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Epistemologia - Vi Congresso de Latinoamericano
Epistemologia - Vi Congresso de Latinoamericano
Coordenação, Revisão de O Congresso Latino Americano de Musicoterapia chegou a sua sexta edição. O
Texto e Edição: Mt. Denise Jomesp preparou uma edição especial de congresso, que ocorreu neste ano de
Chrysostomo Suzuki 2016, no Brasil. O leitor encontrará nesta edição, informações sobre o Congres-
so, sua história, organização, e também contará com entrevistas de participan-
Revisão gráfica, layout, for- tes de diversos países. Esperamos que essa leitura incentive a escuta dos futuros
matação, design gráfico: Mt. organizadores a partir das impressões daqueles que participaram, e que também
Daniel da Conceição Santana auxilie a categoria e muitos profissionais que não estiveram presentes, a com-
preender os novos temas em nossa área, como o movimento dos estudantes,
Produção e revisão de conte- podendo assim, contribuir com temas e pesquisas no assunto e, que atualize o
údo e imagens: Mt. Verônica leitor sobre o momento desse intercâmbio e as distintas necessidades de cada
de Lelis Alves país, e desperte nele a vontade de participar desta troca tão rica para a musico-
terapia pessoalmente.
Tradução: Marília Oliveira e
Apresentamos a edição especial do CLAM – Congresso Latino
Verônica de Lelis Alves
Americano de Musicoterapia, comemorando um novo mem-
bro de nossa equipe, Verônica de Lelis Alves, que entrou com
Colaboradores: Mt. Mariane
tudo ao fazer o levantamento de todo o conteúdo que com-
Oselame, Mt. Ana Carolina
põe essa edição, desde entrevistas, texto, imagens, e diversas
Steinkopf, Mt. Elizabeth Maria
fontes. Além disso, também trabalhou em inovar os layouts
M Connolly, Mt. Darío Orlan-
do jornal, personalizou os ícones das nossas seções e deu uma
do Nappe, Mt. Gabriel Abra-
nova cara ao nosso logotipo. Estamos imensamente gratos
movici, Mt. Carolina Torres pelo seu trabalho e dedicação! Desejamos a todos os leitores, uma ótima leitura!
Lopes, Mt. Jesus Alberto Her- Que nela possam reviver os momentos que foram e, regar as sementes planta-
rera Becerra, Mt. Pamela Fer- das!
mina Medina Jimenez, Cláudia
Schaun Reis Florianópolis, Boa leitura.
Ana Clara São Thiago, Heitor
Vicente Corrêa, Ana Elisa
Amorim, Maira Francini For-
tes, Lázaro Castro Silva Nasci-
mento, Thabata Moraes Silva,
Daniel Sodré, Joan Mariano
Leanza, Ana María Herrera
Becerra; Diretoria Apemesp.
Contato: comissaopublica-
cao@gmail.com
Sumário
03. História e Organização
VI CLAM Vozes Latino-americanas
03. Sobre o Nascimento do CLAM
04. Aquecendo e Começando
05. Mariane Oselame Fala sobre a organização do evento
06. André Lindenberg conta sobre participação da Apemesp
25. Charge
25. Reflexões a Respeito de Ser Musicoterapeuta
Link de acesso ao texto de abertura do congresso realizado
pelo Dr. Diego Schapira
História e Organização
Aconteceu desta vez no Brasil o VI Congresso Latino Americano de Musicoterapia, trazendo encontros e reencon-
tros, emoções, reflexões, iniciando e mantendo redes de discussões, apoio entre países, profissionais e estudantes,
congregando vozes e, possibilitando assim, o fortalecimento dos musicoterapeutas e da Musicoterapia.
O CLAM foi sediado por vários países, desde sua criação, acompanhe na Linha do Tempo dos CLAMs.
Os fundadores do CLAM são: Cecilia Eslava), além de expositores e partici- “Reflexões Sobre Ser Musico-
Fernández Conde (Brasil) que foi a pri- pantes de outros países como Bolívia, terapeuta” (texto completo e tra-
meira presidente do comitê. Patricia Uruguai, Cuba e Costa Rica, e partici- duzido na P. 25), palestra costurada
Pellizari (Argentina), Ronaldo Milleco pações especiais como da Mt. Núria com canções latino-americanas, que
(Brasil), Miriam Carreño (Venezuela), Escudé da Espanha. foram cantadas pelos presentes e pelo
Teresa Fernández (Cuba), Mariela Pe- O evento começou com um palestrante. Houveram muitas home-
traglia (México), Lizete Saer (Colombia), “aquecimento”, um pré-congresso que nagens e uma apresentação musical de
Bibiana Cehuza (Perú), Diego Schapira, ofereceu cerca de 20 minicursos entre coral e poesia que colocava o feminino
Claudia Mendoza (Argentina) e Espe- pagos e gratuitos, ao longo de três dias em foco. Nos outros três dias, as ma-
ranza Alzamendi (Uruguai). na UDESC (Universidade do Estado de nhãs na UDESC eram recheadas por
Santa Catarina). E, para que isso pu- muitas apresentações de trabalhos
Aquecendo e começando
desse ser feito, muitos cursos aconte- inscritos que aconteciam em várias
O VI Congresso Latino Americano de ciam simultaneamente, com uma car- salas ao mesmo tempo (salas com no-
Musicoterapia aconteceu entre os dias ga horária diária de 8h. mes que homenageavam a muitos mu-
18 e 23 de Julho deste ano, com a parti- sicoterapeutas). Pela tarde e noite as
Ao final do terceiro dia, houve a
cipação de delegações da Argentina atividades eram concentradas em um
abertura oficial do con-
(Alina Gullco), Brasil (Camila Acosta grande salão para as mesas redondas,
gresso, com o discurso do Mt painéis e conferências na ACM
representando Mariane Oselame), Chile
(Carolina Muñoz), e Colômbia (Juanita Diego Schapira intitulado (Associação Catarinense de Medicina).
Edição Especial - P. 05
Para nós foi uma honra receber este evento na comemoração dos vinte anos da UBAM. Para realização do mesmo dispo-
mos do apoio das Associações de Musicoterapia de diversos estados, dos Centros Acadêmicos de Musicoterapia, de Institui-
ções de Ensino, além do apoio logístico e institucional de importantes parceiros.
Com o tema: Integração e Diversidade de Vozes da Musicoterapia Latino-americana, para a edição de 2016, contamos com
um público cerca de 400 participantes nacionais e internacionais. É importante observar que apesar do duro e crítico
momento político e econômico que o Brasil vem atravessando nos últimos meses, tivemos um público considerável graças a
uma equipe de organização que não mediu esforços para que esse encontro pudesse acontecer de forma primorosa.
Sediar e organizar um congresso desse porte é um desafio. E foi. Sempre aprendemos muito sobre o que fazer ou não
nesses momentos e, não foi diferente. Como principal resultado avalio que a categoria está cada vez mais madura e cada
vez mais inovadora, empreendedora e apropriada dos mais diversos campos de atuação. Seja como profissional de ponta, de
gestão, da academia. Pudemos observar pela própria organização desse evento, pelas reuniões do Colegiado da UBAM e do
Conselho Deliberativo do Comitê Latino Americano, pela qualidade dos trabalhos apresentados, pelos cursos oferecidos, pelo
engajamento dos estudantes de musicoterapia brasileiros e estrangeiros.
Sem dúvida, ainda temos um longo caminho a percorrer, cada país encontra-se em um momento histórico diferente, mas
afinal o caminho se faz assim não é mesmo? Caminhando. E esse caminhar fica mais possível quando estamos juntos, jun-
tos como a canção de Armando Tejada Gómez (letra) e César Isella (música): “Todas las voces, todas/ Todas las manos,
todas/Toda la sangre puede/Ser canción en el viento/Canta conmigo, canta/Hermano americano/Libera tu esperanza/Con
un grito en la voz!” Assim foi e que possa continuar sendo.
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Entre as muitas vozes que expuseram trabalhos, participaram, receberam, refletiram, trocaram, tive-
mos a oportunidade de recolher um recorte das impressões de alguns desses participantes, podendo
assim escutar um pouco da diversidade e desdobramentos deste encontro, que teve uma importância
diferenciada para a Colômbia, para a formação de redes, fortalecimento, começo de uma discussão po-
lítica pertinente, e para nos conhecermos e nos inspirarmos.
estava super rica, mas achei que algu- a melhor escolha de profissão! Eu Sou
mas das apresentações orais ficaram Musicoterapeuta! O Congresso reti-
muito tumultuadas, e acabou sendo rou uma série de paradigmas e limita-
muito difícil valorizar e aproveitar ções que eu tinha criado e escutado
cada uma, sem tempo para perguntas falar. Abriu os horizontes do campo
e maior interação. Mas em geral fi- de atuação, e do que é possível se
quei muito muito feliz com o evento, fazer dentro da MT, indo muito além
expandiu demais as minhas perspecti- da experiência clínica. Os relatos e
Foi meu primeiro evento de inter- vas sobre a MT, e plantou várias se- trabalhos também fortaleceram al-
câmbio com outros países no âmbito mentinhas de ideias novas e projetos. guns conceitos importantes sobre a
da Musicoterapia. A programação Estou completamente certa de que fiz clínica para mim.
três primeiros dias, mais da metade cobrar uma inscrição para montar um trabalhos muito diferentes das leitu-
do evento era um pré-congresso, e dispositivo para poder ter comida, ras, das teorias que eu já tinha conhe-
neste pré-congresso tinha um, dois, café, água, os lugares físicos, como a cido, não achei coisas muito novas,
minicursos grátis e o resto era tudo UDESC e ACM, mas pagar um minicur- mas a experiência do congresso
pago. O valor não era grande, 30, 40 so, pagar por um saber, é de outra acrescentou para mim em um sentido
reais, mas por questão ética e filosófi- ordem. Não ouvi nenhuma revelação pessoal, sobre minha concepção do
ca, um congresso é um lugar de inter- teórica, não fui surpreendido. Eu ima- musicoterapeuta e da musicoterapia
câmbio de saber, eu sei que precisa ginava que ia ouvir vozes, conceitos, na região.
positivas em alguns aspectos e em super pertinente, os profissionais e divulgar nossa área para que au-
outros não. Por exemplo, o local e a envolvidos muito acertados, minha mente o número de alunos, melhore
cidade onde é feito o evento. A esco- opinião é que com toda certeza deu também um movimento maior da
lha da cidade foi ótima, é importante certo, e cumpriu com as minhas ex- musicoterapia nas comunidades. Este
para os profissionais e estudantes de pectativas. Coisas a melhorar sempre evento deve ser mais divulgado, pois,
Santa Catarina, a cidade é linda, mas, haverá em qualquer área, mas, de com certeza muitos psicólogos, fono-
poderia ser feito em um local mais uma maneira geral, cumpriu às expec- audiólogos, médicos e outros profissi-
centralizado e em um único espaço. tativas. Não tenho muitas informa- onais; tem interesse na musicoterapia
Os deslocamentos desgastam, são ções sobre a Associação Catarinense, e, as possibilidades de crescimento da
caros, gastam um tempo precioso. mas, fico feliz com a novidade de San- nossa profissão estão na interdiscipli-
Uma sugestão de algo que poderia ta Catarina ter uma especialização em naridade, na comunicação e troca de
melhorar é fazer num único espaço. musicoterapia, isso pode significar em informações com estes profissionais.
Com relação à escolha do assunto: contar com o apoio da Universidade,
ceiramente acessível
Integrar, reunir, consolidar e fortale- para nós, precisávamos pensar em
cer. Estudante de Musicoterapia, vo- alternativas. O estudante Heitor Cor-
cê sabe a importância da sua atuação rêa propôs a realização de um abaixo
político-estudantil? assinado online, com aprovação dos
Unir, reunir, reunião, re-união. O que estudantes dos outros estados, cuja
pensar desta palavra? Ato de unir-se ideia era diminuir o custo de partici-
novamente, estar junto de outrem. pação para estudantes de Musicote-
Desde o momento que entrei na Mu- rapia. O resultado é que após esse
sicoterapia acreditava que meu mun- projeto e muitas conversas consegui-
do resumia-se aquele número reduzi- mos, em conjunto com a UBAM, fe-
do de estudantes que conhecia. Pen- char a monitoria para estudantes e res de todos os estados incluindo o
sava pequeno. Minha concepção co- custo zero de participação. Foi nosso Rio Grande do Sul através da aluna
meçou a mudar quando, em 2014, o momento de alegria! Maira Francini, a participação de es-
Rio foi convocado a organizar o VI Após esse ganho era preciso pensar tudantes da Argentina (Joan) e Co-
ENEMT - Encontro Nacional dos Estu- no planejamento do evento, e em lômbia (Ana Maria) além das profes-
dantes de Musicoterapia. uma das reuniões junto com a UBAM soras Marina Freire (MG) e Lia Rejane
No Simpósio Brasileiro de Musicote- pensamos na ideia de ter um espaço Mendes Barcellos (RJ), que falaram
rapia no Rio de Janeiro, no ano se- reservado para os estudantes, um sobre a relação entre formação estu-
guinte nos reunimos, eu (RJ), Raquel Fórum de estudantes, com plenária, dantil e profissão.
e Luciana (PR), Heitor Corrêa (MG), palestras e exposições de represen- Nosso evento tinha como proposta
Daniel Sodré (SP), Ana Elisa (GO), e tantes de cada estado. Finalizamos a falar sobre a relevância da formação
outros estudantes, para pensar na programação e divulgamos o evento acadêmica para nosso futuro como
importância de nossa presença no específico para nosso público. Até o Musicoterapeutas. Era preciso falar
CLAM em 2016. Infelizmente naquele dia de início do CLAM tínhamos a de atuação estudantil, formação, gra-
momento o evento não estava finan- inscrição de praticamente 50 monito- de curricular, as experiências de cada
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um nas suas Universidades, modifica- deria ser melhorado em cada espaço. ção agora está também em nossas
ções que poderíamos realizar e, final- Além disso, discutimos que era neces- mãos, e não podemos abandonar o
mente, levar as contribuições para nos- sária a organização do Movimento de arado. Chegou a nossa vez estudantes
sos estados e países. O fórum aconte- estudantes da América Latina, pro- de Musicoterapia do Sec. XXI! A partir
ceu nos dias de pré evento CLAM, inici- posta que está se concretizando pós desse evento conseguimos criar um
ando com a fala do representante de evento. Depois tivemos as palestras grupo de WhatsApp com estudantes de
Minas Gerais, Heitor Corrêa, que deu das professoras já citadas e questio-
todos os estados e alguns países da
boas-vindas aos estudantes e agrade- namentos às mesmas. Por fim, discu-
América Latina, no qual nos compro-
ceu pelo trabalho que já estava aconte- timos nosso papel no CLAM como
metemos a manter o contato e divulgar
cendo desde o ano anterior. Em seguida estudantes e percebemos que nossa
tive a oportunidade de realizar uma presença era de fundamental impor- trabalhos de cada espaço. Criamos um
pequena palestra de abertura, cujo te- tância, porque além do trabalho que e-mail de comunicação, fizemos ponte
ma da mesa era “Desafios do mercado realizamos nossa organização e nossa com a UBAM e os CAMTs (Centros Aca-
de trabalho: implicações e influências união estavam dando frutos. dêmicos de Musicoterapia) de cada
da formação acadêmica em Musicote- Acredito que esse evento ala- estado estão cada vez mais interliga-
rapia”, abordando a nossa dificuldade vancou nossa potência como estu- dos. Conseguimos mostrar que mesmo
de reunir os estudantes do campo e dantes de Musicoterapia na atualida- em pouco número somos fortes, mes-
que a consequência disto é o nosso de. Muitos profissionais que um dia já mo com muita distância estamos perto
enfraquecimento político, enfatizando a foram estudantes lutaram para que o em ideais, e citando mais uma vez nos-
relevância de nossa atuação através de futuro da Musicoterapia se consoli- so querido Paulo Freire, "é porque se
apresentações em eventos, práticas integra - na medida em que se relacio-
dasse, obtendo ganhos que hoje des-
clínicas, movimentos políticos e lutas de na e não apenas se acomoda - que o
frutamos. Só se conhece o futuro da
categoria. Após, cada representante
História através das lutas políticas homem cria, recria e decide.” (FREIRE,
estudantil foi chamado a mesa para
que se foram, pelos movimentos polí- 1979, p.63-64) Agradeço a essa grande
falar um pouco sobre sua universidade.
Esse foi o momento mais importante do ticos antecedentes na linha do tem- reUNIÃO, que permitiu a realização
evento, pois acabamos conhecendo um po. Temos que reconhecer a importância desse belo trabalho, uma corrente in-
pouco das práticas de cada universida- dos profissionais que nos antecedem, e o quebrável. Decidimos e conseguimos:
de, os enfoques, discutimos o que po- esforço em fortalecer nossa categoria e construímos a nossa história nesse
nossa visibilidade profissional. Essa fun- CLAM!
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Nós, estudantes de Musicotera- formação que ainda carece de docen- Integração. Foi curioso perceber que
pia da Universidade Estadual do Para- tes e divulgação, mercado de traba- a profa. Lia Rejane se assustou com a
ná - Campus Curitiba II, percebemos a lho incerto, ausência de regulamenta- quantidade de estudantes, o que po-
importância política da junção de ção da profissão. Para nós, poder co- de significar positivamente que esta-
estudantes de todo país e fora do nhecer e ver a diferença dos cursos mos nos organizando e muito envolvi-
país, pudemos dividir "angústias" de dentro do país nos trouxe uma visão dos.
ser estudante de musicoterapia como mais ampla de como está caminhan-
o desconhecimento sobre a área, do a formação e, nos possibilitou uma
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dantes por curso, que atividades ex- Qual é a situação atual dos estu-
tracurriculares aconteciam, como era dantes de Musicoterapia na Amé-
a formação musical, etc. Foi Interes- rica Latina? Há movimentos estu-
sante o intercâmbio, e as sensações dantis? Existe na América Latina
que gerou em mim, eu gostaria de alguma associação que congre-
gue aos estudantes?
compartilhar quais foram os aspectos
que chamaram minha atenção, e creio
que seria positivo retomar em deba- O Fórum de Estudantes, e o con-
tes e discussões: gresso em sua totalidade, geraram em
mim um grande impacto e uma enxur-
Como impacta aos estudantes o rada de ideias que ainda não termina-
Como estudante de Musicotera- contexto econômico, político e ram de se organizar. Motiva-me pensar
pia na Argentina, queria dar meus social da América Latina? Até em como poderiam ser abordadas
agradecimentos aos estudantes do que ponto temos consciência da as questões propostas anteriormente.
Brasil, por me convocar a fazer parte situação atual de cada país? Gosto da ideia de pensar o processo
Esta realidade afeta à área de subjetivo e sua consequente produção
desta experiência, especialmente a
Saúde e educação? de ideias de cada estudante latino-
Heitor Correa e Ana Clara Thiago,
também a Lic. Lia Rejane e a Lic. Mari- americano, até professores, universi-
Como são os processos musicais dades, associações/ organizações/ ins-
na Freire, por sua sabedoria e inspira- em cada país? É igual “fazer
ção. tituições de musicoterapia e outras
música” para todos os estudan-
No que diz respeito ao Fórum, disciplinas.
tes?
foi enriquecedor, ouvir sobre as expe-
riências de estudantes de cada estado
do Brasil, e da Colômbia. Um desafio
grande na hora de contar sobre mi-
nha experiência como estudante na
Argentina. Experiência que me dispo-
nho a escrever: comecei me apresen-
tando como estudante da Universi-
dad Abierta Interamericana, e escla-
recendo que ia compartilhar - como
disse antes - minha experiência, já
que na Argentina existem 4 universi-
dades (UAI, UBA, USAL e Maimóni-
des), as quatro com sede em Buenos
Aires, exceto a UAI, com sede tam-
bém em Rosario. De um momento a
outro, tomei consciência da pouca
interação que havia entre os estudan-
tes Argentinos, sendo o único presen- É interessante pensar no movi- investigação, o tecido de redes conjun-
ciando o Fórum (não assim o único mento que geraram estes pares de tas entre estudantes. A produção de
participante do Congresso), me dis- relações, cada um entre si e cada um conhecimento. Compartilharmos as
pus então a comentar brevemente com os demais. Mais ainda interes- ideias frescas, as dos estudantes, para
(igual a maioria dos estudantes), co- sante, é pensar o que se gera quando enriquecer nosso processo de forma-
mo era o plano de estudos de minha este movimento se encontra com ção e, sobretudo à musicoterapia.
universidade, como eram as práticas, outro movimento, em outra re-
quantos anos de curso, quantos estu- gião/país. É uma tarefa continuar a Muito obrigado.
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Depois do Fórum dos Estudantes que aconteceu no CLAM, outro grande evento dedicado aos estu-
dantes está em vias de acontecer! Programem-se:
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Interações musicais
Como era de se esperar de vários musicoterapeutas
reunidos, surgiram também muitas interações musicais
espontâneas: nasceu do silêncio uma roda com Jongo de
Guaratinguetá, e o silêncio trouxe também sonoridades
colombianas, argentinas e chilenas, manifestações dançan-
tes que levaram a um intercâmbio sonoro muito interessan-
te e convidativo, e também nas festas programadas pude-
ram acontecer estes encontros sonoros. Momentos como
estes são importantes para podermos nos conhecer com
mais propriedade enquanto sujeitos sonoros. É inspirador
perceber as riquezas sonoras que vibramos e somos juntos.
Edição Especial - P. 23
Próximo CLAM
Houveram reuniões das delega- uma e, assim garantir representação ser feita entre 30 de agosto e 24 de
ções dos países que estavam presen- e informação na hora do voto, mais setembro, e acompanhada de um
tes no CLAM e a comissão de ética e articulado com as associações. A deci- documento de fundamentação do
investigação compartilharam infor- são sobre o adiamento foi acompa- voto. O resultado sairá no dia 24 as
mações como: documento de linea- nhada por Marly Chagas e Claudia 20h, com publicações dos documen-
mentos éticos para musicoterapeutas Mendoza (conselho consultivo do tos no site do CLAM e facebook do
latino-americanos, atualização da CLAM). Assim, a atual presidente do CLAM e congresso.
base de dados de investigação na CLAM ficará em seu cargo até 24 de Em vista de toda a movimentação
américa latina, e a estruturação do setembro deste ano, ou até o máximo política, o único país que tinha se
projeto de livro sobre a história do de 1 de outubro. proposto a ser sede do próximo
desenvolvimento da musicoterapia na Ainda neste ano, de 23 de Julho CLAM se retirou, e novas candidatu-
américa latina. até 30 de agosto, as delegações apre- ras deverão se apresentar a partir do
Além disso, conversou-se sobre a sentarão oficialmente seus projetos e dia 1 de Outubro de 2016, para que a
política no continente e no comitê. O as pessoas envolvidas com eles, para decisão seja tomada até primeiro de
conselho deliberativo adiou as vota- todos os países participantes da vota- dezembro deste ano, no máximo.
ções para a presidência, para que se ção (Brasil, Argentina, Chile, Cuba,
conheça melhor os projetos de cada Bolívia, Colômbia e Uruguai). Poderá
Edição Especial - P. 24
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Edição Especial - P. 26
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