de Sorgo ~ r a n i ero,
f nas r e g i õ e s Nordeste,
Centro Oes t e , Sudeste e Sul, e n c o n t r e s e discriminadas
nos Quadros 1, 2, 3, 4 , respectivamente.

Sorgo ~ o r r a g e i r o

CI

As cul t i v a r e s d e sorgo f o r r a g e i r o , geralmente sao


adaptadas para o p a s t o r e i o d i r e t o . produção d e silagem,
c o r t e e produção d e feno e s e caracterizam por possuirem
colmos suculentos e doces, com altura & d i a em torno de
3m. Existem cultivares d e duplo p r o p ó s i t o ( p a r a forragem
e grãos) com a1 t u r a média de aproximadamente 2 m. Dentre
as p r i n c i p a i s c a r a c teris ti cas consideradas na es colha d e
uma determinada c u l t i v a r , d e s t a c e s e o rendimento de b i -
o
massa e o seu v a l o r n u t r i t i v o .
Resul tados ob tidos em ensaios de c o m p e t i ç ~ omos tram
que e s s a s c u l t i v a r e s t& apresentado rendimentos (massa
verde com 30Z de matéria seca) em torno de 40 t / h a no p r-
i
meiro cor te, quando colhidas no e s t á d i o f i n a l d e grão l e-
i
toso, podendo atingi'r n í v e i s de ordem de 70 t / h a .
A s c u l t i v a r e s d e sorgo f o r r a g e i r o que vem apresen-
-
tando elevadas n í v e i s d e produtividade nos Ensaios Nacco
n a i s , nas regiões Sudeste. Centro Oeste e Sul encon-
tram-se discriminadas no Quadro 5.
Essas c u l t i v a r e s , no entanto, deverão s e r plantadas
no período d e outubro a i n y c i o de dezembro, uma vez que
mos tram s e n s i b i l i d a d e ao comprimento do d i a e m condições
d e baixas l a t i t u d e s .
Sorgo Sacarino

A condução da c u l t u r a do sorgo s a c a r i n o é semelhan


-
te ã do sorgo f o r r a g e i r o , com d i f e r e n ç a s nos métodos d e
c o l h e i t a e processamento. As c u l t i v a r e s utilizadas para
produção d e 51cool carac terizawse por p l a n t a s a1 tas, com
colrnos suculentos e doces. Uma boa c u l t i v a r de sorgo sa-
c a r ino deve a p r e s e n t a r as s e g u i n t e s c a r a c t e r i s t i c a s :
a) Alta capacidade d e rendimento de colrnos (compri-
mento e d i k e t r o d e médio a grande) ;

b) boa capacidade de desenvolver per tilhos unifor -


mes (de d o i s a quatrol;

C) resis t ê n c i a ao acemsmento;

d) a l t a percentagem d e caldo estraível;

e) a l t o conteúdo d e sólidos solúveis totais [BRIX)


no caldo, principalmente açúcares;

f) resis t ê n c i a 'as principais doenças ;

g) t o l e r â n c i a à seca e ao enchatcamento;

-
h) t o l e r â n c i a a inseticidas Ccertos i n s e t i c i d a s , prín
cipalmente aqueles à ãase d e p a r a t i o n - metílico,
podem causar sérios danos cultura).

As c u l t i v a r e s dispon'iveis moa tnmi dis t l n t a s dif eren -


ças nessas caracteris t i c a s e nas suas reações & condi-
ções de solo e clima, além deapresentarem s e n s i b i l i d a d e
ao fotoperiodismo (dias c u r t o s ) , o que limita o estabele -
cimento de c u l t u r a em regiões d e comprimento do dia em
torno de 12,horas e em plantios t a r d i o s , após a prlmeira
semana d e dezembro. O CNPMS encontra-se desenvolvendo c u l I,

t i v a r e s ins ens &eis ao f o toperiodiamo e com caracterís t i -


tas agron&icas superiores, o que pem2tirá d o r f lext-
b i l i d a d e na época d e plantio e rnelbr aproveitamento das
regiões aptas, sob influência d e d l a s curtos.
As c u l t i v a r e s d e sorgo sacarino com boa capacidade
de rendimento e disponíveis para estabelecimento de la-
vouras extensivas, principalmente nas regiões Sudeste e
Sul, e n c o n t r e s e discriminadas no Quadro 6.
A planta do sorgo sacarino após a t i n g i r o f l o r e s c i -
mento. i n i c i a o processo de a c h l o d e açGcares no colmo
-
em uma taxa mais elevada,até a t i n g i r a maturação.~adacul
t i v a r apresenta uma determinada curva d e maturaçáo. Err
-
t r e t a n t o verifica-se na p r á t i c a que, o período e n t r e o f i
na1 de grão l e i t o s o e estádio de grão maduro -
é omais ade
quado u t i l i z a ç ã o dos colmos para moagem, ~ e r í o d o e s t e
que está em torno de 15 d i a s .
-
QUADRO 1. Cultivares com maiores rendimentos médios no En
-
saio Nacional de Sorgo ~ r a n 2 e r o ~ e ~ i ãNor-
o
deste.

Rendimento ~ é d i o
~Ibrido Fornecedor
(t/hW

8311 Pioneer
5030 IPB
B 015 (*) Pioneer
BR 300 EMBRAPA
Con tiouro Contibrasil
C 102a Contibras i1
Ag 1002 Agroceres
NK 233 Brazisul
BR 301 EMBRAPA
AG 1003 Agrocer es

(*) Este híbrido possui alto teor d e tanino nos grãos


QUADRO 2. Cultivares com maiores rendimentos médios no En
-
saio Nacional d e Sorgo ~ r a n íero
f - ~ e g i ã oCentro
Oeste.

Rendimento S d i o
~íbxido Fornecedor
(t/ha)
- -- - --- --

BR 360 EMBRAPA
BR 301 EMBWA
8030 rPB
Ag I003 Agroceres
C 102a Contibras i1
8311 Pioneer
B 815 (*) Pioneer
Con tioura Contibrasil
Ag I002 Agroceres
NK 233 Brazisul

(*) Este híbrido p o s s u i a1 to teor d e tanino nos grãos


-
QUADRO 3. Cultivares com maiores rendimentos médios no En
- o -
saio Nacional d e Sorgo ~ r a n í f e r o ~ e ~ i ãSudes
!
te.
-- .

Rendimento ~ é d i o
~ybrido Fornecedor
(t/ha)

B 815 (*) Pioneer


Ag 1003 Agrocer es
BR 300 EMBRAPA
BR 301 EMBRAPA
8030 IPB
C 102a Contibras i1
Ag 1002 Agroceres
Contiouro Contibrasil
Emerald A s grow
01311 Pioneer

(*) Este híbrido possui alto teor d e tanino nos grãos


-
QUADRO 4 . Cultivares com maiores rendimentos médios no En
s a i o Nacional de Sorgo ~ r a n í f e r o- ~ e ~ i ãS uol .

Rendimento ~ é d i o
~ í bido
r Fornecedor
(t/ha)

B C15 (*) Pioneer


Emerald A s grow
BR 300 EMBRAPA
€311 Pioneer
Con tiouro Contibras i1
BR 301 ErnRAPA
Ag 1002 Agroceres
Ag 1003 Agroceres
C 102a Contibrasil
80 30 IPB

(*) Este híbrido possui alto teor d e tanino nos grãos


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PRINCIPAIS PRAGAS NA CULTURA DO SORGO

*
.José Magid Waquil
Jamilton P. Santos

Numa lavoura de sorgo , se observarmos detalhadamente


uma ou m a i s p l a n t a s , podemos n o t a r a presença de m gran-
d e número de i n s e t o s , principalmente n a f a s e de f l o r e s c i -
mento e granasão da c u l t u r a . Mas, nem todos i n s e t o s ali
p r e s e n t e s podem ser considerados pragas. O s i n s e t o s noci-
vos 2 c u l t u r a do sorgo s ã o aqueles que danificam a planta
-
reduzindo s i g n i f i c a t i v a m e n t e a produção. Estes i n s e t o s p r a
gas, e m alguns casos, são d i f z c e i s d e serem observados -
de
v i d o ao s e u l o c a l de ataque. Podemos i d e n t i f i c a r as prin-
c i p a i s pragas do sorgo da s e g u i n t e maneira:

Mosca do sorgo - C o n t d n i a sorghicota

são pequenas moscas, de coloração a l a r a n j ada e asas


t r a n s p a r e n t e s , medindo cerca de 2 , Q nnn. Havendo moscas no
campo, e l a s são f a c i l m e n t e observadas, pela manhã, fazen-
do p o s t u r a nas panrculas de sorgo e m florescimento. Os
ovos são i n t r o d u z i d o s d e n t r o da flor, a t r a v é s de s e u ovi-
positor. Com a e c l o s ã o das larvas, e s t a s se alimentam dos

* Pesquisadores do Centro Nacional de Pesquisa de Milho e


Sorgo,
g r o s de sorgo em formaqão. A s pancculas atacadas p e l a mos -
CB a p r e s e n t a r s e t'chochas't cujo grau de dano na lavoura
vai depender do n í v e l de infestação.

Broca da cana-de-açúcar - Eatraea spp

Os adultos dessa praga são mariposas que o v i p o s i t m


no sorgo e em o u t r a s g r d n e a s . A ~ Ó S a eclosão, as lagar-
-
tinhas penetram no colmo e ao se alimentarem cavam ma ga
leria. Esta normalmente 8 contaminada por fungos que pro-
vocam uma reação vermelha no i n t e r i o r do colmo, contribuin -
do para aumentar os danos, principalmente no sorgo s a c a r i -
no. No sorgo granífero os danos tornam-se maiores quando
a i n f e s t a C á o é no p e d h c u l o , pbis n e s t e caso há morte de
toda a panícule.

são pequenos i n s e t o s de coloração verde, normalmente


ã p t e r o s , que vivem aglomerados em colonias. A espécie co-
nhecida como pulgão do milho p r e f e r e a s folhas mais novas
e a panícula. O pulgão verde, que é o u t r a espécie, prefe-
re a f a c e i n f e r i o r das folhas mais velhas, mas o sintoma
d a infecção é facilmente observadc também n a f a c e supe-
rior dando a f o l h a uma coloração vermelha. E s t a espécie a I

presenta maior importância econÔmica que a primeira. Am


bas espécies podem t r a n s m i t i r o v í r u s do mosaico da cana-
de-açúcar, para o sorgo.

Lagarta e l a m o - E~aamopazpusZignoaezZus
Esta praga ataca a s plantas logo após a emergência. O
sintoma da infestação é e presença das folhas c e n t r a i s i n-i
cialmente murchas e posteriormente mortas. Arrancando-se
a p l a n t a de sorgo com esse sintoma, podemos observar no
colmo a g a l e r i a aberta pela l a g a r t a a p a r t i r do n í v e l do
solo onde e s t á o o r i f í c i o de entrada. Ligado a eese o r i f í I

cio há um casulo tecido pela l a g a r t a com f i o s e detritos


onde ela se protege. Rompendo-se o casulo, podemos obser-
var uma lagartinha verde-azulada com aproximadamente 1 5 m
d e comprimento. A ocorrência de l a g a r t a elasm> se dá ge-
ralmente em períodos de estiagem e o prejuízo é causado pe L

10 grande número de falhas na plantação.

Lagarta do cartucho - Spodoptera frmgiperda


Os adultos dessa praga são também mariposas e fazema
postura nas folhas das plantas. Após a eclosão, as lagar-
tinhas raspam as folhas e caminham para a região do cartu I

cho da planta. As lagartas mais desenvolvidas são canibais


mas se alimentam principalmente d a s folhas novas do c a r t u I

cho antes d e s e abrirem. Com a emergência dessas folhas da I

nificadas de dentro do cartucho podemos observar as lesões


anrígas que geralmente são simétricas na folha aberta. O
i n í c i o da i n f e s t a ç ã o é detectado p e l a frequência de plan-
t a s com folhas raspadas. E s t a praga pode a t a c a r a planta
em qualquer f a s e , dependendo das condições ambientais se-
rem favoráveis.

Gorgulhos - Sitophitus zemczis - SEtophilus oryzae

~ l é mdo sorgo, e s s e s i n s e t o s atacam frequentemente o


milho, a r r o z e o t r i g o . Esses besouros medem cerca de 3 w
e possuem uma projeção f r o n t a l na cabeça onde f i c a suas pe -
ças bucais. As fêmeas a d u l t a s cavam um pequeno o r i f ;cio no
grão onde colocam o ovo. A s l a r v a s desenvolvem dentro do
grão alimentando-se de sua p a r t e i n t e r n a . Dentro do grão
se dá a formação da pupa e emergência do adulto o qual s a i
LI

a t r a v é s de um o r i f í c i o bem v i s í v e l . A i n f e s tação do grao


pode o c o r r e r ainda no campo, mas os maiores p r e j u f zos (per -
da de peso e v a l o r comercial) ocorrem e m período de arma-
zenamento quando h á o rápido aumento da população d a pra-
ga-

Traça dos c e r e a i s - Sitotroga c e r e a ~ e ~ ~ a

Como os gorgulhos, e s t a praga a t a c a os c e r e a i s e m ge -


r a l . O s adultos são pequenas mariposas de coloração a r e Li.

10-palha e possui os bordos p o s t e r i o r e s das asas


franja-
dos. Os adultos vivem cerca de uma semana. As fêmeas fa-
zem postura n a s u p e r f í c i e dos grãos. As Lagartinhas recém
-eclodidas penetram no grão e se alimentam d e suaparte in-
tema. A transformaçRo em pupa e a emergência do adulto se
dá também dentro d o e a saída d e s t e para o e x t e r i o r é
feita por um o r i f í c i o c i r c u l a r . $ p o s s ~ v e ld i s t i n g u i r o O-

r i f í c i o d e emergência d a traça, do o r i f z c i o de emergência


d o gorgulho, pai-s e s t e apresenta-se com o bordo irregular
ao passo que o o r i f í c i o d e emergência da traça é circular
e uniforme.
A traça pode infestar o sorgo ainda no campo e conti-
nuar atacando os grãos no depósito. Esta é uma praga que
não se dá bem no i n t e r i o r da massa de grãos trilhados, m a s
e m ambiente mais aberto desenvolve-sc rapidamente. O arma-
zenamento d e panículaç d e sorgo sem t r i l h a r , toma-se im-
praticável dada a alta incidência da traça nessas condi-
LI

çoes.

~ l é md a s p r a g a s que atacam as culturas em geral, t a i s


como as formigas cortadeiras, cupins, gafanhotos, há ou-
tras de ocorrFncCa menos frequente na cultura do sorgo, tan -L

to na c ~ como
~ q~c -?lnnzom. T n t r e essas poderiam ser cita iII

das: o percevejo c a s t n n h o oue o c o r r e stigando as raizes; a


lagarta r o ~ c ao i i i s c n ? i m ~ n t ad a base do colmo: o coruque-
r; dos c a p i n z a i c destruindo área f o l i a r ; a lagarta da e s p i -
ga do m i l h o e I n c n r t a + d p Celama atacando as paniculas. Os
grãos secos ~ o d e r na i n d a serem atacados por várias espécies
de pequenos Sesouros e t r a ç a s que atacam os grãos de ce-
f
reais armazenados.
Controle das p r i n c i p a i s pragas do sorgo

A ~ Ó So p l a n t i o do sorgo, periodicamente, a lavoura de -


ve s e r v i s t a em d i f e r e n t e s pontos para a v e r i f i c a ç ã o da o-
corrência de pragas e/ou de outros problemas. Constatada a
presença de pragas i n i c i a i s t a i s como formigas, cupins, ia I

g a r t a s elasmo ou rosca, o controle deve ser providenciado


imediatamente, pois os prejuízos são grandes numperíodo de
tempo pequeno. As recomendações dos defensivos e a s dosa-
-
gens e s t ã o apresentados no Quadro 1. Verificando-se a ocor
r ê n c i a d a l a g a r t a do cartucho p e l a presença de grande n h e I

r o de p l a n t a s com folhas raspadas deve-se f a z e r o controle.


A presença de folhas a b e r t a s mostrando l e s õ e s simétricas
na lA&na f o l i a r , é sintoma de ataque antigo c u j a presença
-
d a praga p r e c i s a s e r v e r i f i c a d a dentro do cartucho da plan
ta.
Para o controle da mosca do sorgo, medidas culturais
apresentam boa e f i c i ê n c i a , mas nem sempre são p o s s í v e i s de
serem executadas. Os p l a n t i o s t a r d i o s , geralmente apresen-
tam-se mais infestados por e s t a praga, pois e s t a s e multi-
p l i c a e m hospedeiros n a t i v o s ou p l a n t a s remanescentes de
sorgo de c u l t i v o s a n t e r i o r e s , que crescem e florescem logo
após as primeiras chuvas e propiciam o aparecimento de gran I

des populaçÕes da mosca. Portanto, o p l a n t i o mais cedo, a


destruição de p l a n t a s remanescentes e sorgo selvagens, o
bom preparo do s o l o , o uso de h í b r i d o s por possuirem o £10 I

rescimento mais uniforme, bem como o p l a n t i o num menor es-


paqo de tempo são medidas de controle e f i c i e n t e s .
A aplicação de i n s e t i c i d a s para o controle damoscado
sorgo em grandes áreas é d i f i c u l t a d a principalmente pela a 1
t u r a da planta na época de florescimento, que seralmente i m -
pede a entrada d e t r a t o r e s na lavoura. A aplicação aérea é
p o s s ~ v e l ,mas devido ao seu a l t o custo nem sempre é reco-

-
O método m a i s econÔmico e e f i c i e n t e de controle damos
-
ca do sorgo, que possivelmente poderá s e r u t i l i z a d o em bre
ve, é o uso de variedades ou híbridas resistentes.No CNPMS,
-.
já foram realizados cruzamentos de materiais com Ótimas ca
r a c t e r i s t i c a s agronomicas com as c u l t i v a r e s AF-28 e SC 175
-14, que são r e s i s t e n t e s mosca mas com algumas caracte-
rísticas agronomicas indesejáveis. Desses cruzamentos es-
-
tão sendo selecionados materiais r e s i s t e n t e s e q u e apresen
tam bons rendimentos.
A ~ a~ c oS l h e i t a dos grãos a operação d e expurga é in-
dispensável, quando a secagem é f e i t a naturalmente. Nesta
operação são u t i lizados f umigantes a l t m e n t e tóxicos que
eliminam toda a infes taÇão presente. Yas os grãos depois de
ventilados não possuem n a i s reszduo de defensivo, estando
novamente s u j e i t o s reinfestaçÕes. Portanto, para armaze-
namento por períodos longos, há necessidade do tratamento
dos grãos ou das p i l h a s d e sacaria e paredes do depósito
com i n s e t i c i d a s e m pó - Q u a d r o 2.
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Alexandre da Silva P e r r e i r a

De terminadas doenças t h ~ r econs t i tuido um i a t o r li-


d t r m t e para a cultura de sorgo. No Brasil, nos Últimos
,
anor algumas destas doenças têm-se tomado importantes de
vido ã sua ocorrência severa e generalizada, determinando
redução na produção e qualidade dor grãos, na qualidade de
forragem, e no8 teores de açíkaree em sorgo sacarino.
Aa doenças do sorgo podem ser r e u n i d a s em 4 grupos
d i a t i n t o s segundo a l o c a l i z a ~ ã od a infecção na planta.

I?
1) podridões das sementes e doenças de eeedlings"

Podem a f e t a r a germinação, o desenvolvimento normal


da p l a n t a e reduzir o "stand".

2) Doenças foliares

Afetam o desenvolvimento d a planta reduzindo a q u a l i I

dade e quantidade d e forragem, dos grãos e teores de a ç G


cares .
Z
Perquisadot do Centro Nacional de Pesquisa d e Milho e
Sorgo,
3) Doenças d a s raízes e colmo

Podem c a u s a r o acamamento, tombamento e antecipasão d a


maturaçao da p l a n t a .

4 ) Doenças d a p a n í c u l a

A i n c i d ê n c i a de microorganismos nos g r ã o s e sementes


a f e t a a s u a qualidade e poder g e m i n a t i v o .

Como s e s a b e , o aparecimento de uma doença e s t á con-


dicionado 2 e x i s t ê n c i a de um hospedeiro s u s c e p t í v e l ( p l a n
t a ) , d e um patÓgeno, de condiçGes a m b i e n t a i s f a v o r á v e i s e
ao fator tempo. O conhecimento d e s t e s f a t o r e s é que o r i e-
n
tará as medidas que devam ser u t i l i z a d a s no seu controle
t a i s como:

1) Uso de cultivares resistentes

E s t e método é, comumente i n d i c a d o por ser mais e f i c-


i
e n t e , econÕmico, e v i t a n d o o emprego de d e f e n s i v o s e o au-
mento de c u s t o de produção. A obtenção de c u l t i v a r e s re-
sistentes tem s i d o a p r i n c i p a l l i n h a de P e s q u i s a do CNPMS,
n a área d e Fi t a p a t o l o g i a , e x i s t i n d o já c u l t i v a r e s com bons
n í v e i s de r e s i s t ê n c i a à s p r i n c i p a i s doenças.

2) Uso d e sementes sadias e t r a t a m e n t o s de sementes

Estas medidas são indispensáveis para obtenção d e bom


"stmd" e de plântulas sadias. Ae sementes devem ser sele -
cionadae evitando aquelas que apresentam danos mechicoe
e infecção por microorganismos. Para tanto, sementes de
sorgo devem ser produzidas e m área8 que apreeentam umida-
de baixa na época de maturação doe grãor. Antes do plantio
devem ser t r a t a d a s com fungicidas, coma Captam 75 PM (300
grarnas/100 kg de riementes). Para o caso e s p e c í f i c o Mildio
do Sotgo, o fungicida Ridomil, com testes aindaemfase ex -
perimental , tem dado bans resultados.

3) Rotação de c u l t u r a

Sua e f i c i ê n c i a é d i s c u t i d a para algumas doenças e mui


L

tae vezee o a g r i c u l t o r não tem condições de executá-la de I

vida capacidade de alguns ~ a t ó g e n o sde eobreviver no so -


10 por muitos anos. Eata medida de controle tem como obje
-.

tivo p r i n c i p a l reduzir a fonte primãria de inóculo do pa-


tÕgeno, na a u s ê n c i a da p l a n t a hospedeira. Deve-ee e v i t a r ,
na rotação, a u t i t i z a ç ã o d e p l a n t a s do mesmo gênero.

4) fpoca de p l a n t i o

uma medida na q u a l se procura favorecer o desenvol -


vimento da c u l t u r a , e limitar a h$o do ~ a t ó g e n o .

As doenças que ocorrem, a t é a momento no Brasil e as


medida8 d e controle eão relacionadae abaixo:
1) ~ o d r i d õ e sdas sementes e doenças d e p l â n t u l a s

Normalmente, estao são causadas por micro-


organismos e x i s t e n t e s no s o l o ou nas sementes e que t ê m ca I

pacidade de sobreviver no solo, em condições a d v e r s a s por


longo período, sob a forma de e s t r u t u r a s de resistência
tais como esclerocios , claruidosporos , etc.
Al-s espécies de Fusonum, A8pe~giZZm, Rhizopus,
Rhisoctonia, Pai& l Z h He lminthospoz+wn e Co 2 letotrichm
atacam as sementes destruindo o embrião o u o endosperma,
diminuindo o poder geminativo das sementes ou originsndo
p l k t u l a s fracas e doentes.

Controle

Tratlimento de sementes; uso de sementes sadias, sem


danos mec&icos, com adequada maturação; adequado prepara
do solo, época e profundidade de p l a n t i o recomendadas.

2) Doenças f o l i a r e s

2.1. Antracnose - CoZZetotrichm g r d n $ c o k


Doença fÚngica que ocorre praticamente e m todas u n I

giÕes onde o sorgo é cultivado.


Este fungo incide nas folhas, colmo, pedÚnculo, pcmí I

cula e grãos, com os sintomas aparecendo, normalmente após


o florescimento.
Sintomas

Nas folhas, as lesões szo circulares para o v a i s , pe-


-
quenas (+ 0,s cm), de coloração avemelhada ou amarelada
com o tamanho e a cor d a s lesões dependendo da cultivar
atacada. O centro das lesões pode se t o m a r de cor palha
onde são observadas f r u t i f i c a ç õ e s do fungo. Nas nervuras
e pedÚnculo, as lesões são circulares para e l í p t i c a s e e m
condições de a l t a umidade são cobertas por massa de espo-
ros de cor rosa.

Controle

Uso de cultivares reaistentes ; eliminação de r e s tos


cul*urais; rotação de cultura; uso de sementes sadias.

2.2. Ferrugem - Puccinia pulptuea


Doença f o l i a r de ocorrência geenera lizada, ocorrendo
normalmente e m plantas ptÓximas da maturidade. Em plantas
susceptíveis e e m condições ambientais favoráveis, a fer-
rugem pode ocorrer antes do florescimento afetando. dras-
ticamente, a qualidade e produção d a forragem.

Sintomas

Os sintomas aparecem, principalmente, na parte infe-


r i o r das folhas, e m forma de pustulas. No inzcío d a infec iI
ção a p u s t u l a é coberta por uma película que, geralmente,
se rompe liberando uma massa de esporos de c o r avermelha-
da ã marron-escura, de aparência ferruginosa.
O tamanho e ncmero de pustulas dependem da c u l t i v a r
atacada.

Controle

~ t i l i z a ~ ãde
o dultivares r e s i s t e n t e s

2.3. Mildio do Sorgo - Permosc Zerospom sorghi


(ScZerospora sorghi I

A o c o r r ê n c i a desta doença está restrita, no mmento,


aos Estados do Rio Grande do S u l , S a n t a Catarina, ?aranã
e s ã o Paulo.
A s u a importância e s t á no f a t o d e l a o c o r r e r t a n t o na
c u l t u r a do sorgo como na de milho.
O fungo ataca o sistema r e p r o d u t i v o das p l a n t a e , tor -
nado-as estéreis e por consequência a c a r r e t a n d o redução na

Sintomas

O prinieiro sintoma é o aparecimento na8 folhas de fai


-
xas v e r d e s , paralel ae ã f aixar cloró ti cas ou amare ladas ,
onde, em condições de a l t a umidade, ocorre o aparecimento
de uma massa esbranquiçada forrmidapelosesporos do fungo.
Com o desenvolvimento da infecção aparecem e s t r i a s necrÓ-
t i c a s e as folhas se rasgam, adquirindo uxn aspecto típico.

Controle

utilização de cultivares r e s i s tentes ; tratamento de


sementes; rotação de cultura, por um período mínimo de 3
anos, evitando-se o plantio de sorgo ou milho; queima dos
restos culturais.

E s t a doença, normalmente, causa pouca des truiçso do


tecido f o l i a r . Contudo, tem-se tornado generalizada e , em
condições favoráveis ao seu aparecimento (alta umidade e
temperatura) pode acarretar destruição de grande área fo-
l i a r e a seca das plantas.

S int ornas

Nas f o l h a s , as lesões são limitadas p e l a ç n e m r a s cu


I

j a coloração pode variar d e avermelhada a amarelada, de-


pendendo d a cultivar atacada. O sintoma t í p i c o consisteno
aparecimento, no i n t e r i o r das lesões, d e pequenas áreas
circulares necrosadas dando-lhe m a aparência d e um rosá-
rio.
Cont r o le

Semelhante ao apresentado p a r a antracnose.

2.5. v í r u s do mosaico d a cana-de-açúcar

O sorgo é marcadamente s u s c e p t í v e l ao v í r u s do mosai -


co da cana-de-açúcar, e também é p l a n t a h o s p e d e i r a p r e f e -
r i d a do pulgão verde do milho (RhopnZosiphm mai&8), o
p r i n c i p a l i n s e t o v e t o r do v í r u s . A s s i m , o p l a n t i o de sor-
go, p r i n c i p a l m e n t e das c u l t i v a r e s sacarinas, de
c a n a v i a i s ou d e c u l t u r a s de s o r g o i n f e c t a d a s , f a z do mo-
s a i c o d a cana f a t o r limitante p a r a a cultura.

Sintomas

O v í r u s promove no sorgo d o i s t i p o s b á s i c o s d e s i n t o
mas:
M6saico - são á r e a s verdes c l a r a s entremeadas com á-
reaç verdes escuras. As áreas verdes c l a r a s são sonsequen -
tia d a d e s t r u i ç ã o d e c l o r o f i l a do t e c i d o f o l i a r . Norrnal-
E n t e o mosaico é m a i s e v i d e n t e e m f o l h a s novas e
ou não desaparecer com o envelhecimento d a p l a n t a , como
também o c o r r e r a transformação do mosaico em sintomas ne-
eróticos.
Necrose - são áreas onde o c o r r e i n i c i a l m e n t e uma de-
sorganização celular, culminando com a morte do t e c i d o . As
d
-
areas necróticas podem se ~ p r e s e n t a rcom manchas de forma
to circular, alongado ou de estrias. Este t i p o de sintoma
na maioria das vezes leva a planta de sorgo morte, p r i n -
cipalmente quando a infecção ocorre precocemente.

Controle

Uso de cultivares resistentes; c o n t r o l e dos insetos


ve tores com inseticidas'.

2 . 6 . Be lminthosporiose - flelmk t h o ~ p o r i m t&mm e


Fe flenthospcirim sordiico luC

Estes dois pat6zenus 3odeal a t x a r 2 p l a n t a do sorgo


It
em qualquer idade, causando i n f e cçâo nas sementes, see-
dlings'' e principalnente em folhas de plantas adultas.
t.
L-

les são transpor~adospela semente e vivem rm restos c u l -


turais no s o i o . Quando as condiçÕns climãticas são favor;-
veis, a doencri se espalna rapidamente e pode causar sérios
-
prejuízos por d a n i f i c a r parcial ou totalmente as folhas an
tes da mnturaç& da planta.

Sintomas

8. turc8i:.?u>: - Em plarrta a d u l t a s , causa les6es necrã-


ticas lonaas de f orna e líptica, de coloração acinzentada a
pzlha. Qirando há a b ~ n d n n t ee s p o r u l a ç ~ o .o centro da lesão
toma-se esverdeado.
H. sorghicola - ~ambgm, causa longas lesões, porem,
L

alternando áreas de tecido vermelho escuro com áreas ne-


c r á t i c a s , d e maneira concentricas.

Controle

u t i l i z a ç ã o de c u l t i v a r e s r e s i s t e n t e s ; tratamento de
seaientes, uso de s e e n t e s sadias.

3. Doenças da r a í z e colmo

Este pat6geno causa podridão de r a í z e s e m colmos em


*-
30 d i f e r e n t e s c u l t u r a s , t a i s como: milho, fei3ao,algodão,
hortaliças, g i r a s s o l , s o j a .
Em condições climáticas favoráveis (a1 t a temperatura
e baixa midade) e s t a doença pode c o n s t i t u i r s é r i o p r o b l e -
m a para a c u l t u r a do sorgo. Este fungo sobrevive no solo
por maie de 10 anos.

Sintomas

A podridão de Nucmphomina, geralmente toma-se evi-


dente prÓximo ã maturação d a p l a n t a , acarretando uma
Z
ma
granação da panícula e morte prematura com tombamento ou
não da planta.
No i n t e r i o r do colmo infectado, há destruísão dos te
L

cidos, permanecendo somente os vasos que são cobertos por


pequenas e numerosas e s t r u t u r a s e s f é r i c a s , negras dando ao
colmo uma cor acinzentada.

~ti l i z a s ã o de cul tivares resis tentes.

3.2. podridão vermelha do colmo - CoZZetotxYjchwn


grminico lu

E s t a doença aparece, normalmente, após o f lorescimen -


t o . O fungo penetra no colmo e s e desenvolve no sistema
vascular, i n t e r f e r i n d o no movimento de água e nutrientes
causando desenvolvimento anormal da planta. Os colmos doen -
t e s , normalmente, s e quebram ou tombam tomando a colhei-
ta mecânica d i f z c i l .

Sintomas

O tecido, no i n t e r i o r do colmo infectado, adquire co -


loração avemelhada, com brancas corresponden-
t e s aos pontos de penetração do fungo. Nestes pontos, e r
ternamente, em condições de a l t a umidade e temperatura,há
formação de m a massa de cor rosa ( f r u t i f i c a ç õ e s do fun-
go)
No pedÚnculo, os sintomas s e assemelham aos do col-
w,.

Controle

Semelhante ao a p r e ~ e n t a d opara antracnose.

~ematóidesde vários gêneros (Criccmemoides, Re Zico-


-
tytenchm, Prnty Zenchus, MZoidogyne, e t c ) t ê m sido encon
tradoe parasitando o sistema radicular de plantas de sor-
go, sendo o enfezamento e/ou amarelecimento da planta e
anormalidades do sis tema radicular ,a expressão dos s i n t oI

mas de injGrias do parasitismo do nematóides.


Como medidas de controle aconselha-se o emprego de
variedades r e s i s t e n t e s , nematicidas e rotação de cultura.

4. Outras doensas

No Brasil, as seguintes doenças t ê m sido observadas


mas ainda não se constituem e m problema para a c u l t u r a do
sorgo:
podridão de S c k m t i m (ScZerotim r o Z f i 8 i i ) , carvão
da panícula fsphace Zotheca reiZianal, Mancha Zonada (Cloeo -
mrco8pom sorghi), ?? Sooty stripe" (Ramulispora ~orghi),
carvão coberto (Sphacetotheca sorghi), Bacterioee nas fo-
lhas íPseudmmas mdropogail .
BOLETINS T ~ ~ I C OJAS PUBLICADOS

~hero Data Nome

2 ~ ~ ~ ~ ~ ~ i Resultados
r o / 7 9 dos Ensaios Nacionais d e
-
Sorgo ~ r a n i f e r o 1975/76 e 1976/77.

2 Fevereiro/79 -
Resultados do Ensaio ~ a c i o n a dl e Sor

go Sacarino d o Ano ~ ~ r í c o1977178.


la

3 Setembra/79 ~ i s t r i b u i ~ ãdo l-
o crédito ~ ~ r z c o pa
a

ra o Milho e Sorgo nas ~ e ~ i Õ eBra-


s

sileiras.

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