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Rendendo-se ao Higlander
Lynsay Sands
NKings e Alyd
desconcertante, mas saber que ela está sendo lentamente envenenada também é.
Niels insiste em ficar ao seu lado, e Edith logo descobre que ainda mais perigosa é sua
atração pelo feroz guerreiro selvagem. Niels nunca conheceu uma mulher mais corajosa -
ou doce - que Lady Edith. A idéia de tal sedutora moça ser forçada a entrar para um
convento era mais do que qualquer escocês de sangue vermelho podia suportar. Ele irá,
de bom grado, até mesmo se casar com ela. Mas enquanto arrebatá-la é fácil, ele vai
precisar de toda a sua habilidade para derrotar os inimigos implacáveis da família dela e
1pequena faca de gume único, usada como parte da roupa tradicional das Terras Altas escocesas, juntamente com o kilt.
— Inferno! Abra o maldito portão e deixe-nos ver Lady Edith, seu devasso, ou nós
vamos incendiá-lo e esmagá-lo nós mesmos.
A ameaça de Alick fez Niels sacudir a cabeça, porque as ameaças eram tudo que
eles podiam fazer. Incendiar os portões de Drummond e derrubá-los seria a última coisa
que eles fariam. Inferno, com apenas os quatro lá, ele não tinha certeza de que sequer
podiam. Apesar de que seria divertido tentar, reconheceu.
Ainda assim, eles não estavam aqui para iniciar uma guerra com os Drummond.
Sua única tarefa era verificar a amiga de sua irmã e apresentar um relatório a Saidh sobre
como ela passava. Infelizmente, nada menos do que realmente ver a moça seria
suficiente para impedir Saidh de insistir em tentar cavalgar até aqui, para vê-la por si
mesma. E suspeitava que mesmo isso não seria suficiente. Logo que eles tinham
concordado em vir, ela insistiu em acompanhá-los. Apenas o aviso do Rory, de que a
viagem pudesse prejudicar seus bebês em gestação, a manteve em casa. Bem, isso e a
ameaça de Greer de amarrá-la em sua cama e mantê-la lá, sob guarda, até que os bebês
tivessem nascido, se ela sequer tentasse montar um cavalo.
Niels balançou a cabeça novamente com o pensamento. Bebês, no plural. Porque
sua irmã estava esperando mais de um bebê. Rory suspeitava que eram gêmeos. Alick e
Geordie tinham certeza de que iam ser mais e estavam apostando no tamanho da
ninhada. Alick estava imaginando três, Geordie quatro. Niels pensava que ambos eram
loucos. As mulheres não tinham ninhadas de três e quatro. Gémeos, apenas, eram uma
raridade. Três ou quatro... bem... ele tinha ouvido histórias de mulher velha sobre uma
mulher no caminho de volta de uma terra distante, tendo três crianças em um
nascimento, mas tinha certeza que eram contos de mulher velha, isso era tudo o que
eram. Embora... Saidh estava enorme o suficiente para estar grávida de três ou quatro.
Levantando o olhar para os homens no portão da torre, ele gritou com calma: —
Nós apenas queremos ver sua lady. Nossa irmã, sua amiga Lady Saidh MacDonnell, está
preocupada com o bem-estar de sua lady. Se não deseja abrir o portão, então apenas faça
sua lady vir até o portão e deixe-nos vê-la, para que possamos dizer à nossa irmã que ela
está bem e saudável.
Os homens na muralha todos se entreolharam, em seguida, um deles disse: — Eu
pensei que era em Lady Edith que estivesse interessado, não na nossa Lady.
— Sim. — Niels franziu a testa. — Edith não é a Lady aqui? Eu entendi que sua mãe
estava morta e ela era a Lady aqui agora.
— Ela era, — o homem falou de volta. — Mas Brodie, o filho mais novo casou e sua
esposa, Lady Victoria é agora a Lady. E o laird ordenou que o portão não fosse aberto
para qualquer pessoa até que eles voltem.
2 O Deerhound escocês é um cão de grande porte, silencioso e obediente. Sua pele e pelagem são ideais para climas frios.
3 Alforje é um tipo de bolsa, usualmente presa a uma sela, usado para transporte de objetos em animais, como o cavalo .
O som de uma terrível explosão acordou Edith. Piscando para abrir os olhos, ela
olhou freneticamente ao redor da sala, em seguida, girou o olhar para sua direita,
quando o som veio novamente. Ela ficou boquiaberta com o homem caído no assento ao
lado da cama. Ele era a fonte do som. Não era uma explosão, mas um ronco fungado
alto, enquanto o sujeito ressonava em seu sono. Meu Deus, ela nunca tinha ouvido um
som alto tão horrendo.
Edith olhou para o homem fixamente, perguntando-se quem diabo seria ele e por
que ele estava em seu quarto, e então ela percebeu a mulher na cama ao lado dela e
olhou-a com confusão e preocupação misturadas. Ela reconheceu-a, imediatamente,
como a criada de Victoria, Effie. Mas encontrá-la em sua cama foi um pouco
surpreendente. O fato de que a mulher parecia terrivelmente mal, apenas aumentou sua
perplexidade. A velha estava extremamente pálida, nem uma gota de cor em sua pele
fina, enrugada e ela estava completamente imóvel também. Effie estava tão quieta que
Edith não tinha sequer certeza de que ela estava respirando, no momento. Ela estava
começando a se preocupar que a mulher estivesse morta, quando ela notou que seu peito
subia e baixava levemente, com lentas respirações curtas.
Aliviada, Edith deixou escapar a respiração que estava segurando e, em seguida,
olhou ao redor de seu quarto, novamente. Ele era, geralmente, limpo e arrumado, mas no
momento parecia que realmente houvera uma explosão. Uma caneca vazia estava de
lado na mesa de cabeceira, junto de uma, em pé e duas taças, vazias. Uma crosta de pão e
um outro copo e tigela estavam na mesa de cabeceira do outro lado, e depois, um tonel
colocado na mesa, na extremidade longínqua, do quarto com mais vários copos de metal
e tigelas entre eles e uma pequena pilha de cascas de vegetais. Havia também o que
parecia ser uma pele de coelho, recém-esfolado.
Querendo saber quem comandava o grupo em seu quarto, enquanto ela estava
dormindo, Edith olhou para o chão agora, notando os sacos alinhados contra a parede.
Havia quatro ao todo, com vários itens se derramando para fora deles: roupas, legumes,
armas. E ambas as esteiras no chão foram esmagadas e chutadas para o lado, mostrando
muito uso e trilhas definidas a partir da porta, tanto para a cama como para a mesa, e,
em seguida, tanto da mesa quanto da cama para a lareira, onde um pote de algo estava
borbulhando sobre o fogo.
Edith não tinha a menor ideia do que fazer com tudo isso, ou o fato de que havia
presentemente um homem ao seu lado, como um muito alto anjo da guarda.
Ou talvez apenas um guarda.
Esse último pensamento foi um pouco perturbador. Edith sabia que ela tinha estado
doente por um tempo. A bagunça no quarto dela sugeria que tinha sido um bom tempo.
4 Bebida alcoólica fermentada composta de uma parte de mel e duas de água. Consumida deste a mais remota antiguidade, é anterior à
cerveja e ao vinho.
5 A autora chama, muitas vezes, no livro, o pênis de violino . E nessa época parece que era comum fazer isso.
Edith piscou abrindo os olhos e olhou para a janela, um sorriso reivindicando seus
lábios, quando viu a luz do sol espreitando através das rachaduras nas persianas. Era de
manhã, finalmente, e hoje ela poderia se levantar e ir para baixo. Rory e Niels tinha
prometido isso a ela.
Fazia três dias desde que ela acordara. Para sua consternação, os homens tinham
insistido em que ficasse em seu quarto, permitindo a ela apenas caminhar até uma
cadeira e voltar para sua cama e, geralmente, com um deles pairando perto, no caso de
suas pernas cederem.
Para ser justa com os homens, Edith tinha estado pateticamente fraca na primeira
vigília. Sua tentativa de se levantar da cama por conta própria, pela primeira vez, tinha
sido prova disso. Edith não tinha estado muito mais forte no dia seguinte, quando ela
tentou levantar novamente sem ajuda. Ela tinha conseguido dar três passos, antes de
cair.
Felizmente, Niels tinha acordado e rapidamente a pegou, antes que batesse no chão.
Foi quando eles insistiram que ela não deveria ficar sem um deles para ajudá-la e dizer a
ela que ela estava restrita ao quarto, até que ela recuperasse um pouco de sua força.
Edith tinha tentado argumentar com eles, mas era difícil argumentar com quatro
determinados Buchanans. Honestamente, eles eram piores do que Saidh quando se
tratava de teimosia. E o fato de que, tecnicamente, não tinham direito de dar ordens à
ela, não importava a eles em nada. Mas ontem ela tinha sido determinada, e a única
maneira que tinham conseguido convencê-la a ficar em seu quarto, foi prometer que ela
pudesse deixá-lo hoje, sem eles tentando impedi-la.
Edith se sentou na cama e olhou em volta. Ela estava sozinha em sua cama, o que
era uma boa mudança. Depois de duas noites com Effie compartilhando sua cama, Edith
tinha insistido que a movessem para o antigo quarto de Brodie na porta ao lado, ontem.
Não era que se importasse em compartilhar sua cama mais que a quietude silenciosa da
mulher e a palidez, que a faziam sentir-se como se estivesse compartilhando-a com um
cadáver respirando. Isso tinha começado a dar-lhe arrepios, e ela se viu olhando para ela,
para ter certeza de que ainda estava respirando.
Uma vez que a mulher mais velha foi movida, Edith havia ficado ansiosa para
limpar o caos em que o quarto dela tinha caído. Ela havia atribuído aos homens seus
próprios quartos, sugerindo a Rory pegar o quarto de Hamish, que estava ao lado do
antigo quarto de Brodie, para que ele pudesse cuidar de Effie mais facilmente. Ela então
tinha sugerido a Niels pegar o antigo quarto de Roderick, que era próximo a esse. O que
deixou os dois quartos de hóspedes do outro lado do corredor dos quartos de Roderick e
de Hamish, para Alick e Geordie.
Foi o ruído das rodas do carrinho que a acordou. Piscando os olhos, Edith olhou
para as peles na frente de seu rosto e, em seguida, levantou a cabeça e olhou por cima.
Ela arregalou os olhos, incrédula quando viu as criadas e as crianças seguindo o
carrinho, transbordante de juncos, para fora da clareira. Eles tinham acabado enquanto
ela dormia, ela percebeu com consternação. Meu Deus, quanto tempo tinha dormido?
Seu olhar deslocou-se para o céu para ver que o sol estava alto. Para ela, parecia ser
meio-dia. Suspirando, Edith sentou-se, seus olhos voltando-se novamente para o grupo
partindo, apenas a tempo de ver Moibeal olhar para trás e notar que ela estava acordada.
A criada sorriu e deu-lhe um adeus e, em seguida, continuou a levar as crianças embora.
Um latido animado alcançou sua orelha, em seguida, e Edith olhou para o rio onde
Niels, Ronson e Laddie estavam. O cão estava pulando em volta, animadamente, na
margem, parecendo que queria correr atrás de tudo o que Niels e Ronson estavam
jogando na água. Passou um momento antes dela perceber que Niels estava mostrando a
Ronson como saltar pedras na superfície plácida do rio. A compreensão a fez sorrir
levemente. Era algo que ela e seus irmãos tinham feito quando crianças. Esse era o único
local no rio onde a água desacelerava o suficiente para permitir isso.
Ela observou brevemente, maravilhando-se novamente com o quanto ele era bom
com o menino, e depois olhou para baixo. Todas as evidências de seu piquenique tinham
sumido, apenas as peles deixadas para ela, para dormir. Edith se levantou e rapidamente
recolheu-as e arrumou-as em uma pequena pilha. Ela então se dirigiu para baixo em
direção à beira da água para se juntar aos homens, sorrindo e dando a Laddie um afago
quando ele correu, animadamente, para o lado dela em saudação.
— Laddie! — Niels rosnou quando o cão tentou saltar sobre ela. O deerhound
obedeceu ao som, de imediato e manteve os pés no chão, enquanto Edith o acariciava.
— Como você se sente? — Niels perguntou suavemente, enquanto ela continuava
em frente, o cão agora ao seu lado.
— Como tendo dormido, enquanto todo mundo trabalhava, — disse ela com
autodesprezo.
— Sim, você dormiu, — Niels concordou facilmente. — O que significa que você
está pronta para a segunda parte do seu dia.
Edith olhou desconfiada. —Por que estou completamente certa que isso não
significa tecelagem de tapetes?
— Porque você é uma mulher excepcionalmente inteligente, — disse ele
solenemente, e então olhou para Ronson e Laddie que tinham se movido mais para baixo
na margem. — Vamos, rapaz, é hora de ir.
10 elaborado desde a Antiguidade, representa vários milhares de anos de cultura e de história, com o modo de fabrico originário da
cidade de Alepo, na Síria, ainda sendo seguido na atualidade.
11 cinta flexível ou cinto, usado sob a forma de um laço, para apoiar ou elevar um peso em suspensão.
— Então?
Edith levantou os olhos da comida que ela estava, principalmente empurrando em
volta de sua tábua de madeira, para essa questão de Niels, e viu Rory juntando-se a eles
à mesa.
— Bem, — Rory disse, — parece que ele morreu do ferimento de flecha.
— E os outros ferimentos?
As sobrancelhas de Edith levantaram ligeiramente. Ela não tinha notado quaisquer
outras lesões, mas, então, ela só tinha dado duas olhadas rápidas no homem e se
concentrara principalmente, em seu rosto, da primeira vez e no lenço na segunda.
— Animais, — Rory disse calmamente. — Depois que ele morreu.
Edith fez uma careta e pousou a taça de prata de hidromel, que ela estava prestes a
beber.
— Você pode dizer há quanto tempo ele está morto? — Niels perguntou, depois de
uma pausa.
Rory sacudiu a cabeça. — Uma semana, pelo menos, mas poderia ser mais. Eu não
posso dizer.
— Pobre bastardo,— Tormod disse sombriamente. — Seu cavalo, armas e botas
tinham sumido, então eu estou supondo que eram bandidos. Devem tê-lo apanhado em
seu caminho de volta ao castelo. Nós tivemos problemas com eles na área antes.
— Sim, — Edith concordou, e então franziu a testa. — Mas Ronson disse que
Lonnie partiu com Brodie e Victoria. Por que ele estaria voltando sozinho?
A boca de Tormod apertou com raiva. — Seu irmão provavelmente mandou-o de
volta, para saber se era seguro voltar. Ou possivelmente, depois da partida, ocorreu-lhe
que ele deveria ter alguém que pudesse cavalgar e fazê-lo saber se era seguro voltar,
assim que enviou o rapaz de volta para ser seus olhos e ouvidos aqui.
Parecia a resposta mais provável, então Edith apenas balançou a cabeça tristemente
e distraidamente girou a taça de prata de hidromel em um círculo, seu olhar sobre o
líquido dentro, enquanto se perguntava o que deveria fazer agora. Eles não tinham
nenhuma maneira de fazer Brodie saber o que tinha acontecido com Lonnie. Eles nem
sequer sabiam para onde ele tinha levado Victoria. Poderia ser a corte ou o castelo de um
— Então.
Niels desviou o olhar de Edith se retirando e virou-se cautelosamente para o seu
irmão. — O quê?
— Você pediu e ela disse sim? — Rory perguntou, com um sorriso.
Niels sorriu e relaxou pela primeira vez, desde que a flecha foi disparada. Virando-
se para a mesa, ele concordou. — Sim.
— Sim o quê? — Perguntou Geordie, confuso.
— Eu vou segui-lo nisso, — disse Tormod, estabelecendo-se no outro lado de
Ronson. — O que perdemos?
— Meu irmão está casando com sua Lady Edith, — Alick disse ao homem mais
velho, com um sorriso.
— Oh. — Os olhos de Tormod se arregalaram e, em seguida, ele sorriu e passou por
Ronson para bater-lhe nas costas. — Bem, diga, isso é bom, é o que é.
— Sim, parabéns, — Geordie disse sorrindo amplamente. — Isto exige uma
celebração. Alguém quer uma bebida? — Perguntou, segurando o jarro de hidromel que
ele tinha acabado de buscar.
Niels balançou a cabeça, mas parou quando Tormod levantou-se com uma careta.
— Sim, eu vou tomar uma bebida. Mas não hidromel, — o homem disse,
pesadamente. — Eu vou fazer uma das criadas nos buscar um pouco de cerveja.
— Ainda melhor, — Niels decidiu.
Geordie afastou o hidromel para um lado com um encolher de ombros. — Vamos
guardar o hidromel para Edith então.
Niels assentiu distraidamente, seus pensamentos se voltando para o problema de
manter Edith segura. Homens nas janelas durante o dia, os guardas junto dela o tempo
todo... Mantê-la dentro não iria magoar, pensou.
— A cerveja virá logo, — Tormod anunciou quando reivindicou o seu lugar
novamente, um momento depois. Ele então virou-se para olhar Niels com aprovação. —
Muito bem, — disse ele. — Ela é uma boa mulher. Você é um homem de sorte.
Quando você planeja se casar com ela?
— Onde está o seu padre? — Niels perguntou, como resposta.
Tormod sorriu. — Tão rápido, hein?
— Muito rápido, — Niels disse, com firmeza.
Tormod concordou e levantou-se. — Eu vou ter uma pequena conversa com o
nosso Padre Tavish, então. Se ele estiver de bom humor, você pode se casar no jantar.
— Talvez eu deveria tomar um banho, — disse Edith, olhando para si mesma com
uma careta, agora que seu vestido estava fora. Ela estava imunda de rolar no pátio, suas
mãos e braços e a parte inferior de suas pernas estavam todas cobertas de lama. Se seu
rosto estivesse tão ruim, um banho era definitivamente indicado.
— Eu ordenei um logo que eu vi o estado em que você estava, — Moibeal
assegurou, olhando para as manchas de lama sobre o vestido que Edith estava usando.
— Oh.— Edith sorriu para a moça. — O que eu faria sem você, Moibeal?
— Andar por aí toda enlameada, com seu cabelo em uma confusão, eu deveria
pensar, — Moibeal disse, carinhosamente.
— Sem dúvida, — Edith concordou com diversão, movendo-se para a bacia de
água na mesa de cabeceira, para lavar o pior da lama em suas mãos.
— Ouvi Lord Buchanan dizer que você estava se casando com ele, — Moibeal
comentou depois de um momento. — É verdade?
— Você gostaria de outra coisa para beber, moça? — Niels perguntou a Edith
suavemente, observando que ela mal tocara em seu hidromel e estava simplesmente
sentada ali, com o olhar perdido em pensamentos. E pensamentos irritáveis também, ao
que parecia, se alguém pudesse adivinhar por sua expressão, enquanto olhava por cima
do grande salão, cheio de pessoas celebrando seu casamento.
— Sim. Veneno. Como você pensou, — Rory disse, severamente. Erguendo-se após
examinar Edith, ele se virou para Niels e abriu a boca para dizer mais, apenas para uma
breve pausa com a boca aberta e olhos arregalados, antes de dizer com desgosto, —
coloque algumas roupas, irmão, ou pelo menos limpe o vômito de seu pau. Bom Deus!
Olhando para baixo para a confusão cobrindo sua virilha, Niels fez uma careta e,
em seguida, virou-se bruscamente e se moveu para a bacia, para começar a limpar a si
mesmo, enquanto ele perguntava: — Ela vai ficar bem?
— Eu estou esperando por isso, sim, — disse Rory, voltando-se para Edith.
— Quando chegamos aqui você disse que se ela fosse envenenada novamente, ela
poderia morrer, — Niels lembrou-o severamente.
—Sim. Se ela tivesse sido envenenada novamente, naquela época, ela certamente
teria morrido, — assegurou ele. — Mas ela está comendo bem e recompondo suas forças
desde que ela acordou. E ela parece ter vomitado o veneno. Ou, pelo menos, eu acho que
ela o fez. Ela certamente expeliu tudo o que sei que ela tinha comido hoje. E alguns que
eu não sabia, — acrescentou secamente antes de perguntar. — Jaimie fez mais
doces com conservas neles? Eu não me lembro dela comer frutas cozidas.
— Não. Ela teve isso aqui, — Niels murmurou, enquanto ele terminava de limpar-
se e movia-se para agarrar sua camisa e enfiá-la por cima da cabeça. Caminhando para o
pé da cama agora, ele se inclinou e pegou a taça onde as conservas tinham estado e
entregou-a a Rory. — O veneno estava nisto?
Rory pegou a taça, cheirou-a delicadamente e depois passou um dedo nela e
lambeu-o, para provar as conservas. Depois de um momento, ele sacudiu a cabeça.
— Eu não acho que estava nessa, — ele disse, colocando a taça na mesa de
cabeceira, quando uma batida soou na porta.
Niels moveu-se para atendê-la, arregalando os olhos quando viu que eram Tormod,
Geordie e Alick. Quando ele viu que seus irmãos carregavam a bandeja de Edith e a
bebida de seu jantar de comemoração, ele franziu a testa e perguntou: — O que é isso?
— Lembrei-me de você mencionar que Edith parecia quieta e pálida no jantar e me
perguntava se o veneno poderia ter estado em sua comida ou bebida no jantar, — Rory
explicou, movendo-se para se juntar a ele na porta.
Niels franziu o cenho, enquanto o observava cheirar os restos de comida na bandeja
e assinalou, — Nós comemos da mesma bandeja e eu não estou doente. Não pode ser a
comida.
Balançando a cabeça, Rory entregou a bandeja de volta para Geordie e pegou o
hidromel de Alick, para farejar. A maneira como ele imediatamente se endireitou fez
Niels estreitar os olhos.
Edith acordou com o ronco alto e algo pesado sobre o peito. Abrindo os olhos, ela
olhou ao redor confusa, apenas para parar quando seu olhar pousou em Niels. Ele estava
deitado em cima dos lençóis e peles apenas com sua camisa e botas, enquanto ela estava
nua, sob as cobertas de cama, quentes.
Ela olhou para ele por um momento, enquanto as lembranças da noite anterior
deslizavam sobre ela, e depois fez uma careta e fechou os olhos novamente, bastante
certa de que ela simplesmente não poderia enfrentar o dia seguinte. Ou pelo menos seu
marido. Querido Deus, seus esforços para agradá-lo tinham terminado em uma falha
miserável, e o pobre homem deveria agora considerar, se casar com ela não tinha sido
um erro enorme.
Outro ronco soou ao lado dela e Edith abriu os olhos para examinar o quarto,
quando lhe ocorreu que se continuasse a ficar lá deitada, ela iria ter que enfrentar Niels
mais cedo ou mais tarde. Considerando que, se ela se levantasse e encontrasse alguma
tarefa para fazer em outro lugar, como ir até a aldeia, bem, ela poderia ser capaz de
evitar a humilhação de ter de enfrentá-lo, por horas. Talvez até mesmo até o jantar.
Esse pensamento foi o suficiente para fazê-la deslizar lateralmente na cama,
facilitando seu caminho para fora com seu braço e mão. Niels agitou-se apenas uma vez
durante esta operação e Edith congelou e esperou um segundo até que ele emitiu outro
ronco, e depois continuou de lado, até que ela estava livre para sentar e sair da cama.
Apressando-se até o baú, ela pegou o primeiro vestido que tocou, e puxou-o pela
cabeça enquanto corria para a porta. Edith abriu-a, e depois saiu. Ela teve o cuidado de
fechá-la silenciosamente, e então começou a se afastar antes de se preocupar em fazer os
laços.
— Milady!
Edith parou abruptamente e olhou em volta para ver sua criada correndo em sua
direção.
— O que está fazendo, milady? — A garota perguntou com exasperação, agarrando
seu braço e levando-a de volta para o quarto. — Você deveria ainda estar na cama. Você
esteve muito doente na noite passada. Você quase morreu... de novo, — acrescentou, em
um tom irritado.
— Eu estou bem,— Edith garantiu a ela, se firmando em seus calcanhares, enquanto
a garota tentava arrastá-la de volta para o quarto, de onde ela tinha acabado de escapar.
— Foi apenas um pouco de mal estar de estômago. Mas eu me sinto bem esta manhã, —
ela assegurou a sua criada, puxando o braço.
— Hmmm.
Edith olhou para Moibeal com esse comentário. A criada tinha sentado para
discutir o que elas teriam que empacotar para a viagem, enquanto Edith tomava seu
desjejum. Ambas as mulheres tinham rapidamente percebido que estavam indo para um
esforço muito maior do que tinham pensado. Além de seus baús de roupas, Edith tinha
dois baús de roupas de cama e esses sua mãe tinha começado, quando ela era apenas um
bebê. Ela tinha dito que eram para levar com ela quando se casasse. Havia também seu
arco e flecha e inúmeros outros itens pessoais que precisariam ser embalados.
— O quê? — Edith perguntou a Moibeal, com curiosidade, quando a mulher não
comentou nada mais.
—Parece que seu marido está acordado, ou pelo menos fora da cama, — disse
Moibeal com diversão, apontando para as escadas.
Edith virou-se para seguir o seu olhar, esperando ver o marido descendo as
escadas. Em vez disso, seu olhar foi capturado pela enorme faixa de lençol branco que
Rory estava pendurando sobre o corrimão superior. O queixo dela caiu, enquanto seu
olhar se concentrava na enorme mancha escura no centro.
— E eu aqui preocupada que você doente e tudo, não tinha consumado o
casamento, — Moibeal comentou, e depois acrescentou: — Pelo menos nós não
precisamos nos preocupar que Brodie poderia anular o casamento, se ele chegasse antes
de partirmos.
Edith apenas olhou para o lençol. Até onde ela podia se lembrar, não tinham
consumado o casamento. Mas isso definitivamente parecia ser sangue no lençol. Talvez
Niels temia que Brodie pudesse anular o casamento se lhe fosse dada a oportunidade e
tinha consumado enquanto ela estava inconsciente, para garantir que não acontecesse.
Seu olhar caiu para seu colo com esse pensamento e ela simplesmente aquietou-se por
um momento, tentando ver se ela se sentia diferente lá em baixo.
— Geordie!
Piscando para afastar os pingos de chuva agarrando-se a seus cílios, Edith olhou
para o marido no cavalo à frente dela com esse grito e depois olhou além dele, para o
homem andando na frente de seu grupo. Alick andava atrás dela, mas Geordie estava
liderando o caminho, andando à frente para encontrar problemas. Ele diminuiu agora e,
em seguida, virou-se para cavalgar de volta com o chamado de seu irmão.
Fazendo seu cavalo ficar atrás da montaria de seu marido, quando ele parou, Edith
esperou pacientemente enquanto os dois homens começaram a conversar. Ela não podia
ouvir o que diziam com a tempestade trovejando em torno deles, mas esperava que
tivesse algo a ver com parar para esperar a chuva passar. Tinha começado ao meio-dia,
duas horas depois de terem deixado Drummond. Tinha sido apenas uma leve garoa no
início, mas Niels tinha imediatamente extraído uma manta de sua bolsa e voltado atrás
para o lado dela, para sugerir que ela envolvesse o tecido repelente de água em torno de
si mesma. Ela realmente não tinha pensado que era necessário no início, mas tinha
aceitado a oferta e envolvido em torno de si mesma, apreciando o gesto.
A garoa tinha continuado indo e vindo durante a maior parte da tarde, enquanto
eles cavalgaram, mas há meia hora tinha de repente se transformado em uma chuva
torrencial. Ela estava ficando mais forte e mais ventosa a cada momento e Edith estava
agora encapsulada no plaid, com apenas seus olhos espreitando o melhor que podiam.
Agora estava quase tão escuro como a noite, embora soubesse que só poderia ser o fim
da tarde, mas entre isso e o vento soprando a chuva em seus olhos, estava ficando difícil
enxergar.
Limpando a água dos olhos, Edith sentou-se um pouco mais reta na sela e viu
quando Niels, de repente, virou seu cavalo e aproximou-se do lado dela, para que seus
cavalos se encarassem de direções opostas.
— Nós estamos pensando que devemos parar e esperar a tempestade passar, —
anunciou ele, inclinando-se para fora da sela e mais perto, para ter certeza de que ela
ouvia.
Edith assentiu com alívio.
— Precisamos encontrar terreno elevado, porém, ou em algum lugar que ofereça
um pouco de proteção. Você conhece esta área melhor do que nós, moça. Você conhece
um local apropriado?
Praguejando, Niels pegou Edith antes que ela pudesse pousar na lama, e depois
simplesmente ficou ali, segurando-a e olhando para seu rosto pálido, imaginando o que
Edith abriu a porta do quarto, e, em seguida, fez uma pausa e olhou para os dois
homens deitados em esteiras no chão do corredor. Geordie e Alick. Eles estavam
deitados cabeça com cabeça, diretamente em frente da porta. Um movimento chamou
sua atenção, em seguida, e ela olhou para cima para ver mais dois homens de pé contra a
parede oposta. Eles eram soldados de Drummond que ela conhecia há anos. Dois dos
homens de maior confiança de Tormod, Cameron e Fearghas. Mesmo ela tendo
observado isso, Cameron se adiantou e ofereceu-lhe uma mão.
Depois de uma hesitação, Edith aceitou e segurou-a enquanto levantava a saia alta
o suficiente para evitar as cabeças dos homens no chão e passar por cima deles.
— Obrigada, — Edith disse, as palavras em um sussurro para evitar acordar
Geordie e Alick, mas Cameron pareceu ouvi-lo. Balançando a cabeça, inclinou-se diante
dela para puxar a porta fechada, silenciosamente e, em seguida, endireitou-se e
simplesmente ficou lá, esperando.
Sorrindo incerta, Edith virou-se para se encaminhar ao corredor, e imediatamente
ouviu um ruído suave que sugeriu que os homens a estavam seguindo. Ela esperou até
que estavam a meio caminho para as escadas, antes de parar para virar-se, entretanto.
Ambos os homens pararam imediatamente, esperando.
Desejando que a distância fosse longe o suficiente para não perturbar os dois
homens ainda dormindo, ela levantou uma sobrancelha e perguntou baixinho: — Eu
estou supondo que vocês estão me protegendo?
— Sim, milady, — Cameron respondeu.
— Tormod providenciou para que dois homens a protegessem dia e noite, —
Fearghas acrescentou. — Vamos ficar com você até o jantar, quando vamos ser
substituídos por outros dois.
— Ah. — Edith suspirou. Ela deveria ter esperado isso, supôs, e depois franziu a
testa, quando ouviu o movimento atrás, no corredor. Inclinando-se para o lado, viu
Geordie movendo-se em sua esteira e decidiu que era melhor ela se mover ou eles
acordariam o par. Sorrindo torto para os homens, ela balançou a cabeça e, em seguida,
virou-se para apressar-se pelo resto do caminho para as escadas, consciente de que eles a
seguiram imediatamente.
— O que você está fazendo? Onde está Niels?
Saltando de surpresa com essas palavras ressoantes, quando ela chegou ao topo da
escada, Edith pegou o corrimão para firmar-se e virou-se para a carranca de um Geordie
e Alick sonolentos, enquanto corriam em direção a ela e seus guardas. Ela conseguiu
escapulir da cama e chegar até a porta sem acordar seu marido, e não teria agora seus
irmãos fazendo isso com a sua gritaria.
— Milady, você não acha que devemos voltar para o vagão agora?
Edith voltou-se para responder às palavras suplicantes de Cameron, e piscou
surpresa quando bateu o nariz no escudo que Ronson estava lutando para manter atrás
dela, enquanto ele a seguia ao redor.
— Desculpe, milady, — Ronson disse com fervor, recuando um passo.
— Está bem, rapaz, — disse ela com um sorriso, e depois olhou para Cameron,
abriu a boca e depois fechou de novo com uma careta, quando viu que, enquanto suas
mãos estavam livres, uma delas estava sobre sua espada. Nesse meio tempo, Fearghas,
Geordie e Alick estavam todos fazendo malabarismo, com os braços transbordando com
os itens que ela estava passando para eles enquanto os comprava. Ela não tinha
percebido que tinha comprado tanto. E ela estava apenas no meio da lista.
Mordendo o lábio, ela disse, — Talvez nós devemos levar tudo para o vagão. Então,
um de vocês pode esperar com nossos bens, enquanto o resto de nós continua a fazer
compras.
— Milady, — Cameron disse cansado. — Você realmente não deveria estar aqui.
— Sim, — Geordie concordou. — Niels nem mesmo queria você fora do castelo, e
muito menos na aldeia.
— Isso pode ser, mas como lady em Drummond, há certas coisas que precisam ser
feitas, e se você todos querem encher suas barrigas com algo diferente de guisado, para a
próxima semana, então precisamos terminar de pegar os itens da lista de Jaimie, — Edith
disse com firmeza. Este fora o argumento que os tinha convencido a ceder com relutância
e deixá-la sair do castelo para começar. O que era um completo absurdo apenas para ela.
Ela era a Lady de Drummond e simplesmente poderia ter ordenado a seus guardas
fazerem Geordie e Alick saírem do caminho e acompanhá-la ao mercado e eles teriam
que fazê-lo. Mas ela não achava que era provável que conquistaria algum ponto com
seus novos parentes, então ela raciocinou, adulou e implorou até que os homens
tivessem cedido.
— E agora você sabe como acabamos aqui fazendo compras com sua esposa.
— Tudo bem, milady? Você parece estar se movendo um pouco tensa, — Cameron
assinalou, a meio caminho, nas escadas.
— Sim. — Edith fez uma careta. —Eu estou um pouco dura, mas bem.
— Não é de admirar, com o que você andou por aí no dia de hoje... e depois de
cavalgar durante todo o dia e noite de ontem. Nada menos que na chuva, — Fearghas
disse simpaticamente.
— Talvez um banho quente iria ajudar com isso, — Cameron sugeriu. — Seu pai
sempre jurou que um bom banho quente afugentava suas dores e sofrimentos.
— Sim, ele dizia, — Edith disse, com um sorriso suave. Seu pai sofria dores terríveis
nos seus ossos e articulações dos últimos anos de sua vida e jurava que a única coisa que
aliviava o desconforto era um banho quente, fumegante.
— Devo pedir um então? — Perguntou Cameron.
— Sim, por favor. Obrigada, Cameron, — ela murmurou.
Concordando, o homem parou, ela pensou que para voltar para baixo e
encomendar um banho para ela, mas ele virou no degrau que ele estava parado e berrou:
— Preparem um banho para sua lady! Lady Edith quer um banho!
Por um segundo, o grito foi seguido por um breve silêncio de todos no salão, com
exceção de seu marido que gemeu. Pelo menos ela pensou que fora Niels que gemera, e
Rory alegre, —Veja, você tem tempo afinal! — parece que foi confirmado.
Querendo saber por que ele gemeu, Edith olhou para trás quando pisou no patamar
superior. Tudo o que viu, porém, foi Rory conduzindo Niels para fora do castelo. Parecia
que sua bebida seria adiada.
Moibeal estava no quarto, quando Edith entrou. A criada estava desembalando as
caixas que ela empacotara, após Edith, Niels, Geordie e Alick terem se dirigido para
Buchanan. Quando tinham ambos pensado que estariam vivendo suas vidas lá.
Bem, pelo menos até que Niels estivesse pronto para construir essa casa para eles
que ele mencionara. Quatro anos, ele tinha dito. Edith não se preocupou em mencionar,
então, que seu dote era muito generoso e dependendo da quantidade de dinheiro que ele
houvesse reunido, além do que seu pai lhe tinha deixado, com isso ele podia ser capaz de
construí-la de imediato. Não tinha havido a oportunidade realmente, e ela pensou que
não havia muito tempo para essas coisas. Agora, não só ele poderia ter seu dote, mas ele
tinha uma casa também. Ele era agora Laird de Drummond.
Edith considerou isso mais a sério. Ela realmente não tinha pensado muito nisso.
Ela era Lady aqui agora, e Niels era laird. Ela se perguntava se ele tinha considerado isso.
E o que ele pensava sobre isso. Ela esperava que ele estivesse feliz. Ele não tinha se
casado com ela esperando ter o castelo e título, mas teve.
Edith acordou para descobrir que era dia claro e ela estava deitada com a cabeça no
peito de Niels, enquanto ele preguiçosamente acariciava suas costas.
— É de manhã, — ele murmurou.
Sorrindo, ela balançou a cabeça ligeiramente, onde estava, e deixou sua mão
deslizar para baixo para seu quadril. — Não. Ainda é noite, marido, — Edith disse,
enquanto ela deixava sua mão deslizar para pegar sua masculinidade semiereta.
— Mais uma vez? — Ele parecia divertido, mas sua voz ainda estava rouca. Ela
estava começando a reconhecer isso como um sinal de que ele a queria. Embora ela teria
sabido, de qualquer maneira, desde que ele imediatamente endureceu totalmente em sua
mão.
— Sim. Mais uma vez, — disse Edith, acariciando-o.
— Gulosa, — acusou, mas parecia satisfeito e a mão em suas costas escorregou para
espremer seu traseiro, antes escorregando entre as pernas por trás para provocá-la.
Edith gemeu e beijou seu peito apreciativamente. Eles tinham estado na cama desde
que ela entrou em seu banho, na tarde anterior. Bem, na verdade eles não tinham estado
na cama o tempo todo. Ela tinha estado em cima da mesa, em seguida eles tinham estado
na pele, em seguida, ele a levou para a cama e fez amor com ela novamente, antes que
eles adormecessem. Eles haviam acordado várias vezes durante a noite, cada vez
buscando um ao outro novamente.
Na verdade, Edith não conseguia obter o suficiente dele. O prazer que ele lhe deu
era inebriante, e ela só queria mais e mais. Ela queria aprender mais também. Edith não
sabia que havia tantas posições e tantas coisas diferentes para fazer. E a cada nova
posição, sua confiança crescia e tornava-se mais ousada.
— Nós precisamos conversar primeiro, — Niels rosnou, mas seus dedos
continuavam a acariciá-la, e ele não a impediu de acariciá-lo.
— Morta.
Niels fez uma careta com esse anúncio de Rory, quando ele se endireitou depois de
examinar Effie, onde ela tinha caído. Ele tinha sido capaz de dizer isto ele próprio, sem
sequer tocar a mulher. — Todos seus ferimentos são da queda, não lhe parece?
— Sim, — disse Rory. — Eu não vejo quaisquer hematomas ou arranhões que
sugiram que ela foi ferida antes de cair da muralha.
— Você acha que ela nos ouviu nas escadas, pensou que estávamos chegando, e
pulou? — Perguntou Geordie.
— Esse seria o meu palpite, — Tormod disse severamente. — Ela deve ter sabido
que tínhamos encontrado seus venenos e o arco no quarto e que íamos atrás dela.
— Seu salto foi, provavelmente, um último esforço desesperado para matar nossa
Lady e acabar consigo mesma também.
Niels virou-se com o comentário azedo, para ver o cozinheiro se aproximando com
um grande cesto cheio de ervas recentemente colhidas.
Acenando com a cabeça para ele, Jaimie informou, — Ela quase pousou na cabeça
de Lady Edith, e certamente a teria matado, se Cameron não a tivesse empurrado e a
Moibeal, fora do caminho.— Soltando um suspiro, ele sacudiu a cabeça e olhou para
baixo para o corpo quebrado de Effie. — Ela deve ter ficado louca. Todos esses
assassinatos... e para quê? Sem dúvida, ela começou com a esperança de ver sua lady
administrando Drummond como a moça desejava, mas em vez disso ela a matou
também, com suas ações tolas. Ela provavelmente estava apenas tentando matar Lady
Edith, por despeito, quando ela soube que involuntariamente tinha matado sua Victoria.
— Sim, — Geordie e Tormod disseram, balançando a cabeça solenemente.
—Milaird.
Edith voltou com aquele murmúrio de Cameron, e sorriu com incerteza para o
marido, quando o viu se aproximando. Ela não podia dizer por seu rosto se ele estava
zangado com ela por sair para os jardins, ou não. Ela não podia ler nada de sua
expressão. Seus olhos estavam preocupados, a boca sorrindo, mas sua mandíbula
apertada com tensão. Era muito confusa.
— Eu acho que vou limpar o quarto de dormir, agora que os homens parecem ter
acabado lá em cima, — disse Moibeal, pulando por cima do banco para fazer a sua fuga.
Edith assentiu, mas a palavra covarde flutuou por sua cabeça quando a criada fugiu
e ela teve que forçar seu sorriso a se alargar, para o benefício do marido.
— Ronson e Laddie precisam de outro banho, — Niels anunciou abruptamente,
uma vez que ele a alcançou.
Edith olhou para ele fixamente. Essas eram as últimas palavras que ela esperava
ouvir sair da sua boca, enquanto ela observava sua abordagem.
— Ronson! — Niels chamou, e Edith seguiu seu olhar para o menino que estava
seguindo sua avó para sua cadeira. O rapaz lançou um olhar esperançoso em sua direção
com a chamada.
— Sim, milaird? — Ele perguntou, correndo em direção a eles, com Laddie em seus
calcanhares.
— Você e Laddie precisam de outro banho. Como diabos vocês ficaram tão sujos?
— Ele acrescentou com exasperação. — Você tem lama de suas canelas até o pescoço.
— Então? — Niels perguntou, enquanto ele conduziu seus irmãos para fora das
passagens e no quarto do lorde onde Tormod ficara esperando.
O velho balançou a cabeça solenemente. — Os homens procuraram por toda parte.
Ela não está nos jardins, no pátio ou na aldeia, e ninguém a viu desde que Moibeal a viu
escapar para o garderobe.
— Bem, ela não está nas passagens ou nos quartos, — Rory disse com uma careta.
— Onde mais ela poderia estar?
— Nós não procuramos no túnel, — Geordie apontou calmamente. — Nós olhamos
para baixo o caminho, mas não o seguimos até o fim. Você não acha que ela saiu dessa
forma e está tentando escapar?
—Escapar do quê? — Alick perguntou secamente. — Ninguém a viu desde pouco
depois de Niels e Edith saírem para o lago com Ronson. Nós não sabíamos, até que Niels
informou, que ela era realmente a tia de Edith e estava por trás dos assassinatos, então
não tinha do que escapar.
— Os túneis saem a meio caminho entre o castelo e o lago, — Niels murmurou,
preocupação começando a roê-lo.
—Sim, milaird, — disse Tormod com uma careta. — Você não está pensando que
Bessie usou os túneis para segui-los até o lago, está? Se assim for, então Lady Edith está
lá sozinha e ...
As palavras do velho morreram abruptamente, quando Niels girou nos calcanhares
e saiu correndo da sala. Ele tinha um mau pressentimento de que isso era exatamente o
que a velha estava fazendo. Ela provavelmente esperara para matar dois pássaros com
uma pedrada, ou ambos ele e Edith, de uma só vez... E ele deixara a esposa sozinha e
indefesa na floresta, com nada a não ser um menino e um cachorro para protegê-la.
Edith estava tão assustada com a estocada súbita de Bessie contra ela, que foi lenta
levantando a espada que segurava. Não muito lenta, graças a Deus, e Bessie parou,
abruptamente, quando a ponta afiada pressionou contra seu estômago.
Elas se olharam brevemente e, em seguida, Bessie recuou um passo, apenas o
suficiente para afastar a ponta para longe de sua pele. Ela então deu de ombros, como se
dissesse que tinha que tentar.
Edith apenas olhou para ela. Ela tinha certeza que, uma vez que a mulher sabia que
os outros estariam agora conscientes de sua perfídia e que tudo estava perdido, ela ia
parar de tentar matá-la. Não parecia, no entanto... e isso fez Edith imaginar se a mulher
era louca ou apenas estúpida.
Ou talvez Bessie tinha decidido que ela podia envenenar a última pessoa de
Drummond, colocar a culpa em outra pessoa e ainda reivindicar o título para ela, Edith
pensou de repente. Ela não tinha ideia. Mas o que quer que a mulher estivesse pensando,
era óbvio que Edith não podia baixar a guarda novamente. Bessie estava muito mais
próxima do que tinha estado, antes daquela estocada. Outro truque assim e Edith
poderia acabar morta.
— Você tem mais alguma dúvida? — Bessie perguntou, conciliatoriamente.
Edith estreitou os olhos, deu um passo cauteloso para trás, e depois outro. Uma vez
que ela estava a uma distância segura, ela perguntou: — Como Lord Adeney e sua
esposa se sentiram sobre seus cuidados agora serem problema deles?
— Eu não tenho nenhuma ideia de como Lady Adeney se sentia, mas ele estava
bem com isso, — ela assegurou-lhe, secamente. — Até onde lhe dizia respeito, tudo isso
era ótimo. Ele tinha uma esposa, e agora ele tinha a mim, a quem ele podia fazer o que
quisesse. Constatou-se que o que ele desejava era me despejar em uma casa na aldeia,
onde sua esposa não teria que olhar para mim, e mandar me buscar sempre que ele
sentisse a necessidade de fazer sexo duro.
— Naturalmente, eu fiquei grávida, — Bessie disse, em tom de conversa. — Mas
que na verdade acabou por ser uma coisa boa. Uma vez que eu fiquei grande, ele não
estava interessado em mim e eu tive um pouco de descanso de suas atenções ásperas.
— O bebê era Glynis? — Perguntou Edith.
— Não. Esse primeiro bebê não vingou e nasceu muito cedo. Ele veio antes e
morto. Isso aconteceu várias vezes, antes que Glynis nascesse. A semente de Adeney era
fraca. Por doze anos, ele me fez sexo duro, não me dando nada, além de semente fracas e
bebês que ou nasceram mortos ou morreram em meus braços, em seus primeiros
momentos.
— Até Glynis, — Edith murmurou.
— Onde diabos eles estão? — Niels murmurou, caminhando até a porta e abrindo-
a, para olhar pelo corredor. Ainda não havia sinal de Edith e Ronson.
Suspirando, ele fechou a porta e cruzou de volta para a cama, franzindo o cenho
quando viu Alick picar a agulha novamente em Bessie, ou Ealasaid. Ele não estava certo
do que chamá-la. Seu verdadeiro nome era Ealasaid, mas Edith se recusava a chamá-la
assim e se referia a ela apenas como Bessie. Suspeitava que parte da razão era porque ela
não queria escorregar e confundir Ronson, mas suspeitava também que ela queria negar
que a mulher tivesse qualquer ligação com ela.
— Alick, pelo amor de St. Peter, pare de cutucar a mulher com a condenada agulha.
Você ouviu Rory. Ela está morta, — Niels rosnou, quando o rapaz cutucou dentro do
corpo esticado de Bessie novamente.
— Como podemos ter certeza? — Alick perguntou teimosamente. — Você ouviu
Edith. Mesmo depois de saber que vocês estavam de volta aqui, nos dizendo que ela era
a culpada, ela investiu contra ela com a faca.
— Sim, mas...
— E ela era grande conhecedora de ervas, — Alick continuou severamente. — E se
o que ela tomou foi algo só para fazê-la parecer estar morta e ela está realmente viva e
dormindo? Talvez ela está apenas nos esperando baixar nossa guarda e sair do quarto,
para que ela possa se levantar, usar as passagens para ir abaixo e envenenar o poço para
que todos em Drummond morram e ela possa reivindicá-lo para ela própria.
Niels hesitou, e então olhou para Geordie, não de todo tranquilizado quando viu a
mesma incerteza repentina nos olhos de seu irmão, que ele sabia que estava em seus
próprios.
Xingando baixinho, Geordie puxou seu punhal, atravessou rapidamente até a cama
e mergulhou-o firmemente no corpo de Bessie, onde seria seu coração. Se ela realmente
tinha um, Niels pensou severamente. Era difícil dizer a partir de suas ações.
— Não, — Geordie disse com satisfação. — Se ela não estava antes, ela está
definitivamente morta agora.
— Sim, — Niels murmurou, e depois se abaixou rapidamente para puxar os lençóis
para cobrir a faca no corpo de Bessie, quando a porta se abriu atrás deles.
— Aqui estamos, Ronson. Você apenas vai dizer seu adeus a sua avó agora e, em
seguida, Geordie e Alick vão sentar-se com o corpo até o enterro.
Franzindo a testa, Niels virou-se a esses comentários na voz de seu irmão Rory e
perguntou: — Onde está Edith? Eu pensei que ela estava trazendo Ronson.
Fim