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Apostila CBSN
Apostila CBSN
CURSO BÁSICO DE
SEGURANÇA DE NAVIO
1
AGRADECIMENTOS
Agradece ainda aos parceiros da VALEMAR BRASIL, PORTSIDE que sempre se mostraram
Por fim, mas não menos importante à Marinha do Brasil na figura de seus representantes das
pela fidalguia.
2
IN MEMORIAN
3
INFORMAÇÕES IMPORTANTES DO CURSO
Carteira de identidade;
Comprovante de residência; e
Os documentos serão necessários para emissão dos certificados. Caso o aluno não
apresente os documentos acima, o certificado, necessário para o embarque, não poderá ser
emitido. Deverá, ainda, ser solicitado pelo aluno, o recibo de pagamento do curso.
de cruzeiro.
4
A SEAMAN NÁUTICA disponibilizará transporte dos alunos para as práticas.
poderão utilizar calças tipo legging, preferência para roupas e calçados usados
(velhos).
legging com camisa de malha, top ou maiô. Nenhum adorno deve ser usado durante
as aulas práticas.
Para realização das aulas práticas, por instrução da “normam 24”,“ normas da
5. No último dia de aula, o aluno será submetido a uma prova teórica e será reprovado
se: obtiver nota menor que 6 (seis); se faltar a alguma aula teórica ou prática e não
NÁUTICA, que será enviado para homologação e registro na capitania dos portos.
7. Será entregue, ainda, uma declaração informando que o aluno concluiu o curso,
5
INTRODUÇÃO
Navio, ele será muito útil para o seu dia a dia a bordo.
6
2019 direitos reservados à Seaman Náutica Ltda.
________ exemplares
http://www.seaman.com.br
seaman@seaman com.br
de 1907.
7
SUMÁRIO
AGRADECIMENTOS .................................................................................................................. 2
IN MEMORIAN ...................................................................................................................... 3
INFORMAÇÕES IMPORTANTES DO CURSO ......................................................................................... 4
INTRODUÇÃO ....................................................................................................................... 6
1. CONTROLE DE MULTIDÃO, GERENCIAMENTO DE CRISE E COMPORTAMENTO HUMANO ............................... 13
1.1 - CONTROLE DE MULTIDÃO ................................................................................................ 13
1.1.1 - Dispositivos salva-vidas e plano de controle de multidão ........................................................ 13
1.1.2 – Tabela Mestra e instruções para emergência .................................................................... 14
1.1.3 – Saídas de emergência e utilização de elevadores ............................................................... 16
1.1.4 – Procedimentos para auxílio e controle dos passageiros em situação de emergência ........................... 17
1.1.5 – Evacuação de pessoas com necessidades especiais ............................................................. 17
1.1.6 - Manutenção da ordem e prevenção do pânico .................................................................. 18
1.2 – GERENCIAMENTO DE CRISE E COMPORTAMENTO HUMANO .......................................................... 20
1.2.1. Procedimentos de emergência em navio de passageiros .......................................................... 20
1.2.2 – Utilização adequada dos recursos do navio ........................................................................... 23
1.2.3 – Controle e liderança ................................................................................................... 24
1.2.4 – Importância das comunicações ....................................................................................... 25
2. SEGURANÇA DOS PASSAGEIROS, DA CARGA E INTEGRIDADE DO CASCO................................................. 28
2.1 - SEGURANÇA DOS PASSAGEIROS ......................................................................................... 28
2.1.1 - Procedimentos de auxílio no embarque e desembarque de passageiros ....................................... 28
2.1.2 – Orientação para os pontos de concentração..................................................................... 29
2.1.3 – Desobstrução das rotas de escape ............................................................................... 30
2.1.4 – Verificação e busca de passageiros............................................................................... 31
8
2.1.5 – Lista de passageiros para evacuação ............................................................................. 32
2.1.6 – Utilização de vestimentas adequadas ............................................................................ 32
2.2 - PROCEDIMENTOS DE COMUNICAÇÃO ................................................................................... 33
2.2.1 – Procedimentos de comunicação durante uma emergência ..................................................... 33
2.2.2 – Emprego de vocabulário elementar .............................................................................. 33
2.2.3 – Comunicações eficazes em situações críticas .................................................................... 34
2.2.4 – Formas alternativas de comunicação ............................................................................ 34
2.2.5 – Uso de idiomas ................................................................................................... 36
2.3 - SEGURANÇA DA CARGA E INTEGRIDADE DO CASCO ..................................................................... 36
2.3.1 – Procedimentos de carga e descarga de veículos ................................................................. 36
2.3.2 – Procedimentos em navios Ro-Ro ................................................................................. 37
2.3.3 – Transporte de produtos perigosos ............................................................................... 38
2.3.4 – Código de Práticas Seguras para a Estivagem e Fixação de Carga ............................................... 39
2.3.5 – Equipamentos de fixação de carga ............................................................................... 40
2.3.6 – Uso de softwares ................................................................................................. 40
2.3.7 – Procedimentos de abertura e fechamento de rampas........................................................... 40
2.3.8 – Ventilação dos compartimentos de carga........................................................................ 43
3. SEGURANÇA PESSOAL E RESPONSABILIDADE SOCIAL ..................................................................... 44
3.1 NOÇÕES SOBRE NAVIOS DE PASSAGEIROS ................................................................................ 44
3.1.1 NOMENCLATURA DO NAVIO ....................................................................................... 44
3.1.2 - COMPARTIMENTAÇÃO, ARRANJOS DE CONVESES E VIAS DE ACESSO ........................................... 49
3.1.3 - SISTEMAS DE COMUNICAÇÃO E ALARMES ....................................................................... 52
3.1.4 PROPULSÃO E GERAÇÃO DE ENERGIA ............................................................................. 54
3.1.5 ACOMODAÇÕES .................................................................................................... 58
3.1.6 - SISTEMA ORGANIZACIONAL E HIERÁRQUICO DA TRIPULAÇÃO .................................................. 61
3.1.7 PERIGOS, PRECAUÇÕES E RECURSOS EXISTENTES A BORDO ...................................................... 66
9
3.2 - RESPONSABILIDADE SOCIAL E RELAÇÕES HUMANAS A BORDO ......................................................... 68
3.2.1 - ELEMENTOS BÁSICOS DE COMUNICAÇÃO ........................................................................ 68
3.2.2 - O PERIGO DAS FALHAS DE COMUNICAÇÃO ...................................................................... 69
3.2.3 - O BOM RELACIONAMENTO A BORDO ............................................................................ 70
3.2.4 - PRÁTICAS DE LIDERANÇA EM EQUIPES DE TRABALHO ........................................................... 72
3.2.5 - COESÃO DO GRUPO PARA ATINGIR AS METAS ................................................................... 74
3.2.6 - RESPONSABILIDADES SOCIAIS E TRABALHISTAS DO EMPREGADO E EMPREGADOR............................. 76
3.2.7 - USO DE BEBIDAS E DROGAS A BORDO ............................................................................ 79
3.2.8 - ESTRESSE E DIVERGÊNCIAS PESSOAIS ............................................................................ 79
3.2.9 - DIFERENÇAS NATURAIS E O RELACIONAMENTO A BORDO....................................................... 81
3.3 PREVENÇÃO DA POLUIÇÃO E FISCALIZAÇÃO .............................................................................. 84
3.3.1 - OS EFEITOS DA POLUIÇÃO NO MEIO AMBIENTE ................................................................. 84
3.3.2 - LEGISLAÇÃO AMBIENTAL BRASILEIRA VOLTADA ÀS ÁGUAS BRASILEIRAS ....................................... 86
3.3.3 - PRINCIPAIS FONTES POLUIDORAS ................................................................................ 88
3.3.4 - PROCEDIMENTOS E PRECAUÇÕES PARA PREVENIR A POLUIÇÃO MARÍTIMA .................................... 88
3.3.5 - PRINCIPAIS CONVENÇÕES E CÓDIGOS DA IMO ................................................................... 90
3.3.6 - ÁGUAS JURIDICIONAIS BRASILEIRAS (AJB) ........................................................................ 91
3.3.7 - ORGANIZAÇÃO DISTRITAL DA MARINHA DO BRASIL ............................................................. 92
3.3.8 - PORT STATE CONTROL E FLAG STATE CONTROL.................................................................. 93
3.3.9 - CLANDESTINOS E TERRORISTAS................................................................................... 94
3.3.10 - PIRATARIA, ROUBO ARMADO E SUAS AÇÕES DE PREVENÇÃO ................................................... 96
4 TÉCNICAS DE SOBREVIVÊNCIA PESSOAL ................................................................................. 103
4.1 - SITUAÇÕES E PROCEDIMENTOS DE EMERGÊNCIA ..................................................................... 103
10
4.1.4 - EQUIPAMENTOS SALVA-VIDAS ................................................................................. 108
4.1.5 – SISTEMAS DE COMUNICAÇÕES INTERIORES DE BORDO E DE EMERGÊNCIAS ................................. 113
11
5.2.4. PRIMEIROS SOCORROS PARA QUEIMADURA......................................................................... 143
5.2.5. POCEDIMENTOS DE EMERGÊNCIA PARA TRAUMATISMO ........................................................... 144
5.2.6. USO DE BANDAGENS, CURATIVOS, IMOBILIZAÇÕES, CONDUÇÃO DE MACA, REANIMAÇÃO E VERIFICAÇÃO DE
6.2.6. EQUIPAMENTOS E SISTEMAS FIXOS DE COMBATE E CONTENÇÃO DE INCÊNDIO A BORDO ........................ 176
Bibliografia ...................................................................................................................... 180
Glossário ........................................................................................................................ 183
12
Capítulo 1 –
É IMPORTANTE CONHECER
1- O AMBIENTE.
2- ONDE FICAM LOCALIZADOS OS ALARMES E AS COMUNICAÇÕES INTERIORES
DISPONÍVEIS E INFORMAR IMEDIATAMENTE À PONTE DE COMANDO (BRIDGE) E AO
PESSOAL DA ENFERMARIA SOBRE A OCORRÊNCIA.
3- AS SAÍDAS DE EMERGÊNCIA E SE LOCOMOVER NO ESCURO.
4- AS SAÍDAS ALTERNATIVAS PARA ABANDONO DE ÁREAS.
5- AS SINALIZAÇÕES E AS REGRAS DE TRÂNSITO A BORDO.
em situações de emergência.
bombordo (BB) do navio enquanto botes salva-vidas com números ímpares (1-3-5-7-9-11-
13
Cada barco salva-vidas tem uma capacidade de 150 pessoas.
Palamenta das balsas salva-vidas: água em sacos fechados ( 3lt. por pessoa em
baleeiras e 1,5 lt por pessoa em balsa salva-vidas ), 6 comprimidos contra enjôo por pessoa,
2500Kc de alimentos embalados em caixas herméticas , dois sinais fumígenos flutuantes cor
avisos, onde consta a relação de todos os tripulantes e os postos (locais) que deverão ser
guarnecidos (ocupados) nos diversos treinamentos que serão realizados a bordo. No caso de
uma ocorrência real você já estará familiarizado com as ações que deverá tomar. Além da
“Tabela Mestra” geral, cada tripulante ainda receberá uma “Tabela Mestra Individual”, que é
um cartão onde consta o seu número de bordo e os locais que você deverá guarnecer nos
tripulantes.
14
ser encontrado atado ao seu colete salva-vidas ou através de uma lista que você vai receber
quando embarcar.
emergência geral dedicado a eles que ocorre no início do cruzeiro, tal como
embarque.
Instruções de emergência
Figura 4 :
15
1.1.3 – Saídas de emergência e utilização de elevadores
os pontos de encontro.
Ninguém pode usar os elevadores em caso de emergência, eles serão parados. Somente
16
1.1.4 – Procedimentos para auxílio e controle dos passageiros em situação de
emergência
É muito importante que cada tripulante saiba o que fazer em caso de emergência e,
vidas / embarcações. Algumas técnicas para ter uma melhor organização são:
• Formar uma fila solicitando as pessoas que coloquem a mão no ombro da pessoa à
sua frente.
uma Equipe de Apoio aos Deficientes será designada para lhes prestar assistência sempre
17
ou para check-in e check-out prioritário. Na maioria dos navios, os quadros e placas de
avisos dos elevadores, áreas públicas, cabines e corredores estão escritos em Braille. Para os
deficientes auditivos também existe sistema de áudio que indica os andares, além de kits de
Por meio de luzes e vibrações esses hóspedes são avisados quando o alarme do
evacuação. São disponibilizados também amplificadores individuais sem fio para serem
utilizados em áreas públicas, além de um sistema digital nos teatros e painéis de indução
cada navio.
medo. As crises de pânico são entendidas como intensas, repentinas e inesperadas que
comportamento de fuga do local onde se encontra, seja indo para um pronto socorro, seja
A reação de pânico é uma reação normal quando existe uma situação que favoreça
seu surgimento. Estar num local fechado onde começa um incêndio, estar afogando-se ou
pânico passa a ser identificado como patológico e por isso ganha o título de transtorno do
pânico quando essa mesma reação acontece sem motivo, espontaneamente. Nas situações
em que a própria vida está ameaçada o organismo toma medidas que normalmente não
tomaria, perdendo o medo de pequenos perigos para livrar-se de um perigo maior. Para fugir
de uma cobra podemos subir numa árvore mesmo tendo medo de altura ou fazendo esforços
incomuns, sofrendo pequenos ferimentos que no momento não são percebidos. O estado de
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pânico é, portanto, uma reação normal e vantajosa para a auto-preservação. Aqueles que
Frequentemente os pacientes com pânico sofrem muito duas vezes, a primeira por
causa dos ataques e suas consequências e segundo por causa da incompreensão de que são
vítimas. O transtorno do pânico é uma doença como outra qualquer, o paciente não escolheu
Aqui estão algumas recomendações às pessoas que convivem com quem tem pânico:
a) RECOMENDAÇÕES:
1. Não faça suposições a respeito do que a pessoa com pânico precisa, pergunte a
ela;
é fundamental;
4. Procure ser otimista para com quem tem pânico, procure aspectos positivos nos
problemas;
7. Seja paciente e aceite as dificuldades de quem tem pânico, mas não se conforme
b) NUNCA DIGA:
Relaxe, acalme-se...
emergência
19
Não seja covarde!
Você tem que ficar (quando o paciente quer sair de onde está)...
Crise
visibilidade pode se tornar uma crise. Uma crise pode ser considerada como "um evento
Muito se fala sobre administração de crises hoje em dia, principalmente no que diz
governo informados sobre o problema ocorrido e as ações que estão sendo tomadas para
solucioná-lo. Qualquer falha nessa comunicação pode gerar novas crises ou destruir a
O planejamento é a chave para lidar com a crise quando ela chegar. Eventos
um evento com vítimas, que será sempre negativo, pode tomar proporções imensas se não
20
grandes prejuízos financeiros à total perda de credibilidade e reputação no mercado. Saber
como prevenir e conduzir uma crise, como responder às demandas dos stakeholders e da
mídia e como tirar o máximo proveito das lições é essencial para o sucesso de uma
cruzeiro pelo Mar Mediterrâneo. O capitão mudou a rota e provocou duas batidas do
Costa Concordia estava próximo a uma costa marítima, a evacuação poderia ter sido feita
em 20 minutos, mas começou a ser feita mais de duas horas após o acidente e levou mais
perda de 32 vidas.
é mais complexa, como se compreende, dada à quantidade de tripulantes que estes navios
têm e nas funções que lhes são atribuídas não só no combate às situações de emergência,
caso de abandono.
Uma das formas de mais facilmente organizar a tripulação é a utilização de cores nos
qual for a sua função a bordo, serão capazes de orientá-los, conduzi-los, tranquilizá-los em
conhecedor do seu navio será capaz de liderar pessoas pelo seu exemplo e pelas decisões
21
Geralmente, no caso de emergência, os passageiros tendem a reagir das seguintes
maneiras:
- Reação ativa: 10% a 30% querem tomar alguma decisão e agir de alguma forma;
- Reação passiva: entre os 50% e os 75% vão aguardar instruções sobre o que fazer.
poucas chances de fuga/salvação. Ele pode ser de tipo individual ou de tipo coletivo.
desenvolve. Cenas de pânico podem acontecer durante um avião caindo onde o perigo é
- Use os passageiros ativos; guiá-los sem deixá-los livres para agir sem controle.
22
1.2.2 – Utilização adequada dos recursos do navio
preparo e sob pressão durante uma crise. Estar permanentemente preparado é a melhor
maneira de evitar uma crise. Preparado, o gestor saberá identificar os sinais de um problema
crise.
As estratégias de prevenção devem estar no foco das empresas que desejam evitar
A gestão de crises envolve aspectos que deverão ser trabalhados antes, durante e
depois do problema.
plano de contingência.
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O plano de prevenção deve prever as crises potenciais por meio da auditoria de
riscos e definir que ações deverão ser tomadas no caso de eclosão de crises que não podem
crise. O primeiro é o plano operacional, prevendo, por exemplo, o que você faria se alguém
quem responderá pela organização e o que dirá. O último plano sugerido é o de continuidade
ou recuperação, que deverá descrever como manter as operações durante a crise e como
ou o insucesso da empresa. Uma das missões do gestor de crise é evitar o pânico. Nas
(...) O que importa nas crises são as ações. (...) Para que alguma coisa ocorra, é imperativo
que se crie o movimento. É fácil cair na armadilha da inércia. O trabalho do gestor de crise
consiste em bani-la de cena. O que é preciso para transformar o pânico em ação? Estratégia,
criatividade. Visão. (...) qualquer iniciativa criativa tende a reverter uma situação a favor de
quem esta na alça de mira da crise. Mas nada pode ser feito de improviso, de qualquer jeito,
esses são os maiores inimigos e devem ser rechaçados. O olhar do público interno, nunca é
demais repetir, é o primeiro elemento de apoio. (VIANA, Francisco. 2008, p. 68-9). O líder
deve reagir rapidamente com decisão e pro atividade. Ele precisa comandar e ser ousado nas
especialistas chamam-no de “the turning point”. O ponto no qual a crise precisa ser
24
neutralizada, debelada ou se agrava com intensidade. Sobressai nessa fase a diferença de
Comunicação de crise é um trabalho muito sério, que exige muito rigor. O único
reputação.
As crises têm o potencial de provocar um frenesi da mídia ou, ainda pior, de espalhar
crises precisa ser colocado em ação. O primeiro passo deve ser garantir a segurança e a
proteção de todos.
1-Não falar sem antes saber de fato o que aconteceu. Se for o caso, declare à
imprensa que você vai se informar e logo voltará a falar. Volte e fale. Se você não falar,
3-Nunca minta. Se você mentir e descobrirem que você mentiu, nada mais importa:
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4-Não negligencie seu público, principalmente a imprensa. Respeitados e bem
6-Não especule, não brinque, não subestime. Trate de ser identificado como uma
pessoa honesta.
7-Jamais diga "sem comentários", "nada a declarar", "estou sendo injustiçado", "não
9-Ter razão em crises não significa vencer. A questão é de imagem e não apenas de
leis.
26
ANÁLISE DA CRISE DO COSTA CONCORDIA
Não importa quantas vitórias você possa ter alcançado, não importa o grau de
dificuldade e de excelência de suas conquistas, o fato é que um desvio, um erro grave, pode
ser fatal. O naufrágio do transatlântico Costa Concordia foi um episódio marcado por uma
da crise funcionou como uma operação de “apagar incêndios”. A equipe, de forma geral, se
primeiras 24 horas da crise, período essencial que define o sucesso ou o fracasso da gestão
A tripulação teve que prestar o socorro às vítimas, com o auxílio da guarda costeira
todo o processo. A preparação para enfrentar uma crise é um ativo muito valioso que as
empresas devem fazer. Sem o plano, uma organização muito próspera perderá uma
reputação construída com muito suor e poderá falir. Concluindo, a análise do caso Costa
Concordia trouxe a lição de que uma crise só é surpresa para quem está despreparado.
A máxima das lições: é primordial que cada empresa elabore o seu plano de gestão
de crises.
27
Capítulo 2 –
internacionais. Após isto, os cartões com instruções e de entrada e saída do navio (guest
card) são entregues aos passageiros, e estes “despacham” suas bagagens que serão
Terminal Aquaviário
• Nos estacionamentos de aeroportos devem existir vagas para pessoas com deficiência
• Em cada acesso deve existir área específica para embarque e desembarque para veículos
• Devem estar providos de equipamentos que garantam a segurança do usuário entre o píer
e a embarcação;
28
• Em embarcações com capacidade inferior a 100 passageiros, deverão ser oferecidas duas
• Em embarcações de viagens de longa duração, deverá ser oferecida uma cabine acessível.
Geral
portáteis, incluindo telefone com display para mensagens escritas, além do atendimento
através da LIBRAS.
Durante a viagem
• Pessoas com deficiência auditiva receberão kits portáteis, incluindo telefone com display
• Receber auxílio de pessoal capacitado para desembarque nas cidades turísticas visitadas
pelo grupo.
No desembarque
• Ser orientado por um sistema eficaz de sinalização sonora, tátil e visual integrados e
preparar rapidamente a área para a chegada dos passageiros, verificando que as entradas e
29
saídas estão livres de obstáculos. É vital que, quando os passageiros cheguem, alguém está
no comando e pode ser facilmente visto. Embora haja alguém concebido como "Líder" e
Se nenhuma dessas pessoas estiver lá, a primeira pessoa a chegar à Estação deve
assumir o comando até que um ou ambos chegam. Isso significa assumir a posição
normalmente tomada pela pessoa que está faltando, e realizar suas funções. Todo o pessoal
dentro da Estação deve trabalhar como uma equipe e não como indivíduos.
Se a Estação é afetada pela fumaça, fogo ou perigo similar, fechar as portas para conter
o problema e evitar que os passageiros entrem relatar a situação para o Muster Station
Controller .
Passageiros da Estação. A ordem de passageiros deverá ser a partir do mais alto para o
menor. Em caso de abandono do navio a prioridade deve ser dada: deficientes, idosos,
Peça-lhes para permanecer em silêncio para que eles possam ouvir as instruções dadas
pelo líder ou pela Broadcasting System. O colete salva-vidas de cada passageiro tem uma
Deve ser destacado ainda que todo tripulante deve-se atentar à manutenção das
tragédia.
30
No acidente ocorrido ao navio Costa Concórdia 32 pessoas morreram, sendo a grande
passagens.
O que tornou a evacuação do Costa Concórdia mais difícil foi a inclinação do navio, que
praticamente impede caminhar por seu interior, devido ao deslocamento dos objetos. Para
isso, parece não ter havido qualquer ação de formação. Provavelmente devido à inclinação
do navio, os barcos salva-vidas também foram impedidos de serem utilizados, nesse cenário
Existem a bordo, a Zone Evacuation Team, e a Cabin Evacuation Team que são as
equipes responsáveis pela garantia da evacuação das zonas comuns e das cabines,
respectivamente.
Cabe a elas garantir que ninguém, seja passageiro ou tripulante seja deixado para trás.
Apesar dos passageiros receberem o treinamento de evacuação a bordo, ainda assim estes
necessitam de ajuda, uma vez que não são familiarizados com o navio.
inspecionar e evacuar estas áreas a fim de garantir um perfeito abandono do navio, por
exemplo.
Em cada uma das Muster Stations (Pontos de Encontro de Emergência) existe uma
listagem com o nome dos passageiros, que ali deverão estar em caso de abandono do navio,
por exemplo.
Uma vez reunido o grupo os “ASSEMBLY TEAMS” passarão pelos pontos de encontro
checando se estão todos nos lugares corretos para iniciar a evacuação do navio.
31
2.1.5 – Lista de passageiros para evacuação
Os passageiros não devem deixar sua Muster Station, a menos que com a aprovação
O pessoal da estação deve continuar em sua posição atribuída ao ouvir o sinal de alarme
levantando-as no ar, para ser facilmente visto pelos passageiros. Dentro da caixa você
encontrará uma pasta com a lista de passageiros e tripulantes que deveriam estar na sua
Estação Muster. Use o megafone para chamá-los. Você também vai encontrar um contador
de pessoa que você vai usar em caso de abandono do navio, para contar um por um os
passageiros quando eles embarcam para o barco salva-vidas / botes salva-vidas. Uma vez
que todos os passageiros chegaram, mostrar-lhes como usar corretamente o colete salva-
Assim que o controle de todos os passageiros e/ou tripulantes for concluído deve ser
relatado ao Muster Station Controller que sua Muster Station "está pronta".
Quando o Abandon Signal navio é dado verbalmente, escolte seu passageiro e/ou
Lembrando, por fim, que a maior causa de morte no mar é exatamente a hipotermia,
razão pela qual independente da temperatura ambiente, devemos sempre utilizar roupas que
adentrar a água devidamente vestido com o colete salva-vidas, uma vez que colocá-lo
dentro d’água é uma missão quase impossível, em razão das condições adversas.
32
O uso de saltos ou sapatos com solado de metal é expressamente proibido, e os
passageiros deverão optar ou por ficar apenas de meia ou com um calçado baixo de sola
emborrachada.
Além disso, conforme é observado no treinamento realizado assim que estes chegam a
passageiros ou como tripulação, tornando assim a comunicação uma barreira nas situações
de emergências.
um PNT (Profissional Não-Tripulante) da Recepção ou, por exemplo, de vendas, pois estes
profissionais geralmente são fluentes em mais de três línguas facilitando assim a organização
destes pontos.
Com isso, visualizamos que os Recepcionistas ou pessoas que componham o STAFF dos
navios, que são fluentes em mais de três línguas, sempre farão parte do Assembly Team,
para garantir que todos nos Pontos de Encontro estejam cientes de como proceder na hora
do abandono do navio.
33
vocabulário básico, elementar, de forma que se possa ser compreendido. As instruções
• Olhe para os passageiros nos olhos, indicar sinais corporais adequados a rota a seguir;
direita);
• Ouça com atenção os anúncios feitos pelo alto-falante, a fim de estar pronto para
várias formas alternativas de comunicação, por sinais, luzes, desenhos, cores e alarmes. Por
34
Figura 9: Come here Figura 10: Go back
35
2.2.5 – Uso de idiomas
número de línguas possíveis. Normalmente estes avisos se dão na língua inglesa, espanhola,
francesa, italiana e alemã, além das línguas dos países em que o navio esteja fazendo rota.
Os automóveis novos que são transportados dos locais de produção para os mercados de
consumo, a maior parte das vezes usam navios ro-ro de grande dimensão e concebidos
especificamente para o efeito, chamados de “Pure Car Carrier” (PCC) ou “Pure Car Truck
Carrier” (PCTC).
usando a tonelada métrica, a carga ro-ro é tipicamente medida com recurso aos metros
carga em metros pelo número de convés e pela largura standard das faixas (normalmente
2,5 m). No caso dos PCCs, a capacidade de carga pode ser medida com recurso ao “car
equivalent units” (CEU), que toma como base as dimensões de um modelo específico da
A partir dos anos ’70, o mercado automóvel cresceu sustentadamente, e com ele
também o número e o tipo de navios ro-ro. Os primeiros PCC surgiram no início da década
de 1970 e tem vindo a evoluir desde então com a adição da tipologia PCTC, apesar do
conceito de base se manter quase inalterado, ou seja, uma estrutura em forma de caixa que
abrange todo o navio, envolvendo e protegendo assim a carga. Os PCC e PCTC têm por
norma convés móveis para maior flexibilidade e de forma a permitir o transporte de cargas
altas e pesadas ou de ligeiros conforme o mercado precisar, podendo a altura variar entre
36
2.3.2 – Procedimentos em navios Ro-Ro
A definição de carga ro-ro é simples e intuitiva: é qualquer tipo de carga que embarque e
desembarque a rolar, seja em cima das suas próprias rodas ou lagartas, seja em cima de
Os navios ro-ro são navios concebidos para o transporte deste tipo de carga, em
contraste com a operação lo-lo, em que os navios usam gruas (de terra ou de bordo) para a
carga e a descarga.
Hoje em dia a tipologia de navios ro-ro é muito diversificada, podendo ser agrupada à
- os ro-ro puros, que são próprios para o transporte de qualquer carga ro-ro, com o
enfoque na categoria dos chamados “high and heavy”, por causa do espaço em altura do
convés principal.
pesados, pois a sua divisão interna permite uma organização do espaço em altura quase ao
centímetro.
- os ro-ro multipurpose fazem da flexibilidade o seu lema: todo o tipo de carga rolante,
- os ferries, que pela sua difusão um pouco em todo o lado, dispensam apresentações.
37
Figura 13: Transporte misto.
O Código IMDG deverá constituir o ponto de partida para cada elo no transporte.
Todo navio que transporta produtos perigosos embalados deverá possuir uma lista
38
Código IMDG, os produtos perigosos existentes a bordo e a sua localização. Um plano
por classes e apresente a sua localização a bordo, poderá ser utilizado em lugar desta lista
especial ou manifesto especial. Antes da partida do navio deverá ser disponibilizada uma
Estado do porto.
A menos que disposto em contrário por este Código, é proibido o transporte do seguinte:
calor ou uma emissão perigosa de gases ou vapores tóxicos, corrosivos ou inflamáveis, sob
Código de Práticas Seguras para a Estivagem e Fixação de Carga, de posse obrigatória dos
39
2.3.5 – Equipamentos de fixação de carga
das diferentes condições de carregamento do navio, como oHydromax, que faz o estudo das
Os navios roro incorporam rampas que permitem o máximo de eficiência nas operações,
sendo a carga “rolada” para bordo e para terra durante a estada do navio em porto. As
rampas podem ser de vários tipos, sendo mais comuns as rampas traseiras (paralelas ao
40
Figura 17: Rampas de acesso exterior.
41
Figura 18: Rampas de canto e de proa.
Figuras 19 e 20 : Costado.
42
2.3.8 – Ventilação dos compartimentos de carga
43
Capítulo – 3
Nomenclatura do navio
exterior é projetada para facilitar o escoamento da água e para tornar a ação do leme e do
Meia-nau (Midship)– É a parte do casco que divide os dois corpos; é um referencial de uma
Bordo (Side)– Cada uma das partes simétricas em que o casco é dividido por um plano
navio e voltado para a proa terá boreste (BE) à sua direita e bombordo (BB) à sua esquerda.
Bombordo (Port-side)– É o bordo à esquerda de quem olha da popa para a proa, com a
44
Boreste (Starboard-side) – É o bordo à direita de quem olha da popa para a proa, com a
Veja na figura a seguir um pouco sobre as direções que se pode obter, estando a bordo de
uma embarcação.
Componentes Estruturais
Casco (Hull) - É uma espécie de vaso que serve de base à embarcação. Em sua parte
inferior corre a quilha, que acompanha todo o casco, desde a proa até a popa, servindo-lhe
de peça principal de sustentação da sua estrutura. A quilha funciona no casco como a coluna
do casco, saem as cavernas para um bordo e para outro, como se fossem as nossas costelas,
flutuação.
de flutuação.
45
Linha d’água (Boottop)-É uma faixa pintada no casco da embarcação, que representa a
região em que ela flutua. A linha de flutuação é a interseção entre o casco da embarcação e
superfície da água onde flutua a embarcação. As embarcações têm marcadas nos costados, a
Obras mortas (Upperworks)- É a parte do casco que fica acima do plano de flutuação.
Obras vivas ou Carena (Quick Works)- É a parte do casco abaixo do plano de flutuação, ou
BUL
parte mais baixa do navio, fechando a ossada inferior. Constitui a sua “espinha dorsal” e
navio. Suas extremidades inferiores são presas à quilha e as superiores ligadas aos vaus que
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Vaus (Beans)- Vigas estruturais no sentido transversal, de boreste para bombordo, servindo
para ligar os dois ramos de uma baliza e, também para sustentar os conveses.
Um convés é corrido quando não sofre interrupção de proa a popa, sendo o mais elevado
corridos, sobretudo nas embarcações de passageiros. Neste caso, passam a ser numerados
Passadiço ou Ponte de Comando (Bridge)- Local onde fica situado o controle operacional
e de segurança do navio.
Mastro - É a estrutura que fica na parte mais alta do navio, nele ficam instaladas: as
47
Balaustres- Suporte vertical, feitos normalmente em tubos de aço, fixados no convés
próximo da borda onde se apóia os cabos da balaustrada (rail). Sua finalidade é proteger o
Escotilhas (Hatch)- Abertura nos conveses (decks) e anteparas (como se fossem as janelas)
circular, para dar luz e ventilação a um compartimento. As vigias são guarnecidas de gola de
Olho-de-boi - Abertura no convés ou numa antepara, fechada com vidro grosso, para dar
claridade a um compartimento.
OLHO
VIGIA
DE BOI
outro, no mesmo convés. Há portas na parte interna do navio que não permitem a passagem
de água ou fumaça, a fim de evitar alagamentos e contaminação. Este tipo de porta pode
PORTA
ESTANQUE
Figura 25 : Portas.
48
3.1.2 - COMPARTIMENTAÇÃO, ARRANJOS DE CONVESES E VIAS DE ACESSO
lazer, onde as viagens em si bem como os destinos são apenas parte da experiência.
cruzeiro se dá, na maioria dos casos, por critérios subjetivos como: conhecer pessoas,
diversão noturna, gastronomia e etc. Este tipo de navio é diferenciado pela sua decoração
Função de hotel
bares e shoppings. Passagens adequadas devem ser providas para espaços tais como
parte da função hotel. Em navios de cruzeiro, o pessoal de serviço tem corredores e escadas
áreas de passageiros.
49
Figura 26: Hotel.
Função de navio
sistemas vitais. O navio produz eletricidade, ar condicionado, água quente e fria, tem
Forma
O modo escolhido para representar a forma no otimizador foi a tabela de cotas. Foi
utilizada como ponto de partida uma forma já carenada utilizada no projeto de uma
50
Figura 27: Variação de formas.
Forma original
bruta.
Instalações padrões
Cassino
Spa
Ginásio
Lojas
Biblioteca
Teatro/Cinema
piscina
Restaurante/Buffet
Lounge
Alguns navios possuem pistas de boliche, pistas de patinação no gelo, paredes de escalada,
51
Missão do navio
Tem-se como objetivo, apresentar um produto que seja capaz de proporcionar maior
mesmo tempo devem prezar pelo conforto e variedade de serviços. Do mesmo modo, deve
haver a preocupação com um navio com comportamento “macio” no mar, para que não
imperceptível aos olhos dos passageiros, até abandono da embarcação. Cada um desses
times pode ser acionado por uma palavra-código transmitida pelo circuito interno de
cruzeiros oferecem uma série de serviços em seus navios. Estes serviços e adaptações vão
desde o mais simples, como corredores amplos para cadeirantes, até cardápios em braile e
52
Este sistema deve satisfazer as prescrições do parágrafo 7.2.1.1 do Código LSA e ser
emergência deve ser complementado com uma instalação sonora para comunicações
públicas acionada do passadiço. Esta instalação deve ter características e estar montada e
localizada de tal forma que as mensagens por ela transmitidas sejam facilmente audíveis,
quando a máquina principal estiver em funcionamento, por pessoas com acuidade auditiva
O sinal sonoro do sistema de alarme geral de emergência deve ser audível em todos os
descobertos e o seu nível mínimo de pressão acústica deve satisfazer o disposto nos
passageiros que transportem mais de 36 passageiros devem estar equipados com uma
A instalação sonora para comunicações públicas é constituída por uma rede de alto
falantes que permita a difusão simultânea das mensagens para todos os espaços em que
local do navio que a DGRM considere necessário para esse efeito. Para a sua montagem deve
ter-se em conta as condições acústicas mais desfavoráveis e para a audição das mensagens
impedir utilizações não autorizadas e os seus sinais sonoros devem ser claramente audíveis,
53
sobrepondo-se ao ruído ambiente, em todos os espaços referidos. A instalação deve estar
qualquer outro local a bordo que a DGRM considere necessário para esse efeito, de modo
que todas as mensagens de emergência sejam difundidas mesmo quando algum alto falante
dos espaços considerados tenha sido desligado, o volume de som tenha sido reduzido ou o
embarcações em geral são movidas por motores diesel, que transmitem um movimento de
MOTOR PRAÇA DE
MÁQUINAS
DE NAVIO
DE
HÉLICE CRUZEIRO
EIXO
54
Eixo propulsor(Shaft)-São peças metálicas cilíndricas que servem para transmitir o
EIXO
MANCAL
HÉLICE
referirmo-nos a essa peça, dizemos: o hélice, em vez de a hélice. Há navios que possuem
mais de um hélice, embora a maioria possua apenas um e este se situa a ré, envolto por
Roda do leme ou Timão (Helm)-É uma roda de madeira ou metal cujo giro, para um bordo
ou para o outro, ocasiona a movimentação do leme para o mesmo bordo de seu giro.
Leme (Rudder)-É o principal aparelho de governo da embarcação e serve para dar a direção
Hélice
HÉLICE
LEME
TIMÃO
55
Fundear ou Ancorar - É a manobra de lançar uma âncora ao fundo para com ela manter a
fundo, recolhendo a amarra (corrente que prende a âncora ao navio), para permitir a
movimentação do navio.
AMARRA
56
Âncoras ou Ferros(anchor)- São peças de peso do navio, destinadas a segurar a
embarcação prendendo-a ao fundo e evitando que seja arrastada pela força da correnteza ou
• Âncora Almirantado- é a mais antiga e tem um grande poder de fixação ao fundo (poder de
içamento e o alojamento no escovém por ter mobilidade nos braços (É A MAIS UTILIZADA
NOS NAVIOS).
• Âncora Danforth- tem grande poder de unhar, braços móveis e peso reduzido, sendo ideal
Espia(Line) - Cabo de grande espessura que faz a amarração do navio ao cais, bóia ou
reboque.
Velocidade do Navio- A velocidade do navio é medida em “Nós” que significa uma Milha
Náutica (1852 metros) navegada em uma hora. Velocidade de Cruzeiro é a velocidade que
57
o navio navega com os motores propulsores na situação de melhor custo/benefício e o maior
rendimento energético.
Geração de Energia:
Motores Geradores
Os navios possuem Grupos Geradores de Energia Principais que são Motores ou Turbinas
que acionam geradores de corrente elétrica, energia essa que é distribuída por todo o navio.
Gerador de Emergência
Todo navio possui, ainda, um ou mais Grupos Geradores de Emergência, com a finalidade
3.1.5 ACOMODAÇÕES
A época dourada dos transatlânticos foi os anos 30 do século XX. Terminada a Segunda
Guerra, em 1945, eles foram paulatinamente sendo substituídos pelos aviões nas rotas
58
internacionais. Voar é bem mais rápido e as companhias aéreas também investiram no
Mas há quem prefira ficar seis dias a bordo de um gigantesco hotel móvel a ficar várias horas
A bordo de um navio não se pode apenas caminhar com facilidade. Há várias opções de
em auditórios.
Com 339 metros de comprimento e 56 metros de largura, já foi um dos maiores navio de
cruzeiro do mundo. Apesar do “Freedom of the Seas” ser seis metros mais curto que o rei
anterior dos mares, o "Queen Mary 2", esse gigante do oceano, construído na Finlândia pela
Royal Caribbean International é 15 metros mais largo. Com teatro, biblioteca, cassino, palco
poderiam desejar. Eles só precisam decidir entre os ringues de patinação normal e no gelo, a
59
uma das muitas piscinas, uma área que se transforma em boate o ar livre com um parque de
esculturas ao anoitecer.
O seu moderno design, combinado como uma decoração cálida e um toque de arte, fará as
O tratamento pessoal e atento, não deixará que perca nenhum detalhe para que o
passageiro passe umas férias inesquecíveis. Deverá sentir a cada momento o ambiente de
Poderá aproveitar o tempo a bordo para se manter em forma, encontrará uma grande
fonte de inspiração nos centros de fitness, equipados com as mais modernas tecnologias e
desfrutando das maravilhosas vistas que o mar oferece. Depois poderá relaxar com um
maravilhoso banho numa banheira de hidromassagem, numa das piscinas ou em uma das
íntimo. Divertir-se com um dos maravilhosos espetáculos ou saltar para a pista do clube
noturno.
Com uma vasta seleção de opções o mais difícil será escolher. Poderá também visitar o
de partida e chegada nos portos. Isso faz com que também tenham a necessidade de ser
60
3.1.6 - SISTEMA ORGANIZACIONAL E HIERÁRQUICO DA TRIPULAÇÃO
61
Platinas (Stripes) dos Oficiais da Marinha Mercante
62
Hotel Manager – Gerente de Hotel, quatro divisas; profissional responsável por toda a
operação, desde a área de comidas e bebidas até recepção, contabilidade, habitações, centro
Bar Manager – Gerente dos Bares, duas divisas e meia; o gerente de bar é responsável
pela qualidade dos serviços em todos os bares do navio; também é encarregado de fazer
Assistant Bar Manager – Assiste o “Bar Manager” nas suas operações diárias.
responsável por gerenciar todos os restaurantes do navio. Ele é também o Relações Públicas.
assistentes.
Snack Steward – Fica por trás da linha dos buffets, servindo os passageiros e repondo as
Bartenders – No bar, atendendo aos pedidos dos “bar waiters” e dos clientes no balcão.
Bar Waiter – Tira os pedidos, serve as bebidas aos passageiros e entrega as contas.
Bar Utility – Ajuda o bartender a limpar o bar e está sempre à disposição para alguma
necessidade que possa surgir, tais como: refazer o estoque, trazer gelo, frutas para os
bares, etc.
Chief Housekeeper – Chefe dos Camareiros e Limpeza: duas divisas e meia; é encarregado
63
Assistant Chief Housekeeper – Ajuda o “Chief Housekeeper”.
Cabin Steward – A limpeza das cabines dos passageiros está a seu encargo.
Baker – padeiro.
Shore Excursion Manager – Gerente de excursões: duas divisas e meia; organiza, divulga
Entertainment - Entretenimento
64
Fitness Instructor – instrutor da academia.
65
3.1.7 PERIGOS, PRECAUÇÕES E RECURSOS EXISTENTES A BORDO
A vida a bordo está sujeita a diversos riscos, sem falar que quando em navegação,
estamos afastados de terra e, por conseguinte, do auxílio imediato que poderia vir de lá.
2. Havendo previsão de mau tempo, deverá ser feita uma inspeção para que esses
proibidos.
Assaltos e clandestinos
Em alguns portos pode haver assaltos quando bandidos invadem o navio para saquear,
roubar, podendo haver ataques com armas de fogo e armas brancas. A tripulação deve
Imediatamente antes da partida do navio, principalmente em portos suspeitos, deve ser feita
uma inspeção minuciosa em busca de clandestinos que costumam ficar escondidos nas áreas
previstos pelo código ISPS, que veremos em capítulo específico, minimiza e até elimina estes
riscos.
66
4. Ferimentos nas mãos e dedos devido à operação de máquinas em movimento;
6. Acidentes com os olhos devido a produtos químicos, partículas sólidas, luz intensa,
etc;
Precauções devem ser tomadas visando minimizar os acidentes e riscos inerentes a quem se
faz ao mar, toda uma cultura de segurança é disseminada e fiscalizada, desde uma simples
avaliação de risco antes de qualquer trabalho até as ações de salvamento em casos mais
graves.
referenciadas.
Por todo o navio existem sinalizações de perigos e indicações das precauções e recursos
rotineiramente realizados.
Logo ao embarque, é obrigatório que quem embarca passe por uma familiarização sobre
procedimentos de mitigação:
Planos de Contingência
Planos de Proteção
67
Contratação da apólice de seguro
pode ser uma pessoa ou um grupo de pessoas com o objetivo de mudar o comportamento
emissor deve ser capaz de codificar, isto é, colocar suas idéias num código, exprimindo seus
tomadas pelo receptor e a sua maneira de mudar comportamentos são medidas da eficiência
O aspecto confinado das embarcações e os longos períodos em que, muitas vezes, estas
68
resultado e na qualidade das relações humanas, bem como no nível de satisfação de cada
um ambiente de trabalho.
mais fascinante, porque todos nós desejamos nos conhecer e conhecer outras pessoas com
as quais convivemos. Saber o que em nós é comum a todas as pessoas e o que mais nos
distingue delas, talvez seja o mais constante desejo do homem. Conhecer nossas qualidades
positivas e verificar nossos traços negativos é um trabalho diário que nos preocupa e
causada por você sobre outra pessoa”. Por exemplo, dizemos: José tem uma personalidade
marcante. Para alguns, isto não quer dizer nada. O que quer dizer é que José tem certos
estáveis de uma pessoa. O comportamento de uma pessoa numa entrevista, por exemplo,
não revela todos os seus atributos, os seus traços. As relações constantes que temos com
uma pessoa é que nos mostrarão a freqüência de certos traços, os aspectos de sua
dizendo que é introvertida, fechada, voltada mais aos seus problemas que aos dos outros.
Não é com os traços variáveis que julgamos os outros, mas com o mais ou menos estável.
69
3.2.3 - O BOM RELACIONAMENTO A BORDO
Obviamente uma vida em grupo em que todos tenham um bom relacionamento pessoal,
tornará a convivência a bordo bem mais confortável, o que contribuirá para a saúde e para a
embarcadas devem ser respeitadas, para que essas pessoas possam conviver de maneira
que o respeito venha a contribuir para que os propósitos do trabalho sejam atingidos de
Um agradável ambiente a bordo, tanto nas horas de trabalho como nas horas de lazer,
possibilita que o período de embarque passe de maneira a não causar estresse físico ou
mental. As empresas devem manter locais de lazer, como salão de jogos, salas de TV,
academias, piscina e quadras esportivas, como forem possíveis, para contribuir com o bem-
A personalidade influencia nos padrões de comportamento porque, é por meio dos traços
de personalidade que uma pessoa se integra e se ajusta dentro dos grupos sociais, inclusive
pessoa dentro do ambiente de trabalho é o que promove a adaptação e o ajuste nas diversas
sistema funcional de relações humanas. No entanto, a mesma pessoa que se sente confiante
quanto aos seus relacionamentos pessoais com amigos e com a família, sente-se, às vezes,
em que uma pessoa precisa interagir, tendo em vista algum objetivo comum, existe a
conflito.
70
sociabilidade com seus subordinados, como também de padrões aceitáveis de desempenho
social e psicológica. Cada pessoa acaba se tornando seu próprio psicólogo quando analisa o
tendem a acreditar que suas práticas de “relações humanas” são eficazes e, assim,
encontram pouca motivação para mudar seu comportamento ou sua perspectiva. Por outro
lado, pessoas que não experimentam o sucesso ou a satisfação no trato social, podem
acreditar que o defeito esteja nos outros, e não nelas mesmas, tal atitude é, muitas vezes,
uma racionalização. Cada pessoa que contribui para o sucesso de um grupo deve ser
Embora algumas pessoas em situação de trabalho desejem ser responsáveis pelo próprio
comportamento, não têm certeza sobre o que delas se espera em termos de relações
responsabilidades que lhes são atribuídas. Empregados jovens ou inexperientes não são os
únicos que encontram problemas de ajustamento no trabalho. Qualquer pessoa que mude de
comportamento. Que comportamento deve ser esse? Como pode ser mais bem obtida uma
71
ambiente profissional demonstra que os métodos em curto prazo, de eficiência não
empenha para manter uma cadeia aberta, honesta e abrangente. A eficácia resultante da
somente pode ser passada quando ocorrem recepção e emissão, mantendo-se o “ruído” em
um mínimo. Observar, ouvir e ler são tão essenciais à liderança quanto demonstrar, falar e
escrever.
grande parte da informação assume inevitavelmente uma forma de tirania das palavras.
mostrar a alguns liderados o quanto aprecia sua cooperação, tudo o que o líder tem a fazer é
freqüente reafirmação verbal. Outros, ainda, somente acreditarão quando o líder o fizer por
72
escrito. As comunicações que alcançam maior êxito são aquelas encaminhadas por líderes
Portanto, a comunicação eficiente por parte do líder deve ser isenta de preconceito,
ambiente de trabalho.
de seu líder. Ou seja, eles não fazem o que você diz, mas o que você faz.
7-Demonstre lealdade; e
8-Certifique-se de dar a seus liderados a parcela justa de qualquer elogio que venha para
você.
ATITUDES E POSTURA:
73
7-Respeite a propriedade dos outros – grande parte dos conflitos começa com a brincadeira
do esconde-esconde.
As principais razões que levam as pessoas a formarem equipes são, em primeiro lugar, a
proximidade física está ligado à atração que as pessoas exercem umas sobre as outras e à
possibilidade que elas têm de confirmar suas crenças e valores. A interação social atende à
Os desafios fazem com que as pessoas se reúnam para tentar superar coletivamente as
O sentimento de “pertencer”.
1-Aumenta a produtividade;
trabalho;
3-Realiza tarefas que grupos comuns não podem fazer: há conhecimento demais para que
74
4-Faz melhor uso dos recursos: a equipe é a idéia do “just-in-time”, aplicada à estrutura
5-As equipes são mais criativas e eficientes na resolução de problemas: elas invariavelmente
hierarquia piramidal;
diferentes tipos de conhecimento sem que essas diferenças rompam o tecido da organização;
8-Evite discutir assuntos religiosos, políticos e esportivos, pois podem causar desfechos
Nós somos criaturas sociais. Não apenas gostamos da companhia uns dos outros, mas
também buscamos uns aos outros, situação após situação. Precisamos dessa interação da
Afeição;
Afiliação;
Reconhecimento;
Troca de idéias; e
Valorização pessoal.
Apesar da nossa tendência de pertencer a uma equipe, também não queremos mudar
nossas vidas e prioridades individuais pelo bem do grupo sem um benefício pessoal.
coisas que cada um de nós deseja, coisas que nada têm a ver com equipes ou cargos).
75
3.2.6 - RESPONSABILIDADES SOCIAIS E TRABALHISTAS DO EMPREGADO E
EMPREGADOR
A Convenção do Trabalho Marítimo da OIT, conhecida pelo acrônimo MLC 2006, entrou
em vigor em 20 de Agosto de 2013 e constitui uma nova “carta dos direitos”, garantindo a
proteção dos cerca de 1,5 milhões de trabalhadores marítimos em todo o mundo, bem como
ratificada, até a data, por 53 países e estabelece requisitos mínimos para os trabalhadores
privadas habitualmente afeitos a atividades comerciais, com exceção dos navios afeitos à
convenção, navio designa qualquer embarcação que não navegue exclusivamente em águas
interiores ou em águas abrigadas ou nas suas imediações ou em zonas onde se aplique uma
regulamentação portuária.
76
Internacional sobre as Normas de Formação, Certificação e Serviço de Quartos para os
Marítimos (STCW).
A Convenção é composta por três partes distintas, mas ligadas entre si, nomeadamente
ratificaram a Convenção. O Código indica o modo de aplicação das Regras, sendo composto
por uma Parte A (normas obrigatórias) e uma Parte B (princípios orientadores não
obrigatórios).
As Regras cobrem aspectos muito diversos tais como condições de trabalho, horários de
Título 1: Condições mínimas exigidas para o trabalho dos marítimos a bordo dos navios;
segurança social;
cumprimento da Convenção pelos navios dos Estados Membros, que estes deverão possuir
Membros da Convenção e que possuam arqueação bruta igual ou superior a 500GT, que
77
efetuem viagens internacionais ou que operem a partir de um porto, ou entre dois portos de
outro país. Existe ainda a possibilidade de realizar uma certificação voluntária para navios
com menos de 500GT, navios que arvorem bandeiras de países que não ratificaram a
A MLC 2006 exige que todos os navios a que ela se aplica, levem a bordo um Certificado
que as condições de trabalho e de vida da gente do mar naquele navio, foram inspecionadas
Assim, as empresas cujos navios costumam aceder a portos de países que já ratificaram
quais serão objeto de inspeção por parte do Controle de Estado de Porto (Port State Control,
O cumprimento dos requisitos necessários passará por uma estreita colaboração entre os
Ademais, no Brasil, ainda existe uma fiscalização realizada pelo Ministério Público do
Trabalho que exige que navios de cruzeiros que realizem temporada brasileira cumpram os
previstos no Termos de Ajustes de Conduta (TAC), que além das exigências previstas na MLC
Imigração, além, ainda, das exigências do governo brasileiro, como por exemplo, a presença
78
3.2.7 - USO DE BEBIDAS E DROGAS A BORDO
navegação e as punições são severas e podem levar demissão por justa causa. Graves
reconhecendo que autoridades externas podem usar meios para comprovação do uso de
álcool ou drogas pela tripulação. A prática do uso de álcool e drogas poderá repercutir
negativamente ao navio, à empresa e ao tripulante que, além da demissão certa, poderá ter
embarque do tripulante, onde deverá fazer exames antidrogas, até na vigilância diária dos
supervisores a bordo.
será chamado ao antidoping e, após constatar o uso de álcool ou drogas, será desembarcado
tomadas, pois quando o conflito aflora, já está instalado nas pessoas que compõem um
membros da sua equipe de trabalho para, assim que detectar as atitudes citadas, assumir
79
1-Agressão- surge geralmente quando as idéias de uma pessoa não são aceitas ou
quando a pessoa não é aceita pelo grupo. A agressão manifesta-se através de gestos,
discussão, ser atendido sempre pela mesma pessoa em um determinado local a bordo, etc.
consiste em desviar ou substituir um objetivo que a pessoa não foi capaz de realizar por
determinada tarefa, atribuímos uma explicação racional, aparentemente lógica, para encobrir
uvas, em cujo texto o animal, por não conseguir alcançá-las, diz que as uvas estão verdes.
5-Projeção- ocorre quando uma pessoa transfere seus próprios sentimentos para uma
outra pessoa ou situação. Por exemplo, um marinheiro tem dificuldade de compreender uma
passando a informação.
alguns fracassos ou limitações. Exemplo: uma equipe de vendas, com baixa produção, ao
que provoca angústia. A pessoa desiste e evita a situação de conflito, excluindo, na maioria
80
8-Apatia- ausência de sentimento, indiferença. Frente a uma situação que causa
angústia, a pessoa se torna desinteressada, desligada, construindo uma parede que a separa
9-Negativismo- caracteriza-se por uma conduta habitual na qual se responde, diante das
mais diversas situações, de forma sempre negativa, derrotista. Exemplo: “Isto não vai dar
esperança” de ser tratado da mesma forma, ou seja, quando uma pessoa traumatizada
procura retornar a um estágio anterior. Exemplo: uma criança que volta a agir como bebê,
fantasiado.
resultado dessa proteção, a pessoa pode ser capaz de suportar o conflito, durante um
período suficiente para provocar um ajustamento mais realista e mais eficiente ao problema.
conflitos. Estes surgem principalmente pelo apego de algumas pessoas à situação vigente,
seja por posse ou comodismo, criando resistência a efetuar mudanças. Isso não quer dizer
que não existam mudanças sem conflitos. Portanto, entendemos por conflito o processo que
81
se inicia quando uma das partes em interação percebe que a outra frustrou ou está por
Toda pessoa procura se ajustar ou se adaptar quando enfrenta inibições e frustrações, com o
punição. Essa angústia leva a pessoa a apresentar vários mecanismos de defesa, que são
1- ter um compromisso com as metas - a primeira coisa que todos os membros de uma
equipe eficaz fazem é definir aquilo que estão perseguindo, quais as metas e objetivos da
equipe.
4- escutar ativamente - escutar de forma ativa e enfática é importante para qualquer um,
entre os membros de uma equipe. Escutar enfaticamente significa ser sensível não só ao
conteúdo da mensagem que a outra pessoa está transmitindo, mas à emoção por trás da
82
5- comunicar-se com clareza - quando você tiver algo bom a dizer, focalize o que é bom.
Quando as notícias não forem tão boas, vá direto ao assunto. A melhor coisa é dizer o que
precisa ser dito. Esta é a maneira mais respeitosa de se conduzir o problema. Não sonegue
informações à equipe, lembre-se que a nossa mente preenche a lacuna com informações
8- contribuir livremente com idéias- Quando têm uma opinião sobre alguma coisa a
a) TENHA PACIÊNCIA
Mostre sempre seus pontos de vista com moderação e ouça o que os outros têm a dizer
Nem sempre é fácil aceitar idéias, mais é importante saber reconhecer que a idéia de um
c) CRITICAR OS COLEGAS
Procure dar o seu melhor e ajudar os colegas, eles sempre o ajudarão quando você precisar.
e) DIALOGAR SEMPRE
83
Quando se sentir desconfortável com alguma situação ou tarefa que lhe tenha sido atribuída,
o dialogo será importante para que se ache uma solução que agrade a todos.
f) PLANEJAMENTO E ORGANIZAÇÃO
Procure sempre planejar e organizar os métodos para realização das suas tarefas.
Quando houver oportunidade saia do navio para passear, para renovar seu ânimo.
O petroleiro Exxon Valdez derramou sua carga em 1989, causando danos imensos a uma
84
O navio havia partido do terminal petrolífero de Valdez, no Alasca, em 23 de março de
1989, e bateu em um recife nas primeiras horas do dia 24 de março. A sequência de eventos
terem ocorrido muitos outros derramamentos de óleo no mundo, o acidente com o Exxon
Valdez aconteceu em águas remotas, onde se abrigava uma abundante e espetacular vida
Milhares de animais foram mortos pelo derramamento: cerca de 250.000 aves marinhas
e 2.800 lontras, entre outros. O custo de limpeza ficou em torno de US$ 2,1 bilhões, e as
áreas ao longo da costa atingidas pelo derramamento ainda estão contaminadas com óleo
debaixo da superfície.
O meio ambiente também pode ser desestabilizado por meios não poluidores e o melhor
exóticos e agentes patogênicos de diversas regiões do mundo; Ex: Navio lastra com água na
China e retira o lastro próximo da chegada em um país, foi regulamentado que os navios
deverão trocar a água de lastro a uma distância de 200 milhas da costa e com uma
profundidade com mais de 200 metros, sendo impossível, no mínimo de 50 milhas e 200
metros de profundidade.
Ex. Mexilhão Dourado, originário da China que subiu o Rio da Prata, Rio Paraná e está
85
3.3.2 - LEGISLAÇÃO AMBIENTAL BRASILEIRA VOLTADA ÀS ÁGUAS BRASILEIRAS
A legislação que regulamenta a poluição das águas por embarcações é conhecida pela
sigla MARPOL 73/78. É a Convenção Internacional para Prevenção da Poluição por Navios,
IV – por esgoto
V – lixo
Regulamenta o art. 225, § 1º, incisos I, II, III, e VII da Constituição Federal, institui o
Art. 5o Para efeito deste Decreto, respondem pela infração, na medida de sua ação ou
omissão:
86
II - o armador ou operador do navio, caso este não esteja sendo armado ou operado
pelo proprietário;
indústria do petróleo;
VI - o proprietário da carga.
Art. 9o As infrações dispostas nas Subseções VI a XVII da Seção II deste Capítulo serão
I - advertência;
II - multa simples;
IV - apreensão do navio;
VI - embargo da atividade;
87
3.3.3 - PRINCIPAIS FONTES POLUIDORAS
Navegação
Normalmente libera óleos e graxas, além dos esgotos sanitários e os restos de cozinha. No
entanto, a atividade de navegação tem servido para lançar ao mar produtos altamente
Pollution – MARPOL.
Outro fator que agrava a poluição marinha são as plataformas de extração de petróleo
aproximadamente 10% da poluição marinha é causada por vazamentos desse tipo de navio.
atividades mineradoras, resíduos sólidos, entre outros poluentes são lançadas nos oceanos.
marítimo é a Lei No 9.966, de 28 de abril de 2000, que dispõe sobre a prevenção, o controle
88
Adota preceitos da Convenção MARPOL 73/78 - Convenção Internacional para a
Internacional sobre Responsabilidade Civil em Danos Causados por Poluição por Óleo e da
Poluição por Óleo e prevê que o alijamento em águas sob jurisdição nacional deverá
perigosas, óleo, misturas oleosas e lixo, em águas sob jurisdição nacional têm como base a
As infrações previstas na Lei n.º 9.966/00, serão punidas com sanções que vão desde
advertência, apreensão do navio, suspensão das atividades, reparação dos danos causados
regulamentado pelo Decreto n.º 2.508/98, que estabelece regras para a preservação do
meio ambiente marinho, buscando evitar a poluição causada por óleo, substâncias nocivas e
A adoção do casco duplo por navios petroleiros foi estabelecida na emenda de 1992 da
MARPOL.
Você será uma parcela importante no combate a poluição e deverá estar sempre atento
para:
89
1- O acondicionamento do lixo a bordo, sempre será utilizado o processo seletivo com local
técnicas específicas.
pertencente a Organização das Nações Unidas (ONU). A IMO visa manter um sistema de
e da navegação. A IMO possui atualmente 169 estados membros. O Brasil é integrante desde
Outras convenções:
Segurança)
ISPS – International Ship and Port Facility Security Code (Código Internacional para
Perigosos)
90
COLREG – Evitar abalroamentos no mar;
CLC – Responsabilidade civil por danos causados por poluição por óleo; etc.
nacional. Esses espaços marítimos compreendem a faixa de 200 milhas marítimas contadas
a partir das linhas de base, acrescida das águas sobrejacentes à extensão da Plataforma
ZONA ECONÔMICA
EXCLUSIVA
(ZEE)
COMPREENDE AS
188 MILHAS A
PARTIR DAS 12
MILHAS DO MAR
TERRITORIAL.
TOTALIZANDO
200 MILHAS
NÁUTCAS
MAR
TERRITORIAL
12 MILHAS A
PARTIR DA
LINHA DA
COSTA
Figura 45: Águas Jurisdicionais Brasileiras.
91
3.3.7 - ORGANIZAÇÃO DISTRITAL DA MARINHA DO BRASIL
AUTORIDADE MARÍTIMA
poluição ambiental por parte de navios, plataformas e suas estações de apoio e à poluição
causada por vazamento de óleo e outras substâncias nocivas ou perigosas em águas sob
jurisdição nacional, principalmente no que diz respeito a elaboração das respectivas normas.
Ocidental, diretamente ou por meio das Capitanias dos Portos e Capitanias Fluviais, suas
92
Figura 46: Jurisdição dos Distritos Navais no Brasil.
Todos os navios de bandeira estrangeira que demandem portos nacionais, estão sujeitos
Controle pelo Estado do Porto" (INCEP), lotados nas Capitanias, devidamente qualificados e
credenciados pela DPC, ou por integrantes do Grupo Especial de Vistorias (GEV). Essas
emendas em vigor:
93
d)Convenção Internacional para Prevenção da Poluição por Navios, 1973, como
se à autoridade sob a qual um país exerce o controle regulatório sobre os navios comerciais
O TERRORISMO
CLADESTINO A BORDO
navio, em águas sob a jurisdição nacional, com clandestino a bordo, provoca a jurisdição do
Tribunal Marítimo.
embarcação ser estrangeira, o ingresso do clandestino ter se dado em porto estrangeiro e/ou
94
O fato em tela, clandestinos a bordo, podem ser tipificado nas letras “e” e/ou “f”, sem
art. 268, do Código Penal Brasileiro, “infringir determinação do poder público, destinada a
não cumprimento das normas sanitárias estabelecidas pela autoridade brasileira que,
naturalmente, o clandestino infringe, pois não embarca com certificado de vacinação, nem
atestado de saúde, nem documento sanitário hábil, nem permissão para entrar no Brasil.
Mesmo o navio brasileiro, com tripulação brasileira, vacinada e, teoricamente, sadia, fica
sujeito à “livre prática” das autoridades sanitárias do porto brasileiro, antes de permitir a
entrada de pessoas a bordo ou a saída dos de bordo, pelo risco potencial de transmissão de
Além do aspecto sanitário, acima citado, existem leis penais extravagantes, a exemplo
da Lei n.º 6.815/1980, que em seu art. 125, prevê que constitui infração penal, sujeitando o
infrator às penas cominadas nesta Lei: inciso I, entrar no território nacional sem estar
internacionais assinados pelo Brasil, em especial o “ISPS Code” - Código Internacional para a
Segurança dos Navios e das Instalações Portuárias - que foi elaborado pelo Comitê de
n.º 2 da Conferência Diplomática SOLAS 1974 (Safety of Life at the Sea), em reunião
95
clandestino tenha sido encontrado em águas internacionais, pois, além de “infringir
fazendas de bordo estarão expostas a risco por condições sanitárias desconhecidas e por
motivos imprevisíveis da entrada destes a bordo (como terrorismo, por exemplo), além do
PIRATARIA
normalmente no mar.
Há muito tempo os piratas fascinam escritores e artistas, mas os piratas de hoje não se
Muitos trechos em águas internacionais agora são protegidos com sucesso pela guarda
costeira. Mesmo assim, a pirataria causa prejuízos da ordem de US$ 16 bilhões todos os
anos.
conteúdo de cofres, e regularmente matam a tripulação dos navios que atacam. O navio é
96
Quanto a caracterização de ilícitos a bordo, foi promulgada uma Convenção Internacional
O Presidente da República, no uso da atribuição que lhe confere o art. 84, inciso IV, da
da Convenção, bem como o item 2 do artigo 3º do Protocolo, por meio do Decreto Legislativo
citados atos internacionais em 25 de outubro de 2005, com reservas ao item 2 do artigo 6º,
NAVEGAÇÃO MARÍTIMA
particular, que todos têm direito à vida, liberdade e segurança pessoal, como expresso na
97
Declaração Universal dos Direitos Humanos e no Pacto Internacional dos Direitos Civis e
todas as suas formas, que põem em risco e tiram vidas humanas inocentes, comprometem
Considerando que atos ilícitos contra a segurança da navegação marítima põem em risco a
considerando que a ocorrência de tais atos constitui matéria de grave preocupação para a
resolução 40/61 da Assembléia Geral das Nações Unidas, de 9 de dezembro de 1985, que,
cooperação com outros Estados, bem como os órgãos relevantes das Nações Unidas,
contribuam para a eliminação progressiva das causas que constituem a base de terrorismo
racismo e situações que impliquem violações em massa e flagrantes dos direitos humanos e
das liberdades fundamentais e todas aquelas que impliquem ocupação estrangeira, que
como criminosos, todos os atos, métodos e práticas de terrorismo, onde quer que e por
quem quer que sejam praticados, inclusive aqueles que ponham em risco as relações
amigáveis entre Estados e sua segurança”, recordando também que, pela resolução 40/61, a
bordo ou contra navios, com vistas a fazer recomendações sobre medidas adequadas”, tendo
98
Organização Marítima Internacional, que solicitou o desenvolvimento de medidas para
tripulações, tendo em vista que atos da tripulação, que está sujeita à disciplina normal a
bordo, estão fora da alçada desta Convenção, afirmando o desejo de supervisar regras e
padrões relativos à prevenção e controle de atos ilícitos contra navios e pessoas a bordo de
navios, com vistas a atualizá-los na medida das necessidades e, nesse sentido, tomando
nota, com satisfação, das Medidas Para Impedir Atos Ilícitos Contra Passageiros e
Organização Marítima Internacional, afirmando, além disso, que matérias não reguladas por
esta Convenção continuam a ser regidas pelas regras e princípios do direito internacional
ARTIGO 3º
(a) sequestrar ou exercer controle sobre um navio, pela força ou ameaça de força ou por
(b) praticar ato de violência contra pessoa a bordo de um navio, se esse ato for capaz de pôr
(c) destruir um navio ou causar dano a um navio ou à sua carga e esse ato for capaz de pôr
(d) colocar ou mandar colocar em um navio, por qualquer meio, dispositivo ou substância
capaz de destruí-lo ou causar dano a esse navio ou à sua carga, e esse ato puser em perigo
99
(e) destruir ou danificar seriamente instalações de navegação marítima ou interferir
seriamente em seu funcionamento, se qualquer desses atos for capaz de pôr em perigo a
(f) fornecer informações que sabe serem falsas, dessa forma pondo em perigo a navegação
segura de um navio; ou
(g) ferir ou matar qualquer pessoa, em conexão com a prática ou tentativa de prática de
(b) ajudar na prática de qualquer dos delitos previstos no parágrafo 1, cometido por
qualquer pessoa, ou for, de outra forma, cúmplice de pessoa que cometa tal delito; ou
(c) ameaçar, com ou sem condição, conforme disposto na lei nacional, com o objetivo de
compelir pessoa física ou jurídica a praticar ou deixar de praticar qualquer ato, cometer
qualquer dos delitos previstos no parágrafo 1, letras (b), (c) e (e), se essa ameaça for capaz
ARTIGO 4º
navegar para dentro, através ou para fora de águas além do limite externo do mar territorial
de um único país ou dos limites laterais de seu mar territorial com Estados adjacentes.
2. Nos casos em que a Convenção não for aplicável segundo o parágrafo 1, ainda assim se
ARTIGO 8º
100
1. O comandante de um navio de um Estado-Parte (Estado da bandeira) pode entregar às
autoridades de qualquer Estado-Parte (Estado receptor) qualquer pessoa que ele tenha
motivos razoáveis para acreditar que cometeu algum dos delitos previstos no Artigo 3º.
2. O Estado da bandeira determinará que o comandante de seu navio seja obrigado, todas as
vezes em que isto for exequível e, se possível, antes de entrar no mar territorial do Estado
receptor, que leve a bordo qualquer pessoa que o comandante pretenda entregar de acordo
com o parágrafo 1, a fazer notificação às autoridades do Estado receptor sobre sua intenção
3. O Estado receptor aceitará a entrega, salvo se tiver motivos para considerar que a
Convenção não se aplica aos atos que derem origem à entrega, e procederá de acordo com
as disposições do Artigo 7º. Qualquer recusa de aceitar uma entrega será acompanhada de
5. O Estado receptor que tenha aceito a entrega de uma pessoa de acordo com o parágrafo
3º pode, por sua vez, solicitar que o Estado da bandeira aceite a entrega dessa pessoa. O
procederá de acordo com o Artigo 7º. Se o Estado da bandeira declinar uma solicitação,
enquanto que o terrorismo tem toda uma conotação ética que pode ser cultural, religiosa,
etc.
Acionamento do SSAS;
espuma;
101
Cumprir instruções do oficial de proteção, o qual estará seguindo as diretrizes do
plano de proteção;
Por fim deve ficar claro que para configurar o tipo penal qualificado como pirataria, o ato
deverá ser praticado em lugar não submetido à jurisdição de um Estado, sob pena de serem
considerados outros tipos penais previstos na legislação interna de tal Estado, delitos estes
IMO) como roubo armado contra navios (armed robbery against ships), conforme dispõe o
item 2.2 do Anexo Code of Practice for the Investigation of Crimes of Piracy and Armed
Sendo assim, uma carga que seja subtraída de um navio aportado no Rio de Janeiro sob
102
CAPÍTULO 4
Tipos de emergências
1-Incêndio: ocorrência de fogo não controlado, que pode ser extremamente perigosa para
submersão.
5-Colisão e Encalhe: colisão é o embate entre dois ou mais corpos; choque. Encalhe é o
103
6-Abandono ou Evacuação: ato ou efeito de largar, de sair sem a intenção de voltar;
afastamento; esvaziar.
7-Homem ao Mar: situação de emergência em que uma pessoa caiu de um barco ou navio
na água.
que o abandono é uma medida extrema, e por isso, a ordem para abandonar a embarcação
Planos de contingência
objetivam manter os tripulantes aptos a reagirem de forma rápida e correta para sanar,
conter ou minimizar suas conseqüências. Por estes motivos, os planos devem ser seguidos,
Operação “SAR” (Search and Rescue) - trata-se de uma operação de Busca e Resgate de
104
4.1.2 - ALARMES DE EMERGÊNCIA
Ao escutar o toque de alarme geral (uma série de sete ou mais apitos curtos seguidos
por um apito longo), vista roupas adicionais e o seu colete salva-vidas e então, dirija-se para
o ponto de reunião (Muster Station). Esse toque (7 toques curtos e um longo) antecede o
constantes e para não causar pânico nos passageiros, imaginando que seja uma situação
local, utilizava-se o código “Mr. SKYLIGHT” nos sistemas internos de comunicação para
informar aos tripulantes do treinamento. Assim sendo, os passageiros não ficarão sabendo,
evitando então, um desconforto. Este procedimento também poderá ser utilizado no início de
Os navios brasileiros possuem uma tabela “Tabela Mestra”, afixada em quadro de avisos,
onde consta a relação de todos os tripulantes e os postos (locais) que deverão ser
guarnecidos (ocupados) nos diversos treinamentos que serão realizados a bordo. No caso de
uma ocorrência real você já estará familiarizado com as ações que deverá tomar. Além da
“Tabela Mestra” geral, cada tripulante ainda receberá uma “Tabela Mestra Individual”, que é
um cartão onde constam o seu número de bordo e os locais que você deverá guarnecer nos
tripulantes.
“Muster List” e os tripulantes também recebem uma “Tabela Mestra Individual” que é
105
chamada de “SafetyCard”. Em alguns casos o “SafetyCard” poderá ser encontrado atado ao
seu colete salva-vidas ou através de uma lista que você vai receber quando embarcar.
posto ou função específica em cada rotina, além de designar qual é seu bote salva-vidas.
Além disso, como cada tripulante receberá um Safety Number ou Manning Number, que
é justamente o seu número representativo no navio, será através desse que em consulta à
Abaixo segue um pequeno modelo da Tabela Mestra, que também poderá ser
106
Logo ao embarcar, cumprindo procedimentos existentes, os tripulantes são familiarizados
para que possam reagir corretamente nas situações de emergência com o seguinte:
- Alarme de emergência;
- SMPEP;
Postos de reunião
postos de reunião deve ter um espaço suficiente para acomodar todas as pessoas designadas
para aquela estação, de pelo menos 0,35 m2, por pessoa. Os postos de reunião e as
estações de embarque devem ser acessíveis pelas acomodações e pelas áreas de trabalho.
Em caso de alarme de abandono, todos os tripulantes devem seguir o mais rápido possível
passageiros devem se dirigir ao seu posto de reunião, devidamente vestidos com roupas
107
adequadas para um possível abandono, com colete salva-vidas, e aguardar instruções. Para
outras emergências que não o abandono, os tripulantes devem reagir de acordo com a
As saídas de emergência e as rotas de fuga, existentes por todo o navio, devem ser
conhecidas de maneira clara e eficiente por todos, para que possam salvar suas vidas
durante as emergências. A bordo são indicados por sinalização característica onde os sinais
postos de abandono. Existem, também, sinais brancos com fundos azuis, porém, esses
sobrevivência.
Salvatagem.
EQUIPAMENTOS INDIVIDUAIS
1) Colete salva-vidas;
3) Roupa de imersão;
5) Roupa anti-exposição.
108
Lâmpada
Lâmpad
PROTEÇÃO CORPORAL
prova de água com baixa condutividade térmica (nas baleeiras balsas existem uma para
cada pessoa)
3- Roupa ante exposição - Traje para proteção de chuva e borrifos (utilizada nos botes de
salvamento)
109
Figura 53: Roupa. Figura 54: Meio de proteção Figura 55: Roupa anti-exposição
110
EMBARCAÇÃO DE SALVAMENTO E RESGATE
1-Luz Sinalizadora
2-Coletor de Água da
Chuva
3-Palamenta da Balsa
4-Faca Flutuante
5-Revestimento de
Nylon/PVC
6-Ração Sólida
7-Pilhas (ativáveis por
água)
8-Âncora Flutuante
9-Espuma (esponja p/
secar)
111
PALAMENTA (MATERIAL) COMPONENTE DAS BLASAS SALVA-VIDAS E BALEEIRAS
112
4.1.5 – SISTEMAS DE COMUNICAÇÕES INTERIORES DE BORDO E DE EMERGÊNCIAS
O “centro nervoso” de todo o navio é o seu passadiço “BRIDGE” e é para lá que se deve
ligar nas situações de emergência para que os oficiais de serviço façam o anúncio geral, na
Porém, existem também os alarmes espalhados pelo navio, como por exemplo, o de
Sendo assim é seu dever saber onde ficam localizados os alarmes e os tipos de
Hydromax, que faz o estudo das condições de carregamento do navio e o Nastran cálculo
estrutural.
113
Linha d’água (Boott)- É uma faixa pintada no casco da embarcação, que representa a
região em que ela flutua. A linha de flutuação é a interseção entre o casco da embarcação e
superfície da água onde flutua a embarcação. As embarcações têm marcadas nos costados, a
Obras mortas (Upperworks)- É a parte do casco que fica acima do plano de flutuação.
Obras vivas ou Carena (Quick Works)- É a parte do casco abaixo do plano de flutuação, ou
Existem portas na parte interna do navio que não permitem a passagem de água ou fumaça,
a fim de evitar alagamentos e contaminação. Este tipo de porta pode possuir um sistema
114
Existem também os Porões que são os compartimentos estanques localizados entre o
Todavia, hoje em dia, as embarcações passaram a usar a água como lastro, o que facilita
eficiente do que o lastro sólido. Quando um navio está descarregado, seus tanques
recebem água de lastro para manter sua estabilidade, balanço e integridade estrutural.
Quando o navio é carregado, esta é parcialmente lançada ao mar conforme cálculo realizado
Em geral, os tanques são preenchidos com maior ou menor quantidade de água para
aumentar ou diminuir o calado dos navios durante a navegação para garantir sua segurança
operacional.
Além disso, durante a viagem o navio consome combustível e água. Assim, ocorre uma
diminuição do seu peso bruto que consiste em redução do seu calado carregado, permitindo
que o leme e parte da hélice fique fora d’água prejudicando a manobrabilidade e governo do
navio. Além disso, a água de lastro tem por objetivo garantir a estabilidade do navio
sustentar.
115
Figura 69: Estabilidade e estanqueidade do navio.
(MusterStation), não retorne em hipótese alguma a sua cabine a fim de pegar objetos de uso
lo.
água.
-Caso tenha que abandonar saltando na água, lembre-se da regra dos pés primeiro (em pé)
116
4.2.3 PROCEDIMENTOS PARA EVACUAÇÃO
sofrer o choque térmico inicial, que pode inclusive ocasionar a morte da pessoa que tenha
demonstrou que as melhores roupas para o náufrago usar são as feitas de lã. Se possível,
providencie também uma proteção para a cabeça, pois esta é a parte do corpo onde existe
maior emissão de calor. Não deixe de proteger também as extremidades do seu corpo, como
Caso tenha que abandonar o navio saltando na água, deverá ser observada o Regra dos
Pés Primeiro, ou seja, saltar com as pernas e os pés juntos a fim de facilitar a penetração na
água, cruzar os braços sobre o peito apertando firmemente o colete salva-vidas no peito e
com uma das mãos apertar as narinas. Se possível aspire o ar pelo nariz para que já chegue
117
4.2.4. RESGATE POR HELICÓPTERO
Siga as instruções do pessoal da aeronave e não tente entrar no helicóptero sem que
eles estejam auxiliando. NÃO SOLTE AS MÃOS que devem permanecer juntas para evitar
Além disso as pernas devem ficar abertas para que ao ser içado o resgatado não fique
girando.
Também poderá haver o caso de resgate por maca, quando houver ferido que não possa
Embarcações de sobrevivência
resgate. Geralmente construídas em fibra de vidro, possuem motor com capacidade para 6
118
2- Balsa inflável: destina-se ao abandono do navio e nela sobreviver, com segurança,
Procedimentos
-Vista roupas adicionais, de preferência roupas de lã. Não esqueça do colete salva-vidas;
reserva;
-Cortar o cabo de acionamento que prende a balsa à unidade (procure salvar a maior
-Lançar a âncora flutuante para manter a balsa afilada ao vento e a corrente afim de
aumentar a estabilidade;
119
-Distribuir tarefas e ler manuais;
Ao escutar o toque de alarme geral (uma série de sete ou mais apitos curtos
seguidos por um apito longo), vista roupas adicionais e o seu colete salva-vidas e então,
dirija- se para o ponto de reunião (MusterStation). Esse toque antecede o toque das fainas
de emergência.
É importante que você saiba o seguinte: esse toque não significa abandono da
120
No ponto de reunião (MusterStation), a tripulação receberá as informações sobre a
(MusterStation), não retorne em hipótese alguma ao seu camarote a fim de pegar objetos de
uso pessoal. Nenhum bem material é mais importante que a sua vida.
A pessoa que estiver dentro da água também deve adotar os procedimentos adequados
Caso seja necessária a locomoção dos membros de uma balsa salva-vidas ou baleeira no
corrente ou crocodilo.
Figura 75 e 76: posição h.e.l.p. agrupada.
Aumenta a temperatura.
Em primeiro lugar, é importante que haja um líder capaz, com os conhecimentos teóricos
e práticos de sobrevivência. Esse líder deve inspirar confiança nos demais náufragos.
121
Disciplina é importante em uma embarcação de sobrevivência. A manutenção da
O grupo de sobreviventes deve formar um conjunto unido, coeso, sem divisões, com
Todos devem ser tratados de forma justa e igual, para evitar favorecimentos e quebra na
mentais. Terapia ocupacional significa manter-se ocupado com atividades positivas, como
Não se esqueça de que os distúrbios emocionais são causados principalmente pelo medo,
ferimentos, exaustão ou ingestão de água do mar. O náufrago nessas condições não deve
ser tratado com rigor excessivo, pois isso poderá piorar sua situação, tornando-o, inclusive,
violento.
estes podem evoluir para um grau maior de desarranjo emocional, o que pode contaminar
O líder deve ponderar as suas ações. Deve saber ser rígido, conciliador e imparcial
quando a situação assim o exigir. Deve inspirar confiança nos demais náufragos.
Não deve demonstrar ansiedade, nem ser vacilante, e deve usar, sempre que
122
Fatores adversos aos náufragos: Além enjôo, queimadura ou desidratação, temos;
FATORES SUBJETIVOS:
remédio para o combate a solidão) - não devemos falar muito, pois provoca sede.
Tédio- Aparece com o tempo, o náufrago se revolta contra tudo e contra todos, se
desinteressa das coisas que poderia o ocupar, tirando-lhe a vontade de viver. O Líder deve
FATORES OBJETIVOS:
Frio-Quando a temp. do corpo cai cerca de 30 graus, a pessoa tem sua capacidade mental e
física deterioradas e entra em estado de choque. Devemos levar o máximo de roupas para
combater o frio.
Fome- Podemos sobreviver longos períodos sem comer, se tiver água para beber. A ração
no caso do Brasil são rapaduras (850 cal./dia duram seis dias). Devemos pescar ao máximo,
Sede-O corpo humano adulto é constituído, em média, por 33 litros de água, e para
média 13 dias sem beber água. Recolher ao máximo a água da chuva. Não beber água nas
primeiras 24 horas.
Nefrite- (inflamação dos rins) - É o resultado da tentativa de aliviar a sede bebendo água do
mar. O náufrago procura aliviar a sede bebendo um pouco de água salgada e vai
aumentando até perder o domínio. Morte por água salgada, e é semelhante a morte pela
sede.
123
Programas de Treinamentos
equipamentos de rádio que fazem parte das estações de GMDSS a bordo dos navios.
MF, HF, VHF, radiotelex, transponders radar – SART, balizas radioindicadoras – EPIRBs e
124
O segmento de comunicação por satélites é o grande responsável pela eficiência de todo
Vamos ver agora, de forma resumida, os equipamentos que são encontrados a bordo dos
(SOLAS).
a) EPIRB- (Emergecy Position Indicating Radio Beacon) é uma rádio baliza indicadora de
retransmitidos para estações receptoras localizadas em terra, onde esses sinais são
Emite um sinal em nível global para um satélite (nome da embarcação, latitude e longitude)
que envia o sinal para estações terrestres que, por sua vez, acionam o sistema de busca e
resgate (SAR).
125
Figura 79: Emergência flutuante
126
b) O Transceptor Radar (SART)- É um transponder que, quando acionado, emite um sinal
local que será visualizado nas telas dos radares banda X das embarcações próximas e das
milhas.
c) O rádio VHF - No canal “16” também poderá ser utilizado para chamadas de socorro,
Digital (DSC) Emergência. Existem ainda transceptores VHF portáteis que são utilizados para
comunicação interna.
127
d) Sinalizadores visuais
Foguete Luminoso com Paraquedas (vermelho) utilizado para visualização a longa distância
esteja próximo. Localização pontual. Pode ser visto até 3 milhas no período noturno.
FUMÍGENOS - Utilizados no período diurno para marcação pontual. Poderá ser visto a
Na balsa ainda encontraremos espelho para sinalizar refletindo o Sol; refletor radar para
aumentar o eco da reflexão das ondas eletromagnéticas de um radar que esteja nos
128
CAPÍTULO 5
se manter a calma e ter em mente que a prestação de primeiros socorros não exclui a
para a prestação do socorro sem riscos para você. Não se esqueça de que um atendimento
129
outras pessoas, sendo importante que a liderança seja exercida pela pessoa que apresentar
você, solicite a ajuda das demais pessoas, com calma e firmeza, demonstrando a cada uma
o que deve ser feito, de forma rápida e precisa. Apesar da gravidade da situação devemos
urgência no dicionário médico consta como um estado patológico que se instala bruscamente
cirúrgica urgente. Que urge, que deve ser feito com rapidez.
possível, por qualquer meio de comunicação que esteja a seu alcance, falando com o
passadiço.
O Tripulante deverá imediatamente ligar para a BRIDGE, e reportar o ocorrido. Por sua
vez a BRIDGE emitirá um sinal CODIFICADO para todo o navio, afinal, não queremos que os
O sinal para uma emergência médica, feito através do P/A com a indicação do local onde
ela ocorreu, aplica-se ao Medical Team que terá a seu cargo a resolução do problema, o
bordo.
Deixar de prestar socorro significa não dar nenhuma assistência à vítima. A pessoa que
chama por socorro especializado, por exemplo, já está prestando e providenciando socorro.
Qualquer pessoa que deixe de prestar ou providenciar socorro à vítima, podendo fazê-lo,
estará cometendo o crime de omissão de socorro, mesmo que não seja a causadora do
130
evento. A omissão de socorro e a falta de atendimento eficiente de primeiros socorros são os
humanos são possuidores de um forte espírito de solidariedade e é este sentimento que nos
Nestes trágicos momentos, após os acidentes, muitas vezes entre a vida e a morte, as
vítimas são totalmente dependentes do auxílio de terceiros. Acontece que somente o espírito
de solidariedade não basta. Para que possamos prestar um socorro de emergência correto e
que na hora de emergência não terão coragem ou habilidade suficiente, mas isso não deve
ser motivo para deixar de aprender as técnicas, porque nunca sabemos quando teremos que
utilizá-las.
cuidado, a fim de não agravar as lesões existentes. Antes da remoção da vítima, deve-se
1-Se houver suspeita de fraturas no pescoço e nas costas, evite mover a pessoa;
2-Para puxá-la para um local seguro, mova-a de costas, no sentido do comprimento com o
3-Para erguê-la, você e mais duas pessoas devem apoiar todo o corpo e colocá-la numa
tábua ou maca, lembrando que a maca é o melhor jeito de se transportar uma vítima. Se
precisar improvisar uma maca, use pedaços de madeira, amarrando cobertores ou paletós;
131
5-Na presença de hemorragia abundante, a movimentação da vítima pode levar rapidamente
ao estado de choque;
massagem cardíaca;
11-No caso de uma pessoa inconsciente, mas sem evidência de fraturas, duas pessoas
132
ATENÇÃO
3-O transporte deve ser feito sempre em baixa velocidade, por ser mais seguro e mais
seja, a partir do momento que você embarca e assina um contrato com a empresa, ela lhe
oferece uma assistência médica arcando com os custos desde um remédio até uma operação
(caso necessário).
Todos os navios possuem uma equipe médica com médico(s) e enfermeiro(s) que
oferece assistência ao tripulante, caso não seja possível ser resolvido no navio, a companhia
133
5.1.5. REGRAS BÁSICAS DE HIGIENE PESSOAL
que estas sejam uma forma de disseminar uma infecção a bordo. Desta forma, a
higienização das mãos é um dos procedimentos mais importantes para prevenir a dispersão
lavagem das mãos antes de manusear a comida, comer ou beber, fumar, escovar os dentes
e exercer qualquer atividade que envolva contato da boca com a mão. Ao entrar na cabine é
SISTEMA ESQUELÉTICO
Os ossos formam a estrutura esquelética rígida e forte do corpo. Cada osso possui uma
camada dura e compacta ao redor de um interior esponjoso e leve. Os ossos são compostos
principalmente por cálcio, fósforo e uma substância fibrosa, conhecida por colágeno.
Articulação é a junção entre um osso e outro e elas são mantidas no lugar através dos
ligamentos.
134
Os ossos são classificados de acordo com a sua forma em: ossos longos, curtos e chatos
ou planos.
SISTEMA MUSCULAR
estriado cardíaco e músculo liso. Os seres humanos possuem mais de 600 músculos
filamentos de actina sobre os de miosina. Nas pontas dos filamentos de miosina existem
pequenas projeções, capazes de formar ligações com certos sítios dos filamentos de actina,
135
SISTEMA CARDIOVASCULAR
É composto pelo coração e pelos vasos sanguíneos, que em conjunto mantêm um fluxo
contínuo de sangue pelo organismo. O coração bombeia sangue rico em oxigênio vindo dos
pulmões para o restante do corpo, através das artérias e arteríolas. O sangue retorna ao
coração através das vênulas. As arteríolas e vênulas são ligadas pelos capilares, onde ocorre
1-Coração: sua função é bombear sangue para o corpo, suprindo as células com nutrientes
e oxigênio. Quando o músculo cardíaco se contrai, ele força a passagem de sangue do átrio
136
brônquios se subdividem em bronquíolos e estes terminam em uns saquinhos chamados
alvéolos.
6-Fígado: produz a bile, remove glicose, armazena substâncias, sintetiza proteínas, degrada
essenciais.
137
5.2. PROCEDIMENTOS DE PRIMEIROS SOCORROS
Princípios Universais
2- O que aconteceu?
3- Número de vítimas?
4- Bioproteção?
paciente está respirando, se não estiver, abra as vias aéreas delicadamente levantando o
queixo para cima e inicie imediatamente a RCP pela administração de duas respirações e
início de compressões torácicas. Coloque a palma de uma mão no meio do esterno e a outra
mão em cima, pressione com força para baixo, comprimindo o tórax cerca de 4 a 5 cm, a
com 2 ventilações.
RECOMENDAÇÕES
Compressões
138
Profundidade das 5 cm 5 cm 4 cm
compressões
torácica
Compressões
139
MANOBRA DE RCP
Os sinais de choque
2- Pode ocorrer por hemorragias, fraturas, dores intensas, queimaduras, ataques cardíacos,
3-Sintomas: pele fria, sudorese, respiração rápida e fraca, pulso rápido e fraco, diminuição
4- Primeiro socorro:
- Afrouxar as roupas;
140
5.2.3. PROCEDIMENTOS PARA CONTER HEMORRAGIA
FERIMENTOS
vasos sanguíneos e outras áreas. Pode ser provocado por vários fatores, dentre eles: faca,
Ferimentos Abertos: são aqueles que apresentam descontinuidade da pele e podem ser
esmagamentos.
HEMORRAGIAS
saindo, é mais difícil de identificar. A situação deve ser acompanhada e controlada com
muita atenção para os sinais externos: pulso fraco e acelerado, pele fria e pálida, mucosas
dos olhos e da boca brancas, mãos e dedos arroxeados pela diminuição da irrigação
141
Hemorragia Externa: é aquela que é visível, sendo, portanto mais fácil identificar. Se não
for prestado atendimento, pode levar ao Estado de Choque. A hemorragia pode ser arterial,
venosa ou capilar.
Embora seja discutido atualmente, o torniquete também já foi muito utilizado para conter
hemorragias.
Procure manter o local que sangra em plano mais elevado que o coração.
Pressione firmemente o local por cerca de 10 minutos, comprimindo com um pano limpo.
142
5.2.4. PRIMEIROS SOCORROS PARA QUEIMADURA
QUEIMADURAS
Podem derivar de contatos com fogo, objetos quentes, água fervente ou vapor, com
pele); e
Atendimento:
3- Retire a roupa que não estiver grudada. Caso esteja grudada, não retire, pois ocasiona
graves lesões.
4-Retire objetos que possam ser removidos, correntes, relógio, etc. Se estiverem grudados,
não retire.
143
6-Se a área atingida foi provocada por água fervente ou outros, lave em água corrente
8-Não utilize nenhum tipo de pomada ou produtos caseiros na área afetada pela queimadura,
somente água.
9-No caso de queimaduras com produtos químicos lave o local com água corrente por 10
minutos (se forem os olhos, 15 minutos), enxugue delicadamente e cubra com um curativo
limpo e seco.
Fratura - É a quebra de um osso causada por uma pancada muito forte, uma queda ou
atravessa a pele. As fraturas expostas exigem cuidados especiais, portanto, cubra o local
Entorse - É a torção de uma articulação, com lesão dos ligamentos (estrutura que sustenta
fechada. Lembre-se de que não se deve fazer massagens na região, nem tentar recolocar o
osso no lugar.
Contusão- É uma área afetada por uma pancada ou queda sem ferimento externo. Pode
apresentar sinais semelhantes aos indicadores de uma fratura fechada. Se o local estiver
144
5.2.6. USO DE BANDAGENS, CURATIVOS, IMOBILIZAÇÕES, CONDUÇÃO DE MACA,
Figura 97: Imobilização do braço esticado e dobrado. Figura 98: Imobilização do cotovelo.
Figura 99: Imobilização do braço com bandagem triangular. Figura 100: Bandagem do tórax
145
PRIMEIROS SOCORROS
PRIMEIROS SOCORROS
Imobilização do pé ou
Imobilização do pé ou
tornozelo
tornozelo Imobilização do
Imobilização
tornozelodo Seaman Náutica Ltda.
tornozelo Seaman Náutica Ltda.
PRIMEIROS SOCORROS
PRIMEIROS SOCORROS
sinais de que a vitima apresente e o início imediato da RCP se a vitima não responder, não
146
Todos os socorristas leigos treinados devem, no mínimo, aplicar compressões torácicas em
vitimas de PCR. Além disso, se o socorrista leigo treinado puder realizar ventilações de
para cada 2 ventilações. O socorrista deve continuar a RCP ate a chegada de profissionais de
Após a aplicação de 30 compressões, o socorrista que atuar sozinho devera abrir a via
cm em bebes.
147
De acordo com a medicina atual, uma doença infecciosa ou doença transmissível é qualquer
doença causada por um agente patogênico (como: vírus, bactéria e também parasita), em
contraste com causa física (por exemplo: queimadura, intoxicação química, relação sexual,
beijos ou ferimentos.)
No ambiente laboral, inclusive nos navios, os profissionais estão expostos diariamente aos
ocupacionais.
Ressaltando, inclusive, que qualquer pessoa a bordo seja diagnostica com doença infecciosa,
uma ala inteira do Navio, poderá ser colocada em quarentena e o mesmo ser isolado a esta
secreções que estejam em seu corpo (nunca esqueça dos meios de proteção como luvas
etc.).
148
EM CASO DE ACIDENTE A BORDO O TRIPULANTE DEVERÁ
1- DAR ALARME E PEDIR SOCORRO;
2- ABORDAR APESSOA E COM CUIDADO E SEGURANÇA, PERGUNTAR SE NECESSITA DE
ALGUMA AJUDA; E
3- REALIZAR OS PRIMEIROS SOCORROS NECESSÁRIOS ATÉ A EQUIPE DE ENFERMAGEM DO
NAVIO CHEGAR.
1-Caso você se depare com uma pessoa acidentada a bordo o que você deverá ter sempre
em mente?
2-Cite 4 providências que deverão ser tomadas pelo socorrista antes da remoção de uma
vítima?
socorros adequados?
6-Cite 5 procedimentos que você deverá implementar ao se deparar com uma pessoa em
149
CAPÍTULO 6
6.1.1. COMBUSTÃO
processo de combustão.
a energia resultante da reação dos três elementos essenciais, onde parte dessa energia dá
meio ambiente sob forma de calor. São íons liberados na reação. Em suma, a reação em
cadeia só começa após a reação dos três elementos essenciais. Assim como os outros
150
1- Combustível: ISOLAMENTO
2- Comburente: ABAFAMENTO
3- Calor: RESFRIAMENTO
plenitude.
151
A grande maioria dos incêndios que têm início a bordo de uma embarcação têm como origem
a falta de cuidado com o material inflamável existente. Veja a lista com as principais causas
de incêndios a bordo:
• materiais inflamáveis ou combustível de bordo, tais como óleos, graxas, tintas, solventes
Desta forma, deve ser despendida atenção especial às instalações elétricas não seguras. Os
itens a seguir deverão ser verificados para avaliação das condições do equipamento elétrico:
isolamento
152
tampas de proteção / lentes de vidro
juntas
conexões
acúmulo de poeira
limpeza
pequena chama nessas áreas pode evoluir rapidamente para um incêndio de grandes
conscientização sobre Segurança contra Incêndio deverá ser praticada pelo pessoal
A área de carga deve ser considerada, permanentemente, como um local de risco, que pode
pessoal e de segurança contra incêndio devem sempre ser praticadas quando executando
Todo o material que tem como propósito básico proteger o homem que combate um
incêndio, contra quaisquer fatores que coloquem em risco sua integridade física, é conhecido
como equipamento de proteção. Assim, dentro desse conceito, incluem-se desde o simples
de aproximação.
153
6.1.3. PREVENÇÃO DO INCÊNDIO A BORDO
FUMO
risco de incêndio.
- Não podem ser usados em compartimentos onde há presença de vapores inflamáveis, tais
- As lanternas manuais usadas a bordo devem estar dentro das normas específicas e
estar em uma zona de risco. As precauções com equipamentos elétricos deverão ser
redobradas.
EQUIPAMENTOS DE COMUNICAÇÃO
154
- Quando atracado em áreas de risco, o equipamento normal de comunicação do navio não
mesmas.
- Fase Inicial
determinando o foco inicial. Nesta fase há uma progressiva elevação de temperatura até
- Fase Intermediária
- Fase Final
É a fase onde ocorre a decadência e a extinção do incêndio. Porém, nesta fase ocorre o risco
A oxigenação súbita, provocada por uma abertura brusca de uma porta de acesso ou de uma
escotilha, pode provocar uma reação súbita com “línguas” de fogo, ou até mesmo uma
explosão.
estudos realizados nos últimos anos revelaram um novo elemento do fogo que é a reação
em cadeia.
155
A cadeia de reações, formada durante a combustão, forma produtos intermediários
instáveis, prontos a se combinarem com outros elementos, gerando novos produtos, só que
estáveis.
Aos produtos instáveis cabe a transmissão da energia gerada pela reação que, por sua
CONDUÇÃO:
CONVECÇÃO:
Consiste no transporte de energia térmica de uma região para outra, através do transporte
de matéria.
IRRADIAÇÃO:
Métodos preventivos
equipamentos utilizados a bordo das embarcações são sensíveis, podendo ser acionados,
156
São equipamentos utilizados na evidenciação de princípios de incêndios, mesmo quando
1-lâmpada de segurança
4-Explosímetro
5-tankscope
6-Oxímetro
mistura AR/GÁS, num determinado ambiente. São equipamentos capazes de detectar gases
157
Os oxímetros fixos são usados para monitorar o teor de oxigênio nos condutores de
gases das caldeiras e nas redes principais de sistemas de gás inerte (colocado para
neutralizar o oxigênio).
Permitem que princípios de incêndios sejam informados, com presteza, por intermédio
todos os compartimentos; e
158
ALARMES AUTOMÁTICOS DE INCÊNDIO
incêndio.
159
ALARMES DO PASSADIÇO (PONTE DE COMANDO-BRIDGE)
São alarmes sonoros e visuais que monitoram sistemas vitais de bordo, visando a
160
PORTAS DE FECHAMENTO AUTOMÁTICO
São portas que quando acionadas no local ou a distância, fecham e não permitem a
de portas.
equipamentos utilizados a bordo das embarcações são sensíveis, podendo ser acionados,
tripulação deve:
161
1-Advertir todos os setores de bordo quanto aos perigos e verificar o número de
(MusterList)
ALARME GERAL
com o tipo de emergência e devem ocupar seus postos de emergência, exercendo suas
Emergência.
ALARME DE INCÊNDIO
162
O planejamento prévio deste conjunto de ações deve ser elaborado pelo Comandante e
demais oficiais do navio, devendo ser redigido em documento próprio e ficar exposto em
O combate a incêndio é uma faina de equipe, cujo desenvolvimento se faz sob tensões
físicas e emocionais. Qualquer trabalho assim executado necessita, para ser bem-sucedido,
Organização;
Instrução;
Adestramento e
Manutenção do Material;
-ORGANIZAÇÃO
- INSTRUÇÃO
- ADESTRAMENTO
- Tem por objetivo o preparo dos componentes para a realização de suas funções dentro
do grupo. O grupo pode estar organizado, os homens treinados, mas, se não contarem com
material adequado e em boas condições de utilização não terão meios para o adequado
-COMUNICAÇÃO
comunicação de fogo deve ser feita diretamente à BRIDGE que por sua vez alertará a todos
163
os tripulantes de forma CODIFICADA para que a FIRE PATROL ou FIRE TEAM se encaminhe
incêndio encontrada e, caso seja possível, informar que iniciará o combate através de
Cada membro da FIRE PATROL deve estar familiarizado com o arranjo geral do navio
(corredores, escadarias, localização dos camarotes, saídas de emergência, etc.). Deve estar
também familiarizado com a localização e a operação dos equipamentos que tem à sua
disposição e que terá de utilizar em caso de incêndio, bem como proceder à sua
manutenção.
164
CLASSE “A”
São incêndios que ocorrem em materiais sólidos ou fibrosos. Deixam cinzas e resíduos e sua
Para combater esse tipo de fogo, o agente extintor mais adequado é a água, que tem a
capacidade de penetrar e resfriar o ambiente. Para isso, deve-se fazer uso dos extintores de
incêndio portáteis carregados com água. Podendo também ser utilizado o de espuma.
CLASSE “B”
São incêndios que ocorrem em materiais líquidos inflamáveis. Não deixam resíduos e
Nestes casos o incêndio pode ser combatido com extintores de pó químico seco BC ou ABC,
extintores de gás carbônico (CO2) e ainda com extintores de espuma mecânica, caso o
incêndio não seja tridimensional (ex: liquido sob pressão, gás, derramamento em gravidade,
etc.).
CLASSE “C”
São incêndios que ocorrem em materiais elétricos energizados. Exigindo assim para sua
fosfato monoatômico (ABC), quando o extintor de CO2 são adequados para combater este
tipo de incêndio.
CLASSE “D”
São incêndios que ocorrem em materiais metais pirofóricos, como magnésio, selênio,
antimônio, lítio, potássio, alumínio fragmentado, zinco, titânio, sódio, urânio e zircônio. Para
estes riscos devem ser utilizados extintores especiais carregados com pó químico classe D
CLASSE “K”
165
Uma unidade extintora portátil de classe K, para combate a incêndios em cozinhas
industriais, é o equipamento mais indicado, nessas ocasiões ou ainda um sistema fixo Veloz
de agente saponificante.
equipamentos utilizados a bordo das embarcações são sensíveis, podendo ser acionados,
tripulação deve:
166
2-Mostrar-se atento aos alarmes e demais informações de bordo;
1-ABAFAMENTO
Consiste em eliminar o comburente (oxigênio) da queima, fazendo com que ela enfraqueça
até apagar-se. Para exemplificar, basta lembrar que quando se está fritando um bife e o óleo
Incêndios em cestos e lixo podem ser abafados com toalhas molhadas de pano não-sintético.
2- RETIRADADO MATERIAL
a) Retirar o material que está queimando, a fim de evitar que o fogo se propague; e
b) Retirar o material que está próximo ao fogo, efetuando um isolamento para que as
3-RESFRIAMENTO:
O resfriamento consiste em tirar o calor do material. Para isso, usa-se um agente extintor
que reduza a temperatura do material em chamas. O agente mais usado para combater
167
4-RESCALDO
A BORDO
168
Dentro dos adestramentos os tripulantes recebem as informações de como proceder à
Destacando que estas rotas devem estar muito bem sinalizadas, conforme podemos
169
Nesta imagem podemos ver algumas da indicções previstas nos navio a fim de atender às
rotas de fuga.
170
6.2.4. TIPOS DE EXTINTORES PORTÁTEIS
ESPUMA
ÁGUA PÓ
CLASSE QUÍMICO
“A” CLASSES
“B” e “C”
171
6.2.5. ÁGUA COMO AGENTE EXTINTOR
Figura 116:
Agentes extintores
ÁGUA
É o mais comum dos agentes extintores. Age por resfriamento, é eficiente em incêndios
classe A sob forma de jato sólido ou neblina. Também se mostra eficiente nos incêndios
Contraindicação:
Por ser boa condutora de eletricidade não deve ser usada na classe C.
172
ESGUICHO UNIVERSAL é dotado de uma alavanca que serve para regular o jato.
JATO SÓLIDO
NEBLINA DE
BAIXA
NEBLINA DE
ALTA
173
MANGUEIRAS PARA COMBATE A INCÊNDIO
ESPUMA
ar e líquido gerador de espuma (IGE). Age por resfriamento e abafamento, pode ser usado
nas classes A e B.
Contraindicação:
174
APLICAÇÃO DE ESPUMA COMO AGENTE EXTINTOR.
Gás inodoro, incolor e inerte (não condutor de eletricidade), mais pesado que o ar. É
Contraindicação:
Não produz bons resultados na classe A, pois só atua em superfície. É necessário o rescaldo.
Existem três tipos de pó químico: BC, ABC e para metais. Todos agem por abafamento e
por interrupção da reação em cadeia, sendo esse o motivo de sua eficiência em incêndios.
Podem ser usados nas classes A (ABC), B e C (BC e ABC) e D (para metais).
Contraindicação:
175
6.2.6. EQUIPAMENTOS E SISTEMAS FIXOS DE COMBATE E CONTENÇÃO DE INCÊNDIO A
BORDO
176
Sistemas fixos de combate e contenção de incêndio a bordo
SISTEMA DE SPRINKLER
177
RELEMBRANDO
178
RESPONDA AS PERGUNTAS ABAIXO:
energizados, respectivamente?
4-Qual será a classificação do incêndio em uma televisão de LCD, após ser desligada da
tomada?
7-O extintor de Pó-químico só atua na superfície por isso não é adequado para incêndios
classe “A”. Caso seja utilizado o que deveremos fazer para constatar a extinção total do
fogo?
9-Quais são os tipos de jatos que poderemos obter com o esguicho universal e qual
10- O que você faria se ao entrar em uma cabine se deparasse com um princípio de incêndio
desse incêndio?
11-Uma frigideira estava aquecendo cheia de óleo de soja. Momentos depois o óleo entrou
em combustão. O que você faria para debelar o fogo e qual é a classe do incêndio?
12-Qual é o equipamento que conectamos nas pontas das mangueiras de incêndio para obter
179
Bibliografia
BARROS, Geraldo Luiz Miranda de. Meteorologia para navegantes. Rio de Janeiro: Edições
Marítimas, 1991.
BRASIL, Ministério da Educação. Série Atlas Visuais, O Corpo Humano. 11. ed. Editora Ática.
janeiro, 1996.
180
CARDELLA, Benedito. Segurança no Trabalho e Prevenção de Acidentes. Uma
FERRÉ, Felipe et al. Orientador Paulo Bueno Guerra. Desenvolvido por alunos do Centro
Paulo, 1986.
GUELER, Rodolfo F, Grande tratado de enfermagem. Editora Brasileira. São Paulo, 1990.
LANE, J. C., Manual de Reanimação Cárdio Respiratória, São Paulo, segunda edição, Fundo
MOSCOVICI, Fela. Equipes dão certo. 5ª ed. São Paulo: José Olympio, 1994.
181
ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS. Convenção sobre o direito do mar. Kingston: ONU,
1982.
ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE. Guia Médico Internacional para Navios. Nova York:
REZENDE, Celso Antonio Junqueira. Manual de Sobrevivência no Mar. Rio de Janeiro: Catau,
1992.
182
Glossário
Âncora- anchor
Atracado- alongside
Avaria- damage
Cais- quay
Casco- hull
Cozinha- Galley
Cozinheiro- cook
Doente – sick
Encalhado- grounding
Velocidade- speed (em nós-knots) - 1 (um) nó = uma milha náutica (1,852 Km/hora)
Helice- propeller
183
Leme- rudder
Máquinas- engines
Maré- tide
Mareado- sickbay
Marulho- swell
Medida da velocidade do navio- Knot (1knot (nó)=1 milha náutica-1852m por hora)
Navio- Ship/Vessel
Quilha- Kell
Timão- helm
Treinamento- drill
Vento- Wind
184
185
Não se nasce tripulante, torna-se.
Comte.Ricardo Pina
S EA M A N N Á U T I C A L T D A .
186