Aluno: Adson Ramonny Silva de Medeiros

Microeconomia

1A – A alocação inicial não é eficiente no sentido de Pareto, pois a priori, as duas pessoas
irão pensar em seu melhor interesse, isso implica que a condição de tangência não será
atingida e que a curva de contrato que reúne todas as alocações eficientes não existirá.
Portanto, a alocação inicial não será eficiente.
B – Assinalando que o comportamento é implausível no caso de duas pessoas, mas faz
perfeito presumir que agirão de modo não-competitivo. Logo, ambos irão agir de forma
justa e ficarão satisfeitos, obedecendo a condição de tangência e cumprindo a curva de
contrato que reúne todas as alocações diferente no sentido de Pareto. Como consequência,
tornando a alocação final justa no sentido de Pareto.
2 - A Lei de Walras implica que existe uma identidade. Onde o excedente da oferta e
demanda agregada é idêntica a zero, e nesse caso há excesso de demanda no penultimo
mercado, portanto no outro mercado haverá uma escassez de demanda, ou um excesso de
oferta.
3 - Uma alocação é equitativa quando nenhum agente prefere a cesta de bens de outro
agente à sua própria. Se o agente i preferir a cesta de bens do agente j, dizemos que i
inveja j. Por fim, se uma alocação for equitativa e eficiente no sentido de Pareto,
dizemos que ela é uma alocação justa. Portanto, A ideia de alocações justas proporciona
um meio alternativo de realizar julgamentos distributivos. Esse conceito enfatiza a ideia
de tratamento simétrico. Mesmo quando a alocação inicial for simétrica, os métodos
arbitrários de troca não produzirão necessariamente uma alocação justa. No entanto, o
mecanismo de mercado proporcionará uma alocação justa.
4 – O Teorema da Impossibilidade de Arrow busca mostrar que é impossível que um
mecanismo de escolha social que satisfaça simultaneamente determinadas condições.
Tais condições são:
- a existência de racionalidade, isto é, o mecanismo de escolha social, deve ser capaz de
ordenar completamente todas as alternativas envolvidas no processo de decisão, e todas
as ordenações devem obedecer aos axiomas da transitividade.
- o mecanismo de escolha social envolve todas as combinações de ordenação de
preferências individuais acerca das alternativas disponíveis
- a escolha entre duas alternativas quaisquer depende apenas das ordenações individuais
delas;
- as preferências de um indivíduo qualquer nunca são sempre decisivas; não há nenhum
indivíduo que faça com que sua ordenação de preferências sempre prevaleça dentro do
mecanismo de escolha social, mesmo que o restante dos indivíduos prefira o contrário;
- se todos os indivíduos na sociedade preferem uma dada alternativa A, a uma outra B, o
mecanismo de escolha social deve resultar em A preferido a B.
Embora as condições de 1 a 3 assegurem que se os indivíduos fornecerem informações
sobre suas ordenações de preferência, o mecanismo de escolha gerará uma decisão
coletiva; a 4 assegure que o processo de escolha seja democrático e a 5 garanta a eficiência
do processo, como as três primeiras condições impedem comparações interpessoais de
utilidade, a única forma das inclinações pessoais se transformarem em preferências
sociais é pela imposição ou formas ditatoriais.
5A – As externalidades negativas ineficiência no mercado porque a decisão de um agente
reduz o bem-estar de outro. Um exemplo disso é uma siderúrgica e uma empresa de pesca.
Uma empresa tem como objetivo a minimização de custo para obtenção de lucro máximo.
No entanto, nesse caso quando a siderúrgica pensa em minimizar seus custos privados de
produzir aço, ela produz onde o custo marginal de poluição extra se iguala a zero, mas o
nível eficiente no sentido de Pareto de poluição exige a minimização dos custos sociais
da poluição. No nível eficiente no sentido de Pareto de poluição, a soma dos custos
marginais de poluição das duas empresas tem de ser igual a zero. Mas, ao nível eficiente
no sentido de Pareto de poluição, a siderúrgica polui até o ponto em que o efeito do
aumento marginal na poluição iguala-se ao custo social marginal, que avalia o impacto
da poluição nos custos de ambas as empresas. No nível eficiente de produção de poluição,
a quantia que a siderúrgica está disposta a pagar por uma unidade extra de poluição deve
igualar-se aos custos sociais gerados pela poluição extra – que inclui os custos que ela
impõe à empresa de pesca.
B- A vantagem é que esse imposto ele pode calcular o tamanho da externalidade e impor
uma multa para o causador da externalidade. Esse imposto pode diminuir impactos
negativos na sociedade, em áreas como as de saúde e do meio ambiente, por exemplo. Já
a desvantagem em relação ao imposto de Pigou é que o o governo poderia usá-lo como
argumento para a implantação equivocada de impostos abusivos, valendo-se de uma falsa
promoção do bem-estar social.
6 – Tragédia do Uso Comum se entende por um bem que é utilizado por muitas pessoas
de forma consciente, como consequência desse uso, a utilidade do bem é reduzida,
diminuindo sua eficiência. Para ilustrar o problema imaginemos um vilarejo agrícola em
que os habitantes criam seu gado num campo comunitário. Desejamos comparar dois
mecanismos de alocação: o primeiro é a solução da propriedade privada, na qual alguém
possui o campo e decide quantas cabeças devem pastar ali; o segundo é a solução em que
o campo é propriedade comunal dos habitantes do vilarejo e o acesso a ele é livre e
irrestrito. A solução da propriedade privada irá trabalhar com direitos de propriedades
bem definidas, logo, irá com operar com mais eficiência e terá maior nível de utilidade.
Já na propriedade comunal com seu uso irrestrito ele irá operar com um nível da maior
de utilidade até o ponto em que o número de vacas ultrapassar o número “limite”.
Portanto, nota-se que desde que os direitos de propriedade estejam bem definidos, poderá
operar com um nível de utilidade maior do que sem que o direito de propriedade esteja
bem definido.
7A – Bens públicos são falha de mercado, pois quando pensamos no dilema do fumante
e não-fumante vemos que um quer fumar no quarto, mas seu colga não-fumante não quer
inalar fumaça porque é mais sensível a ela. Nesse caso já a ineficiência, mesmo que fosse
oferecido algum dinheiro para o não-fumante, talvez o custo benefício não valesse a pena.
Em um cenário em que convencer uma pessoa já é difícil, quando colocamos mais agentes
fumantes e não-fumantes fica ainda mais difícil.
B – Nesse caso, iluminação pública tem de ser fornecida na mesma quantidade para todos
os consumidores envolvidos, pois principalmente à noite tornará o bairro mais seguro em
virtude da luz. Nesse caso, a quantidade de iluminação pública gerada será a mesma para
todos os consumidores – cada pessoa pode atribuir-lhe um valor diferente, mas todas têm
de consumir a mesma quantidade. Dessa forma, caracterizando bem público e dando
razão para o pagamento da iluminação pública que proverá segurança para todos
igualmente.
8 – Na elite do futebol brasileiro é comum que muitos jogadores sejam bem pagos. No
entanto, no clube São Paulo Futebol Clube nota-se que a folha salarial vem aumentando
ao longo dos anos com contratos fixos, não há variação caso haja uma queda ou melhora
no rendimento do atleta. Um caso mais específico no clube São Paulo é o jogador Pablo
que foi contratado por 26 milhões e um salário fixo de 700 mil por 4 anos. Ele vinha de
uma temporada fantástica no seu antigo clube. Todavia, quando chegou no São Paulo,
houve uma queda brusca de rendimento não fazendo valer a pena o valor investimento
pelo clube. É nessa situação que se encaixa o Perigo Moral, quando se paga um salário
fixo, não há certeza que haverá melhora ou piora no rendimento do jogador. O contrário
acontece caso haja contrato de produtividade o jogador será forçado a dar o seu máximo,
caso contrário, terá seu salário reduzido e não pesará tanto para o clube. Dito isso, é por
esse motivo que os clubes vêm procurando oferecer mais contratos de produtividade do
que fixos. Um exemplo de sucesso são os clubes da Europa que aplicam tais contratos e
quase sempre observam melhora no rendimento de seu atleta, pois há incentivo para que
receba mais.