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The Division

Em seu cerne (ou “no caroço da questão”, como eu prefiro dizer) The Division é exatamente o
que a internet inteira diz sobre o jogo: Diablo com armas. Ou, mais recentemente, dá pra
comparar com Destiny, mais focado em ação do que o festival de cliques da Blizzard. Eu não
esperava isso do jogo. Como de costume eu não acompanhei muitas notícias sobre o
desenvolvimento, afinal de contas quis reservar alguma surpresa pra quando colocasse a mão
no jogo. Fiz bem, porque a expectativa era grande, mas talvez fosse ainda maior se eu tivesse
acompanhado de perto. E isso teria mudado completamente minha opinião sobre o game.

Inesperadamente, o conjunto todo funcionou surpreendentemente bem (e não é nada


surpreendente o quanto eu esteja surpreso com o jogo, vice “não formar expectativa”). A
narrativa em si é bem genérica, o que novamente me faz usar a palavra “surpresa”, já que foi
uma eu ter gostado do jogo, já que geralmente me agradam mais as narrativas “fechadas”, as
histórias que tu joga do começo ao fim e parte adiante, como em um filme ou livro. Mas
apesar da linha principal ser um tanto genérica (“você é um agente, precisamos de sua ajuda,
você é um herói, viva você!”), a forma como ela é entregue é bem eficiente. Ao invés de criar
um início, meio e fim, tu recebe algumas parcas informações: deu xabu em Nova Iorque,
ativaram um programa secreto com agentes “infiltrados” na sociedade, tu é um desses
agentes e precisa ajudar como puder a melhorar a situação na agora isolada ilha de Manhattan
(ou parte dela). O resto tu descobre através das coisas que tu junta pelo mapa (e são
completamente opcionais): celulares perdidos, fotos, diários, documentos, vídeos de
segurança e a cereja no bolo. Me refiro aos “Ecos”, locais onde o sistema completamente
fictício do jogo reúne gravações de áudio, vídeo e toda sorte de fontes pra recriar hologramas
“caminháveis”, que tu pode explorar enquanto ouve áudio, vendo um momento “congelado
no tempo”, sobreposto sobre a realidade que às vezes contém os resultados daquele
momento. É uma ótima forma de contar uma história aos poucos, respeitando a decisão do
jogador de explorar ou não essa camada adicional.

Tudo isso, coroado por uma mecânica divertida pra caramba de jogar. As missões podem ser
genéricas, mas são todas bem divertidas de se jogar, ainda mais nas dificuldades mais
desafiadoras que abrem após o nível 30. Jogar em equipe também aumenta a diversão do
jogo, permitindo flanquear inimigos, concentrar fogo ou todo tipo de estratégia pra aumentar
o estrago feito pelos até 4 jogadores em uma partida. Ainda não vi muito do conteúdo de nível
alto (recém terminei a campanha e alcancei o nível 30), mas o que vi até agora me agradou e já
existem promessas de melhora. Pode não ser material pra jogo do ano, mas só nesse tempo
que eu joguei já me valeu a compra, rendendo mais de 40 horas de jogo e com expectativa de
render mais umas 40.

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