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INSPEÇÃO VISUAL DE PÁS COM

TELESCÓPIO
31 de Outubro 2017

© Legal Name Treinamento de Inspeção de Pás 2017


Conteúdo

1. Princípio de Funcionamento das Pás 03


2. Definições e Acrônimos 05
3. Conhecimento Básico do Componente 07
4. Principais Intervenções de Manutenção 19
5. Equipamentos para Inspeção 23
6. Procedimento de Inspeção de Pás com
Telescópio 29
7. Danos com Maior Incidência 37
8. Preenchimento dos Informes 59

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1. Princípio de Funcionamento das Pás

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Princípio de Funcionamento das Pás

• A diferença entre as cascas faz com que o ar


tenha uma trajetória mais longa em uma casca
do que na outra.

• Pelo princípio de Bernoulli, da conservação de


energia, o fluxo de ar se encontra novamente no
mesmo ponto, sendo assim, para a casca mais
comprida a velocidade do vento é mais alta,
gerando uma zona de baixa pressão.

• Esta diferença de pressão resulta em uma força


de sustentação na qual move o rotor.

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2. Definições e Acrônimos

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Definições e Acrônimos

• B.A. – Bordo de ataque ~ l.E. ~ Leading edge

B.S. – Bordo de Saída ~ Bordo de Fuga ~ T.E. ~ Trailing Edge

C.S. – Concha Superior ~ Casca Extra ~ Downwind ~Suction Shell ~ Casca de


Sucção.
C.I. – Concha Inferior ~ Casca Intra ~ Upwind ~ Pressure Shell ~ Casca de Pressão

Root – Raiz – Indica posição do início da pá

TIP - Ponta – indicia posição do final da pá

Z – direção longitudinal - distância expressa em milímetros a partir da raiz até a ponta


da pá.
Corda – Direção transversal – Distância expressa em milímetros a partir do Bordo de
ataque até o Bordo de Saída
SparCap – Laminado central

Viga – Web ~ LEW ~ TEW ~ - Parte do conjunto estrutural da pá unindo as duas


conchas em conjunto com o sparcap.
S.N. – Serial Number (Número de Série).

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3. Conhecimentos Básicos do Componente

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Conhecimentos básicos do componente

As pás são os componentes do aerogerador que


absorvem a força cinética do vento.

Alguns modelos de pás:

• Gamesa 660 kw de 23 m

• Gamesa 850 Kw de 25-29 m

• Gamesa 2.0 Mw de 39-44 m

• Gamesa 2.1 Mw de 56m

• Gamesa 4.5 Mw de 62.5 m

• Gamesa 5.0 Mw offshore 62.5 m

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Conhecimentos básicos do componente

• Os compósitos, também chamados de


composites, são materiais formados pela união
de outros materiais com o objetivo de se obter
um produto de maior qualidade. A síntese de
materiais compósitos se dá por misturar
compostos de naturezas diferentes com o intuito
de imprimir novas propriedades aos materiais.
Por ser um material multifásico, um compósito
exibe além das propriedades inerentes de cada
constituinte, propriedades intermediárias que
vem da formação de uma região interfacial.

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Conhecimentos básicos do componente

• A expressão fibra de vidro pode tanto referir-se à


própria fibra como ao material compósito
Polímero Reforçado com Fibra de Vidro (PRFV),
que é popularmente conhecido pelo mesmo
nome.

• É um material composto da aglomeração de


finíssimos filamentos de vidro que não são
rígidos e são altamente flexíveis. Quando
adicionado à resina poliéster (ou outro tipo de
resina), transforma-se em um composto
popularmente conhecido como fibra de vidro,
mas na verdade o nome correto é PRFV, ou seja,
"Polímero Reforçado com Fibra de Vidro". O
PRFV tem alta resistência à tração, flexão e
impacto, sendo muito empregado em aplicações
estruturais..

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Conhecimentos básicos do componente

• É leve e não conduz corrente elétrica, sendo


utilizado também como isolante estrutural.
Permite ampla flexibilidade de projeto,
possibilitando a moldagem de peças complexas,
grandes ou pequenas, sem emendas e com
grande valor funcional e estético. Não enferruja e
tem excepcional resistência a ambientes
altamente agressivos aos materiais
convencionais. A resistência química do
Fiberglass é determinada pela resina e
construção do laminado. Pode ser produzido em
moldes simples e baratos, viabilizando a
comercialização de peças grandes e complexas,
com baixos volumes de produção. Mudanças de
projeto são facilmente realizadas nos moldes de
produção, dispensando a construção de moldes
novos

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Conhecimentos básicos do componente

• Os custos de manutenção são baixos, se


comparados a outros materiais que possam
apresentar a mesma resistência, devido à alta
inércia química e resistência às intempéries,
inerente ao material. As montadoras brasileiras
Gurgel, Puma e Miura fabricavam seus carros
com carrocerias de fibra de vidro. O gigantesco
Airbus A380 usa fibra de vidro em sua fuselagem
e asas, o que o torna mais leve e resistente e
praticamente à prova de impactos com aves e
até ataques terroristas.

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Conhecimentos básicos do componente

À medida que a tecnologia propicia dimensões


maiores para as turbinas, a rotação reduz-se: os
diâmetros de rotores no mercado atual variam
entre 30m e 100m, o que resulta em rotações da
ordem de 35rpm a 12rpm, respectivamente. As
rotações baixas tornam as pás visíveis e evitáveis
por pássaros em vôo.

Quanto aos níveis de ruído, turbinas eólicas


satisfazem os requisitos ambientais(cerca de 45
decibéis-dB) mesmo quando instaladas a
distâncias da ordem de 300m de áreas
residenciais(segundo a Associação Americana de
Energia Eólica – AWEA). Esses aspectos
contribuem para que a tecnologia eólico-elétrica
apresente o mínimo impacto ambiental entre as
fontes de geração na mesma ordem de giga watts.

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Conhecimentos básicos do componente

A massa das pás também sofre alterações na


medida em que aumentam de tamanho. A evolução
na fabricação permite produzir pás maiores sem
que o aumento de massa seja exponencial. Abaixo
alguns exemplos de pás e sua respectiva massa
aproximada:

G80 – 6.500 kg G90 – 7.000 kg

G83 – 7.200 kg G97 – 8400 Kg

G87 – 6.300 kg G114 –12000Kg

.
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Conhecimentos básicos do componente
A estrutura das pás contempla um sistema de
transmissão de descarga atmosférica que transfere
a energia de um impacto de raios, minimizando os
danos que possam ser causados as pás e demais
componentes do aerogerador. Também servem
para eliminar cargas estáticas geradas no atrito
das pás com o ar .

É composto por receptores posicionados na pá,


cabo de transmissão, cartão para registro de leitura
de desgarga, banda condutora e martelo, esse
último, responsável por transmitir para a estrutura
da Nacelle a descarga recebida nas pás. A
corrente continua descendo através dos sistemas
da Nacelle e Torre. A energia do impacto diminui
quando passa pelo dispositivo. A intensidade da
carga do impacto determinará a gravidade de
possíveis danos causados às pás e sistemas
adjacentes.
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Conhecimentos básicos do componente

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Conhecimentos básicos do componente

1. Haste isolante de fibra

2. Condutor de cobre

3. Parafuso e arruela para fixação da haste do


condutor

4. Fixação dos condutores de cobre

5. Placa de suporte para união ao hub

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4. Principais Intervenções de
Manutenção

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Principais Intervenções de Manutenção

Assim como os demais componentes de nossos


aerogeradores as Pás sofrem com desgastes.
Sejam eles causados por atrito com o ar,
intemperes ou esforço mecânico. Esses desgastes
podem causar desde ruídos até uma parada da
máquina por quebra de uma Pá.

Sendo assim também se faz necessário que sejam


realizadas intervenções de manutenção preventiva
e corretiva.

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Principais Intervenções de Manutenção

Manutenção Preventiva:
• Inspeção auditiva de ruídos aerodinâmicos de
todas as pás
• Inspeção auditiva de ruído mecânico das pás,
• Inspeção visual dos guarda-pó,
• Inspeção dos martelos do sistema de
Transmissão de raios,
• Substituição e leitura do cartão do Sistema de
Para-raios,
• Inspeção visual das uniões entre pás e
rolamento das Pás
• Inspeção visual das pás com auxílio de
equipamento óptico ou em altura.
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Principais Intervenções de Manutenção

Manutenção Corretiva:

A notificação ocorre mediante a inspeção da


superficie da pá ou por comunicado de uma
inciedência por parte do pessoal de manutenção
do parque.

Para dar seguimento ao processo de reparação,


uma vez realizados os procedimentos
administrativos, essa pode ser realizada por
pessoal devidamente capacitado e autorizado em
altura, utilizando-se de meios de elevação
adicionais ou em solo se necessário.

.
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5. Equipamentos para inspeção

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Equipamentos para Inspeção

Lente Nikon SEP – 20 – 60 NL 011178 com


protetor de tecido.

Câmera digital Nikon 16.1 megapixels, CMOS,


wide 4.2x200m, fullHD movie. bright f/1.8 lens.

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Equipamentos para Inspeção

Cabo para transmissão de fotos e vídeos para


exibição em TV’s e computadores.

Mochila para transporte.

Equipamento com acolchoamento interno e


subdivisões para acomodação de cada item.
Possui capa de lona a prova d’água.

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.
Equipamentos para Inspeção

Cabo de auxílio de acionamento de disparo.


Permite tirar fotos sem tocar na câmera

Tripé VANGUARD AUCTUS PLUS 283AT, com


ajustes de altura e posicionamento para garantir a
ergonomia da atividade

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Equipamentos para Inspeção

Manopla com gatilho e trava de posicionamento


para movimentação e ajuste do Telescópio

Bag para transporte do tripé. Pode ser acoplada à


mochila para transporte.

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Equipamentos para Inspeção

Cabo e carregador para câmera fotográfica

Dispositivo de acoplamento da camera ao


telescópio.

Não é possível realizar fotos sem utilização desse


equipamento.

Compatível apenas com a linha coolpix 300

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6. Procedimento de Inspeção de Pás
com Telescópio

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Procedimento de inspeção de pás
• Para realizar a inspeção, colocar a pá na posição mais baixa em relação ao
rotor e ligeiramente inclinada em relação à torre.
• Depois de colocar a pá nesta posição, utilizar o freio para evitar que a pá se
movimente enquanto se realiza a inspeção.
• Se for necessário faremos a orientação da Nacelle para que a luz do sol ou o
posicionamento do operador em relação a torre não prejudiquem a qualidade
das inspeções.
• Cada dano detectado será incluído no Registro de Inspeção de Pás, com as
respectivas fotos exigidas no mesmo.
• Após a inspeção, verificar se todas as informações necessárias para o
preenchimento dos informes foram coletadas.
• Se nenhum dano for encontrado, registrar uma foto da concha superior e
inferior, contemplando toda a extensão da pá.

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Inspeção do Bordo de Ataque

Nesse tipo de inspeção todo a extensão do bordo


de ataque é examinada , especialmente no terço
final.
O Técnico deve estar posicionado com o
equipamento na parte dianteira da máquina.
Nesta posição deve começar a inspecionar com o
telescópio ao longo do bordo , a partir da raiz para
a ponta.

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Inspeção do Bordo de Saída

No bordo de fuga, o Técnico deve estar atrás da


máquina.

Nesta posição deve começar a inspecionar com o


telescópio ao longo do bordo , a partir da raiz para
a ponta, uma atenção extra deve ser dedicada à
área da Raiz, pois devido à geometria da pá, os 5
metros mais próximos da raiz podem não ser
vistos com clareza. Caso isso aconteça deve-se
posicionar a pá na parte mais alta do rotor,
ligeiramente inclinada em relação a torre e nesta
posição realizar a inspeção a partir da Nacelle.

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Inspeção das Conchas

Toda a superfície das conchas deve ser


inspecionada . O técnico deve se posicionar em
frente a concha e a partir desta posição realizar a
varredura com o telescópio da ponta até a raiz.
Damos especial atenção para a ponta e os
receptores do sistema anti-raios, procurando
possíveis danos causados ​por descargas
atmosféricas.

É analisado se pode ter havido descarga


atmosférica e assim, a ocorrência de manchas
pretas . Este impacto pode ocorrer em qualquer
área da pá embora o lugar mais provável seja o
receptor.

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Ajustes de equipamento e Instruções adicionais

• Os ajustes de zoom e foco para inspeção são feitos no próprio telescópio com dispositivos de ajustes
manuais. Ao mover o telescópio para realizar a inspeção os ajustes se alteram, sendo necessário
corrigi-los constantemente durante o processo de inspeção e durante o processo de obter as fotos dos
danos encontrados.
• Vale lembrar que após acoplar a máquina ao telescópio o zoom da maquina (dispositivo da maquina
não é o mesmo do telescópio) deve estar 100% aberto.
• Nem sempre o ajuste de foco para se observar com o telescópio, é o mesmo para se obter as fotos,
sendo necessário fazer algum ajuste fino antes das fotos.
• Os ajustes necessários de foco e zoom utilizados para melhorar a qualidade das imagens são sempre
os do telescópio.
• O zoom da máquina deve estar sempre aberto para que não haja sombra do dispositivo de
acoplamento nas fotos. Ele não tem como finalidade ajustar a imagem que se tem no visor da câmera.

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Ajustes de equipamento e Instruções adicionais

• Os recursos da câmera que vamos utilizar são outros. Eles tem o objetivo de auxiliar na qualidade da
foto. Ajustes de exposição, cor, brilho, podem ser ajustados de maneira simples e rápida, para
adaptar-se as condições de luz natural que se tem no momento das fotos, garantindo uma boa
qualidade nas capturas.
• A câmera dispõe de um temporizador para que se possa tirar a fotos sem tocar na máquina. Esse
recurso pode ser utilizado em conjunto com o cabo auxiliar de disparo e serve para que não haja
movimento no instante do click e consequentemente a alteração da posição do telescópio.
• Devemos garantir que a câmera esteja sempre com o cartão de memória inserido e com a bateria
carregada para não comprometer o processo de registro das fotos.
• A câmera deve estar configurada para imprimir data e hora nas capturas.
• As fotos devem ser registradas sempre mostrando em uma parte da foto outra cor que haja no
ambiente, diferente do branco da pá para garantir os contrastes de cores.
• Quando houver necessidade de capturar imagens mais próximas (necessárias para que se possa
realizar uma análise mais detalhada do dano), é necessário mais atenção com os ajustes do
equipamento devido a ausência de mais cores

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Ajustes de equipamento e Instruções adicionais

• Sempre registrar as fotos com distancias de zoom e posições diferentes, caso não seja possível
identificar o dano por completo da posição em que se inspeciona.
• Sempre registrar um mínimo de 6 fotos de cada dano, deve-se registrar mais fotos se julgar
necessário.
• NUNCA apagar as fotos que não foram utilizadas no relatório. Dependendo das análises, podem ser
solicitadas mais imagens do mesmo dano
• As informações de tipo de defeito, posição, distância, tamanho, devem ser anotados no momento em
que se localiza o dano para que não se perca essa informação. Não é possível fechar um informe sem
esses dados.
• Outros dados como produção da turbina, horário de início e fim das atividades, horário de desconexão
de fibra, também devem ser anotados para o preenchimento do informe e posteriormente das OT’s.
• É necessário registrar um foto da identificação da pá. Essa identificação é uma etiqueta posicionada na
raiz da pá. Ela contem informações de numero de série e peso que são necessárias no preenchimento
dos informes.

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7. Danos com Maior Incidência

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1.01 Erosão no Bordo de Ataque

Pintura danificada devido à erosão e desgaste por


atrito com o ar . A região mais amarelada indica
que já não existe material de pintura recobrindo o
laminado. Esse tipo de dano tende a aparecer com
maior frequência nas regiões próximas da ponta.
Esse dano pode ser menor se temos cinta de
proteção no bordo de ataque.

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1.02 Pitting no Bordo de Ataque

Esse dano consiste em pequenos destacamentos


de gelcoat. Podem aparecer a partir da linha
paralela ao Bordo de Ataque no limite de transição
do revestimento de 3 camadas para o de 2
camadas ou na linha que indica o fim do tecido
biaxial da extremidade.

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1.03 Danos na Fita 3M (Fita de proteção de Bordo)

Abrange qualquer defeito relacionado à cinta 3M.


Os danos mais comuns são bolhas, rugas, dobras,
impactos de raio, sujeira sob a fita, ausência da
Fita em alguns pontos, ausência do selante da
Fita.

A falta de instalação da fita também é considerada


um dano e deve ser registrada.

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1.04 Trincas na União Adesiva do Bordo de Ataque

Trincas longitudinais encontradas no Bordo de


Ataque, afetam a massa de colagem entre as duas
conchas, não afetando o laminado.

Uma avaliação mais detalhada deve ser realizada


para determinar as possíveis causas desse tipo de
Dano

Obs.: Qualquer trinca identificada


deve ser comunicada
imediatamente ao departamento de
Pás para que se avalie se esse
aerogerador tem ou não condições
de continuar a trabalhar.

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1.05 Trincas na União Adesiva do Bordo de Ataque

Semelhante ao caso anterior (1.04), são


rachaduras mas podem estar dispostas na direção
longitudinal ou transversal no Bordo de ataque,
pois nesse caso o dano atinge os laminados das
conchas.

Obs.: Qualquer trinca identificada


deve ser comunicada
imediatamente ao departamento de
Pás para que se avalie se esse
aerogerador tem ou não condições
de continuar a trabalhar.

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1.06 Desprendimento de Gelcoat no Bordo de Ataque

Regiões em que a pintura se solta em pedaços.

Se diferenciam dos danos de Pitting (1.02) e


Erosão (1.01) por apresentar um pequeno degrau
na transição entre a parte que tem e a que não tem
Pintura.

Pode Evoluir para uma erosão agressiva ou causar


desprendimentos de Gel ao longo das conchas.

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2.01 Pitting no Bordo de Saída

Dano semelhante ao Pitting de BA, com alteração


da região em que aparece. São danos um tanto
quanto incomuns em parques com poucos anos de
operação. Embora não seja uma regra, costumam
ter incidência em parques com 10 anos ou mais de
operação. Isso se deve ao fato de que o impacto
sofrido com intemperes e atrito com o vento são
bem menores nessa região da pá.

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2.02 Trincas nas Uniões Adesivas do Bordo de Saída

É uma desunião entre as conchas , é identificado


por uma separação entre as cascas , ou uma trinca
no centro do bordo de fuga . Esse tipo de falha
costuma afetar a cola que une as duas conchas.
Os laminados das conchas podem não estar
danificados.

Obs.: Qualquer trinca identificada


deve ser comunicada
imediatamente ao departamento de
Pás para que se avalie se esse
aerogerador tem ou não condições
de continuar a trabalhar.

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2.03 Trincas nas Uniões Adesivas do Bordo de Saída

Podem provocar a desunião das conchas, com o


agravante de que nesses casos, os laminados das
conchas também são afetados.

Obs.: Qualquer trinca identificada


deve ser comunicada
imediatamente ao departamento de
Pás para que se avalie se esse
aerogerador tem ou não condições
de continuar a trabalhar.

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3.01 impacto de Raio sem Danos ao Laminado

É identificado pelo aparecimento de pequenos


traços , tiras pretas ou pontos negros.

Pode ocorrer em qualquer área da Pá.

É mais provável ocorrer na extremidade do


receptor que também pode estar danificado.

É necessário atenção para que não seja


confundido com sujeira ambiental presente na pá.

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3.02 impacto de Raio sem Danos ao Laminado

Pode ocorrer em qualquer área da Pá.


É mais provável ocorrer próximo do receptor.
Causa danos graves aos laminados das Pás.
Pode causar danos aos laminados em toda a
extensão da pá se a descarga atmosférica não
seguir atravéz do cabo do sistema Anti-Raios.

Obs.: Qualquer dano dessa categoria,


independente da extensão atingida
deve ser comunicada imediatamente
ao departamento de Pás para que se
avalie se esse aerogerador tem ou não
condições de continuar a trabalhar.

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4.02 Desplacamento de Gelcoat

Pode ocorrer em qualquer área da Pá.

São considerados desplacamentos danos maiores


que 20 x 20 mm. Para danos menores que 20 x 20
mm utilizar o código 4.01 (arranhões nas conchas).

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4.03 Desplacamento de Gelcoat a partir do Bordo de Ataque

Áreas em que o gel se despredeu por completo.


Esse tipo de dano evolui a partir de um pitting,
erosão ou desplacamento no BA.

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4.04 Bolhas no Gelcoat

Bolhas ou deformações na superfície da pintura.


Não é possivel ver as camadas pois não há
rompimento da pintura

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4.05 Delaminação na Pintura

Uma das camadas de Gelcoat se solta deixando


aparente a próxima camada (4.05a) ou o laminado
da pá(4.05b).
Esse dano evolui de uma bolha no gel que se
rompeu (4.04)

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4.06 Alterações de Coloração

Degradações locais sem danos à pintura.


Normalmente são regiões mais escuras ou com
coloração diferente da presente no restante da
superfície da pá.

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4.07 Trincas na Pintura

Trincas no revestimento externo da pá, atingindo


apenas a pintura, sem danos aos laminados. Pode
ser encontrado em qualquer região das conchas.

Essa categoria de trinca também


deve ser submetida à avaliação do
Departamento de Pás.

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4.08 Sujeira

Ocorre quando a sujeira adere ao Gel Coat,


gerando zonas escuras em qualquer região das
conchas. Tem causas variadas, sendo mais
comum sujeira ambiental.

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4.12 Danos aos laminados das Conchas

Podem ser causados por movimentação e


transporte, por defeitos de fabricação, falhas de
projeto ou excesso de esforço.

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4.15 Reparação em mal estado

Zonas que foram reparadas de maneira incorreta e


que apresentam características diferentes do
restante da superfície da pá.
Ex.: Pode surgir uma deformação na superfície, a
pintura pode estar se soltando ou a região pode
estar apresentando novamente as caracteríscas do
dano anteriormente reparado.

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5.09 Ausência ou dano no Vortex

Ausência ou dano nas aletas do vortex.


Região do Vortex necessita de atenção especial
durante a inspeção pois devido ao fato de que o
assessório apresenta quase a mesma tonalidade
das pás, dificultando a identificação de danos.

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8. Preenchimento dos Informes

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Preenchimento do Informe
SELECIONAR LINGUAGEM DO DOCUMENTO
(DISPONÍVEL INGLES E ESPANHOL)

SELECIONAR A QUANTIDADE DE DANOS POR PÁ


À INSERIR NO DOCUMENTO

INSERIR A OPÇÃO BRASIL

INSERIR NA OPÇÁO DE COMPONENTE “PALA”


(BLADE)

ESCOLHER A OPÇÃO INSPEÇÃO

CONFERIR SE TUDO ESTÁ CORRETO E


PRESSIONAR “CONTINUAR”

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Preenchimento do Informe
INSERIR NOME DO PARQUE
INSERIR NOME DO AEROGERADOR
INSERIR NOME DO PROPRIENTÁRIO DO PARQUE
INSERIR NUMERO DA O.T.
INSERIR CLUSTER
INSERIR NOME DO COORD. DO CLUSTER
INSERIR NOME DO SUPERV. DO PARQUE
ESCOLHER NA LISTA O MODELO DO AEG
INSERIR “SOLO”
DATAS DE INÍCIO E FIM DA ATIVIDADE
INSERIR BRASIL
INSERIR DADOS DE PRODUÇÃO DO AEG
NOME, USER GOT E EMPRESA DO TÉCNICO

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Preenchimento do Informe
INSERIR NUMERO DE SÉRIE DA PÁ SEM
ESPAÇOS ENTRE ELES RESPEITANDO
INFORMAÇÕES DO FABRICANTE
INSERIR PESO DA PÁ, INFORMAÇÃO DISPONÍVEL
NA ETIQUETA DE IDENTIFICAÇÃO

INSERIR QUAL O FABRICANTE DA PÁ

INFORMAR SE O TRABALHO FOI FINALIZADO

ESCOLHER NA LISTA SUSPENSA A OPÇÃO DE


ACORDO COM O MÉTODO DE ACESSO

DADOS DE LEITURA DO CARTÃO DO PARA-


RAIOS (QUANDO NECESSÁRIO)

INSERIR FOTO DE IDENTIFICAÇÃO DA PÁ

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Preenchimento do Informe
POSSÍVEL CAUSA DO DANO
CÓDIGO DE INSPEÇÃO DO DANO
PREENCHIMENTO AUTOMÁTICO
PREENCHIMENTO AUTOMÁTICO

CÓDIGO DO DANO
ZONA DA PÁ (DE ACORDO COM A TABELA )
CONCHA ATINGIDA PELO DANO
DISTÂNCIA DO DANO EM RELAÇÃO A RAIZ
DISTANCIA DO DANO EM RELAÇÃO AO BA

MEDIDAS TRASVERSAL E LONGITUDINAL


TEMPO UTILIZADO PARA ENCONTRAR O DANO
INDICAÇÃO DE ZONA CONCHA SUPERIOR
INDICAÇÃO DE ZONA NA CONCHA INFERIOR
TABELA DE ZONAS

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Preenchimento do Informe

INFORMAÇÕES COLETADAS DA ETAPA ANTERIOR


(PREENCHIMENTO AUTOMÁTICO)

CAMPO PARA INSERIR FOTO

CAMPO PARA INSERIR FOTO

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Preenchimento do Informe

APÓS INSERIR AS FOTOS RETORNAR AO


CABEÇALHO DO DOCUMENTO E PRESSIONAR O
BOTÃO “VALIDAR INFORME”

CASO HAJA ALGUMA PENDÊNCIA NO


PREENCHIMENTO DO INFORME, SERÁ SOLICITADO
QUE A INFORMAÇÃO SEJA COMPLETADA ANTES DE
PROSSEGUIR COM A OPERAÇÃO. APÓS
COMPLETAR A INFORMAÇÃO REPETIR A OPERAÇÃO
ACIMA.

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Preenchimento do Informe

SE TUDO ESTIVER OK, A FAIXA NO CABEÇALHO DO


DOCUMENTO E O BOTÃO QUE ANTES ERAM
VERMELHOS PASSAM A SER DE COR LARANJA,
INDICANDO QUE O INFORME FOI FINALIZADO

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Preenchimento do Informe

APÓS O INFORME CONCLUÍDO, SALVAR-LO COM A NOMENCLATURA CONFORME SEGUE ABAIXO

INSPEÇÃO_TRAIRI_SC01_501006496

ATIVIDADE REALIZADA NOME DO PARQUE IDENTIFICAÇÃO DO AEROGERADOR NUMERO DA OT

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31 de Outubro 2017

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