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SURF E O MEIO AMBIENTE: UM ESTUDO SOBRE A RELAÇÃO ENTRE


PRATICANTES DA MODALIDADE E O MEIO QUE O ACERCA NA
CIDADE DE IMBITUBA – SC*

Matheus Cardoso Serafim**

Resumo: As relações entre o ser humano e o meio natural vêm impactando na saúde mental
de indivíduos e comunidades. As batalhas travadas visando combater agentes estressores
ambientais são evidenciadas. Atualmente a preocupação com o meio ambiente remete a
reflexões em relação aos recursos renováveis e alternativas sustentáveis. A busca por
atividades na natureza aumentaram consideravalemente, onde os indivíduos procuram um
contato intenso com a o meio natural. Atividades em meio natural podem influenciar na
alteração de atitudes e valores, capaz de alterar o estilo de vida do mundo. O Surf é uma
Atividade de aventura na natureza – Afan –, praticado em contato com a natureza. Este estudo
objetivou analisar um determinado grupo de praticantes da modalidade surf no município de
Imbituba - SC, observando a percepção ambiental e a potencialidade dos mesmos como
possíveis educadores ambientais. Este estudo teve caráter qualitativo, descritivo, de campo e
fenomenológico onde um grupo de surfistas da cidade de imbituba foram abordados através
de um Grupo Focal. Os indivíduos tinham idade entre 24 e 45 anos, ensino técnico a superior
e de 16 a 35 anos de prática do surf. Os dados coletados foram captados através de um eixo
norteador, filmados por uma câmera GoPro Hero3+ e as expressões dos participantes foram
analisadas. Concluiu-se que os indivíduos selecionados para este estudo valorizam fortemente
o meio ambiente, que em diversos momentos mostraram-se como possíveis educadores
ambientais e que ações provindas dos mesmos foram qualificadas como válidas em prol do
meio ambiente.

Palavras-chave: Surf. Natureza. Meio ambiente. Preservaçao. Praias. Atividade Física de


Aventura na Natureza - Afan.

1 INTRODUÇÃO

A globalização e desenvolvimento tecnológico têm demandado dos indivíduos


contemporâneos uma rápida adaptação. As relações entre o ser humano e o meio natural vêm
impactando na saúde mental de indivíduos e comunidades. O modelo de desenvolvimento
tecnológico atual têm produzido sofrimento, medo e estresse coletivo. (SEIXAS E RENK,
2011).


Artigo apresentado como trabalho de conclusão de curso de graduação da Universidade do Sul de Santa
Catarina, como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel. Orientador: Prof. : Romulo Luiz da Graça,
Mestre em Educação, Tubarão, 2017.

Acadêmico do curso Educação Física Bacharelado da Universidade do Sul de Santa Catarina. Matheus
Cardoso Serafim – matheus.villa@gmail.com.
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Nos últimos três séculos a relação homem e natureza têm sido profundamente abalada
em decorrência dos processos de industrialização e modernização tecnológica. (LOUREIRO,
2012; HASSAN et al., 2005).
O território nacional é conhecido pelos vastos e abundantes recursos naturais, logo é
necessário que sejam evidenciadas politicas publicas para a preservação ambiental e
desenvolvimento sustentável, de maneira a regular, a indução e estruturação de práticas e
ações sustentáveis. (CARDOSO E MACHADO, 2017).
As batalhas travadas visando combater agentes estressores ambientais, tanto
individualmente quanto coletivamente, são evidenciadas a partir da formulação de
mecanismos psicológicos adaptativos. O processo caracterizado pela percepção ou atitude
envolvida ante estressora, de aceitar ou negar tal, dependendo a situação do individuo e ou
capacidade comunitária é designado enfrentamento ou coping. (LUGINAAH et al.,
2002; DEJOURS, 2015).
Atualmente a preocupação com o meio ambiente remete a reflexões em relação aos
recursos renováveis e alternativas sustentáveis. A população em geral desconhece ou tem
pouco conhecimento entre as relações entre os ecossistemas gerando duvidas quanto a
possíveis ações de sustentabilidade. Nesse sentido a população precisa ser atingida com
politicas e conhecimentos relacionados a consciência ecológica.
Mediante a situação atual do planeta em relação aos impactos ambientais surge a
preocupação de como o meio é usado e preservado. Logo é preciso evidenciar estudos,
pesquisas e debates em relação a alternativas de preservação e de uso consciente do meio
ambiente. (SCHNEIDER, 2012)
Podemos observar ao passar dos anos que as mudanças ocorridas mundialmente, em
todos os aspectos, promovem um impacto na vida das pessoas. Ao citarmos as mudanças no
trabalho, principalmente no ultimo século, discorremos sobre a mudança da natureza deste
que, consequentemente, transformou a maneira do individuo ser, adoecer e morrer.
Juntamente com as mudanças no âmbito trabalhista podemos citar a modificação no perfil de
morbidade dos agravos à saúde relacionados ao trabalho, resultando em doenças
ocupacionais, com destaque para lesões por esforço repetitivo e o adoecimento mental.
(FRANCO et. al. 2010)
A busca por atividades em contato com a natureza nos últimos anos aumentou
consideravelmente. Os indivíduos buscam um contato intenso com a natureza e estes são
movidos por inúmeros ideais. O sentimento de prazer e a sensação de liberdade são vertentes
que o praticante de esportes na natureza busca. (TAHARA E SCHWARTZ, 2002)
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Bruhns (1997) cita que hoje vivemos em uma realidade acelerada, distorcida, onde os
valores fundamentais da vida e o estilo de vida sadio estão sendo deixados de lado dando
espaço para um vazio existencial e incômodos constantes. A busca pelo desconhecido, pelo
surpreendente motiva os indivíduos a praticarem uma atividade diferenciada.
Podemos evidenciar que a busca pelo prazer, pela emoção e pela aventura podem
representar, na visão de Schwartz (2002), uma alteração de atitudes e valores, capaz de alterar
o estilo de vida do mundo contemporâneo.
O Surf é uma Atividade Física de Aventura na Natureza – Afan –, praticado em
contato com a natureza, em meio aquático, (PEREIRA, ARMBRUST E RICARDO, 2007) na
qual o praticante busca o contato com a natureza ligada a sensações de lazer, ao
descompromisso técnico, a busca por uma vida ativa e ainda ao sentimento de aventura
(TREADWELL, KREMER E PAYNE, 2007).
A prática do surf se baseia no ato do surfista “deslisar” uma onda sobre uma prancha.
Porem passar a arrebentação sentar-se sobre a prancha, remar para se posicionar e entrar no
fluxo da onda também fazem parte da modalidade. (ALEGRO, SIMÃO E EVANGELISTA,
2013)
De acordo com Rosa (2008) o surf Imbitubense tem mais de 50 anos de história sendo
praticado e difundido pela população local, turistas e praticantes da modalidade.
A FECASURF (2014) descore que Imbituba é considerada uma das mecas do surf
brasileiro, sendo utilizada para a prática do surf há muito tempo. O município já recebeu
diversas etapas do circuito brasileiro e mundial, tornando-se referência por suas ondas. Todo
esse contexto gerou um grande aumento pela procura desse esporte, que atende tanto crianças
que buscam diversão, até adultos e idosos que buscam a liberdade em um contato puro com a
natureza através do meio hídrico.
A comunidade Imbitubense está intimamente ligada à prática do surf. As influências
esportivas e culturais que permeiam pela cidade fazem com que pesquisas de diversos
gêneros, relacionadas a conservação e contato da natureza, sejam evidenciados. Logo surge a
seguinte questão: Os praticantes, de um determinado grupo, da modalidade surf do município
de Imbituba possuem consciência ambiental a ponto de conservar o meio natural e serem
intermediadores no processo de preservação do meio?
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1.1 OBJETIVOS

1.1.1 Objetivo Geral

Analisar um determinado grupo de praticantes da modalidade surf no município de


Imbituba - SC, observando a percepção ambiental e a potencialidade dos mesmos como
possíveis educadores ambientais.

1.1.2 Objetivos Específicos

Este estudo tem como objetivo Especificando os objetivos este estudo prevê:
Selecionar um grupo de praticantes da modalidade surf residentes na cidade de Imbituba –
SC; Verificar a percepção ambiental dos praticantes através da técnica de Grupo Focal;
Identificar a potencialidade dos praticantes como possíveis educadores ambientais; Analisar
possíveis ações, permeando o surf e os surfistas, para a preservação ambiental.

2 METODOLOGIA

Estudo qualitativo, descritivo, de campo e de cunho fenomenológico. Segundo


Moreira (2004, p. 63):

O termo fenomenologia deriva de duas outras palavras de raiz grega: phainomeno


(aquilo que se mostra a partir de si mesmo) e logos (ciência ou estudo). Portanto,
etimologicamente, Fenomenologia é o estudo ou ciência do fenômeno, sendo que
por fenômeno, em seu sentido mais genérico, entende-se tudo o que aparece, que se
manifesta ou se revela por si mesmo.

A coleta de dados foi realizada na loja de surf “Casa do Surf” no municipio de


Imbituba - SC. Fizeram parte da amostra investigada 7 indivíduos, surfistas experientes,
convidados aleatoriamente, presentes no dia do estudo e que aceitaram os termos descritos na
proposta.
Para o presente estudo, a fim de captar os dados, a partir dos pressupostos,
apresentados, optou-se pela técnica do Grupo Focal visando alcançar os objetivos elencados.
O Grupo Focal “em comum com outros métodos qualitativos, apresentam um ótimo
desempenho ao proporcionar insights dos processos, em vez dos resultados” (BARBOUR,
2009, p. 54). Cabe enfatizar que o Grupo Focal permite ao pesquisador não só examinar as
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diferentes contextos das pessoas em relação à um tema, mas também proporciona explorar
como os fatos são articulados, alterados e confrontados por meio de uma interação grupal
(RESSEL et. al., 2008).
Referindo-se ao Grupo Focal Cruz Neto, Moreira e Sucena (2002, p. 4) definem como:

Uma técnica de pesquisa na qual o pesquisador reúne, num mesmo local e durante
um certo período, uma determinada quantidade de pessoas que fazem parte do
público-alvo de suas investigações, tendo como objetivo coletar, a partir do diálogo
e do debate com e entre eles, informações acerca de um tema específico

O perfil da amostra investigada encontram-se explicitados no quadro abaixo. Neste,


observa-se que todos os participantes são do sexo masculino, e que 5 possuem entre 24 e 32
anos e 2 possuem entre 45 anos. Com relação ao grau de escolaridade, 1 possui Tecnólogo e 6
possuem nível superior. Com relação à profissão que ocupam, são as mais diversas conforme
apresentada no quadro, sendo que apenas um tem como fonte principal de renda a profissão
relacionada ao surf.

Participante Sexo Faixa Escolaridade Profissão Tempo de pratica


Etária
S1 M 32 Superior Analista de sistemas 18 anos
S2 M 24 Superior Estudante 16 anos
S3 M 24 Tecnólogo Técnico em elétrica 11 anos
S4 M 28 Superior Coordenador de 11 anos
processo industrial
S5 M 32 Superior Veterinário 20 anos
S6 M 45 Superior Administrador 35 anos
S7 M 45 Superior Diretor de esportes 30 anos

Após análise primária do comitê de ética foi entregue a cada participate deste estudo o
projeto de pesquisa e, subsequente, uma carta convite formalizando a participação dos
mesmos.
Em seguida ao procedimento supracitado, os participantes foram reunidos loja de surf
“Casa do Surf” no dia 21 de outubro de 2017, às 14 horas, no municipio de Imbituba - SC. Os
mesmos foram convidados a lerem e assinarem o termo de consentimento livre e esclarecido
(APÊNDICE A) e o consentimento para fotografias, vídeos e gravações (ANEXO A), para
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posteriormente integrar-se ao Grupo Focal e responderem aos questionamentos propostos no


esquema direcionador. (APÊNDICE B)
O grupo foi disposto em circulo, em um ambiente aconchegante, rodeado por pranchas
e equipamentos de surf. Foi disposto, fora da formação, café e frutas onde, a qualquer
momento da pesquisa, o participante poderia servir-se.
O mediador deu as boas vindas, explanou sobre a pesquisa e questionou sobre
qualquer dúvida na qual os participantes poderiam ter. O mesmo apresentou a equipe de
trabalho composta por uma analista de comportamento, onde este através de um roteiro de
obeservação (APÊNDICE C) descreveu as expressões dos participantes durante o processo, e
um técnico em filmagem, que utilizou uma camera filmadora “GoPro Hero 3+”.
A pesquisa iniciou através da aplicação do eixo norteador (APÊNDICE A), onde os
participantes o responderam sem tempo limitado e sem obrigatoriedade de resposta. Em
seguida os participantes foram dispensados e assim pôde-se analisar respostas obtidas.
Os materiais coletados através dos questionamentos foram analisados diversas vezes
com o intuito de compreender as respostas fidedignamente. Estas foram comparadas a outros
estudos a fim de enriquecer as discutições e formular hipoteses proximas ao real.

3 DISCUSSÃO

Os dados obtidos dialogam e interconectam-se entre si, já que os pensamentos dos


sujeitos por vezes avançam, recuam e expandem-se ao longo do dialogo do Grupo Focal. No
quadro a baixo podemos observar a organização dos temas e subtemas onde os mesmos serão
posteriormente foram dialogados, debatidos, discutidos e referenciados em prol de um melhor
entendimento.

Temas Subtemas
Surf e o meio ambiente  Atividade Física de Aventura na
Natureza – Afan.
 Liberdade, lazer, ideologia de vida e
contato divino.
 Tribos, beleza das praias e cultura.
 Sustentabilidade, educação ambiental,
Poluição e depredação.
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Politicas públicas  Turismo


 Infraestrutura, saneamento básico,
coleta seletiva e órgãos competentes.
 Meio ambiente na educação básica

Conceitos, valores e deveres  Civilidade e educação cívica.

3.1 SURF E O MEIO AMBIENTE

Neste primeiro tema foram discutidos relatos obtidos no Grupo Focal referentes ao
surf e o meio ambiente, organizados em diversos subtemas sendo: 1: Atividade Fisica de
Aventura na Natureza – Afan – , 2: Liberdade, lazer, ideologia de vida e contato divino, 3:
Tribos, beleza das praias e cultura, 4: Sustentabilidade, educação ambiental, poluição e
depredação.

3.1.1 Subtema 1 – Atividade Física de Aventura na Natureza - Afan: Nessa sessão foi
tratado sobre as Afan. Quando tratamos sobre a modalidade surf devemos ter em mente que a
mesma é uma Afan (AMBRUST E PEREIRA, 2010).
Os participantes foram questionados sobre aspectos referentes ao cuidado com o meio
ambiente relacionando as Afan e sobre importância dos praticantes de tais atividades terem
noção ao abordar questões ambientais.
Quando tratamos de atividades na natureza devemos enfatizar a relação entre o
praticante e a natureza. Spink et al. (2005) cita que a consciência ecológica é manifestada
perante a prática de uma modalidade em contato com o meio natural. O mesmo autor
complementa que o praticante cria um respeito absoluto a natureza e é susceptível a produzir
ações de preservação ambiental.
Todos os participantes fizeram referencia entre o contato com o meio natural e a
atividade de aventura onde S4 cita: “... Tu vai fazer aventura no meio do mato, cara, na
natureza, então... Se tu destruir, se tu não cuidar, tu não vai ter aquilo ali por muito tempo,
então... é uma coisa que tem que se... que tá altamente interligada”. Fazendo alusão ao surf
S2 complementa “... São modalidades extremamente dependentes da natureza. O surf não
existe sem a natureza”.
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Outro debate que acrescenta na relação entre as Afan e a do meio ambiente é


destacado por S6: “...se tu conseguir botar um esporte de aventura, um alpinismo, um, um voo
livre, automaticamente tu acaba ... expandindo essa ... proteção ambiental, essa ... ligação
ambiental.” S5 em complemento salienta: “não tem como tu pensar em aventura sem
natureza. Tá interligado completamente. Não tem, tu vai depender da natureza. Então,
consequentemente a tua conscientização de meio ambiente vai estar junto”. Bahia et. al.
(2007) finaliza que a busca pelo lazer ligado ao meio ambiente fomenta em um crescimento
no debate das questões ambientais e na preservação para que os recursos não se esgotem.

3.1.2 Subtema 2 - Liberdade, lazer, ideologia de vida e contato divino: Os participantes do


Grupo Focal foram questionados, nessa secção, sobre sentimentos, sensações, palavras e o
contato visceral com o meio natural quando os mesmos fazem a pratica do surf.
Denominamos liberdade, lazer, ideologia de vida e contato divino este subtema onde todos os
participantes fizeram alusão a sentimentos de positividade, sensações de paz e contato com
um ser superior.
Geralmente os aspirantes a praticantes de Atividade Física de Aventura na Natureza –
Afan – buscam um contato vivido e simbólico com o meio natural onde sentimentos e
sensações são procurados a todo instante. Os participantes descrevem tais sentimentos de
diversas maneiras na qual S5 faz alusão a liberdade: “Aquela liberdade de desligar a cabeça
do mundo...”. Energias e sensações positivas são destacadas por S4: “... como se ela
absorvesse toda a energia ruim... não ruim, né... energia desgastante, né, que tu absorve
durante a semana, durante o trabalho, família, né....” Brymer e Oades (2008), Allman et. al.
(2009), Brymer e Scweitzer (2013) citam que a maioria das explicações teóricas pressupõe
que a prática de esporte na natureza reflete um desejo de emoções ou na busca por adrenalina.
As atividades de aventura são um refugio para os individuos que buscam um contato viceral e
realista com o meio natural.
O participante S2 faz alusão ao contato com um ser superior ao praticar uma
modalidade em meio natural: “Cara, eu como... Eu acredito em Deus, então eu acho que
quanto mais, quando tu tá surfando, parece que o cara tá mais próximo de Deus... Eu acho
que pra mim, é mais isso, assim, essa parte.” Para Cruz e Coelho (2003) o sagrado pode ser o
que possibilita a aproximação com Deus. Além deste pensamento, Maestro (2010) afirma que
o sentido de sagrado ocupa um entre lugar, é e não é, está e não está, apresenta-se de forma
difusa, ora como algo religioso, ora como um conjunto de valores, ora como uma ética, ora
como uma dimensão espiritual, imaterial, intangível, não qualificável.
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O participante S6 destaca o surf como estilo e parte da sua vida: “... é até um
complemento de vida, né? Complemento de ideologia de vida de cada um... eu me transformei
nessa pessoa, né, em virtude... ao surf, ne... eu não conseguia deixar de viver o surf pelo... o
que me veio fazer a competir, ... a dar continuidade na competição... ela me dava condições
de viver nesse contato com o surf e a natureza”. No comentário do participantes percebe-se a
modalidade surf faz parte da vida do mesmo e que um dos motivos é o contato ao meio
natural.

3.1.3 Subtema 3 - Tribos, beleza das praias e cultura: Nessa secção os participantes
relataram, após questionamento, aspectos sobre as tribos, beleza das praias, cultura
relacionadas ao surf, natureza e suas ligações. De acordo com Ambrust e Pereira (2010) as
modalidades que tem alguma ligação com a natureza propiciam o surgimento de tribos onde
as mesmas criam uma forma de linguagem, vestimenta e comportamento que as unem. O
participante S5 e S4 fazem alusão entre a cultura do surf e as tribos que acercam onde S5
salienta: se a pessoa que entrou no meio da natureza não se conscientizar pode ter certeza
que não anda mais com a galera, isso ai pode ter certeza. A citação do participante S5
caracteriza que as tribos e grupos desenvolvem pontos culturais que podem ou não ser
seguidos, porem não explica o porque.
O aspecto cultural entre grupos forma um ambiente propicio para a proliferação e
propagação de ideologias. Hall (1997) cita que a cultura tem assumido papel importante no
que se diz respeito a estrutura, organização da sociedade, no processo de desenvolvimento
global, a disposição e utilização de recursos naturais.
Alguns participantes relatam a relação histórico-cultural sobre a preservação ambiental
onde S6 cita “tu chegar em qualquer lugar, muitas vezes tu não vai dar valor. Ai, é bonito
mas não tem valor, não tem história, não tem nada, não tem conteúdo, né? ter essa
valorização, eu acho que tu já conseguiria contribuir com essa reeducação toda, né, essa
conscientização.” O participante S6 faz alusão ao histórico de uma determinada localidade
como pré-requisito para o cuidado. O participante S5 complementa acrescentando que
Imbituba não pode ser conhecida apenas pelo surf: “cada praia ter sua história, vamos dizer
assim, né, mas eu acho que a gente não pode conhecer só Imbituba por causa do surf. Tem
que acrescentar mais coisa. A gente não pode ficar só conhecido por causa do surf”. Além
da parte histórica o participante faz uma critica sobre o uso da cidade e da mesma ter outras
opções onde mais pessoas frequentaram a cidade, logo uma maior preocupação ambiental.
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Além do aspecto histórico cultural, que pode levar a uma ideologia de preservação,
Imbituba é mundialmente conhecida pelas belezas naturais e os participantes foram
questionados sobre a Beleza das praias. Castanhel (2017) cita que Imbituba chama atenção
pelas belezas naturais e destaca as belas praias da cidade. Todos os participantes fizeram
alusão as belezas naturais e as praias de Imbituba onde S2 completa salientando: “Cara, o que
mais me impressiona é a beleza das praias e a quantidade de praia bonita que a gente tem
aqui no nosso litoral, de Imbituba.” Em um tom de responsabilidade e grandiosidade o
participante acima destaca Imbituba pela beleza e em um ar de espanto pelo tamanho e
amplitude.

3.1.4 Subtema 4 - Sustentabilidade, educação ambiental, Poluição e depredação:


Sustentabilidade, poluição, depredação e educação ambiental são temas que refletem muito
quando falamos de esportes na natureza. Brymer (2017) cita que os praticantes de esportes de
aventura na natureza engrandecem o sentimento de conexão com a mesma, de forma que
possam preserva-la. O participante S5 complementa o autor supracitado “... tu vai depender
da natureza. Então, consequentemente a tua conscientização de meio ambiente vai estar
junto. S7 faz alusão ao cuidado com a natureza: “Se tu pratica o surf, tu vai ter que preservar
ali o ambiente, ali, da melhor forma”. Ambos participantes enfatizam o cuidado ao meio que
usam, logo cuidar do mar onde estes usam pode ser evidenciado.
O participante S4 abrange o conceito de educação ambiental: “o cara fala de
educação ambiental mais muita gente pensa que a é bota o plástico no vermelho, o papel no
azul e o metal no verde. É educação ambiental é muito mais além disso sabe?... Então pra...
se realmente se ter.. se pra realmente se falar de sustentabilidade tu tem que ser primeiro
educado com ... ambientalmente...”. Em citação Loreiro (2004) fala que a educação ambiental
está presente na própria educação, é formada de múltiplas tendências pedagógicas e do
ambientalismo. Ainda destaca que a mesma não serve somente para rever valores esquecidos,
mas também para incentivar uma perspectiva de cuidados necessários em um meio que
dependemos para sobreviver.
A WWF Brasil cita que os indivíduos devem ter noção que dependemos dos recursos
naturais e que esses são finitos. Reconhecer tais preceitos é necessário para a conservação da
biodiversidade e do crescimento sustentável. O Ministério da Educação, (2000) complementa
que a ações do homem contra a natureza são de grande preocupação e que consequências são
nítidas e de grande risco para a espécie humana.
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O desenvolvimento mundial deve ser pensado de forma que não haja


comprometimento dos sistemas ecológicos e sociais da comunidade. A complexibilidade
desse processo afeta diretamente o meio ambiente e seus danos são evidentes se esse
desenvolvimento não for pensado de forma equilibrada. (JACOBI, 2003). O Ministério da
Educação, (2000) complementa citando que é necessário pensar em formas de manter o
ambiente equilibrado conciliando a produção de resíduos com a preservação natural. A não
execução de ações que corroborem com o processo supracitado é considerado, pelo autor, um
caminho suicida.
O individuo S2 cita a praia do porto como exemplo de poluição ambiental: “cara, eu
acho que mais especificamente ali na... na Praia do Porto, aquela questão da poluição ali,
com aquele esgoto jogado e um pouco de descaso do Poder Público e da... da própria
população em geral” . O Ministério da Educação (2000) cita que é necessário o olhar da
população para que seja pensado alternativas que colaborem para um desenvolvimento
sustentável. O mesmo autor finaliza citando que o objetivo é prevenir que o ambiente seja
degradado pela criação de dejetos, materiais não sustentáveis e outros itens que sujem ou
depredem o meio natural.

3.2 POLITICAS PUBLICAS

Nessa secção foram discutidos relatos obtidos no Grupo focal referentes a politicas
publicas, onde Tavolaro (1999) afirma que estas são intermitentemente importantes para a
manutenção, prevenção e cuidado do meio ambiente. Os assuntos foram distribuídos em
alguns subtemas: 1: Turismo, 2: Infraestrutura, saneamento básico, coleta seletiva e órgãos
competentes, 3: Meio ambiente na educação básica.

3.2.1 Subtema 1 - Turismo: Nessa partitura o Turismo foi elucidado e discutido com os
participantes, os quais os mesmos abrangeram uma série de detalhes quando questionados
sobre o cuidado com a cidade, sobre questões ambientais e sobre a crise ambiental.
Segundo Ruschmann (1997) salienta que o turismo propõe um desenvolvimento da
comunidade e das pessoas, sendo necessário que haja um planejamento rigoroso e que a
comunidade seja envolvida para que este seja bem sucedido. A atividade turística vem
ganhando força atualmente pelo fato de proporcionar novas experiências, possibilitando a
interação do individuo com outros meios e culturas. O turismo não pode ser uma alternativa
apenas de conhecimento de uma localidade nova, mas sim uma oportunidade de
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conhecimento cultural e uma ferramenta para o debate sobre questões socioambientais


buscando uma prática sustentável.
O participante S5 fala sobre a estrutura turística “a desvantagem que tem na cidade aí,
é que infelizmente a gente não tem estrutura pra suportar as pessoas que vêm de fora. Acho
que falta muita coisa... descaso público, como foi citado aqui... nossa cidade tem um
potencial, aí, de turismo enorme, basicamente a gente vive de turismo... tu vai lá no canto, lá,
tu tem que fazer xixi no meio do mato, que não tem um banheiro público”. Ruschmann (1997)
complementa o participante acima salientando que gestão local deve ter em mente que um
planejamento bem estruturado e uma administração atualizada de conhecimentos são de suma
importância para um turismo bem organizado, sustentável e com mínima depredação do
ambiente.
O participante S6 questiona a relação entre o porto e o meio ambiente: “a gente vive
num... num paraíso... Imbituba hoje, numa cidade que ela te oferece só duas opções: tanto
turismo, quanto portuário, né? E... aquela questão: ambos não, não se fecham. O portuário
com o... o meio ambiente, né?... cobrar um pouco mais também dos órgãos públicos, né, que
tem com certeza os seus deveres dentro da cidade...”. O participante discorre sobre o turismo
sustentável e as ações industriais. O Participante S1 complementa: “Acho que uma coisa
importante também é o governo definir o que... a cidade deve ser né, se é uma cidade
turística, ou se é uma cidade industrial... tipo, realmente ter uma estrutura legal assim, pra
receber os turistas de uma forma que não agrida a natureza” Na fala de S1 fica evidente a
relação turismo e natureza, onde o cuidado contra a depredação é destacado. Em uma
perspectiva reflexiva, o participante S3 faz alusão a um aumento na demanda turística:
“Imbituba é muito turista só no verão, né, eu acho que tem que começar a investir um pouco
no inverno, porque no inverno a cidade dá uma morrida”. Na fala do participante podemos
refletir que com o aumento da demanda de turistas haverá um aumento da degradação
ambiental, onde ações e cuidados devem ser ainda mais evidenciados. Amado (2016) cita que
o estado é responsável pela fiscalização, controle e preservação de áreas naturais criando
ações e se incumbindo de solidificar o cuidado nas mais diversas áreas prestando assistência
necessária para que não haja depredação.

3.2.2 Subtema 2 - Infraestrutura, saneamento básico, coleta seletiva e órgãos


competentes: Os participantes foram questionados sobre as impressões locais, as vantagens e
desvantagens da cidade. Nessa secção a Infraestrutura, saneamento básico, coleta seletiva e
órgãos competentes foram citados e evidenciados.
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O participante S2 discorre sobre o esgoto a céu aberto e cita que “é um pouco de


descaso do Poder Público e... da própria população em geral, assim”. O mesmo participante
salienta que os órgãos públicos devem “se preocupar um pouco mais com a praia”. O
participante S4 complementa, em indignação, sobre o descaso em relação a poluição e as
praias. “... o cara fica até triste. O cara vai pra água pra relaxar e acaba se estressando
mais ainda... ponto de vista é em relação ao ser humano mesmo”. S1 faz alusão ao
investimento em infraestrutura complementando os participantes acima: “... mas acho que tem
que investir mais, né, essa questão assim de infraestrutura nas praias.” Segundo Lavrador
Filho (1987), que uma alternativa que deve ser pensada pelos órgãos públicos é o reuso de
águas. Este é o aproveitamento de águas que já foram utilizadas de alguma forma, uma ou
mais vezes para suprir as necessidades humanas. O reuso do esgoto é uma pratica antiga
utilizadas em diversas regiões do planeta, porem é pouca usada no nosso pais.
O individuo S6 cita a ação publica cobrando fiscalização “o órgão público, eu acho
que ele tem que ser bem atuante nessa fiscalização”. Dantas (2002) complementa que a
imagem de um determinado lugar é favorecida quando serviços técnicos são oferecidos aos
indivíduos. O mesmo autor ainda cita que o planejamento e a estruturação de uma cidade em
prol de áreas turísticas e naturais não só melhora o turismo mais também a qualidade de vida
do povo local.
S1 salienta que devem existir praticas em contato com a natureza porem “o órgão
publico deve autorizar” para que o seja incentivado o esporte na natureza e seus benefícios,
porem deve se pensar em tais práticas para “não ter muito impacto na natureza.... ter um
técnico, uma lei de não... quebrar nada na natureza.” Ibama (2016) salienta que a
fiscalização ambiental é caracterizado pelo poder de policia previsto na legislação ambiental.
Está consiste no dever que o poder publico de fiscalizar as condutas que se apresentem como
potenciais ou efetivos poluidores e utilizadores dos recursos naturais, garantindo a
preservação do meio ambiente para a coletividade.
O participante S3 introduz o assunto reciclagem: “Acho que o Brasil é muito fraco
nessa parte de reciclagem... acho que nois ta usando muita coisa e so uma parte de
reciclagem...”. No Brasil o problema com o lixo é um fator agravante que está relacionado
com a rápida saturação dos aterros. Há outras maneiras de diminuir o volume de lixo
destinado aos aterros como: incineração, digestão anaeróbia, compostagem, coleta seletiva ou
separação pós-coleta, porem a reciclagem e reutilização de recursos compõe uma das soluções
mais benéficas ao meio ambiente. (BIANCHINI, 2001)
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De acordo com Cacalcante (2002) em tempos passados o lixo produzido pelos


indivíduos não causava impactos significativos ao meio ambiente, visto que origem dos
resíduos era de natureza orgânica. Nas palavras de Rodrigues (1998) a coleta seletiva é de
extrema importância no processo de reciclagem. Um dos maiores problemas na reciclagem é a
ineficiência ou inexistência da coleta seletiva.
S4 salienta sobre a coleta seletiva: “... muita gente pensa que a é bota o plástico no
vermelho, o papel no azul e o metal no verde... é muito mais além disso sabe?...ser
sustentável é tu... é usar um pote de um certo produto que tu consome na tua casa e
reutilizar aquele potinho pra certa outras coisas né?”. Atualmente percebemos que há uma
valorização de produtos práticos e descartáveis, o que aumenta significativamente o volume
do lixo produzido. Produtos duradouros e reutilizáveis, considerados de boa qualidade até
algum tempo atrás, perderam terreno para os descartáveis. (GRADVOHL, 2001)

3.2.3 Subtema 3 - Meio ambiente na educação básica: Uma questão que surgiu após
questionamentos foi a do Meio Ambiente na educação básica. Medeiros et. al. (2007) cita que
com o passar dos anos o desenvolvimento global fez com que os recursos naturais fossem
usados de forma inadequada desencadeando em muitas consequências. O homem visa o lucro
sem precedentes, muitas vezes não penando que ele depreende da natureza para sobreviver.
S2 destaca a importância de a educação ambiental ser aplicada já desde criança: “Acho
extremamente importante, porque é o período que a criança ta em formação e aquilo ali ela
vai leva pro resto da vida... são noções simples que vai da o resultado final grande.”.
Medeiros et. al. (2007) faz alusão a educação ambiental salientando que esta é
fundamental para uma conscientização das pessoas sobre a natureza. O objetivo prioritário é
fazer com que as pessoas tenham consciência de como devem usufruir dos recursos naturais
buscando o equilíbrio entre homem e natureza. A educação ambiental na escola deve compor
um exercício de cidadania e enfatizado pelo poder publico. A propensão de uma criança
munida de conhecimentos a cerca do meio ambiente se torne um adulto consciente é
aumentada se a educação ambiental ser aplicada nas salas de aula.
O participante S2 faz um embate sobre a aplicação da educação ambiental na escola:
“Eu também acho que precisava ser um pouco mais debatido isso na escola ne eu pelo menos
que eu me lembre meu ensino fundamental não teve.. tanta ênfase nessa questão da
sustentabilidade assim.” A Lei nº 9.795, de 27.4.1999 e do seu regulamento, o Decreto nº
4.281, de 25.6.20025 estabelecendo a Política Nacional de Educação Ambiental trás a tona o
15

sentimento de esperança para educadores, ambientalistas, professores oficializando um marco


legal no que se diz respeito a educação ambiental. (BRASIL, 2007)
Cardoso (2011) fala sobre que a educação ambiental aplicada na escola representa uma
ação que busca a diminuição aos impactos causados no meio natural por meio da
conscientização e orientação em prol do meio ambiente. A constituição de 1988 evidencia que
todos têm direito a um meio ambiente equilibrado. O mesmo autor finaliza citando que é
obrigação das autoridades competentes incluir na escola.

3.3 CONCEITOS, VALORES E DEVERES.

O sentido de tratar tal tema faz alusão à necessidade e compreensão da população e


das pessoas sobre determinados pontos. Na secção foram discutidos relatos obtidos no Grupo
Focal referentes a conceitos de entendimento ambiental, a valores, e deveres, nos quais foram
abordados apenas em um subtema: 1: Civilidade e educação cívica.

3.3.1 Subtema 1 - Civilidade e educação cívica: Depois de questionados sobre assuntos


referentes a comportamentos, atitudes e relevância do discurso sobre o meio ambiente a
civilidade e a educação cívica foram abordadas.
A civilidade é caracterizada pelo respeito a uma serie de normas em uma sociedade
organizada. Normas de convívio são as regras aceitas pela maioria de uma determinada
população, para que haja um convívio pacífico entre pessoas, de uma determinada
comunidade. (FILGUEIRAS, 2006). S5 faz alusão a algumas normas que são aceitas pela
sociedade local quando tratasse do lixo jogado na praia. “acho que temos que fazer a nossa
parte, mais além da nossa parte tem que ligar a galera que vem de fora ai pra deixar a nossa
praia limpa... não adianta vir usar tudo que é nosso e deixar tudo avacalhado.”. Na fala do
participante S5 é evidenciado que a cultura local trata a praia com respeito as normas
ambientais, logo instituem a outros indivíduos a aderirem tais regras. A civilidade é
necessária em quaisquer agrupamentos de pessoas em um determinado lugar, seja para viver e
conviver, visitar ou simplesmente conversar. (FILHO, 1998)
O participante S6 faz referência aos aceites da sociedade em sua fala: “essa questão eu
vejo muito até mesmo, como questão de princípios ne cara? Dentro da casa da gente né?...
mas tu tem uma consciência... é uma questão de principio de educação que tu recebeu na tua
casa ne”. O participante critica as ações contra o meio ambiente caracterizando a falta de
16

civilidade em sua fala. Ainda pode-se perceber a influência da cultura familiar na preservação
ambiental.
Quando falamos de civilidade logo vem o conceito de cidadania de acordo com
Filgueiras (2006) é um conceito amplo e histórico que varia entre as mais diversas regiões do
mundo que depende do momento e dos costumes que tais regiões abrangem. Ela sofre
diversas mudanças de acordo com acontecimentos e com o desenvolvimento natural do
planeta.
Filgueiras (2006) fala que a educação cívica é pensada como meio de formar um
cidadão, que esteja preparado para conviver em harmonia em uma sociedade democrática. S6
da um exemplo de educação cívica em sua fala: “antigamente tinha uma disciplina... direitos
civis... era uma... matéria na escola que a gente tinha que era de direitos e deveres...”. A
educação cívica ja foi oferecida em diversos períodos nos currículos escolar sendo iniciada
com a ditadura militar no Brasil. (FILGUEIRAS, 2006). S6 ainda complementa a sua fala:
“acho que é importante a gente ter como diz o outro... ações até mesmo pra educar as
pessoas, muitas vezes elas vão la e jogam um papel de bala no chão... se tu juntar na frente
dele eu garanto que ele vai se sentir envergonhada”. A fala de S6 faz referência a uma ação
cívica que contribui com o meio ambiente.
Filgueiras (2006) ainda cita que a educação cívica visa levar o individuo a adquirir
hábitos morais e cívicos através da consciência dos princípios para que este saiba conviver e
seja útil perante a comunidade. S6 salienta sobre o caráter cívico supracitado na melhora do
meio ambiente: “cara se todo mundo fizesse o trabalho de formiguinha, nois vamos ter um
grande resultado o problema é o caráter”. S1 faz complemento a S6: “tu vai em campeonato
de surf, tá todo mundo, toda hora, ah, não sei o que, leve o seu lixo, já tem uma consciência
legal, assim, os praticantes de esportes, é... de aventura... ter essa conscientização do meio
ambiente, né, de não poluir”. S3 finaliza citando que: “se todo mundo se conscientizar e
jogar o papelzinho... pega e guardar... não teria tanto problema... a cara um papelzinho não
vai prejudicar... vai cara”. Nas falas e referencias acima citadas podemos perceber o caráter
cívico educacional que pode fazer com que mudanças no âmbito ambiental possam ser melhor
evidenciadas.
17

4 ALGUMAS CONSIDERAÇÕES

O objetivo principal da pesquisa foi analisar um grupo avulso de surfistas da cidade de


imbituba e observar a percepção ambiental e a potencialidade como possiveis educadores
ambientais.
Em relação a escolha dos participantes da pesquisa o fato do metodo escolhido ser o
Grupo Focal, foram escolhidos poucos individuos. Em contrapartida o aspecto viceral e
qualitativo obtido nas respostas foi satisfatorio. Em proximas pesquisas sugere-se um grupo
maior e uma pesquisa complementar quantitativa.
Verificou-se uma forte critica em relação a diversos aspectos relacionados ao meio
ambiente pelos participantes do Grupo Focal. Uma forte valorização ambiental pelo meio dos
participantes da pesquisa foi evidenciado, onde estes salietaram diversas situações entre o surf
e o meio ambiente, politicas publicas, valores e principios. Um estudo com outros surfistas ou
até com praticantes de outras modalidades de aventura é valido para comparativos, assim
como fez Graça (2013) com montanhistas do sul catarinense.
Em diversos momentos pode-se indentificar os surfistas como possiveis educadores
ambientais, na qual estes defendem o meio que praticam. Ações em prol do ambiente, atitudes
de exemplificadoras e embates em relação a variados temas foram fortemente debatidos, onde
situações reais foram citadas. As perguntas e quantidade das mesmas podem ter sido cruciais
na captação dos dados obtidos, onde em um proximo estudo, o eixo norteador pode ser
distinto ou mais complexo.
O atual estudo pode ser de grande valia em embates em realação ao meio ambiente. O
uso de uma modalidade esportiva em prol da natureza deve ser utilizada como alternativa.
Outros estudos devem ser realizados onde a metodologia e complexibilidade do mesmo
devem ser pensadas e aplicadas.
18

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novembro 2017.
24

APÊNDICE A:
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Você está sendo convidado a participar do projeto de pesquisa intitulado: “SURF E O


MEIO AMBIENTE: UM ESTUDO SOBRE A RELAÇÃO ENTRE PRATICANTES DA
MODALIDADE E O MEIO QUE O ACERCA NA CIDADE DE IMBITUBA – SC. Este
estudo tem como objetivo Analisar um determinado grupo de praticantes da modalidade surf
no município de Imbituba - SC, observando a percepção ambiental e a potencialidade dos
mesmos como possíveis educadores ambientais.
Para participar dessa pesquisa você submetido a uma serie de perguntas que serão
respondidas perante um grupo, na qual suas respostas devem idealizar a realidade dos fatos.
As respostas e toda a conversa será filmada objetivado a posterior analise das mesmas.
A confidencialidade das informações geradas será mantida durante todo o processo,
mantendo sua privacidade, tendo somente os pesquisadores acesso aos dados coletados, que
poderão, depois de copilados e analisados, serem utilizados para futuras publicações de
âmbito cientifico.
A participação no estudo se dará de forma livre e voluntária, sem qualquer
constrangimento ou dano a quem não quiser fazer parte da pesquisa. Não haverá qualquer tipo
de pagamento para ambas as partes. Você poderá retirar o seu nome do estudo em qualquer
momento sem qualquer penalização ou prejuízo.
Não existem riscos quanto a responder as perguntas, porém caso você se sinta
desconfortável ou constrangido, poderá contar com o auxílio dos pesquisadores para
responder as mesmas.
O beneficio oferecido pela pesquisa, além do âmbito da colaboração para o avanço
cientifico da área, se dá no intuito de difundir a modalidade surf quanto a preservação
ambiental. Em qualquer etapa do estudo você terá acesso aos profissionais responsáveis pela
pesquisa para qualquer esclarecimento de eventuais dúvidas. Ademais qualquer duvida ou
consideração sobre a esta pesquisa, você pode entrar em contato com os pesquisadores
responsáveis, através dos telefones e e-mails contidos no final deste documento.
Acredito ter sido suficientemente informado a respeito das informações que li,
descrevendo o estudo, ficando claros para mim os propósitos deste estudo, bem como os
25

procedimentos a serem realizados, seus riscos e garantias de confidencialidade. Ficou claro


também que minha participação é livre de despesas.

Eu_________________________________________ concordo em participar da


pesquisa e poderei retirar meu consentimento a qualquer momento, antes, durante ou depois
da coleta de dados, sem penalidades/prejuízos, ou mesmo perda de qualquer benefício que
possa ter adquirido nesse serviço.

Data:________________________ Local: __________________________________


RG: ________________________
Assinatura:__________________________________________________________________

Em caso de duvidas, perguntas ou solicitações de resultados do estudo, entre em


contato com:

Pesquisador Responsável: Outros Pesquisadores:


Prof. Romulo Luiz da Graça Matheus Cardoso Serafim
Telefone: (48) 996117579 Telefone: (48) 999661673
e-mail: Romulo.Luiz@unisul.br e-mail: Matheus.villa@gmail.com
Assinatura dos pesquisador: Assinatura dos pesquisador:
26

APÊNDICE B – Esquema direcionador do GF

1. Como descreveriam o que sentem ao realizarem a pratica do surf?


2. O que impressiona e o que decepciona nas praias de IMBITUBA?
3. O contato com a natureza releva algum sentimento especial? Descreva.
4. Falam sobre preservação ambiental com outros praticantes, turistas e moradores? Sobre a
crise ambiental?
5. Vocês se sentem preparados para tratar das questões ambientais com essas pessoas?
6. Quais conhecimentos poderiam ser repassados em relação as praias de Imbituba? E o sobre
o surf e a natureza?
7. Vocês acham que é necessário trabalhar a reflexão sobre as questões ambientais em
AFAN? Por quê?
8. Participaram de algum acontecimento onde teve de intervir a favor do meio ambiente?
Descreva
9. Vocês acham que os praticantes de AFAN têm noção da importância de abordar tais
questões? Justifique.
10. Como vocês definiriam SUSTENTABILIDADE? E EDUCAÇÃO AMBIENTAL?
11. Que relação vocês estabelecem entre as Atividades Físicas De Aventura Na Natureza,
valores e a Educação Ambiental?
12. O que gostariam de falar para encerrarmos?

Obrigada por sua atenção e sua participação!


27

APÊNDICE C – Roteiro de observação

1 – Estado emocional da pessoa:


( ) Calmo ( ) Nervoso ( ) Inquieto ( ) Receoso ( ) Outro. Qual?___________

2- Jeito da pessoa se expressar:


( ) Introvertido ( ) Extrovertido ( ) Pondera antes de falar ( ) Empolgado

3 – Postura corporal:
( ) Sentado ( ) Em pé ( ) Braços cruzados ( ) Pernas cruzadas ( ) Mãos cruzadas
( ) Segurando alguma coisa. O quê? ____________________

4 – Pausas durante a fala:


( ) Não houve ( ) Raramente ( ) Frequentemente

5 – Por que aconteceram as pausas?


( ) Reflexão ( ) Receio ( ) Desinteresse ( ) Ficou emocionado
( ) Outro. Qual? ____________________

6 – Aconteceu algum movimento corporal diferenciado/repentino?


( ) Não ( ) Sim. Qual? ____________________________________________
Razão?_____________________________________________________________________

7 – Durante a seção do Grupo Focal, a pessoa olhava para:


( ) os Equipamentos de Surf ( ) outros objetos ( ) as outras pessoas ( ) o equipamento de
filmagem
( ) Outro. Qual? ______________________

8 – Durante a seção Grupo Focal a pessoa demonstrava: Alegria, tristeza, indiferença


(circular um deles ou acrescentar outro: .................................................)

9 – Outras observações:
28

ANEXO A
UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA
COMITÊ DE ÉTICA EM PESQUISA - CEP UNISUL CONSENTIMENTO PARA
FOTOGRAFIAS, VÍDEOS E GRAVAÇÕES

Eu _________________________________________________________________ permito
que os pesquisadores relacionados abaixo obtenham:
( ) fotografia,
( ) gravação de voz,
( ) filmagem ou gravação em vídeo de minha pessoa para fins de pesquisa científica, médica
e/ou educacional.
Eu concordo que o material e informações obtidas relacionadas à minha pessoa possam
ser publicados em aulas, congressos, eventos científicos, palestras ou periódicos científicos.
Porém, a minha pessoa não deve ser identificada, tanto quanto possível, por nome ou qualquer
outra forma.
As fotografias, vídeos e gravações ficarão sob a propriedade do grupo de pesquisadores
pertinentes ao estudo e sob sua guarda.

Nome do sujeito da pesquisa e/ou paciente: ________________________________________


RG: _____________________________________________________________________
Endereço: _______________________________________________________________
Assinatura: _______________________________________________________________

Nome dos pais ou responsáveis: _________________________________________________


RG: _______________________________________________________________________
Endereço: __________________________________________________________________
Assinatura: _________________________________________________________________

Se o indivíduo for menor de 18 anos de idade ou legalmente incapaz, o consentimento


deve ser obtido e assinado por seu representante legal.

Nomes completos dos pesquisadores: 1. Romulo Luiz da Graça; 2. Matheus Cardoso Serafim
Telefones dos pesquisadores: 1. (048)996117579; 2. (048)999661673
Data e Local onde será realizada a pesquisa: Outubro de 2017, Imbituba – SC

Adaptado de: Hospital de Clínicas de Porto Alegre / UFRGS

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