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São
Francisco
~ singularidades ~
Caio Alves
Este fotolivro recebeu incentivo do
EDITAL CRIAÇÃO, FRUIÇÃO E DIFUSÃO DA
LEI ALDIR BLANC PERNAMBUCO - 2ª EDIÇÃO - LAB PE 2021
Caio Alves
1ª edição
PETROLINA-PE
2022
Fotografias e texto de apresentação Caio Alves
Projeto gráfico e capa Caio Alves
Revisão Jonalva Paranã
Incentivo Lei Aldir Blanc Pernambuco
Governo de Pernambuco
Fundação do Patrimônio, Histórico e Artístico de Pernabuco (FUNDARPE)
Secretaria de Cultura do Estado de Pernambuco (SECULT-PE)
Secretaria Especial da Cultura
Ministério do Turismo
Governo Federal
Petrolina-PE, 2022.
Direitos reservados aos autores dos textos e imagens.
@caioalvesfotografia
Este fotolivro recebeu incentivo do Edital Criação, Fruição e Difusão do Prêmio de Cultura
Lei Aldir Blanc - 2ª Edição - Pernambuco (LAB PE).
Apresentação
O Rio São Francisco, por onde passa brota culturas,
manifestações e afetos. Viver em suas margens
desperta mistérios relacionados ao sentir, explorar e
inspirar o bem viver.
“Ali era um encontro, um lugar calmo... e quando passo por ali vejo aquela
pedra e lembro de Zezé”, contou ‘Seu’ Sebastião.
~ renovação ~
Luíza Lopes
27 anos.
Umbandista.
Natural de Salgueiro-PE e mora em Petrolina-PE.
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‘‘Minha relação com as águas...
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‘‘Quando eu entro no rio
É como se todas as partes de mim
Voltassem a se realinhar
É uma sensação inexplicável
Mas que desperta em mim uma enorme conexão
E um sentimento de conforto
Como se de certa forma
O rio fosse uma de minhas moradas.’’
~ nascer~
Jackson Vicente
27 anos.
Ator, Diretor e Produtor Cultural.
Natural de Petrolina-PE.
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‘‘Sou ribeirinho desde criança. Morei na
Caatiguinha, zona rural de Petrolina-PE, e sempre
tive um contato com o rio muito forte: seja pra
comer, colher, nadar e beber. Usava o rio como
forma de brincadeira e manifestação poética. Em
suas margens, eu fazia ‘coisas’ de barro e criava
filmes na minha imaginação.
renovação Rio.
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‘‘A palavra que escolhi - encontros - reflete muito o
que a gente é no mundo, sobre o que a gente é em
contato com o Rio São Francisco. Um contato
baseado em encontros e afetos. Penso muito nisso
quando penso no Rio. Talvez não seja um
encontro no espaço coletivo, mas também em um
encontro individual.
continuidade
nascimentos, renascimentos, mortes, pulsão,
necessidades de contornos, barreiras, desvios,
sombra, escuridão, luz, calmaria, tempestade.
Estar na beira do Rio São Francisco e sempre um
transformação
Com árvores e rochas a sua margem, uma água que
vem e vai, que leva e transporta, não apenas
sedimentos de rocha.
Como tudo observo e tudo vejo, tudo é um grande
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‘‘Escolhi a palavra ‘paz’ porque é o que sinto
quando estou diante do Rio São Francisco, ou
como gosto de chamar, ‘Chico’. Sinto uma
conexão muito forte com ele. Nos momentos em
que não estou bem, busco ficar diante dele e
molhar os meus pés, e de alguma forma isso me
auxilia a ficar mais leve. Então, acabo utilizando as
minha idas ao Chico com uma estrategia de bem-
estar.’’
Izabella Laranjeira
30 anos.
Natural de Senhor do Bonfim-BA.
Mora em Petrolina (entre idas e vindas) há 14
anos.
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‘‘Conexão
/cs/
substantivo feminino
1. ligação, união, vínculo.
2. relação lógica ou causal; nexo, coerência.
É conexão.’’
~ Jusante ~
Emile Machado
40 anos.
Comunicóloga e produtora cultural.
Nascida em Salvador-BA.
Vivendo há 14 anos no Vale do São Francisco.
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‘‘Jusante define o meu movimento nas águas. O rio
para mim é um caminho de volta, o destino me fez
subir a nascente para descobrir outros caminhos,
sabores e cheiros, o mar foi a maior conexão na
minha infância e na vida adulta fiz o caminho
inverso, seguir contra a correnteza em busca da
nascente e das raízes da minha ancestralidade, na
beira rio firmei a consciência, as águas calmas do
rio, também existem correntezas profundas e
fortes assim como no mar, mas com formas
diferentes, que faz em mim um redemoinho de
saberes, um ser água que conhece o seu caminho,
esse encontro me fez cheia e às vezes vazante
como a beira-mar, porem mais doce.
Orla de Juazeiro-BA
Manuela Conceição
Luamar Guarani
Dayane Marques