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Maya Banks

Para Seu Prazer 01

Maya Banks
O Que Ela Quer
Para Seu Prazer 01

Kit Townsend quer Travis “Mac” Mackenzie e Ryder Sinclair em sua cama, com suas mãos em seu
corpo. Eles são as duas únicas pessoas no mundo nas que confia, e melhor ainda, compartilham
sua visão negativa sobre as relações e os desordenados enredos emocionais. Mas Mac quer mais
de Kit que sexo fácil e um trio quente. Depois que um ataque deixa Kit emocionada e com medo,
Mac sabe que não pode esperar mais tempo para reclamar a ardente rebelde. Convencê-la de que
pode confiar nele com seu coração, enquanto a protege de seu agressor, pode ser a maior
provocação de sua vida.

Disp em Esp: HC
Envio do arquivo e Formatação: Δίκη
Revisão Inicial: Cris Reinbold
Revisão Final: Tessy
Imagem: Elica
Talionis

Comentário Cris Reinbold: Acreditar em si mesma e uma coisa tão difícil para Kit, que precisa não
de um mas de dois TDB para ver que ela vale muito a pena.

Comentário Tessy: Uma pequena historia de superação e força de vontade para enfrentar seus
medos, com muitas cenas hots... Aproveitem!

** Essa tradução foi feita apenas para a leitura dos membros do Talionis. **
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Maya Banks
Para Seu Prazer 01

O Que Ela Quer


O Que Ela Precisa
O Que Ela Anseia

Três romances curtos. Duas histórias entrelaçadas. Uma leitura que solta faíscas.
Uma mulher de caráter, Kit Townsend, e dois amigos quentes, Ryder e Mac, que se alternam para
dar a Kit o que precisa. É o perfeito triângulo sem compromissos, e embora não seguem
exatamente as regras, tampouco Kit faz. Mas quando inesperadamente o amor faz sua aparição e
joga a todos em um torvelinho, poderá existir a possibilidade de um final feliz?
E depois está Mia Malone, uma doce moça de Dallas que tinha grandes sonhos para o futuro
quando conheceu o Ranger do Texas, Logan Kincaid. Esse conto de fadas pertence a uma vida
passada que já acabou. Hoje, acusada por posse de drogas, vê-se obrigada a trabalhar em um bar
de strip-tease, onde várias das moças que dançavam, desapareceram. Até que Logan reaparece,
seu protetor, seu salvador e seu amor.

Capítulo 1

Travis “Mac” Mackenzie jogou para trás seu chapéu Stetson quando entrou no Café e Bar
Dois Passos. Rebuscou no interior cheio de fumaça da esquerda para a direita, parando em cada
pessoa, em busca de algo fora do comum.
Mas o único que viu foi a habitual multidão, em sua maioria pessoas se divertindo. Na
máquina de discos tocava a última melodia country, e três casais deslizavam pela pista do centro
em uma interpretação desigual de dois passos.
Quando entrou mais no bar, alguns dos clientes bêbados se levantaram ao notar seu
uniforme. Mas ele não estava ali para levar ninguém por alteração da ordem pública. Estava ali
para assegurar-se de que Kit não tinha nenhum problema. Seus olhos viajaram a parte posterior
da sala onde Kit Townsend estava ocupada servindo bebidas.
Estava de costas para ele e foi atraído por seu curvilíneo traseiro, delineado por jeans de
corte muito escasso. Seu corpo reagiu a ela inclusive através do quarto. Era fácil imaginar essas
bem formadas pernas envolvendo os quadris dele, suas mãos acariciando seus perfeitos seios.
Encolheu os dedos em punhos para aliviar a dor. Esperou muito tempo por ela. Ela valia, mas
não ia esperar mais. Kit parava de vez em quando para dirigir um olhar furtivo ao redor, como se
desconfiasse que alguém saltasse sobre ela quando não esperava. E quem poderia culpá-la depois
do ocorrido seis meses antes?
Com seu ventre incomodamente apertado, flexionou suas mãos enquanto a familiar ira

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surgiu através de suas veias. Alguém fez todo o possível para afastar Kit de Mac, de qualquer
oportunidade que tivesse de fazê-la sua.
Ela agora estava fugindo, assustada, um fato que tentava esconder, mas Mac via as sombras
em seus olhos cada vez que a olhava. Deu uma olhada no canto onde seu amigo Ryder Sinclair se
sentava bebendo uma cerveja.
Levantou suas sobrancelhas em uma pergunta silenciosa, e Ryder negou com a cabeça.
Mac se encaminhou em direção a Ryder. Do ataque a Kit, os dois se asseguraram que um
deles estivesse perto todo tempo, sem exceção. Eles estiveram cuidando de Kit desde que eram
meninos. Só que falharam estrepitosamente.
— Como vai? — Perguntou Ryder preguiçosamente, inclinando sua cerveja na direção de
Mac.
Mac tirou o chapéu Stetson e o deixou cair sobre a mesa, depois acomodou sua arma de
grande tamanho em uma cadeira.
— Noite ocupada ou teria estado aqui cedo. Tudo bem por aqui?
Ryder encolheu os ombros.
— O mesmo de sempre, o mesmo.
Mac viu como Kit escaneou a sala como se estivesse procurando alguém ou algo. Seus
usualmente expressivos olhos verdes estavam escurecidos, reservados. Seu completo
comportamento mudou para pior.
A extrovertida, descarada, fogosa cospe fogo, que ele e Ryder conheceram toda sua vida foi
substituída por uma garota que nenhum deles conhecia. Ou sabiam como dirigir.
Kit tinha medo. E isso incomodava imensamente a Mac. Adoraria encontrar o bastardo que
roubou seu espírito e matá-lo com suas próprias mãos.
— Ainda não há pistas, né? — Murmurou Ryder.
Mac negou com a cabeça.
— Fomos idiotas, Ryder.
— Sim, bom, me diga algo que não saiba.
— Se nós não tivéssemos estado fodendo por aí, jogando jogos estúpidos, Kit estaria em
casa na cama conosco em vez de onde esteve essa noite.
Ryder torceu o lábio e assentiu com a cabeça antes de inclinar para trás sua garrafa de novo.
— Não podíamos adivinhar. Infernos, todos nos estávamos nos divertindo. Flertando. Igual
nos velhos tempos.
— Posso ter fodido qualquer possibilidade que tinha com ela — Murmurou Mac — Ela nunca
teve muita confiança em si mesma, e depois do ocorrido...
Tentou que sua mente se tranquilizasse. Mac sabia que ele e Ryder eram as duas únicas
pessoas nas que Kit confiava, mas sobreviveu essa confiança ao enfrentamento com sua agressão?
Ele não sabia, e tinha medo de pressioná-la.
Ryder arqueou as sobrancelhas e se inclinou para frente, seus braços musculosos
descansaram sobre a mesa. A tatuagem em seu braço inchou e flexionou enquanto segurava sua
garrafa de cerveja.

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— Espera um minuto. Como serio são suas intenções respeito dela?


Mac deu um olhar escuro.
— Vamos, Ryder. Não é estúpido. O fato de que tenha planejado um trio com você e ela não
significa que seja uma qualquer.
— Nunca disse que fosse — Disse Ryder brandamente.
Passou a mão pelo cabelo e o colocou atrás da orelha esquerda, deixando ao descoberto
uma fila de brincos. Mac negou com a cabeça. Gostava de dar broncas em Ryder sobre os brincos
e as tatuagens, dos quais havia pelo menos três, mas em segredo, invejava sua atitude de me
importa uma merda. E Kit era um tanto rebelde como era Ryder.
Crescer com eles dois foi uma experiência atrevida. Kit e Ryder decidiram sair e fazer
tatuagens uma noite durante seu último ano na escola secundária. Desafiaram Mac a fazer uma,
mas ele só os acompanhou. Entre eles incorporaram muitos dos traços que Mac desejava possuir
para ele mesmo. Talvez isto fosse o porquê gravitou para eles em sua juventude.
Ainda recordava a noite que Kit mostrou até onde chegou sua tatuagem. Era algo que
provavelmente não esqueceria nesta vida. Seu pau ficava incrivelmente duro só de pensar nisso.
Ela seria um vulcão na cama, e embora um trio estivesse em sua mente e na de Ryder por
muito tempo, Mac sabia que não era suficiente para ele. Ryder estava de acordo com o que
tiveram até então, grandioso sexo e amizade fácil, mas Mac queria mais. Queria Kit.
— Olhe, estou bravo porque estivemos fodendo por aí e não agimos sobre uma atração que
era óbvia. Ela nos queria. Nós a queríamos. E por não fazer nada a respeito disso durante muito
tempo, um maldito psicopata a machucou. Eu não gosto de como isto mudou.
Ryder deu um olhar sobre Kit, fechando seus escuros olhos.
— Não — Disse lentamente — Eu não gosto tampouco.
— Esperamos o suficiente. Queria dar seu espaço para que lutasse com o ocorrido, mas o
que realmente quero é me assegurar de que nunca ninguém a machuque outra vez, e eu não
posso fazer isso a menos que ela esteja em casa comigo, em minha cama.
Ryder se sentou e olhou a Mac durante um longo momento. Mac franziu o cenho.
— Eu não gosto quando me olha assim, irmão. Geralmente significa que está exigindo muito
desse cérebro de ervilha.
Ryder sorriu torcidamente.
— Simplesmente não quero meter o pé. Tenho a sensação de que não está nisto somente
pelo sexo.
— Ela nos quer — Respondeu Mac — Ela sabe nossa história. Não tirará a ideia de um nada,
isso é absolutamente seguro. Mas não vou mentir. No final, quero ser o único com o que ela volte
para casa.
Ryder encolheu os ombros.
— Parece justo. Sempre e quando soubermos onde estamos situados. Tendo em conta sua
atitude sobre relações, surpreende-me inclusive que tenha considerado essa ideia.
Mac continuava olhando o progresso de Kit através da sala.
— Meu objetivo é fazê-la mudar de opinião.

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Kit percebeu pela extremidade do olho que Mac e Ryder estavam sentados do outro lado da
sala. Eram frequentadores regulares nestes dias, e não precisava ser um gênio para entender por
que. Ela deixou cair uma rodada de cervejas na mesa que estava servindo, sem incomodar sequer
em esboçar seu habitual sorriso.
Assentiu com a cabeça ao homem de duas mesas, mas lá, fez um gesto pedindo outra
cerveja, e dirigiu ao balcão. Deixou a bandeja e rapidamente sacudiu sua mistura de bebidas par
David, e depois começou a servir a cerveja da torneira.
— Noite ocupada — Gritou David por cima do estrondo.
Assentiu com a cabeça e arriscou outro olhar de lado a Mac e Ryder. Os dois estavam
olhando fixamente. Deixou escapar o fôlego em uma mistura de irritação e tristeza. Fazia um
tempo que a olhavam com luxúria em seus olhos. Agora estava passando por um momento difícil
descobrindo se a viam com pena ou repugnância. Ou algo completamente diferente.
Gabava-se de saber o que as pessoas queriam dela. Era o tipo de garota sem merda, mas
essa nota mudou tudo. Fez questionar seus instintos. Não gostava de se sentir vulnerável. Saiu à
superfície muito de seu passado e em sua vida adulta, mandando esse passado ao diabo.
— Querida, se olharem com mais intensidade, vão comê-la para o jantar — Disse Rose a seu
lado.
Kit olhou para a outra garçonete enquanto Rose deu a ordem de bebidas a David.
— Desejaria — Murmurou Kit.
Rose olhou com uma mistura de compaixão e tristeza.
— Não pode deixar que o que aconteceu a pare, menina. Esses homens não vão esperar
para sempre.
Kit apertou os dentes. Rose era bem intencionada, mas Kit odiava quando as pessoas se
metiam em seus assuntos. Ela sorriu entre dentes e disse
— Obrigado, Rose. Agradeço sua preocupação.
Voltou de costas, organizou as cervejas e as bebidas em sua bandeja e se dirigiu à multidão.
Desejou que fosse tão simples como lançar alguns convites velados, sussurrando algumas palavras
audazes, e então, apreciar o sexo com dois homens ardentes.
— Ei querida — Disse Ryder em voz baixa ao passar por sua mesa.
Apesar de seu mau humor, sorriu enquanto a lenta e sexy voz de Ryder rodou sobre ela.
Sentiu o estremecimento profundo de seu ventre, e desdobrou em ondas.
— O que acontece, rapazes? — Perguntou rápido.
— Vai falar conosco esta noite? — Perguntou Ryder, deslumbrando-a com um sorriso.
Foi muito fácil voltar a cair em sua paquera. Piscou um olho e ofereceu um sorriso
descarado.
— Certo. Deixem-me entregar estas bebidas. Posso trazer algo quando voltar?
Mac a olhou com aqueles olhos azuis de eu vou fazer você gozar com olhar, e ela sentiu o
bater das asas de seu estômago subir a sua garganta. Demônios o homem era sexy como o
inferno. Ambos eram, e nunca houve um momento em que ela não soubesse. Se ambos não

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deixassem o povoado quando fizeram, ela os teria tido há anos.


Mas como todos outros em sua vida, a deixaram para trás. Agora que já estavam de volta,
queria estar mais perto deles. Faziam sentir a salvo.
— Tomarei água — Disse Mac.
— Pode trazer outra cerveja — Disse Ryder enquanto bebia seu último gole.
Kit piscou um olho e outra vez desfilou afastando da mesa. Sentia viva em torno desses dois.
Como se pudesse apagar o passado. Como se fosse a mais sexy, desejável mulher sobre a
terra. Entregou suas bebidas e depois fez a viagem de volta ao balcão por um copo de água e uma
cerveja.
David se inclinou e disse em voz baixa.
— Problemas as seis em ponto.
Antes que pudesse dar a volta, sentiu um apertão firme em seu traseiro. Ficou imóvel.
— Ei coisinha Doce, o que diz se e eu e você nos enganchamos depois que saia?
Gerald. Merda.
Deu a volta, mas Gerald só aumentou a pressão em sua parte de trás. O idiota estava bêbado
como um balde e não tinha o sentido que Deus deu a uma mula.
— Se não tirar sua mão por mim, vai perder o testículo direito. Entende?
Ele levantou as mãos em sinal de rendição exagerada.
— Ei. Eu só estava sendo amável.
— Não volte a me tocar em sua puta vida — Disse entre dentes.
— Descuuuulpe-me. Que tal um beijo? Posso me desculpar muito bem.
Poderia significar seu trabalho, mas neste ponto não importava um caralho. Parou só o
tempo necessário para pegar de repente sua bandeja do balcão, e então deu um murro no nariz.
Gerald desabou, sustentando o nariz e bramando como um touro marcado.
David saltou sobre o balcão e segurou Gerald antes que pudesse voltar a levantar. De
repente, um grande corpo se interpôs entre ela e os dois homens no chão. Mac.
— Eu me encarrego disto, David.
A voz de Mac tocava muito tensa pela fúria contida. Deu um olhada para olhar Ryder a
alguns metros de distância, com fogo em seus olhos.
— Acredito que posso dirigir isto — Disse Kit secamente.
Mac a olhou, mas não parou enquanto arrastava Gerald fora sobre o chão.
— Essa cadela quebrou o nariz! — Rugiu Gerald.
Kit empurrou passando Ryder e parou frente a Gerald.
— Se alguma vez me tocar de novo, imbecil, isso não será tudo o que vou sangrar.
Ryder puxou-a para trás, e Mac empurrou Gerald para a porta.
— Calma querida — Ryder arrastou as palavras.
Ela o olhou e retirou seu braço fora de seu alcance.
— Estava fazendo muito bem antes que você e Mac interferissem.
Encolheu os ombros.
— Ninguém disse que não fizesse. Mas velamos por você toda nossa vida. Não espere que

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paremos agora.
Seu coração se afundou. É obvio que estavam velando por ela. Por que se não estariam
aqui? Certamente não porque quisessem sexo quente, suado, e primitivo com ela.
— Já não sou uma menina assustada, Ryder — Disse em voz baixa.
Ele a estudou durante um longo momento, sondando-a com seu olhar.
— Acredito que esta assustada, Kit. E quem pode culpá-la? Alguém a atacou. Feriram-na.
Kit estremeceu e se afastou. Ela e Ryder cresceram em situações muito similares. Vida de lar
podre. Pais a quem não importava uma merda. Às vezes acreditou que ele a entendia melhor que
ninguém. Passaram muitas noites fora com Mac pelo lago, escondendo da realidade de que
esperava em casa. E depois, Mac e Ryder se foram.
Davam muito pouco valor. Quando voltaram para casa, ela tinha toda a intenção de reatar
sua amizade. Só queria mais. Sabia que Ryder tinha a mesma visão das relações que ela. Sem
enredos, sem transtornos emocionais desordenados.
O sexo entre eles deveria ser fácil. Sem ataduras. Mas não estava certa de qual era a postura
de Mac. Uma vez pensou que ele queria um pouco como ela queria, mas o ataque mudou tudo.
Incluindo a maneira em que Mac e Ryder a olhavam, e não podia suportar.
Se não tivesse sido tão condenadamente tímida e estúpida, nunca teria encontrado na
situação que esteve nessa noite. Não era como se não fosse franca, em um nível, mas jogou um
jogo de flertar e fazê-la difícil, e pagou um alto preço por isso.
— Eu não gosto desse aspecto — Disse Ryder.
Ela olhou com ar de culpa de novo para ele.
— Esta saindo? — Perguntou desesperada por mudar de assunto.
Ele torceu suas sobrancelhas para ela.
— Está tentando se desfazer de mim?
Ela suspirou.
— Olhe, é doce que você e Mac andem a meu redor continuamente, mas não é necessário.
Estou segura de que têm outras coisas que prefeririam estar fazendo. Como uma garota quente
que ainda não foderam.
Ela sentiu uma mão quente deslizar sobre seu ombro nu. Enviou um calafrio percorrendo as
costas, e seu interior se voltou gelatina. Mac.
— Talvez a mulher que queremos não está preparada para nós — Murmurou no ouvido.
Ela umedeceu os lábios com nervosismo. Estava cansada dos jogos. Cansada de paqueras
inofensiva que não os levavam a nenhum lugar. Estava cansada de estar assustada.
— O que tem que fazer? Ondear um cartaz com Desejo você em letras grandes?
— Ou só poderia nos dizer o que ela quer — Disse Ryder alto.
— E se ela tiver medo? — Sussurrou Kit.
— Medo do que? — Exigiu Mac.
— Da rejeição?
Mac pôs um dedo sob seu queixo e deu um empurrãozinho para que Kit o olhasse nos olhos.
Amava as diferenças entre ele e Ryder.

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Ryder era escuro e melancólico, cabelo longo, tatuagens, brincos, um rebelde em couro.
Mac era um homem alto, musculoso, um formoso pedaço de homem. Seu cabelo loiro escuro era
curto e estava de ponta mais frequentemente que não revoltou. E quando usava seu chapéu
Stetson e botas, queria lamber cada centímetro de sua pele.
— A rejeição? — Seus olhos cravaram nela — Querida, a única razão pela que não arrastei
para casa sobre meu ombro deve ao que aconteceu há seis meses. Tentei dar espaço. Tempo para
curar. Mas tenho que dizer, minha paciência está esgotando. A rejeição não é um problema aqui.
Você me diz que é o que quer.
Sua boca se arredondou em um O de choque. Kit engoliu saliva, e pela primeira vez sentiu o
comichão de nervosismo. Seguido por um espiral de desejo. Seus seios doíam da necessidade.
Necessidade. Isso foi tudo. Tudo o que tinha que fazer era estender a mão e tomar o que queria. E
os queria muito. Deu uma pausa funda e foi por isso.
— Quero você.

Capítulo 2

Os olhos de Mac escureceram. Fechou seus dedos ao redor do queixo de Kit, e esfregou com
o polegar para cima e para baixo no queixo.
― Está certa a respeito disto Kit.
Kit deixou escapar um suspiro entrecortado.
— Estou certa.
Seus lábios estavam tão perto dela agora.
Desejava tanto dar um beijo que doía. Ele se inclinou sobre ela por um segundo mais e
depois lentamente se retirou. Sua mão deslizou pelo queixo, e ela sentiu a tentação de puxar Mac.
Deu uma olhada a Ryder para calibrar sua reação a sua afirmação. Devolveu o olhar e então
elevou a sobrancelha. Kit assentiu com a cabeça em resposta a sua pergunta não formulada.
— Minha casa. Esta noite depois do trabalho — Disse Mac.
O desejo floresceu em seu estômago. Seus joelhos tremiam e o calor se precipitou por suas
veias.
— Ficarei até que ela saia — Disse alto Ryder.
Kit franziu o cenho.
— Vou estar bem, Ryder. Não fecharei. Muitas pessoas vão estar aqui quando for.
— Tampouco fechou essa noite — Disse Mac em voz baixa.
Suas bochechas avermelharam quando o calor a encheu. Sabia muito bem por que ficou tão
tarde essa noite.
— Será melhor que mova querida — Disse Rose quando a empurrou dirigindo ao balcão —
Os clientes estão começando a queixar.
— Tenho que ir — Disse Kit — Mas os verei depois do trabalho meninos.

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Ela começou a afastar, mas Mac a segurou pelo braço e a atraiu para ele. Antes que pudesse
reagir, jogou a cabeça para trás e apertou seus lábios contra os seus. Ela abriu a boca em um grito
de assombro. Não foi um ligeiro toque. Foi um sinal de posse.
Suas línguas se encontraram e bateram em duelo, revoando para frente e depois retirando.
O sangue batia em seus ouvidos, amortecendo os sons que rodeavam. Ele se afastou deixando-a
aturdida, seus lábios inchados. Mac acariciou a bochecha com a mão.
— A verei mais tarde.
Kit levantou seus dedos trêmulos a sua boca enquanto a mão dele se deixou cair a seu lado.
Recuperou seu chapéu Stetson de uma mesa próxima, e caminhou para a porta.
Apesar do protesto prévio de Kit, Ryder se encaminhou de retorno a sua mesa e se sentou.
Kit girou de volta ao balcão, e por sua vida, não podia lembrar que diabos estavam fazendo antes
que todo o inferno fosse desatado.
— Encarreguei de suas ordens — Disse Rose perto de seu ouvido — Entretanto, os nativos
estão ficando nervosos. Faz as rodadas. Eles querem seus copos cheios.
— Obrigado, Rose.
Rose parou e deslizou a seu lado com um sorriso de satisfação.
— Já era hora que enlaçasse a esse jovem garanhão.
Kit se esforçava para manter o sorriso em seu rosto. Não se deu conta de como esteve
ansiosa sobre a reação de Mac e de Ryder a sua afirmação. Passou tanto tempo evitando o
assunto que fechou por completo.
Depois de ter zombado de si mesma em referência a essa maldita nota, jurou não voltar a
jogar com a paquera. Abriu caminho para a multidão, parando nas mesas e pegando os pedidos de
bebidas. Nem sequer o temor que peneirou sobre ela durante os últimos seis meses poderia
derrubá-la esta noite.

Em tão somente umas horas, estaria nos braços das duas pessoas nas que mais confiava no
mundo. As únicas pessoas em quem confiava nessa matéria. Duas horas mais tarde, ela tirou o
avental e o deixou cair atrás do balcão.
— Vou daqui, David. Você e Rose estão bem com o fechamento desta noite?
David assentiu com a cabeça e deu uma saudação com dois dedos na frente. Kit olhou o
outro extremo para Ryder e seu pulso começou a acelerar quando ficou de pé e se dirigiu para ela.
— Está preparada, querida?
Secou a boca e a garganta apertou. Secou as mãos na parte detrás de seu short e assentiu.
— Precisa ir primeiro para casa?
— Sim, mas não precisa que me siga — Começou.
Ryder a ignorou e indicou que o seguisse fora do bar. Sua Harley estava estacionada perto da
porta e passou a perna por cima da moto. Plantou os pés no chão e bateu a parte de atrás com seu
salto.
— Estarei atrás de você — Disse.
Ela negou com a cabeça e se aproximou de seu Bronco. Inseriu a chave na porta e ficou

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congelada. Fixou seu olhar no indicador de bloqueio. Estava em posição superior. A porta não
estava fechada com chave. Tirou a chave da fechadura. Suas mãos tremiam tanto que deixou cair
às chaves no chão.
Sabendo que Ryder estava observando, inclinou para pegá-las e rapidamente abriu a porta.
As náuseas se apoderaram de seu estômago quando viu o pequeno pedaço de papel pregado no
volante. Girou sua cabeça ao redor. Estava aqui? Estava vigiando neste momento?
Ouviu o rugido da Harley de Ryder quando acelerou o motor. Procurando provas a porta,
deslizou no assento e fechou de repente atrás dela. Apertou a mão por cima da fechadura e
depois olhou para assegurar-se de que a porta do passageiro estava fechada com chave.
O papel branco a olhou malvadamente na sua vez. Procurou o interruptor para ascender à
luz do teto. Então seus olhos caíram nas palavras rabiscadas. Já esqueceu aquela noite? Ela engoliu
a ira que ameaçava consumi-la.
Kit agarrou o papel de um puxão, fez uma bola em seu punho e o lançou contra o para-brisa.
As chaves tremiam em sua mão enquanto tentava ligar o automóvel. Sua mão esquerda agarrou o
volante até que seus dedos pareciam sem fluxo de sangue.
Obrigou a realizar os movimentos necessários para conduzir. Saiu de sua praça de
estacionamento e então andou para frente, fora do estacionamento. Ryder saiu atrás dela, e em
vez de incomodar, sentiu-se reconfortada pelo farol solitário em seu espelho retrovisor.
Os dez minutos que demorou em chegar à pequena casa que alugava pareceram uma
eternidade. Seus olhos nunca paravam. Lançava olhadas ao espelho lateral e ao retrovisor em
rápida sucessão. Estava aí fora? Os brilhos daquela noite ricochetearam em sua cabeça como uma
rajada de balas.
Estou decepcionado com você, Kit. Nunca pensei que cairia sob seu feitiço. Sacudiu a cabeça
para livrar da misteriosa voz. Piscou e freou quando esteve a ponto de passar sua casa. Deu a volta
com muita velocidade e paralisaram, os pneus se arrastaram no cascalho.
Ryder parou a seu lado e a olhou com curiosidade. Kit respirou enormemente e saiu de seu
Bronco, com um amplo sorriso estampado em seu rosto.
— Estarei de volta em um minuto — Disse enquanto caminhava passando Ryder.
— Eu gosto da roupa intima negra — Gritou.
Ela não riu de seu senso de humor. Toda sua concentração se enfocava em entrar na casa
antes de estar completamente perdida. Abriu de um puxão a porta e deslizou sua mão pela parede
procurando os interruptores de luz. Acendeu todos, enchendo a sala e o corredor com luz.
Deixou cair sua bolsa no sofá e apressou a ir ao banheiro. Fez uma careta a seu reflexo. De
maneira nenhuma podia enfrentar Mac e Ryder com esse aspecto. Seu rosto estava pálido, seus
olhos grandes e assustados.
Saberiam que algo andava errado em dois segundos. Jogou água no rosto e tratou de
compassar sua respiração. O som distante do telefone a exaltou. Provavelmente era Mac
assegurando de que chegou bem a casa. Se não atendia, preocuparia.
Pegou uma toalha de mão e se apressou à cozinha enquanto secava o rosto. Pegou o
telefone e disse olá, orgulhando-se de como parecia tranquila. Um calafrio percorreu sua coluna

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enquanto o silêncio respondia a sua saudação.


— Olá? Mac é você?
— Você não aprende, não é, Kit?
Abriu a boca para gritar, mas não saiu nada. Cada músculo de seu corpo apagou,
paralisando. A voz rouca que ouviu tantas vezes em seus pesadelos estava de volta.
— O que quer? — Sussurrou — Por que faz isto?
— Eles não podem tê-la, Kit. Não a amarão como eu.
— Vai a merda, bastardo doente!
Desligou o telefone e foi para a sala. Tropeçou com alguns sapatos jogados no chão e caiu no
chão. Alcançou a borda do sofá e endireitou até as almofadas.
OH, Deus, sentia-se doente. Afundou seu rosto entre as mãos e balançou para trás e para
frente. Precaveu-se de um fraco pranto, depois percebeu que era ela quem estava fazendo.
A porta se abriu como se estivesse a uma milha de distância. Sentiu a mão de Ryder sobre
seu ombro. Depois a deixou, e uns segundos mais tarde o escutou.
— Mac, é melhor que venha para cá. É Kit.
As almofadas se afundaram junto a ela, e depois sentiu Ryder acariciando o cabelo. Um
breve momento de pânico a bateu. Mac estava a caminho. Teria que dizer a verdade sobre o que
aconteceu naquela noite.

Capítulo 3

Mac entrou a grande velocidade pelo pequeno caminho de entrada da casa de Kit,
levantando o cascalho. A ligação de Ryder o assustou como o inferno. Podia ouvir Kit soluçando no
fundo. Que merda aconteceu? Subiu as escadas e abriu a porta de repente.
Ryder se levantou do sofá onde estava sentado junto a Kit. Seu coração se sacudiu quando
observou o rosto choroso. Envolvia a si mesma com seus braços ao redor da cintura, os olhos
vazios e com medo. Mac se mudou imediatamente a aquela noite a seis meses, quando a
encontrou fora do bar.
Obrigou a relaxar os punhos que estavam apertados, enquanto a raiva se apoderava de novo
dele. Adiantou e se ajoelhou diante de Kit. Para sua surpresa, ela se jogou em seus braços,
escondendo o rosto em seu pescoço. Abraçou-a com força contra ele, entrelaçando os dedos em
seu cabelo.
Olhou Ryder, mas Ryder negou com a cabeça e encolheu os ombros. Kit se segurou a ele
com força. Estava em estado de pânico. Um fato que não gostava absolutamente. Afastou a
cabeça de seu pescoço e deslizou sua mão sobre sua bochecha.
— Kit, o que esta errado? O que aconteceu?
— Sou uma idiota — Sussurrou.
Uma lágrima deslizou por sua bochecha e caiu sobre os dedos de Mac. Limpou-a, mas outra

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mais deslizou em seu lugar. A inquietação bateu as asas em seu peito.


— Tem isto que ver com o que tínhamos planejado?
Ela negou com a cabeça.
— Então me diga Kit. O que está acontecendo?
— Ele me ligou — Engasgou.
— Quem ligou querida? — Perguntou Ryder.
Kit voltou o rosto para cima, com a miséria gravada nas linhas ao redor de seus olhos.
— Ele.
Mac lutou para encontrar sentido a quem era ele. A ameaça se instalou em seu peito ao
pensar na única pessoa que poderia fazer que ela tivesse esse medo.
— O homem que a atacou? — Exigiu.
Ryder voltou à cabeça para Mac como se não pudesse acreditar tampouco. Ela assentiu com
a cabeça. Mac sacudiu a sua.
— Não entendo. Ele ligou antes?
Elevou os olhos para encontrar com seu olhar, pouco a pouco voltou a assentir. Sentiu que
não ficava ar nos pulmões. Olhou-a boquiaberto pela incredulidade.
— E você não me disse?
— Não pude — Sussurrou.
Ryder voltou a sentar-se no sofá junto a Kit, e Mac balançou sobre os calcanhares,
assombrado por seu anúncio.
— Como não podia dizer isso, por que diabos não? Kit, isto não é algo com o que possa a
merda. Como não tínhamos pistas, assumimos que se tratava de algum fodido doente de
passagem, e agora está me dizendo que ele sabe o suficiente a respeito de você e que está
espreitando? Que não foi uma vítima ao azar que ele escolheu?
A expressão de seu rosto era toda a resposta que precisava. Olhou-a fixamente em estado
de choque.
— Por que não podia dizer Kit?
— O que é o que não estamos vendo? — Ryder falou — Aqui há algo mais que não esta nos
dizendo a respeito deste imbecil.
Kit fechou os olhos enquanto retorcia as mãos em seu colo.
— É... Foi alguém próximo a mim, ou ao menos alguém que me conhece bem.
— Sabe quem fez isto? — Exigiu Mac.
Ela negou com a cabeça com veemência.
— Não. Não se trata disso. Não posso imaginar quem fez.
— Então, como sabe que é alguém próximo a você? — Demandou Mac.
Seus olhos se iluminaram com ar de culpa, e Mac soube que ela esteve guardando um
montão de coisas mais dele. Isso o incomodava. Incomodava bastante. Kit nunca teve nenhum
problema em confiar nele ou Ryder, e pelo olhar de choque no rosto de Ryder, Mac sabia que
estava tão às escuras como ele.
— Cospe Kit. Que caralho está acontecendo? O que é o que não me disse?

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Maya Banks
Para Seu Prazer 01

Ficou de pé, mantendo os braços ao redor de sua cintura de forma protetora. Ela caminhou
alguns metros, depois se voltou para ele e Ryder de novo. Mac ficou de pé e esperou que ela
falasse. Não estava acostumado que Kit parecesse tão vulnerável.
Parecia incrivelmente frágil, e seis meses atrás, juraria que não tinha um só osso frágil em
seu corpo. Talvez acreditasse em sua fortaleza. Era um engano que não ia cometer outra vez. Kit
abriu a boca e depois umedeceu os lábios. A indecisão estava escrita em seu rosto.
Fosse o que fosse tinha que dizer o que era que a paralisou. O que poderia ser pior que
encontrá-la como uma bola no chão, meio nua, com sua voz esgotada de tanto gritar? Não estava
seguro de querer descobrir.
Aproximou dela, querendo somente consolá-la, mas ela se afastou. Deu o espaço que pedia
e deu um passo atrás para estar junto a Ryder.
— Sinto-me como uma tola — Disse com voz rouca — Eu causei tudo isto a mim mesma. Se
não fosse tão idiota. Se só tivesse vindo a vocês e dissesse a ambos que os queria.
Mac franziu o cenho. Ela estava balbuciando sem nenhum sentido. Deu um olhar a Ryder
para ver se a estava entendendo melhor, mas Ryder parecia igual de desconcertado. Kit deu a
volta e caminhou para a mesa que estava apoiada junto à janela.
Abriu a gaveta e revolveu o conteúdo por um minuto antes que tirasse um guardanapo.
Alisou as bordas com o dedos tremendo e olhou os dois.
— À noite... À noite em que fui atacada, Ryder esteve no bar cedo. Mas tinha um trabalho na
garagem que tinha que terminar, por isso só ficou poucos minutos.
Ryder assentiu com a cabeça.
— Lembro.
— E você tinha que trabalhar — Disse a Mac.
Mac esperou que continuasse. Kit olhou de novo o guardanapo em sua mão.
— Todos nos sempre paqueramos. Jogando o jogo tolo do gato e o rato. Estava sendo toda
uma tola tímida. Não podia somente ir e dizer que queria? Depois que Ryder se foi, encontrei isto
sobre o balcão do bar onde ele esteve sentado.
Estendeu o guardanapo, sua mão tremia como uma folha. Mac pegou o guardanapo e Ryder
se aproximou pela frente para conseguir também ler. Mac olhou as palavras, sem poder acreditar
o que via. Ryder conteve o fôlego a seu lado e depois deixou sair um longo vaio.
— OH, querida, me diga que não foi por isso que esteve no bar até tão tarde — disse Ryder.
— Pensei que você escreveu — Disse com voz afogada.
Mac voltou a olhar para baixo, com o estômago encolhido pelas náuseas.
Querida espera por nós depois do trabalho. Mac e eu passaremos e pegaremos. É hora de
que terminemos com toda esta paquera e cheguemos até o final.
— Jesus Cristo — Praguejou Mac — O bastardo fez uma armadilha.
Ryder alcançou com sua mão Kit, com o arrependimento plasmado por todo seu rosto.
— Kit. Meu Deus, eu não sei nem o que dizer.
Ela se encolheu afastando.
— É por isso que não disse. Não quero sua pena.

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Maya Banks
Para Seu Prazer 01

Mac explodiu.
— Maldição, Kit, não estamos oferecendo pena. Estou zangado como o inferno porque
alguém nos utilize contra você.
Esteve a ponto de enrugar o guardanapo na mão, mas parou em seco.
— Kit, isto é uma evidência e você me escondeu isso. Que mais me escondeu?
Ela o olhou com olhos cheios de dor.
— Deixou-me alguns bilhetes. Ligou algumas vezes.
Mac lutou para controlar sua fúria. Em todo este tempo pensava que o medo que observava
diariamente em Kit se devia unicamente à lembrança do ataque. Agora se dava conta de que era
porque ela continuava vivendo o terror. O muito sacana não a deixaria em paz. E era alguém que a
conhecia, e a ele, muito bem.
— Tem esses bilhetes? — Exigiu Mac.
— Só o desta noite — Disse em voz baixa.
— Esta noite? — Disse Ryder atravessado.
— Em minha caminhonete. Fechei a porta com chave antes de ir trabalhar. Quando saí,
estava aberta. Havia um bilhete no volante.
— É por isso que estava agindo tão sobressaltada e nervosa no estacionamento? — Exigiu
Ryder.
— Sobressaltada? — Perguntou Mac. Levantou uma sobrancelha, surpreso. Ryder era um
homem de poucas palavras, mas uma vez que conseguia irritar-se, não importava destrambelhar
em voz alta.
— Sim, deixou cair às chaves, estava agindo bem estranho antes de ir.
— Onde está o bilhete, Kit? — Perguntou Mac brandamente.
— Esta no Bronco. Amassei.
— Quantos houveram?
Ela encolheu os ombros.
— Três ou quatro. A maioria bem depois do ataque. Pensei... — Sua voz quebrou. — Pensei
que se deu por vencido. Passaram três meses do último bilhete ou ligação.
Ryder amaldiçoou longo e duro. Kit estremeceu enquanto os impropérios rompiam o ar. Mac
não parecia melhor.
— Por que simplesmente não disse, Neném?
A pergunta flutuava no ar. Talvez a pergunta mais importante em tudo isto. Por que não
acreditou neles, indo a eles desde o começo? Uma escalada de rubor abriu caminho através de
suas bochechas.
— Quando me dei conta de que Ryder não escreveu o bilhete... Agi como uma tola — Se
interrompeu e olhou para outro lado — Ele disse coisas. Sabia que eu estava interessada em vocês
dois. Ele zombou de mim com o fato de que vocês não correspondiam o mesmo interesse. Disse
que estava me rebaixando, que eu era uma puta, e que não ia cruzar os braços e deixar que me
atirasse em vocês dois.
Mac a olhou com horror. Depois elevou o olhar, com a boca aberta. Junto a ele Ryder

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amaldiçoou de novo.
― Fez mal por nossa causa — Mac conseguiu dizer finalmente.
As palavras prenderam na garganta. O muito sacana foi atrás dela por causa dele e Ryder.
Tinha vontades terríveis de vomitar, sentia as tripas que subiam. Puxou Kit e a abraçou contra ele.
Envolveu com seus braços Kit e a sustentou tão forte como pôde. Seu coração batia com
força contra seu peito, seu corpo estremeceu, e quis gritar da maldita raiva que sentia.
— Jesus, neném, sinto muito. Sinto tanto.
Seus braços deslizaram em torno dele, sustentando-o enquanto seu corpo se estremecia
contra ele.
— Quem faria isto? — Grunhiu Ryder.
Mac olhou a seu amigo. O rosto de Ryder estava escuro, com raiva, com uma expressão
ameaçadora. Tantos anos que passaram protegendo Kit para que finalmente falhassem quando
mais os precisou. Isso era uma coisa que não ia voltar a acontecer.
— Junta alguma roupa, algo que necessite daqui — Disse Mac por cima de sua cabeça — Vai
para minha casa.
Ela esticou ligeiramente e se afastou.
— Faz parecer como se fosse algo mais que só esta noite.
— Supõe bem — Disse — Não ficará aqui com esse maldito doente ai fora esperando. Ficará
comigo, e se não puder estar, Ryder o fará.
Olhou Ryder para sua confirmação. Ryder, geralmente era o mais tolerante do grupo,
assentiu com a cabeça, com o rosto em uma dura máscara.
— Não sei como sabia — Kit sussurrou.
— Como sabia que era esta noite?
— Infernos, qualquer um no bar soube depois de que Mac a beijou — Assinalou Ryder.
Mac apertou os lábios. Fervia por dentro. Por permitir reclamar Kit diante de Deus e todo
mundo, converteu-a em um objetivo. Outra vez. Bom, isso estava bem. Não importava uma
merda quem soubesse que ela era dele.
A partir de agora, a maldita cidade inteira podia saber, porque quanto antes o filho da puta
que a atacou se desse conta, mais cedo saberia como errado fodeu por machucar Kit.
— É minha Kit — Murmurou Mac enquanto a apertava em seus braços de novo — E eu
protejo o que é meu.

Capítulo 4

Kit jogou água sobre seu rosto e secou as bochechas com uma toalha. Depois de limpar os
olhos, levantou a cabeça e olhou no espelho. Ainda parecia como o inferno. Com um suspiro,
deixou cair à toalha no balcão.
Tirou a roupa e abriu a ducha. Talvez tempo sob a água pudesse aliviar um pouco o medo

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que parecia estar gravado em seus olhos. Deu uma olhada à sacola de lona que encheu
apressadamente, e depois extraiu roupa intima limpa, uma camiseta e um short, enquanto
esperava que a água esquentasse.
Apesar da clara ordem de Mac para que ficasse com ele indefinidamente, a só ideia a
inquietava. O que propunha parecia muito a uma relação, muito para que pudesse sentir-se a
vontade com isso. Ficaria até que estivesse segura que estava a salvo, mas não tinha intenção de
fazer em longo prazo. Eles possivelmente nunca apanhassem a seu atacante, e esconder para
sempre não estava em seu plano de vida.
Entrou no jorro quente e fechou os olhos quando o calor caiu sobre ela. Já parecia ridícula
por perder o controle frente a Mac e Ryder. Não era de estranhar que parecessem assustados de
morte. Os desmoronamentos emocionais não eram característicos dela.
Esfregou o cabelo, cada centímetro de sua pele. O toque do atacante estava fresco em sua
memória, sobre a superfície para ouvir sua voz áspera, lembrando das brincadeiras que jogaram
enquanto ela estava indefesa debaixo dele. Outra lágrima rodou por sua bochecha,
surpreendendo-a. Apagou com a parte posterior de sua mão sobre seus olhos e negou com a
cabeça com irritação. Tinha que recompor. Os meninos estavam esperando na sala de Mac, e a
menos que pudesse convencê-los de que estava bem, estariam preocupando com ela para
sempre.
Voltou o rosto para o jorro e deixou correr a água sobre ela durante vários minutos.
Finalmente, alcançou os grifos e fechou a ducha. Apressou a secar-se e pegou suas roupas,
vestindo-as.
Não se incomodou em secar o cabelo, optando por esfregá-lo com a toalha e dar um rápida
passada com o pente. Com borbulhas nervosas pululando em qualquer parte em seu estômago,
saiu do banho e deslizou caminhando dentro da sala, onde Mac e Ryder estavam sentados
esperando-a.

Observaram a maneira como Kit entrou na sala, com a preocupação refletida nos olhos de
ambos. Seu coração afundou. Esta não era a forma em que ela imaginou que passaria a noite.
Supunha que fariam um alucinante sexo, e por sua vez se viu obrigada a vir se limpar e humilhar a
si mesma.
— Está bem? — Perguntou Mac brandamente.
Ela assentiu com a cabeça com mais confiança da que sentia. Caminhou para o sofá onde
estava sentado Ryder e se deixou cair junto a ele. Ryder passou um braço ao redor e a apertou
contra ele. Apoiou a bochecha em seu peito duro e olhou nervosamente a Mac.
Kit tomou deliberadamente refugio em Ryder. Havia algo nos olhos de Mac, em suas
declarações anteriores que gritavam uma advertência para ela. Inclusive agora, seu olhar deslizou
possessivamente sobre ela como se reforçasse sua afirmação. Sim, Ryder era seguro. Mac... Não
era.
Mac suspirou e passou uma mão por seu cabelo. Kit estava fugindo dele tão certo como um
disparo. OH, ela o queria. Não tinha nenhuma dúvida disso, mas estava tratando de esconder-se

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do que ambos sabiam que era verdade. Ela era dele. Tratou de conter a irritação que provocava
ver que estava envolta tão docemente em torno de Ryder, mas sabia que ela tinha medo. Ryder
era seguro e bom para ela, e Mac não queria arruinar isso.
— Ryder e eu conversamos. Um de nós vai estar no bar com você todo momento.
Os olhos de Kit arderam pela surpresa, e levantou a cabeça do peito de Ryder.
— Mas não podem fazer isso. Tenho que trabalhar cinco dias na semana. Vocês dois têm
trabalhos.
— Vamos trabalhar conforme seu horário — Disse Mac com firmeza.
Kit se inclinou para frente, com uma nuvem de confusão e ira desenhada em seu rosto.
— Não vou deixar que esse crápula dirija minha vida, e certamente não o deixarei alterar a
sua e a de Ryder.
— Ei, se acalme querida — Disse Ryder enquanto se inclinava a seu lado — Não pode queixa-
se porque Mac e eu queiramos cuidar de você. Estivemos fazendo muito tempo para que se irrite
a respeito agora.
Girou com seus vívidos olhos verdes sobre Ryder. Estavam repletos de coisas que Mac não
gostava. Queria que Kit brilhasse. Ela teve muitos momentos na vida onde viveu no medo ou a
tristeza.
— Mas é disso que se trata Ryder. Vocês estiveram cuidando de mim muito tempo. É hora
de que eu faça. Fiz bem quando ambos se foram.
A dor em sua voz retorceu as tripas a Mac. Ele sabia que ela se sentiu traída quando ele e
Ryder se foram da cidade na qual cresceram Mac para entrar no serviço, e Ryder para percorrer o
país.
Ainda surpreendia que Ryder voltasse. Mas Mac, bom, ele sempre soube que ia voltar por
Kit. Se tivesse que fazer tudo de novo, a teria levado com ele.
— Não vou outra vez, Kit — Disse Mac em voz baixa.
Ela deu um pulo e se recusou a encontrar-se com seu olhar. Ryder pôs uma mão sobre o
joelho de Kit.
— Mac e eu resolvemos. De uma forma ou outra, um de nós estará no bar quando estiver
trabalhando, e quando não estiver trabalhando, estará aqui.
— Não posso ficar aqui — Disse — Tenho uma casa. Uma vida.
— Relaxe, querida. Não é que estávamos planejando passar um montão de tempo juntos de
todos os modos, não?
Kit ruborizou e suas bochechas ficaram rosadas. Deu um olhar a Mac e ruborizou toda de
novo. Era todo Mac, poderia não levar para a cama aqui e agora. Mac sustentou o olhar,
encontrando-se olhos com olhos.
― Mudou de opinião?
A indecisão brevemente piscou e passou em seu rosto. Lambeu os lábios nervosamente, e
depois lentamente negou com a cabeça.
— Não — Sussurrou.
— Então, não deveria ser um grande problema se queremos estar perto de você. Enquanto

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está em minha cama, que me crucifiquem se deixo alguém tirar uma foto de você.
Não acrescentou que previu mantê-la ali de forma basicamente permanente. Ela teria
deslocado como um gato escaldado se tivesse tido a mais mínima pista de que ele queria algo
mais que uma aventura ocasional.
— E quando acabar? — Perguntou em voz baixa — Então o que?
Ryder levantou uma sobrancelha em direção a Mac. Uma clara advertência que andasse com
cuidado.
— Para então nós teremos pegado o filho da puta. Mas neném, certamente você não acha
que uma noite é tudo o que nos interessa, não é? — Perguntou com voz sedosa.
Olhou Mac e Ryder quase em pânico.
— Esperamos muito tempo para isto, Kit. Uma noite, nem sequer começaria a satisfazer
nossas necessidades.
– Eu ficarei. Temporalmente — Ela adicionou.
Mac assentiu com a cabeça e lutou contra seu sorriso de triunfo. Ao menos era um passo na
direção correta.
— Vamos a sua casa amanhã para pegar alguma coisa que possa precisar. Enquanto isso, por
que não descansa um pouco?
Ela o olhou surpreendida, como se tivesse esperado que ocorresse algo mais entre os três.
Ele torceu uma sobrancelha.
— Não pensou que íamos saltar sobre você esta noite, não é?
Mordeu o lábio inferior. Obviamente pensou. Mac suspirou.
— Não me interprete mal, neném. Tudo no que pensei é em arrancar cada peça de sua
roupa e lamber cada centímetro de sua pele, mas não esta noite. Não está no estado ideal para o
que queremos fazer.
Mac podia jurar que a decepção cruzou pelos olhos verdes de Kit. Sorriu para si mesmo.
Talvez uma noite de espera mais aumentasse seu desejo e a necessidade por eles, de modo que se
aproximasse um pouquinho mais ao nível em como ele precisava dela.
Kit se sentou em silencio durante vários segundos. O desconforto apalpava entre os três.
Mac deslocou em um intento por aliviar a tensão. Finalmente, os lábios de Kit formaram uma linha
tensa e ficou de pé, com as mãos nos quadris.
— Olhe. Se fizer sexo entre nós vai causar tanta maldita tensão, então voto por que
descartemos a ideia e simplesmente a esqueçamos.
Ryder riu entre dentes.
— Sempre contundente e ao ponto, querida. Isso é o que eu gosto de você.
— Não podemos descansar e ver televisão? Não há uma briga esta noite? Deus, não há nada
mais que esta sessão de sentar ao redor e olhar uns aos outros como uma manada de cervos
frente aos faróis de um automóvel?
Mac relaxou em um sorriso.
— Vou pegar algumas cervejas da geladeira.
Ele caminhou para a cozinha e tirou três garrafas da geladeira, pegou um saco de batatas

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Maya Banks
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fritas e depois se dirigiu de novo à sala onde estavam os outros.


— Vou tomar uma ducha rápida e trocar a roupa do trabalho — Disse enquanto entregava a
Kit e Ryder suas cervejas — Estarei fora brevemente.
Uma vez no banheiro, voltou na água, deslizando o grifo a sua posição mais fria. Seu zíper
estava pondo uma tatuagem permanente em seu pau, e era malditamente incômodo. Esteve tão
duro como uma rocha desde que Kit entrou na sala.
Deu um passo sob a ducha fria e fez uma careta de dor enquanto se regava por cima de seu
corpo. Fechou os olhos e tratou de acalmar a fúria que se instalou em sua mente como um
companheiro antigamente perdido.
Tanto se Kit sabia ou não, esta noite marcou um giro de noventa graus em sua outrora
relação casual. Estava cansado das tentativas, brincadeiras e insinuações, e estava seguro como o
inferno de estar cansado de dormir em uma cama vazia.
Terminou de forma rápida e se secou com a toalha. Flexionou os músculos cansados,
tratando de trabalhar os nós de tensão nos ombros. Foi um pretzel gigante desde que deixou a
casa de Kit.
Vestiu uma camiseta e shorts de ginásio e depois esfregou a umidade de seu cabelo com a
toalha. Passou uma mão rápida através da longitude bicuda do cabelo só para fazê-lo cair
corretamente e se dirigiu para se unir a Ryder e Kit na sala de estar.
Quando Mac entrou na sala, o fôlego de Kit deixou seu corpo como se alguém tivesse
atirado um murro no estômago. Deus, o homem era uma besta sexy. Acomodou-se no sofá com
os pés descalços e se deixou cair a seu lado.
Mac estendeu a mão para agarrar sua cerveja da mesa de café antes de inclinar-se para trás
e apoiar os pés no alto. Olhou de lado a Kit por um momento antes de colocar um braço por atrás
de seus ombros.
— Veem aqui — Indicou, puxando-a contra seu peito.
Não resistiu, e depois se encontrou absorvendo seu aroma enquanto ela se enterrava mais
profundamente em seu corpo. Seu olhar revoou para baixo até a confluência entre as pernas.
Teria que estar cega para passar por cima de sua ereção.
Suas mãos coçavam pela vontade de tocá-lo, de tomar sua longitude em suas mãos e
acariciá-lo. Como seria seu sabor? Tão sexy como parecia e cheirava, apostaria seu próximo
cheque de pagamento.
— Doce, se não deixar de me olhar dessa maneira, vai ser impossível que resista esta noite
sem que aconteça nada.
As palavras retumbaram fora de seu peito, vibrando no ouvido de Kit. Suas bochechas se
esquentaram, mas sorriu quando viu que seu pau se inchava ainda maior, estirando contra seus
shorts.
Ela sorriu com picardia, o diabo tomava o controle. Deslizou sua mão pela parede sólida de
músculos no peito, para baixo, para seu tenso abdômen. O homem estava construído como uma
parede de tijolo. Sua mão desenhava enquanto ia baixando.
— Kit — Advertiu Mac.

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Ela o ignorou e colocou os dedos na cintura de seu short. Hmmm. Sem roupa intima. Seus
cachos suaves fizeram cócegas na palma da mão de Kit enquanto entrou mais abaixo.
— Kit, pelo amor de Deus — Disse Mac com voz tensa.
Sua dura ereção como uma rocha se estremeceu em reação quando a mão se enroscava a
seu redor. Seu short tinha que ir. Ela se moveu fora do sofá e se posicionou entre as pernas de
Mac. Sem olhar nenhuma só vez nos olhos, puxou seu short. Ela esboçou um leve sorriso quando
ele levantou seus quadris para ajudá-la.
Deus, o homem estava construído para o prazer. O prazer de uma mulher. Seu pau
sobressaía para cima, estirado, inchado e choroso. Tomou com as mãos ao redor da base,
acariciando para cima com movimentos suaves.
Pela extremidade do olho, viu Ryder observá-los com atenção, com o desejo brilhando em
seus escuros olhos. Ficou mais perto uma vez que Kit saiu de seu lugar. Se o vulto em suas calças
era uma indicação, estava tão excitado como Mac.
Ela continuou com os movimentos lentos de cima para baixo das mãos, depois se inclinou
para frente, deixando cair seu cabelo sobre as coxas de Mac. Com apenas um pouco de vacilação,
deslizou a boca ao longo de seu pau, sugando-o contra a parte posterior de sua garganta.
Mac deixou escapar um vaio longo. Colocou uma mão no cabelo, retirando do rosto. Seus
dedos percorreram brandamente sua bochecha, acariciando a pele antes de aprofundar no cabelo.
— Deus, Neném, isso é taaaaão bom.
Relaxada por sua aprovação, tomou seu ritmo, deslizando seus lábios para cima e para baixo
por sua dura longitude. Juntou os testículos nas mãos, apertando e massageando enquanto o
chupava, levando até o mais profundo dentro de sua boca.
Seus quadris começaram a arquear-se para ela, e sua mão apertava no cabelo enquanto Mac
a mantinha em seu lugar para que se encontrasse com suas investidas.
— Kit, tem que parar ou vou gozar.
Suas palavras saíram sem fôlego, debruadas com a luxúria e a necessidade. Ela se afastou, e
pela primeira vez, encontrou-se com seu olhar fixo.
— Desejo você, Mac. Levou bastante tempo dizer, mas estou dizendo agora. Não quero
esperar. Não sou uma frágil peça de vidro que vai se quebrar se toca.
Voltou à cabeça a Ryder para que soubesse que estava incluído em sua declaração. Seus
olhos negros passaram. Ele estendeu a mão para acariciar o queixo, e esfregou o polegar por cima
de seu lábio inferior.
— Querida, se for por essa sua doce boca por cima de meu pau como fez para Mac, darei
qualquer maldita coisa que queira.
Suas palavras fizeram fortes cócegas de necessidade diretamente a sua boceta.
— Então será melhor que tire essas calças — Ordenou Kit.

Capítulo 5

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Para Seu Prazer 01

Kit se sentou sobre seus calcanhares e observou com satisfação como Ryder tirava a
camiseta pela cabeça. Os músculos se agitaram através de seu abdômen. Jogou-a em um lado e
então começou a desabotoar as calças.
Desceu-as por seus quadris, e Kit estremeceu quando seu pau saltou à vista. Ficou de pé
diante dela, uma coisa selvagem, todo músculo duro e atitude de menino mau. Seu escuro cabelo
grosseiramente encaracolado chegava à altura dos ombros, ela morria de vontades de inundar as
mãos nele, envolver os fios ao redor dos dedos enquanto ele a fodia.
Ryder deu um passo adiante, um claro convite para que ela o saboreasse. Usando a perna de
Mac para sustentar-se, balançou-se para frente até que esteve de joelhos diante de Ryder.
Aproximou uma mão e a envolveu ao redor de seu duro pau a apenas uma polegada de sua boca.
Devagar, e brincalhonamente, ela umedeceu os lábios e brandamente colocou a cabeça em sua
boca. Ryder gemeu por cima dela.
— Calma querida.
Colocou mais profundo em sua boca, deslizando a língua pela veia na parte posterior de seu
pau. Os ruídos ligeiros de sucção encheram a sala enquanto ela o colocava e tirava de sua boca.
Mac tomou a mão dela de seu joelho e a guiou para seu próprio pau. Kit envolveu os dedos ao
redor da base e permitiu deslizar sua mão de acima a abaixo junto com a dele.
As mãos de Ryder enredaram em seu cabelo, sustentando-a com força enquanto ele
começou a mover-se dentro e fora de sua boca. Depois Mac acariciou seu queixo e a levou
brandamente longe dele. Mac se recostou no sofá e a insistiu de novo a seu duro pênis.
— Está muito vestida, querida.
As mãos de Ryder passaram roçando suas costas, empurrando a camisa para cima e
desabotoando o sutiã. Ela fechou os olhos e colocou o pau de Mac mais profundo em sua boca.
Umas mãos quentes e firmes deslizaram sobre sua pele nua, em torno de seus seios.
Mac a afastou, então a insistiu a parar. Ele ficou de pé para que eles pudessem flanquear Kit.
Quatro mãos alcançaram sua camisa e o short, puxando, deslizando até que ficou nua diante
deles.
— É tão linda como imaginava — Disse Mac com voz rouca.
Fechou os olhos e se apoiou em seus braços. Quanto amava sua força, o cru poder que
emanava de ambos como em ondas. Aqui, entre eles, sentiu-se segura. Protegida.
— Vamos levá-la para cama, Kit. Quer isso? Quer o que está a ponto de acontecer? —
Perguntou Mac.
Abriu os olhos e encontrou seus lábios que estavam a só um batimento do coração de Mac.
— Quero que me beije — Sussurrou — Assim como fez no bar.
Com suas mãos cobriu seu rosto, e se inclinou para beijar seus lábios em um abraço quente.
— Vou dar um beijo, neném. E muito mais. Antes que esta noite tenha terminado, não
haverá um lugar em você no que não sentiu meus lábios.
Kit estremeceu e ficou inerte contra ele. Como sua voz tinha o poder para privá-la de toda a
força? Ela não sabia, mas parecia como uma massa gelatinosa. As mãos de Ryder se apoderaram

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Maya Banks
Para Seu Prazer 01

de seus quadris e a atraiu contra seu peito. Seus largos braços rodearam seu corpo. Apoiou a
cabeça na curva de seu pescoço para dar um melhor acesso a qualquer parte de seu corpo que
quisesse explorar.
Uma mão segurou um seio. A outra mão deslizou pelo ventre à carne palpitante entre suas
pernas. Deslizou seus dedos nas suaves dobras de sua boceta, separando-as enquanto acariciava
com um dedo sobre seu clitóris. Seu corpo se sacudiu enquanto umas ondas elétricas de prazer
serpenteavam através da parte baixa de seu corpo.
— Eu adoro que sua boceta esteja nua — Grunhiu Mac — Tão suave e bonita. Fez isto para
nós, Kit?
Kit engoliu saliva e assentiu. Sim, ela sabia sua predileção pelas bocetas barbeadas. Ela
escutou sua ruidosa conversa o suficiente para saber com precisão o que era o que gostava em
suas mulheres.
Mac se inclinou para beijá-la de novo, seu corpo esfregando contra o dela, empurrando-a
ainda mais para Ryder. Depois deu um passo atrás o suficiente para puxar sua camisa sobre sua
cabeça e deixá-la de lado.
— É hora de ir para o quarto — Disse Mac.
Ryder deixou cair às mãos por seu corpo. Mac a alcançou, atraindo-a perto e depois
levantando em seus braços. Ryder caminhava diante deles, ascendendo de um tapa a luz do
quarto de Mac. Mac a levou pela porta e a recostou brandamente na cama.
Ela levantou a vista por volta dos dois homens que estavam sobre ela, dois descomunais
espécimes primários de masculinidade, e esta noite eram dela. Maldição se não ia tirar o máximo
proveito disto.
— Quis prova-la toda a noite — Murmurou Mac arrastando entre suas pernas.
Um estremecimento percorreu todo seu corpo enquanto Mac abria as dobras de sua boceta
com suaves dedos. A cama se afundou quando Ryder se estendia a seu lado. Seus dedos
perseguiram o frio desde seu ventre a seus seios enquanto os lábios de Mac beijavam a suave
carne entre suas pernas.
— É linda, querida. Esperamos muito tempo por isso.
Fechou os olhos e jogou para trás a cabeça, enquanto a língua de Mac aprofundava mais.
Seu clitóris estremeceu e sacudiu enquanto sua língua riscava círculos preguiçosos ao redor do
tenso pico. Seus dedos se afundaram preguiçosamente em sua boceta, entrando e saindo com um
cuidado delicioso.
O quente fôlego de Ryder soprou sobre um mamilo ao tempo que o sugava entre os dentes.
Kit balançou e retorceu enquanto as duas bocas terminavam uma cirurgia delicada sobre seu
corpo.
Mac abriu mais amplamente as pernas, deixando por completo descoberta e à vista dos dois
homens. Deu um terno beijo a seu clitóris antes de deslizar seu grande corpo até seu abdômen e
pousar seus quadris sobre os dela.
Ryder rodou para um lado, com a mão enredada no cabelo de Kit. Mac ficou entre eles,
agarrou seu pau na mão e a guiou para sua espectadora boceta. A respiração de Kit ficou

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Para Seu Prazer 01

apanhada em sua garganta no momento que Mac provou sua entrada com a cabeça de seu pau.
Ela gemeu de sua garganta e retorceu nervosamente. Queria dentro dela, como se fosse uma
parte dela.
Lentamente, quase com reverência, deslizou dentro de Kit. Seu corpo deu boas vindas como
se fosse uma parte dela perdida fazia muito tempo. Sua envergadura a abrangeu completamente,
cobriu cada centímetro dela enquanto seus quadris bombeavam contra os dela. Estava estirada
até seus limites, seu corpo tratando de acomodar ao que demandava.
— Se mova comigo — Sussurrou Mac enquanto se empurrava para frente, afundando-se
mais profundo.
Ela envolveu suas pernas ao redor de seus quadris, abraçando-o com força. Arqueou seu
corpo para ele quando seu pau pousou contra seu colo uterino. Era difícil respirar. Lutou por
controlar a entristecedora maré de prazer. Ameaçou consumindo, e não queria deixar ir ainda. Ela
queria que durasse.
Mac a tomou em seus braços abraçou com força enquanto se afundava nela uma e outra
vez. Cada músculo de seu corpo se esticou até que se sentiu como uma pedra contra ela. Depois
se afastou, retirando-se de Kit.
Ela choramingou em protesto, estirando-se para ele. Mas Ryder logo a cobriu, e seu pulso se
acelerou de novo. Ryder era mais impaciente que Mac. Abriu as pernas em um movimento rápido
e entrou nela.
A diferença de Mac, Ryder sustentou seus quadris em suas mãos, ajoelhou-se entre suas
pernas, bombeando dentro dela com maior força e velocidade. Mac fundiu sua boca à sua
enquanto Ryder a enchia uma e outra vez. A mão de Mac foi à deriva até seu ventre. Seu dedo
encontrou o clitóris quando Ryder se retirou. Ele começou a manipular a palpitante pérola
enquanto Ryder tomava seu ritmo.
— OH... — Sua voz saiu em um grito ininteligível.
— Isso é querida — A respirou Ryder — Deixe ir.
Nãããoooo. Ela não queria que terminasse. Não ainda. Entretanto, sua liberação começou um
lento engatinhar enquanto subia ao pico. Ryder empurrou mais forte. Mac continuou o rápido
movimento circular em seu clitóris. Afastando sua boca de seus lábios para chupar um primeiro
mamilo, depois o outro.
Kit apertou seus olhos e deixou escapar um lamento. Seu ventre explodiu em prazer.
Foguetes se dispararam a seu redor. Estremeceu debaixo dos homens, mas as mãos de Ryder
nunca deixaram seus quadris.
Mac a abraçou com força. Murmurando palavras de fôlego, palavras que não entendia em
seu ouvido enquanto o mundo girava a seu redor. Finalmente, afundou-se, seu corpo libertado da
apertada espiral. Kit entrou nos cobertores, com os músculos tão frouxos como um prato de
massa cozinhada em excesso.
Ryder se inclinou sobre ela e a beijou meigamente na testa. Só então se precaveu que ele
ainda estava profundamente dentro dela, ainda muito duro. Afastou, tirando o peso de cima.
Centrou sua nublada visão sobre Ryder tratando de entender por que ele e Mac

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Para Seu Prazer 01

renunciaram antes de ter alcançado seu orgasmo. Mac riu entre dentes ligeiramente em seu
ouvido como se tivesse ouvido sua pergunta não formulada.
— A noite ainda é jovem, neném.
Ela trocou de lado, girando para aconchegar-se nos braços de Mac. Ryder deslizou atrás dela
até que esteve embalada entre ambos.
— Descansa um minuto, querida — Murmurou Ryder — Porque depois começará tudo de
novo.

Capítulo 6

Kit despertou com uns quentes lábios fuçando seu seio. Piscou adormecida, desfrutando da
sensação de paz total e absoluta que a envolvia. A luz suave se vertia do abajur da mesinha ao
lado da cama, banhando seus corpos nus em calor.
A mão de Ryder descansava em seu quadril, e apertou brandamente enquanto beijava a
parte de trás de seu pescoço. Mac chupava seus mamilos até que ela gemeu brandamente em
resposta.
— Está acordada — Disse Ryder.
Mac não retirou a cabeça de seus seios. Em troca sugou mais forte, alternando entre os
mamilos. Ele roçou os bicos endurecidos com seus dentes enquanto sugava com veemência. Kit
passou o braço sobre os ombros de Mac, pondo à mão à parte posterior de seu pescoço. Seus
dedos roçaram através do cabelo curto enquanto o aproximava mais a seu seio.
A cama balançava enquanto Ryder se sentou. Kit olhou por cima de seu ombro quando se
levantou e se dirigiu a cômoda a uns poucos metros.
— Onde guardas as camisinhas, irmão? — Perguntou Ryder.
Kit franziu o cenho ligeiramente.
— Estou em controle de natalidade — Disse em voz baixa.
Ryder voltou seus olhos escuros nela, olhando fixamente. Os lábios de Mac pararam, com
seu mamilo na língua.
— Não quer que ponha uma camisinha, querida?
— Não, quero dizer a menos que você pense que deveria fazer.
— Nunca fiz sem camisinha com uma mulher. Você seria a primeira.
— A minha também — Sussurrou Mac contra seu peito.
— Eu confio em vocês — Disse Kit.
Eram as únicas pessoas em quem confiava. Depois outro pensamento ocorreu, e a vergonha
rodou ardente por suas bochechas.
— A menos que queira usar uma devido a... Por isso que aconteceu — Finalizou Kit
sussurrando.
A mão de Mac se apertou ao redor de sua cintura. A ira brilhou nos olhos de Ryder. Mac

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deslizou a mão agarrando o queixo, obrigando-a a olhar.


— Fez todos os testes, Kit. Seus resultados saíram bem. Não temos medo de você. Só
estamos tentando protegê-la. Você é a única mulher com a que inclusive considerei não usar
camisinhas. É sua decisão.
Ela olhou para trás para Ryder e negou com a cabeça.
— Eu não quero. Não com vocês. Confio em ambos.
Ryder deslizou de novo na cama e acariciou contra as costas dela. Esfregou a mão sobre o
quadril e à altura de seus seios.
— Kit, não pensamos nada mau de você pelo acontecido, e se alguma vez encontro o
bastardo que a machucou, vou mata-lo.
A promessa pesava sobre eles. Não havia dramatismo em Ryder. Não era do tipo dramático.
Falava sério. Kit estremeceu, sabendo que Ryder ia de fato matar seu atacante. Imaginou que o
mesmo pensamento passava pela cabeça de Mac apesar de que permaneceu em silêncio. Muito
tranquilo.
Viu o olhar de raiva em seus olhos essa noite. A violência explodiu como um fogo fora de
controle através de seu grande corpo. Ela conheceu nesse momento o Policial e o não Policial,
Mac poderia renunciar às mesmas leis que jurou defender. Era uma das muitas razões pelas que
não disse sobre a perseguição.
Suspirou, sentindo-se um pouco desinflada. Do ataque, Mac e Ryder a trataram de maneira
diferente. Ela só queria voltar para a relação que tinham antes. Agora ambos se mostravam
cuidadosos a seu redor. Mais silenciosos. Como se o ataque os tivesse mudado tanto como a ela.
Mac fechou sua mão agarrando seu cabelo. Puxou sua cabeça elevando-a até que tiveram os
olhos ao mesmo nível. Seus olhos azuis brilhavam com uma multidão de emoções.
— Posso quase garantir que não vai gostar do que for que está pensando agora mesmo.
Ela sorriu.
— Prefiro não pensar absolutamente.
Mac olhou dentro de seus olhos durante um longo momento antes de baixar brandamente
sua cabeça a dela. Seus lábios roçaram os lábios de Kit. Gentilmente a princípio. Tão meigamente
que teve vontade de chorar. Depois aprofundou o beijo, deslizando sua língua sobre a dela.
— Não use tanto esses lábios — Disse Ryder — Tenho planos para essa doce boca.
Kit sorriu enquanto Mac grunhiu.
— Me monta, Kit? — Perguntou Mac.
Estirou completamente sua longitude a seu lado, girando plano sobre suas costas. Seu olhar
vagou pelo peito, depois onde seu pau inchado estava contra seu estômago. Ryder a ajudou a
levantar, suas mãos à deriva sobre sua pele enquanto ela passou uma perna sobre o corpo de
Mac. Chegou entre eles, agarrou a pesada ereção de Mac na mão e a colocou na entrada de sua
boceta.
Kit fechou os olhos enquanto se afundou nele. Mac emitiu um longo vaio de ar. Suas mãos
se apoderaram dos quadris dela, segurando-a contra seu corpo.
— É condenadamente bom, Kit.

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Abriu os olhos para ver Ryder estendido na cama junto a ela e Mac, com a mão deslizando
para cima e para baixo de seu pau enquanto observava Kit foder Mac. Sustentou o olhar enquanto
começou a montar Mac. Depois jogou atrás a cabeça, lutando por respirar enquanto seu estômago
se apertava insuportavelmente.
Mac se moveu por debaixo dela, rodando seus corpos. Kit abriu os olhos no que Mac girou
até que suas pernas penduraram sobre o lado da cama. Ryder se moveu da cama e se colocou de
pé atrás dela. Suas mãos estendidas sobre suas costas, empurrando-a para Mac. Ela entendeu a
instrução e se apoiou em Mac. Mac envolveu com seus braços ao redor, apertando-a contra seu
peito enquanto continuava arremetendo entre suas pernas.
Ryder deu um passo entre as pernas de Mac e aplaudiu as nádegas de Kit com suas grandes
mãos. Kit quase goza aí mesmo. Sabia o que vinha a seguir. Fragmentos de prazer cortaram seu
abdômen, apertando sua boceta até que se apoderou do pau de Mac com tanta força, que ele
gemia de prazer. O pau de Ryder topou com a costura apertada de seu traseiro. Ela tremia nos
braços de Mac.
— Calma neném — Sussurrou Mac. Suas mãos a acalmaram para cima e para baixo de seu
corpo — Relaxe. Deixe-nos fazer todo o trabalho.
A cabeça do pau de Ryder empurrava para frente até que sentiu que o músculo contraído
cedia sob sua persistência. Fez uma pausa, dando tempo a seu corpo para adaptar a sua invasão.
Depois se afundou até o fundo nela.
Segurou para frente nos braços de Mac, seu corpo tenso como um arco em abertura total.
Dois paus profundamente cravados em seu interior. Sentia plena, devorada, e nunca
experimentou tanto prazer em sua vida. Dançava em uma linha muito fina entre a dor e o êxtase.
Sua visão nadou enquanto tratava de processar a inundação de sensações que jogavam. Os
dois homens começaram a mover, alternando suas estocadas, com um ritmo ao que ela sabia que
estavam familiarizados. OH, sim, eles tiveram montão de prática fodendo à mesma mulher.
As mãos de Ryder apoderaram de sua cintura, ajudando seu movimento quando os dois
homens bombeavam dentro e fora dela. Mac enredou os dedos em seu cabelo, puxando Kit para
baixo para encontrar com seu beijo exigente.
Desta vez, nenhum dos dois parou como fez antes. Ela podia senti-los esticar a medida que
se aproximavam de sua liberação. Seu corpo estava fazendo sua própria rápida ascensão a uma
colina muito levantada. Ofegava, tratando desesperadamente de levar mais oxigênio a seus
pulmões ardentes. Estava correndo. Estava voando. Kit estava a toda velocidade em um avião em
queda livre a noventa milhas por hora.
— Isso é neném, deixe ir. Só deixe ir.
A voz de Mac parecia com uma milha de distância. Entretanto, Kit se agarrou com força e
sustentou em seu corpo para explodir com a força de uma bomba atômica. Ryder se lançou para
frente, enterrando-se profundamente em seu traseiro. Todo seu corpo estremeceu e tremeu
contra ele.
Continuando, Mac ficou rígido debaixo dela, resistiu, tentando encontrar o caminho mais
profundo dentro de sua boceta. Reuniram em um poderoso matagal de corpos. Jorros quentes de

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esperma se apressaram em seu corpo. Kit escutou a alguém gritar, e então percebeu que era ela.
Paralisou sobre o peito de Mac, abraçando-o tão forte como pôde. Ardentes lágrimas rodaram por
suas bochechas, derramando sobre a pele de Mac.
Era vagamente consciente de Ryder saindo dela, depois secava a sensível pele com um pano.
Ficou sem forças sobre Mac, com seu pau ainda enterrado em sua boceta. Mac a beijou na
têmpora e passou os dedos pela bochecha com ternura.
— Vou tomar uma ducha — Retumbou Ryder atrás dela.
Mac assentiu e seguiu acariciando seu rosto. Deu a volta e se retirou com suavidade de entre
suas pernas.
— Está bem?
Kit assentiu com a cabeça, sem certeza de ser capaz de falar. Estava enterrada mais
profundamente nos braços de Mac e fechou os olhos. Uns minutos mais tarde ouviu Ryder
caminhar de volta para o quarto. Inclinou sobre a cama, com a cabeça perto de seu ouvido.
— Está bem, Kit? Não fui muito rude, não é?
Kit sorriu.
— Não, de fato, se vocês dois me tratassem com algo mais de cuidado, teria que me
desembrulhar de um cilindro de papel celofane.
— Quer ir para o banho comigo? — Perguntou Mac.
Ela suspirou.
— Não estou segura de poder me mover.
Ele riu entre dentes.
— Eu me encarrego de movê-la.
Mac saiu da cama e depois se inclinou e a levantou. Levou-a para banheiro e a colocou no
balcão. Os espelhos estavam empanados da ducha de Ryder, e o ar quente caía morno sobre ela.
Mac se aproximou para abrir a água, depois a recolheu em seus braços.
O quente jorro de água arrancou um gemido de prazer diretamente desde sua garganta. Ele
brandamente ensaboou seu corpo e enxaguou a espuma de sua pele. Kit ficou ali, enquanto ele se
encarregava dela, maravilhada por este lado desconcertante de Mac. Não estava acostumada a
que ele fosse tão gentil. Tão completamente terno.
Em todos os anos que conheceu Mac e Ryder, nenhum deles foi jamais do tipo sensível.
Estavam muitos ocupados sendo meninos maus. Honestamente, ela esperava quente, rude, sexo
queima lençóis, e o que conseguiu foi... Bom, ela não estava segura de querer fazer insistência nos
sentimentos que seu fazer amor suscitou.
Fazer amor. Só o fato de estar chamando um pouco de sexo com apelativos românticos,
adornados, era um sinal de alerta enorme. Mac fechou a ducha e saiu. Chegou de volta por ela,
com uma toalha na outra mão. Depois foi envolvida em uma toalha suave e esponjosa. Ficou
quieta por um momento, enquanto que Mac se secava, e ela aproveitou a oportunidade para
admirar a obra de arte que era seu corpo.
Os músculos se agitavam em suas costas enquanto deslizava a toalha sobre os ombros. Suas
pernas, largas e grossas, que conduziam ao mais apertado traseiro que já viu em um homem. Nem

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um só grama de gordura que desfigurasse seu corpo. Ela sabia que ele se exercitava diariamente,
mas maldição, nada poderia ter preparado para a realidade de seu físico de perto e em pessoa.
Incapaz de resistir aproximou e passou a mão pelo traseiro. Mac deu a volta, com um brilho
malvado em seus olhos.
— Prefiro que essa mão esteja aqui — Disse, guiando a seu pau semiereto.
Sua carne estava ainda um pouco úmida. Kit enrolou suas mãos ao redor da base grossa e
lentamente bombeava para cima e para baixo.
— Você dois vão foder no banheiro ou o que? — Chamou Ryder do quarto.
Kit começou a rir. Deixou cair a toalha e passou pela frente de Mac para o quarto. Ryder
estava na cama, deitado sobre suas costas, com a mão enroscada ao redor de seu pau. Seus olhos
brilhavam na luz do abajur.
— Veem aqui, querida. Quero uma amostra dessa sua linda boca outra vez.
A mão de Mac deslizou sobre seu traseiro nu enquanto caminhava atrás dela. Kit sorriu a
Ryder e passeou até a borda da cama. Arrastou sobre as cobertas e pouco a pouco e entrou entre
suas pernas.
— Não me tente — Disse Ryder com voz tensa — Simplesmente envolve esses lábios ao
redor de meu pau antes que ele fique mais duro.
Em vez de agradar, inclinou a cabeça e passou a língua lentamente pelo longo de seu eixo.
Os quadris de Ryder pinotearam e sacudiram ao chegar à ponta, e Kit fechou a boca a seu redor.
— Toma mais profundo — Disse com voz entrecortada.
Afundou a boca para baixo até que já não podia tomar mais. Fez uma pausa e depois
lentamente deslizou seus lábios para cima de novo.
Ryder gemeu.
— Maldição, mulher! Está me matando!
Envolveu seus dedos ao redor da base de seu pau e começou a trabalhar com a mão para
cima e para baixo enquanto sua boca fazia o mesmo. As mãos de Ryder se afundaram em seu
cabelo, agarrando-a com força. Sustentou-a enquanto ele balançava seus quadris, fodendo a boca
com urgência.
Tremia debaixo dela, e o primeiro jorro de sêmen bateu a parte de trás de sua garganta.
Engoliu e tomou mais dele até que finalmente Ryder ficou inerte na cama. Suas mãos a
acariciaram através do cabelo, alisando de seu rosto. Kit levantou a vista para vê-lo observá-la com
os olhos cheios de luxúria, com seus círculos escuros cheios de aprovação.
— É sua vez, querida, e não acredito que não vá gostar de cada minuto disso.
A boca de Kit secou. Atrás dela, Mac pôs suas mãos sobre os ombros e a ajudou ficar sobre
suas costas. Deixou controlar o fluxo de seu movimento até que esteve apoiada sobre suas costas,
sua cabeça pendurando sobre a borda da cama. Seu pau bateu ligeiramente seus lábios, e ela
abriu a boca para aceitá-lo.
A posição parecia incômoda a princípio, mas ela estava à altura perfeita para que Mac
fodesse sua boca, e o fez com movimentos suaves. Ryder separou as pernas e passou os dedos
brandamente sobre as dobras de sua boceta. Sua língua se moveu por cima de seu casulo

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apertado, e ela se sacudiu em reação.


Ele a estendeu ainda mais ampla e aprofundado sua língua por cima de sua abertura, então
começou a fodê-la com sua língua. Seu polegar encontrou seu clitóris e começou a massageá-lo
com movimentos circulares. Kit gritou ao redor do pau grosso de Mac, o som escapando em um
eco suave.
Mac bateu dentro e fora, seu pau alcançando mais profundo na umidade de sua boca. Ele
tinha sabor tão masculino como parecia, e ela não podia conseguir o suficiente. Era como uma
viciada precisando uma dose. Queria mais e não queria que parassem. Sugou ruidosamente e
escutou os desesperados gemidos de Mac.
Ryder deslizou dois dedos na boceta retorcendo, logo chupou o clitóris com a boca e sua
língua acariciou repetidamente ao longo da carne palpitante. Ela arqueou as costas em um arco
contínuo sem fim enquanto seu orgasmo se estrelou duro sobre ela. A explosão a sacudiu e
continuou estremecendo ainda enquanto Mac enchia dentro de sua boca.
Kit retorcia os quadris em uma desesperada súplica de misericórdia, mas Ryder continuou
seu assalto com a boca. Mac se retirou de sua boca e inclinou sobre seu corpo para sugar
fortemente seus mamilos. Sentia-se plena, e incrivelmente, quando começava a recuperar do
orgasmo mais forte de sua vida, começou uma rápida escalada para outro.
Gritou e apertou os punhos. Depois Ryder abriu suas pernas, e em uma estocada enérgica,
entrou em Kit. O quarto ficou às escuras. Ela não podia ver. O único que podia fazer era sentir.
Mac chupava os mamilos. Ryder fodia sua boceta com golpes longos e duros.
As mãos de Mac cobriam seu corpo. Ryder se apoderou de seus quadris. Afundou uma e
outra vez até que ela esteve completamente segura de que ia desmaiar. Ryder apertava entre suas
pernas enquanto Mac beliscava um mamilo entre seus dedos. Mordia o outro, e Kit se entregou
cataclismo vulcânico que ameaçava consumindo.
Bastante tempo depois, ela descansava ali sem fôlego. Cada músculo de seu corpo tinha a
consistência de gelatina. Não poderia mover nem que quisesse. Ryder deixou cair sobre ela, com
os últimos estremecimentos de seu orgasmo sacudindo seus quadris. Retirou e Kit sentiu a quente
inundação de sua semente deslizar fora dela.
Mac a levantou cuidadosamente em seus braços. Subiu na cama até que esteve no centro.
Então simplesmente puxou as mantas cobrindo por cima e alcançou para apagar a luz.
Ryder passou uma perna sobre ela, e Mac enrolou seu braço por cima da cintura. Dormiu
com ambos os homens envoltos a seu redor.

Capítulo 7

A cama afundou, e um dos corpos quentes que rodeavam Kit se foi. Ela fez um som de
descontente e ouviu uma risada suave perto de seu ouvido. Ryder a beijou na têmpora.
— Tenho que ir à garagem, querida. Mas vou estar aqui esta noite. Por que não me deixa

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levá-la ao trabalho?
— Na moto?
— Uh-huh.
— Certo — Disse com um sorriso.
Aplaudiu o traseiro e se dirigiu ao banheiro. Ela bocejou e fechou os olhos outra vez. Vários
minutos depois, ouviu Ryder sair do banheiro. Ela se voltou em sua direção e sorriu quando soprou
um beijo. Depois que ele saiu do quarto, voltou de novo para Mac para ver que estava acordado e
olhando-a fixamente.
— Está me olhando — Disse.
— Isso é porque é linda.
Ela agachou a cabeça com acanhamento.
— Como está esta manhã? Dor? — Perguntou Mac, enquanto colocava um braço ao redor
de sua cintura.
Ela sorriu.
— Tem uma grande opinião de você mesmo menino grande?
— Neném, foi tomada por dois homens muito grandes e excitados. Não se trata de meu ego.
É uma coisa pequena. Ryder e eu não somos.
Ela começou a rir.
— Sim, estou um pouco dolorida, mas tenho que dizer que se não pudesse caminhar, não
me importaria.
— Assim foi bom?
Ela se aproximou e o beijou.
— Sim, assim bom.
Sua barba no queixo a arranhou quando devolveu o beijo.
— Precisa se barbear.
Mac deu a volta sobre suas costas e ficou olhando o teto.
— O que diz se nos vestimos, vamos tomar café da manhã na cafeteria de baixo e vamos
para sua casa para pegar mais de suas coisas?
Fez uma pausa. Não queria incomodar Mac depois de uma noite de tudo espetacular,
informando que não tinha a intenção de esconder em sua casa para sempre. Entretanto, ficaria
uns dias, ao menos até que pudessem investigar seu perseguidor.
— Está bem — Disse finalmente.
Não precisou um problema antes do necessário. Mac relaxou a seu lado como se esperasse
que discutisse. Tirou as pernas pelo lado da cama e ficou de pé. Caminhou nu até o banheiro,
dando a Kit uma excelente visão de seu traseiro. E maldição, quando voltou de lado, podia ver que
tão bem dotado estava ainda quando não estava duro. Jesus.
— Você gosta do que vê?
Seus olhos azuis brilhavam ao tempo que um sexy sorriso se estendia por seu rosto. Lançou
um travesseiro através do quarto.
— Sabe muito bem que sim.

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— É seu, Neném. Tudo o que tem que fazer é pedir.


Deu meia volta e desapareceu no banheiro, deixando-a refletir sobre o que implicava sua
declaração. Kit se levantou da cama e enrugou o nariz para os lençóis. Enrugados, amontoados e
provavelmente, pegajosos de morrer.
Kit os tirou de um puxão da cama e se dirigiu à máquina de lavar roupa. Quando voltou ao
banheiro, Mac acabava de sair da ducha. Ele colocou a mão na torneira e abriu a água de novo.
— Toda sua — Disse.
Dez minutos mais tarde, Kit saiu do banho com uma toalha e quase se chocou com Mac
quando entrou em seu quarto. Ele a agarrou em seus braços e assobiou com admiração. Mac
deslizou um dedo debaixo da borda da toalha.
— Vamos, só uma olhada — Disse enquanto a puxava para baixo.
A toalha caiu no chão, deixando-a nua. Um arrepiou como pequenos espinhos dançou
subindo por suas costas, quando os dedos de Mac percorreram sua pele para baixo. Esses dedos
descansaram por debaixo do osso do quadril onde aparecia sua tatuagem de dragão.
— Alguma vez disse o muito que amo sua tatuagem? — Perguntou Mac.
Kit começou a rir.
— Só viu uma vez antes de ontem de noite.
Ele sorriu com malícia.
— Mas pensei nela mil vezes.
Kit o rodeou e procurou sua sacola de lona no chão. Podia sentir como a olhava enquanto se
vestia e, deliberadamente brincando com ele, subiu a roupa intima por suas pernas o mais devagar
que pôde. Deu a volta para fazer frente, então colocou a camiseta por sua cabeça.
Ele levantou uma sobrancelha.
— Sem sutiã?
Ela encolheu os ombros.
— Não tenho tanto.
Ele soltou um bufo.
— Seus seios são perfeitos, e tenho que dizer, que eu não gosto da ideia de que todo mundo
consiga uma vista tão espetacular deles.
Ela levantou a cabeça com surpresa. A distância entre eles se fechou quando Mac deu um
passo a frente. Ele embalou os seios através da fina camiseta e massageou seus mamilos até que
ficaram bicudos e eretos.
— OH sim— murmurou — Malditamente perfeitos.
Suas pernas tremiam, e sua boceta pulsava.
— Mac — Sussurrou — Se não vamos agora, nunca vamos conseguir tomar o café da manhã.
O arrependimento nublou seus olhos enquanto se retirava. Mac tomou a mão, entrelaçando
os dedos com os seus.
— Sem dúvida precisa comer para conservar as forças.
Piscou um olho e a puxou para fora do quarto. Apesar de que Kit comeu na cafeteria tanto
com Ryder como com Mac em mais ocasiões das que podia contar, hoje com Mac se sentiu

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estranho. Mac a olhava possessivamente e a tocava frequentemente, toque rápidos como


pinceladas sobre sua pele.
Uma vez, até passou por sobre a mesa para tomar sua mão. Fez sentir-se infernalmente
incômoda. Ela não queria que sua fácil camaradagem mudasse só porque estavam fazendo sexo. E
estava muito segura de que não queria que Mac ou Ryder tivessem uma ideia errada.
O sexo estava bem. Depois do ocorrido, não estava segura de poder confiar em ninguém
mais que Ryder e Mac para tocá-la, mas isso não significava que quisesse mais. Se tiver que
escolher entre manter o sexo ou manter sua amizade, era obvio. Kit teria que começar a abster.
— Ei, aí esta David — Disse Mac.
Kit deu a volta para ver o David entrar na cafeteria. Ela sorriu e saudou. Mac fez um gesto
para que se aproximasse. David se aproximou deles, com um quente sorriso em seu rosto.
— Ei, vocês dois.
Mac moveu uma das cadeiras disponíveis.
— Sente.
David se deixou cair na cadeira e chamou à garçonete.
— Me alegro de vê-lo, David. Tenho algumas pergunta para você se não importa — Disse
Mac.
— Claro, não há problema. O que tem em mente?
A garçonete serviu David uma fumegante xícara de café, e David a adoçou com quatro
pacotes de açúcar. Kit ficou tensa e afastou o olhar. Ela sabia que Mac ia perguntar a respeito do
que aconteceu aquela noite. Fazendo cócegas a incômoda sensação se arrastou sobre sua pele. A
ideia de que alguém soubesse a humilhava ainda mais.
— Antes que eu chegasse ao bar ontem à noite, viu algo fora do normal? Algo incomum?
Talvez alguém que estivesse dando mais atenção do normal a Kit?
David franziu o cenho e sacudiu a cabeça. Olhou Kit, com a testa sulcada pela preocupação.
— O que está acontecendo?
Kit fechou os olhos e baixou a cabeça.
— Tenho razões para acreditar que o atacante de Kit está aí fora — Murmurou Mac.
David piscou.
— Fala sério?
— Como um ataque do coração.
Kit tratou de tomar seu suco e brincou com seus dedos tremendo. Maldição. David se
levantou de um salto para conseguir guardanapos, Mac se inclinou sobre a mesa e tomou a mão
de Kit. A garçonete se apressou com um pano de cozinha, e logo a desordem foi limpa. Mac olhou
Kit, seus olhos azuis escurecidos pela preocupação.
— Está bem?
— Podemos... Poderíamos falar de outra coisa? — Implorou.
Sua expressão suavizou.
— Querida, se David viu algo preciso saber. Não posso protegê-la se não fazer perguntas.
Kit foi para trás da mesa e ficou de pé, rígida dos pés a cabeça.

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Para Seu Prazer 01

— Então faz quando não estiver perto — Disse engasgada.


Ela voltou e correu para a porta. Mac amaldiçoou e deu um murro sobre a mesa. Kit saiu
correndo assustada. Não podia lembrar um momento em que não estivesse correndo. De seu
passado. De seu presente.
— O que está acontecendo, Mac? — Perguntou David.
Mac suspirou.
— O filho da puta que violou Kit ainda está por aí. Esteve perseguindo-a depois do ataque.
Descobri apenas ontem de noite.
Os olhos do David se abriram pela surpresa.
— Mas pensei que não havia pistas. Que o atacante era alguém de passagem.
Mac grunhiu.
— Sim, eu também — Olhou para a entrada da cafeteria, onde Kit fugiu momentos antes.
Esfregou as mãos sobre o rosto — Olhe, David, tenho que ir, mas me faça um favor, certo?
Mantenha uma estreita vigilância no bar. O filho da puta estava ali ontem à noite. Deixou uma
nota na caminhonete de Kit. Ela não esta segura.
O rosto de David escureceu.
— Vou fazer todo o possível, Mac. Farei saber se vir algo fora do normal.
Mac se levantou e pôs o chapéu Stetson. Estendeu a mão a David.
— Obrigado homem, aprecio muito.
— Não há problema.
Mac saiu a grandes passos da pequena área do estacionamento e para sua caminhonete
Dodge. Deslizou no banco do motorista e pôs suas mãos no volante. A seu lado, Kit estava sentava
e encolhida no assento do copiloto, olhando cegamente pela janela. Deixou escapar um pequeno
suspiro e estirou por sobre o assento para tocar seu braço.
— Kit, não fiz para fazer mal — Disse em voz baixa.
Ela o olhou com olhos atormentados.
— Já sei, Mac.
O silêncio pendurava pesado entre eles. Deixou cair sua mão longe dela, e se voltou a sentar
em seu assento. Ligou o carro e saiu da área do estacionamento.
Dirigiu para sua casa, olhando de lado para ela de vez em quando. Sua linguagem corporal
gritava sua vulnerabilidade, e outra vez, ele estava desconcertado e perguntando como dirigir esse
desconhecido lado de Kit. O único que queria fazer era se abraçar a ela com tanta força que nunca
se sentisse ameaçada de novo, mas era provável que isso a assustasse tanto como os demônios
que de fato escondia.
Mac dirigiu pelo caminho da entrada e estacionou atrás de seu Bronco. Aproximou e pegou a
mão. Pouco a pouco, Kit voltou a cabeça até que o olhou. A crua emoção em seus olhos era quase
sua ruína. Tomou todo o controle que tinha para não esmagá-la em seus braços. Em vez disso,
sorriu preguiçosamente, como se não tivesse uma preocupação no mundo.
— Está pronta para entrar, neném?
Ela ficou tensa, parou um segundo e depois pegou a maçaneta da porta. Mac saiu e

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Maya Banks
Para Seu Prazer 01

caminhou ao redor da parte dianteira da caminhonete para esperar. Subiram os degraus de seu
alpendre, e Mac ficou atrás dela quando ia introduzir a chave na fechadura. Mas não tocou a
porta, esta se abriu sem esforço.
Deixou as chaves e deu um passo atrás, chocando com Mac. Em um segundo, a pôs atrás
dele e pegou a arma que usava quando estava fora de serviço.
— Vá sentar na caminhonete, fecha e trava a porta — Ordenou.
Ela cambaleou para trás pelas escadas com as pernas tão instáveis que parecia com um
potro recém-nascido. Quando Mac esteve seguro de que ela estava na caminhonete, abriu a porta
da frente e apareceu.
— Filho da puta — Amaldiçoou.
Os móveis estavam disperso de um extremo ao outro da casa. Entrou pela porta com sua
arma levantada. Os cabelos de sua nuca se arrepiaram. Nenhuma só coisa estava intacta na casa.
Seu sofá parecia migalhas, o enchimento enchia toda a sala. Fotos, livros, estavam quebrados e
rasgados no chão.
Entrou na cozinha só para ver cada prato, copo e travessa em um milhão de pedaços no
chão. Seguiu até seu quarto com medo do que ia encontrar. A porta estava totalmente aberta.
Toda sua roupa estava espalhada pelo chão. Por estranho que parecesse, sua cama estava em
perfeitas condições. De fato, juraria que o intruso a fez, porque Kit não era tão arrumada como
parecia a cama.
Aproximou, olhando por cima dos lençóis bem esticados. Depois congelou. A bílis subiu à
garganta, engoliu convulsivamente para controlar a urgência de vomitar.
Ali, no centro da cama havia uma foto de Kit. Encolhida em uma bola, no chão, tal como Mac
a encontrou há seis meses. Só que ele certamente não tirou fotos dela. Debaixo da imagem, havia
uma só folha de papel com uma palavra rabiscada. Minha.
O atacante estava fazendo sua declaração. Ele não ia a nenhum lugar. Mac tirou seu telefone
celular e discou o número da delegacia. Rapidamente explicou sua localização e o que aconteceu.
Então atravessou a casa para o exterior, onde Kit estava sentava na caminhonete. Ela saltou fora
assim que Mac pisou nos degraus. Kit correu para ele, teria passado, mas Mac a pegou em seus
braços e a abraçou com força.
— Não entre, Kit — Disse com firmeza.
— O que fez? — Exigiu Kit.
Mac olhou nos olhos de Kit que rapidamente se enchiam de lágrimas, e sentiu como se
alguém arrancasse o coração do peito.
— É uma cena de crime, neném. Não pode entrar aí. Reportei. Eles estarão aqui logo.
— O que fez? — Perguntou com uma voz que causou dor a ele.
— Pôs o lugar de cabeça para baixo — Disse Mac.
De maneira nenhuma ia dizer a respeito da fotografia em sua cama. Kit lentamente afastou o
olhar da casa e voltou a olhá-lo.
— Estou assustada, Mac — Sussurrou.
Mac sabia o muito que dizer essas palavras o deixavam de lado, mas mais que isso, sabia que

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tão aterrorizada devia estar para que admitisse. Sacudiu a cabeça com raiva.
— Vou chamar Ryder para que venha buscar você. Vou ter que estar aqui agora. Se não
estiver ai, por que está trabalhando, Ryder terá que levá-la. Eu irei mais tarde. Prometo isso.
— Ele não vai me deixar em paz, não é? — Kit disse em voz tão baixa que quase não a ouviu.
Mac a tomou em seus braços. Abraçou-a com força, pressionando seus lábios em seu cabelo.
— Encontrarei-o, Kit. Juro, que vai pagar pelo que fez.

Capítulo 8

Ryder chegou cinco minutos mais tarde, seu rosto era uma máscara de raiva. Kit o observou
enquanto se aproximava de Mac e os dois falaram, suas expressões cresciam mais iradas por
minuto.
Ela deveria estar aí, exigindo saber o que era tudo o que aconteceu. Inteirou por frações
filtradas de conversa e conseguiu compreender que sua casa foi destruída por completo. Mas
ainda assim, ela ficou atrás. Não estava segura de poder enfrentar a gama completa de coisas que
Mac encontrou. Guardou coisas dela. Sabia, mas tinha medo de saber o que eram.
Uns minutos mais tarde, Ryder se aproximou dela, com seu cabelo negro balançando sobre
seus ombros. Sua expressão se suavizou quando alcançou e estendeu uma mão para acariciar a
bochecha.
— Saiamos daqui, querida.
― Aonde vamos? — Conseguiu falar.
— Dar um passeio. A qualquer parte menos aqui.
Deixou guiar a sua Harley. Ryder se sentou escarranchado na moto e depois deu uns
tapinhas no espaço atrás dele. Kit montou e abraçou a cintura de Ryder. Arrancaram e saíram à
estrada principal. Uma vez fora dos limites da cidade, ele acelerou o motor e tomaram velocidade.
A estrada se estendia diante deles através dos densos bosques verdes e sobre as colinas que
rodeavam sua pequena cidade. Kit fechou os olhos e deixou ao vento soprar em seu cabelo.
Desfrutou da sensação de liberdade. Por um breve momento poderia esquecer suas
preocupações.
Uns vinte minutos mais tarde, Ryder girou dentro de um caminho de terra e acelerou em
uma nuvem de pó. Foi então quando Kit percebeu para onde se dirigiam. O lago. O caminho se
estreitou até que tudo se transformou em um pequeno caminho através dos bosques. Ryder
deslizou a moto ao longo, usando seus braços para evitar que os ramos das árvores batessem em
Kit. Uns minutos mais tarde, parou ao lado de um enorme carvalho.
— Lembra este lugar? — Perguntou.
Ela sorriu.
— Sim. Nossa árvore.
Quantas noites se sentaram encolhidos entre as raízes, contemplando o lago, bebendo

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Para Seu Prazer 01

cerveja e fugindo de suas realidades? Desceu da moto e se aproximou aonde a árvore se unia com
a borda do lago. Tantas noites que passaram ali. Ela pôs sua mão contra a áspera casca e olhou por
cima das cintilantes águas.
Escutou Ryder atrás dela, depois sentiu seus braços furtivamente a seu redor até que se
encolheu contra seu peito, o queixo na parte superior de sua cabeça.
— Por que me odeia? — Sussurrou — O que fiz?
Os braços de Ryder se esticaram ao redor dela. Beijou-a no cabelo por cima da orelha.
— Não fez nada, querida. Ele é um bastardo doente que consegue satisfação aterrorizando
mulheres.
Kit se separou do abraço de Ryder e deixou cair entre duas das raízes. Ele se aproximou da
borda e olhou para baixo do aterro, onde a água lambia brandamente.
— O que encontrou Mac em minha casa? — Perguntou — Está escondendo algo, nesse
momento eu não queria saber, mas preciso.
Ryder voltou a olhá-la, com a ira piscando em seus olhos.
— Nada bom pode sair disso, Kit.
— Me diga — Disse em voz baixa.
Ryder ficou de cócoras no chão diante dela. Olhou para trás e para frente entre ela e o lago,
a indecisão de dizer ou não fazendo uma encruzilhada sobre seu rosto.
— Ele tirou uma foto de você. Depois de... Depois de que a violou — Disse com voz afogada
— A pôs sobre sua cama.
Todo o sangue desapareceu de seu rosto. O pânico surgiu e cresceu, batalhando com o
aumento das náuseas em seu estômago.
— Você viu?
Deus, até agora, só Mac a viu essa noite. Envolveu com um lençol para que ninguém pudesse
vê-la.
— Não, querida, não vi — Disse Ryder em voz baixa.
Ela fechou os olhos e abraçou os joelhos contra o peito.
— Desejaria que Mac não tivesse visto tampouco — Sussurrou.
— Acha que o incomoda? — Perguntou Ryder bruscamente.
— Incomoda a mim — Respondeu ela.
— Kit, me olhe — Ordenou Ryder.
Sua voz era áspera. Ela piscou surpreendida e arrastou os olhos para encontrar-se com seu
olhar.
— Não pode pensar que importa a ele. Ou a mim. Kit, conhece a nós melhor que isso.
Suas mãos se elevaram defensivamente.
— Ryder, eu não acredito que pense mal de mim. Sei que é melhor que isso. Simplesmente
não quero que ninguém me veja assim. Sobre tudo você e Mac — Concluiu ela sem convicção.
Ryder se arrastou até onde estava sentada. Agachou atrás dela contra a árvore e a puxou
contra seu peito até que descansou entre suas pernas, seu traseiro metido contra sua virilha. Ele
arrastou seus dedos através do cabelo, alisando os nós.

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— Nunca vai saber exatamente quanto sinto o que aconteceu, querida. Se pudesse apagá-lo,
faria, sem importar o custo. Mas, ao mesmo tempo, não mudaria uma maldita coisa a respeito de
você e de mim, e sei que não muda nada entre você e Mac.
Ela suspirou e se apoiou mais em seus braços.
— Quantas vezes nos sentamos aqui, olhando sobre a água desejando estar em outro lugar?
Ryder riu entre dentes.
— Muitas para contar.
— Por que estamos aqui ainda? — Perguntou ela em voz baixa.
— Eu sei por que estou aqui, e sei por que Mac está aqui, mas por que está você aqui, Kit?
Ela ficou rígida em seus braços.
— Porque nunca ninguém me pediu para ir.
Ryder arrastou sua mão pelo cabelo de novo. Aqui, no lugar que havia passado grande parte
de sua juventude, não havia nada sexual em seu abraço. Só dois amigos sustentando-se, as
pessoas absorvendo o conforto do outro.
— Não deixe que isto a destrua, Kit. E não nos expulse Mac e eu longe porque esta assustada
de seus sentimentos. Não a faz fraca admitir que tem medo.
— Quando ficou tão em contato com seu lado feminino? — Murmurou.
Ele riu entre dentes perto de sua orelha.
— Sabe que tenho razão.
— Ainda o ouço, Ryder. Em meus sonhos. Quando estou acordada. Ele nunca vai.
A mão de Ryder parou em seu cabelo.
— Mac e eu o encontraremos, querida. Juro. E quando fizermos, é homem morto. Nunca
terá que escutá-lo de novo.
Kit relaxou contra Ryder, contentando com simplesmente estar nesse momento. Seus olhos
piscaram e sentiu a imperiosa necessidade de fechar os olhos. A mão de Ryder afastou o cabelo de
sua bochecha.
— Durma, querida. Não irei a nenhum lugar.

Mac parou no estacionamento abarrotado do Dois Passos e desligou o motor de seu


caminhão. Foi um inferno de dia, começando com a casa de Kit e sem parar depois. E o pior de
tudo, era que nenhuma só impressão digital se conseguiu obter da intrusão. Entrou no bar e
imediatamente procurou Kit.
Ela estava do outro lado do bar, entregando bebidas. Ryder vigiava de perto desde sua
posição privilegiada no bar. Avançou para Ryder. Quando chegou ao balcão, David deslizou uma
cerveja para ele.
— Obrigado, homem — Disse Mac, pegando a cerveja fria.
— De nada.
— Onde você e Kit foram toda a tarde? — Mac perguntou enquanto deslizava no tamborete
junto a Ryder.
— Fora, no lago — Disse Ryder.

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Mac inclinou para trás a garrafa e bebeu um longo gole.


— Passou um tempo desde que fomos todos ali.
Ryder assentiu com a cabeça.
— Ainda está exatamente igual.
Mac parou e pôs sua cerveja na superfície rugosa do batente do balcão de madeira. Sentia-
se como um adolescente ciumento, mas ele tinha que saber.
— Fez sexo com ela?
Ryder piscou surpreso.
— Que tipo de pergunta é essa?
Mac encolheu os ombros.
— Só uma pergunta.
— Sei como se sente a respeito dela, homem. Eu não faria isso. Ou a ela. Kit não estava em
condições de fazer sexo esta tarde.
Mac apertou o punho, zangado consigo mesmo. Sabia que Ryder nunca cruzaria a linha com
ele ou com Kit, e entretanto, teve que perguntar.
— Sei, homem. Suponho...Suponho que queria saber se estava mais aberta com você do que
ela está comigo, porque entre você e eu, ela tem uma parede de um metro de largura
atravessando no meio dela e de mim.
— Sabia que não ia ser fácil — Disse Ryder — E não, não é mais aberta comigo. Em certo
modo, segue sendo uma assustadiça menina pequena brincando de ser um adulto. Outras vezes é
o sonho molhado de cada homem. Toda cheia e exótica. E nunca sabe qual se mostrará diante de
você.
Mac assentiu com a cabeça.
— Não vou deixar ir, Ryder. Não sei como fazer ver que nunca faria mal, mas não vou deixar
ir.
— O que estão falando tão sério? — Perguntou Kit quando deixou a bandeja sobre o balcão.
Mac se voltou para ela com um sorriso em seu rosto. Puxou-a em seus braços.
— Como está, querida?
Devolveu o sorriso, mas se desfez de seus braços. Deu o pedido de bebidas a David depois
voltou sua atenção a Mac.
— descobriu algo?
Seu sorriso desapareceu e ele negou com a cabeça.
— Sinto muito.
Seus lábios tremeram antes de passar a um amplo sorriso.
— OH, bom, estou segura de que é só questão de tempo, não é?
— O encontraremos, Kit. Prometo isso.
Pôs sua pequena mão no braço.
— Sei que o fará, Mac.
— A que hora sai? — Perguntou ele.
Kit voltou o braço para olhar o relógio.

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— Em uma hora mais. Vai ficar?


— Não irei a nenhum lugar. Quer viajar comigo para casa?
Olhou de lado a Ryder depois, lentamente, assentiu com a cabeça. Baixou a cabeça na
direção de David enquanto ele punha o último copo em sua bandeja. Parecia nervosa quando se
voltou para Mac uma vez mais.
— O que há em sua mente, neném?
Ela hesitou e limpou as palmas em seu short.
— Não quero que você e Ryder me tratem diferente — Sussurrou — Não quero ir para casa
e que me trate como se estivesse quebrada.
Mac se aproximou mais e levantou seu queixo com um dedo.
— Kit, nós faremos o que seja que queira de nós. Não há pressão. Não há expectativas. Não
há decepção. Você tem o controle.
— E se quiser que me leve para casa e me faça esquecer? — Perguntou.
— Então levaremos para casa e faremos amor toda a noite — Disse com voz rouca.
Seus olhos verdes se acenderam e cintilaram como brilhantes esmeraldas na tênue luz. Para
surpresa de Mac, entrou em seus braços e apertou os lábios contra os seus. Todo seu corpo ficou
rígido. Quente. Fazia calor. Todo o fôlego deixou seu corpo. Como uma pequena mulher podia
fazê-lo tão fraco? Ele não sabia, mas ela o punha de joelhos.
— Necessito que entendam — Murmurou perto de seus lábios — Tenho tantas fantasias,
mas nenhuma que possa confiar a ninguém. Exceto em você e Ryder. Quando olho a outro
homem, não posso estar segura de que não me fará mal.
Mac colocou a mão na parte posterior de seu pescoço.
— Me diga o que queira, neném. Vou fazer que aconteça.
— Quero que se encarregue e me diga o que fazer — Sussurrou — Confio em você. Quero
que me algeme, amarre, o que seja que vocês os policiais fazem. Quero uma noite onde o que
aconteceu há seis meses não se interponha entre nós.
O fôlego de Mac entrecortou e escapou em pequenas baforadas. Estava entregando sua
confiança em uma bandeja de prata. Esteve esperando este momento há muito tempo, e seria um
maldito se fodesse. Tentou manter a voz clara, casual, com um pouco de brincadeira.
— Sempre estou disposto a interpretar um pequeno interrogatório — Arrastou as palavras.
Kit estremeceu em seus braços. Depois deslizou longe dele e recuperou sua bandeja. Mac a
observou enquanto caminhava entre a multidão para repartir as bebidas. Ryder passou a seu lado.
— Isso significa o que eu acredito que é?
Mac sorriu.
— Esta preparado para isso?
Ryder deu um bufo.
— Por ela? Não é necessário perguntar. Nunca tive a ninguém como ela, e duvido que
alguma vez volte a ter.
— Escutei ― Murmurou Mac. Olhou a Ryder e captou sua atenção — Olhe homem, sinto a
respeito de antes. Foi uma pergunta estúpida.

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— Está esquecido — Disse Ryder.


Mac apertou o punho e o ofereceu a Ryder. Ryder esboçou um sorriso e chocou seu punho
no de Mac.

Capítulo 9

Kit se recostou no assento e tentou relaxar. Mac se sentou junto a ela, suas mãos agarrando
o volante enquanto dirigia de retorno a sua casa. Foi um dia muito longo. Para todos eles. Mac
ainda usava seu uniforme, não é que a Kit importasse.
O único que gostava mais que seu uniforme era quando usava suas descoloridas e rasgadas
calças jeans. Aderiam a seu traseiro e marcavam todos os músculos de suas longas pernas. Podia
imaginar abrindo o zíper, soltando o cinto e tirando seu pau. Fechou os olhos e se retorceu em seu
assento para aliviar a queimação entre suas pernas.
Mac a olhou de lado.
— Está bem, neném?
Seu coração deu pequenas e estranhas cambalhotas em seu peito. Sentia mariposas
dançando em seu estômago e fez a sua respiração sair em curtos soluços. Não podia esperar para
que chegassem a casa.
Uns minutos mais tarde, Mac entrou no meio-fio de sua casa. Antes que Kit pudesse abrir a
porta por completo, Mac desceu de um salto e rapidamente rodeio a caminhonete. Agarrou-a em
seus braços e a ajudou a chegar ao chão antes de fechar a porta atrás dela.
A moto de Ryder rugiu atrás deles e a estacionou a um metro de distância de onde se
encontravam. Kit olhou nervosamente entre eles e mordiscou seu lábio inferior. Nunca desejou
tanto que algo acontecesse em toda sua vida. Ryder caminhou, passando a mão sobre sua
bochecha, antes de dirigir-se à casa pela frente deles. Mac passou a mão sobre seu cabelo,
acariciando.
— Está pronta para entrar?
Kit respirou fundo e assentiu. Mac caminhava diante dela e abria a porta. Ela o seguiu, e o
primeiro que viu foi Ryder de pé no meio da sala de estar, sem camisa. Antes que ela pudesse
apreciar completamente seu físico, Mac ficou atrás dela, pondo um braço à costas.
Kit se encontrou de cara contra a parede, e ouviu o ruído inconfundível das algemas. O frio
metal bateu em seu pulso esquerdo. Mac procurou seu outro braço, girando por atrás para que
encontrasse o outro. Seu quente fôlego roçou seu ouvido, e ele se recostou mais perto de seu
corpo.
—Me escute, querida. Se em qualquer momento quer que paremos, se não se sentir a
vontade, por qualquer razão, diz, certo?
Kit assentiu com a cabeça. O clique da outra algema ao fechar sacudiu sua consciência. Deus.
Estava algemada e à misericórdia de dois homens magníficos.

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— Então que comecem os jogos — Murmurou Mac.


Deu a volta com a mão, segurando-a pelos pulsos, algemas. Ryder estava nu diante dela,
seus olhos escuros brilhavam com a luz. Kit percorreu de acima a abaixo com admiração seu
musculoso corpo. Seu cabelo como a meia-noite, corria grosseiramente sobre seus ombros.
A tatuagem de dragão que combinava com a dela se expandia através de seu peito. Outros
dois marcavam seus braços. Uma adaga no braço esquerdo. Uma serpente enroscada no direito.
Seu olhar caiu entre suas pernas posando no ninho de cabelo escuro. Seu pau estava inchado,
distendido, um testemunho de sua excitação.
Uma navalha brilhou diante dela quando Mac deu a volta para parar, momentaneamente
bloqueando a vista de Ryder . Ele a olhou com avidez, movendo a faca perto de sua camiseta.
Kit estremeceu, sua pele se enrugou enquanto Mac deslizava a faca debaixo de sua camiseta
para que descansasse contra sua pele. Mac moveu a faca para cima até que saiu pelo pescoço de
sua camiseta.
Depois puxou para fora até que o material cedeu à pressão. Puxou para baixo, cortando a
camiseta. Mac a empurrou seus ombros até que fico pendurando nas algemas.
— Tire os sapatos! — Ordenou.
Kit tirou as sandálias, e ele as chutou, as tirando do caminho. Colocou os dedos na cintura de
seu short e abriu o zíper. Mac deslizou as calças por suas pernas, deixando-a tão somente em
roupa intima. Olhou para cima e sorriu antes de pôr o fio da folha na curva de seu quadril.
O material cedeu, e logo a calcinha caiu ao chão. Mac deu um passo atrás e pôs sua mão
sobre suas costas nua. Passeou sua mão para baixo até que teve a curva de seu traseiro na mão.
Então ele a empurrou para Ryder.
— De joelhos! — Disse Ryder bruscamente.
Kit se deixou cair com graça sobre seus joelhos.
— Os joelhos separados, o peito para fora!
Uma vez mais, ela cumpriu.
Ele sorriu. Rodeou seu eixo com a mão e bombeou lentamente para cima e para baixo.
— Juro, querida, não acredito que jamais vi nada tão lindo. Você é a fantasia de todo homem
realizada.
Suas palavras deslizaram sobre ela, e se surpreendeu por sua reação. As lágrimas brotaram
de seus olhos. Nunca se sentiria desta maneira com nenhum outro homem. Não tão a salvo. Não
tão apreciada. Mac e Ryder a faziam examinar as emoções que há muito tempo encarcerou em
seu interior. Ryder embalou seu queixo e esfregou brandamente a bochecha com o polegar.
— Tem uma boca tão doce. Agora seja uma boa garota e abre para mim.
Sua boca abriu e Ryder deslizou a mão atrás de sua cabeça ao mesmo tempo em que
utilizava a outra para guiar seu pau entre seus lábios. Cada terminação nervosa em seu corpo
gritava por sua liberação. Ela estava mais estirada que um elástico a sua máxima resistência.
Estava total e absolutamente a sua mercê, e isso a punha mais quente do que nunca esteve em
sua vida.
Ryder bombeava dentro e fora de sua boca, lentamente, brandamente, mas mantinha sua

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cabeça com firmeza. Estava no controle. Kit queria gozar nesse mesmo momento. Ryder gemeu, o
som rasgando por sua garganta. Ambas as mãos deslizaram ao redor de sua cabeça, enredaram
em seu cabelo, sustentando-a brandamente enquanto fodia a boca.
— Vou gozar, querida — Disse ele com voz rouca — E quero que engula até a última gota.
Kit fechou os olhos e gemeu brandamente ao redor de suas investidas, que se faziam mais
urgentes. Suas mãos estavam apertando seu cabelo. Suas investidas eram mais dominantes. Logo
se inundou mais em sua úmida boca e a abraçou com força quando começou a jorrar sêmen na
parte posterior de sua garganta.
Ela girava a língua ao redor de seu palpitante pau e engoliu enquanto derramava em sua
boca. Muito tempo depois de sua liberação, balançou para trás e para frente enquanto Kit
chupava e lambia seu abrandado pênis.
Ryder se retirou, deixando cair as mãos de seu rosto. Atrás dela, Mac curvou as mãos sob
suas axilas e a levantou.
— Pode levantar por você mesma? — Perguntou Mac.
Kit assentiu com a cabeça. Sua mão acariciou o traseiro de novo enquanto a dirigia ao
quarto. Uns dedos apalparam deslizando entre suas bochechas por cima de seu orifício anal. Suas
pernas tremiam e ameaçavam dobrar.
— Fique sobre a cama — A dirigiu Mac — De joelhos, e coloca a bochecha sobre o colchão!
Arrastou torpemente sobre as cobertas e pouco a pouco se inclinou para frente até que seu
rosto ficou pressionado contra a cama. Seu traseiro ficou ao ar, deixando-a completamente
exposta. Kit flexionou e estendeu os dedos, pondo a prova as algemas.
— Agora, essa é uma bonita vista — Murmurou Mac.
— Não há nada mais bonito — Esteve de acorde Ryder .
Sua boceta se apertou e se estremeceu. Se Mac fazia tanto como tocá-la no lugar correto,
em qualquer lugar perto do lugar correto, Kit explodiria.
— Quero foder seu traseiro, Kit.
Kit apertou os olhos fechando-os e se mordeu o lábio inferior. Sua respiração diminuiu a
pequenos ofegos e começou a tremer dos pés à cabeça. Umas grandes mãos acariciaram e
tocaram seu traseiro, separando. A ampla cabeça de um pau posou entre suas bochechas. Mac
esfregou seu pau sobre sua entrada. A frescura escorregadia de um lubrificante facilitou seu
caminho.
Pressionou para frente. Uma pressão insuportável se disparou em seu ventre. A estreita
abertura se alargou e começou a aceitar o pau de Mac. Logo, com um suave plop, a cabeça
deslizou passando pelo tenso músculo. Gemeu quando Mac ficou quieto na suas costas.
— Quer, Kit? Tem alguma ideia de que tão malditamente sexy está, seu traseiro agarrando
meu pau, me sugando para dentro?
— Por favor — Sussurrou.
Colocou a mão por debaixo dela e deslizou seus dedos sobre sua boceta lisa. Ele encontrou
seu clitóris e começou a acariciar o pequeno broto.
— Mac — Lamentou.

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Ele balançou seus quadris para frente, empurrando seu pau profundamente em seu traseiro.
Cada músculo de seu corpo chiou, apertando, convulsionando quando ele começou a bombear
dentro e fora de seu corpo. Seus dedos se moviam e acariciavam sua boceta, movendo-se junto
com seu pau e logo deslizando para cima para brincar com seu clitóris. Um prazer que a deixava
sem sentido a consumia. Tão perverso e proibido. Só em suas fantasias mais escuras imaginou ter
seu traseiro fodendo assim.
― Vou gozar Kit, mas você não. Ainda não.
Ela gemeu. Seu corpo estava tão rígido, tão desejoso. Precisava gozar. Não podia aguentar
muito mais as faíscas elétricas acendendo-se sobre seu corpo. Bem quando pensava que se veio
de todos os modos, suas mãos a deixaram, e parou seus movimentos. Ficou ali, encravado com
força em seu interior. Suas mãos se suavizaram sobre suas costas, tocando-a, acariciando-a.
Depois se retirou, muito lentamente. Deixou escapar um grunhido, que tocava tão
possessivo, tão erótico. Ele investiu para frente, uma vez, duas vezes. Seu corpo tenso contra ela
enquanto tratava de chegar mais profundo. E sentiu a quente inundação de sua liberação nos
lugares mais recônditos de seu corpo.
Apoiou-se nela durante um longo momento. Um pano quente acalmou a carne tenra e ar
fresco soprou sobre sua pele. Mãos suaves a ajudaram a voltar até que ficou de barriga para cima
sobre suas costas, suas mãos posadas firmemente contra a cama debaixo dela.
— Quero provar essa boceta — Disse Ryder enquanto se acomodava entre suas pernas.
Sua boceta se crispou com espasmos em resposta. Kit olhou nos olhos escuros de Ryder , tão
iluminados pelo desejo. Ele se inclinou e passou a língua pelas dobras de sua boceta. OH, Meu
Deus! Estremeceu e se retorceu, amaldiçoando o fato de que estava em uma posição tão indefesa.
Estava aberta ao que Ryder queria fazer, como fosse que queria tocá-la.
Ryder mordiscou com suavidade a sensível pele, acariciou além da carne exterior, depois se
dirigiu bruscamente a seu clitóris. Ligeiro como uma pluma, lambeu e chupou. Passou a língua
uma e outra vez sobre o casulo apertado. Deslizou para baixo, dando voltas a sua entrada com
seus lábios e depois sua língua. Seus dentes roçaram as carnudas dobras.
— Ryder! — Gritou.
— É bom, querida?
Sua língua se formou redemoinhos e a seguir, inundou nela. Estava fodendo com sua língua!
Arqueou as costas tratando desesperadamente de estar mais perto dele. Estava tão perto. Só um
toque mais. Estava a ponto, pronta para passar sobre o limite. Só um pequeno empurrão e estaria
ali.
Ryder se afastou e ela deixou escapar um som de angústia. Ele começou a rir por cima dela.
Seus dedos puxavam e percorreram os mamilos, provocando outro gemido dela.
— Vocês são uns malvados que se estão zombando de mim — Protestou.
— Não, absolutamente, querida. Só queremos dar a noite mais incrível de prazer que já
tenha tido.
Não havia possibilidades de que isso não acontecesse. Já experimentou o êxtase mais
hedonista que já teve em toda sua vida. Mac voltou outra vez, sua pele úmida por sua recente

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ducha. Olhou para baixo para ver que estava muito excitado de novo. Sua grossa ereção
permanecia rígida na loira mancha de cabelo na virilha. Encheu de água a boca enquanto
imaginava que Mac deslizava entre seus lábios.
Mac sorriu.
— Eu gosto da direção de seu olhar, neném.
Ryder a alcançou e deu a volta deixando-a de lado. Mac brincou com as algemas e suas mãos
se soltaram. Ela as moveu ao redor e esfregou os pulsos.
Mac franziu o cenho.
— Machucamos?
Kit sorriu a ele.
— Uh-uh.
— Então não se acostume a sua liberdade — Ryder arrastou as palavras.

Capítulo 10

Uma onda de adrenalina fluiu através do ventre de Kit. Um milhar de asas de mariposa se
desdobraram em rápida sucessão e se precipitou através de seu peito e dentro de sua garganta.
Mac se inclinou para Kit, apertou seu grande corpo contra ela e a pressionou baixando até a
cama. Uma grossa e forte coxa foi encaixado entre suas pernas e separou seus joelhos. Seu pau,
inchado e pesado, deslizou entre as dobras lisas de sua vagina e se esfregou contra seu clitóris
medindo.
Seus seios se estremeceram e apertaram contra o peito de Mac. O desejo ardia em seus
olhos, fazendo-os arder de um azul mais escuro. Uma vez, duas vezes, ele a beijou, o som de leves
beijos faziam um suave eco no silêncio. Kit podia ouvir os batimentos de seu coração, sentir cada
pulso, cada palpitação. Elevou os lábios procurando mais, a fusão de ambas as bocas. Suas línguas
se encontraram e se enredaram. Sem fôlego. Quentes. Impaciente.
Ele grunhiu em voz baixa.
―A amo muito. Deixa-me louco.
Ela riu suave e baixo.
— O deixo louco? O que acha que esteve fazendo você toda a noite?
Com seu pau deu uma pancada com impaciência em sua boceta.
— Quero entrar em você.
— Então, o que está esperando? — Murmurou Kit.
Enterrou-se nela em um movimento brusco. Kit ficou sem fôlego no peito enquanto Mac se
acomodava em seu interior. Finalmente, libertou o ar, todo o fôlego escapando em um suspiro de
satisfação.
— Você gosta do que faço?
— Oooh, sim.

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Para Seu Prazer 01

Ele sorriu e se retirou só para empurrar ainda mais profundo. Ela se arqueou contra ele,
envolvendo suas pernas com força a seu redor. Mac a investiu para frente e para trás até que Kit
se retorcia debaixo dele. Talvez agora Mac aliviaria a dor que queimava seu interior.
Mac deixou cair seu peso sobre ela e a tomou em seus braços. Depois trocou de posição e
rodou com ela até que Kit se sentou escarranchado sobre ele, seu corpo estendido sobre o peito.
Então Ryder enrolou sua mão ao redor do pulso e a puxou brandamente atrás dele.
O estalo das algemas soou alto em seus ouvidos. Ryder varreu o outro braço nas costas e o
algemou também. Kit jazia indefesa sobre Mac, seu pau enterrado em sua boceta, com a
bochecha apertada contra seu peito e suas mãos firmemente atadas a suas costas.
— Encarregaremos de você — Sussurrou Mac.
Ryder a levantou, puxando suas mãos algemadas. Mac apoiou sua parte superior do corpo
acariciando seus seios e sustentando-a em seu lugar. Sorriu com malícia, sabendo que estava
completamente a sua mercê e a de Ryder.
A cama afundava e balançava enquanto Ryder subia sobre o colchão. Ela sentiu o empurrão
de seu pau na costura de seu traseiro. Inclinou para frente sobre Mac, permitindo um acesso mais
fácil a Ryder. O sangue zumbia através de suas veias com tanta rapidez que parecia desfalecer. Seu
corpo se esticou, e por um momento, pensou que poderia ter um orgasmo antes que Ryder
sequer alcançasse sua entrada. Mas parou.
Dois jogos de mãos percorreram brandamente seu corpo. Ryder acariciou as costas, passou
as palmas das mãos sobre seus quadris. Mac deslizou suas mãos sobre seu ventre tenso e até seus
seios. Seus dedos beliscaram e puxaram os mamilos doloridos. Ryder fez uma pausa enquanto Kit
endurecia ainda mais.
— Relaxe, querida. Ainda não. Faz que dure. Faz bom, rico.
Obrigou a seu corpo a relaxar ao redor da invasão de Mac, inclusive enquanto se preparava
para que o pau de Ryder fizesse um túnel dentro dela. Ryder tomou o traseiro e deslizou seus
polegares para baixo para abri-la. Fechou os olhos quando sentiu que a cabeça de seu pau
pressionava para dentro. Tanta pressão. Tão delicioso prazer e dor. Bem quando estava segura de
que não podia suportá-lo por mais tempo, seu corpo cedeu e Ryder se afundou nela.
Ambos os homens gemeram. Deixou escapar seu próprio grito enquanto sentia que se partia
em seus braços. Ryder segurou os braços de Kit, sustentando-a, não deixando cair. Mac se
apoderou de sua cintura, animou a montá-lo enquanto Ryder se afundou nela uma e outra vez.
Eles tinham o controle de seu prazer. Estabeleceram o ritmo. Kit jogou a cabeça atrás deixando
fazer.
— Tem o traseiro mais doce, Kit, querida. Tão apertado. Um homem pode perder a cabeça
fodendo-o.
Suas palavras fizeram vibrar fios de prazer no mais profundo de seu corpo.
— Por favor — Sussurrou Kit.
— Por favor, o que? — Raspou Mac.
— Me faça gozar — Rogou — Necessito tanto.
Ryder flexionou seus quadris, e os duros músculos de suas coxas esbofetearam contra seu

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traseiro. Ele estava tão dentro dela, Kit não podia diferenciar entre os dois homens que a
possuíam. O único que podia fazer era sentir o prazer enlouquecedor que davam.
— Goze então, querida — Murmurou Ryder perto de seu ouvido.
Ambos começaram a bombear dentro dela, suas mãos agarrando-a com força, seus paus
trabalhando junto.
— OH, Meu Deus! — Exclamou com voz entrecortada.
— Deixe ir, neném — Mac falou.
Ela o escutou como se estivesse a quilômetros de distância. Um rugido surdo soou em seus
ouvidos enquanto o fogo ardia mais alto em seu abdômen. Ambos a balançaram entre eles. Seu
corpo se sacudiu e agitou enquanto se afundavam uma e outra vez. Tinha os olhos fechados e seus
dentes apertados. Iriam matá-la.
Ryder ficou rígido atrás dela, e a agarrou pelos braços com força enquanto sua quente
liberação a enchia. Então sentiu Mac, tão duro e forte em seu interior, inchando com o orgasmo.
Kit entrou em pânico por um momento enquanto seu corpo parecia voar fora de controle.
Nunca antes se sentiu tão impotente, tão fora de contato com seu corpo. Ela voou em
quarenta direções. Sua visão se voltou imprecisa e gritou quando seu mundo explodiu a seu redor.
A sensação continuava e continuava, construindo-se de novo incrivelmente rápido. Kit nunca
desceu de seu primeiro orgasmo, quando o segundo começou a arder em seu interior.
— Não, nãããooo! Não posso fazer outra vez — Disse com voz fraca.
— Temos você, neném. Só tem que deixar ir com ele — Disse Mac.
Seguraram, abraçaram, acariciaram, murmurando palavras de fôlego. Mac deslizou uma mão
a sua boceta, onde estavam unidos ainda. Moveu um dedo através de seu clitóris e o acariciou
quando seu segundo orgasmo a invadiu como uma tempestade de fogo fora de controle.
— Mac! — Gritou.
Seus músculos aumentaram e se convulsionaram. Ryder apertou os lábios na parte posterior
de seu ombro. O suave beijo fez pedacinhos seu controle. Kit se derreteu em um atoleiro nos
braços de Mac. Caiu para frente e apoiou sua bochecha contra o peito agitado de Mac. Teve que
lutar para tentar recuperar o controle de sua respiração.
— Esteve magnífica — Sussurrou Mac enquanto acariciava seu cabelo.
Esteve a ponto de gemer em sinal de protesto, quando Ryder brandamente a levantou e a
embalou em seus braços. Ele a abraçou perto enquanto caminhava para o banheiro. Ela se
aconchegou mais profundamente em seu peito, e beijou a parte superior de seu cabelo.
Ryder abriu a torneira da ducha e esperou a que a água esquentasse. Depois deu um passo
com Kit e cuidadosamente lavou seu corpo e seu cabelo. Segurou-se a ele, amando sua força e a
segurança que oferecia seu abraço. Muito tempo depois de ter terminado de enxaguar o sabão,
permaneceram na ducha, perdida em seus braços.
Finalmente, fechou a água e a ajudou a sair da cabine. Mac estava esperando com uma
toalha, e Kit se foi de boa vontade a seus braços. Ele a envolveu na toalha e com seu corpo. À
medida que a levava ao quarto, um pensamento perturbador se filtrou através de sua mente.
Ela não queria voltar para sua casa, a sua vida como era antes. Sentia segura com Mac aqui

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em sua casa. Sentia-se segura nos braços de Ryder. Kit sacudiu a cabeça quando o pânico se
apoderou dela. Não. Isto não deve ter acontecido. Não se supunha que dependia deles. Não se
supunha que precisava tão desesperadamente.
Mac a deslizou na cama e atirou a toalha fora de seu corpo nu. Ryder caminhava atrás deles,
com uma garrafa de óleo de bebê em suas mãos.
Ryder se acomodou no outro lado dela e entregou a garrafa a Mac. Repartiram seu corpo
pela metade e começaram a massagear os músculos cansados, esfregando o óleo para bebês em
sua pele. Fechou os olhos, desejando que o pânico diminuísse.
Estava sendo estúpida. Estes homens eram seus melhores amigos no mundo inteiro. Amava-
os, e ela sabia que a amavam. Ocuparam dela, e quisesse ela ou não, continuariam fazendo.
Supera, Kit. Aprecie o momento. Não arruíne por pensar muito nas coisas disse a si mesma.
Borbulhas de prazer se levantaram e flutuaram dentro de seu corpo. Ela se entregou a seus
cuidados, e seu último pensamento consciente foi que finalmente estava onde realmente
pertencia.

Capítulo 11

Kit vadiava na cozinha de Mac, sua mente estava tranquila pela primeira vez em dias. Estava
disposta a fazer todas as coisas favoritas de Mac para o café da manhã, tortas de batata feitas em
casa, sêmola e ovos.
Ela elevou as sobrancelhas, quando Ryder se encaminhou à cozinha, completamente
vestido. Parou o tempo suficiente para abrir a geladeira e pegar algo para beber.
— Não vai ficar para tomar o café da manhã? — Perguntou.
Aproximou dela, envolveu com seus braços ao redor e deu um rápido beijo na testa.
— Não querida. Vocês comam sem mim. Tenho que chegar à garagem.
Kit negou com a cabeça enquanto o via ir. Sempre quebrava os esquemas. Quando seu pai
morreu, deixou Ryder sendo um homem muito rico, mas Ryder continuava trabalhando em sua
desmantelada garagem, restaurando motos. Procurou um batedor e começou a bater os ovos.
Começou com a sêmola e dispôs suas tortinhas de batata na frigideira quando tocou o telefone.
Secou as mãos em um pano de cozinha e pegou o fone.
— Olá?
Franziu o cenho quando o silêncio devolveu sua saudação. Começava a desligar quando uma
voz a fez congelar.
— É minha, Kit.
Um medo, quente e desesperado, correu através de seu sistema. Deixou cair o telefone e se
afastou.
— Kit, Que demônios acontece? — Exigiu Mac.
Levantou o olhar para vê-lo de pé na porta da cozinha usando tão somente short. Tinha o

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cabelo úmido pela recente ducha. Kit abriu a boca, mas não saíam as palavras. Mac se aproximou
e recolheu o telefone do chão. Pôs em sua orelha, depois franziu o cenho.
—É só um tom de desligado.
Ela começou a tremer.
— Querida, o que acontece?
A voz de Mac se fez mais suave e tomou em seus braços.
– E-era-era ele…
Seu corpo ficou rígido contra Kit.
— Ligou aqui?
Ela assentiu, com a cabeça afundada em seu peito. Mac soltou uma fileira de impropérios.
Separou dela e pegou o telefone. Depois discou um número, e pôs o fone na orelha. Ela só
escutava pela metade, enquanto Mac falava com alguém na delegacia. Queria um rastreamento.
Queria resultados. Estava furioso.
Kit procurou uma das cadeiras da pequena mesa. Afundou em uma e enterrou o rosto entre
as mãos. Não importava quantas vezes escapasse entre os braços de Mac e Ryder, a realidade
sempre voltava a morder o traseiro imediatamente depois. Não podia seguir escondendo.
A mão de Mac se enroscou ao redor de seu ombro, e sentou ao seu lado. Ela o olhou e
recuou pela violência que viu em sua expressão.
— Não quero que volte para trabalho — Disse — Não até que tenhamos encontrado este
filho da puta.
Ela o olhou boquiaberta.
— Mac, não tenho outra opção. Não posso me permitir o luxo de não trabalhar, e não vou
deixar que arruíne minha vida. Não farei!
— Kit, já resolveremos de algum modo. Pode ficar aqui todo o tempo que precise. Sabe que
Ryder e eu ajudaremos com tudo o que possamos.
Kit inalou várias vezes para relaxar.
— Mac, sabe que gosto de você e Ryder. Mais do que nunca saberão. Deus sabe que ficaria
louca, sem vocês. Vocês são os melhores amigos que tive.
Mac levantou a mão para interrompê-la.
— Não quero escutar o bom amigo que sou, maldição — Ele pôs suas mãos sobre seus
ombros, obrigando-a a olhá-lo de frente — Kit, Amo você. É minha. Minha! Nunca houve um
momento em que não foi. Esperei todo este tempo porque sabia que não estava preparada, mas
maldição, neném, não vou recuar nunca mais. Necessito você aqui comigo, em minha cama. Todas
as noites.
Kit o olhou com horror. Afastou suas mãos. Levantou e recuou precipitadamente da mesa.
— Maldição, Mac! Por que tinha que arruinar tudo? Isto não deve ter acontecido. Você mais
que ninguém devia saber...
Calou, sua garganta atada pelos soluços. Sem dar a oportunidade de responder, deu a volta
e saiu correndo.
— Kit! — Mac ficou de pé. Maldição. Correu atrás dela, mas ela saiu pela porta e se foi. Viu-a

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correr pela rua — Não me foda!


Mac voltou para a cozinha e agarrou o telefone para ligar pra Ryder.
— Ouça homem, olhe. Kit saiu correndo. Acredito que vai para sua garagem. Vou sair para
procurá-la, mas se ela chegar, mantenha ai. E me faça saber que está a salvo de acordo?
Mac desligou e depois deu um murro na parede. Não podia perdê-la agora. Não quando
estava tão perto. Não depois de tudo o que aconteceu. Tinha que encontrar um caminho para
passar suas obstinadas defesas.
Kit correu até que seu corpo gritou em protesto. E seguiu correndo. As lágrimas a cegavam.
Lágrimas de raiva. Lágrimas de medo. Nunca se sentiu tão traída. Ou impotente. Dobrou a esquina
da rua e se encontrou em frente a garagem de Ryder. Não chegou aí de maneira consciente mas
entretanto, ali estava. Sua respiração saía tortuosamente por seus lábios e se dobrou para frente
tratando de recuperar-se. Uns fortes braços a rodearam e a puxaram pondo-a em posição vertical.
— Ah, querida, não chore. Sabe que não posso suportar quando chora.
Deixou Ryder guiá-la ao interior da úmida garagem, e a sentou no mesmo sofá quebrado que
estava ai desde a escola secundária. Deixou-a por um momento e depois retornou com lenços e
uma cerveja fria. Uns segundos mais tarde, Kit o escutou falando no telefone.
— Ela está aqui, homem. Pode se acalmar. Sim, vou mantê-la à vista.
Ela fechou os olhos. O que estava pensando Mac? Sentindo? Não quis fazer mal, mas a
desestabilizou completamente. Ryder arrastou os pés e se deixou cair no sofá junto a ela. Tirou a
tampa de sua cerveja e deu um longo gole. Ficou em silencio durante um bom momento. Gostava
disso. Dava tempo para pensar. Para respirar. Finalmente, voltou-se para ela.
— Mac deixou cair a bomba?
Seus olhos se abriram.
— Sabia?
Encolheu os ombros.
— Saber o que? Que importa?
Ela sacudiu a cabeça vigorosamente.
— Isto vai além disso, Ryder. Disse... Disse que me ama.
— Por que teria que incomodar isso, querida? Todo mundo ama alguém, e todo mundo quer
ser amado.
— Arruinou tudo — Sussurrou.
Ryder suspirou.
— Kit, querida de verdade pensou que poderíamos foder e não ter sentimentos por você?
Pensa tão mal de nós?
— Não! Quero dizer, é obvio que não penso mal de você. De qualquer um de vocês.
— Mac levou uma tocha por você da escola secundária. Isso é muito tempo para que um
homem ame uma mulher e não atuei em consequência.
— Mas foi embora. Os dois foram — Disse com voz entrecortada — Todos aos que amei se
foram.
— Ahh, menina Kit.

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Deslizou e pôs seus grandes braços ao redor dela. Recostou no sofá levando-a com ele. Sua
cabeça descansava sobre seu peito, e acariciou o cabelo com uma consoladora mão.
— Mac voltou, Kit — Ela ficou rígida — Voltou por você. Pensa nisso, querida. Poderia ter ido
a qualquer parte depois de seu serviço. Os bons policiais são procurados em todo o país. Mas
voltou aqui, a esta merda de cidade da que todos juramos que sairíamos, só porque você estava
aqui.
Seu coração acelerou e fez um particular tamborilar contra as paredes de seu peito. Ela se
endireitou sobre um cotovelo até que enfrentou Ryder.
— Por que voltou, Ryder?
— Por que nunca foi? — Perguntou em voz baixa.
Ela o olhou um longo momento, com o medo circulando em sua cabeça em vertiginosa
rotação.
— Tinha medo.
— Medo do que, querida?
— Se fosse… — Interrompeu e respirou profundamente — Se fosse, Mac e você não
saberiam onde me encontrar. Tinha medo de não voltar a vê-los.
— Assim que nos esperava — Disse em voz baixa.
Ela fechou os olhos quando a consciência rodou sobre ela. Nunca expos suas razões em voz
alta.
— Por que voltou? — Perguntou Kit de novo.
— Depois de que meu velho morreu, não havia nada mais que odiar — Disse Ryder,
simplesmente — Mac ia voltar, você estava aqui; você e Mac são as duas únicas pessoas que me
importam.
— Entretanto, Ryder... Se Mac e eu... Isso aonde o deixa?
Ele sorriu com suavidade.
— Eu sempre estarei aqui para você, Kit. Mas sempre soube o que Mac sente, e se for
honesta com você mesma, dará conta de que o que sente por ele não é o mesmo que sente por
mim.
— Amo você, Ryder. Se souber amar.
– Já sei, querida. Eu também a amo. Você é a única mulher que me importa, fora de uma
foda casual. Se algo acontecesse com Mac, em um minuto daria um passo adiante para cuidar de
você, e nunca me arrependeria disso. Mas Mac a ama em uma forma em que você e eu não nos
amamos. E acredito que você o ama da mesma maneira.
— Ninguém me entende da forma em que você faz — Sussurrou.
— Sei que está assustada, Kit. Sei que ainda dói que sua mãe deixasse com o bastardo de seu
padrasto. Eu sei que Mac e eu machucamos quando fomos, mas éramos meninos, Kit. Não pode
manter isso contra nós. Todos tínhamos uma busca espiritual que fazer, e essa busca nos trouxe
de novo para você. Isso deve significar algo. Mac não deixará de novo, querida. Tem que confiar
nisso.
— Como é que posso dizer a você que o amo, mas a só ideia de dizer a Mac me assusta

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tanto? — Perguntou.
— Porque comigo é seguro fazer. Já sabe que não farei mal. E o que você sente por mim não
é o mesmo que sente por Mac.
Sua última afirmação a fez exaltar o fôlego, como se estivesse batendo no estômago.
— Eu o amo — Disse tercamente.
Ele riu entre dentes.
— Também a amo, querida.
— Onde deixa isso? — Perguntou em um tom miserável — Não estou disposta a deixar ir o
que temos. Não depois de esperar durante tanto tempo.
— Doçura, ninguém disse que tínhamos que terminar as coisas. Você, Mac e eu, sempre
tivemos uma relação diferente. Somos as três pessoas mais próximas que há na terra. Está
assumindo muito. O fato de que Mac a ame não quer dizer que as coisas têm que ser diferentes
entre nós. Só significa que no final do dia, Mac quer ser o homem com o que vá para casa. Em sua
cama. Todas as noites.
— O que acontece se ele se for? — Sussurrou — O que acontece um dia se acorda e decide
que ele não me quer mais?
Ryder a abraço mais forte.
— A vida não oferece nenhuma garantia, querida. Não seria nem remotamente tão divertida
se fizesse. Tem que decidir se confiar nele.
— Eu confio nele.
— Então, o que a para ter medo? — Perguntou — Não pode correr morta de medo sempre,
Kit. Em algum momento, tem que se arriscar. Só tem que decidir que riscos valem a pena.
Kit deu a volta em seus braços e ele a envolveu com seu corpo tão forte como pôde.
Fundiram seus lábios com os dele, absorvendo seu sabor, seu aroma. Devolveu o beijo, quente,
carinhoso, amável e foi então quando compreendeu.
Com Mac os beijos a chamuscavam. Havia um elemento de natureza selvagem e
imprevisível, como dois animais selvagens que se reúnem. Com Ryder, era cômodo, seguro e
delicioso, como uma fina peça de arte. Ela amava aos dois muitíssimo, mas Mac tinha um pedaço
de seu coração que nenhum outro homem teria jamais.
— Não estou pronta para deixá-lo ir, Ryder — Sussurrou.
Beijou-a de novo, deixando que sua língua parar na dela.
— Isso é bom, querida, porque não estou preparado para deixá-la tampouco.
Pela segunda vez em vários dias, ela se retirou nos braços de Ryder mas nesta ocasião... Era
diferente. O início de algo novo e formoso estava bem a seu alcance. Se tão só ela voltasse. Desse
uma oportunidade.

Capítulo 12

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Mac estacionou o caminhão, e depois agarrou o volante com ambas as mãos, seus dedos se
fecharam tão fortes como podiam. Kit estava aqui no trabalho. Ela insistiu em que Ryder a levasse.
Mac deveria estar trabalhando, mas se reportou doente pela primeira vez desde que se tornou
policial.
Havia muito sem resolver. Fechou os olhos e exalou seu fôlego em um suspiro de cansaço.
Não podia suportar a ideia de perder Kit. Tentou tão duramente ter paciência, esperar no
momento adequado, mas agora se dava conta de que provavelmente nunca ia haver um momento
adequado.
Desceu de sua caminhonete e se dirigiu para a entrada do bar, como o fez tantas outras
noites. Só que agora não estava ansioso por ver Kit. Não sabia se poderia suportar o olhar em seu
rosto. Ryder o viu através da sala e ficou de pé. Reuniram-se a metade de caminho.
— Como vai? — Perguntou Mac em voz baixa. Seus olhos procuraram Kit por mais que se
concentrou no Ryder.
— Ela está bem, acredito. Olhe, vou para que falem. Chame-me se precisar algo.
Ryder conectou seu punho com o de Mac, então se deslizou para fora pela porta. MAC olhou
a Kit de novo para ver seu olhar fixo nele. Seu olhar esmeralda se manteve quieto. Havia uma
mistura de emoções refletidas em suas pupilas. Um pouco de medo, confusão e algo mais que não
podia reconhecer de tudo.
Devolveu o olhar até que ela se viu obrigada a voltar a atenção a uma mesa que estava
servindo. David fez um gesto para que fosse ao balcão e deixou uma cerveja diante dele.
— Parece que viria bem um gole — Disse David.
Mac levantou um canto dos lábios.
— Sim, poderia. Obrigado.
— Kit me disse que o filho da puta ligou esta manhã a sua casa. Alguma ideia de quem é?
Mac sacudiu a cabeça.
— Não temos nenhuma maldita pista.
— Isso está muito mal. Kit merece algo melhor que isso.
— Nisso tem razão — Murmurou Mac.
— Ela vai estar bem. É uma garota dura. Qualquer pessoa que possa fazer uma tatuagem de
um dragão aonde ela fez tem mais colhões dos que eu tenho — Disse David com um sorriso.
Mac assentiu, ausente, sua atenção se centrou em Kit passando através da multidão. Seu
pulso acelerou um pouco quando viu que caminhava para ele. Seus olhos continuavam voltando
como se não pudesse encontrar com seu olhar. Parou junto a ele e deu o pedido a David. Depois
se voltou para olhá-lo. Seus olhos estavam fechados, suas ações vacilantes.
— Mac, temos que conversar — Disse em um sussurro suave.
— Sim, assim é.
— Depois do trabalho? Podemos ir a algum lugar a sós? Só nós dois?
Pôs uma mão na bochecha.
— Sim, neném. Só você e eu.
Ela sorriu com um sorriso nervoso e se voltou para o balcão para pegar seu pedido de

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bebidas. Mac tentou não entrar em pânico. Tentou de não adivinhar o que acontecia a mente de
Kit. Esta poderia ser sua única oportunidade de ficar com ela. Não podia foder esta vez.
Sustentou a mesma cerveja durante a maior parte da noite. Embebedar esta noite era a
última coisa que precisava. Não quando se enfrentava o obstáculo mais difícil de sua vida. Já
estava avançada a noite quando David levantou o telefone e fez um gesto para Mac.
Mac elevou uma sobrancelha o interrogando, mas pegou o telefone. Depois de uma breve
conversa com a central, desligou e amaldiçoou longo e duro. Maldição. De todas as noites. Pensou
forte por um momento, tentando chegar a uma solução. Ele olhou a David e fez gestos outra vez.
— A que hora Kit e você saem do trabalho esta noite?
— Vou fechar. Kit se supõe que deve sair às onze. Por que pergunta?
Mac amaldiçoou de novo.
— Tenho que entrar em serviço. Há uma expropriação muito grande de droga na divisa do
condado. Precisam de todo mundo.
— Posso levar Kit para casa por você — Ofereceu a David — Se isso for o que precisa.
— E quanto ao bar? — Perguntou Mac.
David encolheu os ombros.
— Posso ligar para Pete para que me cubra.
— Isso está bem. Posso chamar Ryder para que venha rápido.
— Como você queira. A oferta segue aberta.
David se afastou para atender um cliente que fazia um sinal, e Mac levantou o telefone para
ligar para Ryder. Amaldiçoou quando não obteve resposta em seu celular. Aproximou onde David
estava servindo uma rodada.
— David, se sua oferta seguir em pé, agradeceria que levasse Kit a minha casa. Assegure de
que feche todas as portas, se não se importar.
David fez uma saudação de dois dedos.
— Não há problema.
Mac deu a volta em busca de Kit. Quando a viu, separou-se da multidão e fez seu caminho
através do bar. Ela o olhou surpreendida quando tocou o braço.
— Tenho que ir. Tenho que entrar em serviço — Ela assentiu em sinal de compreensão —
Mas, Kit, vamos conversar, certo? David se ofereceu para levar a minha casa depois de sair. Vai e
esperar por mim?
Seus olhares se encontraram, e sua voz era muito próxima a uma súplica para estar a
vontade, mas precisava que ela estivesse ali quando chegasse a casa.
— Vou esperar — Disse em voz baixa.
Deixou cair a mão de seu braço e se afastou antes de fazer algo estúpido como arrastá-la a
seus braços e beijá-la até deixá-la sem respiração.
Kit o viu afastar, quando o que queria fazer era suplicar que ficasse. Voltou por você. As
palavras de Ryder ecoavam em seu coração. Se arrisque. Se arrisque. Repetia como uma ladainha
em sua mente. Ela não queria perder Mac. Faria tudo para evitar. Inclusive se isso significava
tomar o risco maior de sua vida. Caminhou de novo para o balcão e olhou o relógio. Duas horas

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mais.
— Está bem? — Perguntou David.
Ela sorriu a seu amigo.
— Sim, obrigado por me levar. Mac disse que me levaria para casa.
David parecia confuso por um momento.
— Sua casa? Mac quer que a leve a sua casa.
Suas bochechas se acenderam e se sentiu um pouco tola.
— Sim, sua casa. Minha casa.
Ou a que seria sua casa se podia dar o salto.
— Logo que Pete chegue, vamos. O negócio esta lento esta noite. Rose pode dirigir os
clientes que ficam.
— Obrigado, David.
Trabalhou em manter o ritmo das ordens, enquanto esperava por Pete. Se for capaz de
satisfazer a maioria dos pedidos, Rose ficaria em boa forma, e Kit poderia ir para casa e esperar
Mac. Uma hora e meia mais tarde, David a chamou do bar, e ela se aproximou para desfazer de
seu avental.
— Está preparada? — Perguntou.
OH sim, ela estava preparada. Assentiu com a cabeça e seguiu à parte de trás, onde estava
estacionada sua caminhonete. Deslizou no assento do passageiro e esperou que arrancasse o
motor e saísse da ruela.
— Realmente aprecio isto, David — Disse outra vez — É totalmente desnecessário, mas faz
que Mac se sinta melhor.
David lançou um olhar curioso.
— O que há entre você e ele de todo jeito?
Kit piscou surpreendida.
— Não estou segura de que seja de sua incumbência — David franziu o cenho, mas não disse
nada mais — Ouça, passou o desvio — Disse Kit, dando a volta em seu assento para olhar para
trás. David ficou em silêncio e acelerou pela rua — David, passou o desvio.
Ele a olhou, desprendendo ondas de ira.
— Não passei o desvio, Kit. Não vou leva-la para casa de Mac.
— Então onde merda está me levando? — Exigiu.
— A algum lugar onde possa fazer ver que eles nunca vão amar como eu faço.
Kit conteve a respiração e o pânico explodiu nela como os foguetes de um quatro de julho. A
bílis subiu por sua garganta e engoliu para evitar que chegasse até sua boca.
— OH, Meu Deus. Foi você.
— Sim, Kit, fui eu — Sussurrou David — É muito estúpida para somar dois e dois.
— Eu confiava em você, filho da puta! Você me violou!
Ele a olhou.
— Eu não violei, Kit. Você me queria tanto como eu a você.
— Me deixe sair da caminhonete! — Gritou.

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Maya Banks
Para Seu Prazer 01

A mão de Kit foi para a maçaneta. Estava disposta a saltar a alta velocidade se tinha que
fazer. O braço de David serpenteou através do assento da caminhonete e a pegou pelo braço.
Puxou-a para ele, virando violentamente na estrada, enquanto ela o chutava e lutava. David uivou
de dor quando Kit deu um murro no ouvido. Pisou com força os freios e sustentou as mãos nas
costas com sanha.
As lágrimas nublavam sua visão. David a esbofeteou de novo, e o mundo se desvaneceu a
seu redor.

Mac suspirou de alívio quando Ryder atendeu a seu telefone celular.


— O que acontece? — Perguntou Ryder — Kit e você estão em sua casa?
Mac suspirou.
— Eu gostaria. Chamaram-me para uma expropriação muito grande de drogas na 107. Olhe,
pedi a David que levasse Kit para casa. Pode ir e ficar com ela até que acabe aqui?
— Claro ela já está lá?
Mac olhou seu relógio.
— Sim, já deve estar. Seu turno terminou às onze.
— Irei para lá agora.
— Obrigado, Ryder. Estarei ali não termine com tudo esta maldita papelada.
Mac desligou e voltou sua atenção para o desfile de prisioneiros algemados que formavam
fila na calçada, ao lado das patrulhas. Que sincronização de merda. Estiveram correndo depois dos
traficantes de drogas que operavam com a merda sobre a linha do condado por mais de um ano. E
esta noite, de todas as noites, a captura tinha que chegar. Bem quando estava na cúspide da
conversa mais importante de sua vida.
Embainhou a pistola e subiu a sua caminhonete. Mac iria à delegacia, terminaria seus
assuntos, e então se dirigiria para casa com Kit. Dez minutos mais tarde, deu a volta no
estacionamento da delegacia e desligou o motor. Antes que pudesse sair, seu celular tocou. Era
Ryder.
— Diga — Disse.
— Mac, a que hora me disse que Kit saiu de seu trabalho?
Mac franziu o cenho. Não gostava da preocupação que escutou na voz de Ryder. Ele não se
preocupava a menos que houvesse uma boa razão.
— Onze — Olhou de novo seu relógio. Maldição, era quase meia-noite.
— Ela não está aqui — Disse Ryder — Não acredito que ninguém tenha estado aqui toda a
noite.
O sangue de Mac gelou.
— Tentou em sua casa?
— Sim, estive lá faz um minuto. Ninguém esteve tampouco. Tratei de ligar em seu celular e
não obtive resposta. Liguei no bar e Rose disse que ela e David se foram às 10h30min.
Um forte rugido se iniciou nos ouvidos de Mac. Uma hora e meia? A nenhum lugar que
David pudesse tê-la levado tomaria uma hora e meia.

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Maya Banks
Para Seu Prazer 01

— Me espere aí. Estou a caminho — Disse Mac.


Saiu da área de estacionamento, deixando uma capa de borracha de um metro de
comprimento. Exatamente três minutos mais tarde, parou de repente no seu meio-fio. Ryder
saltou da terraço onde esperava, e se aproximou, com uma expressão sombria.
— Ninguém viu David ou Kit, desde que se foram. David não está em casa.
Um comichão inquietante correu pela espinha dorsal de Mac. Algo que David disse antes. Só
que agora o penetrou. A compreensão bateu no peito, tirando o fôlego de seus pulmões.
— Filho da puta! Filho de uma grande puta!
— Me diga — Exigiu Ryder.
— Era ele. Foi ele todo tempo — Gritou Mac.
— Quem?
— David! Mais cedo esta noite, disse algo a respeito de sua tatuagem. Ele sabia exatamente
como parece, e em que parte de seu corpo está.
Os olhos de Ryder brilharam na noite.
— Kit nunca a mostrou a ninguém mais que a nós, e sei muito bem que ela não teria
difundido esse tipo de informação a respeito de si mesma.
— Exatamente. O que significa que o filho da puta viu de primeira mão. Maldição, Ryder,a
violou. O muito sacana a violou!
A fúria de Mac se elevou como uma espiral fora de controle. Deu um murro à porta de sua
caminhonete, deixando uma amolgadura onde seu punho caiu.
— Temos que encontrá-la, Ryder. O filho da puta está demente. Não quero pensar no que
poderia fazer com ela.
— Vamos nos dividir. Vou para Oeste em minha moto. Você toma Leste. Vou manter meu
telefone à mão. Ligue-me se vir algo.
Mac assentiu com a cabeça.
— Vou ligar à delegacia. Conseguirei que os homens que estejam aí saiam para procurá-la.

Kit se arrastou das teias de aranha que rodeavam sua mente. Podia sentir umas mãos sobre
ela. Mãos desconhecidas. Acariciavam a carne, e ela se estremeceu de repugnância. Abriu os olhos
e piscou enquanto tratava de ver através de uma cortina de escuridão. Tentou mover, mas
descobriu que estava posicionada de forma estranha. Tinha as mãos amarradas atrás dela na
cintura, e fixavam dolorosamente nas costas quando se recostou sobre elas. Seu peito se afundou
de maneira pouco natural, e tratou de dar a volta para que pudesse recuperar a sensibilidade nos
braços intumescidos. Deus, onde estava?
Estava escuro. Só o brilho suave da luz da cabine iluminava a noite. Então viu. David olhou
ameaçadoramente para ela, com uma promessa em seus olhos. A promessa de feri-la outra vez.
Um frio metal pressionou em seus ombros. Olhou a seu redor para ver que estava deitada na
cama de sua caminhonete, com as pernas pendurada da porta de trás. Uma avaliação rápida de
sua roupa revelou que tirou sua calça jeans e camiseta. Só o sutiã e a roupa intima a liberavam de

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Maya Banks
Para Seu Prazer 01

estar completamente nua.


— Está acordada — Disse.
— De verdade, Sherlock?
Deu uma bofetada no rosto e a fez ver estrelas.
— Mantenha uma linguagem cordata — Advertiu.
— Ou o que? — Zombou — Como se de todas as formas não fizessem o pior que podia me
fazer.
Parecia tão sério, que Kit ficou em silêncio.
— OH, não, Kit, ainda não fiz o pior que posso fazer. Longe disso. Fiz amor com você. Mostrei
o que poderíamos ter juntado. Entretanto, jogou tudo pela amurada para se converter na puta de
Mac e de Ryder.
— Você me violou! — Cuspiu ela.
Ele negou com a cabeça. Agachou e a pegou pelos joelhos com suas mãos, seu agarre
causando hematomas. Puxou abrindo suas pernas e se aproximou mais a Kit. O senhor a ajudasse.
Estava completamente vulnerável nesta posição.
— Vou dar uma oportunidade, Kit. Uma oportunidade de ver como pode ser bom.
— OH, é por isso que me atou? — Disse com desdém — Já sabe, David, se tiver que atar uma
mulher para fazer sexo com ela, o mais provável é que não esteja louca por você.
— Se cale! — Gritou.
Mas Kit não se calaria. Foi a vítima há seis meses, mas maldição se ia continuar sendo. O
filho da puta ia lamentar ter traído sua amizade. Não era algo que oferecesse a muitas pessoas.
Sua mão puxou seu sutiã, para baixo até que um de seus seios fico descoberto. Ele subiu seus
dedos umas polegadas para cima de seu corpo, e Kit lutou por manter-se longe dele. Quando o
polegar roçou o mamilo, ela perdeu o controle e deixou que sua ira voasse.
Subiu as pernas para a seu peito e deu um chute no rosto. Tropeçou para trás, tampando o
nariz. Não deu tempo para ele reagir. Deu a volta para a porta de trás, e quando David se abatia
sobre ela outra vez, chutou de novo. Deu suficiente tempo para ficar fora da borda da
caminhonete.
Caiu no duro chão e soltou o fôlego pelo doloroso golpe. Suas mãos, ainda unidas entre si,
procuraram na terra que estava debaixo dela. Levantou e correu por sua vida. Atrás dela, David
gritou com raiva e foi atrás dela.
Correu precipitadamente nos bosques que a rodeavam. Não tinha ideia de onde estava nem
aonde ia, mas não ia ficar ali e aguentar o que planejou para ela. Os ramos das árvores a
esbofeteavam no rosto. Sarças e espinhos se aferraram a suas pernas, e ainda assim, ela correu.
Ia às cegas, seu sangue zumbindo nas veias, entrou ainda mais na asfixiante escuridão. O
pânico alagou completamente sua mente. Kit não podia ver. Seu pé obstruiu em uma raiz e saiu
voando. Aterrissou sobre o peito, sua testa batendo contra o chão. Estendeu-se aí, sem fôlego,
tratando desesperadamente de juntar as forças para voltar a levantar e seguir correndo.
Pensa, Kit, pensa! Tinha que manter a cabeça fria se queria estar um passo a frente de David.
Correr como um frango sem cabeça não ia ajudá-la. Tinha que ser mais ardilosa. Conseguiu ficar

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Para Seu Prazer 01

de joelhos e levantar-se. Levantou o olhar para o céu, tentando encontrar sequer uma estrela
entre a coberta de cor negra. Precisava um referente para poder orientar. Algo que impedisse de
ir a círculos e que a apanhasse. E tinha que estar em silêncio.
Mas então ouviu o som pesado de um homem correndo através dos bosques e se esqueceu
de tudo a respeito de seu plano para engana-lo. Começou a correr. Por quanto tempo manteve
seu exaustivo ritmo? Kit não sabia. Seus pulmões ardiam como se alguém acendesse um maçarico
neles. Suas pernas tinham espasmos e convulsões. Caiu mais vezes das que podia contar, mas
seguiu adiante, entrando mais na espessura do frondoso bosque.
No final, o chão limpou e seu caminho não foi tão complicado. Correu com uma explosão de
velocidade. Bem quando a esperança começava a pulsar a um ritmo constante em seu coração,
caiu em um buraco. Seu tornozelo bateu e se retorceu e se foi de cabeça em um ramo de folhas.
Gritou pela dor que açoitou sua perna. Lágrimas de frustração rodaram por seu rosto. Seus olhos
se fecharam pelo esgotamento quando se relaxou. Não podia parar agora.
Começou a arrastar-se pelo chão áspero. Já não podia andar um centímetro mais. Uns
pontos cruzaram seus olhos e sua cabeça ficou jogada para trás.

Capítulo 13

Mac dirigia pela velha e suja estrada do condado como um possesso. Fazia cinco minutos
receberam a prova litográfica de uma caminhonete que coincidia com a descrição do veículo de
David em um dos desvios.
Ryder estava atrás dele em sua motocicleta e pediu reforços. Outros dois esquadrões de
patrulhas estavam em caminho. Falharam de novo. Envolveram e entregaram como presente nas
mãos de seu atacante.
Mac bateu no volante com fúria e dirigiu sua caminhonete a seus limites. Pela frente, viu um
brilho. Seus faróis ricochetearam no refletor de uma luz de trás. Pisou no freio e patinou no chão
de cascalho, finalmente, chegando a uma parada perto da sarjeta. Saltou fora da caminhonete,
tirando sua arma. Ryder também passou por cima, e na distância, Mac podia ouvir as sirenes.
— É sua caminhonete — Disse Mac.
Ele e Ryder correram para a caminhonete estacionada só para descobrir que estava vazia.
Mac deu a volta ao veículo e encontrou a porta de trás aberta. Pegou a lanterna de seu cinturão e
pôs a luz sobre a capota. Ficou gelado quando viu a mancha inconfundível de sangre na borda da
porta detrás.
Dois segundos mais tarde, dois carros do esquadrão rugiram, com seus focos brilhando para
Mac. Ray Hartley e Sean Gardner, dois patrulheiros do xerife, saíram de seu carro e correram para
a caminhonete de David.
— Encontrou algo Mac? — Perguntou Ray enquanto se aproximavam.
— Negativo — Respondeu Mac.

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— Pensa que poderiam estar no bosque? — Perguntou Sean.


Um som atrás de Mac o fez dar a volta. Levantou sua lanterna, e para sua surpresa viu David
tropeçando fora do bosque. O coração de Mac parou. Havia sangue manchando a parte da frente
da camisa de David. Parecia furioso e ensanguentado, com arranhões no rosto. Sua roupa estava
rasgada. Como se acaba de ter a briga de sua vida. Os três patrulheiros tiraram suas armas de
forma simultânea.
— De joelhos! — Sean ladrou.
Mac correu aonde David caiu no chão, à raiva bombeava através das veias.
— Onde ela está? — Exigiu — Onde está?
Pôs David de pé e agarrou sua camisa ensanguentada com as mãos.
— O que fez com ela?
David sorriu. Foi uma expressão vazia, misteriosa e malvada.
— Você gostaria de saber?
Mac perdeu todo o controle. Deu um murro na mandíbula de David, e o homem caiu. Mac se
agachou. Atrás dele, Ryder, Sean e Ray não fizeram nenhum movimento para pará-lo.
Mac o socou uma e outra vez.
— Me diga onde está!
Mas David se manteve calado. Por último, os outros afastaram Mac da figura mole de David.
Mac lutou e brigou como um louco. David a matou. Sabia. Simplesmente sabia. As lágrimas
corriam por seu rosto enquanto os três homens o sustentavam e esmagavam contra a
caminhonete.
— Está bem homem, a encontraremos juro — Sean murmurou ao ouvido.
Mas, o que encontrariam? Mac se afastou e afundou o rosto contra o lado da caminhonete.
Deus tinha que encontrá-la. Não a deixaria aí fora sozinha.
— Não sabe se a matou — Disse Ray em voz baixa — Não tentou matá-la na última vez. O
mais provável é que esteja aí fora. Ferida, mas viva.
Os punhos de Mac se apertaram enquanto a fúria se vertia sobre ele como lava fundida.
— Chamem todo mundo — Disse com voz rouca — Não vou descansar até que a encontre.
Voltou para Ryder, cuja expressão devia estar tão assustada como a sua própria. Ryder
assentiu com a cabeça. Ray se aproximou de seu carro patrulha e voltou com uma sacola de lona.
— Aqui há alguns lanternas de mão e um rojão de luzes. Sean falou por rádio solicitando
uma equipe de busca. Vamos levar este merda à delegacia e estaremos de volta para ajudar.
Mantenham o rádio ligado e usem o rojão de luzes se a encontrarem.
Mac lançou um das lanternas de mão a Ryder.
— Vamos nos dividir.
Ryder assentiu com a cabeça e se dirigiu para o bosque. Conforme Mac avançava através da
espessa grama, suas esperanças se afundavam ainda mais. Como demônios se supunha que a
iriam encontrar nessa merda de bosque? O suor se posava densamente sobre ele. O ar da noite,
úmido e sufocante, pendurava como um manto de condenação.
Durante quatro horas andou através da densa vegetação, dirigindo sua atenção a um rádio

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Maya Banks
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ao redor dele. Mac gritou o nome de Kit até que esteve rouco. Sean e Ray fazia muito tempo que
radiaram que se uniam à busca, junto com um grupo de voluntários.
Conforme passava o tempo, Mac estava mais convencido de que iam encontrar um corpo. O
rádio crepitou junto a ele e fez uma pausa para descansar um momento. Secou o suor da testa e
pegou o rádio.
— Ryder teve sorte?
Ele sabia como era inútil perguntar. Ryder teria radiado imediatamente se tivesse
encontrado algo, mas o silêncio estava deixando Mac louco.
— Nada.
A palavra, tão cheia de desespero, quase enviou Mac por cima do limite. Fechou os olhos e
gritou seu nome, desejando que houvesse uma resposta. O único som que ressoou através do
bosque era o canto dos grilos e o som das cigarras nas árvores. Por cima dele, o céu começava há
clarear um pouco, e sabia que o amanhecer não estava muito longe. Já deveriam tê-la encontrado.
Tropeçou de novo, negando a reconhecer sua derrota. O caminho pareceu mais fácil
conforme a grama ficava menos densa. Mac regulou seu ritmo, enquanto escaneava a área com
sua lanterna.
Esteve a ponto de perder o brilho da pálida pele quando passou a luz pela direita. Em um
instante, dirigiu a luz de novo sobre as duas árvores que escaneou. Seu coração desabou quando
por fim viu o que era.
Encolhida entre a grama, quase escondida pelo montão de folhas e ramos caídos, Kit estava
recostada. Estava de costas a ele, tão quieta. Tinha as mãos amarradas às costas. Vestia só roupa
intima uma calcinha devastada e um sutiã. Sua garganta se fechou e correu para ela.
— Kit! OH, Meu Deus, Kit! — Deu a volta e a sustentou entre seus braços.
Seu rosto, OH Deus, tão pálido e arroxeado. Sangue. De quem era o sangue?
— Kit, neném, meu amor OH meu Deus! Por favor, que esteja viva.
Não sabia o que fazer primeiro. Com dedos tremendo, procurou o pulso. Seu coração
disparou, e o fôlego que não percebeu que esteve contendo, escapou em um assobio quando
sentiu o tremor leve em seu pescoço.
Tirou sua navalha e cortou as cordas até que suas mãos se separaram. Com supremo
cuidado, deu a volta até que ficou recostada em seus braços. Sua bolsa. Precisava sua bolsa.
Baixou-a ao chão, arrastou a sua bolsa e tirou uma manta e a pistola de rojões de luzes.
Voltou para Kit e arrumou a manta ao redor de seu corpo quase nu. Procurou seu rádio,
deixando-o cair em sua pressa. Uma maldição afogada escapou de seus lábios quando o levantou
de novo.
— Encontrei-a. Está viva. Vou lançar um rojão de luzes.
Deixou cair o rádio e lançou o rojão de luzes para o céu. Formou um arco por cima das
árvores, deixando um rastro de cor vermelha brilhante no ar.
A voz de Ryder foi levada através da rádio.
— Vou a caminho.
— Vamos ter uma ambulância esperando-a — Disse Ray.

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Maya Banks
Para Seu Prazer 01

Mac embalou seu corpo contra ele, apertando-a, balançando-a para frente e para trás.
— Kit, neném, por favor, tem que estar bem — Sussurrou — Acorda, querida. Preciso de
você. Deus, que esteja bem.
Tirou o cabelo emaranhado do rosto sujo, com os dedos tremendo ao tocar o hematoma
escuro em sua bochecha. Que fez David com ela? Afundou o rosto em seu pescoço e sentiu que as
lágrimas quentes deslizavam por suas bochechas.
— Maldição, Mac liga uma luz ou algo assim!
Mac elevou a cabeça quando Ryder soltou uma fileira de maldições à distância. Pegou sua
lanterna e começou a agitá-la freneticamente.
— Por aqui! — Gritou.
Segundos mais tarde, ouviu Ryder correndo pelo bosque, o som cada vez mais perto até que
finalmente Ryder saiu no claro. Tropeçou para Mac e se deixou cair no chão.
— Como vai? — Exigiu com sua voz rouca.
— Está viva — Disse Mac — Temos que tira-la daqui, mas não tenho ideia como fazer
sozinho. Necessito que me guie.
— Vamos — Disse Ryder sombrio.
Ryder recolheu a lanterna e os rojões de luzes, depois foi por Kit. Mac a entregou enquanto
lutava por ficar de pé. O coração de Mac deu um salto quando viu Kit recostada languidamente
nos braços de Ryder.
Mac arrumou a manta ao redor de Kit, então tomou brandamente pelas costas, elevando-a
em seus braços. Sua cabeça descansou sobre seu peito e apoiou a bochecha na parte superior de
sua cabeça.
— A que distância acha que nos encontramos do ponto por onde entramos? — Perguntou
Mac.
— Não estamos muito longe. Kit deve ter deslocado em linha reta.
— Se é que corria — Mac disse em voz baixa.
— Ela lutou contra ele — Disse Ryder em um tom duro — O sangue que David tinha não era
de Kit.
Kit começou a tremer e agitar-se nos braços de Mac. Um gemido baixo saiu de sua garganta,
um som de medo e angústia. Mac a segurou com mais força.
— Kit, Kit neném, pode me ouvir? Tenho querida. Agora está a salvo.
Apertou os lábios contra sua testa.
— Fale neném — Sussurrou.
Kit ouviu um ruído, e se esticou. OH Deus, ele a encontraria. Tinha que estar quieta e em
silêncio. David a encontraria. Quanto tempo passou desde que caiu? Deu tempo para alcançá-la?
O som se fez mais forte. Era uma voz. Kit gemeu quando o terror se apoderou firmemente dela. As
lágrimas corriam por suas bochechas.
— Neném, não chore, tenho-a. Juro que David já não pode fazer mal.
Mac. Ela piscou com olhos cansados. Estava escuro. Tão escuro. Então viu a luz. Uma luz
movendo.

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Maya Banks
Para Seu Prazer 01

— Querida, me escute. Agora está a salvo.


— Ryder? — Abriu a boca e piscou mais forte.
— Mac? — Grunhiu ela — Ryder?
— Estamos aqui, Kit.
— Mac!
As lágrimas encheram sua visão já imprecisa e começou a soluçar sério. Sentiu seus braços
ao redor dela e de repente percebeu de que a segurava.
Mac. Não David.
Kit balançava para frente e para trás, e soube que a balançava em seus braços. Uma mão
suave limpou as lágrimas e a sujeira de seus olhos, e finalmente pôde ver o rosto que se abatia
sobre ela. Uns lábios quentes beijaram a testa, os olhos, as bochechas.
Kit se sacudiu violentamente conforme a realidade se abatia sobre ela. De algum jeito, Mac a
encontrou. Ele a salvou. David não podia fazer mal agora.
— Kit me fale, querida. Dói algo?
Ela era consciente do movimento, de um meneio de luz diante deles. Franziu as
sobrancelhas, enquanto tratava de encontrar sentido em volta dela.
— Meu tornozelo — Disse com voz cansada.
Sua mão deslizou para sua garganta, e a massageou, pestanejando pelo mal-estar que
causava falar. Gritou tanto? Mac parou e Ryder deu a volta com uma lanterna. Ryder apontou para
seu tornozelo enquanto Mac, com cuidado, examinava. Kit vaiou pela dor quando Mac tocou um
ponto sensível.
— Sinto muito, querida.
— Não acredito que esteja quebrado — Disse Ryder em voz alta — Mas está bastante
inchado.
— Não vai caminhar de todos os modos — Disse Mac com força.
Kit se agarrou com força ao pescoço de Mac.
— David — Sussurrou. Eles precisavam saber quem fez isto.
Mac ficou rígido, os braços como bandas de aço a seu redor.
— Não se preocupe por ele, Kit. Nunca mais. David nunca mais vai machuca-la.
— Você... Você sabe?
— Sim, querida, sei. Descansa agora. Ryder logo nos guiará fora do bosque.
Kit saltava ligeiramente contra seu peito à medida que continuavam avançando. O suor
umedecia sua camisa. O coração de Mac deu um salto confortavelmente em seu ouvido e Kit se
encolheu mais perto. Fechou os olhos e deixou que as lágrimas se filtrassem por debaixo de suas
pálpebras.

Capítulo 14

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Maya Banks
Para Seu Prazer 01

Mac acelerou quando viu o primeiro brilho de luzes entre as árvores. Sua respiração ficou
pesada. O suor rodava por sua testa, e piscou quando a salgada umidade ardeu seus olhos.
— Precisa de mim para levá-la? — Chamou Ryder a suas costas.
— Estou bem — Disse Mac.
O peso de Kit era insignificante. E não estava disposto a deixá-la ir. Nem sequer por um
segundo. Vários minutos mais tarde, os dois homens chegaram, já fora de perigo. Ray e Sean se
apressaram oferecendo sua ajuda para levar Kit. Mac sacudiu e se dirigiu à ambulância.
— Não vou deixá-la, meu amor. Os médicos estão aqui para checá-la.
— Não — Sussurrou — Não deixe que me vejam.
Mac apertou a garganta, e engoliu a pesada emoção amarrada ali. Beijou-a na testa.
— Terá que ir ao hospital, neném.
— Veem comigo. Não quero ir sozinha.
— Não a deixarei, Kit. Prometo.
Seus lábios formaram um sorriso. Nunca viu nada tão glorioso.
— Sei — Disse.
Deixou esperando sobre a maca e arrumou a manta ao redor dela. O paramédico se
aproximou e Mac estendeu a mão quando o médico tirou a manta para que a examinasse.
— Pode esperar — Disse Mac em voz baixa.
O paramédico assentiu com a cabeça e fez um gesto a seu companheiro para ajudar a
carregar a maca na ambulância.
— Estarei atrás de você — Disse Ryder.
Mac assentiu com a cabeça e entrou na parte de trás da ambulância. Enquanto a
empurravam dentro, olhou Kit. Parecia completamente vulnerável, com o rosto pálido, arroxeada
apoiada no pequeno travesseiro na cabeceira da maca.
Agachou e dobrou os dedos ao redor de sua mão. Ela se agarrou a Mac, sustentando-o com
força, enquanto tropeçava e cambaleava. Ao lado de Mac, o paramédico vigiava de perto Kit, mas
ele não se moveu para incomodá-la. Mac levantou a mão e beijou a palma com seus lábios.
— Amo você — Sussurrou — Não sei o que teria feito se a tivesse perdido. Pensei que fez.
As lágrimas encheram seus olhos verdes e se derramaram sobre suas bordas.
— Sou tão estúpida — Disse com voz rouca no final.
Acariciou a mão que sustentava. Não estava do todo seguro do que estava falando, mas não
importava. O único que importava era que ela estava ali, tocando, olhando com seus lindos olhos.
— Chegamos — Disse o paramédico enquanto ele se sustentava quando faziam a curva para
parar no hospital.
Mac pôs uma mão sobre Kit para que não deslizasse. Em seguida se abriram as portas e o
pessoal do hospital chegou equilibrando-se sobre a maca. As mãos de Kit se apertaram em torno
dele e viu o medo em seus olhos.
— Não vou a nenhum lugar, neném. Juro.
Relaxou seu agarre. Mac saltou da ambulância e correu atrás da maca enquanto era levada a
sala de emergência. Ninguém tentou impedir sua entrada na sala com Kit, e era melhor assim,

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porque não ia sair.


Uma enfermeira mais velha estalou a língua e se esforçaram por Kit, conseguindo colocá-la
em uma bata de hospital no processo. Depois de prometer que o médico estaria em breve, a
enfermeira saiu, deixando Kit a sós com Mac. Ele aproximou uma cadeira perto da borda da cama
de Kit e se sentou. Entrelaçou seus dedos com os dela, e com a outra mão, acariciava a pele de seu
braço.
Ryder irrompeu na sala segundos mais tarde, e imediatamente foi a Kit. Mac recuou para dar
espaço. Ryder rodeou Kit com seus braços e a abraçou com força.
— Me assustou querida.
Mac pôs uma cadeira perto da cama para que Ryder pudesse sentar. Enquanto Ryder
sentava, a mão de Kit deslizou de novo na de Mac.
— Como me encontrou? — Perguntou Kit.
Mac trocou um olhar com Ryder. Não estava seguro do muito que queria dizer neste
momento. Teria que fazer uma declaração, e morria de vontade de ouvir sua versão também, mas
não queria incomodá-la antes que fosse necessário.
Salvou de uma resposta quando o médico entrou na sala de exame. A mesma enfermeira
que mimou Kit antes caminhava depois dos calcanhares do médico e fez um gesto para jogar fora
Mac e Ryder.
— Precisamos examiná-la, logo a enviaremos ao raios X para fazer uma radiografia do
tornozelo. Quando ela voltar, convidaremos para entrar — Disse a enfermeira.
Mac saiu à contra gosto seguido de Ryder à sala de espera. Avistaram Sean e Ray onde
estavam.
— Como esta? — Perguntou Ray.
— O doutor está com ela agora — Disse Mac — Está acordada e falando.
— Isso é genial. Olhem, Sean e eu vamos tomar uma ducha e nos trocar. Estaremos de volta
para ver como está, e se ela esta pronta pode ser que até dê sua declaração.
— Obrigado por toda ajuda — Disse Mac.
Mac observou os dois homens partirem e depois se deixou cair em uma cadeira próxima.
Ryder se sentou na cadeira do lado e lançou um grande suspiro. O cansaço saía deles em ondas,
sujeira, as manchas de suor em suas roupas acaba de acrescentar à mistura.
— Como estava quando a encontrou? — Perguntou em voz baixa Ryder.
Mac tirou um pouco da imundície dos olhos e notou que suas mãos tremiam. Deus todo-
poderoso, nunca mais queria suportar o tipo de medo paralisante que experimentou essa noite.
— Encontrei-a no chão, inconsciente, meio nua, com os braços amarrados às costas —
Murmurou.
Ryder deixou escapar um assobio de raiva.
— Deus, não acredito...
— Não sei homem. Eu não sei! — Mac bateu seu punho contra a palma — Como vou esperar
que ela confie em mim quando falhei tantas vezes?
— Não podia saber do doente de merda que era David — Assinalou Ryder.

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Maya Banks
Para Seu Prazer 01

Mac fechou os olhos. Estava cansado, tão malditamente cansado que queria que o médico
tivesse presa de uma puta vez para que pudesse voltar com Kit.
— Necessito um cigarro — Murmurou Ryder.
Mac abriu um olho.
— Pensei que deixou de fumar?
— Sim, fiz. Má ideia.
— Em vez disso, toma uma bebida comigo quando tudo isto termine.
— Conta com isso. Embebedar parece como uma muito boa ideia.
Trinta minutos mais tarde, Sean e Ray voltaram pela porta de Urgências com uniformes
limpos. Antes que pudessem passar por onde Mac e Ryder estavam sentados, o doutor abriu as
portas de vaivém à sala de espera. Mac e Ryder se levantaram de um salto juntos e se reuniram
com o doutor na metade do caminho.
— Como está?— Exigiu Mac.
O médico sorriu.
— Ela vai estar bem. Sofreu uma torção bastante desagradável, mas seu tornozelo não está
quebrado. Uns dias com muletas e estará bem.
— Perdoe, doutor — Cortou Ray — Realizou um teste de violação? Precisamos para
introduzi-lo como evidência.
O médico olhou com curiosidade.
— Não havia necessidade. A jovem disse que não foi violada.
Mac deixou escapar o fôlego em um assobio longo. Suas pernas fraquejaram, e tropeçou
ligeiramente antes que recuperasse o equilíbrio.
— Graças a Deus — Sussurrou. Olhou de novo ao doutor — Podemos vê-la agora?
— Não vejo por que não. Está pedindo para ir para casa, e, francamente, não há uma razão
para retê-la. A enfermeira está vendo sua aprovação para a alta.
— Importa se entrarmos e fazemos algumas pergunta? — Perguntou Ray a Mac.
— Só se ela estiver disposta — Interrompeu Ryder.
— É obvio. Não queremos incomodá-la — Assegurou Sean.
Mac dirigiu para o quarto de Kit, ansioso de estar perto dela outra vez. Bateu brandamente à
porta antes de abrir uma fresta e dar uma olhada. Ela sorriu com cansaço e fez gestos para que
entrasse.
— Ei neném — Disse com voz rouca. Deu um beijo na testa e passou a mão pelo cabelo —
Ray e Sean querem saber se está pronta para responder a algumas pergunta.
Ela franziu o cenho, mas assentiu com a cabeça.
— Não tem que fazer — Disse Ryder.
Mac olhou para cima para ver uma careta protetora obscurecer o rosto de Ryder.
— Não, está bem — Disse — Apanharam? David?
—Sim, querida, está sobcustódia. Não vai a nenhum lugar. Prometo.
Deixou cair de novo sobre os travesseiros demonstrando o alívio que sentia.
— Pode deixá-los entrar.

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Maya Banks
Para Seu Prazer 01

Mac foi à porta e indicou a Sean e Ray que entrassem.


Ao passar, Mac murmurou em voz baixa.
— Não se excedam meninos. Só o básico.
Ryder aproximou uma cadeira ao lado oposto da cama de Kit e se deixou cair sem olhares.
Mac afogou um sorriso pela forma em que olhou a Ray e Sean. Ryder parecia ferozmente protetor
com Kit. Uma sensação que Mac conhecia muito bem.
Mac se instalou na cadeira no lado próximo à cama de Kit e puxou a mão. Não podia deixar
de tocá-la. Não podia deixar de pensar no fato de que poderia tê-la perdido para sempre.
Enquanto Kit relatava sua história, o peito de Mac cresceu com mais força, sua garganta se
inflamou e estalou a ira através de seu sistema como uma tempestade de verão no Texas.
Quando terminaram, Mac olhou Ryder para ver a mesma raiva fermentar. Sean se adiantou
e tomou a mão de Kit.
— Apreciamos sua ajuda, Kit. Asseguraremos de que o filho da puta não saia com a sua.
— Obrigado — Disse em voz baixa.
Quando se foram, Kit fechou os olhos com o cansaço gravado em sua testa.
— Tem certeza que não quer passar a noite aqui, querida? — Perguntou Ryder.
Ela sacudiu a cabeça. Depois olhou a Mac.
— Quero ir para casa — Disse em voz baixa.
Mac entrelaçou os dedos com os dela e a sustentou com força.
— Vou levá-la aonde quer ir, querida.
Ela sorriu. Ryder ficou de pé e se inclinou para beijar Kit. Mac observava sem fazer nada
enquanto estava tomando Kit em seus braços e a abraçava. Se algum outro homem a houvesse
tocado tão intimamente como Ryder fazia, ficaria louco, mas não parecia ameaçado por ele. O
único que fazia a Mac sentir ameaçado era não saber como parecia Kit a respeito dele mesmo.
— Amo, pequena Kit. Se cuide.
— Aonde vai? — Perguntou Kit.
Ryder olhou Mac.
— Vou para casa tomar banho e deixá-los os dois a sós para que arrumem algumas coisas.
A testa de Mac se elevou e as bochechas de Kit se ruborizaram com uma delicada cor. E não
era de ruborizar.
— Obrigado por vir por mim, Ryder — Sussurrou.
— Sempre que precisar, querida, sempre que precisar.
Ryder conectou seu punho com Mac enquanto se dirigia para a porta.
— Boa sorte, homem — Disse Ryder em voz baixa.

Epílogo

Kit esperou nervosamente por Mac enquanto dirigia sua caminhonete até a saída da sala de

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Para Seu Prazer 01

emergências. Estava parada bem no interior das portas automáticas, sob o ar fresco de um
ventilador e estremeceu apesar da umidade opressiva que bateu uma vez que abriram as portas.
Seu estômago conseguiu amarrar em uma variedade de nós que um escoteiro estaria
orgulhoso. Depois de escapar das garras do amigo doente, o retorcido ex-amigo, um homem que
já a violou uma vez, em tudo o que podia pensar arruinou as coisas com Mac.
Apoiou em grande medida nas muletas enquanto andava por isso seu tornozelo lesado não
levava a pior parte de seu peso. O fino roupão que a enfermeira deu para vestir penduravam
sobre ela, e com apenas um pouco de provocação deslizariam imediatamente. Parecia uma golfa.
Mac prometeu ir procurar sua roupa, mas no tempo que tomaria chegar a casa para conseguiu, já
poderia estar longe desse lugar.
Mac rugiu e saiu rapidamente. Ela começou a avançar com movimentos torpes, enquanto
tratava de aprender a dirigir as muletas. Ele parou antes que ela caísse de bruços e estendeu o
braço para ela.
— Sustente em mim por um segundo — Disse.
Quando ela aceitou, tomou as muletas e apoiou contra o lado do edifício. Depois a carregou
em seus braços e a levou a distância restante até o caminhão.
— Cuidado para não bater seu pé — Advertiu Mac quando a acomodou no assento do
passageiro.
Ela se derreteu no assento, seus músculos careciam de qualquer tipo de tom. A fadiga
percorreu seu corpo e lutou para manter os olhos abertos. Mac se sentou no assento do motorista
e se separou da sala de emergências.
—Trouxe minhas muletas? — Perguntou ela, sem abrir os olhos.
— Na parte de trás.
Assentiu com a cabeça, muito cansada para dizer nada mais.
— Vamos estar em casa em um minuto — Disse em voz baixa.
Deve ter dormido, porque o seguinte que soube, foi que Mac a sacudiu brandamente. Kit
despertou quando ele a embalou em seus braços e a levantou do assento. Quando entrou em sua
casa, suspirou enquanto uma rajada de ar frio a batia.
— Onde quer estar? — Perguntou Mac.
Em seus braços. Junto a você. Perto de você. Deus, em qualquer lugar onde ele estivesse.
— Tenho que me trocar — Disse Kit.
Ele a levou ao quarto e a deixou sobre a cama.
— Não se mova. Darei um shorts e uma camisa.
— Só uma camiseta.
Ele sorriu.
— Está bem. Só uma camiseta. Quer uma das minhas?
— Por favor.
Rebuscou na gaveta e tirou uma grande camiseta vermelha e voltou onde ela estava sentada
na cama.
— Quer ajuda?

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Para Seu Prazer 01

Ela pensou um momento e rapidamente decidiu que não tinha a força para manter os braços
no alto e muito menos sair das batas do hospital. Com infinito cuidado, puxou a bata de seu corpo,
então, rapidamente pôs a camiseta sobre sua cabeça e a colocou sobre seus ombros.
Cheirava a ele. Ela se segurava seus braços ao redor dela, abraçando seu aroma perto dela.
Depois levantou lentamente o olhar para ele, olhou nos olhos azuis.
— Me abrace?
— Ahh, meu amor.
Arrastou até a cama com ela e a empurrou brandamente em seus braços. Ele a agarrou de
lado e apoiou o queixo na parte superior de sua cabeça. Segura. Sentia-se segura e protegida,
como se nada pudesse fazer mal em seus braços. Deus, não queria mover alguma vez. Poderia
ficar assim para sempre?
— O amo, Mac — Sussurrou.
Todo seu corpo ficou rígido. Ficou tão tranquilo que nem sequer podia sentir sua respiração.
Depois se afastou ligeiramente de Kit. Mac a olhou, com seus intensos olhos.
— Diga de novo.
— O amo.
Seu corpo desinflou como uma bola. Sua respiração escapou de seu peito em uma explosão
de movimento.
— Diz a sério?
A excitação encheu sua expressão. E a vulnerabilidade, como nunca viu antes em Mac. Ela
levantou a mão a seu rosto, tocou a barba e a rugosa bochecha.
— Nunca digo algo que não quero dizer.
Fechou os olhos e desceu a testa dela até que seus narizes se roçaram.
— Deus, Kit. Nunca pensei que ouviria dizer essas palavras.
Os olhos de Kit se encheram de lágrimas e ameaçaram estendendo fora das bordas.
— Sinto muito, Mac. Fui uma tola. Deixei que o medo me governasse durante muito tempo,
não sei como viver de outra maneira.
Mac cobriu o lado de seu pescoço, enredando sua mão em seu cabelo, até atrás da orelha.
— Não tem que ter medo Kit. Não vou deixá-la. Nunca vou deixá-la.
— Sei — Disse em voz baixa. Alisou uma mão pelo cabelo revolto de Mac — Parece como o
inferno.
Ele sorriu.
— Igual a você.
Kit ficou séria e ficou em silêncio. O fez revoar sua mão pela bochecha e depois passou os
dedos pelos lábios.
— O que acontece querida?
— O que fazemos agora?
Seu sorriso foi tão doce que fez doer o peito de Kit.
— Temos que tomar um dia de cada vez. Você e eu. Juntos. Amo, Kit. Tanto que fico louco
algumas vezes.

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— O amo muito.
— Diga de novo.
Ela sorriu e deu um beijo nos lábios.
— Amo você. E sempre amei.

Fim

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