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Engenharia Hidráulica

Artigo
Engenharia Civil – Turma 3005

Campus Nova Friburgo


Disciplina: Engenharia Hidráulica
Professor: Claudia Rego Monteiro

Nome Matricula
Ana Luiza dos Santos Sanglar 202003062472
Lissandro Rodrigues Mineiro 202002534095
Lucas da Silveira Dutra 202003305201
Victor Hugo Arruda Leite 202002216476
Yago Ramos de Souza 202002255471

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Índice

1° Página ........................................... Capa;

2° Página ........................................... Índice;

3° e 4° Página ........................................... Contexto, Teoria,


Objetivo;
5° a 13° Página ........................................... Transposição, Métodos,
Análise;
14° a 18° Página ........................................... Economia, Projeto, Função
Social;
19° a 21° Página ........................................... Gestão, Sustentabilidade,
Tecnologia;
22° a 24° Página ........................................... Alternativas, Referências,
Conclusão;
25° a 27° Página ........................................... Bibliografia;

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Contexto, teoria e objetivo:

A transposição do Rio São Francisco é um assunto um tanto quanto polêmico, pois tenta
solucionar um problema que assola a região semiárida do Nordeste e, ao mesmo tempo,
enfrenta problemas no âmbito ambiental, por afetar um dos rios mais importantes no
Brasil. O trabalho busca analisar o por que de existir essa transposição, seus impactos
na questão econômica, social e ambiental, como a tecnologia ajudou na transposição,
como ocorreu a gestão, quais os métodos empregados e quais alternativas poderiam ter
sido usadas durantes as obras. O Rio São Francisco nasce em Minas Gerais, na Serra da
Canastra, passa por cinco estados brasileiros e desagua no Oceano Atlântico, na divisa
entre Sergipe e Alagoas. Classificado como o rio da unidade nacional, passa por regiões
de condições climáticas adversas.

Na região semiárida do Nordeste, a falta de patrimônios hídricos é um dos principais


fatores para a limitação do desenvolvimento desta área – apesar da enorme capacidade
de armazenar água, visto que é uma das regiões com maiores índices de açudagem do
mundo. A região possui um balanço hídrico oposto, agravado pelo manejo inadequado
das bacias hidrográficas e a pouca eficiência de aproveitamento hídrico dos açudes.
Com o crescimento e desenvolvimento populacional, foi necessário priorizar a alocação
de água para abastecimento humano, levantando a ideia da transposição do Rio São
Francisco, com o argumento de que seria realizado para sanar a deficiência hídrica na
região semiárida.

A transposição do Rio São Francisco é considerada a maior obra hídrica do Brasil e uma
das cinquenta maiores construções de infraestrutura no mundo. O projeto possui uma
extensão equivalente a 477km que são organizados em eixos norte e leste. A obra possui
a construção de nove estações de bombeamento, vinte e sete reservatórios, quatro

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tuneis, quatorze aquedutos e a reestruturação de vinte e três açudes, além da construção
de novas barragens. Diante de informações divulgadas pelo Ministério da Integração
Nacional, a obra custou em torno de 14,5 bilhões de reais e tem como objetivo garantir a
segurança hídrica para 390 municípios do Ceara, Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do
Norte que sofrem com a estiagem.

Tal projeto teve início em 1840, no governo de Dom Pedro II, que tinha o sonho de
entregar água para as regiões mais pobres. Em 2007 ocorreu a licitação da obra,
iniciando em 2008 com a promessa de ser entregue no ano de 2012. Entre os anos de
2009 e 2011 ocorreu o detalhamento do projeto executivo. De 2011 a 2012 houve a
renegociação dos contratos. No ano de 2014 as obras reiniciaram e foi prometido ser
entregue em 2015, mas esse prazo não foi cumprido. Em 2017 houve o início da pré-
operação do eixo leste, ocorrendo mais atrasos na entrega da obra em 2018. Em 2019,
mudaram a gestão do projeto, o que ocasionou em obras de reparos e serviços
complementares nas estruturas danificadas ate o ano de 2020. Em 2021 foram iniciados
os testes dos cinturões de água do ceara e o fim das obras no eixo norte do projeto.

Dentro do fator ambiental, citado no começo do artigo, podemos citar que uma obra
desse porte causa alguns impactos ambientais, como: desmatamento, destruição de
habitats, desertificação, surgimento de processos erosivos e impede o caminho utilizado
pelos animais para migração. No decorrer do artigo, estudaremos de forma mais
aprofundada sobre esses impactos, além das questões sociais e econômicas envolvidas,
e também, veremos mais sobre a gestão, os processos da obra, métodos utilizados e
quais conclusões podemos tomar diante de todos os fatores que serão apresentados.

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Transposição, métodos e análise:

A Transposição prevê o bombeamento de água a partir de duas captações no Rio São


Francisco, retirando em média cerca de 3%, em 2025, da vazão regularizada pelo
Reservatório de Sobradinho, transferindo-a aos açudes planejados de outras bacias -
Castanhão, no Rio Jaguaribe; Santa Cruz, no Rio Apodi; Armando Ribeiro Gonçalves,
no Rio Piranhas-Açu e Boqueirão-Cabaceiras, no Rio Paraíba. São açudes situados em
posição geográfica especial, no limite do substrato rochoso cristalino com áreas
sedimentares próximas, aptas ao desenvolvimento agrícola. A partir desses açudes, a
água será distribuída por sistemas adutores para as principais regiões com demanda
hídrica expressiva dos Estados beneficiados, incluindo grandes centros urbanos,
industriais, regiões turísticas e áreas de agricultura irrigada, com ênfase nos principais
Polos de Desenvolvimento Integrado. O Projeto de Transposição de Águas do Rio São
Francisco localiza-se na porção setentrional da Região Nordeste, compreendendo partes
dos Estados do Ceará, da Paraíba, de Pernambuco e do Rio Grande do Norte, área
central do Polígono das Secas, conforme se mostra na Figura 1. As bacias hidrográficas
beneficiadas, agrupadas segundo as categorias de bacias receptoras de águas transpostas
do Rio São Francisco e sub-bacias beneficiadas do próprio Rio São Francisco, são
mostradas na Figura 2.

Figura 1 - Área do Projeto Figura 2 - Bacias atendidas pelo Projeto

Eixos da Transposição - O Projeto de Transposição é constituído por estações de


bombeamento e estruturas para condução de água, desde o Rio São Francisco até os
diversos pontos de entrega nos Estados do Ceará, Paraíba, Pernambuco e Rio Grande do
Norte. A obra é formada por dois grandes eixos de obras, chamados de Eixo Norte e
Eixo Leste. Essa divisão, bem como os respectivos pontos de captação, podem ser
observados na Figura 3. A maior parte do percurso das águas realiza-se em canais que,

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dependendo da topografia, são escavados no terreno natural, construídos em aterro
compactado ou ainda têm uma seção mista, a meia encosta, de escavação e aterro. A
travessia de talvegues e vales é realizada através de aquedutos e reservatórios. Há
passagens também por reservatórios existentes e projetados, necessários à operação do
Sistema de Transposição. Por fim, haverá também a utilização de leitos naturais de rios
para o percurso final de parte das vazões transpostas até os açudes receptores. A maioria
dos novos reservatórios é formada pela construção pequenas barragens, distribuídas aos
pares junto às estações elevatórias, uma a montante e outra a jusante, com a função de
evitar as perdas de água, compensando a operação de paralisação diária do
bombeamento.

Figura 3 – Esquema dos Eixos da Transposição

Eixo Norte - O Eixo Norte é formado por 5 trechos de obras. Inicia-se com a captação
no Rio São Francisco, localizada após o Reservatório de Sobradinho e a montante da
Ilha Assunção, próximo a Cabrobó (PE). O primeiro trecho, denominado Trecho I, é o
mais importante desse eixo, onde se localizam as principais Estações de Bombeamento.
Tem início no Rio São Francisco na cota 325 e eleva a água até aproximadamente a cota
494, vencendo um desnível de 169 m, ao longo de 141 km de canais, reservatórios,
aquedutos, túneis e tubulações. Esse trecho, também chamado de trecho comum,
transfere água para todos os outros trechos. Desenvolve-se basicamente no Estado de
Pernambuco, passando próximo da cidade Salgueiro, com término no reservatório de
Jatí, nas imediações da cidade de Jatí, já no Estado do Ceará. O segundo trecho,
chamado de Trecho II, tem início na barragem do reservatório de Jatí, passando pelo

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açude já existente de Atalho e indo até o reservatório projetado de Cuncas, percorrendo
o espigão que separa os Estados do Ceará e Paraíba. Esse trecho tem como função
principal o atendimento da bacia do Rio Piranhas (PB), denominado também Rio Açu
(RN), e a passagem de água para os trechos III e IV. Atende, além das demandas difusas
ao longo do percurso da água, aquelas originadas no rio Salgado (CE), através de
diversas tomadas d'água. Seu funcionamento é por gravidade, não sendo necessários
novos bombeamentos, como também ocorre com os trechos III e IV. Está prevista a
construção (numa 2a Etapa), de duas Usinas Hidrelétricas (nas barragens de Jatí e
Atalho) para geração de energia, de maneira a compensar parte da energia consumida
pelas Estações Elevatórias do Sistema. O terceiro trecho, denominado de Trecho III,
tem início no Reservatório Cuncas e tem como função o atendimento da bacia do Rio
Jaguaribe (CE) e a condução de água para o Trecho IV. Desenvolve-se pelo espigão
entre os Estados do Ceará e Paraíba, até as proximidades de Santa Helena, onde está
previsto um reservatório de derivação para o Trecho IV. A partir deste reservatório, esse
trecho segue em direção do Rio Salgado, no Estado do Ceará, até o reservatório
projetado Caio Prado. Desse ponto em diante, prossegue inicialmente pelo leito natural
do rio Caio Prado e, posteriormente, quando houver trânsito de maiores vazões, também
por canal até o rio Salgado, onde deságua próximo à cidade de Icó, abastecendo depois
o rio Jaguaribe. O quarto trecho ou Trecho IV, parte do reservatório Santa Helena e
segue em direção ao Estado do Rio Grande do Norte. Sua função se concentra no
atendimento da bacia do Rio Apodi, além das demandas difusas distribuídas ao longo
do percurso entre a Paraíba e o Rio Grande do Norte. As obras deste trecho finalizam no
açude público Angicos, continuando a partir deste ponto, inicialmente pelo leito natural
do rio Apodi e, posteriormente, quando houver trânsito de maiores vazões, também por
canal até o açude Pau-dos-Ferros. O último trecho, Trecho V, Começa no reservatório
de Mangueira do Trecho I, no Estado de Pernambuco, e atende a bacia do Rio Brígida e
as demandas difusas ao longo do traçado. Atravessa o território do Estado de
Pernambuco até os açudes existentes Chapéu e Entremontes. Possui ainda uma estação
de bombeamento para elevar a água em aproximadamente 13 m, de modo a atingir cotas
suficientes para a transferência de água para os açudes existentes. As demandas para o
consumo de água para a área de influência do projeto, subtraídas dos recursos hídricos
superficiais disponíveis nas bacias receptoras pela operação otimizada de todos os seus
reservatórios de regularização, definiram o déficit hídrico da região estudada. A
modelagem matemática permitiu a simulação do sistema, composto pelo Projeto de

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Transposição de Águas do rio São Francisco e pelos reservatórios estratégicos
identificados nas bacias receptoras, considerando os regimes hidrológicos locais, e as
condições de operação do sistema elétrico Norte-Nordeste. Com base nas séries
históricas de dados pluviométricos e fluviométricos da região e dos principais cursos de
água abrangidos pelo projeto, foi possível simular as condições de operação do sistema
para um período de até 60 anos consecutivos. Desta forma, foram determinadas as
vazões de bombeamento necessárias para suprimento dos déficits hídricos das bacias
receptoras, totalizando um montante necessário, em 2025, de 63,2 m3 /s. Na conjuntura
atual dos reservatórios, seu desempenho acaba não aproveitando grande parte do
volume de água, pois, sob a permanente ameaça de uma provável seca, os órgãos
gestores do uso da água acabam reservando, muitas vezes, volumes excessivos para o
futuro. Esse excedente de água acaba evaporando-se sob a ação do sol. O medo da falta
de água no futuro acaba atrapalhando sua utilização mais racional no presente. A gestão
integrada dos grandes reservatórios beneficiados pela Transposição proporcionará uma
contribuição hídrica, decorrente da operação do sistema, da ordem de 24 m3 /s, em
2025, quando a demanda a ser atendida estiver viabilizada. O sistema de transposição
irá bombear água apenas quando necessário. Em anos em que a seca aumentar, o
sistema poderá bombear continuamente a sua capacidade máxima diária de 114,3 m³ /s.
Em anos úmidos, será utilizada a capacidade mínima das bacias receptoras, concentrada
nos açudes, limitando-se o bombeamento a uma pequena vazão a ser utilizada de modo
difuso pelas comunidades interioranas, situadas ao longo dos canais e dos rios e riachos
receptores.

Eixo Leste - O sistema adutor do Projeto de Integração do São Francisco, chamado de


Eixo Leste – Trecho V foi projetado com o objetivo de aduzir águas do rio São
Francisco para regiões semiáridas dos estados de Pernambuco e Paraíba. Além dos
aproveitamentos em outras bacias hidrográficas dos dois estados, estão previstas
captações dentro da bacia do rio São Francisco, para atendimento às demandas ao longo
do desenvolvimento do sistema. O Eixo Leste do PISF (Figura 4), foi desenvolvido a
nível de projeto básico pela FUNCATE – Fundação de Ciência, Aplicações e
Tecnologia Espaciais, entre os anos de 2000 e 2001. Com aproximadamente 217 km de
extensão, o Eixo Leste se estende desde a sua captação no reservatório de Itaparica, no
município de Floresta, em Pernambuco, até o seu deságue no reservatório de Poções,
município de Monteiro, na Paraíba. Uma derivação do Eixo Leste, denominada Ramal

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do Agreste – Trecho VII, com captação no reservatório de Barro Branco e se
desenvolvendo até o reservatório Ipojuca, foi pensada com a finalidade de aduzir águas
para o atendimento da região do Agreste Pernambucano. O sistema adutor do Eixo
Leste é formado por um conjunto de obras hidráulicas estrategicamente distribuídas ao
longo do seu desenvolvimento, de acordo com as condicionantes topográficas e
geotécnicas regionais, cujas funções específicas e interativas asseguram o transporte de
vazões pré-definidas desde a captação no rio São Francisco até os portais de entrega de
água aos locais de aproveitamento.

Figura 4 – Arranjo geral do Eixo Leste

Métodos Utilizados nas Obras:

Canal de Aproximação - Possui o papel de conduzir, de forma gravitacional, as águas


captadas no reservatório de Itaparica até a primeira estação de bombeamento do sistema
(EBV-1).

Estações de Bombeamento - Estão localizadas em sítios onde é imprescindível o


recalque das águas de um patamar topográfico, a outro de cota mais elevada. No seu
conjunto, as seis estações de bombeamento do Eixo Leste, vencem um desnível de
300,00m desde a captação até o deságue do sistema. A montante e a jusante de cada
estação foram projetadas duas câmaras de carga, chamadas de forebays, com a
finalidade de reduzir as oscilações de nível nas operações de parada e partida das
bombas. As seis estações de bombeamento do Eixo Leste (EBV-1 a EBV-6) estarão
equipadas com quatro conjuntos motobombas, sem unidade de reserva. As estações
EBV-1, EBV-2, EBV-3 e EBV-4 têm capacidade total de bombeamento de 28,00 m³/s,
ou seja, 7,00m³/s por bomba. As estações EBV-5 e EBV-6 têm capacidade total de
18,00 m³/s, sendo, portanto, de 4,50 m³/s a vazão de cada bomba. As vazões recalcadas

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pelas estações de bombeamento são conduzidas por duas adutoras de aço até a estrutura
de descarga situada no forebay de jusante de cada estação.

Barragens - Foram planejadas para as ocasiões onde a transposição dos rios pelo
sistema adutor em aqueduto era menos viável em termos econômicos. Os reservatórios
dessas barragens, ligados por segmentos de canais, têm a função hidrodinâmica de
reduzir os níveis d’água para jusante nas paradas das estações de bombeamento e
servirem de compensação para alimentação do sistema nessas ocasiões. As águas de
contribuição das bacias hidrográficas dessas barragens são aproveitadas no sistema de
adução. No Eixo Leste, Lote C, estão projetadas 12 barragens: 42 Areias, Braúnas,
Mandantes, Salgueiro Muquém, Cacimba Nova, Bagres, Copiti, Moxotó, Barreiro,
Campos e Barro Branco. No Lote D, para otimizar o sistema adutor foram criados
reservatórios ao longo do traçado, denominados de reservatórios de compensação, que
fornecem água ao sistema, mantendo-o em funcionamento no período de paralisação de
três horas diárias (horário de pico), sem grandes oscilações. Assim, regularizam
diariamente as vazões, compensando as paradas do sistema de bombeamento no horário
de pico.

Canais de Condução - Carreiam as águas de forma gravitacional de uma estação de


bombeamento a outra passando pelos reservatórios de compensação das barragens. Têm
seção trapezoidal, são impermeabilizados com geomembrana e revestidos com placas de
concreto simples. Os taludes externos dos trechos em aterro são protegidos com
transição e enrocamento fino. As bermas dos canais foram projetadas de forma a
proporcionar o trânsito de veículos para as operações de manutenção. De todas as obras
necessárias para realizar a transposição de águas, os canais são a solução mais
extensamente empregada, totalizando mais de 100 km divididos em 17 segmentos.
Esses segmentos são separados pelas diversas estruturas que compõem o sistema, tais
como barragens, aquedutos, túneis, estações de bombeamento e galerias.

Muretas - São obras de proteção que se expandem ao longo de trechos específicos de


canais, determinados pelos estudos hidrodinâmicos, com o objetivo de acomodar as
ondas decorrentes dos transientes hidráulicos gerados quando se verifica variações de
nível em decorrência das paradas das estações de bombeamento e elevação dos níveis
nos reservatórios pela contribuição 45 das chuvas intensas nas suas bacias. A sobre-
elevação dos níveis nas paradas de longo prazo do sistema adutor é igualmente contida
por essas muretas.
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Drenagem Interna dos Canais - Representa um dispositivo de segurança dos canais,
situado sob a geomembrana de impermeabilização, com a finalidade de fazer a captação
lateral (fingers) e do fundo dos canais (tapete regularizador drenante) das águas contidas
nos maciços (aterros e fraturas das rochas e solos dos cortes), conduzindo-as para uma
tubulação que se desenvolve no fundo e ao longo do sistema, com deságue em pontos
determinados. Evita a ação de subpressões sobre as paredes e fundo dos canais e
possibilita a identificação de eventuais rompimentos das mantas impermeabilizantes.

Drenagem Lateral e Transversal - São as tradicionais obras de coleta e condução das


águas de chuva que se desenvolvem paralelamente a céu aberto (valetas) e
transversalmente sob os aterros (bueiros). No caso dos taludes remanescentes dos
grandes cortes das estações de bombeamento e canais, foram projetados valetas, caixas
e escadas de dissipação que captam e conduzem as contribuições para o sistema natural
ou artificial de drenagem.

Over chutes - São obras de concreto armado (aquedutos), elaboradas com o objetivo de
proporcionar o escoamento de drenos naturais sobre a seção dos canais, nas situações
especiais em que os talvegues cruzam, em cotas mais elevadas, o sistema de canais
artificiais projetado.

Estruturas de Controle - São obras de concreto armado projetadas com dois vãos e
equipadas com comportas tipo ensecadeira e tipo segmento, que funcionam como
tomadas d’águas do canal nos reservatórios e como estrutura de controle dos níveis nas
paradas programadas e ocasionais do sistema adutor.

Aquedutos - São um tipo especial de canal, o qual se assemelha a uma ponte de


concreto armado, projetados com a finalidade de transposição dos grandes talvegues ou
rodovias pelo sistema adutor, quando a solução se mostra mais econômica. O Eixo
Leste contempla cinco aquedutos, três com vazão de 28,00 m³/s (BR 316, Jacaré e
Caetitu) e dois com vazão de 18,00 m³/s (Branco e Barreiro).

Estradas de Serviço - Desenvolvem-se paralelamente, de um dos lados e ao longo de


todo o sistema adutor, na maior parte em greide colado, com revestimento primário e
passando em aterro sobre os bueiros dos canais. Os acessos às estações de
bombeamento serão feitos através de estradas asfaltadas.

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Pontes e Passarelas - Foram projetadas com o objetivo de preservar o tráfego de
veículos, pessoas animais nos cruzamentos do sistema adutor com a rede regional de
estradas e caminhos.

Túneis - Foram concebidos para permitir a passagem do sistema adutor sob as grandes
elevações topográficas, onde a solução de passagem através de cortes e a sobre-elevação
das águas por bombeamento se mostra mais onerosa. No Eixo Leste existe apenas um
túnel, o de Monteiro. De acordo com a concepção do Projeto Básico, o túnel previsto no
Eixo Leste, denominado Monteiro, possui extensão total de 6,519 km. Na fase de
exposição foram estudados diferentes traçados do sistema adutor a partir do emboque do
túnel, visando reduzir a extensão do túnel e otimizar o sistema, bem como minimizar os
impactos ambientais na várzea do riacho Mulungú. O túnel Monteiro foi projetado com
uma seção arco-retângulo com 5,2 m de base, altura de 2,6m e raio do arco de 2,6 m. A
altura da lâmina d’água é de 3,91 m (vão livre de 1,29 m – parte superior do arco),
enquanto que a declividade longitudinal é de 0,0004 m/m. As Figuras 5 e 6, a seguir
representam um esquema com algumas obras que o Eixo Leste contempla.

Figura 5 – Lote 09 (Parte I)

Figura 6 – Lote 09 (Parte II)

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Alguns Impactos:

Salinização do solo - É importante citar que uns do desafio desse projeto foi a
salinização de solos, e como ele acontece. De forma simples, caso você de acesso e
oportunidade água e áreas de irrigação se expandirem no semiárido brasileiro, por uma
característica pedológica do local, esses solos são passiveis de serem salinizados, se não
fizemos um projeto mais bem qualificado de irrigação, corremos risco de irrigar de
forma excessiva. Por que no processo de irrigação, não somente existe a irrigação, há
também um dreno desse solo, se esse solo fica saturado demais com água, acaba
determinando o fenômeno de salinização. Como a maior partes das espécies de plantas
são glicófitas e não halófitas, essas espécies não estão adaptadas a ambientes
salinizados, logo eu tenho uma perda da aptidão agrícola de forma muito significativa
dos solos do sertão, e é justamente a perda na sua porção setentrional do nordeste que é
a área mais vulnerável a desertificação (Esterilização de solos em ambientes áridos e
semiáridos), com destaque o estado do Ceará, o estado que é abraçado em sua totalidade
por áreas vulneráveis a esse fenômeno. Por esse e outros motivos que sua construção foi
feita por meio de canais artificias de concreto e mantas impermeabilizadas.

Perda por evaporação - Nós sabemos que a insolação do nordeste é extrema, o


Nordeste que é responsável por um dos principais locais de evaporação de água no
mundo. O déficit hídrico em todo percurso da integração é muito significativo, como os
canais são abertos, isso facilita a evaporação d’agua. Porém, mesmo com esse ponto, os
canais são construídos aberto e não em dutos fechados, para que possa ter uma maior
liberdade no abastecimento, quando o Rio São Francisco puder oferecer pouca água,
mas também tem suporte para carregar gigantescos volumes d’agua quando preciso.

Cunha salinha - Com a integração do Rio São Francisco com as bacias do nordeste,
temos uma diminuição na vazão do rio, consequentemente, como tradicionalmente
acontecia o rio “empurra o mar”, porém agora o mar pode avançar em direção ao rio, e
evidentemente as águas desses locais de desembocadura da foz do rio, tendem a sofre
salinização fenômeno chamado de cunha de salinha, o avanço de água salgado para
esses locais que tradicionalmente são de águas doces.

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Economia, projeto (obras) e função social:

Considerado o “rio da unidade nacional”, o Velho Chico, como também é chamado,


contribui para navegação, irrigação e geração de energia elétrica. Por ter grandes
dimensões, esse grandioso rio pode solucionar um dos maiores problemas existentes no
nordeste do país, a seca. Para se ter uma ideia, o nordeste é a região mais açudada do
mundo com 70 mil açudes nos quais são armazenados 37 bilhões de m³ de água e,
infelizmente, vem sendo castigado com as secas. Através do projeto de transposição
desse rio, para o abastecimento de toda uma região castigada pela falta de água, é
possível trazer nova vida a essa região.

O projeto prevê a retirada de 26,4m³/s de água (1,4% da vazão da barragem de


Sobradinho) que será destinada ao consumo da população urbana de 390 municípios do
Ceará, Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte através das bacias de Terra Nova,
Brígida, Pajeú, Moxotó, Bacias do Agreste em Pernambuco, Jaguaribe, Metropolitanas
no Ceará, Apodi, Piranhas-Açu no rio Grande do Norte, Paraíba e Piranhas na Paraíba.
Resolvendo assim o problema hídrico do semiárido brasileiro. A estrutura vai distribuir
água do eixo leste em 70,8km de extensão, garantindo a tranquilidade de toda uma
região. Serão contempladas 12 comunidades quilombolas, 23 etnias indígenas e nove
assentamentos do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). O ramal
conta com dois reservatórios (Negros e Ipojuca) e cinco aquedutos e sifões, que
compreendem 3,2 quilômetros. Além disso, foi instalada uma estação elevatória e 16
km de tuneis juntamente com uma adutora. Ambos os eixos norte e leste serão
construídos para uma capacidade máxima de vazão de 99m³/s e 28m³/s respectivamente,
sendo que, trabalharão com uma vazão contínua de 16,4m³/s no eixo norte e 10m³/s no
eixo leste. Seguem abaixo as obras que foram feitas, estão sendo feitas e serão feitas em
prol do abastecimento e da erradicação da seca no Brasil:

Eixo Leste: É uma infraestrutura hídrica construída para levar as águas do Rio São
Francisco para populações de 161 cidades de Pernambuco e da Paraíba. O trecho já está
em pré-operação e beneficia, desde 2017, mais de 1,4 milhão de pessoas em 21 cidades
de Pernambuco e outras 36 da Paraíba. Conta com seis estações de bombeamento, cinco
aquedutos, um túnel, uma galeria e 12 reservatórios que estão em pré-operação – fase de
verificação dessas estruturas e dos equipamentos eletromecânicos. Esse se localiza na
região de Floresta (PE) até o leito do Rio Paraíba, em Monteiro (PB), totalizando um

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tamanho de 217 quilômetros e atendendo uma população de 4 milhões de pessoas.
Investimento desde 2019: R$ 280.8 milhões

Eixo Norte: É uma infraestrutura hídrica construída para levar as águas do Rio São
Francisco para populações de 237 municípios da Paraíba, Pernambuco, Ceará e Rio
Grande do Norte. Alimenta 4 rios, 3 sub-bacias do São Francisco: Brígida, Terra Nova e
Pageú e mais 2 açudes: Entremontes e Chapéu. Conta com três estações de
bombeamento (EBI 1, 2 e 3), 15 reservatórios, oito aquedutos e três túneis. Esse se
localiza na regia de Cabrobó (PE) a São José de Piranhas (PB), totalizando um tamanho
de 260 quilômetros e atendendo uma população de 8 milhões de pessoas. Investimento
desde 2019: R$ 1.11 bilhão

Ramal do Agreste: É a maior obra de infraestrutura hídrica do estado de Pernambuco.


Foi concluído em outubro de 2021 e vai levar as águas do ‘Velho Chico’ que chegam
pelo Eixo Leste a 68 municípios pernambucanos. Em relação à obra física, 100% foram
executadas na atual gestão do Governo Federal. Ela se localiza na região de Sertânia
(PE) a Arcoverde (PE), totalizando um tamanho de 71 quilômetros e atendendo a uma
população de 2,2 milhões de pessoas. Investimento desde 2019: R$ 1.6 bilhão

Adutora do Agreste Pernambuco: É uma das obras complementares ao Projeto de


Integração do Rio São Francisco. Vai levar as águas do ‘Velho Chico’ distribuídas ao
Ramal do Agreste para 23 cidades pernambucanas. Dessa forma, se atenderá a uma
população de 1,3 milhões de pessoas com uma construção de 780 quilômetros.
Investimento desde 2019: R$ 268.2 milhões

Cinturão das Águas do Ceará: É um canal que permite que as águas do Rio São
Francisco que vertem pelo Eixo Norte possam ser transportadas para o leite do Rio
Jaguaribe e, dali, para o Açude Castanhão. É por meio dessa obra que o Governo
Federal garantiu o abastecimento de água para a Região Metropolitana de Fortaleza.
Localizado na região de Jati (CE) ao açude Castanhão (CE), quando pronto, terá um
tamanho de 145 quilômetros. Assim, atenderá um total de 25 municípios, totalizando
uma população de 4,5 milhões de pessoas. Investimento desde 2019: R$ 264.6 milhões

Vertentes Litorâneas da Paraíba: É uma obra complementar ao Projeto de Integração


do Rio São Francisco, com 110,9 quilômetros de extensão e que vai abastecer, quando
finalizada, 37 cidades paraibanas, atendendo uma população de 631 mil pessoas.
Investimento desde 2019: R$ 207.8 milhões

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Barragem de Oiticica: É a porta de entrada das águas do Rio São Francisco no Rio
Grande do Norte. Localizada em Jucurutu (RN), quando pronta, vai garantir a segurança
hídrica para oito cidades potiguares e, indiretamente, toda a população do Vale do
Piranhas Açu. Também permitirá o controle de cheias, irrigação, abastecimento
humano, atendendo um total de 330 mil pessoas e ajudando na geração de energia.
Investimento desde 2019: R$ 300 milhões

Projeto Seridó: Uma das portas de entrada para a chegada das águas do Rio São
Francisco ao Rio Grande do Norte. O Projeto Seridó recebeu R$ 280,6 milhões com o
objetivo de atender 280 mil pessoas em 24 municípios da região. Essa é a garantia da
segurança hídrica e de desenvolvimento regional, contando com irrigação e apoio aos
setores produtivos, para os moradores locais.

Ramal do Apodi: A estrutura levará as águas do Eixo Norte do Projeto São Francisco a
54 municípios do estado do Rio Grande do Norte, 32 da Paraíba e nove do Ceará. A
obra estava prevista para 2004, mas apenas em 2021 o projeto saiu do papel. Localizado
do Reservatório Caiçara, na Paraíba, até o Reservatório Angicos, no Rio Grande do
Norte, terá uma extensão de 115 quilômetros e pretende atender uma população de 750
mil pessoas. Valor previsto para obra: R$ 1.77 bilhão

Ramal do Salgado: É mais uma obra associada que vai levar as águas do Eixo Norte do
Projeto de Transposição do Rio São Francisco para a população cearense. Quando
pronto, vai abastecer 54 municípios do estado. Esse será localizado do Ramal do Apodi,
na Paraíba, até o leito do Rio Salgado, no Ceará com 36 quilômetros de extensão de
modo a atender uma população de 4,7 milhões de pessoas. Licitação em Andamento: R$
600 milhões de custo estimado

Canal do Sertão Alagoano: É a maior obra hídrica do estado de Alagoas e vai levar as
águas do ‘Velho Chico’ para 42 cidades do estado. Quatro trechos já foram concluídos.
Essa obra se localizará da Usina Hidrelétrica de Moxotó até São José da Tapera (AL),
possuindo uma extensão de 123,4 quilômetros e atenderá um total de 1 milhão de
pessoas. Investimento desde 2019: R$ 178.7 milhões

Canal do Sertão Baiano: A obra vai levar as águas do São Francisco a 44 cidades do
interior da Bahia para garantir a segurança hídrica para a população. Através dessa obra
de 297 quilômetros pretende-se atender uma população de 1,2 milhão de pessoas. Valor
previsto para obra: R$ 4.62bilhões

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Canal do Xingó: A infraestrutura vai levar as águas do ‘Velho Chico’ para garantir o
abastecimento nas cidades sergipanas de Porto da Folha, Monte Alegre de Sergipe e
Nossa Senhora da Glória, além das baianas Paulo Afonso e Santa Brígida. Procurando
através dos seus 206 quilômetros, atingir uma população de 3 milhões de pessoas. Valor
previsto para obra: R$ 607 milhões

Adutora do Pajeú: Mais uma obra localizada em Pernambuco para garantir que o Rio
São Francisco possa atender a uma população de aproximadamente 500 mil pessoas.
Atualmente, encontra-se em execução a segunda etapa, que vai atender as cidades de
Triunfo e Santa Cruz da Baixa Verde. Possuindo uma extensão de 595 quilômetros, essa
obra se localiza do Eixo Leste, em Sertânia (PE), até São José do Egito (PE), de onde é
distribuída posteriormente. E quando totalmente finalizada, a adutora vai garantir o
abastecimento de 32 localidades, sendo 20 sedes municipais, três distritos e um povoado
em Pernambuco e oito municípios na Paraíba. Valor previsto para última etapa da
obra: R$ 210 milhões

Ramal do Piancó: A estrutura com tamanho de 20 quilômetros vai permitir o


abastecimento de água em 37 municípios da Paraíba com as águas do Eixo Norte do
Projeto de Integração do Rio São Francisco. Essa obra se encontra em fase preparatória
de licitação.

Com a realização da transposição, a água desce por gravidade, ou seja, conduto livre até
uma estação de bombeamento, onde é transportada para um nível mais alto por energia
elétrica, depois de ser bombeada ela volta a conduto livre, descendo em canais com
declive continuo de 3%. Em regiões onde existem depressões no terreno o canal segue
fluindo através de um aqueduto que transpõe o vão como se fosse uma ponte. Já quando
é necessário transpor trechos mais elevados no terreno, este canal passa a ser conduzido
por um túnel. Ao longo desses trajetos a água é acumulada em reservatórios para ajudar
a abastecer as populações das regiões próximas.

A transposição do Rio São Francisco, foi fundamental para o nordeste brasileiro, já que
com ela, mais de 12 milhões de pessoas terão acesso a esse recurso tão fundamental e
essencial a vida que é a água. Possibilita ainda o controle de cheias, a produção agrícola,
setor que já possui grande força no Brasil, haja visto que o país é responsável pela
alimentação de 10% do mundo. Além de garantir água para o consumo humano e
animal, essa transposição possibilita a instalação de indústrias e o desenvolvimento

17
social e econômico. E com os eixos Norte e Leste da transposição concluídos, além do
Ramal do Agreste, o compromisso do Governo Federal é levar as águas do São
Francisco ainda mais longe, garantindo segurança hídrica e oportunidades para ainda
mais pessoas.

18
Gestão, tecnologia e sustentabilidade:

O projeto de integração do São Francisco – PISF, também conhecida como


“Transposição do São Francisco”, só foi possível através dos diversos modelos de
gestão propostos ao longo dos últimos anos. Atualmente o Plano de Gestão Anual em
vigor, foi instaurado pela Leis das Agencias – n°13.848, de 25 de junho de 2019 (Art.
18 a 20), a qual consiste no instrumento de governança e planejamento que contribuirá
com o aprimoramento da gestão interna e atuação das agências no cumprimento de sus
exigências e missões institucionais. Esse instrumento, tem como objetivo, apresentar as
metas e benefícios, a partir das Iniciativas Estratégicas (IE) e dos Processos e das
Operações Continuadas (POC), previsto em cada um dos Objetivos Estratégicos
constantes do Planejamento Estratégico da ANA 2019-2020.

A gestão dos recursos hídricos, tem como objetivo incentivar uma melhor gestão da
água pela sus cobrança como bem econômico, uma vez que os estados beneficiários se
comprometerão a receber e pagar as cotas de águas fornecidas pelo projeto e promover
um planejamento sólido dos recursos hídricos. Os estados se beneficiam, através de seus
reservatórios estratégicos, que proporcionam melhor cobertura territorial em regiões
semiáridas.

As tecnologias nas obras de Transposição do rio São Francisco, foram essenciais para
uma execução eficiente e estratégica, com isso, entregando um resultado totalmente
eficaz e tecnológico; Garantindo a colaboração hídrica por meio de um planejamento
operacional moderno e automatizado, assegurando o uso mais racional e otimizado dos
recursos hídricos locais das bacias receptoras, minimizando assim, custos e outros
impactos no sistema energético brasileiro; Proporcionando também flexibilidade no
bombeamento das águas, excluindo-o quando o consumo de energia elétrica for
elevado, para minimizar custos e outros impactos no sistema energético. Com a elevada

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tecnologia, tem siso possível fornecer a água do são Francisco aos estados
consumidores, mantendo o máximo possível de sua qualidade original, permitindo
também, que eles obtenham medições de seus volumes.

A respeito da sustentabilidade ambiental no projeto da PISF, tem como foco fornecer


modelos sustentáveis a partir dos recursos hídricos, bem como potencializar a inserção
do projeto no contexto local, observando as condições ambientais e as potencialidades
suscetíveis a serem exploradas. A questão ambiental é extremamente relevante nos
megaprojetos de infraestrutura, alvo de grande resistência dos movimentos sociais. O
maior impacto positivo na sustentabilidade, através do Projeto de Integração do Rio São
Francisco (PISF), foi gerar acesso as energias renováveis, como por exemplo, a
elaboração dos projetos de energia solar.

O PISF, destina cerca de R€ 0,88 bilhão de seu orçamento global para programas
ambientais. Tal valor destinado, representa em média mais de 10% dos investimentos
do projeto; as ações desenvolvidas através dos programas, possibilitam o conhecimento
profundo da fauna e flora do bioma da Caatinga, além de aspectos econômicos sociais e
arqueológicos da região. O PISF também conta com um Programa de Conservação da
Fauna e Flora, que tem como objetivo de realizar ações de monitoramento da
biodiversidade vegetal e animal presentes nas áreas das obras de empreendimento dos
estados de Pernambuco, Ceará e Paraíba. O programa é uma das diversas estratégias
socioambientais do projeto. O ministério da Integração Nacional, já investiu cerca de R€
9.17 milhões na criação do Centro de Conservação e Manejo da Fauna da Caatinga e do
Núcleo de Ecologia e Monitoramento Ambiental, iniciativas de destaque do programa.

O processo de licenciamento ambiental, possui três etapas distintas, dento do PISF;


Sendo elas: Licença Prévia, tem como objetivo a aprovação de instalações, através da
viabilidade ambiental do mesmo e autoriza sua localização e concepção tecnológica;

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além disso, estabelece condições s serem consideradas no desenvolvimento do projeto
executivo; já a licença de instalação, autoriza o início da obra ou instalação do
empreendimento. O prazo de validade dessa licença, é estabelecido pelo cronograma de
instalação do projeto ou atividade, e não pode ultrapassar o prazo de seis anos. E a
licença de Operação, deve ser solicitada antes do empreendimento entrar em execução,
visto que essa licença autoriza o início do funcionamento da obra. Essa licença está
condicionada à vistoria, a fim de verificar se todas as exigências e detalhes técnicos
descritos no projeto aprovado estão em vigor, o prazo de validade é definido, não
podendo ser inferior a quatro anos e superior a dez anos.

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Alternativas, referências e conclusão:

A transposição de rios é uma técnica usada desde a Antiguidade e baseia-se na alteração


dos cursos de água para suprir a demanda de uma área onde essa substância é escassa.
Apesar da transposição aparentemente melhorar a qualidade de vida de uma população,
diversos aspectos ambientais devem ser considerados. Alguns exemplos de projetos que
envolvem transposição.

O Aqueduto Tejo - Segura, na Espanha, com vazão média transposta de 33 m3 /s, altura
de bombeamento de 267 m e extensão percorrida de 242 km. O projeto não atingiu o seu
objetivo principal induziu uma 2° demanda ainda maior de água, necessitando de novos
projetos de transposição a serem construídos. Problemas de salinização do solo surgiram,
devido ao uso na irrigação.

Projeto Chavimochic – no Peru, retira água do rio Santa com uma vazão média de 130
m3 /s no canal e adutoras. Existem graves problemas de salinização do solo devido à
elevação do nível freático. O rio Santa possui alta turbidez e concentração de sedimentos,
diminuindo a qualidade da água. Existem problemas com manejo da irrigação, pois não
foi elaborado um plano de irrigação e cultivo na região, além de problema financeiro de
autossustentação do projeto, como o fundo de amortização da tarifa de água insuficiente
para pagar os investimentos e custos de manutenção.

Colorado – Big Thompson canal – nos EUA, construído em 1938, envolve o


deslocamento das águas do rio Colorado para o Big Thompson, através de vários
reservatórios, túneis e aquedutos. A água é distribuída a 29 cidades e irriga 630 mil acres
de terra, através de 120 canais menores. Problemas decorrentes de conflitos sobre o direito
das águas entre os estados de fronteira, e problemas técnicos e ambientais como falha de
uma das barragens, introdução de poluentes e outros contaminantes nos reservatórios da
bacia receptora podem ser comprometedores da sustentabilidade do sistema. Estudos
confirmam mudanças no comportamento físico dos rios tanto da bacia doadora, quanto
da receptora, colocando em perigo a vida de certas espécies de aves e peixes locais.

Projeto do Vale Central da Califórnia, iniciado nos anos de 1930, obteve apoio da
Bureau of Reclamation durante a grande crise econômica deste período. Na Califórnia
havia uma grande concentração de terras nas mãos de poucos e ricos proprietários naquela
época, sendo a terra cara demais para ser comprada por famílias simples ou para
reassentamento de famílias sem-terra. Assim o Central Valley Project serviu para dobrar

22
o preço da terra produtiva, e impulsionar a migração de mão-de-obra barata (imigrantes
vindos de outras regiões dos EUA, do México, da América Central, da Ásia e da Europa
Oriental), e o monopólio de grandes fazendeiros. Também gerou problemas de alta
salinidade nos solos irrigados com a água transposta do rio San Joaquim, inviabilizando
a agricultura em várias regiões no Baixo San Joaquim. Outro problema é o declínio de
populações do salmão, da truta e de outros peixes que fazem a piracema com ciclos de
reprodução nas cabeceiras dos rios, e morte de peixes nas bombas e adutoras

Aqueduto e canais de Los Angeles, construído para alimentar a cidade de Los Angeles
e os produtores de laranja no início da década de 1910. Este aqueduto foi motivo de sérios
conflitos sociais e de graves problemas ambientais relacionados com a deterioração da
região de onde a água foi importada – Mono Lake (Lago Mono), que virou um lago com
alta concentração de sais, e Owens Valley (Vale do Owens), que virou um vale de poeira
devido ao processo de desertificação gerado após a operação da transposição para a cidade
de Los Angeles, com consequente declínio da economia local em Owens Valley e o
empobrecimento da população local. Hoje se gasta o equivalente do projeto para
recuperar o Mono Lake.

Canal Califórnia e Aqueduto Colorado, canais e aquedutos que foram construídos para
alimentar Los Angeles com sua sede de crescimento. Os direitos de uso do rio Colorado
tinham sido divididos pelo Acordo do Colorado (Colorado Compact) entre alguns estados
ribeirinhos, e a região das cidades de Los Angeles e San Diego na Califórnia aproveitaram
as verbas federais para construir o aqueduto. O rio Colorado a jusante desta transposição
corre para o México, minguo, poluído e salgado. O impacto sobre a foz do rio Colorado,
assim como acontece no rio Mississipi é uma intrusão salina, desestabilização do leito e
das margens do rio, com erosão e voçoroca.

Levar uma pequena parte da água do Rio São Francisco para as terras áridas do Nordeste
Setentrional, a chamada transposição, é a única solução apontada pelo governo para
resolver os efeitos da seca naquela área. O professor Demetrios Christofidis acha que os
estados devem buscar outras soluções. Ele diz que a maioria das concessionárias de
abastecimento não são eficientes no uso da água, perdendo 45% da água captada antes de
chegar à residência. O aceitável seria 15% a 20%. Segundo Demetrios, um jeito de
ampliar a oferta é tratar o esgoto ao nível terciário, de forma que ele se transforme, pela
própria ação dos cursos de água, em água potável, logo em seguida. Ele pode ser tratado
numa estação de tratamento de água e virar água potável, e ser distribuída, sem problema
23
de doenças. Já de acordo com alguns ambientalistas, eles afirmam que a melhor forma
para minimizar a seca nas regiões do Nordeste brasileiro é a construção de poços para
captação de água do lençol freático, além de reservatórios para coleta da água da chuva.
Esses métodos são mais baratos, beneficiam diretamente a população e não agridem o
Rio São Francisco, que já está bastante deteriorado em razão da intensificação das
atividades econômicas nas suas margens. Outra alternativa seria o projeto de revitalização
da bacia, que previa uma série de medidas para a recuperação de nascentes e recarga de
aquíferos, além da contenção de erosões e a implantação de sistema de tratamento de
efluentes caseiros.

A transposição do Rio São Francisco é considerada a maior obra hídrica do Brasil e uma
das cinquenta maiores construções de infraestrutura no mundo, como já dito
anteriormente. Concluímos que objetivo do projeto é “desviar” água do Rio São Francisco
a fim de atender áreas que sofrem com a seca extrema. Na região do semiárido, a
precipitação média não ultrapassa 800 mm por ano, colocando muitas famílias em estado
de precariedade, visto que boa parte da população do semiárido vive de atividades como
agricultura e pecuária, e que dependem do regime de chuvas. Mas também, como vimos,
existem alguns pontos negativos. Muitos ambientalistas e órgãos ligados ao meio
ambiente destacam que o desvio das águas do Rio São Francisco poderá ocasionar retirada
de cobertura vegetal de algumas áreas e consequente perda da biodiversidade; o solo será
prejudicado, visto que as mudanças na paisagem provocarão favorecimento de processos
de lixiviação do solo; alterações na vazão do rio; prejuízo na geração de energia, entre
outros.

24
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