Você está na página 1de 11

Microeconomia – aula 10

=> Oligopólio: mercado com POUCOS PRODUTORES competindo entre si - é a única


estrutura em que a ação de um considera a ação do outro (concorrente ou amigo) - o
restante das estruturas age em resposta ao mercado
 * 1 – Há barreiras à entrada de novas empresas
 * 2 – Os produtos são diferentes ou não
  § Existe certa diferenciação possível dos produtos
 * 3 – Há poder de mercado, ou seja, capacidade de influenciar o preço
 * 4 – O quanto depende da interação entre as empresas de cada setor
 * 5 – O comportamento das empresas pode ser cooperativo ou competitivo 
 * 6 – O preço é maior que o custo marginal
=> Isso quer dizer que a ALOCAÇÃO é ineficiente no SENTIDO DE PARETO
=> Quanto mais concentrada é a INDÚSTRIA, MAIOR A CHANCE de as empresas
obterem lucros acima do normal (diferentes de zero)
=> Como os OLIGOPOLISTAS se comportam? Cooperam ou competem
=> Comportamento não cooperativo: quando a EMPRESA adota adoções e
estratégias de vendas SEM REALIZAR ACORDOS com seus concorrentes
 * Origina BRIGA por uma fatia maior do mercado e há guerra de preços (se for uma
DISPUTA muito acirrada, há a possiblidade de se aproximar de um CONTEXTO DE
CONCORRÊNCIA PERFEITA – isso beneficia o consumidor – mas o oligopólio não
é concorrência perfeita)
=> Comportamento cooperativo: ocorre quando as empresas desejam reduzir a
competição entre si e PASSAM A AGIR DE FORMA COLABORATIVA,
estabelecendo seus preços de forma conjunta ou repartindo o mercado - é possível
ter um comportamento cooperativo legal
=> Equilíbrio de Nash: é um EQUILÍBRIO NÃO COOPERATIVO
 * A partir do COMPORTAMENTO NÃO COOPERATIVO, as empresas procurarão
FAZER O MELHOR POSSÍVEL considerando as ações de seus concorrentes
  § Os agentes econômicos, INTERAGINDO ENTRE SI, definem a melhor estratégia
baseados nas estratégias escolhidas pelos concorrentes
=> Quando empresas em OLIGOPÓLIO trabalham de forma cooperativa, de forma
tácita ou explícita
 * Conluiando-se para maximizar os seus lucros conjuntos, a quantidade
produzida, os preços praticados e os lucros resultantes são de monopólio 
=> Barreiras ao conluio – é fruto de um acordo explícito – não é possível fazer
conluio tácito – CASO DE CARTEL – é explicito
* 1 – O conluio é ilegal
  § Diminui o excedente do CONSUMIDOR
 * 2 – Após um tempo agindo cooperativamente, a empresa eventualmente pode
quebrar acordo, oferecendo preço melhores a seus clientes, em uma ação
competitiva
 * 3 – Quando mercados oligopolizados tem mais de cinco ou seis empresas, os
preços são públicos e a tecnologia se altera rapidamente, é bem mais comum a
quebra do conluio tácito e as empresas podem tornar a agir agressivamente para
conquistar mais mercados
 * 4 – Concorrência externa (importados)
=> Quando as empresas oligopolistas agem DE FORMA NÃO COOPERATIVA,
definindo individualmente SEU NÍVEL DE PRODUÇÃO com o objetivo de
maximizar seus lucros, a QUANTIDADE PRODUZIDA será maior que a do
monopólio e menor do que a concorrência perfeita
 * O preço será MENOR do que o monopólio, mas MAIOR DO QUE O DE
CONCORRÊNCIA PERFEITA – os lucros serão positivos, mas menores do que os de
monopólio
=> Cartel: representa um GRUPO DE EMPRESAS que age em conluio ou em coalizão
– quando o cartel, que é PROIBIDO nas legislações antitruste, é FORMADO
 * O mercado é atendido da mesma forma que o monopólio

=> Oligopólio
 * 1 – Definição de quantidade a ser produzida – no ponto em que RMg = CMg 
  § Como a demanda é DIVIDIA entre um grupo de empresas, a quantidade é menor do
que a do monopólio
 * 2 – Definição de preço – P > CMg
  § Como há concorrência entre poucas empresas, o preço é MENOR do que o de
monopólio
 * 3 – Bem-estar – socialmente ineficiente
 * 4 – Lucro: lucro positivo – mas INFERIOR ao do monopólio
 * 5 – Poder de mercado – exercem poder de mercado menor do que o monopólio,
já que enfrentam a concorrência
=> Condições para o êxito do cartel
=> 1 – Formação de uma organização estável, cujos membros consigam realizar
acordos relativo a preços e a níveis de produção e depois cumprirem com o
combinado
 * Não é condição sine qua non que todas as empresas façam parte do cartel
  § A maior parte deve ser atendida pelo cartel
 * Não é condição sine qua non que as empresas sejam grandes
 * Não é condição sine qua non que todos concordem
  § Pode haver discordâncias
=> 2 – Deve haver espaço para o poder de monopólio
=> 3 – Quanto mais inelástica for a curva de demanda, mais o cartel tem condições
de elevar os preços a níveis bem superiores aos de concorrência perfeita
* A demanda tem de ser inelástica ao PREÇO
=> Tipos de bens 
=> Bens livres: são aqueles que existem QUANTIDADE ILIMITADA
 * São bens porque SATISFAZEM NECESSIDADES
  § Não possuem SIGNIFICADO ECONÔMICO, pois não tem preço, NEM PODEM
SER APROPRIÁVEIS
  § Ex: recursos naturais
=> Bens livres ou gratuitos: eles podem ser consumidos SEM CUSTOS
 * Os bens econômicos são ALOCADOS por meio do sistema de preços
  § Não pode ser possível se não houver preços
 * O mercado privado NÃO PODE GARANTIR sua produção em quantidades
socialmente ótimas
  § Não há o sistema de preços, que SINALIZA O VALOR RECEBIDO pelos
consumidores e o custo incorrido pelos consumidores
=> Sistema de preços – é um SINALIZADOR DO MERCADO
=> O que acontece se a ALOCAÇÃO do tipo de bem livre falhar? 
 * O Estado pode intervir, resolvendo a FALHA DE MERCADO e AUMENTANDO
O BEM-ESTAR
=> Bens econômicos: 
 * 1 – Escassos
  § Não quer dizer que são poucos – quer dizer que tem uma quantidade limitada
 * 2 – Há procura/demanda
 * 3 – São apropriáveis
 * 4 – Objetos de estudo da economia
=> Falhas de mercado: será que o setor privado aloca mais eficientemente os recursos
do que o governo? 
=> Teoria do Bem-Estar social: sob certas condições, os MERCADOS
COMPETITIVOS geram uma ALOCAÇÃO DE RECURSOS que se caracteriza pelo
fato de que é impossível promover uma realocação de recursos de tal forma que um
indivíduo aumente seu grau de satisfação sem que, ao mesmo tempo, isso esteja
associado a uma piora da situação de outro indivíduo
=> Ótimo de Pareto: ninguém pode melhorar sua situação sem causar prejuízos a
outros 
 * Melhora de Pareto: se for possível encontrar uma FORMA DE MELHORAR a
situação de uma pessoa sem piorar a de NENHUMA OUTRA, teremos uma melhoria
de Pareto
 * Se uma ALOCAÇÃO permite uma melhoria de Pareto, ela é ineficiente no sentido
de Pareto
  § E se a ALOCAÇÃO NÃO PERMITIR uma melhoria de Pareto, ela é eficiente no
sentido de Pareto
  § Uma alocação em que já se REALIZARAM TODAS AS TROCAS
VOLUNTÁRIAS (e agora já se esgotaram os ganhos possíveis advindos de novas
trocas), é uma ALOCAÇÃO EFICIENTE NO SENTIDO DE PARETO
=> Teoria econômica tradicional: para atingir uma ALOCAÇÃO “Pareto Eficiente”,
NÃO É NECESSÁRIO que exista um planejador central
 * A livre-concorrência (MERCADOS COMPETITIVOS) permite atingir esse ideal
máximo
 * Só que para ocorrer esta SITUAÇÃO ÓTIMA, alguns pressupostos precisam ser
atendidos
  § 1 – Não existir progresso técnico – progresso técnico possibilita melhoria de Pareto
para todos 
  § 2 – Concorrência perfeita – empresas; consumidores sem influência sobre o preço
> mercado atomizado
  § 3 – Informação perfeita por parte dos agentes
=> Realidade: há DIVERSAS FALHAS DE MERCADO – impedem que ocorra uma
situação ótima de Pareto
 * 1 – Existência de bens públicos
 * 2 – Falha de competição, que se reflete na existência de Monopólios Naturais
 * 3 – Externalidades
 * 4 – Mercados incompletos
 * 5 – Falhas de informação
 * 6 – Ocorrência de desemprego e de inflação
=> Na presença de FALHAS DE MERCADO, a política pública PODE ATUAR,
aumentando o bem-estar econômico
=> Duas características devem ser verificadas para classificar corretamente os bens
 * 1 – Os bens são excludentes (excluíveis; exclusivos)?
 * 2 – Os bens são rivais (disputáveis)?
=> Bens excludentes: são os bens cujo consumo pode ser RECUSADO (impedido) a
um indivíduo em particular
 * É possível IMPEDIR alguém de consumir aquele bem – ex: preço, motivo jurídico,
técnico, administrativo
  § Ex: se a pessoa não tem dinheiro para pagar, ela não irá ter – bem excludente
=> Bens rivais: são aqueles cuja DISPONIBILIDADE DIMINUI quando são
consumidos
 * Estão sendo disputados por pessoas – mercados privados, por exemplo
  § Ex: latas de azeite
  § Obs: banco de ônibus – não rival até certo ponto – quando não sobrar mais lugares, é
rival
=> Bens não-rivais: um bem é NÃO RIVAL quando, para qualquer nível específico de
produção, o custo marginal de sua produção é zero para um CONSUMIDOR
ADICIONAL
=> Comparando: um bem é RIVAL quando seu consumo por uma pessoa reduz a
quantidade disponível para o restante da sociedade e é EXCLUSIVO quando é
possível impedir que alguém o consuma (seja por razões econômicas, jurídicas,
políticas ou naturais)
=> Tipos de bens
 * 1 – Bens privados
 * 2 – Bens públicos
 * 3 – Recursos comuns
 * 4 – Monopólios naturais
=> Bens privados: são EXCLUDENTES e RIVAIS
=> Bens públicos: são NÃO-EXCLUDENTES e NÃO-RIVAIS 
* Ex: luz do poste
=> Recursos comuns: são RIVAIS e NÃO-EXCLUDENTES
 * Não podemos controlar quem pode usar ou não o bem
  § Seu uso reduz a disponibilidade para outro
  § Ex: peixes do mar – a classificação do bem pode mudar de acordo com o contexto –
o pesque-pague por exemplo
=> Obs: governo PODE LIMITAR o uso dos recursos comuns
=> Monopólios naturais: EXCLUDENTES e NÃO RIVAIS
 * Seu USO NÃO REDUZ a disponibilidade para outro – é possível IMPEDIR o uso
por alguém
  § Ex: água encanada; rede elétrica, rodovias
=> Bem não rival
 * 1 – Bem público
 * 2 – Monopólio natural
  § Também chamado de Bens de clube
=> Bem rival
 * 1 – Recurso comum
 * 2 – Bem privado
=> Bem não excludente
 * 1 – Bem público
 * 2 – Recurso comum
=> Bem excludente
 * 1 – Monopólio natural
 * 2 – Bem privado
=> Bens públicos: TODOS SE BENEFICIAM da produção do bem público mesmo
que, eventualmente, alguns se beneficiem mais do que outros
 * Outros exemplos: bens tangíveis como ruas ou iluminação pública – bens
intangíveis como justiça e defesa nacional
=> Questão: como ratear os custos de produção dos bens públicos entre a população,
considerando que é impossível determinar o efetivo benefício que cada indivíduo terá de
seu consumo, considerando que, muitas vezes, este nem é nem voluntário
 * Dificuldade de se precificar bens públicos
=> Free rider (carona): o carona é o indivíduo que recebe um benefício advindo de um
bem, mas que não paga por ele
 * NÃO SE PODE IMPEDIR que as pessoas consumam o bem público
  § Mas elas podem EVITAR O PAGAMENTO, na expectativa de que outros financiem
sua produção
  § O problema do carona IMPEDE que os mercados privados ofertem bens públicos
=> Como resolver o problema? O governo PODE OFERTAR o bem público quando o
benefício total for maior que o CUSTO TOTAL
 * Todos ficarão em situação melhor se o bem público for ofertado
  § Assim, financia-se com impostos
 * Exemplo de bens públicos com ALTA RELEVÂNCIA SOCIAL – segurança
pública e pesquisa
=> Obs: a ANÁLISE CUSTO-BENEFÍCIO é realizada para comparar custos e
benefícios de se oferecer um bem público
 * O bem público deve ser ofertado ou não? 
  § Deve-se COMPARAR o benefício total aos usuários com o CUSTO DE
PRODUÇÃO e DE MANUTENÇÃO
  § Problema – AUSÊNCIA DE PREÇOS – são eles quem informariam os custos e os
benefícios – como calcular os benefícios da segurança pública?
=> Tragédia dos comuns: é uma parábola que ilustra como os RECURSOS COMUNS
são usados em excesso do ponto de vista social
 * É uma situação em que os indivíduos, agindo de forma independente e racionalmente
de acordo com seus próprios interesses, se comportam de forma a contrariar os melhores
interesses da comunidade
  § Esgotando alguns recursos comuns
 * O livre acesso e a demanda irrestrita de um RECURSO FINITO termina por
condenar estruturalmente o recurso por conta de sua superexploração
  § Essa situação ilustra uma EXTERNALIDADE NEGATIVA
=> Obs: os BENS PÚBLICOS são um caso de externalidades – ex: água, qualidade do
ar, rodovias, vida marinha
=> Mercado falha: o mercado FALHA em alocar recursos de forma eficiente (ou seja,
é ineficiente) quando os direitos de propriedade NÃO ESTÃO BEM DEFINIDOS
 * Teorema de Coase: é possível resolver problemas de externalidade entre agentes
privados, sem que haja a intermediação do Estado
=> Na AUSÊNCIA DE DIREITOS DE PROPRIEDADE, pode haver uma falha de
mercado
 * Assim, há ESPAÇO para intervenção do setor público
=> Externalidades: ocorrem quando a AÇÃO DE UM INDIVÍDUO ou UMA
EMPRESA afeta direta ou indiretamente outros agentes do sistema econômico
 * Se implicar BENEFÍCIO – externalidade positiva
 * Se implicar PREJUÍZO – externalidade negativa
=> Externalidade negativa: ocorre, por exemplo, quando uma EMPRESA DESPEJA
EFLUENTES em um rio onde há pesca comercial
 * Se não houver regulamentação, NÃO HÁ NADA que impeça a empresa de fazê-
lo, nem que a OBRIGUE a se responsabilizar pelos custos externos de suas ações
 * Quando a empresa NÃO CONSIDERA OS DANOS RELACIONADOS À
EXTERNALIDADES NEGATIVAS, o resultado é uma produção excessiva e custos
sociais desnecessários
=> Obs: como as externalidades NÃO SE REFLETEM nos preços de mercado, elas
podem se tornar uma causa de INEFICIÊNCIA ECONÔMICA
 * Sistema de preços falha
=> Exemplo de externalidades negativas: uma empresa lança efluentes em um rio – esta
empresa encontra-se em um mercado competitivo – analisar duas situações
 * 1 – Só uma empresa polui
 * 2 – Todas as empresas poluem
 * 3 – As empresas possuem uma função de produção de proporções fixas (a usina não
pode alterar sua combinação de insumos – a quantidade de efluentes só pode ser
reduzida com a redução da produção)
=> Obs: o NÍVEL DE PRODUÇÃO EFICIENTE é aquele para o qual o preço do
produto é IGUAL ao custo marginal social (CMgS) da produção – que é a SOMA DO
CUSTO MARGINAL (CMg) com o CUSTO MARGINAL EXTERNO (CMgE) do
despejo dos efluentes
=> O nível eficiente de produção no setor é aquele para o qual o BENEFÍCIO
MARGINAL obtido com a produção de uma unidade adicionado do produto é IGUAL
AO CUSTO MARGINAL SOCIAL
 * A curva de demanda mede o BENEFÍCIO MARGINAL DOS CONSUMIDORES
=> A existência de externalidades JUSTIFICA a intervenção do Estado
 * 1 – Produção direta
  § O próprio governo produzir os bens
 * 2 – Concessão de subsídios para geração de externalidades positivas
 * 3 – Imposição de multas ou impostos, para desestimular as externalidades
negativas
§ Imposto de Pigou ou Pigouviano
 * 4 – Regulamentação
 * Obs: falar sobre os IMPOSTOS OU SUBSÍDIOS DE PIGOU – subsídios em casos
de externalidades positivas; impostos em casos de externalidades negativas
=> Mercados incompletos: um mercado é INCOMPLETO quando um bem ou serviço
NÃO É OFERTADO, ainda que seu custo de produção esteja abaixo do preço que os
consumidores estão dispostos a pagar
 * Conceito em contraposição a de mercado completo – é capaz de OFERTAR
QUALQUER BEM/SERVIÇO cujo custo de provisão é menor do que o preço de
reserva
 * Essa falha pode acontecer porque, mesmo que se trate de ATIVIDADES TÍPICAS
DE MERCADO, nem sempre o setor privado está disposto a assumir riscos
  § Ex: países em desenvolvimento – sistema financeiro/mercado de capitais não dispõe
de sistemas de financiamento de longo prazo suficientes ao esforço de desenvolvimento
econômico  
  § Aqui a intervenção do governo é importante para conceder direito – BNDES

Você também pode gostar