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Artigo
Engenharia Civil – Turma 3005
Nome Matricula
Ana Luiza dos Santos Sanglar 202003062472
Lissandro Rodrigues Mineiro 202002534095
Lucas da Silveira Dutra 202003305201
Victor Hugo Arruda Leite 202002216476
Yago Ramos de Souza 202002255471
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Índice
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Contexto, teoria e objetivo:
A transposição do Rio São Francisco é um assunto um tanto quanto polêmico, pois tenta
solucionar um problema que assola a região semiárida do Nordeste e, ao mesmo tempo,
enfrenta problemas no âmbito ambiental, por afetar um dos rios mais importantes no
Brasil. O trabalho busca analisar o por que de existir essa transposição, seus impactos
na questão econômica, social e ambiental, como a tecnologia ajudou na transposição,
como ocorreu a gestão, quais os métodos empregados e quais alternativas poderiam ter
sido usadas durantes as obras. O Rio São Francisco nasce em Minas Gerais, na Serra da
Canastra, passa por cinco estados brasileiros e desagua no Oceano Atlântico, na divisa
entre Sergipe e Alagoas. Classificado como o rio da unidade nacional, passa por regiões
de condições climáticas adversas.
A transposição do Rio São Francisco é considerada a maior obra hídrica do Brasil e uma
das cinquenta maiores construções de infraestrutura no mundo. O projeto possui uma
extensão equivalente a 477km que são organizados em eixos norte e leste. A obra possui
a construção de nove estações de bombeamento, vinte e sete reservatórios, quatro
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tuneis, quatorze aquedutos e a reestruturação de vinte e três açudes, além da construção
de novas barragens. Diante de informações divulgadas pelo Ministério da Integração
Nacional, a obra custou em torno de 14,5 bilhões de reais e tem como objetivo garantir a
segurança hídrica para 390 municípios do Ceara, Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do
Norte que sofrem com a estiagem.
Tal projeto teve início em 1840, no governo de Dom Pedro II, que tinha o sonho de
entregar água para as regiões mais pobres. Em 2007 ocorreu a licitação da obra,
iniciando em 2008 com a promessa de ser entregue no ano de 2012. Entre os anos de
2009 e 2011 ocorreu o detalhamento do projeto executivo. De 2011 a 2012 houve a
renegociação dos contratos. No ano de 2014 as obras reiniciaram e foi prometido ser
entregue em 2015, mas esse prazo não foi cumprido. Em 2017 houve o início da pré-
operação do eixo leste, ocorrendo mais atrasos na entrega da obra em 2018. Em 2019,
mudaram a gestão do projeto, o que ocasionou em obras de reparos e serviços
complementares nas estruturas danificadas ate o ano de 2020. Em 2021 foram iniciados
os testes dos cinturões de água do ceara e o fim das obras no eixo norte do projeto.
Dentro do fator ambiental, citado no começo do artigo, podemos citar que uma obra
desse porte causa alguns impactos ambientais, como: desmatamento, destruição de
habitats, desertificação, surgimento de processos erosivos e impede o caminho utilizado
pelos animais para migração. No decorrer do artigo, estudaremos de forma mais
aprofundada sobre esses impactos, além das questões sociais e econômicas envolvidas,
e também, veremos mais sobre a gestão, os processos da obra, métodos utilizados e
quais conclusões podemos tomar diante de todos os fatores que serão apresentados.
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Transposição, métodos e análise:
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dependendo da topografia, são escavados no terreno natural, construídos em aterro
compactado ou ainda têm uma seção mista, a meia encosta, de escavação e aterro. A
travessia de talvegues e vales é realizada através de aquedutos e reservatórios. Há
passagens também por reservatórios existentes e projetados, necessários à operação do
Sistema de Transposição. Por fim, haverá também a utilização de leitos naturais de rios
para o percurso final de parte das vazões transpostas até os açudes receptores. A maioria
dos novos reservatórios é formada pela construção pequenas barragens, distribuídas aos
pares junto às estações elevatórias, uma a montante e outra a jusante, com a função de
evitar as perdas de água, compensando a operação de paralisação diária do
bombeamento.
Eixo Norte - O Eixo Norte é formado por 5 trechos de obras. Inicia-se com a captação
no Rio São Francisco, localizada após o Reservatório de Sobradinho e a montante da
Ilha Assunção, próximo a Cabrobó (PE). O primeiro trecho, denominado Trecho I, é o
mais importante desse eixo, onde se localizam as principais Estações de Bombeamento.
Tem início no Rio São Francisco na cota 325 e eleva a água até aproximadamente a cota
494, vencendo um desnível de 169 m, ao longo de 141 km de canais, reservatórios,
aquedutos, túneis e tubulações. Esse trecho, também chamado de trecho comum,
transfere água para todos os outros trechos. Desenvolve-se basicamente no Estado de
Pernambuco, passando próximo da cidade Salgueiro, com término no reservatório de
Jatí, nas imediações da cidade de Jatí, já no Estado do Ceará. O segundo trecho,
chamado de Trecho II, tem início na barragem do reservatório de Jatí, passando pelo
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açude já existente de Atalho e indo até o reservatório projetado de Cuncas, percorrendo
o espigão que separa os Estados do Ceará e Paraíba. Esse trecho tem como função
principal o atendimento da bacia do Rio Piranhas (PB), denominado também Rio Açu
(RN), e a passagem de água para os trechos III e IV. Atende, além das demandas difusas
ao longo do percurso da água, aquelas originadas no rio Salgado (CE), através de
diversas tomadas d'água. Seu funcionamento é por gravidade, não sendo necessários
novos bombeamentos, como também ocorre com os trechos III e IV. Está prevista a
construção (numa 2a Etapa), de duas Usinas Hidrelétricas (nas barragens de Jatí e
Atalho) para geração de energia, de maneira a compensar parte da energia consumida
pelas Estações Elevatórias do Sistema. O terceiro trecho, denominado de Trecho III,
tem início no Reservatório Cuncas e tem como função o atendimento da bacia do Rio
Jaguaribe (CE) e a condução de água para o Trecho IV. Desenvolve-se pelo espigão
entre os Estados do Ceará e Paraíba, até as proximidades de Santa Helena, onde está
previsto um reservatório de derivação para o Trecho IV. A partir deste reservatório, esse
trecho segue em direção do Rio Salgado, no Estado do Ceará, até o reservatório
projetado Caio Prado. Desse ponto em diante, prossegue inicialmente pelo leito natural
do rio Caio Prado e, posteriormente, quando houver trânsito de maiores vazões, também
por canal até o rio Salgado, onde deságua próximo à cidade de Icó, abastecendo depois
o rio Jaguaribe. O quarto trecho ou Trecho IV, parte do reservatório Santa Helena e
segue em direção ao Estado do Rio Grande do Norte. Sua função se concentra no
atendimento da bacia do Rio Apodi, além das demandas difusas distribuídas ao longo
do percurso entre a Paraíba e o Rio Grande do Norte. As obras deste trecho finalizam no
açude público Angicos, continuando a partir deste ponto, inicialmente pelo leito natural
do rio Apodi e, posteriormente, quando houver trânsito de maiores vazões, também por
canal até o açude Pau-dos-Ferros. O último trecho, Trecho V, Começa no reservatório
de Mangueira do Trecho I, no Estado de Pernambuco, e atende a bacia do Rio Brígida e
as demandas difusas ao longo do traçado. Atravessa o território do Estado de
Pernambuco até os açudes existentes Chapéu e Entremontes. Possui ainda uma estação
de bombeamento para elevar a água em aproximadamente 13 m, de modo a atingir cotas
suficientes para a transferência de água para os açudes existentes. As demandas para o
consumo de água para a área de influência do projeto, subtraídas dos recursos hídricos
superficiais disponíveis nas bacias receptoras pela operação otimizada de todos os seus
reservatórios de regularização, definiram o déficit hídrico da região estudada. A
modelagem matemática permitiu a simulação do sistema, composto pelo Projeto de
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Transposição de Águas do rio São Francisco e pelos reservatórios estratégicos
identificados nas bacias receptoras, considerando os regimes hidrológicos locais, e as
condições de operação do sistema elétrico Norte-Nordeste. Com base nas séries
históricas de dados pluviométricos e fluviométricos da região e dos principais cursos de
água abrangidos pelo projeto, foi possível simular as condições de operação do sistema
para um período de até 60 anos consecutivos. Desta forma, foram determinadas as
vazões de bombeamento necessárias para suprimento dos déficits hídricos das bacias
receptoras, totalizando um montante necessário, em 2025, de 63,2 m3 /s. Na conjuntura
atual dos reservatórios, seu desempenho acaba não aproveitando grande parte do
volume de água, pois, sob a permanente ameaça de uma provável seca, os órgãos
gestores do uso da água acabam reservando, muitas vezes, volumes excessivos para o
futuro. Esse excedente de água acaba evaporando-se sob a ação do sol. O medo da falta
de água no futuro acaba atrapalhando sua utilização mais racional no presente. A gestão
integrada dos grandes reservatórios beneficiados pela Transposição proporcionará uma
contribuição hídrica, decorrente da operação do sistema, da ordem de 24 m3 /s, em
2025, quando a demanda a ser atendida estiver viabilizada. O sistema de transposição
irá bombear água apenas quando necessário. Em anos em que a seca aumentar, o
sistema poderá bombear continuamente a sua capacidade máxima diária de 114,3 m³ /s.
Em anos úmidos, será utilizada a capacidade mínima das bacias receptoras, concentrada
nos açudes, limitando-se o bombeamento a uma pequena vazão a ser utilizada de modo
difuso pelas comunidades interioranas, situadas ao longo dos canais e dos rios e riachos
receptores.
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do Agreste – Trecho VII, com captação no reservatório de Barro Branco e se
desenvolvendo até o reservatório Ipojuca, foi pensada com a finalidade de aduzir águas
para o atendimento da região do Agreste Pernambucano. O sistema adutor do Eixo
Leste é formado por um conjunto de obras hidráulicas estrategicamente distribuídas ao
longo do seu desenvolvimento, de acordo com as condicionantes topográficas e
geotécnicas regionais, cujas funções específicas e interativas asseguram o transporte de
vazões pré-definidas desde a captação no rio São Francisco até os portais de entrega de
água aos locais de aproveitamento.
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pelas estações de bombeamento são conduzidas por duas adutoras de aço até a estrutura
de descarga situada no forebay de jusante de cada estação.
Barragens - Foram planejadas para as ocasiões onde a transposição dos rios pelo
sistema adutor em aqueduto era menos viável em termos econômicos. Os reservatórios
dessas barragens, ligados por segmentos de canais, têm a função hidrodinâmica de
reduzir os níveis d’água para jusante nas paradas das estações de bombeamento e
servirem de compensação para alimentação do sistema nessas ocasiões. As águas de
contribuição das bacias hidrográficas dessas barragens são aproveitadas no sistema de
adução. No Eixo Leste, Lote C, estão projetadas 12 barragens: 42 Areias, Braúnas,
Mandantes, Salgueiro Muquém, Cacimba Nova, Bagres, Copiti, Moxotó, Barreiro,
Campos e Barro Branco. No Lote D, para otimizar o sistema adutor foram criados
reservatórios ao longo do traçado, denominados de reservatórios de compensação, que
fornecem água ao sistema, mantendo-o em funcionamento no período de paralisação de
três horas diárias (horário de pico), sem grandes oscilações. Assim, regularizam
diariamente as vazões, compensando as paradas do sistema de bombeamento no horário
de pico.
Over chutes - São obras de concreto armado (aquedutos), elaboradas com o objetivo de
proporcionar o escoamento de drenos naturais sobre a seção dos canais, nas situações
especiais em que os talvegues cruzam, em cotas mais elevadas, o sistema de canais
artificiais projetado.
Estruturas de Controle - São obras de concreto armado projetadas com dois vãos e
equipadas com comportas tipo ensecadeira e tipo segmento, que funcionam como
tomadas d’águas do canal nos reservatórios e como estrutura de controle dos níveis nas
paradas programadas e ocasionais do sistema adutor.
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Pontes e Passarelas - Foram projetadas com o objetivo de preservar o tráfego de
veículos, pessoas animais nos cruzamentos do sistema adutor com a rede regional de
estradas e caminhos.
Túneis - Foram concebidos para permitir a passagem do sistema adutor sob as grandes
elevações topográficas, onde a solução de passagem através de cortes e a sobre-elevação
das águas por bombeamento se mostra mais onerosa. No Eixo Leste existe apenas um
túnel, o de Monteiro. De acordo com a concepção do Projeto Básico, o túnel previsto no
Eixo Leste, denominado Monteiro, possui extensão total de 6,519 km. Na fase de
exposição foram estudados diferentes traçados do sistema adutor a partir do emboque do
túnel, visando reduzir a extensão do túnel e otimizar o sistema, bem como minimizar os
impactos ambientais na várzea do riacho Mulungú. O túnel Monteiro foi projetado com
uma seção arco-retângulo com 5,2 m de base, altura de 2,6m e raio do arco de 2,6 m. A
altura da lâmina d’água é de 3,91 m (vão livre de 1,29 m – parte superior do arco),
enquanto que a declividade longitudinal é de 0,0004 m/m. As Figuras 5 e 6, a seguir
representam um esquema com algumas obras que o Eixo Leste contempla.
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Alguns Impactos:
Salinização do solo - É importante citar que uns do desafio desse projeto foi a
salinização de solos, e como ele acontece. De forma simples, caso você de acesso e
oportunidade água e áreas de irrigação se expandirem no semiárido brasileiro, por uma
característica pedológica do local, esses solos são passiveis de serem salinizados, se não
fizemos um projeto mais bem qualificado de irrigação, corremos risco de irrigar de
forma excessiva. Por que no processo de irrigação, não somente existe a irrigação, há
também um dreno desse solo, se esse solo fica saturado demais com água, acaba
determinando o fenômeno de salinização. Como a maior partes das espécies de plantas
são glicófitas e não halófitas, essas espécies não estão adaptadas a ambientes
salinizados, logo eu tenho uma perda da aptidão agrícola de forma muito significativa
dos solos do sertão, e é justamente a perda na sua porção setentrional do nordeste que é
a área mais vulnerável a desertificação (Esterilização de solos em ambientes áridos e
semiáridos), com destaque o estado do Ceará, o estado que é abraçado em sua totalidade
por áreas vulneráveis a esse fenômeno. Por esse e outros motivos que sua construção foi
feita por meio de canais artificias de concreto e mantas impermeabilizadas.
Cunha salinha - Com a integração do Rio São Francisco com as bacias do nordeste,
temos uma diminuição na vazão do rio, consequentemente, como tradicionalmente
acontecia o rio “empurra o mar”, porém agora o mar pode avançar em direção ao rio, e
evidentemente as águas desses locais de desembocadura da foz do rio, tendem a sofre
salinização fenômeno chamado de cunha de salinha, o avanço de água salgado para
esses locais que tradicionalmente são de águas doces.
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Economia, projeto (obras) e função social:
Eixo Leste: É uma infraestrutura hídrica construída para levar as águas do Rio São
Francisco para populações de 161 cidades de Pernambuco e da Paraíba. O trecho já está
em pré-operação e beneficia, desde 2017, mais de 1,4 milhão de pessoas em 21 cidades
de Pernambuco e outras 36 da Paraíba. Conta com seis estações de bombeamento, cinco
aquedutos, um túnel, uma galeria e 12 reservatórios que estão em pré-operação – fase de
verificação dessas estruturas e dos equipamentos eletromecânicos. Esse se localiza na
região de Floresta (PE) até o leito do Rio Paraíba, em Monteiro (PB), totalizando um
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tamanho de 217 quilômetros e atendendo uma população de 4 milhões de pessoas.
Investimento desde 2019: R$ 280.8 milhões
Eixo Norte: É uma infraestrutura hídrica construída para levar as águas do Rio São
Francisco para populações de 237 municípios da Paraíba, Pernambuco, Ceará e Rio
Grande do Norte. Alimenta 4 rios, 3 sub-bacias do São Francisco: Brígida, Terra Nova e
Pageú e mais 2 açudes: Entremontes e Chapéu. Conta com três estações de
bombeamento (EBI 1, 2 e 3), 15 reservatórios, oito aquedutos e três túneis. Esse se
localiza na regia de Cabrobó (PE) a São José de Piranhas (PB), totalizando um tamanho
de 260 quilômetros e atendendo uma população de 8 milhões de pessoas. Investimento
desde 2019: R$ 1.11 bilhão
Cinturão das Águas do Ceará: É um canal que permite que as águas do Rio São
Francisco que vertem pelo Eixo Norte possam ser transportadas para o leite do Rio
Jaguaribe e, dali, para o Açude Castanhão. É por meio dessa obra que o Governo
Federal garantiu o abastecimento de água para a Região Metropolitana de Fortaleza.
Localizado na região de Jati (CE) ao açude Castanhão (CE), quando pronto, terá um
tamanho de 145 quilômetros. Assim, atenderá um total de 25 municípios, totalizando
uma população de 4,5 milhões de pessoas. Investimento desde 2019: R$ 264.6 milhões
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Barragem de Oiticica: É a porta de entrada das águas do Rio São Francisco no Rio
Grande do Norte. Localizada em Jucurutu (RN), quando pronta, vai garantir a segurança
hídrica para oito cidades potiguares e, indiretamente, toda a população do Vale do
Piranhas Açu. Também permitirá o controle de cheias, irrigação, abastecimento
humano, atendendo um total de 330 mil pessoas e ajudando na geração de energia.
Investimento desde 2019: R$ 300 milhões
Projeto Seridó: Uma das portas de entrada para a chegada das águas do Rio São
Francisco ao Rio Grande do Norte. O Projeto Seridó recebeu R$ 280,6 milhões com o
objetivo de atender 280 mil pessoas em 24 municípios da região. Essa é a garantia da
segurança hídrica e de desenvolvimento regional, contando com irrigação e apoio aos
setores produtivos, para os moradores locais.
Ramal do Apodi: A estrutura levará as águas do Eixo Norte do Projeto São Francisco a
54 municípios do estado do Rio Grande do Norte, 32 da Paraíba e nove do Ceará. A
obra estava prevista para 2004, mas apenas em 2021 o projeto saiu do papel. Localizado
do Reservatório Caiçara, na Paraíba, até o Reservatório Angicos, no Rio Grande do
Norte, terá uma extensão de 115 quilômetros e pretende atender uma população de 750
mil pessoas. Valor previsto para obra: R$ 1.77 bilhão
Ramal do Salgado: É mais uma obra associada que vai levar as águas do Eixo Norte do
Projeto de Transposição do Rio São Francisco para a população cearense. Quando
pronto, vai abastecer 54 municípios do estado. Esse será localizado do Ramal do Apodi,
na Paraíba, até o leito do Rio Salgado, no Ceará com 36 quilômetros de extensão de
modo a atender uma população de 4,7 milhões de pessoas. Licitação em Andamento: R$
600 milhões de custo estimado
Canal do Sertão Alagoano: É a maior obra hídrica do estado de Alagoas e vai levar as
águas do ‘Velho Chico’ para 42 cidades do estado. Quatro trechos já foram concluídos.
Essa obra se localizará da Usina Hidrelétrica de Moxotó até São José da Tapera (AL),
possuindo uma extensão de 123,4 quilômetros e atenderá um total de 1 milhão de
pessoas. Investimento desde 2019: R$ 178.7 milhões
Canal do Sertão Baiano: A obra vai levar as águas do São Francisco a 44 cidades do
interior da Bahia para garantir a segurança hídrica para a população. Através dessa obra
de 297 quilômetros pretende-se atender uma população de 1,2 milhão de pessoas. Valor
previsto para obra: R$ 4.62bilhões
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Canal do Xingó: A infraestrutura vai levar as águas do ‘Velho Chico’ para garantir o
abastecimento nas cidades sergipanas de Porto da Folha, Monte Alegre de Sergipe e
Nossa Senhora da Glória, além das baianas Paulo Afonso e Santa Brígida. Procurando
através dos seus 206 quilômetros, atingir uma população de 3 milhões de pessoas. Valor
previsto para obra: R$ 607 milhões
Adutora do Pajeú: Mais uma obra localizada em Pernambuco para garantir que o Rio
São Francisco possa atender a uma população de aproximadamente 500 mil pessoas.
Atualmente, encontra-se em execução a segunda etapa, que vai atender as cidades de
Triunfo e Santa Cruz da Baixa Verde. Possuindo uma extensão de 595 quilômetros, essa
obra se localiza do Eixo Leste, em Sertânia (PE), até São José do Egito (PE), de onde é
distribuída posteriormente. E quando totalmente finalizada, a adutora vai garantir o
abastecimento de 32 localidades, sendo 20 sedes municipais, três distritos e um povoado
em Pernambuco e oito municípios na Paraíba. Valor previsto para última etapa da
obra: R$ 210 milhões
Com a realização da transposição, a água desce por gravidade, ou seja, conduto livre até
uma estação de bombeamento, onde é transportada para um nível mais alto por energia
elétrica, depois de ser bombeada ela volta a conduto livre, descendo em canais com
declive continuo de 3%. Em regiões onde existem depressões no terreno o canal segue
fluindo através de um aqueduto que transpõe o vão como se fosse uma ponte. Já quando
é necessário transpor trechos mais elevados no terreno, este canal passa a ser conduzido
por um túnel. Ao longo desses trajetos a água é acumulada em reservatórios para ajudar
a abastecer as populações das regiões próximas.
A transposição do Rio São Francisco, foi fundamental para o nordeste brasileiro, já que
com ela, mais de 12 milhões de pessoas terão acesso a esse recurso tão fundamental e
essencial a vida que é a água. Possibilita ainda o controle de cheias, a produção agrícola,
setor que já possui grande força no Brasil, haja visto que o país é responsável pela
alimentação de 10% do mundo. Além de garantir água para o consumo humano e
animal, essa transposição possibilita a instalação de indústrias e o desenvolvimento
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social e econômico. E com os eixos Norte e Leste da transposição concluídos, além do
Ramal do Agreste, o compromisso do Governo Federal é levar as águas do São
Francisco ainda mais longe, garantindo segurança hídrica e oportunidades para ainda
mais pessoas.
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Gestão, tecnologia e sustentabilidade:
A gestão dos recursos hídricos, tem como objetivo incentivar uma melhor gestão da
água pela sus cobrança como bem econômico, uma vez que os estados beneficiários se
comprometerão a receber e pagar as cotas de águas fornecidas pelo projeto e promover
um planejamento sólido dos recursos hídricos. Os estados se beneficiam, através de seus
reservatórios estratégicos, que proporcionam melhor cobertura territorial em regiões
semiáridas.
As tecnologias nas obras de Transposição do rio São Francisco, foram essenciais para
uma execução eficiente e estratégica, com isso, entregando um resultado totalmente
eficaz e tecnológico; Garantindo a colaboração hídrica por meio de um planejamento
operacional moderno e automatizado, assegurando o uso mais racional e otimizado dos
recursos hídricos locais das bacias receptoras, minimizando assim, custos e outros
impactos no sistema energético brasileiro; Proporcionando também flexibilidade no
bombeamento das águas, excluindo-o quando o consumo de energia elétrica for
elevado, para minimizar custos e outros impactos no sistema energético. Com a elevada
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tecnologia, tem siso possível fornecer a água do são Francisco aos estados
consumidores, mantendo o máximo possível de sua qualidade original, permitindo
também, que eles obtenham medições de seus volumes.
O PISF, destina cerca de R€ 0,88 bilhão de seu orçamento global para programas
ambientais. Tal valor destinado, representa em média mais de 10% dos investimentos
do projeto; as ações desenvolvidas através dos programas, possibilitam o conhecimento
profundo da fauna e flora do bioma da Caatinga, além de aspectos econômicos sociais e
arqueológicos da região. O PISF também conta com um Programa de Conservação da
Fauna e Flora, que tem como objetivo de realizar ações de monitoramento da
biodiversidade vegetal e animal presentes nas áreas das obras de empreendimento dos
estados de Pernambuco, Ceará e Paraíba. O programa é uma das diversas estratégias
socioambientais do projeto. O ministério da Integração Nacional, já investiu cerca de R€
9.17 milhões na criação do Centro de Conservação e Manejo da Fauna da Caatinga e do
Núcleo de Ecologia e Monitoramento Ambiental, iniciativas de destaque do programa.
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além disso, estabelece condições s serem consideradas no desenvolvimento do projeto
executivo; já a licença de instalação, autoriza o início da obra ou instalação do
empreendimento. O prazo de validade dessa licença, é estabelecido pelo cronograma de
instalação do projeto ou atividade, e não pode ultrapassar o prazo de seis anos. E a
licença de Operação, deve ser solicitada antes do empreendimento entrar em execução,
visto que essa licença autoriza o início do funcionamento da obra. Essa licença está
condicionada à vistoria, a fim de verificar se todas as exigências e detalhes técnicos
descritos no projeto aprovado estão em vigor, o prazo de validade é definido, não
podendo ser inferior a quatro anos e superior a dez anos.
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Alternativas, referências e conclusão:
O Aqueduto Tejo - Segura, na Espanha, com vazão média transposta de 33 m3 /s, altura
de bombeamento de 267 m e extensão percorrida de 242 km. O projeto não atingiu o seu
objetivo principal induziu uma 2° demanda ainda maior de água, necessitando de novos
projetos de transposição a serem construídos. Problemas de salinização do solo surgiram,
devido ao uso na irrigação.
Projeto Chavimochic – no Peru, retira água do rio Santa com uma vazão média de 130
m3 /s no canal e adutoras. Existem graves problemas de salinização do solo devido à
elevação do nível freático. O rio Santa possui alta turbidez e concentração de sedimentos,
diminuindo a qualidade da água. Existem problemas com manejo da irrigação, pois não
foi elaborado um plano de irrigação e cultivo na região, além de problema financeiro de
autossustentação do projeto, como o fundo de amortização da tarifa de água insuficiente
para pagar os investimentos e custos de manutenção.
Projeto do Vale Central da Califórnia, iniciado nos anos de 1930, obteve apoio da
Bureau of Reclamation durante a grande crise econômica deste período. Na Califórnia
havia uma grande concentração de terras nas mãos de poucos e ricos proprietários naquela
época, sendo a terra cara demais para ser comprada por famílias simples ou para
reassentamento de famílias sem-terra. Assim o Central Valley Project serviu para dobrar
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o preço da terra produtiva, e impulsionar a migração de mão-de-obra barata (imigrantes
vindos de outras regiões dos EUA, do México, da América Central, da Ásia e da Europa
Oriental), e o monopólio de grandes fazendeiros. Também gerou problemas de alta
salinidade nos solos irrigados com a água transposta do rio San Joaquim, inviabilizando
a agricultura em várias regiões no Baixo San Joaquim. Outro problema é o declínio de
populações do salmão, da truta e de outros peixes que fazem a piracema com ciclos de
reprodução nas cabeceiras dos rios, e morte de peixes nas bombas e adutoras
Aqueduto e canais de Los Angeles, construído para alimentar a cidade de Los Angeles
e os produtores de laranja no início da década de 1910. Este aqueduto foi motivo de sérios
conflitos sociais e de graves problemas ambientais relacionados com a deterioração da
região de onde a água foi importada – Mono Lake (Lago Mono), que virou um lago com
alta concentração de sais, e Owens Valley (Vale do Owens), que virou um vale de poeira
devido ao processo de desertificação gerado após a operação da transposição para a cidade
de Los Angeles, com consequente declínio da economia local em Owens Valley e o
empobrecimento da população local. Hoje se gasta o equivalente do projeto para
recuperar o Mono Lake.
Canal Califórnia e Aqueduto Colorado, canais e aquedutos que foram construídos para
alimentar Los Angeles com sua sede de crescimento. Os direitos de uso do rio Colorado
tinham sido divididos pelo Acordo do Colorado (Colorado Compact) entre alguns estados
ribeirinhos, e a região das cidades de Los Angeles e San Diego na Califórnia aproveitaram
as verbas federais para construir o aqueduto. O rio Colorado a jusante desta transposição
corre para o México, minguo, poluído e salgado. O impacto sobre a foz do rio Colorado,
assim como acontece no rio Mississipi é uma intrusão salina, desestabilização do leito e
das margens do rio, com erosão e voçoroca.
Levar uma pequena parte da água do Rio São Francisco para as terras áridas do Nordeste
Setentrional, a chamada transposição, é a única solução apontada pelo governo para
resolver os efeitos da seca naquela área. O professor Demetrios Christofidis acha que os
estados devem buscar outras soluções. Ele diz que a maioria das concessionárias de
abastecimento não são eficientes no uso da água, perdendo 45% da água captada antes de
chegar à residência. O aceitável seria 15% a 20%. Segundo Demetrios, um jeito de
ampliar a oferta é tratar o esgoto ao nível terciário, de forma que ele se transforme, pela
própria ação dos cursos de água, em água potável, logo em seguida. Ele pode ser tratado
numa estação de tratamento de água e virar água potável, e ser distribuída, sem problema
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de doenças. Já de acordo com alguns ambientalistas, eles afirmam que a melhor forma
para minimizar a seca nas regiões do Nordeste brasileiro é a construção de poços para
captação de água do lençol freático, além de reservatórios para coleta da água da chuva.
Esses métodos são mais baratos, beneficiam diretamente a população e não agridem o
Rio São Francisco, que já está bastante deteriorado em razão da intensificação das
atividades econômicas nas suas margens. Outra alternativa seria o projeto de revitalização
da bacia, que previa uma série de medidas para a recuperação de nascentes e recarga de
aquíferos, além da contenção de erosões e a implantação de sistema de tratamento de
efluentes caseiros.
A transposição do Rio São Francisco é considerada a maior obra hídrica do Brasil e uma
das cinquenta maiores construções de infraestrutura no mundo, como já dito
anteriormente. Concluímos que objetivo do projeto é “desviar” água do Rio São Francisco
a fim de atender áreas que sofrem com a seca extrema. Na região do semiárido, a
precipitação média não ultrapassa 800 mm por ano, colocando muitas famílias em estado
de precariedade, visto que boa parte da população do semiárido vive de atividades como
agricultura e pecuária, e que dependem do regime de chuvas. Mas também, como vimos,
existem alguns pontos negativos. Muitos ambientalistas e órgãos ligados ao meio
ambiente destacam que o desvio das águas do Rio São Francisco poderá ocasionar retirada
de cobertura vegetal de algumas áreas e consequente perda da biodiversidade; o solo será
prejudicado, visto que as mudanças na paisagem provocarão favorecimento de processos
de lixiviação do solo; alterações na vazão do rio; prejuízo na geração de energia, entre
outros.
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