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Mapeamento dos Arranjos Produtivos Locais no Estado do Tocantins

Research · January 2018


DOI: 10.13140/RG.2.2.30052.42884

CITATIONS

3 authors:

Thiago José Arruda de Oliveira Waldecy Rodrigues


Universidade Federal de Tocantins Universidade Federal de Tocantins
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N. S. Santos
Universidade Federal do Tocantins
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UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS – UFT
CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE PALMAS
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DESENVOLVIMENTO
REGIONAL – PGDR
INSTITUTO DE DESENVOLVIMENTO TERRITORIAL DO
CENTRO NORTE BRASILEIRO – IDT CENTRO NORTE

MAPEAMENTO DOS ARRANJOS PRODUTIVOS LOCAIS NO


ESTADO DO TOCANTINS

PALMAS-TO
2018
EQUIPE TÉCNICA

Dr. Waldecy Rodrigues


Professor Associado do Programa de Pós Graduação em Desenvolvimento Regional da
Universidade Federal do Tocantins.

Dr. Thiago José Arruda de Oliveira


Pesquisador bolsista da CAPES, nível pós-doutorado, do Programa de Pós Graduação em
Desenvolvimento Regional da Universidade Federal do Tocantins.

Msc. Nayara Silva dos Santos


Pesquisadora bolsista da CAPES, nível doutorado, do Programa de Pós Graduação em
Desenvolvimento Regional da Universidade Federal do Tocantins.

Contato: www.idtcentronorte.com.br
Sumário

1. O que são APLs ....................................................................................................................... 4

2. Identificando APLs ................................................................................................................. 6

3. Objetivos e justificativas do trabalho .................................................................................... 8

4. Procedimentos metodológicos ................................................................................................ 9

5. Resultados e discussões ......................................................................................................... 10

6. Conclusão e recomendações ................................................................................................. 28

7. Bibliografias consultadas ...................................................................................................... 28

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1. O que são APLs

Os Arranjos Produtivos Locais - APLs - são sistemas de aglomerações produtivas


que possuem coesão com o território inserido. Remete-se ao conceito de clusters e
distritos industriais, formações criadas nos países desenvolvidos. Nesse contexto,
destaca-se o no norte italiano, local onde as pequenas e médias empresas adquiriram
eficiência e competitividade através da cooperação e inovação, componentes que
serviram de base para Robert Putnam disseminar o conceito de Capital Social.
No entanto, a natureza da APL é particularmente brasileira, isto é, incorpora as
especificidades sociais e econômicas do País. De fato, a especificidade regional é o
principal fator para que os agentes elaborem produtos únicos e genuínos, de complexa
replicação em outras partes do mundo. Essa exclusividade permite o surgimento de
Sistemas Produtivos e Inovativos Locais – SPILs, que são Arranjos Produtivos Locais
que promovem interações, cooperações e aprendizagens com o intuito de alavancar a
competitividade e o desenvolvimento local.
Nesse sentido, embora tenha conexões com o mercado internacional, a APL
encontra-se intrinsicamente territorializada, seja em nível municipal ou microrregional,
pois depende dos conhecimentos adquiridos pelos seus residentes. Além disso, a sua
consolidação sujeita-se ao grau de aproximação entre os produtores, ou seja, relaciona-se
com a capacidade de eles trocarem informações conjuntamente e continuamente como
forma de impulsionar o crescimento de suas atividades. Tais interações torna-se vital para
que as pequenas e médias empresas aglomeradas prosperem em um mundo
vigorosamente globalizado.
Desse modo, as APLs têm como principal foco a cooperação, seja na obtenção de
economias de escalas, e escopo no aumento da produtividade, na minimização dos custos
de produção ou na dinamização do potencial inovador local. Para tanto, torna-se
necessário que os agentes acumulem habilidades e as aperfeiçoem com o passar das
gerações. Uma das formas de expandir o nível de conhecimento interno consiste em
adquirir máquinas e equipamentos modernos, trabalhadores especializados e realizar
experimentos contínuos para que se aprendam com os próprios erros, um procedimento
conhecido como learning-by-doing.
Outra característica da APL relaciona-se com a sua capacidade de governança, ou
melhor, de coordenar diferentes agentes - públicos, privados e científicos - ao longo do
4
processo produtivo. Existe uma variedade de empresas e pessoas envolvidas nesse
transcurso, e por isso, a criação de mecanismos que reúnam tais entes torna-se
fundamental no desenvolvimento dos Arranjos Produtivos Locais. O acesso a uma
infraestrutura de transportes, como portos, aeroportos, rodovias e ferrovias, favorece o
contato desses participantes.
Desse modo, as APLs baseiam-se na multiplicidade de relações horizontais e
verticais e pelo restrito nível de hierarquização interna. O fator que os tornam singulares
refere-se às competências locais sobressaírem quanto a qualificação formal. Nesse ponto,
caso necessitem de especialistas, formam-se parcerias com terceiros a fim de suprir a
carência em determinadas fases da produção. A entrada desses trabalhadores aumenta o
nível de competitividade das pequenas e médias empresas inseridas na localidade,
observe:

Figura 1. As componentes que desenvolvem os Arranjos Produtivos Locais

Extraído em: Borin (2006).

De acordo com a Figura 1, é dentro do território que ocorrem as interações


promovidas pelos APLs. Contudo, sem uma coordenação efetiva - governança -
desestimula-se a cooperação, a aprendizagem, a inovação e a competitividade das
pequenas e médias empresas aglomeradas na região. Sem essas articulações, as vantagens
competitivas do Arranjo são enfraquecidas, minimizando as chances de permanecerem
atuantes no cenário global.

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2. Identificando APLs

Os Arranjos Produtivos Locais surgem a partir de um fato, geralmente no contexto


de crises econômicas que ocorreram em regiões onde os seus moradores, sem opção de
emprego, uniram-se para implementar uma produção alternativa1. Desse modo, torna-se
essencial identificar os casos de sucesso por meio do mapeamento. A partir disso,
implementam-se políticas públicas direcionadas para o seu fortalecimento e realizam
outras ações como:

• A criação de um ambiente de aprendizagem e inovação em nível estadual;


• A identificação das dinâmicas econômicas regionais presentes no estado;

A pesquisa de campo constitui um procedimento suficiente para detectar a


existência de Arranjos Produtivos Locais. Por outro lado, dependendo do tamanho da área
de estudo, inviabiliza-se o deslocamento até os territórios onde existem aglomerações de
pequenas e médias empresas. Assim, empregam-se indicadores regionais como forma de
empreender uma análise prévia. Nesse caso, o Quociente Locacional - QL - proporciona
informações substanciais no que tange à localização geográfica das produções. Pesquisas
como a de Piffer (2012) e a de Oliveira; Piffer (2017) comprovam a sua efetividade.
Em compensação, dependendo das circunstâncias, o valor do QL torna-se elevado
nas áreas sem uma concentração mínima de empresas e trabalhadores. Além disso, existe
a dificuldade de encontrar especializações nas localidades com base econômica
diversificada. Desse modo, adota-se critérios de limites mínimos e máximos a fim de
corrigir as distorções do Quociente Locacional.
Ilustra-se a localização dos Arranjos Produtivos Locacionais por meio da mapas
coropléticos. No mercado, tem-se uma variedade de programas computacionais que
permitem a sua visualização na escala estadual, macrorregional, microrregional e
municipal, sendo o QGis e o Terraview, por serem gratuitos, os programas usualmente
utilizados nas pesquisas acadêmicas. Aperfeiçoa-se a análise agregando outras
representações geográficas como rios, lagos, rodovias, ferrovias, hidrovias. Por último,
as APLs são classificadas de acordo com as seguintes denominações:

1
Como no caso das pequenas indústrias de confecção da região de Nova Friburgo-RJ, situação analisada
por Borin (2006).

6
Quadro 1. Classificação dos Arranjos Produtivos Locais
Relacionamento Tipo de Instituições
Classificação
entre empresas cooperação locais

Arranjo Geográfico
Ocasional Rara Fraca atuação
(casual) de Empresas

Distritos Industriais Integradas e


Constante Intensa
Marshallianos (italianos) desenvolvidas

Direcionada para
Redes de Empreendimento uma empresa ou Eventual Diversificada
organização líder
Fonte: Borin (2006). Elaborado pelos autores.

Segundo o Quadro 1, entre as três modalidades, as Redes de Empreendimento são


as que demonstram maior potencial para receber políticas que buscam o desenvolvimento
da região. Nessa classificação, há três subdivisões: Centro-Radial, Líderes Seguidores e
Plataforma-Satélites. No caso dos Distritos Industriais Marshallianos, são APLs que
alcançaram o nível de excelência em relação à integração das suas pequenas e médias
empresas no mercado internacional.
Sobre o Arranjo Geográfico (casual) de Empresas, são aglomerações produtivas
que estão no estágio inicial de desenvolvimento das suas governanças. Assim, os seus
empreendedores atuam de forma limitada, sem perspectivas de auferirem grandes somas
de rendimento no médio e longo prazo, devendo-se em parte a sua dificuldade em acessar
ou criar inovações tecnológicas. Desse modo, compartilham o mesmo espaço devido à
facilidade de adquirirem matérias-primas direto da fonte, ou possuem motivações que
extrapolam a razão econômica.
Mapeados e classificados os APLs existentes em um determinado espaço
geográfico, alcança-se a etapa final do seu processo de identificação, que é o
reconhecimento dos agentes externos que se relacionam com os aglomerados. Para tanto,
realizam-se eventos e feiras com o intuito de compreender a importância dessas pequenas
e médias empresas no cenário regional e nacional. Nessas reuniões, parceiros,
concorrentes, e demais interessados aprofundam os seus interesses sobre o território,
assim como os gestores públicos, que formularão ações para viabilizar novos canais de
comercialização e projetos de marketing nos Arranjos.

7
3. Objetivos e justificativas do trabalho

O principal objetivo do trabalho consiste em mapear os Arranjos Produtivos


Locais presentes no estado do Tocantins. Trata-se de uma Unidade da Federação onde
inexiste alguma APL identificada dentro dos seus domínios. A Figura 1 expõe essa
situação:

Figura 1. Microrregiões brasileiras com presença de APLs

Constata-se que além do Tocantins, Rondônia, Roraima e Amapá estão sem


trabalhos que mostram a localização geográfica dos seus APLs. Todos esses estados
situam-se no Norte do País, área que tem como principal característica a baixa
concentração de fatores produtivos. Por outro lado, existem nessa região Arranjos
Produtivos Locais priorizados e identificados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento
Econômico e Social - BNDES -, especialmente no Acre, Amazonas e Pará.

8
Ademais, ressalta-se a importância de realizar o mapeamento de APLs no
Tocantins em vista do aumento na quantidade de empresas com menos de quatro
trabalhadores no estado, observe:

Gráfico 1. Quantidade empresas com menos de quatro trabalhadores no estado do


Tocantins – 2006/2016.
25000

20000

15000

10000

5000

0
2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
Fonte: RAIS. Elaborado pelos autores.

Nota-se no Gráfico 1 que em 2006 registram-se cerca de 12 mil estabelecimentos


com até quatro empregados no Tocantins. Com os passar do tempo, esse número cresceu,
alcançando quase 20 mil em 2016. Por outro lado, a tendência de expansão arrefeceu-se
em período recente devido às crises econômicas e políticas que assolaram o País a partir
de 2013.
Embora os dados e informações sobre o mercado de trabalho no Tocantins sejam
acessíveis, inexiste estudo que mostre se as empresas pequenas se encontram aglomeradas
em determinadas regiões do estado. Por isso, ressalta-se o merecimento em mapear os
possíveis Arranjos Produtivos Locais presentes no espaço tocantinense.

4. Procedimentos metodológicos

O período de análise corresponde ao intervalo de 2002 a 2014. Estima-se a


concentração de unidades produtivas nos municípios tocantinenses através do Quociente

9
Locacional. A vantagem desse indicador consiste na simplicidade do seu cálculo,
observe:

QL = (POij / POit) ÷ (POtj / POtt) (1)

Em que:

POij = Pessoas ocupadas no município do TO i na atividade j;


POit = Pessoas ocupadas no município do TO i em todas as atividades;
POtj = Pessoas ocupadas no Brasil na atividade j;
POtt = Pessoas ocupadas no Brasil em todas as atividades.

Se o resultado apresentar valor entre 0,3 e 0,5, afirma-se que o município tem
poucas condições em desenvolver uma APL. Acima de 0,5 e abaixo de 0,8 demonstra que
esse local possui média vocação, e se o QL for além de 0,8, indica a existência de um
potencial Arranjo Produtivo Local.
A classificação parte do princípio de que se as pequenas e médias empresas
produzem grandes quantidade de bens, torna-se uma necessidade a contratação de mais
trabalhadores. Nesse sentido, valida-se a utilização do Quociente Locacional como forma
de mensurar os níveis de especializações dos municípios tocantinenses (NESSE, 2014).
A principal fonte de dados é a Relação Anual de Informações Sociais (RAIS),
vinculado ao Ministério do Trabalho e Emprego, que disponibiliza dados sobre o mercado
de trabalho por ramo de atividade em todos os municípios do Brasil. Além disso,
emprega-se o freeware QGis, desenvolvido pela Open Source Geospatial Foundation,
para criar mapas coropléticos que demonstrem a localização geográfica dos prováveis
APLs. No primeiro momento, realiza-se uma análise comparativa entre o Tocantins e o
Brasil com o objetivo de detectar quais as atividades competitivas que esse estado possui
sobre o restante do País. Posteriormente, mapeia-se os Arranjos Produtivos Locais no
espaço tocantinense.

5. Resultados e discussões

O estado do Tocantins possui ampla vantagem comparativa na agropecuária,


construção civil e Serviços Industriais de Utilidade Pública (SIUP) em todo o período de

10
análise. A partir de 2012, os serviços tocantinenses aumentaram a sua competitividade no
cenário nacional. De igual modo, o transporte e armazenagem demonstram uma tendência
de crescimento, observe:

Gráfico 2. Vantagens comparativas da economia do Tocantins sobre o Brasil – 2002/2013


(1 = média nacional).

Fonte: resultados da pesquisa. Elaborado pelos autores.

Por outro lado, o Gráfico 2 expõe que o Tocantins tem baixa vantagem
comparativa nas atividades industriais. Essa situação demonstra que a economia estadual
possui limitada capacidade de agregar valor, isto é, de utilizar a sua produção agrícola na
fabricação de novos bens. Desse modo, restringe-se a possibilidade de ter Arranjos
Produtivos Locais consolidados em alguns dos seus municípios.
Aprofunda-se o conhecimento sobre as cadeias produtivas no estado analisando o
seu setor secundário, observe:

11
Gráfico 3. Vantagens comparativas do setor industrial tocantinense – 2002/2013 (1 =
média nacional).

Fonte: resultados da pesquisa. Elaborado pelos autores.

Segundo o Gráfico 3, o Tocantins possui imensa vantagem comparativa nas


atividades que beneficiam e fabricam produtos provenientes do arroz. Em seguida, o
processamento de carnes e seus derivados tornam-se um importante ramo na base
econômica tocantinense. Trata-se de produções rurais consolidadas no estado por
décadas, e, no caso da criação de boi, por séculos. Por isso, a tendência é que se formem
Arranjos Produtivos Locais a partir desses segmentos.
A produção de minérios não-metálicos adquiriu competitividade em solo
tocantinense nos últimos anos, assim como a madeira e o mobiliário. A construção civil
arrefeceu o seu desempenho a partir de 2012. Sobre os demais, principalmente os ramos

12
dinâmicos, inexiste qualquer evidência que indique elevação de suas vantagens
comparativas no Tocantins.
Neste contexto, concentra-se a análise nas atividades agropecuárias e do
extrativismo mineral não-metálico presentes nos municípios tocantinenses. São
produções com potencial de formar Arranjos Produtivos Locais, observe:

Gráfico 4. Vantagens comparativas dos APLs competitivos no estado do Tocantins –


2002/2013 (1 = média nacional).

Fonte: resultados da pesquisa. Elaborado pelos autores.

O Gráfico 4 demonstra que o abacaxi, o arroz, o babaçu e os biocombustíveis


produzidos no Tocantins possuem competitividade. A fabricação de cerâmicas e a

13
extração de pedras ornamentais e cimento aumentou o seu nível de competitividade. Entre
essas atividades, somente o mel tem baixo potencial.
Diante dos resultados apresentados, mapeia-se os possíveis APLs presentes no
Tocantins. O Quociente Locacional demonstrou que os municípios de Araguaína, Guaraí,
norte do estado, e Paraíso, região central, possuem alta vocação na construção de Arranjos
Produtivos Locais na produção de artefatos provenientes do cimento, observe:

Figura 2. Possíveis APLs identificados no Tocantins – artefatos do cimento

Fonte: resultados da pesquisa. Elaborado pelos autores.

A Figura 2 ainda mostra que Palmas, Gurupi e Porto Nacional têm a possibilidade
de desenvolver uma APL de produtos feitos com cimento, assim como Araguaína e
Guaraí. Como essas localidades são as maiores em termos populacionais no estado, esse
Arranjo Produtivo Local se firma em aglomerados urbanos, uma vez que a sua produção
geralmente se direciona para a construção civil. Diferente do que se constata na cerâmica
tradicional, cujas empresas localizam-se próxima da matéria-prima. Nesse sentido, tais
prováveis APLs difunde-se no espaço tocantinense, observe:

14
Figura 3. Possíveis APLs identificados no Tocantins – cerâmica tradicional

Fonte: resultados da pesquisa. Elaborado pelos autores.

A Figura 3 expõe que São Sebastião-TO, Bandeirantes-TO, Cristalândia e Novo


Jardim têm alta vocação em estabelecer um APL no ramo de cerâmica tradicional. Em
segundo plano, Filadélfia, Divinópolis-TO, Natividade, Dueré e Silvanópolis dispõem de
certa capacidade de criar um Arranjo Produtivo Local nesse segmento. Por fim, os
municípios de pouca aptidão situam-se na vizinhança daqueles que apresentaram elevada
disposição.
Sobre a cadeia do abacaxi no Tocantins, Miracema e Miranorte são os únicos com
condições de alavancar uma APL no estado. O primeiro município atingiu o seu auge de
produção no ano de 2010 quando plantou 1.000 hectares dessa fruta. Sobre o segundo, a
sua área alcançou 4.000 hectares nos anos de 2008, 2009 e 2010. Em 2014, essas duas
localidades representavam 30% da produção estadual, e auferiram ganhos na ordem de
R$ 7 milhões (IBGE, 2018). A Figura 4 mostra as suas posições geográficas:

15
Figura 4. Possíveis APLs identificados no Tocantins – abacaxi

Fonte: resultados da pesquisa. Elaborado pelos autores.

Observa-se que Miracema e Miranorte situam-se no centro do estado, próximo de


Palmas, onde também se encontra o município de Paraíso-TO, que possui vocação para
formar APL vinculado à cadeia do frango. Nessa produção, o Tocantins obteve saltos
positivos em período recente na medida que abatedouros de aves aportavam no norte do
estado. Tanto que, o Bico do Papagaio e Araguaína, juntos, detém 76% da quantidade de
galináceos presentes no espaço tocantinense (IBGE, 2018), observe:

Gráfico 5. Percentual de galináceos presentes no Tocantins por microrregião - 2014


Bico do Papagaio 2%3%
4%
Araguaína 4%
5%
Miracema
6%
Rio Formoso
Gurupi
12%
Porto Nacional 64%

Jalapão
Dianópolis
Fonte: IBGE (2018). Elaborado pelos autores

16
O Gráfico 5 demonstra que a criação de galináceos no Tocantins encontra-se
espacialmente concentrada no norte do estado. Nesse contexto, e o município de
Babaçulândia, vizinho de Araguaína, possui uma maior aptidão de estabelecer uma APL
de frango. Nas proximidades, Tocantinópolis e Aguiarnópolis têm baixa vocação nesse
ramo produtivo. A Figura 5 demonstra as suas localizações geográficas, observe:

Figura 5. Possíveis APLs identificados no Tocantins – frango

Fonte: resultados da pesquisa. Elaborado pelos autores.

Constata-se na Figura 5 que Araguaína, o segundo maior município populacional


do Tocantins, tem aptidão na produção de frangos. Além disso, dispõe de vocação na
fabricação de lácteos, bem como os municípios de Buriti-TO, Araguatins, Santa Fé do
Araguaia, Arapoema, Colinas, no norte tocantinense, Paraíso e Porto Nacional, na parte
central do estado.
Entretanto, sobressaem-se nesse contexto Augustinópolis, Itaporã-TO, Colmeia,
Bernardo Sayão e Goianorte. Essas cinco localidades correspondem a 8% da produção de
leite no estado (IBGE, 2018), e aglomeram-se próximo de Guaraí, no centro-norte do
Tocantins, observe a Figura 6:

17
Figura 6. Possíveis APLs identificados no Tocantins – lácteos

Fonte: resultados da pesquisa. Elaborado pelos autores.

Outrossim, o Bico do Papagaio e a microrregião de Araguaína detém requisitos


para alavancar APLs destinados à produção de madeira e fabricação de móveis. Isso
relaciona-se com a presença de eucaliptos em seus domínios, plantados para abastecer
empresas como a Suzano Papel & Celulose, em operação desde de 2013 no município de
Imperatriz-MA, divisa com o extremo norte tocantinense. Assim, a silvicultura difundiu-
se em tais regiões, observe:

Gráfico 6. Percentual de área (hec.) com silvicultura no Tocantins por microrregião - 2014
2% 1%
Bico do Papagaio 5%
Gurupi 5%
27%
Araguaína
14%
Jalapão
Rio Formoso
Dianópolis
19%
Miracema 27%
Porto Nacional
Fonte: IBGE (2018). Elaborado pelos autores

18
Denota-se no Gráfico 5 que Araguaína e Bico do Papagaio respondem por quase
a metade da área plantada com eucaliptos no Tocantins. Além dessas microrregiões, a de
Gurupi possui bastante representatividade nessa produção (27%). Desse modo, Dueré, e
Cariri-TO, localizados perto do município de Gurupi, têm a capacidade de firmar APLs
desse segmento, observe a Figura 7:

Figura 7. Possíveis APLs identificados no Tocantins – madeiras e móveis

Fonte: resultados da pesquisa. Elaborado pelos autores.

Constata-se, no norte do estado, que Pau D´arco tem alta vocação em consolidar
APLs de madeiras e fabricação de móveis, enquanto que Araguaína e Ananás apresentam
média aptidão. A única representante do sudeste tocantinense, Dianópolis, possui
tendência relativa. No que se refere à área central, precisamente nos municípios de
Paraíso, Porto Nacional e Palmas, existe uma baixa possibilidade de fixar Arranjos
Produtivos Locais baseados em tais atividades.
Persistindo na região centro e sul do Tocantins, a alta produção de arroz em
Lagoa da Confusão, responsável por 1/5 de todo o estado no ano de 2014 (IBGE, 2018),
torna-o um local bastante promissor no que diz respeito à instalação de APLs centrados
na rizicultura. De igual modo, Paraíso possui condições parecidas, ao passo que a vizinha
Porto Nacional tem média possibilidade. Nessa mesma situação, detecta-se Alvorada,

19
Peixe e Araguatins (Bico do Papagaio). A Figura 8 mapeia esses resultados levantados
pelos QL:

Figura 8. Possíveis APLs identificados no Tocantins – arroz

Fonte: resultados da pesquisa. Elaborado pelos autores.

Observa-se que no sul do estado há municípios com baixa vocação que são
Formoso do Araguaia, Alvorada e Gurupi. Integra-se a esse grupo, Palmas e Barrolândia,
faixa central, Guaraí e Araguaína, no norte tocantinense. Em geral, percebe-se que a
cadeia do arroz se encontra difusa no Tocantins, devendo-se em parte ao projeto de
irrigação Rio Formoso, que possibilitou o incremento da rizicultura especialmente na
região sudoeste.
Diferente do APL do bicombustível, que apresenta um cenário de concentração
espacial. Segundo o Quociente Locacional, apenas Porto Nacional e Paraíso exibem
condições para ter aglomerados de empresas vinculadas a esse ramo produtivo. Apesar
disso, o Tocantins dispõe de unidades recém-instaladas como a Bunge em Pedro Afonso,
que aumentaria a capacidade de fabricação de fontes energéticas renováveis. Contudo,
esse potencial ainda está sem previsão de entrar em processo de efetivação. Assim,
somente foram identificados os prováveis Arranjos Produtivos Locais na parte central do
estado, observe a Figura 9:

20
Figura 9. Possíveis APLs identificados no Tocantins – biocombustível

Fonte: resultados da pesquisa. Elaborado pelos autores.

Uma das razões para que existam restritos APLs de bicombustível no estado deve-
se aos elevados custos de produção. Além do mais, essa atividade traz pressão sobre a
fauna e a flora nativa e às pequenas comunidades, especialmente quando a produção
atende às usinas de etanol. De modo similar, a extração de minerais não-metálicos
impacta diretamente no meio ambiente. Por isso, a fabricação de pedras ornamentais,
necessária para a construção civil e na decoração de casas, jardins e monumentos, enfrenta
intensas discussões no que diz respeito a sua capacidade de promover o desenvolvimento
regional.
No entanto, detectam-se APLs de baixa vocação em Palmas, Araguaína e Gurupi,
os 3 maiores municípios populacionais do Tocantins, e de alta aptidão em Formoso do
Araguaia, sudoeste do estado. Nessa localidade, há uma forte presença de empresas
mineradoras, embora a maioria das minas de garimpo encontram-se abandonadas
(TOCANTINS, 2016).
Em compensação, a atividade tem condições de se expandir no estado,
principalmente nas microrregiões de Araguaína, Rio Formoso, Dianópolis e Gurupi. No
momento, inexiste um cluster de municípios associados à extração de pedras ornamentais,
observe:

21
Figura 10. Possíveis APLs identificados no Tocantins – pedras ornamentais

Fonte: resultados da pesquisa. Elaborado pelos autores.

A Figura 10 demonstra que além da alta produção agrícola, o sudoeste


tocantinense destaca-se na mineração. Outra atividade que adquiriu importância nos
últimos anos na região é a pesca/aquicultura. A vinda de uma unidade da Empresa
Brasileira de Pesquisas Agropecuária (EMBRAPA) para Palmas incentivou a atividade
no Tocantins e no Brasil. Dentre as espécies comercializadas, o tambaqui e suas variantes
é a mais produzida no ano de 2014 no Tocantins (IBGE, 2018), observe:

Gráfico 6. Percentual de espécies de peixe produzidas no Tocantins - 2014

7% 12%
Tambacu Tambaqui 7%

16%
Pintado Pacu

11% 47%
Piau Outros

Fonte: IBGE (2018). Elaborado pelos autores

22
O Gráfico 6 expõe que o pacu e o tambacu representam juntas 28% do total criado
ou pescado no Tocantins. Todavia, em Almas, o único município que apresentou alta
vocação de APL nesse segmento, o tambaqui é o “carro-chefe”, cuja produção alcançou
os 3,8 milhões de unidades (IBGE, 2018). Entorno dele, Dianópolis e Taipas possuem
restrita aptidão, observe:

Figura 11. Possíveis APLs identificados no Tocantins – pesca e aquicultura

Fonte: resultados da pesquisa. Elaborado pelos autores.

A Figura 11 expõe que os municípios de Brejinho de Nazaré, Crixás-TO e


Aliança-TO possuem limitada vocação em APLs da pesca e aquicultura. Recentemente,
a Secretaria Estadual da Agricultura e Pecuária junto com a Secretaria Estadual de
Desenvolvimento Econômico efetivaram uma parceria com o intuito de aumentar a
produção de peixes no estado. Nos próximos anos, talvez surjam novos Arranjos
Produtivos Locais dessa cadeia no Tocantins.
Em compensação, a APL do mel difunde-se em quase todas as microrregiões
tocantinenses2. Ao todo, são 25 municípios que têm perfil vocacional para essa produção,
com destaque para as cercanias de Palmas, Gurupi e Araguaína, observe:

2
Dianópolis e Jalapão são as únicas que estão na margem dessa atividade.

23
Figura 12. Possíveis APLs identificados no Tocantins – mel

Fonte: resultados da pesquisa. Elaborado pelos autores.

A Figura 12 evidencia que Nazaré, Nova Olinda, faixa norte, Barrolândia, área
central, Crixás-TO e Jaú-TO, região sul, adquiriram alta capacidade de consolidar APLs
relacionadas à produção de mel. Figueirópolis e Santa Maria-TO possuem média
vocação, enquanto que outros 16 municípios, entres esses destacam-se Palmas,
Araguaína, Gurupi, Porto Nacional e Formoso do Araguaia, têm potencial limitado.
Uma importante atividade extrativista no Tocantins, a retirada do coco babaçu nas
matas nativas, concentra-se na microrregião do Bico do Papagaio. No ano de 2014,
apanharam-se 214 toneladas dessa amêndoa (IBGE, 2014), sendo a única parte do estado
onde se tem associações de mulheres que desenvolvem essa atividade. A produção tem
como destino a TOBASA S.A., sediada em Tocantinópolis, extremo norte, utilizando-o
para a fabricação de carvão ativado. Dessa maneira, esse município apossui lata vocação
em consolidar Arranjos Produtivos Locais nesse segmento, observe:

24
Figura 13. Possíveis APLs identificados no Tocantins – babaçu

Fonte: resultados da pesquisa. Elaborado pelos autores.

Além de processar o babaçu, Tocantinópolis, exposto na Figura 13, é responsável


por quase 93% da produção do estado (IBGE, 2018). Nesse sentido, qualquer perturbação
no meio ambiente coloca em perigo o sustento das quebradeiras de coco. Isso ocorre
constantemente no estado, devendo-se em parte ao avanço da agropecuária sobre as
florestas nativas. Diante disso, pairam dúvidas acerca da criação de futuras APLs dessa
amêndoa em solo tocantinense.
A extração do capim-dourado é outra atividade frequentemente ameaçada no
Tocantins. A sua produção centraliza-se na microrregião do Jalapão, e similar ao coco
babaçu, são as mulheres que retiram as fibras na mata nativa. Imediatamente,
confeccionam peças, como chapéus, cestos, vasos, mandalas, bandejas, biojoias e
abajures. Em nenhum outro lugar do Brasil se faz esse tipo de artesanato, e assim,
transfigura-se um ramo irreplicável.
Neste contexto, de acordo com o QL, Ponte Alta-TO é o município que tem alta
vocação em estabelecer APLs do capim dourado. A vizinha Mateiros possui média
condição, observe a Figura 14:

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Figura 14. Possíveis APLs identificados no Tocantins – capim dourado

Fonte: resultados da pesquisa. Elaborado pelos autores.

Constata-se que outros municípios próximos de Ponte Alta-TO, Novo Acordo e


São Félix-TO, possuem chance de firmar APLs do capim dourado. Sobre essa última
localidade citada, situa-se a comunidade Mumbuca, um território quilombola que
preserva o artesanato do capim dourado. Para acessar o povoado, realiza-se a viagem por
vias sem asfalto, transitável somente para os veículos tracionados em períodos de chuva
intensa.
Além dos trabalhos manuais com a gramínea, o ecoturismo e o turismo de
aventura adquiriram pujança no Jalapão. O município de Mateiros concentra os atrativos
com as maiores taxas de visitação, em seguida, São Félix-TO. Contudo, Ponte Alta-TO,
ao possuir uma melhor infraestrutura, torna-se a cidade-base para os turistas que visitam
as dunas, cachoeiras, mirantes, corredeiras e fervedouros presentes na região
(TOCANTINS, 2016).
Embora o Jalapão tenha bastante visibilidade na mídia, o turismo teve impactos
restritos na formação de APLs vinculados a essa atividade. Nos últimos anos, o governo
estadual realizou estudos, planos e parcerias para a sua consolidação. Se obtiver êxito em
um horizonte próximo, afetará positivamente a cadeia produtiva do capim dourado, desde
que as políticas de incentivos se direcionem para a sustentabilidade.

26
Em vista dos resultados apresentados, mapeia-se os possíveis APLs existentes nos
municípios tocantinenses, observe:

Figura 15. Possíveis APLs identificados no Tocantins – geral

Fonte: resultados da pesquisa. Elaborado pelos autores.

A Figura 15 mostra que ao norte da microrregião do Jalapão, no extremo sudeste


do estado, na região do Vale do Araguaia margeando o Pará, e nas proximidades de
Imperatriz, no Bico do Papagaio, inexistem Arranjos Produtivos Locais potenciais. As
razões para a formação desse cenário relacionam-se com a ausência de uma infraestrutura
adequada, diminuta vontade das lideranças políticas regionais em apoiar as produções
locais e os conflitos sociais e ambientais. Essas áreas merecem uma atenção especial por
parte dos governantes no sentido de criar condições para que surjam novas atividades.
Por outro lado, constata-se que ao redor de Palmas, Gurupi e Araguaína há a
formação de clusters produtivos. Isso demonstra a importância das maiores cidades
tocantinenses em proporcionar apoio para que os municípios menores tenham chances de
dinamizar as suas bases econômicas. Nesse contexto, esses polos regionais possuem vital
importância na consolidação de APLs no estado do Tocantins.

27
6. Conclusão e recomendações

O relatório mapeou os prováveis Arranjos Produtivos Locais presentes no estado


do Tocantins. O próximo movimento consiste em uma pesquisa de campo para validar e
classificar esses APLs. Caso tais aglomerações tenham fortes vínculos com o território,
realizem trabalhos de cooperação e criem produtos genuínos de laboriosa replicação em
outras partes do País e do mundo, configura-se assim uma autêntica Rede de
Empreendimento. Em seguida, efetuam-se diagnósticos a fim de alavancar os seus níveis
de competitividade, assim como atender as suas necessidades tecnológicas. Como os
recursos financeiros públicos encontram-se limitados, priorizam-se aqueles que têm
potencial em gerar ganhos no médio prazo.
Realizadas as etapas sugeridas, torna-se fundamental o monitoramento das ações
executadas pelas instituições responsáveis por desenvolverem os Arranjos Produtivos
Locais no Tocantins. Para tanto, empregam-se indicadores de desempenho com o
propósito de acompanhar a evolução produtiva dos APLs. Diante disso, tem-se uma
ferramenta de informações com capacidade de avisar aos gestores a ocorrência de
problemas pontuais e falhas de projeto que ameaçam os ganhos das pequenas e médias
empresas aglomeradas no território.
Por fim, é essencial que os Arranjos Produtivos Locais se transfigurem em
políticas de Estado. Trata-se de uma iniciativa que gera ganhos diretos e indiretos, tanto
para o setor público quanto para as empresas privadas, postos de trabalhos e minimiza a
dependência sobre a produção de grãos e carne bovina. Se o Tocantins conseguir a
diversificação da sua base econômica através das atividades inovadoras citadas nesta
pesquisa, alcançará um alto nível de desenvolvimento produtivo que atrairá, com o tempo,
novas capacidades tecnológicas.

7. Bibliografias consultadas

BNDES. Análise do mapeamento e das políticas para APLs no Brasil. Disponível em:
<https://www.bndes.gov.br/wps/portal/site/home/conhecimento/pesquisaedados/estudos
/bndes-fep/pesquisa_cientifica/analise-do-mapeamento-e-das-politicas-para-apls-n>.
Extraído em: 05/03/2018.

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Friburgo-RJ. 247 f. 2006. Tese (Doutorado em Planejamento Urbano e Regional).
Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2006.

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ESPINOSA, L. M. Aglomeraciones productivas locales na Argentina: un análisis de


la experiência Rafaelina. 114 f. 2018. Dissertação (Mestrado em Desenvolvimento
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Acesso em 5 de fevereiro de 2018.

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Sistemas produtivos locais e as novas políticas de desenvolvimento industrial e
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