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UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA – UFBA

BACHARELADO EAD EM BIBLIOTECONOMIA

SANDRA RAMOS CARMO

HIPERTEXTO
Trabalhos apresentado como
requisito parcial da disciplina
Optativa (B) Tecnologias da
Informação Livre
Profa. Me. Susana Santos Barros

Vitória da Conquista
- Junho de 2021 –
Atividade: escolher o mínimo de 10 principais conceitos trabalhados nas unidades 1 e 3
do módulo e construir um hipertexto usando hiperlinks para indicar recursos digitais
relacionados a cada conceito usado.

Softwares livres: expansão da informação e do conhecimento

Acordar com o som de alerta de uma mensagem instantânea recebida de um amigo


que mora do outro lado do mundo, clicar em uma tecla e receber seu lanche em 15
minutos, pagar uma conta sem sair de casa, essas e outras ações que nos parecem tão
simples e comuns eram impensáveis para muitos de nós há pouco mais de uma década.
Vivemos a era das grandes mudanças impulsionadas pelas novas tecnologias da
informação e comunicação (TIC’s), ou seja, fazemos parte de um mundo no qual impera-
se a lógica da abundância de informação. O desenvolvimento de softwares, em especial
os softwares livres, permitiu mudanças significativas para as sociedades, entre elas, uma
maior agilidade e liberdade nos processos de comunicação.
Se atualmente dispomos de compartilhamento e conectividade é porque tivemos
em grande parte a atuação do movimento do software livre. Pode-se dizer que a ideia de
compartilhamento está na gênese dos computadores que, em seus primórdios, já
disponibilizavam, aos seus usuários, o código fonte para que eles pudessem alterar,
moldificar e até mesmo compartilhar os softwares conforme as suas necessidades.
Entretanto, com o crescimento das indústrias de tecnologia esse cenário foi
mudando e os softwares e os hardwares que antes eram produzidos juntos, passaram a ser
comercializados separadamente e, com isso, os custos com a aquisição dos computadores
foi aumentando e a gratuidade nesses processos de compartilhamento livres, em grande
parte, foi cedendo lugar ao surgimento de softwares proprietários. É nesse cenário que
surge o movimento do software livre, na década de 80, como forma de garantir o retorno
desse acesso ao código fonte e assim possibilitar novamente as liberdades de acesso,
cópia, melhoria, adaptação e distribuição por parte dos usuários. Como exemplo
destacamos os softwares livres SPICE, TeX e Unix. Sobre isso, Rezende afirma:

E nesse cenário turbulento do início da década de 1980, foram criados


e desenvolvidos os primeiros projetos organizados de forma consciente
como softwares livres, que posteriormente se converteram em um
movimento mundial, o Movimento do Software Livre. Esse movimento
teve estabelecidos claramente seus fundamentos éticos, legais e
financeiros (REZENDE, 2018, p. 20).
Ainda sobre essa questão o auto exemplifica:
Um exemplo fundamental é o Projeto GNU, criado por Richard
Stallman, protagonista do Movimento do Software Livre, que, em 1984,
demitiu-se do laboratório de inteligência artificial do Massachusetts
Institute of Technology (Al Lab – MIT) e passou a trabalhar com
dedicação a esse projeto. O Projeto GNU foi concebido para criar um
mecanismo legal que garantisse que todos teriam acesso a seus
programas e poderiam ter o direito de copiá-los, redistribuí-los e
modificá-los a partir da licença chamada GPL (REZENDE, 2018, p.
21).

Rezende (2018) ainda nos chama a atenção para o fato de que o movimento
software livre foi aos poucos ampliando e possibilitando o surgimento de novas
comunidades de desenvolvedores de softwares mais simples e de código aberto, como é
o caso do GNU/Linux que atualmente utilizado por milhares de usuários, inclusive, no
Brasil, cujo marco foi o ano de 1990. Além desse sistema operacional, temos também
alguns projetos de software livre que circulam no mercado, tais como: GNOME, Servidor
Apache, Eclipse, Mozilla Firefox, Android.
Vale salientar que não é apenas o código aberto a característica mais importante
desse tipo de software, mas também “[...] o fato de ele ter sido a primeira comunidade a
explorar de forma mundial novas possibilidades de desenvolvimento e colaboração, de
desenvolvedores geograficamente distribuídos, baseados na internet” (REZENDE, 2018.
24). Tal característica corrobora para a filosofia de que “[...] a tecnologia não é um fim
em si mesma, mas uma consequência natural do trabalho coletivo de milhares de pessoas”
(REZENDE, 2018. 24). Tais características têm permitido que o acesso à informação e
ao conhecimento seja mais ágil, eficiente e alcance o maior número de pessoas.
Assim, com o crescimento dos softwares e a democratização do acesso à internet,
o mercado tecnológico se expandiu exponencialmente, gerando uma grande
vulnerabilidade no que diz respeito ao controle de dados. Essa fragilidade da rede
propiciou o surgimento de uma nova demanda: a segurança com a informação. A
preocupação com esse tipo de segurança deve-se a ação constate de hackers e crackers.
Os primeiros elaboram e/ou modificam softwares e hardwares com um propósito novo e
consciente e seguem um código de ética. Já os crackers, premeditadamente, rompem com
a segurança de um determinado sistema de maneira criminosa.
Não é surpresa a quantidade de invasões que a todo momento os usuários da
internet sofrem. A cada dia parece que estamos mais vulneráveis aos vazamentos de dados
provocados pelos crackers. Assim, é importante que saibamos que, no que se diz respeito
aos modelos de segurança, temos dois tipos: o de rede e o de computadores. Além disso
é preciso que se avalie o sistema de proteção mais adequado ao tipo de informação que
se pretende proteger.
Não obstante a tudo isso, é importante que se estabeleça uma política de segurança
da informação, cujos atributos devem estar pautados na confidencialidade,
disponibilidade, integridade, autenticidade e irretratabilidade, sendo que cada um desses
atributos protege um ou mais tipo de vulnerabilidade de um determinado sistema.

Referência

Rezende, L. Tecnologias de informação livre. Brasília, DF : CAPES : UAB ; Rio de


Janeiro, RJ : Departamento de Biblioteconomia, FACC/UFRJ, 2018

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