Os irmãos mafiosos Max e Dimitri nunca tiveram problemas para
conseguir o que queriam. Quando a boa menina Kyle é forçada a entrar numa vida que ela nunca quis, ela passa a questionar tudo que sabe sobre a vida, o amor, e a máfia. Classificação: 18+ (aviso de conteúdo: estupro e violência) Autor Original: Avery Law Livro sem Revisão E-book Produzido por: Galatea Livros e SBD https://t.me/GalateaLivros
Livro Disponibilizado Gratuitamente! Proibida a Venda
Livro Um: Apaixonada pelos Irmãos Mafiosos Capítulo 1 Kyle estava sentada em seu carro, receosa com o início do seu turno no bar. Ela sabia que seriam horas aturando imbecis bêbados, mas precisava do trabalho. Ela precisava ajudar seu irmão a resolver a vida dele. Ele se meteu em alguma merda obscura, e o objetivo dela era ajudá-lo a saldar sua dívida para ele poder seguir em frente com sua vida. Ela sentia como se fosse culpa dela ele ter caído em mãos erradas. Afinal, ele foi responsável por criá-la e teve que se virar para sustentar os dois. Ela saiu do carro e foi para o bar. O lugar já estava lotado, o que significava que ela não teria nem tempo para respirar. Ela foi para o fundo e marcou o ponto. — Espero que você esteja preparada para esta noite. Tem uma despedida de solteiro, e eles já estão bem animados, — Jess avisou Kyle enquanto ela batia o ponto. Jess estava indo embora, o que significava que Kyle teria que lidar sozinha com aquela festa. Jess era uma das garçonetes com quem Kyle se dava bem. Ela estava lá tentando pagar pela faculdade. Ela sabia o que queria fazer da vida, e Kyle invejava isso. — Não deixe que eles te desrespeitem. Bata o pé se eles ficarem grosseiros ou folgados, — Jess a aconselhou. — Vou tentar, mas você sabe que eles nunca ouvem, — gritou Kyle para Jess, enquanto ela se afastava. Kyle sempre se sentia intimidada pelas pessoas. Ela não saía muito. Apenas ia para o trabalho e voltava para casa. E este não era o trabalho ideal, mas ela precisava ajudar seu irmão. Ele tentou cuidar dela depois que a mãe deles morreu, mas nunca foi bom com dinheiro. * A maioria de seus homens já estava bêbada quando Max apareceu no bar. Andrei se casaria em algumas semanas, e os caras mal podiam esperar para usar isso como desculpa para uma festa. Quando Max se aproximou da mesa, uma morena bonitinha estava esperando por eles. Ele a reconheceu de uma foto que tinha, mas que não fazia justiça a ela. Ele a achou bonita e pensou que poderia se divertir com ela se a levasse para casa. — Precisa de algo, senhor?, — Kyle perguntou a ele. — Apenas me surpreenda com algo da chopeira, — Max respondeu. — Tudo bem. Se vocês precisarem de mais alguma coisa, meu nome é Kyle e serei a garçonete de vocês pelo resto da noite. Antes de Kyle sair, um dos caras fez um comentário grosseiro e tentou agarrá-la. Claro que Sev seria o primeiro a sair dos limites. Ele não conseguia se controlar quando bebia muito. — Pare com isso, Sev. Respeite a garota. — Sev olhou para ele com um olhar furioso, mas sabia que não deveria testá-lo, e Max achou melhor assim; ele não estava com vontade de disciplinar um de seus caras em uma noite de celebração. — Peço desculpa por ele. Ele está bêbado, — Max disse. — Não se preocupe. Isso acontece o tempo todo, — Kyle respondeu enquanto se afastava. Max não entendeu por que, mas irritou-o saber que os caras desrespeitavam Kyle. Ele não queria que ela recebesse esse tipo de atenção, a menos que fosse dele. Kyle não conseguia acreditar que ele tinha a defendido, que pediu desculpa pelo comportamento do amigo. Talvez esta noite não seja tão ruim assim, ela pensou. Ela achou o cara que se desculpou atraente. Seu cabelo escuro estava um pouco bagunçado. Essa aparência de quem tinha acabado de passar por uma forte ventania realmente funcionava nele, junto com a barba por fazer. Ele tinha um pouco de sotaque, mas ela não conseguia identificar de onde era. A maioria deles tinha um leve sotaque. Ela voltou ao bar e incluiu os pedidos no sistema, e, enquanto esperava as bebidas ficarem prontas, ficou de olho no cara que a defendeu enquanto atendia às suas outras mesas. O bar estava sempre com falta de pessoal, então ela tinha que se manter em movimento para que ninguém reclamasse. Andar pelo lugar a forçava a não se demorar muito naquela área para onde ela dava uma olhada de vez em quando. Ela voltou ao bar para pegar a bandeja de bebidas e caminhou até a despedida de solteiro. Ela começou a distribuir os copos um por um quando sentiu alguém agarrar sua cintura e sentá-la no colo. — Vamos, gatinha, que tal um showzinho para a gente? — O homem que ela lembrava se chamar Sev tentou puxar sua blusa para baixo. Ela se debateu para se livrar das mãos de Sev e acabou derrubando o resto das bebidas em cima dele. — Sua PIRANHA! — Sev se levantou e ergueu o punho fechado, e Kyle soube que não havia nada a fazer além de se preparar para o golpe. Ela fechou os olhos e esperou, mas o soco nunca veio. — Eu disse para você parar com isso, e você não me ouviu, — Max disse. — Mike e Jason — ensinem uma lição a ele. Max se virou para Kyle. — Você está bem? — Estou. Obrigada. — Sou o Max. — Ele estendeu a mão para ela. Max não sabia por que estava se apresentando a ela; ela iria descobrir quem ele era de qualquer maneira. — Kyle, — ela respondeu, apertando sua mão. — Obrigada de novo. Kyle caminhou em direção à parte de trás do bar. Ela só queria que a noite acabasse. Ela queria ir para casa e tentar esquecer esta noite. * — Vocês deram um jeito em Sev?, — Max perguntou a Mike. — Sim. Demos uma boa surra nele, e ele ficou com o doutor a maior parte da noite. — Boa. Da próxima vez, vou matá-lo, — disse Max. — Também tentamos cobrar Ryan Jackson. Ele não tinha o dinheiro que nos devia. — Max estava com raiva; ele esperou tempo demais para ser pago por Ryan. — Vamos visitá-lo amanhã, e lidaremos com ele ou levaremos algo importante para ele. — Max planejava levar a irmã de Ryan. Ele sempre teve uma queda por garotas inocentes. E, depois desta noite, ele percebeu que ela era, de fato, muito inocente. * Na manhã seguinte, Kyle estava em casa tomando café da manhã com seu irmão quando ouviu uma batida na porta. — Fique. Eu atendo. — Seu irmão se levantou para abrir a porta. Ele sumiu por alguns minutos quando ela ouviu uma discussão e decidiu ir para a sala de estar. — Ryan, o que eles estão fazendo? — Está tudo bem, Kyle. Volte para a cozinha. Antes que Kyle pudesse responder, alguém entrou pela porta. — Por que eu iria querer fazer isso? — Os olhos de Kyle se arregalaram; era o cara que se preocupou com ela na noite passada. Ela ficou envergonhada e se sentiu idiota. Ela achava que Max era legal, mas ele sabia quem ela era e estava com segundas intenções. — Estou aqui para cobrar minha dívida, Ryan. Você está gravemente atrasado, então vou lhe dar uma escolha. Você pode deixar um dos meus homens atirar em você, ou posso levar sua irmã, ou você pode me dar meu dinheiro. — Você não pode levá-la, e eu não tenho todo o seu dinheiro, — Ryan gritou. — Então acho que você vai levar um tiro. — Um dos caras engatilhou a arma e apontou para Ryan. Ryan esperava que Max estivesse blefando. Ele temia que, se atirassem nele, ainda levariam Kyle como garantia. — Eu tenho uma parte do seu dinheiro, — disse Ryan em pânico. — Tem que ser tudo para você sair dessa, — Max disse. — Ryan? — Sinto muito, Kyle. — Está tudo bem. — Se a Kyle for com você, o que vai acontecer com ela? — Ela será minha, — disse Max. — E será tratada como uma rainha se for comportada, — acrescentou ele com um sorriso malicioso. — Ela será minha, — disse Max. — E será tratada como uma rainha se for comportada, — acrescentou ele com um sorriso malicioso. — Tem que ter outro jeito. Posso ajudar a pagar a dívida, — disse Kyle. — Sinto muito, Kyle. Vou arrumar o dinheiro e trago você de volta, eu prometo. Amo você. Essas foram as últimas palavras que ela ouviu do seu irmão antes de ser forçada a sair do apartamento e entrar em um carro. Capítulo 2 Quando todos estavam na limusine, o motorista não perdeu tempo arrancando para fora do estacionamento. Kyle estava com medo e não sabia o que fazer. Ela não estava com raiva de seu irmão e, de certa forma, não o culpava. Ela também teria medo de levar um tiro. E se não gostava da ideia de ele levar um tiro, também não gostava da ideia de ser mantida em cativeiro. — Você é quieta, não é?, — Max perguntou. — Eu não tenho nada a dizer a você, — ela mordeu de volta. Max riu dela e a achou adorável com raiva dele. Ele estava intrigado com ela e não sabia dizer por quê. Kyle era simples e bonita, mas não havia nada de extraordinário nela. — Eu sei que você está com raiva de mim, mas você me acha atraente. Você pode negar o quanto quiser, mas a verdade é que também te acho atraente, abelhinha, e acho que podemos nos divertir. Kyle achou o apelido estúpido e zombou dele. Ela queria chamá-lo de idiota, mas se conteve. Ela estava irritada consigo mesma porque nunca teve coragem de se defender. Mesmo em situações de confronto, ela sempre congelava. — Então me diga, seu nome é realmente Kyle ou é abreviação de alguma coisa?, — Max perguntou, tentando começar uma conversa. Kyle o ignorou e olhou pela janela, esperando que ele entendesse a dica e a deixasse em paz. — Você não pode me ignorar para sempre. — Max sorriu para ela e Kyle admitiu para si mesma que ele era bonito, especialmente quando sorria. — Não espere que eu goste de você, — Kyle disse, quebrando o silêncio dela, esperando esconder o fato de que ela o achava atraente. — Eu não espero que você goste de mim. Espero que você me escute. — Ele se inclinou e agarrou seu queixo, forçando-a a olhar para ele. — Espero que você faça o que eu quero que você faça, e se você não fizer, será punida. Se você não acredita em mim, tente. — E, antes que Kyle pudesse mover sua cabeça, Max se inclinou e a beijou. A viagem até a casa pareceu durar uma eternidade para Kyle, mas ela imaginou que não podia levar mais do que algumas horas de distância, e se perguntou por que eles estavam em seu bar se moravam tão longe. — Você não mora na cidade?, — ela perguntou. — Não. Moro aqui; a da cidade é para eu ter algo por perto, caso precise estar lá por alguns dias. — Max pegou o braço de Kyle e puxou-a para dentro de casa. A casa era enorme do lado de fora, e, quando entrou, Kyle achou-a de perder o fôlego. Ela não podia acreditar que uma casa desse tamanho existisse. — Para onde você está me levando?, — Kyle perguntou enquanto Max a arrastava pelo saguão e escada acima. Max finalmente parou na porta e, quando a abriu, revelou um espaço amplo que parecia um mini apartamento. — Este é o nosso quarto, e você não vai sair daqui sem minha permissão. Se você tentar escapar, será punida. Entendeu? Kyle não respondeu. Ela queria desafiá-lo. Ela não queria desistir tão rapidamente e sabia que não venceria se tentasse lutar com ele, mas sua única defesa seria desafiá-lo de qualquer maneira que pudesse. — Perguntei se você me entendeu, — Max disse enquanto a puxou pelos cabelos. — Você deve me responder sempre com palavras, entendeu? Quando Kyle não respondeu de novo, ele balançou sua cabeça bruscamente pelos cabelos. — Ahh, sim, entendi. — Excelente. É só não me deixar com raiva e você vai ter uma vida de rainha aqui, — ele disse, e a empurrou. — Vou chamar alguém para trazer algumas roupas e o almoço. Estarei de volta esta noite e, se você se comportar mal, serei informado e darei um jeito em você. — Entendi. Max sorriu quando Kyle respondeu. — Viu? Você já está aprendendo. — Max se aproximou de Kyle e deu um beijo em seus lábios. Kyle odiava gostar de seus modos dominadores e enérgicos, mas ela não podia ignorar que era bom beijá-lo. Seus lábios eram habilidosos e suaves, e ela sentiu um formigamento quando a boca dele tocou a sua. — Muito bom. Você vai perceber que eu não quero te machucar; só quero que você me escute. — Max não disse mais nada e saiu do quarto, trancando a porta atrás de si. Kyle estava com raiva de si mesma, sentia como se tivesse deixado isso acontecer. Ela deveria ter trabalhado mais e ganhado mais dinheiro para ajudar Ryan. Ela sabia que precisava sair dali. Ela precisava de um plano. Kyle tentou de tudo. Ela não era forte o suficiente para quebrar a porta, e as janelas estavam fechadas com parafusos. Não tinha saída. Ela se moveu pela sala, tentando pensar em qualquer coisa que pudesse fazer para sair. Depois de passar uma hora pela sala, ela ouviu a porta destrancar e viu entrar um homem tão bonito quanto Max. — Você deveria se acalmar, ou terei que contar a Max que você estava tentando fugir. — Quem é você?, — Kyle perguntou. — Meu nome é Dimitri. Aqui estão algumas roupas e alguém chegará em alguns minutos para te trazer comida. Sugiro que você relaxe um pouco. Dimitri não disse mais nada e saiu pela porta. Dimitri teve cuidado de não ultrapassar os limites, mas ele se sentiu atraído por essa menininha, como ele se referia a ela. Ele sabia que seu irmão ficaria louco se ele fizesse qualquer coisa sem consultá-lo primeiro. Ele ficou tentado a dizer a Max que ela se comportou mal para que pudessem puni-la. Ele tinha a sensação de que ela gostaria de sentir um pouco de dor com prazer. Dimitri não estava brincando quando disse que logo alguém chegaria com comida. Uma loira magra entrou com uma bandeja de comida. O prato tinha sopa, pão e macarrão. — Eu não tinha certeza do que você gostava, então peguei algumas coisas e imaginei que você poderia escolher ou comer tudo. — Obrigada, — foi tudo que Kyle conseguiu dizer antes que a garota fosse embora. Alguns segundos depois, a porta foi trancada novamente. Kyle se sentou à mesa e suspirou. Ela Kyle se sentou à mesa e suspirou. Ela queria sair dali; queria estar perto de pessoas; queria uma chance de ver a casa para que pudesse escapar. Ela não podia ficar aqui. Não queria fazer parte disso. * Kyle não tinha certeza de quando adormeceu; ela acabou de se lembrar ao ser acordada. Ela ficou confusa no início, e levou alguns segundos para se dar conta de que estava sendo forçada a viver com um homem a quem Ryan devia dinheiro. Um homem que ela achava atraente, mas assustador. Um homem de quem ela queria fugir, mas com quem queria ficar também. — Acorde, — a voz disse novamente. Ela rapidamente percebeu que era Max. — Acho que você ficou tão entediada que dormiu o dia todo. — Max deu uma risadinha. — Dimitri me informou que você tem sido uma boa menina. Ele também me disse que ficou intrigado com você do jeito que eu fiquei. Diga-me, abelhinha, quem você acha mais atraente: Dimitri ou eu? Para Kyle, isso é uma armadilha. Ela não sabia como responder à pergunta e temia ser punida por qualquer resposta que desse. — Nenhum dos dois. Não costumo achar sequestradores atraentes, — ela respondeu. — Nós não sequestramos você; você foi dada a nós. Há uma diferença. — Você o forçou. Qualquer um tomaria essa decisão se enfrentasse a possibilidade de levar um tiro. — Cuidado com o tom quando fala comigo, — Max a advertiu. Max puxou Kyle da cama e se inclinou para beijá-la. Ela sabia que era melhor não resistir e o beijou de volta. — Uma aluna que aprende rápido. Fico me perguntando o que mais eu poderia te ensinar. Max se abaixou e beijou Kyle de volta, desta vez dando um passo adiante e colocando as mãos em sua bunda. Ele apertou-a e puxou Kyle para mais perto. Kyle engasgou quando sentiu sua ereção. Ele aproveitou a oportunidade e enfiou a língua em sua boca e mordeu seu lábio. A mordida a fez soltar um pequeno gemido. O gemido era o que Max estava procurando, então ele interrompeu o beijo, satisfeito por obter uma resposta dela. — Parece que seu corpo gosta de mim, — ele disse com um sorriso malicioso. Kyle estava com raiva de si mesma por baixar a guarda e por gostar do que estava fazendo com ela. — Não se preocupe, abelhinha, haverá mais depois. Agora, prepare-se para o jantar e não me deixe esperando. Capítulo 3 Kyle sabia que Max estava falando sério quando disse para não fazê-lo esperar pelo jantar, então ela não perdeu tempo trocando as roupas que foram trazidas para ela antes. Depois de escovar o cabelo, ela saiu do banheiro e voltou para o quarto. Max estava sentado no sofá esperando por ela, e ele estava sorrindo. — Eu sabia que isso serviria em você. As roupas que ela vestia não revelavam muito. Eram justas, mas não curtas. A camisa colada exibia seu busto, o decote formando um V entre os seios. Ela sempre achou seus seios muito grandes e que atraíam atenção indesejada. — Vamos, — Max disse, agarrando seu braço. Ele a conduziu para fora da sala e escada abaixo. Ela esperava que eles estivessem saindo para jantar, mas suas esperanças foram destruídas quando ele virou à esquerda, em vez de seguir em frente quando chegaram ao fim da escada. Ele, então, a conduziu a uma enorme sala de jantar. Dimitri já estava sentado à mesa, esperando por eles. Kyle estava nervosa, não sabia o que esperar ficando sozinha com os irmãos. Max tinha avançado para cima dela, e ela achava que Dimitri iria respeitar seu espaço, mas, pelos olhares que ele estava lançando na direção dela, Kyle sabia que no fundo isso não aconteceria. — Você fez um ótimo trabalho escolhendo as roupas, Max, — Dimitri elogiou. — Obrigado, mas a visão não se compara ao tato, — Max disse, agarrando a bunda de Kyle. Ela corou e Dimitri percebeu. — Não me diga que você está tímida. Você gosta do que ele faz com você. Mal posso esperar para ver essa timidez toda quando eu colocar minhas mãos em você. Kyle sentiu que franzia a testa. Ela não queria que esses caras pensassem ser donos do seu corpo, mas ela não sabia como falar isso sem se meter em problemas. — Por que você não vai se sentar ao lado de Dimitri?, — Max disse a ela. Kyle seguiu seu comando e caminhou lentamente até Dimitri, que se levantou e puxou a cadeira para ela. Dimitri se sentou e olhou para Kyle antes de agarrar seu queixo e olhá-la nos olhos. Ela se sentiu confusa e um pouco assustada. Ela não sabia o que ele iria fazer. Dimitri se inclinou e a beijou. Kyle foi pega de surpresa porque teve a mesma sensação de quando Max a beijou. Ela ficou com raiva de si mesma porque queria beijá-lo de volta também. — Lembra o que eu disse sobre me beijar, abelhinha? Isso vale para Dimitri também. Kyle não queria descobrir o que Max queria dizer, então beijou Dimitri. Dimitri adorou toda aquela receptividade. As mãos dele desceram para a bunda dela, o que a assustou. Kyle o empurrou. Do outro lado da mesa, Max riu. — Acho que você foi um pouco atrevido demais com ela. Max se inclinou sobre a mesa e olhou Kyle nos olhos. — Isso me deixou com muito tesão, abelhinha. Mal posso esperar para te jogar em nossa cama e te foder até acabar com você. Os olhos de Kyle se arregalaram, ela não sabia o que fazer. Ela nunca tinha feito sexo; ela nunca tinha deixado um cara tocá-la em suas partes íntimas até agora, e ela não estava pronta para ir para cama com pessoas que ela não conhecia. Kyle balançou a cabeça negativamente, o que deixou Max com raiva. Ele não gostava de aceitar um não como resposta. — E melhor você me dizer por que está me dizendo não, Kyle. Kyle respirou fundo antes de ela responder. — Eu estou... EU... — Ela respirou fundo novamente. — Eu sou virgem e não quero perder minha virgindade com você ou com ele. Eu não sou uma prostituta com quem vocês podem fazer o que quiserem. Kyle se sentia confusa porque gostava dos beijos e dos toques, mas não queria aceitar que gostava. — Bom, o que você quer não é o que eu quero, e sempre consigo o que quero, custe o que custar. Max não a forçaria. Ele sabia que fazer sexo era algo importante para alguém como ela, e ele nunca gostou de estuprar mulheres. Ele apenas gostou do poder que as palavras lhe deram; as palavras o deixavam controlá-la. Max se recostou em sua cadeira quando a comida foi servida. Os três estavam sentados à mesa, comendo em silêncio. Kyle teve dificuldade em comer. Ela não queria que a noite acabasse. Ela temia que, se a noite acabasse, Max fosse atrás do que queria, e ela não estava pronta para isso — ou pelo menos era o que ela dizia a si mesma. Depois do jantar, Max levou Kyle de volta ao quarto, escada acima. Ela odiava ter que compartilhar o quarto com ele; não ter nem um espaço próprio. Assim que eles entraram na sala, Max trancou a porta e se virou para ela. — Eu quero que você tire a roupa e tome um banho. — Eu não preciso de um banho, — ela respondeu. — Foi um longo dia, e estou dizendo que você precisa relaxar, então tire a roupa e vá tomar um banho, — disse Max em tom zangado. Kyle começou a caminhar em direção ao banheiro. — Não — você tira a roupa aqui, na minha frente. Kyle ficou parado olhando para ele. Ela não queria que ele a visse nua. — Se você não começar a se despir, farei isso por você, e você sabe que o farei. Kyle sentiu como se fosse vomitar de tão nervosa. Ela lentamente tirou as meias, depois as calças e, enfim, a camisa, ficando só de calcinha. Max ficou ali olhando para ela, seus olhos percorrendo seu corpo. Ela podia ver o desejo em seus olhos. — Por que você parou? Você não pode tomar banho de calcinha. Kyle soltou um suspiro e puxou sua calcinha e, em seguida, lentamente desabotoou o sutiã, liberando seus seios. — Seu corpo é lindo pra caralho, — ele disse, enquanto se abaixava e colocava a boca em seu mamilo. Kyle não tentou impedi-lo. A sensação era avassaladora. Ela amou a umidade quente que envolveu seu mamilo duro e frio. Ela inconscientemente dobrou a parte superior do corpo para trás, dando a Max melhor acesso aos seus seios. Max mordeu seu mamilo, o que fez Kyle gemer. E ela não se deu conta que havia levado as próprias mãos para a nuca dele, segurando-o contra o peito até que o sentiu tirar as mãos dela. — Vá para o chuveiro. Kyle ficou sem graça e correu para o banheiro, fechando a porta. Ela tentou trancar, mas a fechadura estava quebrada. Ela sabia que Max tinha feito isso de propósito. Ele queria entrar quando quisesse. Kyle tentou tomar um longo banho, mas Max entrou, fechou a torneira e segurou a toalha aberta. Ela saiu do chuveiro e deixou Max enrolá-la na toalha. Max a guiou até a cama e disse-lhe para se deitar. — E minhas roupas?, — ela perguntou. — Sem roupas. Você vai dormir nua ou só com uma camiseta sem nada por baixo, e esta noite quero você nua. Max se virou e voltou para o banheiro. Não demorou muito para Kyle ouvir o chuveiro ligado e Max cantarolando. Ele saiu do banheiro, nu e esfregando o cabelo com uma toalha, e caminhou até a cama. Max colocou a toalha no pé da cama e se sentou ao lado de Kyle. — Quantos anos você tem?, — Max perguntou. — Vinte, — respondeu ela. Max se deitou, sem se preocupar em cobrir seu pau duro. — Você já fez um boquete? Kyle balançou a cabeça negativamente. — Ótimo. Deixa-me te ensinar. Vem aqui. Kyle nunca esteve tão perto de um pênis. Ela nunca tocou em um e só os viu em filmes. Ela estava envergonhada com o pedido dele. Max deu um tapinha na cama ao lado dela. — Não me faça pedir de novo, abelhinha. Kyle ficou de joelhos e se moveu em direção ao local que deu um tapinha. — De joelhos, — ele comandou. Kyle ficou de joelhos. — Muito bom. Agora, abra-os um pouco. Ela estava um pouco preocupada com o que ele iria fazer. Kyle abriu um pouco os joelhos, Max estendeu a mão e esfregou bem em seu centro. Ela enlouqueceu com aquela sensação. — Alguém já tocou em você assim antes? Ela balançou a cabeça para os lados. — Use suas palavras, — Max comandou. — Não. Só você, — ela suspirou. — Você quer que eu te mostre o quanto isso pode ser bom? Kyle soltou um gemido antes de responder. — Pode ser melhor do que isso? — Ah, você não tem ideia do que está perdendo. — Ele deu uma risadinha. Max se sentou e beijou Kyle nos lábios. Ele a beijou rudemente e botou mais pressão no seu núcleo. Max pegou uma de suas pernas, balançando-a sobre seu colo e continuou a esfregar no meio de suas pernas. A respiração de Kyle estava ficando curta e irregular, e Max sabia que ela estava prestes a explodir, então ele se abaixou e chupou seu mamilo. A sensação era o que ela precisava antes de gritar: — Caralho! Max riu do palavrão. — Viu, abelhinha? Da para ficar muito melhor. — O que você fez? — Eu te dei um orgasmo, e agora espero um em troca. Vou te ensinar como me dar um belo chupão. Capítulo 4 Kyle sentiu uma onda de desejo. Ela queria agradar Max do jeito que ele fez com ela. Ela colocou o pau dele na boca até que engasgou, e ouviu Max rir. — Pegue um pouco de cada vez, feche a boca e use muito pouco os dentes, — ele a instruiu. Kyle se abaixou e colocou a boca em volta do pau dele de novo e começou a movimentar a cabeça para cima e para baixo. Ela achou que deveria fazer algo com a língua, então girou em tomo da cabeça do pau dele e, então, voltou para a ponta, o que o fez gemer. — Isso, — Max grunhiu enquanto agarrava seu cabelo. Ele gostou da maneira como ela movia a língua e queria mais. Max segurou a cabeça dela pelos cabelos e enfiou o pau mais fundo em sua boca. Cada estocada ficava mais difícil, e logo Max estava atingindo o fundo de sua garganta. Seus olhos lacrimejavam e ela engasgava todas as vezes. — Eu vou gozar, e é melhor você engolir cada gota. — Max bombeou mais algumas vezes antes de terminar, e Kyle engoliu tudo. Ela imaginava que seria nojento e amargo, mas não achou o gosto ruim, além de ser um pouco salgado, e, odiava admitir, gostou de fazer com que ele perdesse o controle. — Você se saiu muito bem, abelhinha, — disse Max, beijando-a nos lábios. Quando ele se afastou, viu que ela estava carrancuda. — O que foi?, — ele perguntou. — Você me beijou sem eu lavar minha boca primeiro. Max riu. — Bom, não posso querer que você engula minha porra e eu fique com nojo disso. — Vem aqui. — Max puxou-a para perto dele. Suas costas estavam contra seu peito, e sua bunda pressionada contra o pau dele, que estava rapidamente ficando duro novamente. Kyle se contorceu um pouco e Max a manteve imóvel. — Apenas durma. Terminamos por esta noite, então relaxe. Kyle não achou que conseguiria adormecer tão rapidamente. Ela também não achou que se sentiria confortável dormindo nua com um homem que não conhecia. * Kyle acordou precisando usar o banheiro, mas estava presa com firmeza ao peito de Max. Ela estava com medo de que Max ficasse bravo se ela o acordasse, mas decidiu que era a melhor coisa a fazer. — Max? — Ela esperou alguns minutos e, quando ele não respondeu de novo, ela chamou um pouco mais alto. — O quê?, — ele disse em uma voz rouca. — Preciso ir ao banheiro, — Kyle respondeu com uma voz suave. Max gemeu e rolou para o lado, libertando-a. Ela correu para o banheiro e foi direto para a privada. Um pequeno arrepio percorreu seu corpo quando ela terminou de fazer xixi. Como já estava lá, decidiu que tomaria um banho para se aquecer. Ela adorava banho quente e ficou relaxando sob a água que caía até que começou a esfriar. Quando saiu do banheiro, Max já tinha ido embora, a cama estava feita e havia um conjunto de roupas limpas. Quando se vestiu, não sabia mais o que fazer, então decidiu verificar se a porta estava trancada. Ela girou a maçaneta e puxou levemente a porta, que se abriu. Kyle se empolgou. Ela se perguntou se Max teria esquecido de trancar a porta. Olhou para o corredor e, quando não viu ninguém, se dirigiu para as escadas. Kyle não perdeu tempo e desceu correndo os degraus. Lá embaixo, se deparou com guardas em ambos os lados da escada. Ela tentou parecer calma, mas ficou frustrada por não ter tido a oportunidade de escapar. Ela ouviu vozes ao fundo e decidiu segui-las. As vozes a levaram para a sala de jantar, onde estavam Max e Dimitri. — Aí está minha abelhinha, — disse Max, que se levantou e deu um beijo nela. — Aqui — tome seu café da manhã, — Dimitri disse, enquanto colocava um prato de comida na mesa. Ela se sentou entre Max e Dimitri, sem saber o que fazer, então comeu em silêncio enquanto os homens conversavam entre eles. — Ona krasivaya, — um dos homens disse, olhando para Max. — Da,, — ele respondeu ao homem. Max se virou para Kyle. — Anatoli aqui disse que você é bonita. — Obrigada, — foi a única coisa que Kyle conseguiu pensar em dizer ao homem. — Ostav 'nas, — foi tudo o que Max disse, e todos os homens, exceto Dimitri, partiram. — Que língua era essa?, — Kyle estava curiosa; ela só sabia que eles não eram americanos. — Russo, myshka, — Dimitri respondeu a ela — Hoje você vai passar um tempo com Dimitri. Ele vai levar você para passear. Não abuse do privilégio, — Max a advertiu. — Entendi, — ela respondeu automaticamente. — Viu, Dimitri? Aprendeu muito rápido, mas, da próxima vez, acho que prefiro ouvi-la dizer: 'Entendi, senhor'. — Entendi, senhor, — ela respondeu. — Gostei disso. Você será recompensada mais tarde se for boazinha com Dimitri. — Depois que ela terminou de comer, Dimitri juntou suas coisas e a levou até o carro. Kyle estava animada por sair de casa. Ela ficou lá apenas por um dia, mas sair de lá a fez se sentir menos aprisionada. — Para onde estamos indo? — Paciência, myshka. Você vai ver. Kyle percebeu que embora ela estivesse em um carro sozinha com Dimitri, havia um carro atrás deles. — Por que eles estão nos seguindo? — Muito observadora, — Dimitri disse, com uma pitada de orgulho. — Eles estão lá para nos proteger e para garantir que você não fuja. — Vocês não podem me manter aqui para sempre, — afirmou Kyle. — Não vamos. Você vai acabar ficando por vontade própria. Você não vai resistir à conexão que temos. Kyle sabia que Dimitri estava certo. Ela se sentia atraída por eles. Ela não era contrária ao que eles estavam fazendo com ela. Mas sentia que precisava estar contra eles por causa do tipo de pessoa que eles eram. Ela ficou quieta, apenas prestando atenção ao passeio, e ficou animada quando começou a ver a água. — Você está me levando para a praia? Dimitri sorriu para ela. — Sim. Você já esteve lá?, — ele perguntou. — Não. Ryan nunca teve tempo para me levar. — Bem, vou garantir que você nunca se esqueça dessa viagem para a praia. A maneira como ele disse isso fez um arrepio percorrer seu corpo, e ela sentiu uma onda de excitação. Capítulo 5 Kyle estava animada. Ela nunca tinha ido à praia e acreditou quando Dimitri disse que eles iriam se divertir. Ela podia sentir a sinceridade dele em fazer desta a melhor viagem à praia para ela, mas sentia que a ideia dele de diversão era bem diferente da dela. Dimitri parou em um estacionamento arenoso próximo a uma casa de praia. A casa não era tão grande quanto aquela para a qual ela fora levada, mas era maior do que qualquer apartamento ou casa em que ela já havia morado. Era uma casa com paredes azul pastel do lado de fora e venezianas brancas, e ela poderia dizer que havia pelo menos três níveis por causa das janelas. Dimitri levou Kyle pela mão para dentro de casa e puxou-a para um grande quarto no primeiro andar. Ela imaginava que cada quarto fosse decorado com um tema de praia, mas este era bem masculino. As cores eram preto e branco. A cama era enorme; parecia maior do que uma king-size. Ela foi até a cama e deitou-se, sem conseguir resistir à vontade de ver como era confortável. — Nossa, que delícia de cama. Mais confortável do que a cama do Max, que eu pensei que fosse a cama mais confortável em que já deitei. Dimitri riu dela. — Fico feliz que você gostou da minha cama, myshka. A que tenho em casa é igual. Se você for boazinha, deixo você dormir nela esta noite. O rosto de Kyle ficou vermelho; ela sabia o que Dimitri queria dizer com dormir nela. Ela percebeu que não odiava a ideia de estar com ele. Ela se sentia mais confortável com ele até do que com Max. — Não precisa ficar com vergonha — é só uma cama, — ele disse, piscando para ela. — Agora, precisamos trocar sua roupa. — Ele ordenou que ela colocasse o biquíni que ele entregou a ela. Era um biquíni branco muito pequeno comparado ao que ela considerava um biquíni, mas fez o que Dimitri mandou. Ela sabia que ele era igual a Max e queria que se trocasse na frente dele, então fez o que ele esperava. Ela tirou a camisa e o short e, lentamente, começou a tirar a calcinha e o sutiã. Era estranho para ela se despir na frente de um homem, mas secretamente gostou daquilo, dava-lhe confiança quando a olhavam, especialmente quando os olhares deles se demoravam um pouco mais. Dimitri caminhou até ela e acariciou seu rosto com o dedo. — Khoroshen'kiy. Kyle não tinha ideia do que ele disse, mas fez sua respiração acelerar, e ela sentiu sua pele formigar onde o dedo de Dimitri tocou seu rosto. Ele pegou o biquíni e a ajudou a vesti-lo. Ele a levou até o espelho de corpo inteiro para que ela pudesse se ver. — Viu? Você é linda, — ele disse. — Foi isso que você falou agora? — Sim. Seu corpo é lindo e você não deveria escondê-lo, — ele disse, dando um beijo em sua testa. Kyle olhava para o corpo dela, acreditando em Dimitri quando ele dizia que ela era linda. Dimitri pegou uma cesta que estava no canto da sala, deu a mão para Kyle e a levou para a praia. Eles pararam a alguns metros de distância da água, e Dimitri colocou a cesta no chão e começou a arrumar as coisas. Ele puxou um cobertor e o estendeu, prendendo-o na areia para que não voasse. Dimitri se sentou sobre o cobertor e deu um tapinha no espaço ao seu lado. — Por favor, sente-se aqui, de frente para a água. Kyle ficou surpresa de ouvi-lo dizer por favor, mas fez o que ele disse porque ela sabia que, ainda assim, era uma ordem. — Não quero que você queime essa pele linda, — disse ele, e começou a passar protetor solar nela. Dimitri transformou aquilo em um momento sensual; suas mãos faziam cócegas em sua pele enquanto ele acariciava suas costas e braços. — Vire-se, — Dimitri disse, e Kyle não hesitou. Ela se virou e o encarou. Quando ela se acomodou, ele começou a aplicar o protetor solar na parte da frente do corpo dela. Sentada lá, cara a cara com ele, ela viu o rosto de Dimitri. Ele tinha uma cicatriz no olho direito. Seu cabelo era curto, quase totalmente raspado, e ela se perguntou como era o corpo de Dimitri sob suas roupas. — Você está com tesão, myshka?, — Dimitri perguntou. — Sim... — Ela fez uma pausa para poder organizar seus pensamentos sobre o que diria a seguir. — Você faz eu me sentir sexy quando passa o protetor solar desse jeito. — Ótimo, então fiz o que eu precisava fazer. Agora, dê-me suas pernas. Kyle descruzou as pernas dela e entregou-lhe o pé esquerdo. Ele aplicou protetor solar nos dedos dos pés e subiu por sua perna até chegar à parte superior das coxas. Kyle podia sentir a umidade em seu núcleo e tinha certeza de que Dimitri podia ver o quanto a parte de baixo do biquíni dela estava molhada, mas ele não disse uma palavra e passou para a outra perna dela. — Só há mais um lugar para eu passar. Fique de pé. — Mesmo que parecesse uma ordem, Dimitri a ajudou a se levantar. Quando eles estavam de pé, Dimitri a virou de costas para ele. Ele se ajoelhou e colocou um pouco de protetor solar na palma da mão e esfregou na bunda dela. Enquanto ele estava passando o creme, se inclinou para frente e a mordeu. Em vez de um grito, ela soltou um gemido e Dimitri soltou uma risada. — E bom saber que você gosta de um pouco de dor. Agora é a sua vez, — ele disse, brincando, e piscou para ela. Kyle pegou o frasco de protetor solar, Dimitri tirou a camisa e deitou- se de bruços para que ela pudesse começar a passar o creme em suas costas. Enquanto ela esfregava o protetor solar, ela examinou cada centímetro de seu corpo. Seus músculos eram definidos. Ele tinha pequenas cicatrizes que revestiam a parte inferior das costas e sua pele era macia. Quando ela começou a esfregar a parte de trás das pernas dele, percebeu que ele também não tinha cabelos ali. Este homem era um deus sem pelos, e ela o adorava. — Você pode se virar, por favor? Sem emitir um som, Dimitri virou o corpo, colocou as mãos atrás da cabeça e se deitou. Kyle começou a aplicar o protetor solar no seu peito. Ela esperava estar fazendo isso direito, mas ele não deu nenhuma indicação. Não até ela mover as mãos na direção da cintura dele, aí se deu conta que algo interessante estava acontecendo ali embaixo, então, ela tentou ignorar sua ereção e foi em direção a suas pernas. — Pronto, tudo feito, — ela disse. — Ótimo, só falta uma coisa. Capítulo 6 — Ótimo, só falta uma coisa. — Dimitri deu um pulo, jogou Kyle por cima do ombro e começou a correr em direção à água. Kyle soltou um grito quando ele deu um tapa em sua bunda, fazendo com que seu grito rapidamente se transformasse em risos. — Não me jogue na água, — Kyle exigiu. — Que engraçado, myshka. Você não tem autoridade aqui, — Dimitri disse enquanto entrava na água. Quando a água alcançou sua cintura, ele parou e a jogou no mar. Kyle respirou fundo quando voltou à superfície. — Isso não foi justo, Dimitri, — ela disse, rindo. — Mas você gostou, e isso é o que importa, — disse ele com um sorriso malicioso. Dimitri nadou até ela e a puxou para perto dele. Kyle derreteu em seu abraço, apenas para ser enganada por ele. Ele a pegou e jogou na água novamente. Desta vez, Kyle começou a rir. — Tudo bem, esse foi por minha conta. Engane-me uma vez, o errado é você. Engane-me duas vezes, a errada sou eu, — ela disse enquanto ria. Dimitri se aproximou de Kyle novamente, mas desta vez ela hesitou. — Vamos até ali, — Dimitri disse, puxando-a em direção ao píer de madeira. — Teremos um pouco mais de privacidade, — foi tudo o que ele disse antes de apoiá-la em um dos postes. Kyle não se conteve e colocou os braços em volta do pescoço de Dimitri e envolveu as pernas dela em volta da cintura dele. Ela engasgou quando sentiu sua ereção cutucando seu núcleo. — Não se preocupe, myshka, não vou tirar sua virgindade aqui. Kyle ficou com o rosto vermelho; ela estava envergonhada por ele saber que ela era virgem. — Nada para se envergonhar. E renovador, — Dimitri disse enquanto se inclinava e a beijava. O beijo de Dimitri era diferente do de Max. Max era dominador, enquanto Dimitri era apaixonado e gentil. Ambos os homens eram dominantes, mas de formas diferentes, e Kyle gostava disso. Eles a atraíam de maneira diferente, e ela gostava dos dois. Kyle interrompeu o beijo para tomar um ar e olhou nos olhos de Dimitri. Ela tinha tantas perguntas para este cara. Ela queria saber tudo sobre ele. Como ele arrumou essas cicatrizes, por que a queria e como eles acabaram nesse estilo de vida. — Qual é o seu sobrenome?, — Kyle perguntou. — Para cada pergunta que você fizer, eu posso te fazer duas perguntas... — Combinado, — ela respondeu rapidamente. — Você não me deixou terminar, myshka. Para cada pergunta que você fizer, eu posso fazer duas perguntas e te beijar, mas você já concordou, então vá em frente e faça sua pergunta. — Qual é o seu sobrenome? ela perguntou. — Mesmo? É isso que você quer saber?, — Dimitri parou por um momento. — É Volkov. — Dimitri Volkov... Gostei, — disse ela, sorrindo para ele. — Qual é o seu nome? Kyle tem que ser diminutive para alguma coisa, — Dimitri disse. — Seu irmão me perguntou a mesma coisa, mas eu não respondi. Eu estava com raiva dele e não quis ceder a ele. Dimitri riu. — Então, qual é o seu nome? — É Kylah Anastasia, mas meu irmão sempre me chamou de Kyle, então é como eu uso. — Bom, eu gosto do seu nome completo. Vou te chamar assim agora. Minha segunda pergunta. Isso vai te deixar com vergonha, mas quero que você me responda honestamente, ok? Kyle assentiu. — Você quer que eu toque em você? — Sim, — ela sussurrou. — Agora, o beijo, — Dimitri disse enquanto colocava o rosto em seu pescoço. Ele beijou ao longo de seu pescoço e levou a mão ao seu seio. Kyle soltou um gemido quando ele beliscou seu mamilo duro. Assim que Kyle estava começando a sentir o desejo se acumular, Dimitri se afastou do pescoço dela e tirou a mão. Kyle bufou. — Nossa doce menina gosta de ser travessa, — Dimitri disse com um sorriso malicioso. — É a sua vez de fazer uma pergunta. — Humm, não tenho certeza do que quero perguntar a você, deixe- me pensar por um segundo. — Ela se agarrou a Dimitri, pensando em sua próxima pergunta. Ela pensou na segunda pergunta e imaginou que era um pouco ousada, que iria pegá-lo desprevenido. — Tudo bem, minha segunda pergunta, — ela disse com um sorriso. — Se eu pedisse para você me dar orgasmo agora, você faria isso? — Num piscar de olhos, — respondeu ele. Kyle corou com o que estava prestes a confessar a ele. — Eu tive meu primeiro ontem à noite, e eu realmente gostei, — ela disse a ele. — Eu sei. Max e eu conversamos sobre você esta manhã. Ele me contou como sua boca inexperiente era ótima e como você obedeceu às ordens tão bem. — Ele me disse em detalhes como você estava linda quando gozou em seus dedos. Você quer que eu faça você gozar em público? — Sim, — ela disse com confiança, mas, ainda assim, corou. Dimitri não perdeu tempo e desamarrou a parte de cima do biquíni dela, deixando seus seios livres, e a puxou para cima no poste de madeira para poder acessar seus mamilos. Ele abaixou a cabeça e levou um mamilo à boca, mordendo-o levemente e depois o acalmando com a língua. Kyle já estava soltando gemidos suaves. Dimitri levou a mão para o espaço entre os seios de Kyle e deslizou até a parte inferior do biquíni, segurando seu núcleo. Kyle empurrou os quadris contra a mão de Dimitri, mas ele decidiu trocar a mão dele por sua ereção, mas, quando ele tirou a mão, Kyle bufou. — Continue. Pressione seu corpo no meu, — ele disse. Kyle se sentiu um pouco tímida, mas continuou. Ela percebeu que gostava assim porque podia controlar a pressão sobre seu clitóris. Dimitri soltou um gemido quando ela começou a acelerar, e ele queria que ela alcançasse seu orgasmo. Ele queria vê-la perder o controle. Sua respiração estava ficando rápida e superficial, e ele sabia que ela estava perto. Para ajudá-la, ele a segurou quieta e começou a pressionar sua ereção pelo tecido em seu núcleo. — Essa. Sensação. É. Incrível, — ela engasgou entre as estocadas. — Dimitri!, — Kyle gritou quando atingiu o clímax. Dimitri deu mais algumas estocadas antes de ele mesmo gozar. Ele colocou o rosto na curva de seu pescoço para recuperar o fôlego. — Você me fez agir como um garoto do ensino médio, — Dimitri disse com uma risada. — Isso foi melhor do que a noite passada, — ela disse a ele. — Não deixe Max saber disso. Ele vai tentar fazer melhor, — Dimitri disse, divertido. Kyle olhou para Dimitri, sorrindo. Ela se sentiu feliz pela primeira vez em dois dias. Dimitri adorava ver o sorriso de Kyle. Ele esperava poder continuar a fazê-la sorrir. Capítulo 7 Max estava com raiva por não poder passar o dia com Dimitri e Kyle na praia. Ele sabia que Dimitri teria o que queria com Kyle e gostaria de estar ali para se juntar a eles, mas estava preso cuidando dos negócios. — Agora, me diga para quem você trabalha, — ele exigiu do homem que estava amarrado à cadeira. 'Foda-se, — respondeu o homem. Max acenou com a cabeça para Anatoli, e Anatoli caminhou até o homem desconhecido e enfiou uma faca em sua perna. O homem gritou de dor. — Você vai ter que me matar porque eu não vou contar. Max deu dois socos no rosto do homem. — Você terá que fazer melhor do que isso, — disse ele a Max. Max estava ficando nervoso. Ele queria saber quem estava por trás daquele golpe em sua vida. Ele sabia que havia uma nova organização se instalando na área, mas não sabia quem estava no comando ou o que eles queriam com seu território. — Vamos fazer o seguinte, se você me contar para quem você trabalha, não vou te matar. Vou deixá-lo preso até matar seu chefe, e então vou libertá-lo. O homem olhou Max nos olhos. — Você pode me matar porque não vou te dizer, e eu protegeria aquela linda morena se eu fosse você. Ela é uma gracinha, e seria terrível se alguém fizesse algo com ela. Max não hesitou e apontou a arma para a cabeça do homem. Ele disparou, matando-o instantaneamente. Ele deu instruções a Anatoli para limpar a bagunça antes de ir para casa. Como diabos eles sabiam sobre Kyle? Ela está conosco há apenas dois dias, Max pensou consigo mesmo. Ele ficou intrigado com a informação que o homem tinha. Talvez eles tenham câmeras ou escutas em casa, pensou consigo mesmo. Max não era de esquentar a cabeça, mas ter um espião ou agente infiltrado na organização o preocupava. Ele precisava descobrir como aquele homem sabia de algo tão recente. Quando Max voltou para casa, Dimitri já havia estado lá depois de passar o dia com Kyle. — Onde está minha abelhinha?, — ele perguntou a Dimitri. — Ela está no meu quarto, tirando uma soneca. Eu a cansei muito. — Bem, espero que você tenha se divertido com ela, — disse Max com um sorriso. — Como foi tudo hoje?, — Dimitri perguntou. — Antes de falarmos sobre qualquer coisa a fundo, precisamos fazer uma varredura na casa. Acho que estamos sendo grampeados ou filmados. Ele sabia que Kyle estava aqui, — Max disse. — Como?, — Dimitri ficou surpreso e zangado porque sabia que isso significava que alguém os traiu. — Acho que você sabe como posso saber pela sua cara. Max se sentou ao lado de Dimitri. — Então, me conte como foi hoje. — Dimitri sorriu para ele. — Você não estava errado quando me disse que vê-la gozar foi a coisa mais sexy que você já viu. Max estava ficando duro só de pensar em Kyle nua em sua cama, repetindo a noite anterior. — Ela foi muito mais ousada hoje, então acho que você quebrou o gelo, — Dimitri disse a ele. — Ela me pediu para fazê-la ter um orgasmo em público. — Mentira, e eu perdi isso? Vou ter que me divertir um pouco com ela mais tarde para compensar. Foi só isso? — Trocamos informações. Descobri o nome completo de Kyle, — Dimitri se gabou. — E Kylah Anastasia. Max se recostou no assento com as mãos atrás da cabeça. — Agradável. Nome russo. Eu me pergunto se ela sabe disso, e me pergunto se ela tem algo russo nela. Tem certeza que ela está dormindo?, — ele perguntou. — Sim, deixe-a em paz. De qualquer forma, o que vamos fazer com o traidor? — Acho que teremos que atraí-lo. — Precisamos ficar atentos a qualquer movimento suspeito e até descobrirmos quem é, Kyle não tem permissão para sair de casa sozinha, nem mesmo ficar do lado de fora da propriedade, — Max disse ao irmão. Eles ficaram lá sentados, pensando em um plano para seguir em frente, sabendo que informações vazariam. Ambos concordaram que precisavam descobrir quem era o líder da nova organização antes que eles colocassem as mãos em Kyle ou em qualquer outra coisa relacionada ao grupo deles. * Max não aguentava mais esperar para ver Kyle. Ele a deixou dormir por duas horas, e achou que já era o suficiente. Ele não queria que ela dormisse durante o jantar — essa foi sua desculpa para acordá-la. Max foi até o quarto de Dimitri e lentamente entrou. Ele parou para encará-la. Ela estava deitada de bruços com os braços cruzados sob o travesseiro. Para Max, ela era uma das mulheres mais bonitas que ele já tinha visto e que, dormindo, ela parecia mais inocente do que realmente era. Max foi até ela e puxou as cobertas. Kyle não estava usando calça. Ela estava vestindo uma camisa e uma calcinha. Max puxou a camisa um pouco para cima e acariciou sua bunda. — Acorda, abelhinha, — disse ele, dando tapinhas nela. Kyle soltou um gemido e rolou com um suspiro. — É hora de levantar e se juntar a nós lá embaixo. Tenho certeza que este quarto ficou chato. — Esta cama é tão confortável, — ela murmurou. — Bem, podemos voltar aqui mais tarde, e se você for boazinha, será com nós dois, — Max disse a ela. Kyle não sabia o que pensar. Ela nunca pensou que iria querer dois homens ao mesmo tempo, mas, agora, o pensamento era atraente para ela. — Posso te fazer uma pergunta?, — ela perguntou a Max enquanto se sentava. — Você sempre pode perguntar, mas isso não significa que sempre responderei, — Max respondeu. — Justo. Você não acha estranho compartilhar mulheres com seu irmão? Max não esperava que ela fosse tão precipitada em tentar entender tudo isso. — Não é estranho para ele e nem para mim. Estamos acostumados a compartilhar mulheres. Fazemos isso frequentemente. As mulheres tendem a não se apegar a nós se compartilharmos. — Mas você, abelhinha, é aquela a quem estamos nos apegando. Você atende às nossas necessidades muito bem individualmente, e aposto que vai atendê-las bem juntos. Max se abaixou e a beijou nos lábios. — Agora vá se vestir e desça. Eu não quero que outros caras vejam você assim até que eu queira que eles vejam. Capítulo 8 Kyle fez o que Max disse, e os encontrou no andar de baixo, então se sentou entre eles no sofá. Outras pessoas se juntaram a eles. Dimitri puxou o rosto dela em direção a ele e deu-lhe um beijo na frente de todos, fazendo o rosto dela ficar vermelho. Ela se sentia tímida em demonstrar afeto a eles na frente das pessoas. Ela tinha medo de que as pessoas a julgassem. — Queríamos apresentá-la a algumas pessoas hoje, myshka, — Dimitri disse. Kyle olhou para todos, como se todos estivessem olhando de volta para ela. — Vamos começar com Mike, — disse Max. — Mike é um de nossos executores; ele vive para espancar geral, e a senhorita sentada nele é Sarah. — O cara à direita de Mike é Jason, e ele é outro executor. Ele é o policial bom para o policial mau de Mike. Max levou um momento para deixar Kyle absorver a informação. — Este é Andrei e sua futura esposa, Jessie. Então temos Anatoli bem ali, e Gemma ao lado dele. — E um prazer conhecer vocês, — Kyle respondeu. Todos eles acenaram para ela e cumprimentaram-na respeitosamente. — Eu queria que você os conhecesse porque Anatoli e as meninas irão levá-la às compras. — Max a agarrou pelo queixo e a fez olhar para ele. — Você deve se comportar da melhor maneira possível. Você deve comprar roupas com as meninas e voltar. Anatoli irá me atualizar e, dependendo de como você se comportar, será recompensada ou punida. Você entendeu? — E-entendi, — ela disse. — Muito bom. — Max a beijou como recompensa por responder a ele. — Agora, vá colocar seus sapatos e se preparar para sair. Kyle passou a maior parte do trajeto observando Jessie, Sarah e Gemma. Ela percebeu que elas eram próximas e se sentia deslocada. Ela não achou que se daria bem com elas. — Por que você está tão quieta?, — Gemma perguntou a ela. Kyle não soube o que responder. Ela sempre foi quieta. — Eu não sei. Sempre fui assim, — disse. — Bom, garota, vamos consertar isso. Você está com Dimitri e Max e, embora eles gostem de garotas submissas, também gostam de conversar, — acrescentou Jessie. Quando chegaram à primeira loja, Gemma puxou Kyle direto para a seção de lingerie. — Eu não preciso de nada disso, — Kyle protestou. — Não fale besteira. Você está com dois dos caras mais gostosos do pedaço — você precisa de algo para deixá-los loucos. — Que tal esse? Sarah ergueu um conjunto de uma peça. Era de renda branca e transparente. O top imitava a parte de cima de um biquíni, mas tinha um cordão descendo de cada lado e conectando-se à calcinha, que cobria apenas a frente, também transparente. — Não tem nada aí, — disse Kyle, enquanto o rosto dela ficava rosa. — Exatamente. Toma, vai lá experimentar, — disse Gemma, entregando o conjunto a Kyle. Kyle apenas ficou lá até que Sarah a forçou a entrar na cabine com ela. — O que você está fazendo?, — Kyle gritou. — Relaxe, estou apenas ajudando você a experimentar, — Sarah disse calmamente. — Qual é o problema de vocês que eu tenho que tirar a roupa na frente de todo mundo? Sarah deu uma risadinha com o que Kyle disse. — É assim que as coisas são por aqui. Agora, experimente a maldita coisa, — Sarah comandou. Kyle experimentou a peça e teve que admitir que era confortável, além do mais, ela se sentia sexy. — Seus seios ficaram um tesão nesse negócio. Os caras vão enlouquecer, — disse Sarah. Kyle corou com as palavras dela. — Posso me trocar de volta? — Kyle perguntou. — Espere um segundo..., — Sarah disse a ela. — Anatoli, o que você acha? Kyle estava mortificada. — Eu acho que se ela tivesse usado isso antes, eles estariam fodendo-a até agora. Kyle estava furiosa. — Deem o fora, vocês dois. — Tenha cuidado com o seu tom, menina. Não nos desrespeite, — Anatoli a advertiu. — Eu não estou nem aí; vocês dois passaram do limite, — Kyle disse, empurrando-os para fora. Kyle não conseguiu se acalmar depois disso. A única pessoa que não a estava irritando era Jessie, então Kyle passou a dar atenção somente a ela. * Quando Kyle chegou em casa, nem Max, nem Dimitri estavam na parte principal da casa. Ela imaginou que eles estivessem no escritório ou no quarto, então subiu as escadas. Já que Dimitri disse que ela dormiria na cama dele esta noite, ela foi para o quarto dele. Kyle estava exausta, então foi até o armário de Dimitri, encontrou uma camiseta dele e deitou na cama. Kyle estava quase dormindo quando a porta se abriu. — Por que você não veio até nós quando chegou em casa?, — Dimitri perguntou. — Eu não sabia onde você estava e você não me disse se eu tinha permissão para incomodá-lo ou não, então vim para cá. — Certo, faz sentido, — Dimitri disse, acenando com a cabeça. — Algo aconteceu enquanto estávamos fora, — Kyle respirou baixinho. A declaração chamou a atenção de Dimitri, e Kyle percebeu que ele estava ficando nervoso. — Eu fiquei brava e fui rude com Sarah e Anatoli. — Kyle observou Dimitri em busca de uma reação, mas sua expressão facial não mudou. — O que aconteceu? Quero que você me conte tudo. Kyle passou um tempo explicando a Dimitri sobre a história da lingerie e, quando ela terminou, Dimitri estava visivelmente zangado. Ela não sabia se ele estava bravo com ela ou com Sarah e Anatoli; ela só sabia que não queria estar perto dele assim. Dimitri foi até Kyle e a puxou para fora da cama. Kyle estava apavorada. Ela não sabia o que fazer. Ela ficou quieta, esperando não irritá-lo mais. Ele a arrastou para fora da sala e pelo corredor até um lugar onde Max e Anatoli estavam. — O que ela fez?, — Max perguntou, pulando de sua cadeira. — Não foi ela, — Dimitri ferveu. — Foi ele. — Ele apontou para Anatoli. — Ele a viu praticamente nua porque Sarah a forçou a mostrar o que ela estava experimentando. — Dimitri explicou a Max o que Kyle havia lhe contado. Max teve a mesma reação e quis socar Anatoli. — Parem!, — Kyle gritou. — Só contei o que aconteceu para que vocês não pensassem que me comportei mal. Eu não queria que ninguém se metesse em problemas. Ele só entrou no trocador por causa de Sarah. Max recuou e segurou o rosto de Kyle. — Ele fez você se sentir desconfortável? — Ele perguntou a ela. — Sim, mas você também, e Dimitri também. Todo mundo aqui faz. Vocês são totalmente abertos sobre sexo e sobre seus corpos, mas eu não sou. Então, todo mundo me deixa desconfortável. — Como eu disse, não queria ter problemas por ter sido rude. Max não disse nada, apenas a beijou. Ele estava feliz por Kyle estar falando mais do que algumas palavras. Isso foi o máximo que ela falou com eles desde que chegou aqui, e ele não queria estragar isso. Ele queria que ela ficasse, e ele sabia que, para fazê-la ficar, ele tinha que deixá-la mais confortável. Capítulo 9 Após a pequena explosão de Max e Dimitri, Kyle se viu de volta ao quarto de Dimitri com os dois homens. — Estou encrencada?, — ela perguntou a eles. — Não, myshka, — Dimitri disse enquanto beijava a testa dela. — Lamento ter causado um problema. — Não fala besteira. De qualquer forma, você nos mostrou que temos um problema, — disse Max. 'Não entendi, — ela disse, nervosa. — Nós gostamos de você e estamos acostumados a conseguir o que queremos quando queremos, mas você... você não. — Você é inocente e é obrigada a estar aqui, por isso precisamos diminuir o ritmo e fazer você se sentir mais como uma hóspede do que como uma prisioneira, — explicou Max. — Mas não é isso que eu sou? — Longe disso, abelhinha. Você gosta de nós e responde a nós. Você é teimosa. — Max sorriu para ela. — Posso provar agora que você não só gosta de nós, mas também quer estar conosco. Max e Dimitri gostavam de ver Kyle envergonhada. Ela não sabia lidar quando o assunto era sexo. Ela sabia o básico, mas seu irmão nunca teve uma conversa aberta com ela sobre sexo, então ela não sabia como lidar com Max e Dimitri. * Max e Dimitri deixaram Kyle em casa enquanto cuidavam de algumas coisas. Eles deram ordens estritas a Anatoli para que Kyle não saísse de casa. — Quando eles devem ser enviados?, — Max perguntou a um dos homens que guardavam o carregamento. — As 3 da manhã, — ele respondeu. Dimitri olhou para o relógio. — Em duas horas? — Sim... — Tudo vai estar pronto em duas horas?, — Max interrompeu. — Deveria estar, — respondeu o homem. — Ótimo. Se alguma coisa acontecer com esta remessa, como aconteceu com a última, sua vida está em jogo, — Max ameaçou. A remessa deveria ser enviada para a Rússia. Continha de tudo, desde armas a drogas, e era uma fonte significativa de renda para a organização. Max tinha a sensação de que a pessoa que queria acabar com ele tinha laços com a Rússia, já que parecia haver um duas caras dentro da organização. — Vamos deixá-los em paz e voltar para casa, — Dimitri afirmou. — Se alguma coisa acontecer, nos avise, — disse Max, saindo com seu irmão. Enquanto eles se aproximavam do carro, Max percebeu um SUV preto dirigindo em direção a eles e tentou gritar para avisar Dimitri e os guarda-costas, mas o SUV começou a atirar neles. Max e Dimitri sacaram suas armas, atirando de volta. Os guarda- costas estavam caídos e os dois tentavam chegar ao carro para se proteger. Assim que eles se aproximaram do veículo, uma bala atingiu Dimitri. — Dimitri!, — Max gritou. Max correu até Dimitri para ajudá-lo a se levantar. Quando eles chegaram ao carro, Max empurrou Dimitri na parte de trás e sentou no banco do motorista. — Você está bem?, — Max perguntou freneticamente a Dimitri. — Da. Apenas chame o médico. — A bala atingiu seu ombro, e ele estava sangrando muito, encharcando tudo o que Max tentava colocar para estancar. Max correu de volta para casa e ligou para Anatoli, exigindo que o médico estivesse lá esperando sua chegada. Como pudemos ser tão estúpidos?, Max perguntou a si mesmo. Ele sabia que deveria ter levado mais gente, e agora seu irmão iria pagar pelo erro. Eles chegaram à casa e Anatoli correu para ajudar Max a trazer Dimitri para dentro. — O médico preparou a cozinha para ele. Ponha-o na mesa, — gritou Anatoli. Dimitri gemeu de dor quando o deitaram. Kyle desceu correndo as escadas depois de ser acordada com o barulho. — O que aconteceu?, — Kyle perguntou e não recebeu resposta. Eles estavam todos focados em Dimitri. Kyle foi até Dimitri e olhou para ele. Ela ficou horrorizada. Ele estava pálido e coberto de sangue. Ela agarrou a mão de Dimitri e a segurou com força. Dimitri olhou para ela, e ela podia ver o medo em seus olhos. — Vai ficar tudo bem — eles estão cuidando de você, — ela tentou tranquilizá- lo antes que ele desmaiasse. — O que há de errado com ele?, — Max perguntou. — Ele perdeu muito sangue; precisa de mais. Vocês têm o mesmo tipo sanguíneo?, — o médico perguntou a Max. — Não. Pais diferentes, — ele disse ao médico. — Merda. Não temos tempo para fazer o teste, — afirmou o médico. — Posso doar o sangue, — Kyle falou. — Não, você não pode, — disse Max, interrompendo-a. — Eu sou O Negativo — doador universal, certo?, — ela perguntou, olhando para o médico. — Correto, — confirmou o médico. — Então estou de acordo com a transfusão. Apenas certifique-se de que ele está bem. Capítulo 10 Kyle estava esperando Dimitri acordar. Ela queria ter certeza de que ele estava bem. — Quando você acha que ele vai acordar?, — ela perguntou ao médico novamente. — Ele perdeu muito sangue, mas deve acordar em algumas horas. Kyle acenou com a cabeça e continuou sentada ao lado dele. Eles estavam no quarto de Dimitri; eles queriam que ele ficasse confortável e sua cama era o melhor lugar, e Kyle não queria deixá-lo. — Você não precisa ficar aqui. Kyle ficou surpresa. Ela não percebeu que Max estava lá. — Não. Gostaria de estar aqui quando ele acordar, — respondeu ela. Max olhou para ela e deu um sorriso genuíno. — Ele vai gostar disso. Se você precisar de alguma coisa, me avise. Max saiu do quarto e fechou a porta atrás de si. Ela sabia que Max se culpava, mas não era culpa dele. Com base no que ela ouviu, eles foram emboscados e não tiveram tempo de escapar. Kyle não queria sair do quarto para dormir, então ela tirou a camisa e a calcinha e subiu para se aninhar do lado direito de Dimitri. Ela se sentia confortável ao lado dele; sentia como se os irmãos fossem dela o tempo todo. Ela não sabia por que não tinha medo deles e apenas medo do que estava disposta a fazer perto deles. Tudo era novo para ela. Dimitri acordou com dor, mas ele ignorou a dor quando percebeu que Kyle estava aninhado ao seu lado. Ficava feliz por ela ter decidido ficar ao lado dele sem ele ter que pedir ou dizer onde ela deveria dormir. Ele ainda podia mover a parte inferior do braço onde ela estava deitada, então ele tirou o cabelo de seu rosto e a olhou fixamente. Ele pensou em como ela era bonita e o quanto ele queria estar com ela. Ele brincou com o cabelo dela enquanto eles estavam lá. — Ei, — Kyle disse sonolenta. — Oi, myshka, — ele respondeu com um sorriso. — Como você está se sentindo?, — ela perguntou, franzindo a sobrancelha. — Como se eu tivesse levado um tiro, mas estou me sentindo melhor com você aqui, — ele disse a ela. Kyle olhou para o rosto dele, e fez algo que nunca tinha feito antes: deu o primeiro passo. Ela se inclinou e o beijou. Foi um beijo curto e leve, mas o deixou saber que ela estava grata por ele estar bem. — Onde está Max?, — Dimitri perguntou quando ela se acomodou ao lado dele. — Não sei. Ele não veio aqui desde a noite passada, antes de eu dormir. Dimitri suspirou. — Vá procurá-lo. Convença-o de que não é culpa dele. Ela quis discutir e ficar com ele, mas sabia que seria melhor para ele se ela simplesmente fosse. Ela deu-lhe um beijo nos lábios antes de sair da cama para encontrar Max. Kyle não achou Max em seu quarto; ela o encontrou sentado em seu escritório, ainda bêbado da noite anterior. Ela entrou, fechou a porta e foi até Max. — Dimitri está acordado, — ela disse. — Que bom. Você deveria estar com ele, — Max disse, ácido. — Ele queria que eu tivesse certeza de que você estava bem. Ele disse que não foi sua culpa. Max zombou de suas palavras. — Você acredita nisso?, — ele perguntou. — Sim, acredito. — Ela estava ficando com raiva; ele estava descontando tudo nela. Ela tentou tirar a vodca da mão dele, mas ele agarrou seu pulso com força. Ela sabia que iria formar um hematoma e, se ele não a soltasse, iria machucá-la de verdade. — Me larga — você está me machucando, — gritou ela. — O que há de errado com você? — Você é o que há de errado comigo! Isso é tudo culpa sua, — ele gritou para ela. — Minha culpa? Você me forçou, porra, — ela gritou de volta. — Aí está — minha abelhinha com seu ferrãozinho, — Max riu. — Eu sei que você não quer estar aqui, e eu sei que você prefere Dimitri, então você devia ir lá com ele. Um pensamento veio à mente de Kyle. Ela pensou que Max estava chateado porque Dimitri levou um tiro, e porque ela ficou, mas ele achou que ela o preferia. Com um grande suspiro, ela deixou escapar: — Eu prefiro vocês dois. Max não valorizou o que ela disse, e isso a deixou com raiva. Ela precisava provar para ele, então ela começou a se despir. Max olhou para ela, tentando descobrir qual era a dela. — Venha. Tire minha virgindade; eu quero, estou te oferecendo. Quando ele não respondeu, ela se aproximou dele. — Quero. Você. Max. — E ela o beijou. O beijo foi a única confirmação de que ele precisava de que ela não estava brincando. Max beijou Kyle de volta cada vez com mais força. Ela sentiu que seus lábios iam ficar machucados no momento em que Max acabasse com ela. Ele a pegou e colocou em sua mesa. — Eu não vou tirar sua virgindade aqui. Você não merece perdê-la assim, em cima de uma mesa, — ele disse a ela enquanto segurava seu rosto. — A oferta foi o suficiente para mim agora. Kyle estava confusa com sua declaração. Ela estava sentada em sua mesa nua, e ele simplesmente se recusou a fazer sexo com ela. — Você não me quer?, — Kyle perguntou com vergonha. — Quero você. Tanto que é quase impossível resistir a você, mas quero ser justo com você. — Ele se inclinou e a beijou. — Então se vista. Max se recostou na cadeira, mas Kyle não gostou da resposta. Ela pulou da mesa e se ajoelhou entre as pernas dele. Ela agarrou a fivela da calça dele e começou a desfazê-la. Quando Max não a parou, ela continuou até que agarrou seu membro rígido em sua mão. Ela se lembrou de tudo o que ele tinha dito na primeira vez em que ela fez isso. Ela o acariciou com a mão antes de levá-lo à boca. Desta vez, ela estava no controle e queria mostrar a ele o quanto ela podia ser boa. Ela inseriu lentamente o membro dele em sua boca enquanto circulava sua língua ao redor dele, e quando o ouviu ofegar, ela cantarolou, causando uma vibração que rapidamente enviou Max ao limite. — Você é quase boa demais, abelhinha. Você tem praticado?, — Max perguntou a ela. Ela o tirou da boca para poder responder. — Não, apenas aprendi com minha última experiência, — ela disse com um sorriso. Ela rapidamente se abaixou, dando a ele a atenção que ela queria que ele tivesse. Quando ela imitou o que fez da primeira vez, Max envolveu seu cabelo em seu punho e guiou sua cabeça para baixo, fazendo-a engasgar. Ele guiou a cabeça dela para que ela pudesse respirar. — Relaxe a mandíbula e a garganta; você vai se sair bem, — Max disse antes de se inclinar e beijá-la. Ele a guiou de volta para baixo em seu membro, e ela conscientemente tentou relaxar tudo. Quando ela não engasgou, ela sorriu em tomo de seu membro. — Excelente, abelhinha. Agora vem a parte difícil. Vou foder sua boca como fiz no outro dia. Mantenha tudo relaxado para eu poder bombar profundamente dentro de sua boca. Max se levantou e baixou as calças enquanto Kyle ficava de joelhos. Ele agarrou o cabelo dela e a segurou no lugar enquanto enfiava seu membro de volta em sua boca. Max estava bombando com força, mas Kyle gostava. Kyle gostava da aspereza de Max e estava se sentindo molhada, querendo também ser liberada. Ela nunca se tocou, mas se lembrou do que Max era capaz de fazer com os dedos, então decidiu tentar imitá-lo. Ela moveu as mãos entre as coxas e sobre suas dobras lisas. Ela estava encharcada, o que tomava mais fácil deslizar os dedos por entre as dobras, fazendo-a gemer. Max estava ficando mais excitado enquanto observava como ela se dedicava. — Faça você mesma gozar enquanto eu fodo essa sua boca bonita. — Ele apertou a cabeça dela, fazendo-a gemer de dor e tomando-a mais necessitada. Ela aplicou mais pressão e concentrou seus movimentos em seu clitóris. Não demorou muito para ela gozar, gemendo em tomo do seu membro. — Caralho, — Max grunhiu quando gozou em sua boca. Assim como da primeira vez, ela engoliu até a última gota de seu sêmen. Max a pegou e a colocou em seu colo. — Eu gosto deste lado seu. Eu me pergunto o que mais posso fazer com você, — ele disse antes de dar- lhe um beijo longo e profundo. Assim que Kyle se vestiu, ela voltou para perto de Dimitri. Ela estava feliz e satisfeita e só queria aninhar-se ao lado dele. Dimitri estava acordado quando ela entrou. — Demorou um pouco, — ele disse com um sorriso. Kyle apenas sorriu e se deitou ao lado dele. — Você cheira a sexo, myshka. Presumo que você tenha ajudado Max a limpar a mente. Kyle não respondeu, mas seu rosto vermelho disse o suficiente por ela. — Em breve, você terá que me mostrar do que se trata toda essa empolgação, — brincou ele. — O médico me disse que você salvou minha vida, — disse ele, olhando para ela emocionado, Kyle sabia que ele estava grato. — Eu só te dei sangue, — ela respondeu. — Sangue que eu precisava para viver. — Dimitri a beijou na cabeça e se acomodou na cama ao lado dela. — Você me deixa louco, Kylah, — foi tudo o que Dimitri disse a ela antes de se sentir confortável e adormecer. Capítulo 11 Quando ela acordou na manhã seguinte, estava sozinha. Ela ficou um pouco desapontada por Dimitri ter a deixado sem acordá-la. Ela se levantou e foi para o quarto de Max, onde todas as suas coisas estavam. Ela pensou em pedir seu próprio quarto para ter seu próprio armário e lugar para se arrumar, mas ela não sabia se os meninos gostariam disso. Depois de tomar banho e se vestir, ela desceu as escadas e encontrou a casa cheia de gente. Ela não podia acreditar que dormia com todas aquelas pessoas entrando e saindo. Em vez de buscar algo para comer, decidiu procurar Max e Dimitri. Quando ela não os viu lá embaixo, foi para o escritório deles. Quando ela chegou ao escritório, a porta estava fechada. Ela pensou em esperar que eles saíssem, mas decidiu bater. — Zahedi, — ela ouviu Max dizer. Significava — Entre. — Ela não sabia disso, mas abriu a porta lentamente. — Você finalmente acordou, — Dimitri disse, caminhando até ela e beijando sua cabeça. — Como você está se sentindo?, — ela perguntou. — Muito melhor, myshka. Quase como novo, — Dimitri disse, tentando fazê-la se sentir melhor sobre seu ferimento. — O que está acontecendo lá embaixo?, — Kyle perguntou, olhando para frente e para trás entre os irmãos. — Estamos cuidando de um problema. — Max tentou ser vago sobre o que estava acontecendo. — Não é minha intenção ultrapassar os limites, mas se vou ficar aqui, preciso saber o que está acontecendo. — Ela olhou para Dimitri, esperando que ele cedesse primeiro, e ela estava certa. — Meu dolzhny skazat 'yey, — Dimitri disse para Max. — Devíamos contar a ela.) — Sente-se, abelhinha. — Max apontou para o sofá perto de Dimitri. Assim que Kyle se sentou, Max começou a explicar a ela o que eles estavam fazendo. — No momento, as pessoas lá embaixo estão vasculhando a casa inteira. Achamos que alguém plantou algumas escutas e talvez uma câmera. — Não entendo. Por que alguém faria isso?, — Kyle perguntou. — Você sabe o que fazemos?, — Dimitri perguntou a ela. — Não, mas vocês são algum tipo de agiota, certo? Meu irmão devia dinheiro a vocês. — Isso faz parte, — Max começou a explicar. — Nós emprestamos dinheiro, mas oferecemos proteção. Também vendemos coisas que não deveríamos. — Max tentou ser vago sobre tudo. — Então, vocês são tipo uma gangue ou máfia? — Dimitri riu da frase dela. — Você poderia nos chamar assim, — disse Max com um sorriso. — E há uma nova organização que quer algo que temos; é por isso que fomos atacados e Dimitri foi baleado. — Esta nova organização tem informações privilegiadas sobre você. — Por que eles se importariam comigo?, — Kyle realmente não entendia. Ela não estava lá há muito tempo e não tinha informações sobre as pessoas de lá. — Achamos que eles veem isso como uma forma de nos atingir, — afirmou Max. — Há algo que eu possa fazer?, — ela perguntou aos irmãos. — Não, abelhinha, não há nada que você possa fazer. Dimitri e eu só precisamos mantê-la segura. Era muito para absorver. Ela deixou de ser uma prisioneira, para querer ficar aqui, para virar uma responsabilidade para eles. — Não quero lhes causar mais problemas, — disse ela. Dimitri pegou a mão dela. — Você não vai nos causar mais problemas. Cuidaremos disso, — ele tentou tranquilizá-la, mas Kyle sabia que ele estava preocupado e apenas tentando fazê-la se sentir melhor. Ela acenou com a cabeça para eles e sabia que precisava encontrar uma maneira de ajudá-los. Ela não queria ser essa garotinha tímida que eles tinham que proteger. Capítulo 12 — Quero aprender a me defender, — ela deixou escapar para os irmãos antes que perdesse a coragem. — Absolutamente não, — disse Max. — Ela tem razão, Max, — Dimitri disse, defendendo-a. — Não quero ficar completamente indefesa, — ela disse. Max soltou um suspiro. — Está bem. Mike vai te ensinar a lutar, e Anatoli vai te mostrar como atirar. — 'Mesmo?, — Kyle perguntou. — Você está certo — se não estivermos por perto, quero que você seja capaz de pelo menos lutar se algo acontecer. Kyle ficou animada. Ela estava feliz por Max e Dimitri confiarem nela. — Vou avisar Mike e Anatoli, você começa amanhã, — disse Dimitri. — Há uma outra coisa que eu quero pedir, — Kyle disse nervosamente. — Quero meu próprio quarto. Ainda vou alternar entre os quartos de vocês, mas quero um lugar para chamar de meu, onde possa colocar minhas coisas ou até mesmo dormir quando vocês estiverem fora. Kyle esperou enquanto eles pensavam nisso. Ela viu Dimitri acenar para Max. — Muito bem, você pode ter o seu quarto também, — disse Max. — Obrigada, — ela disse enquanto beijava Dimitri e então se levantou para beijar Max. * Kyle acordou cedo na manhã seguinte para treinar com Mike. Ela não tinha nenhuma roupa de treino, então colocou uma calça de ioga e uma regata por cima do top. — Você sabe como dar um soco?, — Mike perguntou. — Hummm... sim, — ela respondeu. — Ok, deixe-me ver. Dê um soco em mim. Kyle não achava que ela realmente bateria em alguém um dia. — Tem certeza?, — ela perguntou. — Sim, prometo que você não fará nenhum dano, — disse ele com uma risada. Kyle deu um soco em seu rosto, mas ele o bloqueou. — Em primeiro lugar, seu polegar deve estar do lado de fora, assim... — Ele a ajudou a cerrar os punhos. — Em segundo lugar, se você tiver que se lançar para dar um soco em alguém, você está muito distante e deve dar o primeiro soco. Agora tente novamente. Kyle passou a próxima hora aprendendo a socar e bloquear e, quando terminou, estava suada e cansada. — Faça uma pausa e encontre Anatoli para sua aula de tiro, — disse Mike enquanto lhe entregava uma toalha e água. Após a aula de tiro, Kyle voltou para o quarto dela para tomar um banho. Ela estava pegajosa de suor e precisava da água morna para relaxar a tensão no pescoço. O quarto que eles deram a ela ficava entre os de Max e Dimitri, e eles tinham planos de colocar portas de comunicação de cada lado. O quarto era enorme e bonito. Eles mandaram deixá-lo mais feminino para ela, e ela adorou. Ela estava enxaguando o cabelo quando alguém colocou o braço em volta dela. Ela sabia que era Dimitri pela maneira como ele a tocou. Ele sempre era suave com seus toques. — Como foi o treinamento, myshka?, — Dimitri perguntou. Ela se virou para encará-lo. Foi a primeira vez que ela o viu nu, e ela absorveu tudo. Ela olhou para seu peito nu e continuou a olhar para seu membro rígido. Dimitri ergueu o queixo dela para olhar para ele. — Você pode olhar melhor mais tarde, — ele disse com um sorriso. — Como foi o treinamento?, — perguntou novamente. — Foi ótimo. Foi bom fazer algo. Você pode se molhar assim?, — Kyle perguntou, apontando para seus pontos. — Vou ficar bem, — disse ele antes de se inclinar para beijá-la. Dimitri interrompeu o beijo, pegou o sabonete e ensaboou Kyle. Ela adorou aquilo; era algo que ela nem sabia que precisava. Quando ele terminou de lavá-la, ele fechou a torneira e a ajudou a sair. Ele se enxugou, depois a enxugou e a conduziu para o quarto. Dimitri a levou para a cama e a deitou enquanto a beijava. Ele colocou a maior parte de seu peso em seu braço direito enquanto se acomodava em cima de Kyle e continuava a beijá-la. Ele beijou sua mandíbula, pescoço e ombro, e voltou aos seus lábios. Kyle estava gostando do que Dimitri estava fazendo com ela. Ela adorava sentir o corpo dele sobre o dela e não queria que ele parasse. Ela soltou um pequeno gemido quando ele parou de beijá-la. — Você quer continuar?, — Dimitri perguntou, olhando-a nos olhos. — Sim, eu quero você, mas e o Max?, — ela perguntou. — Não se preocupe. Ele está bem com isso, se você estiver bem com isso. — Ele se inclinou e a beijou novamente. Seus beijos desceram por seu corpo até os seios. Quando ele cobriu um mamilo com a boca, ela arqueou as costas e soltou um gemido. Ele se acomodou entre as pernas dela, e Kyle voluntariamente as abriu. Ela podia sentir seu hálito quente pairando sobre seu núcleo, deixando-a louca. — O que você quer que eu faça, myshka?, — Dimitri perguntou. Ela soltou um suspiro trêmulo. — Quero que você me prove. — Seu rosto ficou vermelho quando ela disse isso, mas o agradou que ela fosse tão aberta. Dimitri se abaixou e deu uma longa lambida em seu clitóris enquanto mordiscava sua protuberância sensível. Kyle não se conteve e soltou outro gemido. — Eu não quero você se segurando, — disse ele enquanto chupava seu núcleo. Seu ritmo era implacável e seu clímax estava crescendo. Dimitri aplicou mais pressão em seu núcleo, enviando-a ao limite. Kyle grunhiu quando a última onda de seu clímax a atingiu e estava ofegante quando Dimitri voltou e a beijou. Ela podia sentir o gosto em seus lábios e achou seu próprio sabor exótico. — Você está pronta?, — ele perguntou. — Estou, — ela respondeu. — Você está tomando pílula?, — Dimitri precisava saber. Ele não queria ser pai, mas não queria nenhuma barreira entre eles. — Sim, tomo há anos para regular minha menstruação, — ela disse. — Ótimo. — Ele se abaixou, deu-lhe outro beijo e começou a deslizar seu membro dentro dela. Kyle sabia que doeria, mas era uma sensação de queimação que ela não estava pronta para experimentar. Ela pensou que seria mais como um beliscão. Assim que ele parou de se mover, ela soltou um suspiro. Dimitri deu a ela um segundo antes de começar de novo. Suas estocadas foram lentas no início, e Kyle ainda sentia dor. — Relaxe, — Dimitri disse. Ele se abaixou e se concentrou em seu seio. Enquanto ele aumentava o ritmo, a combinação de seus beijos e mordidas em seu mamilo com suas estocadas profundas começaram a lhe trazer prazer, e ela começou a gemer. Ela começou a sentir seu clímax crescendo novamente. — Você é tão fantástica, myshka, tão perfeita, — ele sussurrou, enquanto batia com mais força. — Ah, Dimitri!, — ela gritou quando seu orgasmo veio mais rápido do que ela esperava. Foram apenas mais algumas estocadas antes de Dimitri liberar seu gozo dentro dela. Ele rolou para o lado dela, ofegante, tentando recuperar o fôlego. Dimitri olhou para ela e percebeu que ela tinha lágrimas nos olhos. — O que foi? — Sua voz estava cheia de preocupação. — Eu não sei. Foi tudo muito intenso, — ela disse. Ele a puxou para perto e beijou sua cabeça. — Não se preocupe, Kylah, nós cuidaremos de você. Ela adorava que apenas Dimitri a chamasse por seu nome verdadeiro, e ela estava maravilhada porque sabia que estava se apaixonando por ele, mas não queria que ele soubesse. Ela não sabia como lidar com o fato de estar apaixonada pelos dois homens que a forçaram a estar aqui no início. Capítulo 13 Quando Dimitri acordou, Kyle ainda estava dormindo, então saiu gentilmente da cama para não acordá-la. Ele se levantou e olhou para ela. Ela estava linda deitada ali, espalhada em sua cama. Ele sentiu seu pau ficar duro só de pensar em possuí-la novamente. Ele soltou um suspiro e caminhou em direção ao banheiro, afastando o pensamento. Precisava encontrar Max para revisar algumas coisas. Depois de se limpar, Dimitri foi até o escritório, esperando que Max estivesse lá. Eles tinham que organizar um plano para manter Kyle segura e enfrentar essa nova organização que estava tentando acabar com ele. — Ah, aí está você, — disse Max com um sorriso. Max estava conversando com alguns dos caras. — Espero que você tenha gostado da sua soneca. — Dimitri sorriu para Max. — Se eu te contasse, você ficaria com ciúme, — ele respondeu para Max. — Bom, qual é a discussão? — Ele olhou para a sala. — Estávamos discutindo os próximos passos, — Max o informou. — Mike disse que Kyle se saiu bem durante sua primeira aula, e Anatoli disse que ela tem um talento natural com armas, então vamos deixá-la continuar seu treinamento. — Vamos continuar tentando arrumar um encontro com alguém dessa nova organização para podermos descobrir exatamente o que eles querem. Dimitri pensou no que Max disse e sentiu que um encontro poderia dar merda rapidamente. — Se tivermos essa reunião, precisamos estar preparados. Não queremos ser emboscados de novo, e primeiro precisamos de um contato da outra organização, — disse Dimitri. — Colocamos sondagens na Rússia e em nossos contatos aqui para ver se alguém conhece alguém com quem possamos falar, — disse Anatoli a Dimitri. Houve uma pausa na conversa antes de Mike falar. — Eu quero falar sobre Sev. Agora que se recuperou, ele quer sua posição de volta. Max e Dimitri não sabiam o que dizer. Eles não confiavam em Sev perto de Kyle, mas Max foi o primeiro a responder a Mike. — Ele pode voltar, mas se fizer qualquer coisa para chatear ou machucar Kyle, eu irei matá-lo pessoalmente. Deixe-o saber disso. Mike concordou com a cabeça. — Muito bom. Vocês estão dispensados. Estejam prontos para me atualizarem amanhã, — Max disse, dispensando os caras. Max esperou até eles saírem antes de falar com Dimitri. — Você se divertiu? Dimitri sorriu. — Não vou dizer nada, exceto que você a quer o tempo todo. Max apenas acenou com a cabeça para ele. — Para ser honesto, Max, acho que estamos com problemas. Eu não quero deixá-la ir. Tem algo sobre ela que não sei dizer. Max não queria admitir, mas sentia o mesmo. Ele se pegou pensando muito em Kyle e não suportava a ideia de que ela fosse embora. Quando Kyle acordou, levou um minuto para perceber que já era meio-dia, e provavelmente foi por isso que Dimitri a deixou sozinha na cama. Ela ainda estava nua, então foi ao banheiro para se limpar e notou, envergonhada, que tinha sangrado um pouco. Ela esperava que ele não tivesse percebido. Seus quadris estavam doloridos, e ela não pôde evitar pensar no que tinha feito com Dimitri e se perguntou se seria assim também com Max. Depois de se vestir, ela foi em direção à cozinha. Ela esperava que alguma refeição fosse servida em breve. Quando chegou, a única pessoa que estava lá era a cozinheira. Ela se sentia mal em apenas sentar e assistir. — Posso ajudar em algo?, — ela perguntou. A cozinheira era uma senhora idosa que se movia pela cozinha como uma profissional. — Nyet Kyle não entendia russo e não tinha certeza do que a mulher disse, então apenas sentou lá e assistiu. Ela a observou preparar e cozinhar e não percebeu que tinha uma pessoa atrás dela. — Ela é uma cozinheira incrível, — disse Max, assustando-a. — Ela realmente é. Perguntei se eu poderia ajudar, e ela disse algo que não entendi. Max começou a falar com a senhora em russo e ela respondeu em russo. — Ela disse que disse não, e a razão pela qual ela disse não foi porque cozinhar é o trabalho dela. — Mas eu queria fazer algo, — disse Kyle a Max. — Estou ficando entediada. Normalmente trabalho ou leio, e não tenho nada para fazer aqui. Max não tinha se dado conta disso e tentou pensar em algo que Kyle pudesse fazer. — Você gostaria de aprender russo?, — ele perguntou. O rosto de Kyle se iluminou. — Adoraria. — Ela deu um pulo e deu um beijo em Max. Max gostava de vê-la feliz e sentia que precisava fazer mais por ela. Ele decidiu mandar alguns de seus homens pegar suas coisas pessoais para ela poder ficar com seus livros. Capítulo 14 Max foi ao quarto de Kyle para acordá-la. Foi a primeira noite que ela não compartilhou a cama com nenhum dos irmãos. Eles estavam tentando fazer com que ela se sentisse com espaço e voz, dessa forma, ela iria querer ficar com eles. — Abelhinha, é hora de acordar, — ele sussurrou em seu ouvido e beijou-a na bochecha. — Preciso mesmo?, — ela perguntou enquanto rolava e se espreguiçava, olhando para Max. Ela adorava olhar para Max. Ele tinha esse exterior áspero e traços faciais marcantes, mas ela sabia que ele era suave no fundo. — Precisa. Tenho algumas coisas planejadas para nós, então se vista e me encontre lá embaixo em dez minutos. Kyle estava animada. Ela ainda não teve a chance de estar com Max fora de casa, e não o conhecia bem o suficiente para imaginar o que ele tinha planejado para ela. * Max a surpreendeu. Ele a levou em uma pequena livraria da cidade. — Escolha o que quiser. Se você gostar, pegue. — Mesmo? Quantos?, — ela perguntou. — Não há limite, abelhinha. — Max observou os olhos dela se iluminarem. Ele não tinha ideia de que os livros a fariam tão feliz. — Eu amo livros, mas quase nunca tínhamos dinheiro para comprá- los. Os livros que tenho ganhei de presente, então isso aqui é um verdadeiro paraíso, Max. Obrigada. — Ela ficou na ponta dos pés e o beijou. Sem pressa, Kyle caminhou pela livraria, pegando livros e colocando- os no chão. Ela estava gostando dessa história de escolher quantos quisesse, mas ela não queria perder o controle. Quando terminou, escolheu dez livros. — Isso é tudo que você quer?, — Max perguntou a ela. — Por enquanto. Max a ajudou a levar os livros até o balcão, olhando os títulos que ela havia escolhido. Tinha um pouco de tudo. Ela escolheu O Grande Gatsby, Jane Austen, um livro de Aprenda a Falar Russo e alguns romances. Depois de pagarem pelos livros, eles voltaram para o carro. Kyle ficou confusa quando Max destrancou o porta-malas, guardou os livros e o fechou novamente, sem abrir as portas do carro. — Não vamos embora? — Não, uma ida à livraria não está completa sem uma ida a um café, — ele respondeu, dando a mão a ela para que caminhassem lado a lado. Kyle era muito menor do que Max e ele gostava disso; ele gostava da sensação de precisar protegê-la. Kyle estava encantada com o seu dia com Max. Ela tinha adorado a livraria, mas almoçar com ele enquanto ele a tratava como sua namorada a deixou em êxtase. Max parecia tão leve e despreocupado com ela, e ela gostou de vê-lo assim. No carro, ao sair da cidade, Max pegou o lado oposto ao que entrou. — Este é um caminho diferente para casa?, — Kyle perguntou. Max sorriu por ela ter chamado a casa dele de — casa. — Nyet — Isso significa não? — Ela tinha quase certeza de era esse o significado da palavra. — Muito bom. Você vai aprender russo rapidinho. Temos mais uma parada, — foi tudo que Max disse a ela. Ele entrou em um estacionamento e, quando Kyle viu o nome na fachada, ela não conseguiu conter sua empolgação. — Eu amo animais, — ela gritou. — Sabia que você iria gostar. Quando entrarmos lá, você pode escolher o cachorro que quiser, — Max disse. — Por que você está me dando todas essas coisas?, — ela perguntou. — Eu quero que você seja uma abelhinha feliz. Quero que você goste de estar conosco. — Mas Max, eu já adoro estar aqui com você. Achei que fosse odiar tudo e pensei que você e Dimitri eram pessoas horríveis, mas vocês são incríveis. — Kyle se inclinou e beijou Max. — Mas, agora que estamos aqui, vou escolher aquele cachorro que você acabou de dizer que eu poderia ter. — Justo, — disse Max, dando um beijo nela. Kyle teve dificuldade em escolher qual cachorro adotar. Se dependesse dela, teria levado todos eles. Ela acabou escolhendo uma cadelinha pequena que era uma mistura de raças. Ela estava quieta, com medo e veio até ela imediatamente. — Tem certeza que quer este? Ela olhou para Max. — Sim, tenho certeza. Vou chamá-la de Elliot. Mesmo que cachorros pequenos não fizessem a cabeça de Max, ele a deixaria ficar com uma dúzia se isso a fizesse sorrir. — Tudo bem, abelhinha, vamos levá-la para casa então. Capítulo 15 Depois do dia com Max, Kyle não quis dormir em sua cama. Ela tomou banho, vestiu uma camisola e foi para o quarto dele. A porta estava entreaberta, ela a abriu e ficou lá parada. Max estava de costas para ela, enrolado em uma toalha. Seu cabelo estava molhado e ele estava limpando a orelha. Kyle não pôde evitar olhá- lo, e ela corou quando ele se virou e a flagrou. — Posso dormir aqui esta noite? — Sim, mas você conhece as regras. — Ele deu um sorrisinho torto. Ela fechou a porta e tirou a calcinha e a camisa. Ela sabia que as opções eram dormir só de camisa ou totalmente nua, mas fez o que Max preferia. — Você lembrou, — disse ele enquanto se aproximava dela. — Você está saindo da concha. Gosto de ver você confiante. Kyle gostou do elogio e se aproximou para receber seu beijo, Max não perdeu tempo controlando a boca dela com a língua. Quando Kyle soltou um gemido, Max a ergueu e a levou para a cama. Ele removeu a toalha e pairou sobre ela, encarando-a antes de se inclinar e beijá-la. Ele a beijou profundamente, deixando-a saber que ele estava a reivindicando. Max se moveu para seus seios e tomou seu mamilo já duro em sua boca. Ela arqueou as costas e soltou um suspiro quando ele o mordeu levemente. Ele gostava da maneira como ela reagia ao pouco de dor que ele causava nela, e mal podia esperar para descobrir como ela lidaria com mais. Ele desceu até seu núcleo e pairou sobre ela, respirando em seus grandes lábios. Ela soltou um suspiro de frustração e Max riu. Max deu a Kyle o que ela queria e começou a lamber seu núcleo. — Tão doce, abelhinha. Kyle soltou um gemido e arqueou os quadris em seu rosto, tentando criar mais pressão. Max se concentrou em seu clitóris enquanto enfiava dois dedos profundamente dentro dela. Max acariciou seu núcleo até que ele atingiu seu ponto G, e ela estremeceu. Ele manteve um ritmo implacável, chupando seu clitóris e tocando-a. — Max!, — ela gritou, gozando. Max não parou até que ela desceu do seu clímax. Max aproximou seu rosto do dela e a beijou. O gosto dela em seus lábios a fez desejá-lo mais. — Você está pronta? Ela assentiu. — Eu não vou ser gentil. — Ele a beijou antes de enfiar seu pau em seu núcleo. Kyle gritou em uma mistura de prazer e dor. Max não parou; cada golpe era mais difícil do que o anterior. Kyle já estava dolorida por causa de Dimitri e sabia que seria difícil andar amanhã. — Você é tão apertadinha e seu peitinho é tão empinado. — Max se abaixou e começou a beijar seus seios, mordendo e beliscando os mamilos. Ela estava começando a desfrutar da explosão curta e aguda de dor que ele a fazia sentir. Ela não percebeu o quanto até que seu orgasmo a atingiu de repente, e ela gritou de prazer. — Boa menina. Adoro sentir sua boceta sufocar meu pau, — Max grunhiu com cada estocada. Kyle estava ofegante a cada impulso. — Isso, Max, mais rápido, — ela o encorajou. Max queria que ela gozasse novamente, então ele parou e a virou. — Fique de quatro, — Max comandou. Quando ela obedeceu, ele bateu nela. Kyle grunhiu, mas ela gostou daquela posição; as estocadas pareciam mais profundas, atingindo o lugar certo. — Max..., — ela gemeu. Ela sentia que estava chegando lá de novo e não queria perder o orgasmo. — Max, por favor... Max sabia pelo que ela estava implorando, então ele a agarrou pelos cabelos e a puxou na direção dele. A sensação de domínio e dor a levou ao limite. Seu núcleo se apertou ao redor do pau dele, fazendo com que Max gozasse e liberasse seu sêmen profundamente dentro dela. Kyle desabou na cama, Max caiu ao lado dela. Ela soltou uma risadinha. — Foi divertido. Gostei disso, — disse ela. — E eu gosto de você, abelhinha. Capítulo 16 Kyle rapidamente se sentou na cama quando foi acordada por estrondos seguidos. Ela olhou e percebeu que Max não estava na cama. Kyle sentiu uma corrente de medo passar por ela. A porta do quarto se abriu lentamente, ela sabia que não era Max. Tentou encontrar algo para jogar em quem quer que fosse antes que a luz fosse acesa, cegando-a. Assim que seus olhos se ajustaram à claridade, ela viu Anatoli. — Você precisa ficar quieta, — ele disse. Ela viu a arma na mão dele e percebeu que ele estava nervoso. — Eu tenho que tirar você daqui. Apresse-se e vista algumas roupas. Kyle, pela primeira vez, não se importou em estar nua. Ela deu um pulo e correu para o armário, se atrapalhando em encontrar algo para vestir. Kyle ouviu mais estrondos e concluiu que eram tiros. Ela estava confusa, por que as pessoas estavam atacando eles? Ela encontrou uma camisa e uma calça de moletom de Max e vestiu- os. — Você se lembra do que te ensinei?, — Anatoli perguntou, enquanto entregava uma arma a ela. — Sim, — respondeu Kyle nervosamente. — Então vamos. Vou apagar a luz e vamos tentar sair sem fazer barulho. Fique perto de mim, não importa o que aconteça, — ele a comandou. Ela acenou com a cabeça para Anatoli e ele apagou a luz. Ele abriu a porta e espiou antes de abri-la e sair. Ele acenou para Kyle segui-lo. Eles caminharam lenta e silenciosamente em direção ao final do corredor. Kyle estava confusa porque as escadas estavam na outra direção. Eles chegaram ao final do corredor e Anatoli abriu um alçapão que revelava uma escada escondida. — Isso nos levará até a cozinha e podemos tentar sair pelos fundos. — Onde estão Dimitri e Max?, — ela perguntou. — Eles estão bem — eles nos encontrarão numa casa segura. — Ela não gostou da resposta porque sabia que eles estavam no meio de um tiroteio. Anatoli conduziu Kyle escada abaixo até a cozinha. Quando eles se aproximaram da porta, Anatoli a abriu lentamente para examinar a área. — Eu não vejo nada. Vamos ser rápidos, — disse ele. — Espere — eu não posso ir embora sem Elliot. — Kyle parou Anatoli antes que ele saísse. — Quem diabos é Elliot? — A cadela que Max pegou para mim. Anatoli soltou um suspiro. — Ela terá que esperar. Agora vamos. Kyle ficou irritada porque era o primeiro presente que ela ganhava deles, e ela amava aquela cachorrinha, mesmo que ela só estivesse com ela há poucas horas. Ela não queria deixar Elliot para trás. Eles entraram na cozinha e Kyle estava começando a entrar em pânico porque o tiroteio estava se aproximando. Anatoli podia ver a angústia nela. — Você precisa se acalmar. Você v… As palavras de Anatoli foram interrompidas quando uma arma disparou na sala. Kyle soltou um grito e viu Anatoli cair. — Ora, ora, não acredito que encontrei logo a garota, — disse o homem com um sorriso. — Você é muito mais bonita pessoalmente. Anatoli soltou um gemido, distraindo Kyle. O homem que atirou nele deu alguns passos em direção a eles e baixou a arma para Anatoli, sem prestar atenção ao que Kyle estava fazendo. Kyle ergueu a arma e fechou os olhos antes de puxar o gatilho. — Sua vadia!, — o homem gritou. A bala tinha atingido seu braço. Ele levantou a arma para ela, mas, desta vez, Kyle manteve os olhos abertos e atirou no peito do homem, observando-o cair no chão. Ela ajudou Anatoli a se levantar e saiu para um carro que os esperava. — Você vai ter que dirigir. Vou te dar instruções..., — Anatoli grunhiu. — Você precisa de um médico. — Haverá um quando chegarmos à casa segura, — ele a tranquilizou. — Precisamos tentar parar o sangramento primeiro. — Ela o deitou no banco de trás e tentou pressioná-lo. Anatoli grunhiu com a dor que a pressão causou. — Precisamos ir agora, — gritou Anatoli. Kyle não queria deixá-lo sozinho no banco de trás. Eles tiveram suas diferenças quando ela chegou aqui, mas ela não o odiava. — Estou falando sério, Kyle. Precisamos ir agora. Kyle fez o que Anatoli mandou. Ela se sentou no banco do motorista e se afastou da casa. Capítulo 17 A casa segura não ficava muito longe da casa principal. Era mais disfarçada, mas as pessoas conseguiam encontrá-la sem problemas. Kyle tirou Anatoli rapidamente do carro e o ajudou a entrar em casa. No momento em que chegaram à porta, o médico que operou Dimitri estava lá esperando por eles. Ele ajudou-os a entrar e levou Anatoli para os fundos. Kyle aguentou apenas cinco minutos antes que sua ansiedade tomasse e ela voltasse para onde Anatoli estava. Quando entrou no quarto, o médico estava removendo a bala. — Ele está bem?, — ela perguntou ao médico. — Ele vai ficar bem. Você fez um excelente trabalho em diminuir o sangramento, — o médico tentou tranquilizá-la. — Você poderia pegar aquela tigela ali? Kyle foi até a cômoda, pegou a tigela e levou ao médico. Ele não o pegou, em vez disso, deixou cair a bala nele. — Pressione isso na ferida enquanto eu me preparo para costurá-la. Anatoli teve sorte de a bala não ter acertado nenhum órgão importante. — O médico deu algumas gazes a Kyle, que as colocou sobre o ferimento. Anatoli grunhiu quando ela fez um pouco de pressão, até que o médico voltou para começar costurá-lo. O médico tinha acabado de costurar Anatoli quando ouviram a porta da frente sendo aberta à força e pessoas gritando. — Kylah? Kyle saltou e correu para a porta ao som da voz de Dimitri. — Dimitri!, — Kyle gritou enquanto corria, pulava em seus braços e o beijava. Quando ela se afastou, percebeu que Max não estava atrás dele. — Onde está Max?, — ela perguntou a Dimitri, com medo de sua resposta. — Ele está bem, myshka. Está vindo em outro carro e deve chegar logo. Ela deixou escapar um suspiro de alívio. Dimitri olhou para ela com mais calma e viu o sangue de Anatoli. — Você está bem? — Não é meu esse sangue; é de Anatoli, — ela disse, com lágrimas nos olhos. — Ele levou um tiro tentando me tirar de lá. Ele foi baleado porque eu queria meu cachorro. — Kyle não conseguiu mais segurar as lágrimas e começou a chorar. Dimitri tentou acalmá-la. Ela estava chorando tanto que não percebeu que Max havia entrado, até que ouviu um latido. Ela olhou para cima e correu para Max, beijando-o do jeito que ela beijou Dimitri. — Abelhinha, você está machucada? Kyle não respondeu e apenas o segurou. Dimitri contou a Max o que Kyle havia lhe dito e, a essa altura, Kyle já havia se acalmado o suficiente para que os irmãos entendessem que Anatoli estava nos fundos com o médico. Max soltou Kyle e saiu para falar com o médico. Kyle pegou Elliot, foi até o sofá e se sentou ao lado de Dimitri. — O que aconteceu esta noite?, — ela perguntou. Ele suspirou, colocando o braço em volta dela e puxando-a de volta para o sofá. — Fomos emboscados pelas mesmas pessoas que atiraram em mim. Eles estavam lá para levar você. — Por quê? — Kyle não conseguia entender o que eles queriam com ela. — Nós não sabemos. Pensamos que o objetivo deles era acabar com a nossa organização, já que começaram a nos perseguir antes de você chegar, mas eles pareciam querer você. — Eles ainda podem querer nos tirar da jogada e pensam que levar você é uma boa estratégia, mas sinto que tem outra coisa. Kyle e Dimitri ficaram sentados quietos até que a voz de Max quebrou o silêncio. — Nossa garota salvou a vida de Anatoli e matou o homem que atirou nele. — Max estava orgulhoso e queria que ela soubesse disso. — Acho que devemos recompensá-la mais tarde. Você não concorda, Dimitri? Kyle não sabia qual seria sua recompensa, mas só o jeito de Max dizer isso enviou uma onda de desejo por ela. A casa segura era menor; havia uma sala de estar, cozinha, banheiro e um quarto no térreo, onde Anatoli estava se recuperando. No andar de cima havia três quartos e dois banheiros. Era muito mais modesta em comparação com a casa em que eles moravam. Depois de garantir que Kyle comesse, eles a levaram para o quarto principal para limpá-la. Ela ainda estava suja de sangue e eles queriam que ela relaxasse. Max preparou um banho para ela enquanto Dimitri começou a esfregar suas costas. Kyle estava no céu; ela nunca tinha sido tão bem cuidada. Quando Dimitri terminou, Max a ajudou a entrar na banheira e lavou seu corpo. Ela estava prestes a adormecer quando Max desligou a banheira e tirou-a do banho. Assim que Kyle se secou, Max a trouxe de volta para a cama e a colocou ao lado de Dimitri. Dimitri se inclinou e a beijou. Ele a beijou profundamente enquanto Max estava ao lado dela, tirando suas roupas. — Você está pronta para sua recompensa, abelhinha? Capítulo 18 — Você está pronta para sua recompensa, abelhinha? Max se abaixou e beijou Kyle. Ele reivindicou seus lábios. Ela adorava como os dois homens eram diferentes. Max era dominador e rude, enquanto Dimitri era dominador e gentil. Ela ansiava por ambos. Dimitri se levantou e se despiu enquanto Max brincava com Kyle. Suas mãos percorreram seu corpo enquanto ele continuava a beijá-la. Quando Dimitri voltou para a cama, Max interrompeu o beijo e desceu para o peito dela, sugando e beliscando rudemente seus mamilos. A dureza a fez ofegar quando Dimitri começou a atacar seus lábios. O beijo de Dimitri foi mais suave, mas igualmente dominante. Max finalmente chegou ao seu centro e abriu as pernas de Kyle. Enquanto ele se abaixava para lamber o núcleo dela, Dimitri se abaixou para levar um mamilo à sua boca. Kyle estava enlouquecendo com o estímulo que os dois estavam dando a ela — Max sugando seu clitóris e Dimitri mordendo seu mamilo a levaram ao orgasmo rapidamente. — Você fica tão linda quando goza, — Dimitri disse enquanto a beijava. Max saiu da cama e ordenou que Kyle fosse até ele. Assim que ela o alcançou, ele disse a ela para deitar na cama com a cabeça na direção dele, com o corpo um pouco para fora da beirada. — Dimitri, você quer a boquinha quente ou a boceta apertada?, — Max perguntou. — Acho que é justo que eu experimente essa boca dela. Os irmãos trocaram de lugar e Kyle estava animada para agradar os irmãos juntos. Dimitri envolveu a mão em seu cabelo. — Você está pronta, myshka?' — Mais que pronta. Sem avisá-la, Max enfiou o pau profundamente dentro dela. Kyle soltou um grito de dor e prazer. Dimitri lentamente deslizou seu pau em sua boca enquanto ela gemia de excitação. Levou apenas algumas estocadas para Kyle encontrar o ritmo entre ser fodida por Max e chupar Dimitri. — Você está indo tão bem, abelhinha, — Max disse, enquanto batia nela e beliscava seus mamilos. — Você quer gozar?, — Dimitri perguntou, tirando o pau da boca dela. — Sim..., — ela gemeu. Dimitri acenou para Max, que ergueu um pouco os quadris de Kyle e começou a acertar o ponto G. Dimitri se abaixou e se concentrou em seus seios, girando entre chupar e beliscar os mamilos. — Ah, quero mais, — Kyle gemeu. Max acelerou o passo. O ritmo estava no ponto perfeito para Kyle, e ela se viu gritando de êxtase. Max tinha parado de empurrar dentro dela quando sentiu seu núcleo apertar o pau dele. Assim que o clímax de Kyle diminuiu, Dimitri voltou para seu lugar na boca dela. — Agora, vamos te foder completamente, Kylah, — Dimitri disse, antes de colocar seu pênis de volta em sua boca. Max começou a empurrar dentro dela novamente enquanto Dimitri assumia o controle e começava a empurrar em sua boca. Ser possuída dessa forma levou Kyle a um novo pico de prazer. A sensação dos dois homens a dominando fez com que seu orgasmo chegasse rápido. Dimitri gozou em sua garganta, Kyle gemeu enquanto bebia até a última gota. As estocadas de Max estavam ficando mais fortes e ele envolveu a garganta de Kyle com as mãos, colocando um pouco de pressão sobre ela. Kyle achou aquilo muito erótico e quis mais, mas Max soltou seu pescoço quando ele gozou dentro do seu núcleo. — Precisamos fazer isso de novo, — disse Kyle, recuperando o fôlego. Capítulo 19 Kyle acordou na manhã seguinte com Dimitri beijando seu pescoço. — Você é linda, myshka. Eu não me canso de você. Ela soltou um gemido sonolento quando Dimitri beijou seus mamilos e deslizou a mão até seu núcleo. — Molhada para mim, mesmo dormindo, — ele disse enquanto se posicionava entre ela. Dimitri entrou lentamente nela, e Kyle sentiu que poderia deixá-lo fazer isso com ela o dia todo. Ela adorava ter os irmãos reivindicando seu corpo. Ela olhou para a esquerda para ver se Max ainda estava na cama, mas ele havia sumido. Dimitri lentamente provocou seu núcleo com seu pau, bombando para dentro e para fora em um ritmo mais lento. Isso a estava deixando louca. — Beije-me, — ela sussurrou, e ele se abaixou e a beijou profundamente. — Mais, Dimitri. — Não seja exigente, ou você terá que ser punida. — Ele deu um beijo em seu seio e então a mordeu e a surpreendeu. Isso era novo para Kyle; nas outras vezes, os irmãos eram rápidos e ásperos, mas Dimitri sendo lento e gentil estava permitindo que ela guardasse seu orgasmo. Ela queria persegui-lo. Ela podia senti-lo cada vez mais perto. Ela colocou o braço em volta da cabeça de Dimitri, puxando-o para perto enquanto começava a gemer alto. Seu corpo começou a tremer e ela não conseguiu mais lutar; ela cedeu ao sentimento. — Ah, meu Deus, Dimitri! — Porra!, — Dimitri disse enquanto seu corpo ficava rígido e ele gozava nela. — Isso foi incrível. Sua boceta me apertou com força e eu não pude me conter, — Dimitri disse enquanto a beijava. — Isso foi novo e inesperado. — Ela olhou para Dimitri e o viu deitado com os olhos fechados. Esses homens a tinham sob um feitiço. Ela nunca pensou que estaria disposta a fazer parte desta vida. * Kyle voltou a dormir e, quando acordou, estava sozinha na cama. Havia um bilhete no travesseiro ao lado dela. Não queria te acordar. Desça para comer quando estiver pronto. M&D PS Dimitri já levou Elliot para passear. Kyle não pôde deixar de sorrir com o amor que Max e Dimitri demonstravam. Ela tomou seu tempo para tomar banho e se vestir. Ela não tinha roupas lá, então encontrou algumas roupas velhas na cômoda. Elas deviam ter pertencido a um deles anos atrás, porque vestiam melhor do que suas outras roupas. Quando ela finalmente chegou à cozinha, Max, Dimitri e Anatoli estavam sentados à mesa comendo. — Estou tão feliz que você esteja acordado, Anatoli. — Ela se aproximou e o abraçou. Ele não sabia como responder, então rigidamente deu tapinhas em suas costas. — Graças a você, malyshka, — Anatoli disse. — Isso é parecido com o que Dimitri me chama, — ela disse a Anatoli. — É, ele chama você de 'ratinho'. Eu chamei você de 'garotinha'. Kyle não respondeu à explicação dele; apenas se sentou entre ele e Max e começou a carregar seu prato. Ela achava fofo que eles tivessem nomes para ela. Quando ela colocou o prato na mesa, Max agarrou seu queixo e virou seu rosto em direção a ele e a beijou. — Eu ouvi dizer sobre a diversão que você teve com Dimitri. Estou triste por ter perdido. Kyle corou com suas palavras. — Esta casa é pequena, e se eu tiver que continuar ouvindo isso, vou ter que manter uma garota aqui só para foder, assim, quando seus ruídos me excitarem, poderei fazer algo a respeito. Ele piscou para ela. — Para uma menininha, você é muito barulhenta. Ela corou ainda mais sabendo que Anatoli podia ouvi-los. Anatoli achava graça no fato de Kyle se envergonhar de tudo tão facilmente e achou que poderia ser uma brincadeira divertida pensar em mais coisas para dizer que poderiam fazê-la corar. — Não seja tímida. Gostamos que os outros saibam o quanto agradamos nossa garota, — Max disse a ela. — Então qual é o plano?, — Kyle perguntou, esperando mudar de assunto. — Bom, voltaremos para casa em alguns dias. Precisamos aumentar a segurança e implementar novas medidas de segurança antes de partirmos novamente. Provavelmente, este foi apenas o primeiro ataque, — Max disse a ela. Kyle queria ajudar; ela queria ter certeza de que eles ficariam seguros. — O que eu posso fazer? — Você pode continuar seu treinamento, — Dimitri respondeu. — Vai nos ajudar saber que você consegue se proteger. Ela assentiu. Ela estava com medo do que poderia acontecer e como ela lidaria com tudo aquilo, mas sabia que ficaria com Max e Dimitri não importa o que acontecesse. Capítulo 20 Algumas semanas se passaram e eles voltaram para a casa principal. Kyle estava se acostumando com o aumento da segurança e com seu guarda-costas. No início, ela tentou dizer a Max e Dimitri que não precisava de um guarda-costas, mas eles designaram um de qualquer maneira. Era um jovem chamado Ellis. Ellis ficava quieto a maior parte do tempo, mas ela detestava que ele soubesse quando ela usava o banheiro ou quando ela estava na cama com Max e Dimitri. Kyle sentia que ela não tinha privacidade e precisava de uma pausa. Ela decidiu conversar com eles sobre isso e ver se eles se convenceriam. Kyle bateu na porta do escritório e esperou até ouvir Max dizer: — Entre. — Você não tem que bater para entrar, abelhinha; você tem acesso completo. — Max se inclinou e a beijou. — Eu queria falar com vocês dois. — Ela olhou entre os irmãos. — Sente aqui, — Dimitri disse, apontando para uma cadeira na frente da mesa dele. — Eu geralmente não protesto ou discordo de nenhum de vocês, mas acho que ter Ellis por perto o tempo todo é desnecessário. — Nós conversamos sobre isso, myshka. — Eu sei, Dimitri, mas me escute. Eu não preciso dele enquanto estou em casa. — Se eu sair para o quintal ou para a loja, claro, mas dentro de casa acho que temos protocolos suficientes estabelecidos para a minha segurança. — Não acredito que estou dizendo isso, mas ela está certa. — Kyle ficou surpresa com a concordância de Max. — Nesse ponto, são dois contra um, então minha opinião é discutível, — Dimitri respondeu. É — É importante para mim. — Kyle olhou para ele e tentou ler sua expressão facial, mas ele não estava revelando nada. — Não, está tudo bem, mas, como você já está aqui, estávamos aqui pensando que provavelmente já é hora de você ter algum contato com seu irmão. Sabemos que você sente falta dele, — Dimitri disse. — Mesmo?, — Kyle perguntou com lágrimas nos olhos. — Obrigada! — Ela se levantou e abraçou os dois homens. * Kyle estava sentada no sofá com Elliot assistindo TV quando Sev entrou. Ela não gostava de Sev; ele era rude e achava que podia fazer o que queria, e ela o odiava desde aquela noite no bar. — O que você está assistindo?, — ele perguntou a ela. — A Proposta, — ela respondeu sem olhar para ele. Sev sentou no sofá ao lado dela e Kyle se afastou. — Eu não mordo, — ele disse com uma risada. — Eu não disse que você morde; só gosto de ter meu espaço, — ela respondeu com raiva. — Você pode terminar o filme. Vou dormir. Kyle foi se levantar, mas Sev agarrou o braço dela. — Você vai sair quando eu disser para você sair. Ela puxou o braço. — Você não manda em mim. Eu não pertenço a você. — Você não é nada além de uma pequena prostituta. Assim que eles se cansarem de você, vou conseguir te pegar, mas quero te pegar antes disso. — Sev sorriu para ela, e ela sentiu a bile subir em seu estômago. Ela não confiava nele e precisava contar aos irmãos. Kyle começou a se afastar, mas Sev a seguiu, e assim que ela entrou no corredor, ele a prendeu contra a parede. — Sai de cima de mim!, — ela gritou enquanto lhe dava um tapa. Quando ele estava prestes a revidar, Mike saiu de um dos quartos. — Há algo de errado? — Ele olhou para Kyle. — Não, cara, eu só estava ajudando a senhorita aqui, — Sev disse. — Isso é verdade, Kyle?, — Mike perguntou a ela. Ela não queria começar uma briga, então mentiu. — Está tudo bem. — Tudo bem, Sev, você acabou aqui. Você tem patrulha, — Mike disse a Sev. — Isso não acabou, — ele sussurrou para Kyle. Kyle não sabia o que fazer. Se ela contasse a Max e Dimitri, eles acreditariam nela? Ela também pensou no que ele disse. Os irmãos se cansariam dela? Kyle estava deitada em sua cama, tentando dormir, quando a porta se abriu. Ela sabia que era Dimitri ou Max. — Abelhinha, você está acordada? — O apelido e a voz entregaram que era Max. — Não esta noite, Max. Eu só quero ficar sozinha. — O que houve? — Max deslizou sob as cobertas com Kyle e puxou-a para perto dele. Suas costas estavam contra seu peito, e ela soltou um suspiro. Ela sempre se acalmava quando um deles a segurava. — Você já encontrou o traidor?, — ela perguntou. Max soltou um suspiro antes de responder. — Não. Temos tentado, mas não tivemos sorte. — Eu acho que é Sev. — Ela ficou lá esperando por sua resposta. — O que te faz pensar isso? — Ele me encurralou no corredor hoje. Ele estava muito sensível e me ameaçou. Mike o interrompeu, mas ele sussurrou que o que estava fazendo ainda não havia acabado. — Duvido que ele seja o informante. Ele pode ser um idiota e forçar as pessoas a fazerem merda, mas ele não é um traíra. Kyle se sentiu meio magoada por Max não acreditar nela. — Daremos um jeito nele amanhã por mexer com você. Agora vamos dormir. Você vai compensar sua recusa hoje à noite pela manhã. Kyle acordou na manhã seguinte sozinha. Ela estava triste, mas agradecida por Max ter a deixado sozinha. Ela tomou banho e se vestiu para começar o dia. Kyle já tinha uma rotina. Ela levaria Elliot para passear e, em seguida, ajudaria a arrumar a mesa para o café da manhã. No entanto, esse plano foi arruinado hoje. Kyle foi agarrada assim que saiu para o corredor. Ela sabia pelas mãos que era Max. Ele colocou a mão em volta do pescoço dela e inclinou sua cabeça para trás. — Eu te avisei que você iria me compensar esta manhã. Kyle estremeceu com o tom da voz dele; isso a excitou. Max a virou para encará-lo. — Tire a roupa, — ele comandou. — No-no c-corredor? — disse ela. — Sim, abelhinha. Esta é a sua punição. Ela lentamente tirou suas roupas, e Max observou seu corpo antes de dizer a ela o que fazer. — Vire-se e coloque as mãos na parede. Quando ela se virou para se acomodar, ouviu Max se despir, e a expectativa do que ele faria a fez esperar. — Eu adoro essa sua bunda. Eu sonho em fodê-la. Você gostaria que eu fodesse sua bundinha?, — ele perguntou. Ela não soube o que dizer. Ela não queria sentir dor, mas estava curiosa. Max riu da falta de resposta dela. — Vou esperar até Dimitri meter pau fundo na sua boceta. Você gostaria disso, abelhinha? Gostaria de ser fodida por dois paus grossos de uma vez? Kyle estava esperando que ele a tocasse; ela queria que ele se chocasse contra ela e a fizesse gritar. — Incline-se e fique de frente para a parede. — Max guiou sua cabeça, colando seu rosto contra a parede. — Você não pode fazer nenhum barulho e não pode ter um orgasmo. Entendeu? — Sim, senhor. — Se você emitir um som ou gozar, será punida por todos, — disse ele. Max inclinou seus quadris em direção a ele e deu um tapa em sua bunda. Kyle mordeu o lábio para não gemer. Quando Max empurrou o pau dentro do seu núcleo gotejante, ela soltou um gemido satisfeito. — Hum, abelhinha, — disse ele, entre as estocadas. Ela já havia quebrado sua regra. Max implacavelmente metia nela por trás enquanto segurava seu quadril com uma mão e sua cabeça contra a parede com a outra. Ele gostava que ela fosse tão submissa a ele, e Kyle também gostava do poder e do controle que ele exercia sobre ela. Ela nunca pensou que seria excitada por esse tipo de sexo, mas ansiava por isso cada vez mais. Max aumentou a força das estocadas, o que começou a causar aquela sensação familiar na boca do estômago de Kyle. — Você está indo bem. Quanto tempo mais você aguenta? Ela não respondeu por causa da regra de silêncio. — Muito bem, abelhinha, — ele disse enquanto a puxava de volta da parede e a virava para encará-lo. Ele a beijou, ergueu-a e prendeu-a contra a parede. Max deslizou de volta para dentro dela, e Kyle estava gostando da emoção de correr o risco de alguém vê-los. Isso a excitava e ela não conseguiu mais se conter; ela gemeu na boca de Max e o sentiu sorrir. — Dois, — Max murmurou e deslizou a mão entre eles para aplicar pressão em seu clitóris. A pressão foi tudo o que ela precisou para chegar ao orgasmo. Ela gemeu quando seu núcleo se apertou em tomo de Max. Max grunhiu e gozou dentro dela. Quando ela desceu, percebeu o que eles tinham acabado de fazer e corou. — Não seja uma abelhinha tímida. Não tem ninguém aqui. — Max deu uma risadinha. Ele jogou com ela; este era o seu castigo. Sua punição foi sair da sua zona de conforto. — Você será punida mais tarde por quebrar as regras. Max se inclinou e beijou-a antes de empurrá-la em direção ao quarto para que ela pudesse se limpar. Capítulo 21 Após sair do banheiro, Kyle finalmente desceu para o café da manhã. Quando ela estava sentada, Max se preparava para sair da cozinha. — Quando terminar, me encontre na sala de estar. Dimitri e eu temos uma surpresa para você. Kyle adorava surpresas, mas nunca foi paciente o suficiente com elas, então ela rapidamente comeu seu café da manhã e correu para a sala de estar. Quando ela chegou lá, Max estava sentado no sofá. — Onde está Dimitri? — Ele estará aqui em breve. Você não deveria ter comido tão rápido; agora ainda terá que esperar. — Max pegou um arquivo da mesa e começou a lê-lo, então Kyle se sentou no sofá oposto. Ela continuou olhando para o relógio para ver quanto tempo havia passado. — Você parece uma criança. Ele estará aqui a qualquer minuto, então se acalme, — Max a repreendeu. Kyle soltou um suspiro e decidiu se concentrar em Max para evitar ficar inquieta. — Apenas entre, — ela ouviu Dimitri gritar do lado de fora. Quando a porta se abriu totalmente, Kyle deu um pulo e correu para o irmão. — Ryan! — Ela estava tão feliz em vê-lo. Ela sentia falta dele e queria muito que ele fizesse parte da sua vida novamente. — Eu sinto muito, Ky, — Ryan murmurou em seu cabelo enquanto a abraçava de volta. — Eu falhei com você. — Não é verdade, — disse ela, saindo do abraço. — Estou feliz; eles me tratam bem. — Não era mentira. Ela estava feliz com Max e Dimitri. Eles cuidavam bem dela. — Eu não deveria ter deixado você ir tão facilmente. Senti sua falta, — ele disse, dando um beijo no topo de sua cabeça. — Eu também senti sua falta. Por quanto tempo você ficará aqui?, — ela perguntou. — Sente-se, myshka. — Dimitri deu um tapinha em seu colo e Kyle se sentou. Seu irmão olhou para ela confuso. Ele não sabia que ela estava com um deles. — Achamos que seu irmão poderia ficar. Ele tem uma dívida a pagar e não vamos usar você para saldar a dívida. Ele pode pagar trabalhando para nós, — Dimitri disse a ela. — Mesmo? Eu adoraria! — Ela beijou Dimitri agradecida. Kyle estava feliz por ter Ryan por perto. Ele a criou, e ela precisava dele em sua vida. * Kyle passou a maior parte do dia com Ryan. Ela o guiou pela casa e pelos jardins e até o apresentou à sua cachorrinha, Elliot. Ryan ficou aliviado ao ver Kyle feliz; ele pensou que tinha arruinado a vida dela. A única coisa que ele não conseguia entender era a relação dela com Max e Dimitri. — O que está acontecendo entre você e os irmãos Volkov?, — Ryan perguntou a ela. Kyle deu de ombros. — Eu acho que eles são meus namorados. — Ambos?, — Ryan disse em um tom enojado. — Sim, — Kyle mordeu de volta. — Se você está me julgando, pode parar. Nunca julguei você. Eu apenas te ajudei e te apoiei, e espero o mesmo de você. Ryan ficou surpreso com seu tom e a maneira como ela se defendeu. Kyle estava ganhando força e ele estava orgulhoso dela. — Se eles são a razão pela qual você tem mais confiança em si mesma, então vou apoiá-la se você quiser ficar com eles, — Ryan disse. — Obrigada. Isso é tudo o que estou pedindo. * Depois que Kyle foi para a cama, Max e Dimitri tiveram um encontro privado com Ryan. O objetivo deles era manter Kyle mais segura com Ryan por perto. — Deixe-me começar dizendo que não gostamos de você, — Dimitri disse a Ryan, — mas nós gostamos da sua irmã e queremos mantê-la segura. — Só gostam? Você percebe que ela ama vocês dois?, — Ryan esperou para ver se algum deles responderia. — Estamos cientes de como ela se sente, — Max interrompeu. — Vamos continuar falando sobre o assunto em questão. Sua irmã está com problemas e estamos tentando descobrir o porquê. — O que você quer dizer?. — Ryan estava confuso; quem iria querer machucar Kyle? — Há uma organização que pensamos ser nova, mas através de algumas pesquisas, descobrimos que ela existe há um tempo, eles estavam apenas se escondendo. — No início, eles queriam nos pegar, tentando assumir o controle, mas mudaram o foco para Kyle, e estamos tentando descobrir o porquê, — Max explicou. — Vocês têm ascendência russa?, — Dimitri perguntou. — O pai de Kyle era russo, mas não vejo o que isso pode ter a ver. — Pode não ter, mas precisamos verificar tudo. Achei que vocês tivessem os mesmos pais, — Max disse. — Não. Meu pai morreu e o de Kyle desapareceu depois que nossa mãe morreu. Max tinha certeza de que os pais de Kyle eram uma parte essencial por trás de tudo isso e ele sabia que teria que fazer mais pesquisas e subornar mais algumas pessoas. Capítulo 22 Kyle passou o dia treinando com Mike. Ele elogiou sua evolução. Ela havia aprendido oficialmente como imobilizar alguém e como escapar de uma chave de braço. Quando ela voltou para casa, encontrou os meninos na sala de estar com uma linda morena. — Como foi o treinamento, abelhinha?, — Max se levantou e a beijou. — Foi bom, — Kyle disse enquanto olhava para a nova garota. — Nossa garota está com ciúme?, — Max brincou. — Não fique. Esta é nossa prima, Varina. Kyle soltou um suspiro mental. A garota era bonita demais para o seu gosto. — Vá tomar um banho e nos encontre de volta aqui. Varina adoraria conhecê-la, — disse Dimitri. — É verdade — eu gostaria de conhecer a garota que deixou esses dois durões apaixonados. — Varina piscou para Kyle, e o pequeno gesto a deixou mais à vontade. * Quando Kyle desceu as escadas, apenas Varina e Ryan estavam na sala de estar. Ryan e Varina pareciam muito interessados um no outro até que ela pigarreou. — Ei, Kyle, — disse Ryan enquanto seu rosto lentamente ficava rosa. — Então, os meninos não me disseram que você tinha um irmão, — afirmou Varina. — Venha, sente-se aqui, vamos conversar. Kyle se sentou em uma cadeira perto de Varina e Ryan. — Kyle costuma ser quieta; você terá que puxar o papo, — disse Ryan a Varina. — Não é um problema — eu adoro conversar. Há quanto tempo você está com Max e Dimitri? — Há cerca de um mês e meio, — Kyle respondeu. — E como vocês se conheceram? — Kyle olhou para Ryan e viu que ele estava com vergonha do que aconteceu. — É uma longa história e não importa, — Kyle disse a ela. Kyle e Varina passaram a hora seguinte conversando sobre maquiagem, roupas, livros e tudo o mais de que ela gostava. Kyle gostou da companhia de Varina, e ela sabia que Ryan também. * Enquanto Kyle estava com Varina, Max e Dimitri decidiram usar o tempo para rastrear o pai dela. — Achou algo? — Max perguntou a Dimitri. — Nada sobre o pai, mas tenho informações sobre a mãe. A morte dela foi considerada suicídio, mas algumas das evidências não coincidem. Dimitri achava que a mãe dela havia sido assassinada e parecia um assassino de aluguel. — Nada disso faz sentido. Por que alguém mataria a mãe de Kyle, e por que uma organização clandestina a quereria em vez de completar sua tarefa de nos eliminar? Max estava ficando frustrado e queria continuar pressionando, mas sabia que seria inútil continuar com raiva. — Pensei no seguinte. Acho que esta organização originalmente queria nos tirar do caminho para poderem tomar o poder, mas então perceberam que estávamos com Kyle, e o plano deles mudou, — Dimitri explicou. — Mas por quê?, — Max perguntou. — É isso que temos que descobrir e suponho que, se rastrearmos essa organização, encontraremos o pai dela. Precisamos descobrir o nome da organização. Max sempre respeitou a maneira como Dimitri lidava com as informações; ele tinha o talento para ler nas entrelinhas e solucionar os buracos que sobravam. Quando eles chegaram em casa, já estava tarde e Dimitri sabia que Kyle estaria dormindo. Kyle tinha criado o hábito de trocar de quarto todas as noites, e se ela tinha permanecido fiel ao padrão, Dimitri sabia que ela deveria estar na cama dele. Quando ele chegou à porta de seu quarto, a abriu lentamente e ficou feliz ao ver que ela estava dormindo em sua cama. Ele percebeu que Kyle tinha deixado a luz do armário acesa para poder ver quando Dimitri voltasse, um gesto de atenção que ele gostava. Dimitri escovou os dentes rapidamente, tirou a cueca boxer e desligou a luz do armário. Ele lentamente se meteu sob as cobertas com Kyle e puxou-a para perto dele. Ele ficou feliz ao descobrir que ela estava vestindo apenas uma camiseta. Ela se adaptou alegremente à regra de Max sobre o que vestir para dormir. Ele deslizou a mão por sua camisa e esfregou o polegar contra seu mamilo. Kyle soltou um gemido de luxúria. O som fez seu pênis ereto estremecer contra sua bunda, e tudo o que ele conseguia pensar era em foder sua bunda, mas ele sabia que ainda não era o momento certo; ele tinha que prepará-la para isso. Dimitri tirou a mão do seu mamilo e colocou-o entre suas pernas, esfregando seu núcleo. Kyle soltou outro gemido e subconscientemente empurrou seus quadris. Kyle começou a acordar enquanto ela sentia seu orgasmo chegando. Ela pensou que estava sonhando, mas rapidamente percebeu que era Dimitri. — Dimitri..., — ela gemeu. — Isso, myshka. Se entrega. Kyle não teve controle quando seu orgasmo a rasgou, e ela gemeu. — Eu quero você, myshka, — Dimitri sussurrou para ela. 'Eu sou toda sua. Capítulo 23 Kyle não conseguia parar de pensar na noite passada com Dimitri. Ela sentiu algo mudar; sentiu que eles haviam se conectado em um nível mais profundo na noite anterior e não conseguia parar de sorrir. — Alguém está de bom humor, — brincou Varina. Kyle encolheu os ombros. — Estou apenas feliz. — Fico feliz em ouvir isso, — Max disse enquanto caminhava e beijava a cabeça de Kyle. — Se estiver tudo bem para Max e Dimitri, pensei que poderíamos ter um dia das meninas. Podemos fazer as unhas e fazer compras, — disse Varina, olhando para Max e Kyle. — Se Kyle quiser ir, tudo bem, mas ela conhece nossa regra e deve ter um guarda-costas com ela quando sair de casa, — Max disse. — Quero ir, sim. Eu não saio muito, e seria bom ter algum tempo só para as garotas. — Kyle estava animada. Varina poderia se tomar uma boa amiga para ela, e Kyle bem precisava de uma. * — Que tipo de roupa você quer ir olhar?, — Varina perguntou. — Eu gosto de roupas mais conservadoras, mas sei que Max e Dimitri vão querer roupas mais sexy. Então, as duas coisas? Varina riu. — Pode ser. Posso te fazer uma pergunta sobre o seu irmão? — Claro. — Kyle estava sorrindo; ela sabia que havia algo entre eles. — Seu irmão está saindo com outras mulheres? — Acho que não. Ele não traz mulheres para casa, então é difícil dizer, mas o que posso dizer é que ele está interessado em você. Varina sorriu. — Isso é tudo o que eu precisava saber. Kyle e Varina passaram as próximas horas conversando e fazendo compras e, desta vez, o passeio foi muito mais agradável. — Como você está aí?, — Kyle perguntou para Varina. — Acabei minhas compras e já estou com fome. — Deixe-me experimentar mais uma e podemos ir. Kyle estava esperando do lado de fora do provador quando ela notou um homem parado do outro lado da seção de roupas, olhando para ela. Ela ignorou o homem, agindo como se não o notasse, e fingiu que Varina a chamou ao provador. — Varina, deixe-me entrar, — disse Kyle, batendo na porta. — O que houve? — Tem um cara lá fora nos observando. Você precisa se apressar para podermos ir pagar. Vou mandar uma mensagem para o Ellis nos encontrar no caixa. Kyle e Varina seguiram calmamente até o caixa e Kyle soltou um suspiro ao ver Ellis esperando. Ela disse a Ellis onde o cara estava e, quando saíram da loja, Ellis fez Kyle e Varina andarem na frente dele. Ao se aproximarem do carro, uma pessoa estava encostada na porta e Ellis foi sacar sua arma. — Não estou aqui para fazer nada; vou apenas entregar este envelope para ela. — Ele apontou para Kyle. — Deixe o envelope no teto do carro e vá embora antes de eu atirar, — Ellis o avisou. — Ok, mas saiba, este é apenas o começo. Essas pessoas não vão parar até conseguirem o que querem, — disse o desconhecido. — O que eles querem?, — Kyle perguntou ao estranho. — O que pertence a eles, — foi a única informação que ele deu antes de pousar o envelope e sair. * Kyle foi direto para Max e Dimitri quando chegou em casa. Os irmãos já haviam sido informados por telefone por Ellis e estavam esperando por ela. — Você não abriu, — Dimitri disse quando ela entregou o envelope a ele. — Não. Achei importante olharmos juntos. — Ela olhou para Max e, pela primeira vez desde que os conheceu, viu preocupação refletida em seu rosto. — Eu acho que você deveria abri-lo. Eu acho que o conteúdo é pessoal, — Dimitri disse enquanto devolvia a ela. Kyle pegou o envelope e se sentou. Ela o abriu e levou um segundo antes de retirar os documentos. O conteúdo do envelope incluía a foto de um homem segurando um bebê. Ela sabia que o bebê era ela, mas não conhecia o homem que a estava segurando. Também havia uma certidão de nascimento com seu nome e nome do meio, mas em vez do sobrenome — Jackson, — tinha o sobrenome — Ivanov. — O homem listado como seu pai era Viktor Ivanov. Max viu a cor do rosto de Kyle ficar pálida. — O que há de errado, abelhinha? — O homem que pensei ser meu pai não é meu pai. — Max pegou os papéis dela e olhou a certidão de nascimento. Assim que viu o nome, ele soube do que se tratava. — Se seu pai for realmente Viktor Ivanov, precisamos estar preparados, — disse Max. — Quem é ele? Dimitri agarrou a mão dela e apertou. — Ele é um homem muito perigoso, myshka. Capítulo 24 Kyle não sabia o que pensar. Ela estava confusa com tudo isso. — Eu preciso saber se Ryan sabia sobre isso, e preciso entender por que Viktor é perigoso. Vocês podem responder metade disso agora. — Ela olhou para os dois irmãos, esperando que eles contassem a ela. — Ele faz o que nós fazemos, só que em uma escala maior. Bom, ele costumava fazer. Nosso pai trabalhava para ele, e uma merda aconteceu, e nosso pai brigou com a organização de Viktor, e os venceu. — Mas já que você recebeu isso, podemos presumir que ele não está morto, pois é o chefe da organização que está atrás de nós. — Ele deve ter assumido aquela organização para nos caçar, e agora ele sabe que pode ter as duas coisas: nossa organização e você. Kyle ficou chocada com o que Max acabara de contar. Ela nunca pensou que estaria envolvida neste tipo de vida, muito menos que teria nascido nela. — E o que nós vamos fazer?, — ela perguntou a eles. — Não sabemos, abelhinha, mas agora que entendemos melhor, podemos começar a planejar. Isso também pode nos ajudar a encontrar a pessoa que lhes forneceu informações. — Nada disso sai desta sala. Falaremos com Ryan, mas primeiro precisamos de um plano. Max olhou para Kyle e percebeu que era demais para ela; ela não sabia como processar essa informação ainda. Kyle beliscou seu nariz, tentando ignorar a dor de cabeça que estava começando. — Podemos comer alguma coisa? Não almocei e estou ficando com dor de cabeça. — Sente-se melhor agora com a barriga cheia?, — Dimitri perguntou a Kyle. — Minha cabeça ainda dói, mas ajudou um pouco, — Kyle disse enquanto se recostava no sofá ao lado de Dimitri. — Deita aqui. — Dimitri deu um tapinha em seu colo. Kyle deitou e Dimitri começou a massagear sua cabeça. — Ah! Isso está incrível, — Kyle gemeu. Dimitri queria ajudar Kyle a relaxar, mas os sons que ela estava fazendo estavam o deixando duro. Ele continuou massageando sua cabeça, moveu as mãos para suas têmporas e se inclinou para beijá-la. — Humm, — Kyle cantarolou contra seus lábios. A mão de Dimitri viajou por seu torso até o jeans. Ele desabotoou sua calça e deslizou a mão por ela, tocando seu núcleo. Ele esfregou lentamente para frente e para trás, fazendo Kyle gemer. — Eu amo os sons que você faz quando eu toco você, — Dimitri disse enquanto se inclinava para beijá-la. O ritmo de Dimitri começou a aumentar, e Kyle podia sentir sua liberação crescendo. Ela precisava disso e começou a mover os quadris. — Mais, — ela gemeu. Ele pressionou mais forte enquanto esfregava seu núcleo, e ele podia sentir que ela estava perto. Ele a beijou, dando beliscões em seu clitóris, e isso a enviou ao limite. Kyle gemeu na boca de Dimitri enquanto seu corpo tremia de seu orgasmo. — Você se sente melhor agora, myshka? — Sim. — Kyle suspirou e fechou os olhos, saboreando seu tempo com Dimitri. * — Você queria falar comigo?, — Ryan disse ao entrar no escritório de Max e Dimitri. — Sente-se, — disse Max. — Essa conversa é só entre nós três e nunca sairá desta sala, entendeu? — Sim. — Ótimo. Recebemos algumas informações outro dia. Você sabia que o pai de Kyle não era o pai dela?, — Max estudou o rosto de Ryan para ver se ele conseguia detectar uma mentira. — Não. Tem certeza? Max entregou a certidão de nascimento de Kyle. — Quem é essa pessoa?, — Ryan perguntou — Estamos tentando descobrir, — Max mentiu. Ele não queria que Ryan soubesse. Quanto menos informações as pessoas soubessem, melhor e, controlando as informações, ele poderia eliminar o informante. — Você se lembra de ter chamado alguém de Viktor ou tio na época em que sua mãe estava grávida de Kyle? Ryan estava tentando pensar, mas ninguém veio à mente. — Acho que não, mas não tenho 100% de certeza, — disse ele a Max — Tudo bem. Lembre-se, tudo isso é entre nós, — Max o advertiu. Max sabia que Ryan estava dizendo a verdade; sua linguagem corporal não deu nenhum sinal de mentira e a conversa não revelou nada. Eles estavam em um lugar difícil. Eles poderiam esperar por Viktor ou tentar surpreendê-lo. Capítulo 25 Max passou a maior parte da noite com Dimitri e Anatoli tentando pensar em um plano para se livrar de Viktor. Os três homens estavam exaustos e não conseguiram bolar nada. Assim que encerraram a noite, Max e Dimitri decidiram dormir com Kyle. Eles queriam sentir seu conforto. Kyle acordou quando ela se sentiu sendo puxada para o meio da cama. — O que está acontecendo?, — ela perguntou sonolenta. — Só estamos abrindo espaço na cama para nós, abelhinha, — Max respondeu enquanto beijava o topo de sua cabeça. — Vocês bolaram um plano? — Vamos conversar sobre isso pela manhã. — Dimitri não estava com vontade de falar. Ele queria abraçá-la e dormir. — Eu deveria conhecê-lo. Esse deve ser o plano. — Kyle estava séria; ela pensou sobre isso a noite toda. — Não podemos deixar você fazer isso, myshka. É muito perigoso. — O objetivo de Dimitri não era envolvê-la no plano, mas ele sabia que Kyle estava certa. Ele sabia que conhecê-la seria a maneira mais rápida de chegar a Viktor. — Dimitri está certo — é muito perigoso para você conhecê-lo. Não sabemos o que ele quer com você, — Max afirmou. — Só pense sobre isso. — Se eles contassem a ela, sabiam que Kyle ainda planejaria o encontro sem eles. Ela queria conhecer seu pai. * Kyle acordou com uma missão. Convencer Max e Dimitri de que ela precisava conhecer Viktor. Kyle teve sorte e acordou antes dos irmãos e colocou seu plano em ação. Ela iria mimá-los e convencê-los de que ela estava certa. Ela foi até a cozinha, se certificou de que a cozinheira não estava lá e começou a fazer panquecas, bacon e ovos. Ela nunca tinha cozinhado para eles e estava um pouco preocupada que eles não gostassem. — O que você está fazendo? Kyle deu um pulo e deixou cair a mistura para panqueca no chão. — Eu queria surpreender você e Dimitri com café da manhã na cama. Max a achava adorável; ele adoraria ficar lá assistindo Kyle cozinhar. Era bom vê-la domesticada. Max foi até Kyle e a beijou. — Pare, preciso limpar isso, — Kyle disse, rindo. — Temos gente para isso, — disse Max, puxando-a para mais perto dele e beijando-a. Kyle se afastou do beijo novamente, deixando Max irritado. — Você está me deixando com raiva. Deixa eu te beijar. — Eu queria falar com você e Dimitri. — Claro, depois de nos divertirmos. — Max se inclinou na direção de Kyle e a beijou. Desta vez, ele a beijou até quase sufocá-la e, quando eles pararam, Max não perdeu tempo. Ele puxou a calça e a calcinha de Kyle. Assim que ela ficou nua, Max acariciou seu sexo e gemeu quando sentiu o quanto ela estava molhada. Ela era sempre tão receptiva, ele adorava aquilo. Ele girou Kyle, colocando-a de frente para o balcão. Pegando sua mão, ele empurrou seu peito e rosto contra o balcão. Ele se levantou, abriu as pernas dela e deslizou para dentro dela com um impulso forte. Max era sempre animalesco e Kyle adorava aquilo. Ela adorava a possessividade e a força dele durante o sexo. Isso a excitava. A cada estocada, Kyle gemia mais alto. O ritmo de Max era implacável e ela queria mais. — Toque-me, Max, — ela gemeu. Max serpenteou a mão pela sua barriga e começou a esfregar seu clitóris. Kyle já podia sentir seu orgasmo chegando, e quando Max se inclinou e mordeu seu ombro, a dor causou um prazer inesperado, e ela explodiu. Max sentiu seu núcleo apertar o pau dele. — Porra!, — ele gritou, envolvendo o cabelo dela com a mão e puxando-o para trás, dando-lhe um impulso final forte antes de gozar, jorrando seu sêmen dentro de Kyle. Max fez Kyle ficar deitada no balcão enquanto esfregava e beijava suas costas. — Você é sempre incrível, — Max sussurrou para ela. — Eu te amo. — As palavras deixaram sua boca. Ela não esperava dizer isso e começou a entrar em pânico. — Eu também te amo, abelhinha. — Max a fez se levantar e a virou para encará-lo. — Você é de outro mundo, Kyle, e a única coisa que pode explicar o que sinto por você é o amor. O plano de Kyle para amaciar os irmãos não saiu de acordo com o planejado, então ela decidiu ser direta. Ela estava sentada no escritório, se preparando para convencê-los de por que ela precisava encontrar Viktor sozinha. Mas o que Kyle não sabia ou esperava era que Max e Dimitri concordavam com ela e conversaram esta tarde sobre colocar um plano em ação. Quando Kyle percebeu que ela não precisava convencê-los, ela ficou confusa. — Então vocês dois concordam comigo?, — ela perguntou. — Não queremos que você vá, porque é perigoso, mas sabemos que é preciso. A parte difícil será deixar Viktor saber que você quer se encontrar com ele. — Não sabemos onde ele está, mas esperamos que se contarmos às pessoas aos poucos, o informante irá vazar a notícia, — Dimitri explicou a ela. — Como descobrimos quem é o informante? — Ela estava curiosa; eles não tinham contado a ela que já sabiam quem era. — Não descobrimos, mas podemos divulgar informações diferentes para pessoas diferentes e descobrir pelo que Viktor acabar ouvindo, — disse Max. — Quais informações?, — Kyle perguntou a Max. — Ainda não decidimos. Não queremos que você se machuque e já estamos te colocando em perigo, então vamos reservar um tempo para planejar isso, — Max implorou a ela. — Confio em vocês dois, então se isso é o que precisa acontecer, vamos tomar o tempo necessário. Capítulo 26 A primeira etapa do plano era listar as pessoas que eles achavam que poderiam traí-los. A lista era mais longa do que gostariam, mas algumas pessoas vieram de outras organizações ou foram obrigadas a trabalhar para eles. — Temos que limpar nossa organização e nos livrar daqueles em quem não confiamos. — Dimitri suspirou. — Faremos isso mais tarde. Precisamos nos concentrar nisso, — disse Max a ele. — Precisamos restringir essa lista. Acho que devemos escolher cinco nomes de quem suspeitamos mais. — Concordo. — Dimitri achava que quanto menos informações falsas eles tivessem para espalhar, melhor. — Onde está Kyle?, — Max perguntou. — Ela deve voltar logo. Saiu com Elliot para um passeio. Eu me certifiquei de que Ellis a acompanhasse. — Boa ideia. Acho que ela precisa sair mais. Depois de resolver tudo isso, acho que deveríamos tirar férias. Dimitri ficou surpreso; Max geralmente gostava de ficar sempre por perto para vigiar tudo. — Ela te pegou, não é? Max soltou um suspiro. — Acho que sim. Eu disse a ela que a amava depois que ela disse isso para mim outro dia. — Você? — Dimitri sabia que gostava muito de Kyle, mas não tinha certeza se estava apaixonado. Ele poderia amá-la como seu irmão? — Eu a amo. Não tenho certeza do que se passa com ela, Dimitri, mas quero ficar com ela. Quero que ela continue nossa. — E se eu não a amar? Max olhou para seu irmão sem acreditar. — Eu acho que você ama, sim, só está com medo, mas se você realmente não a ama, precisa se afastar em vez de se aprofundar neste relacionamento. — Não tenho certeza. Talvez eu precise de uma pausa de tudo isso para descobrir essa merda. — Dimitri apertou a ponte do nariz, pensativo. — Está tudo bem, Dimitri, mas se você precisar de uma pausa, tem que dizer a ela. Max estava ficando bravo com seu irmão — não por querer uma pausa, mas porque ele iria machucar Kyle, e ele não queria ver ou sentir isso. — O que você acha que devo fazer, Max? — Eu não posso te dizer o que fazer; só posso pedir que você faça o que achar melhor e o que quiser fazer. — Mas se você quiser dar um tempo, acho melhor fazer isso agora. Mas lembre-se de que você vai machucá-la e ela vai odiar você. Dimitri ficou pensando em seu dilema o dia todo. Ele sabia que se importava com ela, mas tinha certeza de que não era amor. Dimitri adorava estar com Kyle, mas estar apaixonado e gostar de estar com ela eram duas coisas diferentes, certo? Ele decidiu que iria acabar com as coisas e ela só ficaria com Max. Kyle se encontrou com Dimitri no escritório. Ele achava que o ambiente era formal e daria mais separação emocional. — Você queria me ver?, — Kyle perguntou ao entrar. — Sim, myshka. Sente-se. — Ele apontou para o assento ao lado dele no sofá. Dimitri não disse nada de imediato e Kyle estava começando a ficar nervosa. — Tem algo errado?, — ela perguntou. — Não... Quero dizer, sim... Eu não sei, porra. — Dimitri ficou sem saber o que dizer pela primeira vez na vida. Kyle agarrou o rosto de Dimitri e o segurou entre as mãos, perto de seu rosto. — O que foi?, — ela perguntou novamente, inclinando-se para beijá- lo nos lábios. — Eu não posso fazer isso, — ele se afastou. — Você não pode fazer o quê, Dimitri? — Eu não posso fazer isso. Eu não posso mais fazer isso, a gente. — Ele gentilmente agarrou suas mãos e as colocou em seu colo. — Você está terminando comigo? — O lábio dela começou a tremer e Dimitri já estava se sentindo culpado. — Sim. Eu preciso entender algumas coisas. — O que eu fiz de errado? Eu posso consertar — apenas me dê uma chance. — Quando ela terminou a frase, deixou escapar um soluço. — Myshka, você não fez nada de errado. — Então por que você não me ama? Por que você não quer ficar comigo? — Eu me importo muito com você, mas não sei se estou apaixonado por você. Kyle soluçou ainda mais quando essas palavras saíram de sua boca. — Myshka... — Não, você não tem o direito de me chamar mais assim. Você não pode terminar comigo e depois tentar me confortar. Você não pode terminar comigo e agir como se você se importasse. — Eu te amo, Dimitri. Eu te dei tudo que eu poderia dar a um cara, e agora me sinto uma idiota, como se eu tivesse sido enganada. Ela não esperou que ele respondesse; se levantou e o deixou. Ela não suportava olhar para ele. Ela se sentiu enojada, usada e o pior de tudo: com o coração partido. Capítulo 27 — Você precisa se levantar. — Eu não quero. Apenas me deixe em paz, Varina, e saia com Ryan. Fazia apenas um dia que Dimitri disse a Kyle que não queria ficar com ela, e ela não estava lidando bem com isso. — Você vai pelo menos se juntar a Max para jantar? Ele está preocupado com você. — Se eu disser que sim, você vai me deixar em paz? — Não. Para eu te deixar sozinha, você precisa se levantar e se vestir. — Tá bom! — Quero ver você lá embaixo em trinta minutos. — Varina estava se esforçando para ajudar Kyle a superar o fora de Dimitri. Ela não queria que ela ficasse sofrendo. Kyle ainda tinha Max e não podia ignorá-lo por causa de Dimitri. * Kyle fez o que ela prometeu a Varina, arrumou-se e desceu as escadas. Ela estava com fome e esperava poder pegar algo para comer sem esbarrar em Dimitri, mas não teve sorte. Ele estava sentado na ilha comendo quando ela entrou na cozinha. Ela respirou fundo e caminhou em direção à geladeira. — Sobrou bolo de carne no pote verde. — Obrigada, — Kyle sussurrou. Ela estava quase chorando novamente. Sua visão estava ficando embaçada e ela estava tentando se segurar. Kyle não podia fazer isso. Não conseguiria estar na mesma casa que ele. Kyle saiu da sala e foi procurar Max. Ela precisava de Max; ela precisava ser abraçada por ele. Ela foi ao quarto de Max, não se incomodou em bater e entrou chorando. — Eu não posso fazer isso, Max. Eu não posso ficar aqui com ele. Isso dói. — Eu sei, abelhinha. Venha se sentar comigo, — Max disse. Pouco antes de ela fechar a porta, Elliot correu e ocupou seu lugar ao lado de Max. Kyle riu de Elliot, pegou-a e colocou-a em seu colo. — Viu, abelhinha? Nós te amamos. — Max beijou a cabeça de Kyle e puxou-a para si. — Vamos superar essa coisa toda do Viktor e depois sairemos de férias, vamos descansar de tudo isso. Kyle fungou. — Eu ia gostar disso. Vocês já pensaram em um plano? — Sim. Eu estava planejando falar com você sobre isso amanhã, mas, para resumir, vamos dar informações para cinco pessoas diferentes e ver onde o pessoal do Viktor vai parar. — Você só vai estar em um ponto, e podemos descobrir quem é o informante se alguém aparecer. — E se eles aparecerem no lugar errado? Como vou me encontrar com ele?, — ela perguntou a Max. — Teremos pessoas em todos os lugares, e se for em um lugar em que você não está, mandamos uma mensagem para o ponto de encontro, pois ainda saberemos quem é o informante, então pegamos a pessoa de qualquer maneira. — Obrigada por cuidar de mim. — Você não tem que me agradecer, abelhinha. Dimitri não tinha pensado nas consequências. Ele não sabia como seria ver Kyle no dia seguinte ou morar na mesma casa que ela. Ele queria abraçá-la e beijá-la quando ela entrasse na cozinha. Ele já estava lamentando sua decisão. — O que você tem?, — Anatoli perguntou enquanto batia em suas costas. — Kyle... Não tenho certeza se fiz a escolha certa. — Eu acho que você fodeu tudo, meu amigo. — Por que você acha isso? — É óbvio que você a ama e está apenas com medo. Você não a trata como as outras mulheres com quem já esteve. Ela é boa para você. Supere o seu medo e diga a ela que você a ama. Dimitri suspirou. — Não é tão fácil. Não sei o que fazer ou como fazer. Dizer que eu a amo — o que vai acontecer quando ela quiser se casar ou ter filhos? — Ela ainda tem uma chance se estiver comigo e com Max? — Você deveria deixá-la decidir isso. Se ela quer vocês dois, e vocês dois estão dispostos a compartilhá-la e amá-la, então não deveria ser um problema. — Você não fala muito, Anatoli, mas você é sensato. Anatoli riu. — Eu conheço meu amigo. Dimitri sentia que Anatoli estava certo, mas não sabia o que fazer. Ele ainda não tinha certeza de como se sentia e de como poderia dar a Kyle a vida que ela queria ou merecia, mas sabia que precisava deixar isso de lado até que pudessem deixá-la segura. Capítulo 28 Algumas semanas se passaram e ficou mais fácil para Kyle. Ela ainda sentia falta de estar com Dimitri, mas ela tinha Max e Viktor para ocupar sua mente e seu tempo. Esta noite era a noite em que ela iria encontrar seu pai ou dizer que queria conhecê-lo. Kyle estava nervosa e não sabia no que ela estava se metendo, mas ela sabia que Max e Dimitri a manteriam segura. 'Você está pronta, abelhinha? ' — Acho que sim. Estou muito nervosa. E se algo acontecer? — Nós vamos lidar com o que quer que aconteça quando chegar a hora. Dimitri e eu estaremos lá. — Max a beijou e a levou para o carro. Dimitri já estava no carro esperando por eles, e Kyle não sabia o que dizer, então agiu como se ele fosse outra pessoa. Ela disse oi enquanto entrava no carro. As coisas ainda pareciam um pouco estranhas, mas ela não chorava mais quando estava perto dele, o que Kyle interpretou como um sinal positivo — ou, pelo menos, foi o que ela disse a si mesma. Dimitri estava passando por um momento difícil. Ele pensou que deixá-la ir iria esclarecer as coisas, mas se enganou, e sentia muito a falta dela. — Quanto tempo vai demorar para chegar lá?, — ela perguntou. — Cerca de quatro horas sem nenhuma parada, — Dimitri respondeu. — O que vai acontecer quando chegarmos lá? — Ellis estará esperando e nos avisará quando alguém aparecer. Você não sairá do carro até que tenhamos a confirmação de que Viktor está lá para recebê-la, — Max explicou. — E seremos notificados se eles aparecerem em outro lugar? — Sim. Mas estamos torcendo para que eles apareçam lá mesmo para podermos obter mais respostas, — disse Max. * Não demorou muito para Kyle adormecer no carro. Mesmo quando era mais jovem, ela não conseguia ficar acordada em uma longa viagem de carro. Max estava com o braço em volta dela e a cabeça dela apoiada em seu peito. — Como ela está?, — Dimitri perguntou ao irmão. Ele queria saber o que havia perdido. Se ela estava bem. — Ela está bem. Ela ainda te ama. Sempre me diz que também sente sua falta. Você pode tentar afastá-la, mas ela não vai desistir. — Eu também sinto falta dela, mais do que eu gostaria de admitir ou pensei que sentiria. Para ser honesto, Max, temo que não possamos dar a ela o que ela quer se ela tiver nós dois. — E se ela quiser se casar ou, pelo amor de Deus, ter filhos? Ela não pode ter uma família normal. — Eu entendo o que você está dizendo, mas você não deveria fazer essa escolha por ela. Talvez você devesse ter essa conversa com ela, mas você precisa dizer a ela que a ama. Você a ama, não é? — Acho que sim. Eu nem tenho certeza de como chamar meus sentimentos por ela. Tenho estado muito infeliz e não consigo olhar para outra garota. Eu tentei. Beijei outra e me senti culpado pra caralho. Max começou a rir do seu irmão. — Você está pior que eu, Dimitri. * — Acorde, abelhinha. — Max adorava acordá-la; ele a achava sempre adorável quando se espreguiçava e gemia ao ser acordada. Max a beijou nos lábios. — Humm, essa é uma boa maneira de ser acordada, — Kyle disse, beijando-o de volta. Dimitri odiava ver seu irmão beijar Kyle porque era o que ele queria. Ele queria estar com ela. Ele estava com raiva de si mesmo. Ele estava bravo porque tinha sido burro o suficiente para afastá-la. Ele precisava respirar. Dimitri saiu do carro, bateu à porta do carro e deixou Kyle e Max. — O que há de errado com ele?, — Kyle perguntou a Max. — Ele está com raiva de si mesmo pelo que fez a você e está tendo dificuldade em admitir que errou em afastá-la. — Eu vou falar com ele. — Kyle saiu do carro e, como estava escuro, ela não conseguiu ver para onde ele ia até enxergar a brasa do cigarro. — Volte para o carro, Kyle. — Eu vim aqui para falar com você e não vou voltar para o carro até conversarmos. — Podemos conversar em casa. Por favor, volte para o carro. — Estou com saudade de você, Dimitri, e dói saber que não estou com você. — Kyle esperava que isso o fizesse falar com ela. Dimitri deu outra tragada no cigarro antes de apagá-lo e se virar para Kyle. — Por quê? Porque você sente minha falta? — Dimitri sabia a resposta, mas queria ouvi-la dizer. — Porque eu te amo. Eu não queria esse tempo; quero você. — Kyle estava quase implorando. Ela queria que ele soubesse que ela realmente o queria de volta. — Eu não posso te dar o que você merece. — O que eu mereço, Dimitri? — O tom de Kyle tinha um toque de raiva. Tudo o que ela precisava ou merecia eram eles, e ela estava irritada por ele não poder ver isso. — Amor, família, alguém com quem casar — você não pode ter isso com dois caras. — Sim, eu posso. Amo você e amo Max; não preciso me casar com você para que você me ame ou tenha uma família. Você precisa superar isso. Você e Max compartilham garotas o tempo todo. Isso não é diferente. — É diferente, myshka. É diferente porque queremos estar com você, e somente você. Não queríamos nenhuma outra garota — você é tudo para nós dois, e eu percebi que você sempre vai amar mais um de nós, e Max vai ganhar. — Sei que você vai querer ter filhos e não tenho certeza se os quero, e se tivéssemos filhos, gostaria de saber se são meus e não do meu irmão. Kyle foi até Dimitri e segurou o rosto dele nas mãos. Ela ficou na ponta dos pés e deu-lhe um beijo leve. — Eu amo você e Max da mesma forma. Vocês dois são diferentes e os dois têm todo o meu amor, e podemos levar nosso futuro um dia de cada vez. Volte para mim, Dimitri. Eu amo você. Capítulo 29 — Vamos conversar sobre isso mais tarde. — Dimitri se abaixou e beijou Kyle. Beijá-la era melhor do que ele se lembrava. Seus lábios eram suaves, e ela sempre se submetia a ele no controle do beijo. — Gostaria de não ter que estragar este pequeno momento, mas Anatoli ligou. Foi Mike. Kyle e Dimitri encaram Max em descrença. — Isso não pode estar certo. Mike nunca foi desleal. Por que ele estava na lista, afinal? — Ele nem sempre foi alguém em quem confiamos. Ele fez um monte de coisas ruins, mas se redimiu ao longo dos anos, ou assim pensamos, — Max explicou. Kyle não pôde deixar de pensar que algo estava errado. Mike nunca deu a ela qualquer indício de que não estava feliz ou que queria o mal de Max e Dimitri. — O que vai acontecer?, — Kyle perguntou a eles. — Nós cuidaremos disso amanhã, mas, por agora, vamos encontrar um hotel para podermos descansar um pouco e voltar para casa pela manhã. * O quarto de hotel que Max e Dimitri conseguiram era mais como um apartamento. Kyle aprendeu que os irmãos gostam de gastar seu dinheiro, principalmente para conforto e conveniência. O espaço tinha dois quartos e um banheiro com área de estar e cozinha. O hotel era do mesmo tamanho do lugar em que ela morava com Ryan. — Está com fome?, — Max perguntou quando ela saiu do banheiro. — Morrendo de fome. — Vá tomar um banho e pedirei serviço de quarto para nós três. Kyle fez o que Max disse. Ela estava ansiosa por um bom banho quente, mas, antes de chegar ao banheiro, Dimitri a interrompeu. — Eu esperava que pudéssemos dividir um quarto esta noite, para conversar. Kyle achava esse lado de Dimitri fofo e ele não tinha certeza de si mesmo. — Claro. Vou avisar Max. Ele também ia pedir comida, então vou atrás dele e conseguir o que você quer antes que ele decida tudo. — Obrigado, — foi tudo que Dimitri disse antes de deixar Kyle. Naquela noite, pela primeira vez em muito tempo, Kyle subiu na cama com Dimitri. Ela estava nervosa, mas feliz. Kyle rolou de lado e olhou para Dimitri. — Sobre o que você quer falar? Diga-me o que está na sua cabeça. Dimitri não sabia como começar e tinha medo de expor seus sentimentos. Ele não tinha certeza de como fazer isso. — Eu não sei o que fazer. Não tenho certeza se entendi o que está acontecendo com meus sentimentos. — Eu quero estar com você, e me importo com você. Nenhuma outra mulher se compara a você, mas não tenho certeza se posso te amar de maneira adequada. — Dimitri ficou aliviado por poder dizer tudo isso abertamente a ela. — Você se preocupa demais e pensa demais, Dimitri. Você me ama do jeito perfeito; você cuida de mim, você garante que eu tenha tudo o que quero. Você está me amando do jeito que preciso ser amada, sem tentar. — Sinto muito, myshka, eu realmente sinto. Nunca quis te machucar e gostaria de outra chance. — Você não precisa pedir uma segunda chance. Você sempre terá um lugar comigo. — Kyle montou em Dimitri. — Sabe, quando fui levada, fiquei com raiva e não queria ficar, mas comecei a gostar do meu lugar aqui. Gosto do meu lugar com você, com Max, e gosto da minha vida aqui. Kyle se inclinou e beijou Dimitri. Ela nunca tinha estado no comando, especialmente no quarto, e a emocionou dar o primeiro passo. Ela quebrou o beijo e desceu por seu corpo para tirar sua cueca samba-canção. Antes de montar nele novamente, ela tirou a camisola e a calcinha. Dimitri a deixou assumir a liderança e estava feliz por ela o querer. Kyle se abaixou lentamente em seu pau. Ela gemeu quando ele estava inteiramente dentro dela. — Você é gostosa pra caralho, myshka. — Dimitri sentou-se e colocou a boca no seio dela, fazendo-a gemer novamente. — Senti sua falta, Dimitri. Ela o empurrou um pouco para trás, e Dimitri deitou novamente. Assim que ele se acomodou, Kyle começou a se mover para cima e para baixo em seu pau. Seu ritmo era lento. Ela queria saborear a sensação e provocá-lo. Dimitri estendeu a mão e envolveu o cabelo dela, puxando sua cabeça para trás. O pouco de dor que o movimento causou fez com que o ritmo de Kyle acelerasse. — É isso aí, baby. — Dimitri estava gostando da sensação dela montada nele; excitava-o vê-la saltar para cima e para baixo. Ele começou a massagear seu clitóris com os dedos. — Isso é tão bom, — ela gemeu. Kyle sentiu seu prazer crescendo. Quanto mais perto ela chegava, mais rápido ia, perseguindo a sensação do orgasmo, até que desmoronou, gemendo o nome de Dimitri. Dimitri não esperou Kyle desencaixar do seu pau; ele os girou e, com ela agora debaixo dele, socou dentro dela, mais e mais. Com cada estocada, Kyle gemia de prazer, saboreando o jeito rude dele. Dimitri se perdeu em Kyle. Ele a queria cada vez mais, e cada gemido dela o fazia querer forçá-la a gemer mais. As estocadas de Dimitri tomaram-se erráticas. Seu clímax estava se aproximando, e Kyle podia sentir isso. — Mais forte, Dimitri. Dimitri se chocou contra ela mais duas vezes antes de se liberar dentro dela. O jorro de sua essência desencadeou o orgasmo de Kyle — um orgasmo tão intenso que levou um momento para ela voltar dele. — Deus, eu senti sua falta, myshka. Capítulo 30 — Qual é o plano para Mike?, — Kyle perguntou aos irmãos. Eles estavam no meio do caminho para casa, e Kyle ainda não acreditava que Mike tinha feito isso. — Precisamos descobrir o porquê. Acho que provavelmente algo foi oferecido a ele. Ele não estava lá ontem à noite, então Anatoli não conseguiu confrontá-lo, mas eu o convidei para jantar conosco. Max ficou desapontado. Mesmo que eles colocassem Mike na lista de pessoas em quem eles não podiam confiar, ele esperava que Mike provasse que eles estavam errados. Mike tinha sido um bom amigo ao longo dos anos e Max queria confiar nele. — Sei que não conheço seus homens como você e Dimitri, mas pelas minhas interações com Mike, ele é leal. Você deve abordar isso fazendo perguntas e não indo direto para a violência. — É por isso que ele está vindo para o jantar, abelhinha. Dimitri e eu estamos levando suas opiniões em consideração; sabemos que você vê coisas que podemos não ver. — Obrigado, — Kyle disse, inclinando a cabeça sobre ele. * Quando chegaram em casa, já era o início da tarde. Kyle tinha algum tempo de sobra e ela esperava alcançar Varina. Varina estava hospedada em um quarto de hóspedes, então Kyle decidiu ver se ela estava em casa, mas quando se aproximou da porta, encontrou seu irmão saindo do quarto. — Eu sabia!, — Kyle gritou. O rosto de Ryan ficou vermelho. — Não diga nada para Max e Dimitri. — Eles não vão se importar, Ryan. Eles são mais tranquilos do que você imagina, e acho que eles ficarão bem com isso. — Deixe-nos dizer a eles quando estivermos prontos. — Não se preocupe, não vou dizer nada. Kyle se despediu do irmão e bateu na porta de Varina. — Então, acabei de pegar meu irmão saindo do seu quarto. Varina sorriu para Kyle. — Você não se importa, não é? — Por que eu me importaria? Estou feliz. Gosto de você e acho que você será boa para Ryan. Varina deixou escapar um suspiro de alívio. Ela gostava de Ryan e não queria causar problemas com Kyle. — Como foi a noite passada?, — Varina perguntou a Kyle, esperando mudar de assunto. — Foi agridoce. Meu pai não apareceu na minha localização, mas Dimitri e eu meio que fizemos as pazes. — Então, ele parou de ser estúpido? — Ele não é estúpido; ele está com medo e confuso e só precisa de algum tempo. * Kyle passou a tarde com Varina e ela se sentia como se estivesse com uma irmã. Isso tirou sua mente de Mike e de seu pai, e ela se sentiu relaxada o suficiente para lidar com o jantar. A comida foi servida em silêncio, e Kyle se sentiu mal por Mike porque não tinha ideia do que estava por vir, e o fato de ter trazido Sarah com ele tomou tudo pior. — Chamamos você por um motivo, Mike, — Dimitri começou a conversa, o que deixou Kyle mais relaxada porque Dimitri era o mais calmo. — Há algo que vocês precisam?, — Mike perguntou. — Na verdade, queremos saber por que você estava dando a Ivanov informações sobre nós. — O tom de Max estava cheio de raiva e preocupando Kyle. — Não sei do que você está falando, Max. — Não brinque com essa merda, Mike. Informamos às pessoas diferentes locais para ver quem vazaria, e eles apareceram no local que avisamos a você. Mike se levantou e Kyle percebeu que Mike ficou ofendido com a acusação. — A única pessoa para quem eu disse algo foi Sarah, e não estou mentindo para você. Houve silêncio à mesa e Kyle aproveitou a chance. — Sarah, você gostaria de acrescentar ou explicar algo?, — Kyle tinha a sensação de que Mike era leal, mas ela não tinha certeza se Sarah era a culpada. Sarah olhou para suas mãos, que estavam em seu colo. — Fui eu; eu dei a eles a informação. Todos ficaram calados e um pouco chocados. Sarah olhou para Mike, com lágrimas nos olhos. — Sinto muito, Mike. Eu te amo, amo muito. Viktor é meu pai e fui enviada para coletar informações, mas conheci Mike e tenho medo de meu pai, e quando mencionei Kyle a ele, tudo piorou. — Como você pôde fazer isso comigo?, — Mike perguntou a Sarah. — Eu não tive escolha, Mike. Por favor, me perdoe. Eu te amo, — ela soluçou. Kyle estava além de chocada; ela estava se agarrando ao que Mike tinha dito sobre Sarah. Kyle nunca pensou que ela seria a culpada, mas o que a surpreendeu de fato foi Sarah ter confessado ser sua irmã. Capítulo 31 Depois do jantar, Max e Dimitri colocaram Sarah em um dos quartos com os guardas a vigiando. Kyle queria que Sarah fosse bem tratada e não queria que os irmãos agissem com raiva. Mike acabou saindo depois de dizer a Sarah que não queria mais nada com ela. — Como você está se sentindo, inyshka?! — Estou confuso. É difícil acreditar que Sarah é minha irmã. Não somos parecidas e me sinto mal por Mike. Dimitri esfregou os braços de Kyle, esperando que o gesto ajudasse a relaxá-la um pouco. — O que vai acontecer com ela?, — Kyle temia que eles a machucassem pela traição ou como um aviso para o seu pai. — Eu tenho algumas ideias. Acho que precisamos de um teste de DNA para provar que ela é sua parente, e se ela for, e se ama mesmo o Mike, acho que podemos transformá-la e usá-la como uma espiã. Kyle gostou da ideia de Max. Era uma solução que não envolvia ninguém se machucando, e isso lhe daria a chance de conhecer Sarah. Kyle se recusou a interagir ou sair com Sarah desde o incidente no shopping quando Max a forçou a morar lá. — Eu quero vocês dois esta noite. Vocês vão ficar?, — ela perguntou a eles, sabendo que sua resposta seria sim. Kyle ficou nua e deitou na cama. Max foi o primeiro a se despir e se juntar a ela. Dimitri estava um pouco hesitante e Kyle sabia por quê. — Eu quero vocês dois, Dimitri. Dimitri se despiu e se deitou do outro lado de Kyle. Kyle se virou e beijou Dimitri. O beijo foi lento e leve; Kyle queria que ele soubesse que ela o amava. Kyle interrompeu o beijo e se virou para Max e o beijou. O beijo foi apaixonado, e Max rapidamente dominou o beijo como sempre fazia. Max interrompeu o beijo e olhou para Kyle. — Concentre-se em Dimitri primeiro, — ele ordenou a ela. Kyle se voltou para Dimitri e o beijou. Ela beijou seus lábios, seu pescoço e desceu até seu pênis ereto. Ela pegou o pau de Dimitri em sua boca, o que o fez gemer. Enquanto ela agradava Dimitri, Max brincou com ela. As mãos de Max percorreram seu corpo. Ele começou em seus seios e brincou com seus mamilos, o que a fez gemer em tomo do pau de Dimitri, dando a ele uma onda de prazer. Max não parou em seus seios; ele fez o seu caminho até o centro dela. Max enfiou um dedo no centro dela e Kyle soltou outro gemido. — Isso é bom, abelhinha? Max não esperou por sua resposta e moveu os dedos para sua bunda. Ele circulou o buraco dela com o polegar e Kyle enrijeceu. — Relaxe. Você vai gostar. Você pode ter nós dois, — Max sussurrou em seu ouvido. Um arrepio percorreu Kyle. Ela nunca tinha pensado em tê-los dessa forma. O pensamento a emocionou e a excitou. Max lentamente entrou em seu buraco traseiro com o polegar e empurrou levemente. Kyle ficou surpreso ao ver que a dor não era mais intensa, mas, novamente, era apenas o polegar. Max criou um ritmo agradável de entrar e sair dela, e uma vez que ela começou a gemer, Max disse a ela para montar em Dimitri. Quando Kyle se acomodou em Dimitri, Max foi até a cômoda e pegou um pouco de lubrificante e o levou de volta para a cama. Dimitri guiou Kyle em seu pau e grunhiu quando ele deslizou em seu centro quente. — Você é tão apertada, amor. Kyle percebeu que ele a chamou de amor e não de myshka. Era essa a sua maneira de dizer “eu te amo”? Max aplicou lubrificante em seu traseiro e em seu pênis e se alinhou com ela. — Você está pronta, abelhinha? Kyle assentiu. Dimitri se sentou e beijou Kyle antes de deitá-la em seu peito. Max começou a entrar nela e Kyle soltou um gemido. Foi mais doloroso do que o polegar. — Relaxe, — Dimitri disse, tentando confortá-la. Ele alcançou entre eles e começou a esfregar sua protuberância sensível. A dor e o prazer misturados eram um sentimento que Kyle adora, e ela começou a gemer. Ter os dois homens ao mesmo tempo representava uma nova sensação de plenitude. — É incrível, — Kyle disse enquanto tentava se mover. — Vamos fazer todo o trabalho, myshka. — Dimitri segurou seus quadris, e ele empurrou lentamente dentro dela. Ele deu algumas estocadas dentro dela antes de Max começar a se mover. Quando Dimitri saiu, Max empurrou. Os golpes alternados fizeram seu orgasmo crescer mais rápido do que ela estava acostumada, e seu clímax a pegou desprevenida, fazendo-a gritar de prazer. Kyle foi dominada pela sensação e, antes que ela pudesse voltar do orgasmo, outro a atingiu. Ela gemia e não conseguiu evitar os sons que saíam de sua boca. Dimitri e Max aumentaram o ritmo. Ouvir os grunhidos de prazer a fez querer mais. — Mais. Eu preciso de mais, — Kyle gemeu. Dimitri pegou a mão dele e beliscou seus mamilos. A sensação aumentou seu tesão e, quando Dimitri adicionou pressão em seu clitóris, isso a enviou ao seu terceiro orgasmo. Dimitri não se conteve e deixou seu próprio clímax tomar conta dele. Max fez Kyle se deitar em cima de Dimitri, e ele começou a socar dentro dela. A cada impulso, ela se sentia deslizar para cima em Dimitri. Max era implacável e Kyle sabia que ela ficaria dolorida pela manhã, mas estava adorando aquilo. Max empurrou mais algumas vezes antes de puxar e gozar em suas costas. Max se levantou para pegar uma toalha quente. Kyle aproveitou o momento privado com Dimitri. — Eu amo você. Sei que você não está pronto para dizer isso, mas saiba que eu te amo, Dimitri. Dimitri beijou a cabeça dela e a segurou enquanto Max a limpava. Assim que Max terminou, ela se acomodou entre os irmãos para descansar um pouco. — Essa foi uma distração muito boa, — Kyle disse a eles antes de adormecer. Capítulo 32 Max pediu ao médico que viesse e tirasse sangue de Kyle e Sarah para ter certeza de que Sarah não estava mentindo. Depois que o sangue foi coletado, os homens deixaram Kyle e Sarah sozinhas para conversarem. Kyle não sabia por onde começar, então elas ficaram sentadas em silêncio por alguns minutos. — Eu não sabia que éramos irmãs até depois daquele passeio das compras, e sinto muito por isso. A propósito, Mike ficou com muita raiva de mim por isso. — Não sabemos se ainda somos irmãs, — corrigiu Kyle. — Eu não mentiria sobre isso. Viktor é meu pai, e é seu pai também. — Ele pode ter mentido sobre ser meu pai, Sarah. — Eu não acho que ele está mentindo, já que ele está tão determinado a te pegar. Se você conseguir conhecê-lo, tome cuidado. Ele não se arrepende e não se importa com quem machuca. — Obrigado pelo aviso, mas Max e Dimitri têm tudo sob controle. Também precisamos saber como entrar em contato com Viktor. Sarah deixou escapar um suspiro. — Eu tenho um celular descartável que eles me deram. Não é uma linha direta com ele. Vai para Anton, que entrega as mensagens. — Podemos ficar com o telefone? — Está em casa. Eu sei onde está. Posso pedir ao Mike para pegá-lo. — Ei, Ky. — Ryan entrou pela porta da frente, cumprimentando-a. — Ei. Eu não tenho visto você ultimamente. — Seus namorados têm me mantido ocupado e o resto do meu tempo tenho estado com Varina. — Isso significa que vocês estão sérios? Ryan encolheu os ombros. — Só posso dizer como me sinto. Eu gosto dela... muito, e sinto a falta dela quando não estou perto dela. Kyle deu ao irmão um grande sorriso. — Você a ama. Estou tão feliz por você, Ry. Você já contou a Max e Dimitri? — Não. Varina disse que queria contar a eles. — Vou me certificar de que eles não vão matar você. — Kyle estava brincando. Ela sabia que Max e Dimitri ficariam tranquilos com a novidade, desde que ele cuidasse de Varina. — Myshka\ — Falo com você mais tarde, Ry. É Dimitri gritando por mim. Kyle subiu as escadas, onde ouviu Dimitri. Ela se dirigiu ao escritório, o seguindo. Além de Dimitri, lá estava Anatoli, mas não Max. — Sente-se, malyshka. Kyle sorriu com o apelido que Anatoli deu a ela. Ele chamava-a assim há algum tempo, mas não usava o apelido com frequência. Ela sabia que isso significava que ele gostava dela. Kyle se sentou ao lado de Anatoli e, quando ela se acomodou, Dimitri começou a falar. — Max e eu achamos que o próximo passo é colocar você com Viktor. Temos Sarah, então ele pode estar mais disposto a se encontrar com você diretamente. — E o que devo fazer? — Queremos que você o conheça e tente entender o que ele está tentando fazer. — Então ficarei lá por um tempo? — Sim, — foi tudo o que Dimitri disse. Kyle não gostou. Ela não queria ir embora, especialmente porque ela não sabia o que aconteceria uma vez que estivesse com Viktor. — Eu quero um plano mais definido antes de fazermos qualquer coisa, — Kyle disse a eles. — Claro, myshka. Não íamos jogar você lá sem planejar nada. — Estou um pouco nervosa com isso, Dimitri. Eu não quero ficar lá por um tempo. E se eu ficar presa lá? — Teremos uma maneira de rastreá-la e não vamos deixá-la ser mantida em cativeiro, se é isso que a preocupa. — Ok, farei isso, mas tenho que estar confortável com o plano antes de levá-lo adiante e quero que Sarah venha comigo. — Absolutamente não. Não podemos confiar nela. — O pedido deixou Dimitri nervoso. — Se formos realmente irmãs e ela quiser Mike de volta, trabalhará para nós. Ela não gosta de Viktor. Ela até me avisou sobre ele. — Discutiremos isso mais tarde com Max. Até lá, a resposta é não. Kyle ficou frustrada e decepcionada por Dimitri não ouvi-la ou confiar nela. Ela se levantou para sair. — Onde você está indo?, — Dimitri perguntou. — Acabei por aqui. Você não vai me ouvir, então terminei. — Kyle saiu do escritório, deixando Dimitri furioso. — Ela me deixa com tanta raiva às vezes, — disse Dimitri a Anatoli. — É uma característica que você gosta. Se ela não fosse assim, você não a acharia fascinante. — Ainda me deixa louco. — Você já descobriu o que quer fazer com ela? — Quero ficar com ela e sei que as coisas vão ficar complicadas com o pai dela e com Max, mas estou disposto a me esforçar. — Continuamos presumindo que Viktor é o pai dela, mas e se ele estiver mentindo?, — perguntou Anatoli. — Nós pensamos nisso também. Testar Sarah nos dará uma razão para acreditar nele ou não. — Você vai precisar ficar de olho nela quando ela chegar a Viktor. A família pode ser uma arma poderosa. Não acho que Kylah iria se voltar contra nós, mas eles poderiam forçá-la a fazer coisas. Dimitri estava preocupado de que tudo desmoronasse, que eles perderiam Kyle, e ele não tinha certeza se conseguiria lidar com isso. Ele também não tinha certeza se Max conseguiria lidar com perdê-la. * — Ele só está tentando protegê-la porque a ama. — Ele me dispensou completamente. — Ele é um maníaco por controle, e é como ele lida com as coisas, Kyle. Você precisa mostrar a ele que você está pronta, que você pode lidar com isso. — Como? — Seja mais assertiva. Agora eles provavelmente veem você como uma mulher inocente que eles têm que proteger. — 'É irritante. — Para ser justa, pelo que me disseram, você era a mais pura das criaturas quando chegou aqui. Kyle estava ficando irritada porque Varina estava do lado deles. — Então..., — Kyle bufou. — Significa que você não foi feita para esta vida; você é muito sensível. — Você é minha amiga, mas não sabe como é. Todo mundo a protegeu de todo o mal. Acho que é hora de molhar os pés. Faça com que os meninos incluam você em seus negócios. Kyle sabia que Varina estava certa. Ela precisava mostrar a Max e Dimitri que ela poderia lidar com esta vida. Capítulo 33 Mike dera a Max e Dimitri o celular descartável de Sarah e eles entraram em contato com os homens de Viktor. Eles estavam tentando fazer um acordo para fazê-lo se encontrar com Kyle. Viktor tinha algumas condições. Ele queria que Kyle não tivesse contato com a organização Volkov. Kyle não gostou disso; ela queria contato com Max e Dimitri. — Não podemos dedicar todo o nosso tempo para fazer um acordo com Viktor; temos outros negócios a tratar, — disse Max a Anatoli. — James não nos pagou, e acho que é hora de dar um aviso a ele. Leve Kyle com você. Estou enviando você em vez de Mike ou Jason porque confio em você com ela. * Kyle se viu trabalhando e não conseguia descobrir se estava animada ou nervosa com essa oportunidade. — O que estamos fazendo?, — Kyle perguntou a Anatoli. — Este homem nos deve dinheiro, assim como seu irmão, e vamos dar nosso primeiro aviso. — O que vamos fazer com ele? — Ele precisa saber que somos perigosos, então precisaremos ser um pouco ásperos com ele, e seu trabalho é fazer o que eu digo. Você não deve hesitar, entendeu? — Sim. Eles chegaram a um bar e Kyle estava ficando nervosa; ela não sabia o que fazer ou o que Anatoli esperava dela. Como qualquer bar, o lugar estava lotado de bêbados, e Kyle ficou feliz por não trabalhar mais em um. Ela seguiu Anatoli até onde o barman estava. — Onde James está?, — Anatoli exigiu. — Lá atrás. Ele disse para não incomodá-lo. Anatoli não se importou e continuou andando em direção à parte de trás do bar. Quando Anatoli e Kyle chegaram à sala dos fundos, Anatoli entrou sem bater. — James. — Eu disse a Max que ele receberia seu dinheiro na próxima semana. — Você disse, mas ele não concordou. James foi se levantar, mas Anatoli não deixou. — Fique sentado. Anatoli sentou-se em frente a James, e Kyle percebeu o quanto o russo poderia ser intimidante, mas ela também percebeu que essa persona de mafioso o tomava ainda mais atraente do que ele já era. — Onde está o dinheiro? — Eu disse que o teria na próxima semana. — Não queremos na próxima semana; queremos agora. — Bom, eu não tenho. — Então levaremos algo importante para você, — disse Anatoli. — Eu não tenho nada de valor. — James estava nervoso e começando a ficar inquieto. Kyle ficou lá pensando sobre o que James poderia dar para livrá-lo das dívidas, e então ela percebeu. — E quanto a este bar? Kyle caminhou em direção a James e Anatoli. — Esse bar atrai alguns milhares por noite, ainda mais nos fins de semana, certo? — Você não pode ficar com o bar — é tudo o que tenho, — James implorou. — Você deveria ter pensado nisso quando nos pediu dinheiro emprestado. É o bar, ou será algo pior do que isso, — Kyle ameaçou. — Humm. Acho que você está certa, Kyle. O bar servirá. — Anatoli se levantou e olhou para James. — Estaremos de volta em alguns dias com Max para aprovação. Kyle e Anatoli voltaram para o carro. — Essa foi uma boa ideia, malyshka. — Posso não saber ser má, mas sou engenhosa. Sei o que um bar pode render e, com algumas mudanças, pode nos render muito. — Nós vamos ter que trabalhar para você ser má. Você tem que olhar para isso de uma maneira comercial. Essas pessoas não pagaram os empréstimos e precisamos do nosso dinheiro de volta. — Entendo isso, mas como você consegue machucar alguém de propósito? Só fiz isso para tentar provar que estava pronta para esta vida. — Você terá que se acostumar com isso, mas não terá que fazer isso. Fique com seus pontos fortes e você ficará bem. Assim que Anatoli e Kyle voltaram, eles foram falar com Max e Dimitri. — Como foi?, — Max perguntou a Anatoli. — Foi melhor do que o esperado. Malyshka aqui precisa de uma lição sobre ser má, mas ela tem um olho para oportunidades de negócios. Você precisará visitar James; dissemos a ele que aceitaríamos seu bar como pagamento. — Por que iríamos querer o bar?, — Dimitri perguntou. Kyle decidiu falar e explicar em vez de deixar Anatoli fazer isso. — Bom, o bar rende alguns milhares todos os dias e ainda mais nos fins de semana. Com equipe, comida e equipamento adequados, ele poderia render ainda mais. Você receberá seu dinheiro e muito mais. Os irmãos ficaram pensando sobre isso. Max gostou da ideia, mas Dimitri não estava disposto a lidar com outro negócio. — Tudo bem, mas você vai cuidar de tudo. Você será responsável por nos render o dinheiro que disse que poderia. — Mesmo?, — Kyle estava um pouco animada; ela nunca foi colocada no comando. — Só saiba que, se falhar, será culpa sua, abelhinha. — Eu não vou decepcionar vocês, prometo. — Kyle deu um beijo animado em Max e Dimitri antes de deixá-los. — Esta é uma má ideia, Max, — Dimitri avisou. — Vai ficar tudo bem; ela está certa sobre o dinheiro e isso lhe dará a chance de liderar. Precisamos que ela seja uma líder. Dimitri estava preocupado com Kyle. Ele não queria que ela perdesse a inocência, mas sabia que ela precisava ser mais dura para ficar com eles. Capítulo 34 — Com a lentidão com que tudo está indo com o Viktor, acho que devemos esquecer o encontro e apenas me deixar falar com ele ao telefone. Não fizemos nenhum progresso. — Não temos problema com isso, abelhinha, mas Viktor tem. Ele se recusa a falar com qualquer pessoa ao telefone. Ele nem mesmo pediu ao capanga dele para perguntar sobre Sarah. — Podemos dizer a ele que sou eu ao telefone, e isso pode fazer com que ele mude de ideia. — Você acha que vai funcionar? Porque eu duvido que vá, — Max zombou de Kyle. — Tentar não mata, — Kyle bufou de volta. Kyle e Max estavam indo e voltando por um tempo sobre como fazer as coisas avançarem com Viktor, e isso não os levava a lugar nenhum. Ambos estavam ficando frustrados. — Essa conversa não está nos levando a lugar nenhum. Temos coisas mais importantes para discutir, como os resultados de DNA que tenho aqui. — Dimitri mostrou o envelope. Kyle ficou nervosa. Ela não sabia se isso iria ajudá-la ou machucá-la. — Há quanto tempo você está com isso?, — Kyle perguntou a Dimitri. — Desde a noite passada, mas eu não queria te chatear tão tarde no caso de você não gostar dos resultados. — Posso? — Kyle estendeu a mão, e Dimitri deu a ela o envelope sem hesitar. Kyle abriu lentamente o envelope e olhou os resultados. — O que diz, myshka?' Kyle levou um momento para ler antes de contar a Max e Dimitri. — Diz que ela é minha irmã. — Kyle não sabia como se sentir. Ela queria ficar feliz por ter outra irmã, mas tinha medo do que isso significava. — Ainda não sabemos ao certo se Viktor é seu pai. Ele poderia ter mentido para Sarah, — Dimitri disse. — Eu não acho que ele está mentindo. Quero falar com ele ao telefone. Preciso de respostas e estou cansada de esperar. Sarah foi mantida presa em casa, mas ela tinha permissão para se mover com alguém a vigiando. Max e Dimitri não a tratariam de outra forma por causa de Kyle, mas também sabiam que, ao mostrar misericórdia, eles poderiam convencê-la a continuar ajudando-os. Kyle achou que seria melhor se ela falasse com Sarah para ela saber que o teste deu positivo. Kyle bateu na porta e, quando ouviu Sarah fungar, empurrou lentamente a porta. Sarah estava sentada na cama chorando e Kyle tinha a sensação de que era por causa de Mike. — O que houve?, — Kyle perguntou. — Mike não me quer mais. Kyle não sabia o que dizer a ela. Ela não culpava Mike; Sarah mentiu para ele. Mas ela sabia que Sarah o amava. — Tenho certeza de que ele vai mudar de ideia. Ele se sentiu traído por alguém que ama. — Eu não queria traí-lo. Eu não tive escolha. Eu não achei que fosse me apaixonar. Meu objetivo era fazer amizade com alguém, mas conheci Mike. Eu o amo, Kyle. — Ele só precisa de tempo. Eventualmente, ele vai querer falar com você. Ele vai querer respostas, e vai ser sua chance de explicar tudo. Kyle sentiu que era um momento estranho para trazer os resultados do DNA, mas ela achou que isso poderia animá-la. — Recebemos os resultados do teste... Somos irmãs de verdade. — Eu sabia que ele não estava mentindo. Você já conversou com Viktor? — Não. Viktor está jogando duro; ele não concorda com nada. Como você se encontra com ele? — Só nos encontramos quando ele está no campo. Eu só vou à Rússia duas vezes por ano, e é apenas para nossa casa de família. — Eu não sei onde ele mora na Rússia. Ele mantém todos longe dele, exceto os homens da sua organização. Kyle imediatamente começou a formular um plano. Se Sarah vai à Rússia duas vezes por ano, eles poderiam planejar uma emboscada nessa época. — Em que época você vai para a Rússia? — Normalmente vou em julho e depois no Natal. — Kyle ficou animada em descobrir que eles tinham um mês para descobrir como usar essa informação e emboscar Viktor. Ela só precisava convencer Max e Dimitri. Ela estava certa de que esse era o melhor plano. — Isso é ridículo, Kyle, e você sabe disso. — Max e Dimitri não gostaram da ideia. Eles pensaram que ela não estava levando isso a sério. — Como você pôde pensar que isso é uma boa ideia?, — Max não parava. Ele estava frustrado e zangado com toda a situação e estava descontando nela. — E estúpido e ingênuo, eu não esperava que você fosse tão estúpida. — Max, chega, — Dimitri o repreendeu. — O que deu em você, Max?, — Kyle perguntou a ele. — Você está sendo um babaca comigo. Entendo você não aprovar minha ideia, mas basta dizer não. Você não precisa me menosprezar. Kyle estava magoado e com raiva e saiu da sala. Ela não queria lidar com Max; ele nunca tinha sido tão mau com ela, nem mesmo quando a forçou a viver com ele. — O que deu em você? Você é um idiota. Você basicamente a chamou de estúpida. Max se recostou. — Só estou cansado dessa merda. Não estamos chegando a lugar nenhum, e Kyle está sendo imatura sobre isso. — Eu concordo, mas você precisa se desculpar com ela. Isso foi desnecessário. Max sabia que Dimitri estava certo, mas ele não queria ir atrás dela. Ele não queria admitir que estava se comportando mal. * Kyle estava com raiva e só queria resolver a situação com seu pai. Ela sabia que Ryan tinha várias coisas da mãe guardadas em um dos armários, e ela se perguntou se havia algo neles que poderia levá-la até seu pai. Seu plano era fugir de casa e ir para o apartamento que costumava dividir com Ryan. Kyle sabia que Max e Dimitri ainda estavam no escritório, mas ela não sabia por quanto tempo mais eles ficariam ocupados lá, então ela decidiu que era agora sua hora de escapar. Ela sabia onde as chaves extras do carro estavam guardadas e desceu as escadas para pegar um conjunto. Ela não precisava ficar quieta; apenas tinha que agir normalmente. Kyle saiu de casa para o apartamento sem ninguém saber. Ela passou algumas horas vasculhando os armários na esperança de encontrar algo. Só tinha um armário sobrando, e ela estava orando para que houvesse algo ali. Kyle estava na metade do armário quando a porta da frente foi aberta. — Kyle!, — ela ouviu Max gritar. — Onde diabos você está? Ela o ignorou. Ela queria terminar de examinar as caixas, mas não tinha muito tempo. Kyle abriu cada caixa e espiou dentro. A terceira caixa tinha uma papelada. Era o que ela estava procurando. Ela pegou a caixa, saiu da sala e encontrou Max no corredor. — O que diabos você está fazendo?, — Max gritou com ela. — Estamos procurando por você há horas! — Eu precisava conseguir algo e sabia que você não iria deixar, já que me acha burra. Max bufou e a arrastou pelo braço até a sala. Na sala de estar, esperando por eles, estava Anatoli. Max fez Kyle dar a caixa a Anatoli. — E melhor eu pegar de volta, — Kyle protestou. — Relaxa, abelhinha; a caixa estará esperando por você em casa. Quero falar com você. Max a guiou até o sofá. — Eu nunca faço isso, então não leve isso em consideração. Me desculpe. Eu estava com raiva de várias coisas diferentes, e seu plano não era horrível. Eu deveria ter dito de uma maneira mais agradável. — Agradeço o pedido de desculpa, Max, mas essa não é a primeira vez. Você me trata como uma criança. Embora eu admita que às vezes posso agir como tal, quero ser levada a sério. — Acho que a caixa que encontrei pode ter algumas informações sobre meu pai, e pretendo dar uma olhada, independentemente do que você e Dimitri pensem. Há um motivo pelo qual meu pai me quer agora. — Eu ainda sinto muito, abelhinha. — Eu sei. — Kyle se levantou e beijou Max, mas quando ela foi se afastar, ele agarrou seu pescoço e a puxou para seus lábios. Max a devorou como se não a beijasse há anos. Quando Max finalmente interrompeu o beijo, eles estavam ofegantes. — Tire a roupa, — Max comandou. Kyle adorava quando ele a dominava sexualmente. — Você percorreu um longo caminho desde que era a abelhinha tímida que costumava ser. — Max olhou para Kyle. Ele amava seu corpo — era sempre sensível ao seu toque, e ele gostava de ser quem a ensinava sobre as coisas que ela passava a apreciar. Max ordenou que ela o despisse, e quando ela tirou suas calças e cueca, ficou de joelhos e tomou seu pau em sua boca. Max inspirou bruscamente enquanto Kyle lambia seu pau, chupando a ponta, depois colocando-o inteiro em sua boca. Quando ele atingiu o fundo de sua garganta e ela não engasgou, Max a elogiou. — Se você continuar assim, vou gozar nessa sua boquinha linda. Kyle gemeu, e as vibrações quase enviaram Max ao limite. Max agarrou o cabelo de Kyle e puxou sua cabeça para trás. Ele não gostava de perder o controle, e ela estava tirando o controle dele em todos os aspectos. Ele não podia controlá-la como fazia com os outros. Ela o desafiava de muitas maneiras, e isso o deixava com raiva. — Para cima. — Max não aguentava mais. Ele precisava transar com ela. Max a guiou até o braço do sofá. — Curve-se, — ele disse a ela. — Não, — Kyle respondeu. — Você está com raiva de mim e não vou deixar você me usar como uma forma de se livrar da sua raiva. Você se empolga quando está com raiva. — Se você não fizesse merdas idiotas, eu não ficaria com raiva. — Não me culpe por isso, Max. Eu não teria vindo aqui sem você se não tivesse tentado me manter prisioneira. Eu amo você e Dimitri, mas você precisa de alguns limites. Eu me recuso a deixar você me usar dessa forma. Max não estava acostumado com Kyle dizendo não, isso o deixava mais furioso, então ele se virou e jogou tudo da prateleira atrás dele. Kyle deu um passo para trás e, com medo de dizer qualquer coisa, ela apenas olhou para Max. Capítulo 35 — Kyle, por favor, fale comigo, — Max implorou. Ela ficou quieta durante todo o trajeto para casa, chorando silenciosamente. — Apenas me deixe em paz, Max. — Ela subiu as escadas para seu quarto e trancou a porta. Kyle temia que ela não pudesse confiar nele novamente; ela não queria que ele a tocasse ou a visse. Assim que ela se sentou na cama, Elliot pulou ao lado dela e começou a lamber seu rosto. — Você é a única em quem posso confiar, — disse ela, deitando-se ao lado de Elliot, aproveitando o tempo sozinha. Kyle começou a adormecer quando ouviu uma batida na porta. — Myshka, deixe-me entrar. Kyle hesitou. Ela não tinha certeza se queria ver Dimitri, mas o deixou entrar de qualquer maneira. — Max me contou o que aconteceu. — Ele me usou, Dimitri. Estou com nojo de mim mesmo. Pensei que eu fosse mais do que uma válvula de escape. — Ele não sabe como lidar com as coisas que estão fora de seu controle. Ele vai mudar de ideia — não desista. — Eu não quero mais ficar aqui. — No momento, era isso o que Kyle sentia. Ela não se sentia como se pertencesse àquele, e estava com saudade da sua antiga vida. — Que tal tirar um tempo para você? Enviar você e Varina para uma pequena escapada de fim de semana para poderem limpar a cabeça? — Eu quero espaço. Eu não quero férias; eu quero espaço, Dimitri. Dimitri não queria que ela fosse embora, mas ele sabia que eles tinham que dar o que ela queria. — Eu não quero deixar você ir, myshka, mas se é disso que você precisa, então não vou forçá-la a ficar mais aqui. Kyle ficou surpresa com a declaração de Dimitri e não sabia o que dizer. Ela pensou que isso era um truque. — Mesmo? — Sim. Eu te amo, e não vou forçá-la a ficar comigo. Kyle tinha emoções confusas. Ela queria ficar sozinha, mas esperou tanto para Dimitri se abrir para amá-la. — Eu deveria ter dito essas palavras há muito tempo. Eu te amo, e por mais que eu queira que você fique, você precisa fazer o que precisa fazer. Kyle se jogou em Dimitri e o beijou. — Eu esperei tanto para ouvir você dizer isso. Dimitri riu. — Se você me beijar toda vez, posso dizer isso com mais frequência. Dimitri beijou Kyle e a apoiou na cama, sua boca nunca deixando a dela. Eles caíram na cama com ele em cima dela, e a mão de Dimitri deslizou para cima de sua blusa, mas Kyle interrompeu o beijo, fazendo com que Dimitri parasse de tocá-la. — Eu não posso, Dimitri; estou muito dolorida, — ela sussurrou. — Não se preocupe, myshka. Nós podemos parar. — Dimitri se sentou na cama e olhou para Kyle. — A oferta permanece. Se você quiser ir a algum lugar, eu pago por isso, e você pode ter quanto tempo precisar, mas preciso saber onde você está, especialmente com Viktor por aí. — Terá que ser mais do que um fim de semana, — afirmou Kyle. — Tudo bem. Onde você quer ir? Kyle não foi longe; ela decidiu que iria passar um tempo na casa de praia para onde Dimitri a levou quando ela chegou. A casa de praia era perto o suficiente de Dimitri e Max, mas também lhe dava espaço. Dimitri prometeu a ela que Max não saberia onde ela estava até ela estar pronta e garantiu que ele dificilmente viajaria para lá. Ela escolheu um quarto no andar de cima em vez de ficar no quarto de Dimitri no andar de baixo. Seu objetivo era relaxar e passar o tempo examinando os itens da caixa que ela tirou de seu antigo apartamento. Ela esperava encontrar informações que a levariam a seu pai, e também esperava descobrir quem ela realmente era. Passaram-se alguns dias desde que Kyle foi embora e Max estava enlouquecendo. — Droga, Dimitri, me diga onde ela está. — Eu não posso. Prometi a ela que contaria quando ela estivesse pronta para você saber. Ela precisa de tempo, Max. — Ela não fica sozinha há algum tempo e fez tudo o que queríamos que ela fizesse, e você fodeu tudo, então dê um tempo a ela. — Eu sei. É por isso que preciso vê-la. Quero que ela saiba que sinto muito. — Apenas dê tempo a ela, Max. Ela vai mudar de ideia. Max estava com raiva por ter deixado as coisas chegarem tão longe. Ele estava bravo por Kyle ter ido embora e chateado por Dimitri saber onde ela estava. Max precisava de respostas, então ele visitou Sarah. Sarah ainda estava presa em casa, mas tentou manter distância dos irmãos; ela temia que sua hospitalidade acabasse logo, especialmente porque ela não tinha muitas informações. Max bateu na porta do quarto em que Sarah estava hospedada. — Entre, — Sarah gritou. Ela estava sentada no sofá em seu quarto assistindo TV; era a única coisa que ela podia fazer para passar o tempo. — Max, em que posso ajudá-lo?, — Sarah perguntou, nervosa. — Relaxe. Eu só quero conversar. — Bom, então sente-se. Max se sentou do outro lado do sofá e se acomodou. — Eu tenho algumas perguntas para você e você precisa respondê-las honestamente. — Eu vou, e não menti para você desde que vocês me pegaram. — O objetivo de Sarah era ser o mais honesta possível. Ela não queria que Kyle se machucasse e não queria se colocar em mais perigo. — Há quanto tempo você trabalha para o seu pai? — Só nos últimos meses. Esta foi a primeira coisa que ele me pediu para fazer, e não foi um pedido; ele estava me ameaçando. Tenho um irmão mais novo e ele ameaçou machucá-lo. — Então Kyle tem outro irmão? — Não, ele é filho da minha mãe com o homem com quem ela está casada agora. Ele disse que se eu não fizesse o que ele mandasse, ele iria machucá-lo, e temo que ele vá fazer de qualquer maneira porque fui pega. — O que você deveria fazer aqui? Sarah respirou fundo. — Obter informações, saber como funcionava a sua organização. Meu pai queria levar tudo. — Ele queria que eu me envolvesse com você ou com Dimitri, mas conheci Mike. Eu me apaixonei por Mike e faria qualquer coisa para consertar isso e para ele ver que não sou má e que o amo. Sarah não conseguiu conter as lágrimas e começou a chorar. Ela não conseguia imaginar sua vida sem Mike. Ela também queria seu felizes- para-sempre, e isso incluía Mike. — Onde sua mãe mora? — Max podia sentir que Sarah estava à beira do pânico. — Não se preocupe; nenhum dano acontecerá à sua família. Se seu pai está ameaçando você com seu irmão, então ele deve ter homens perto da casa dela. Podemos usar isso a nosso favor. — Você poderia verificá-los se eu disser? Max assentiu, e ela deu o endereço da casa da mãe, esperando estar fazendo a coisa certa. * Kyle estava aproveitando seu tempo sozinha na praia. Ela se sentia relaxada e Elliot adorava ficar em casa livremente e curtindo a água. A caixa que ela pegou em seu antigo apartamento se mostrou inútil até agora. Ela encontrou algumas cartas de Viktor para sua mãe, mas não revelaram nenhuma informação. Kyle encontrou algumas fotos antigas de bebê dela com o cara que ela chamava de pai, e isso a fez se perguntar quem ele era e por que sua mãe se casou com ele em vez de ficar com Viktor. Ela tinha mais perguntas do que respostas e estava ficando sem saída. Capítulo 36 Kyle havia passado as últimas horas examinando o que restava na caixa de seu apartamento, e não encontrou nada que valesse a pena. Até que, lá no fundo da caixa, ela viu um pedaço de papel que se perdeu dos outros e o pegou. Era uma das cartas que Viktor havia escrito para sua mãe, mas desta vez, ela notou um endereço de remetente. Ela tinha certeza de que nenhuma das outras cartas tinha esse endereço. Kyle rapidamente vasculhou a caixa novamente, retirando as cartas. De fato, a última carta era a única que tinha um endereço de remetente, e ela pensou que essa pudesse ser a informação que estava procurando. A única pista. Kyle rapidamente ligou para Dimitri e pediu-lhe que mandasse alguém buscá-la; ela precisava falar com ele e Max. * Ellis foi enviada para buscar Kyle, ela estava animada para ver Max e Dimitri, embora ela ainda estivesse brava com Max. — Você pegou tudo? Ela acenou com a cabeça para Ellis quando ele colocou sua última bolsa no porta-malas. Kyle e Ellis estavam na estrada por um tempo quando Kyle percebeu que Ellis estava nervoso. — O que foi? — Tem um carro atrás de nós há algum tempo, e a maneira como eles aceleram e recuam me faz pensar que estão nos seguindo. Kyle e Ellis deram um solavanco quando o carro atrás deles bateu no para-choque. — Há uma arma na caixa do compartimento. Pegue-a e mantenha-a com você. — Ellis olhou brevemente para Kyle. — Você ficará bem. Você é esperta. — O que você vai fazer? — Quando eu parar, corra e saia do carro. Não hesite. Pegue seu telefone e deixe o cachorro. Você não terá tempo para agarrá-la. Ellis parou o carro de repente e Kyle saltou rapidamente, fugindo do veículo. Ela não foi muito longe quando ouviu o estrondo. Kyle se virou e olhou para o acidente. Ellis não estava se movendo e ela viu um cara tentando sair do outro carro. A atenção de Kyle foi trazida de volta para o carro em que ela estava antes, quando ouviu Elliot latir. Elliot saltou da janela e correu em direção a ela. Assim que Elliot a alcançou, ela não perdeu mais tempo e fugiu do acidente. Uma vez que Kyle julgou estar longe o suficiente, ligou para Dimitri. Ela contou o que aconteceu e onde estava, e ele prometeu que chegaria lá o mais rápido possível. * Max e Dimitri a buscaram e levaram-na para um quarto de hotel para passar a noite. — Tem certeza de que você está bem, abelhinha? — Sim, eu não estava no carro. Eu te disse isso. Você tem alguma informação sobre Ellis? — Você ainda está com raiva de mim? — Ainda estou brava com você, Max. Você me usou. — Sinto muito. Estraguei tudo e sei disso. Por favor, me perdoe. — Eu não sei se consigo, Max. Você fez eu me sentir pequena. Você me machucou fisicamente. Max se aproximou e foi até ela. — Sinto muito, eu realmente sinto. Apenas me dê outra chance. Kyle queria dar a ele outra chance, mas ela não tinha certeza. Ela precisava se concentrar em um problema de cada vez, e o primeiro deveria ser seu pai. Capítulo 37 Kyle estava na banheira, tentando relaxar, quando Dimitri entrou. — Você está bem, myshka?' — Sim, estou apenas tentando relaxar. Eu estou meio ansiosa e nervosa. Não sei o que fazer sobre Max. — Eu não posso te dizer o que fazer. Tudo o que posso dizer é que ele está arrependido e que te ama, e que esta não será a última vez que qualquer um de nós vai fazer merda. — Eu sei que todos nós cometemos erros, mas acho que ele foi longe demais. Ele precisa controlar a raiva dele, Dimitri. — Chega de falar; você precisa relaxar. — Dimitri alcançou a água do banho e colocou a mão entre as pernas de Kyle e esfregou o centro dela. Quando ele pressionou, Kyle soltou um gemido. — Isso, myshka. deixa eu assumir. Dimitri continuou aumentando a pressão em seu clitóris enquanto observava Kyle fechar os olhos e sua respiração tomar-se mais irregular conforme ela se aproximava do seu orgasmo. Dimitri adorava vê-la se desfazer. Ele gostava de transar com ela, mas também adorava ver a maneira como ela reagia aos seus toques. — Ah meu, Dimitri, eu vou... — A frase de Kyle foi interrompida por seu orgasmo. Ela sentiu todo o seu corpo tremer e se sentiu voando. Já fazia um tempo desde que ela teve seu último orgasmo, e a euforia a fez derreter na água quente. — Eu precisava disso, — ela disse a Dimitri enquanto suspirava. Quando Kyle saiu do banho, Max e Dimitri estavam esperando por ela no quarto. Eles estavam dividindo um quarto de hotel durante a noite, e isso deixou Kyle um pouco nervosa. Ela não sabia como agir perto de Max. — Não queríamos fazer muitas perguntas depois de tudo o que aconteceu, mas agora que você tomou banho e comeu, queremos conversar sobre o que você descobriu. Max não olhou para Kyle enquanto falava com ela. Ele se sentia péssimo pela maneira como agia e tentava ser indiferente à irritação de Kyle com ele. Kyle foi até a calça dela pendurada na cadeira e tirou a carta do bolso. — Eu achei isto. E a única carta que Viktor escreveu para minha mãe com um endereço de remetente. — Ela entregou a carta para Max. — Não tenho certeza se ele é dono daquela casa ou se ainda a usa, mas é um começo. — Ela esperava que eles vissem isso como uma pista; algo que eles gostariam de verificar. — Acho que deveríamos fazer mais pesquisas, ver se podemos levantar a escritura de propriedade ou o histórico de vendas, — acrescentou Dimitri. — Boa ideia. Peça a Andrei para fazer isso. — Max também decidiu contar a Kyle o que conseguiu de Sarah. — Sarah me contou por que fez o que fez. Aparentemente, Viktor a estava ameaçando seu irmão mais novo. Ela fez isso para mantê-lo seguro. Também enviamos alguns caras para olhar a casa da mãe dela. — Eu só quero que isso acabe, — Kyle suspirou. Depois de algumas horas de conversa, Kyle estava ficando cansada e queria dormir, mas ela não tinha certeza de como seriam os arranjos. — Eu quero dormir, mas não tenho certeza de onde devo ir. — Na verdade, myshka, reservei um quarto para mim. Você e Max precisam se resolver. — Dimitri se levantou e beijou Kyle antes de sair da sala. Kyle revirou os olhos para Dimitri e subiu na cama, esperando Max terminar sua rotina de dormir. Assim que Max estava na cama, Kyle desligou a lâmpada de cabeceira. — Você realmente não vai falar comigo? — O que há para dizer, Max? — Diga-me o que posso fazer para ter o seu perdão. — Eu não sei o quanto vai levar. Pensei que eu fosse mais do que algo que você usa e descarta. Max agarrou Kyle e a forçou a encará-lo. — Você é. Eu estava em um lugar ruim e não sabia como lidar com isso. Você, mais do que ninguém, deveria entender isso. Kyle sabia que Max estava certo e achou que estava sendo injusta com ele. Soltou um suspiro e olhou para Max, e, em vez de dizer qualquer coisa, o beijou. Ela o beijou pela primeira vez em muito tempo e tinha se esquecido do quanto adorava seus beijos. Max era egoísta; ele queria Kyle; ele estava disposto a testar seus limites. Ele rolou sobre ela, e quando ela não o parou, ele sorriu mentalmente e continuou a beijá-la. Max sabia que ele tinha que ser bom com ela; ele precisava se redimir. Ele lentamente despiu Kyle e a si mesmo. Ele tomou seu tempo com ela, apreciando cada parte do seu corpo. Ele queria mostrar a ela o quanto gostava dela. Ele lentamente guiou o pau para dentro de seu núcleo, deixando escapar um gemido quando seu calor começou a engoli-lo. Max sentia falta de Kyle. Ele sentia falta de tudo sobre ela. Ele não podia acreditar que se sentia assim depois de uma semana e meia sem vê-la. Ele sabia que não haveria outra garota igual para ele. Capítulo 38 Kyle queria que a provação com o pai acabasse. Ela decidiu que precisava fazer isso sozinha. Ela esperou que Max adormecesse depois do sexo. Ela se levantou silenciosamente, se vestiu e saiu furtivamente do quarto do hotel com as chaves do carro e o dinheiro da carteira de Max. Ela odiava deixar os irmãos sem carro, mas sabia que eles chamariam Anatoli para vir buscá-los. Ela esperava que isso lhe desse uma pequena vantagem. Max acordou na manhã seguinte e rolou para pegar Kyle. Ele achou que era um recomeço para eles, mas quando percebeu que o lugar estava vazio, saiu da cama para checar o banheiro. Assim que Max percebeu que ela não estava no quarto do hotel, ele ligou para o irmão em pânico. No caminho para o quarto de Max, Dimitri percebeu que o carro havia sumido. — Ela pegou a porra do carro, Max. — Ela terá muitos problemas quando a resgatarmos. — Max estava com raiva; ele não podia acreditar que não acordou durante a partida dela. — Precisamos ir buscá-la. Você se lembra do endereço?, — Dimitri perguntou ao irmão, esperando que ele dissesse que sim. — Sim. Provavelmente ela vai chegar lá muito antes de nós, especialmente porque alguém tem que vir nos buscar. — Vou ligar para Anatoli. — Dimitri disse, saindo. Kyle havia passado horas dirigindo e finalmente chegou ao endereço que ela tinha no envelope. Antes que ela pudesse sair do carro, foi saudada por um homem armado. — Saia do carro devagar. Kyle fez o que o homem disse e, assim que ela saiu, o homem a agarrou pelos cabelos, forçando-a a entrar em casa. — Antes de você me enfiar em uma sala, estou aqui para ver Viktor. O homem riu de Kyle e continuou forçando-a a andar. — Meu nome é Kylah e sou filha de Viktor. Ele soltou o cabelo dela e olhou para ela. — Se você estiver mentindo, vou te matar. — Eu não estou mentindo. Se ele estiver aqui, vá perguntar a ele. O homem gritou para um guarda, dizendo-lhe para vigiá-la enquanto ele se afastava. — Você é uma coisinha bonita, — comentou o novo homem. — Bom, sou comprometida, então sai pra lá. — Eu não me importo se você é comprometida ou não. — Ele se inclinou e cheirou o cabelo de Kyle. — Você cheira bem também. — Cai fora, Ian. Se você colocar a mão na minha filha eu te mato. Kyle olhou para Viktor e não pôde deixar de encará-lo. Ela havia imaginado um cara velho e corpulento forçando as pessoas a fazerem seu trabalho. Em vez disso, parecia que Viktor mal havia envelhecido; ele tinha o cabelo ligeiramente grisalho. — Estou feliz que você me encontrou, Kylah. Me siga. Kyle estava hesitante, mas ela o seguiu. Ela o seguiu até um escritório que ficava no andar de cima, dois homens cuidavam dele. — Sente-se. Presumo que você queira respostas. Kyle queria mais do que respostas; ela queria que seu pai recuasse, ela queria que Max e Dimitri ficassem em paz, e ela queria que seu pai fosse embora. * Kyle se sentou em frente a seu pai, fervendo de perguntas, mas ela sabia que tinha que esperar. Ela tinha que parecer estar no controle. — Eu não estou surpreso por você ter me encontrado. Estou apenas curioso para saber como, — Viktor disse, olhando para ela. — Nós dois temos nossos segredos — vamos deixar por isso mesmo. — Muito bem. Presumo que você tenha algumas perguntas. Kyle tinha perguntas, mas ela tinha que jogar direito. Ela precisava fazer perguntas que ajudassem Max e Dimitri. — O que você quer com os irmãos Volkov? — Eu quero seu território e seus negócios. E simples assim. Essa área e o que os Volkovs estão fazendo trazem um bom dinheiro, e costumava ser tudo meu antes de sua família me expulsar. — E quanto a mim? Por que tentar me pegar agora? — Tenho razões diferentes. A primeira delas é que você é minha filha. — Quais são as outras razões? — Kyle queria obter o máximo de informações possível. — Sua mãe. — O que ela tem a ver com isso? Viktor deixou escapar um suspiro. — Você está cheia de perguntas. — Bem, se você não tentasse matar as pessoas ao meu redor ou me sequestrar, eu não teria tantas perguntas, — Kyle retrucou. Viktor deu uma risadinha. — É justo. — O que minha mãe me deixou? — Sua mãe era rica; ela deixou tudo para você e Ryan. — Não, ela não deixou. Não temos nada. Acho que Ryan e eu teríamos notado dinheiro. — Humm. Interessante. — Quando Kyle ouviu Viktor dizer isso, ela percebeu que havia lhe dado informações demais. — O que faria você deixar os irmãos Volkov em paz? Viktor pensou por um segundo. — O que você tem para oferecer? * — Ainda não consigo acreditar que ela foi embora sem nós. — Max estava em pé de guerra e não se importava em quem atirava. — Não consegui encontrar o celular dela no quarto do hotel, então podemos presumir que ela o levou com ela. Devíamos tentar ligar para ela e partir daí. — Dimitri estava tentando acalmar seu irmão. — Você está tentando dizer que sou estúpido? — Não, estou tentando ser lógico sobre tudo isso, Max. — Bom, ligue para ela, Dimitri. Dimitri suspirou e ligou para Kyle, mas a ligação foi para o correio de voz. Ele esperou mais alguns minutos e ligou para ela novamente. Após o segundo toque, Kyle atendeu. — Myshka, você está bem? — Estou bem. Estou indo para casa. — Ele deixou você ir? — Sim, mas tem uma condição. Falaremos sobre isso quando eu voltar. Amo você e Max, e faria qualquer coisa por vocês, mas temos muito o que discutir. — Estaremos esperando por você. Dimitri desligou o telefone, esperando que Kyle chegasse em casa com rapidez e segurança. Ele poderia dizer o quanto ela estava determinada pelo tom da sua voz, e isso o deixou orgulhoso por ela finalmente estar se tomando quem ela deveria ser. Capítulo 39 Dimitri e Max esperaram Kyle voltar para casa. Eles queriam saber o que Viktor queria, então no minuto em que ela parou na garagem, Max e Dimitri foram para a sala de estar esperá-la. Já era tarde e eles sabiam que ela estaria cansada, mas não dava mais para esperar. — Achei que vocês estariam me esperando. Max caminhou até ela e segurou seu rosto. — Você está bem? — Estou bem, é muito para absorver. Posso pegar um pouco de água? Dimitri saiu da sala e voltou com um copo d'água e um muffin. — Duvido que você tenha comido alguma coisa hoje. — Me desculpem por ter saído. Eu não podia mais esperar e só queria que isso acabasse para todos nós. — Você está encrencada por isso, mas sabemos por que fez isso. — Max se abaixou e deu um beijo suave nos lábios de Kyle. — Acho melhor contar o que ele quer. — Kyle suspirou, afastando-se de Max. — Ele disse que o que vocês fazem é muito lucrativo e que costumava ser dele antes de sua família o expulsar. — O que ele quer, myshka? — Ele quer tudo o que minha mãe deixou para mim e para Ryan. Aparentemente, ela nos deixou muito dinheiro, mas não tenho ideia de onde está. — Não vi extratos bancários ou documentos sugerindo que tínhamos dinheiro. Ela escondeu bem. — Isso é muito simples. O que mais ele quer?, — Max perguntou. Kyle soltou um suspiro. — Ele quer me usar para fazer um acordo com o filho de um cara para fundir um negócio. — Ele disse que se não conseguisse dinheiro dessa forma, ele queria de uma forma diferente. A outra opção é que ele continuará vindo atrás de vocês. — Você aceitou?, — Max estava com raiva, e ele não conseguia esconder sua frustração, enquanto Dimitri estava quieto, tentando compreender o que acabara de ouvir. — Eu disse a ele que precisava pensar sobre isso e ele me deu uma semana para tomar a decisão. — Por que diabos você concordaria?, — Max gritou e Kyle se encolheu. — Ele vai te deixar em paz, e eu ainda não concordei. Antes que Max pudesse gritar novamente, Dimitri interveio. — Só por um tempo. Ele eventualmente vai querer mais e vai vir atrás de nós novamente. Você não pode fazer isso. Eu não vou deixar. — Podemos derrubá-lo, e o faremos. Especialmente porque sabemos onde ele está. — Podemos continuar com isso amanhã? — Kyle estava cansada e só queria se deitar com Max e Dimitri e descansar um pouco. * Kyle gemeu ao acordar. Ela pensou estar tendo o melhor sonho sexual do mundo até que percebeu a cabeça de Dimitri entre suas pernas. Seu orgasmo a atingiu forte e rápido; ela não esperava por isso e não pôde evitar prender a cabeça de Dimitri no lugar até chegar lá. Quando seu orgasmo começou a diminuir, ela soltou a cabeça dele e Dimitri subiu, beijando-a. Kyle gemeu quando ela se provou em seus lábios. Dimitri empurrou dentro de seu núcleo. — Porra, senti falta disso. Você sempre tão apertada. Dimitri não estava pegando leve com ela; ele a estava dominando, buscando seu orgasmo. — Eu preciso que você volte. Eu quero sentir você apertar em tomo de mim. Ele esfregou seu clitóris até que ela se desfez, apertando ao redor de seu pênis, forçando-o a liberar seu sêmen profundamente dentro dela. Dimitri a beijou e rolou para o lado, e Kyle se virou para encará-lo. — Você deveria me acordar assim todas as manhãs. Dimitri riu, beijando o nariz dela. — Estou apenas lembrando a você o quanto eu sou grande. Kyle suspirou de contentamento, e ela sabia que nunca poderia desistir daqueles homens. Ela era deles para sempre. Depois de sua manhã de diversão, Kyle e Dimitri deitaram ao lado dela na cama desfrutando da paz. Havia tanto a fazer e as coisas estavam prestes a ficar caóticas. — Case comigo, Kyle, — Dimitri falou. — O quê? Dimitri se virou para Kyle e se apoiou no cotovelo. — Case comigo. Você me ama, eu te amo, e se você se casar comigo, não poderá se casar com ninguém legalmente, e tenho certeza de que é isso que eles querem. — Ele afastou o cabelo de Kyle do rosto dela. — E quanto ao Max? — Teremos que falar com ele sobre isso. Tenho certeza que ele vai ficar bem com isso. Você ainda estaria com nós dois, apenas legalmente casada comigo. — Eu não vou te dar uma resposta até que falemos com Max. Kyle se sentou, se enrolou no lençol e foi até o banheiro. Dimitri sabia que ele a chateou sem querer. Ele estava pronto para se casar com ela e esperava que ela dissesse sim. Kyle queria falar com Ryan antes que ela elaborasse um plano com Max e Dimitri, e ela estava tentando evitar Dimitri por causa do pedido de casamento. No entanto, seu plano não funcionou; seu irmão estava viajando com Varina. Ela decidiu se controlar e ir ao escritório conversar com Max e Dimitri. Chegou ao ponto em que ela nem precisava bater; eles a deixavam entrar e sair quando quisesse, e ela começou a gostar da confiança que depositaram nela. — Oi, abelhinha. Como você está se sentindo? — Estou bem. Dormi bem, mas esperava falar com Ryan antes disso. — Podemos informá-lo quando ele voltar, — Max disse a ela. — Já que Viktor gosta de dinheiro, acho que devemos nos empenhar em seu negócio e controlar seu mercado. — Sei que ele está no negócio das drogas e a família da qual ele quer que você faça parte é do tráfico sexual, e nós nos recusamos a fazer isso, mas com você recusando a exigência dele, isso não será um problema. — Nós só precisamos ter certeza de que ele não vai atrás de Sarah, — Dimitri explicou. — Parece que vocês já resolveram tudo. Max respirou fundo antes de continuar. — Não exatamente. Depende da sua resposta a isso... Precisamos descobrir seus contatos e como ele movimenta seus produtos. Esperávamos que você entre nessa parte. — Você vai para o seu pai, trabalha para ele e nos dá informações privilegiadas. — O que o impede de me forçar a ficar com o filho desse outro cara? — Você vai se casar com Dimitri antes de ir. Kyle olhou para Max. Ela se sentia como se estivesse sendo forçada a isso e não tinha certeza se estava pronta para esse compromisso. — E você, Max? Como você se sente sobre isso? — Estou bem com isso. Você terá nosso sobrenome e ainda estará com nós dois. — Eu ainda tenho escolha? Dimitri caminhou até ela. — Claro que você tem, myshka. Se você disser não, então pensaremos em outra coisa. Capítulo 40 — Eu não posso me casar com você assim, Dimitri. Eu amo vocês dois, mas quero ser sua esposa porque você quer que eu seja, não para impedir outra pessoa de estar comigo. Dimitri ficou desapontado. Ele queria se casar com ela porque a amava, mas estava com pressa por causa de tudo o que estava acontecendo. — Eu entendo, — foi tudo o que ele disse enquanto a beijava. Kyle se sentiu péssima. Ela sabia que tinha o magoado, mas ela queria mais. Ela achava que merecia mais. — Ainda posso trabalhar para o meu pai e fingir que estou de acordo com o plano. Vou me certificar de ir a alguns encontros com esse cara e tentar obter informações também. * Uma semana se passou e Kyle voltaria para o seu pai no dia seguinte para — aceitar — o negócio. Max e Dimitri se certificaram de que estavam preparados para cuidar dela e deram a ela um celular cujo número só eles tinham. — Amo vocês, não se esqueçam disso. — Kyle temia que eles se afastassem depois que ela partisse. — Nós sabemos, abelhinha. Max a beijou enquanto a guiava para a cama. Ele a beijou profundamente quando Dimitri deitou na cama atrás dela, beijando seu pescoço e ombros. — Você é tão linda, myshka. Max e Dimitri a despiram lentamente, beijando seu corpo. Eles estavam fazendo amor com ela; eles queriam que ela se sentisse amada. Eles colocaram Kyle na cama. Max beijou seu corpo enquanto Dimitri se concentrava em seus seios. Kyle estava se perdendo no prazer que os dois homens estavam dando a ela. A sensação se intensificou quando a boca de Max encontrou seu clitóris e os lábios de Dimitri silenciaram seus gemidos. Kyle não queria que aquilo acabasse; ela queria ficar com eles. Ela foi dominada pela emoção, não conseguiu se conter e chorou silenciosamente. Foram alguns meses difíceis com os dois homens que ela amava, e ela não queria deixá-los. Kyle acordou na manhã seguinte determinada a ser forte, a dizer adeus a Max e Dimitri e a ajudá-los com as informações de que precisavam. Ela esperava que fosse apenas por algumas semanas, no máximo um mês. — Se você precisar de alguma coisa, envie-nos uma mensagem de texto apenas com 'raio de sol', saberemos que é importante e entraremos em contato com você imediatamente. — Não se esqueça de dar um oi pelo menos uma vez por dia. Se você ficar em silêncio por mais de dois dias, enviaremos alguém atrás de você. — E se eles pegarem meu telefone?, — Kyle perguntou a Dimitri. — Mantenha-o escondido e você ficará bem. — Eu te amo, Dimitri, e quero me casar com você, mas não é a hora certa. Nós merecemos mais do que isso. Eu só queria que você soubesse disso antes de eu ir embora. — Eu entendo, myshka. Eu também te amo e vamos resolver tudo isso quando você voltar. Kyle beijou Dimitri e foi até Max para se despedir. Ela amava os dois irmãos, mas se sentia mais próxima de Dimitri, e estava péssima com isso, então prometeu a si mesma que trabalharia seu relacionamento com Max quando voltasse. * — Estou feliz por você ter aceitado o acordo, Kylah. Você terá tudo o que precisa e deseja; você será cuidada. Kyle ficou na frente de Viktor, já se arrependendo de sua decisão. — Você pode me chamar de Kyle? Dimitri era o único que usava seu nome verdadeiro, e ela queria manter assim. Ela não queria estragar o afeto que seu nome ganhara quando Dimitri a chamasse por ele. Viktor ignorou o pedido e continuou falando. — Você vai conhecer Cannin esta noite. Ele é o jovem para quem quero te apresentar. Kyle não pôde evitar, franziu a testa com a escolha das palavras do seu pai. O discurso não tomava a situação melhor. — Anton vai te mostrar seu quarto. Sinta-se à vontade para olhar a casa. Se você quiser sair, você deve ter permissão, e Anton deve estar com você. Viktor acenou com dois dedos, e um cara alto e forte veio andando do fundo da sala. — Este é Anton. Agora vá se instalar e vejo você esta noite, quando Cannin chegar. Anton calmamente levou Kyle para o quarto dela. O quarto estava localizado no último andar da grande casa, longe de todos; ela estava grata pela privacidade. Quando ficou sozinha, Kyle pegou o celular e mandou uma mensagem para Max e Dimitri. Ela contou que havia chegado em segurança e que se encontraria com Cannin esta noite. Max foi o único a responder, dizendo que sentia falta dela. Ele também disse que fariam uma pesquisa sobre Cannin para ver o que poderiam encontrar. Fazia apenas algumas horas e ela já estava com saudade deles. * Kyle encontrou a sala de jantar e estava esperando que Viktor se juntasse a ela. Em vez de Viktor, Anton entrou com um homem. Quando o homem se sentou, Anton saiu. O homem sentado na frente de Kyle era bonito; ela se pegou corando quando percebeu que estava o encarando. — Sou Cannin; você deve ser Kyle. Se não for, estou feliz por estar sentado com uma mulher tão bonita. Kyle se deu um tapa mentalmente. Ela não podia se apaixonar por seu charme — Max e Dimitri contavam com ela, e ela os amava. Ela não podia traí-los. — Você sempre fala manso? — Só com mulheres que acho bonitinhas. Kyle revirou os olhos, mas ela temeu que isso pudesse ser um pouco mais difícil do que estava imaginando. — Vamos um pouco mais devagar. — Kyle olhou para Cannin. — Você está indo muito rápido. Cannin sorriu para ela. — Não, você está gostando. Eu posso dizer pelo seu rubor. Kyle percebeu que teria que trabalhar duro para se livrar dele e obter as informações de que precisava. — Acho que não. — Gosto quando uma garota se faz de difícil, então jogue duro o quanto quiser, gatinha, mas no final, você vai desistir. Capítulo 41 Kyle estava preocupada com Cannin e sua recusa em aceitar um não. Kyle não queria trair Max e Dimitri, mas ela sabia que tinha que fazer algo para permanecer no personagem. Ela ficou aliviada quando o jantar foi servido. Ela ia usar isso como uma desculpa para não falar com Cannin. — Você vai me ignorar o tempo todo?, — Cannin perguntou. — Eu não tenho nada a dizer. Estou sendo forçada a estar aqui, e estou só tentando sobreviver. Cannin ficou quieto por um momento. Ele sabia do que ela estava falando — ele também estava sendo forçado. Ele nunca se importou realmente com os negócios de seu pai e estava fazendo isso para acalmá- lo. Ele não queria que Kyle soubesse. Ele pensou que ela usaria isso contra ele. — Você quer sair amanhã?, — Cannin perguntou. — Para onde você vai me levar? Cannin deu de ombros. — Vou encontrar algo divertido para fazermos. — Tudo bem. Cannin olhou para Kyle, e ele concordou com Viktor que sua filha era linda, mas ele se sentiu mal por ela estar sendo forçada a ficar com ele. Depois do jantar, Kyle foi para o quarto dela e decidiu avisar Max e Dimitri que tinha se encontrado com Cannin. Desta vez, Dimitri respondeu. Ele disse a ela que descobriram que o pai de Cannin trabalhava com lavagem de dinheiro e jogos de azar ilegais. Kyle: Já estou com saudade.
Dimitri: Eu também sinto sua falta, myshka. Seja forte.
Ela queria perguntar a Dimitri se eles podiam fugir; simplesmente deixar tudo para trás e ficar juntos, mas ela sabia que não poderia fazer isso. Em vez disso, ela disse que o amava e que dava notícias amanhã. Cannin pegou Kyle na tarde seguinte e ele estava animado para conhecê-la. — Onde estamos indo? Cannin sorriu para ela. — Você já jogou paintball? — Não, mas parece divertido. Kyle estava animada em sair e fazer algo diferente, mas ela não queria que esse relacionamento progredisse; ela se sentiu culpada. Kyle se escondeu atrás de alguns barris e tentou espiar por trás deles para ver onde Cannin estava, mas sabia que quando colocasse a cabeça para cima, ele atiraria nela. Ela decidiu que tentaria correr para a próxima cobertura para chegar um pouco mais perto. Ela correu abaixada e não pôde deixar de rir dos tiros terríveis vindos de Cannin. — Por que você está rindo?, — Cannin gritou. — Estou rindo de suas habilidades de tiro, — gritou Kyle de volta. — Não estou fazendo um grande esforço ainda. Kyle aproveitou a distração para atirar aleatoriamente. — Não é justo. Eu não estava pronto. — Tudo é justo na guerra, Cannin, — Kyle gritou. Kyle e Cannin passaram horas atirando bolas um no outro. Mesmo tendo sido atingidos várias vezes, eles queriam continuar. Kyle admitiu para si mesma que foi um dos melhores encontros que ela já teve. Kyle franziu a testa com o pensamento, e Cannin percebeu. — O que foi?, — ele perguntou. — Eu só estava pensando. — O que quer que você esteja pensando, a deixou triste. Kyle suspirou. — Para ser sincera, deixei para trás alguém que amava para garantir sua segurança e estou me sentindo mal por me divertir. — Presumo que seja por isso que você não quer estar aqui. Kyle apenas acenou com a cabeça. Ela agora se sentia mal por Cannin. Até agora, ele foi gentil com ela, e ela não tinha lhe dado uma chance. Ela poderia pelo menos ser amiga dele, ela pensou, mas logo se arrependeria disso, nem todo mundo era gentil sob sua faceta. * — Pare de se lamentar e comece a trabalhar. Dimitri estava lidando mal com a partida de Kyle. Max tentou de tudo para motivá-lo, e quando não funcionou, ele disse a Anatoli que seu único trabalho era tirar Dimitri de casa. — Max está cuidando de tudo. Anatoli suspirou. — Então vamos sair e tomar uma bebida. Dimitri cedeu e saiu com Anatoli. Ele não queria aturar pessoas, mas sabia que se não fizesse isso, Max chutaria sua bunda. — Ela é inteligente, Dimitri — ela vai voltar. — E se ela não quiser?, — Dimitri temia que Kyle fosse mais feliz com o pai dela e precisava que Anatoli o assegurasse que isso não iria acontecer. — Olha, não seria o ideal, mas ela ama vocês dois. Ela vai voltar. Não se preocupe. Dimitri só podia esperar que Anatoli estivesse certo e que myshka voltasse. — O que vocês estão fazendo para ajudá-la?, — perguntou Anatoli. — Ela está sendo forçada a ver Cannin. — Cannin Price? — Sim. — Dimitri deu um gole em sua cerveja, esperando engolir o nó na garganta. — Ela sabe alguma coisa sobre ele? — Nós não contamos a ela. Dissemos que ainda precisávamos fazer algumas pesquisas. Anatoli sabia por aquela informação que as coisas estavam ficando mais difíceis para Max e Dimitri. Eles precisavam estar preparados para qualquer coisa. Capítulo 42 Passaram-se algumas semanas e tudo o que Kyle conseguiu arrancar de Cannin foi que seu pai estava envolvido em lavagem de dinheiro e drogas, mas ela sabia que tinha mais coisa. Ela esperava descobrir esta noite durante o jantar. Cannin pediu a ela que se juntasse a ele e ao seu pai esta noite para que pudessem se conhecer. Cannin comprou um vestido para Kyle para a ocasião. O vestido era vermelho e com as costas nuas e abraçava suas curvas em todos os lugares certos, Kyle estava apaixonada por ele. — Você está pronta? — Sim. — Você está linda. — Obrigada. — Kyle corou com o comentário. — Quero te avisar sobre meu pai. Ele pode ser rude e exigente; ele não é um sujeito legal e faz o que quer. — O que você quer dizer com ele não é legal? Cannin suspirou. — Eu menti para você sobre o que fazemos. Participamos da lavagem de dinheiro e das drogas, mas somos matadores de aluguel, e meu pai está envolvido com o tráfico sexual. — Apenas seja respeitosa e tente não aceitar nenhuma oferta que ele faça. Kyle ficou um pouco surpresa com sua confissão. — Estou segura? — Desde que você esteja comigo, você está. Kyle estava nervosa e com medo do jantar. Ela não queria causar problemas; ela queria sua vida normal de volta. A vida antes da máfia, embora isso significasse que ela não teria Max e Dimitri. Mas pelo menos eles estariam seguros. Quando Cannin e Kyle chegaram para jantar, foram recebidos por um homem que os conduziu até a sala de jantar. — Já era hora de você aparecer. — Desculpe, pai, tivemos algum trânsito. Kyle estava surpreso com o quanto Cannin se parecia com seu pai. — Kyle, este é meu pai, Joseph, e minha madrasta, Gloria. — É um prazer conhecê-los, — disse Kyle. — Por favor, me chame de Joe. Afinal, você vai fazer parte da família. Kyle assentiu e olhou para Cannin. — Vamos nos sentar?, — Gloria disse. Assim que todos se sentaram à mesa, o jantar foi servido. Cada prato já estava cheio de comida e as taças preenchidas com vinho. — O que você fazia antes disso, Kyle? Kyle terminou de mastigar a comida antes de responder. — Eu era garçonete. — Interessante. Seu pai não queria você no negócio? — Eu não sabia. Que Viktor era meu pai. Eu descobri há alguns meses. O silêncio caiu sobre a mesa enquanto todos terminavam seus pratos. — Você é linda e, se não estivesse com meu filho, poderíamos ganhar algum dinheiro com você. Kyle olhou para Joe e depois para Cannin. — Não comece. Kyle podia ouvir a raiva em sua voz. — Você sabe como me sinto sobre essa parte do negócio. Nem deveria existir. — Você vai superar isso. Além disso, logo será seu. É por isso que você precisa estar casado; você não pode se distrair com as garotas ao seu redor, e você precisará continuar a linhagem familiar. — Cannin é um homem muito atraente e, pelo que posso dizer, é muito respeitoso. Por que você fez um acordo com meu pai? Joe deu uma risadinha. — Eu gosto de uma garota simples. Seu pai ganha um bom dinheiro e tem ótimos contatos. — Com a combinação de nossas famílias, podemos criar um negócio enorme, não haverá limites para o que poderemos fazer. — Por que não fazer um contrato comercial em vez de um casamento arranjado? — Os contratos podem ser quebrados, mas a linha de sangue garante o negócio, fornecendo um herdeiro legítimo para ambos os lados. Kyle estava grata por Joe ser honesto, mas quanto mais ela descobria, menos esperança ela tinha. — Então não há saída para mim? Eu tenho que casar com Cannin? — Isso é tão ruim?, — Gloria perguntou. — Eu não o amo. — Mas você pode aprender a amá-lo. As consequências de quebrar o contrato são graves — tenha isso em mente, — Joe ameaçou. As emoções de Kyle estavam levando o melhor dela. Ela precisava dizer a Max e Dimitri que precisava sair dessa agora, mas ela poderia pedir a eles para desistirem de tudo por ela? Capítulo 43 Dimitri recebeu uma mensagem de Kyle e isso partiu seu coração. Ela queria voltar para casa, e tudo que ele pôde dizer a ela era — agora não. — Max e Dimitri estavam escondendo um segredo de todos, incluindo Kyle. Algumas horas depois que Kyle foi embora, Max e Dimitri receberam uma carta. A carta ameaçava a vida de Kyle. Eles a matariam se alguém tentasse pegá-la ou atacassem a organização de Viktor. Portanto, a única coisa que podiam fazer era se distanciar. Dimitri: Não se preocupe, myshka; estamos trabalhando nisso. Nós te amamos. — Eu não posso mais fazer isso, Max. Não posso continuar mentindo para ela. Ela precisa saber que não pode voltar por um tempo, não até que possamos ter certeza de que eles não podem matá-la. — Eu também não gosto, Dimitri, mas é o que precisamos fazer para protegê-la. — 'Acho que precisamos contar a Ryan e Sarah. Max sabia que Dimitri estava certo, mas não queria admitir. Ele odiava quando seu irmão estava certo, mas Ryan e Sarah precisavam saber o que estava acontecendo com sua irmã. * Max e Dimitri sentaram com eles e explicaram tudo o que estava acontecendo. — Como vocês deixaram essa merda acontecer?, — Ryan gritou. — Vocês me prometeram que iriam protegê-la. Em vez disso, vocês a entregaram como eu a entreguei a vocês. — Ela merece melhor; ela merece pessoas melhores. — Nós sentimos o mesmo. Fomos estúpidos e colocamos a vida dela em perigo, — disse Max a Ryan e Sarah. Sarah estava quieta; ela não sabia o que dizer. Ela mal conhecia Kyle e não tinha uma boa relação com ela. Ela se sentiu mal por estar indiferente à situação. — Quais são as nossas opções? Farei o que for preciso. — Nós sabemos que você fará qualquer coisa, mas, agora, a única maneira de ajudá-la é não ajudando-a. — Porra nenhuma. — Ryan foi em direção a Dimitri. — É culpa sua — você fez isso com ela. — Ryan foi socar Dimitri antes que Varina gritasse para impedi-lo. — Eu não posso ficar aqui. — Não faça nada estúpido, — Max gritou com Ryan enquanto ele saía furioso da sala. Sarah não disse nada e deixou os irmãos sozinhos na sala. — Ele está certo, Max. Nós falhamos com ela e não a merecemos. — Este não é o fim, Dimitri; simplesmente não podemos fazer nada agora. * Quando Kyle viu a resposta de Dimitri sobre não poder sair agora, ela chorou. Ela não queria esta vida e se sentia uma idiota. Ela pensou que tudo daria certo, mas as coisas ficaram mais complicadas e ela não sabia como lidar com isso. Pela primeira vez em sua vida, se sentiu verdadeiramente sozinha. Ela agora sabia que dependia apenas dela mesma para sair dessa. Amanhã era um novo dia e Kyle fez uma promessa a si mesma. Uma promessa da qual ela desistiria; ela faria o que precisasse para sair dali. Kyle: Amo vocês dois e digam a Ryan que o amo. Esta pode ser minha última mensagem por um tempo. Por favor, se cuidem, e vejo vocês em breve. Kyle sentiu seu coração se partindo, mas ela sabia que era o melhor a fazer e ela precisava se salvar. Capítulo 44 Passaram-se semanas desde a última vez que Kyle falou com Dimitri ou Max, e ela tentou se acomodar àquela situação o máximo que pôde. Ela se mudou da casa do pai para a de Cannin. Estar com Cannin não era tão ruim em sua opinião. Ela sabia que precisava ficar com ele até conseguir encontrar uma saída. Felizmente, Cannin não a forçou a ter intimidade com ele. — Eu sei que você não concorda com essa parte do negócio, também não concordo, mas temos que estar na oferta desta noite. Kyle sentiu a bile subir em sua garganta. — Eu não vou. Eu me recuso a fazer parte disso. — Você sabe que temos que estar lá. Não lute, porque você vai perder e você sabe disso. — Enquanto Cannin frequentemente deixava Kyle tomar decisões por si mesma, ele estava ficando cada vez mais irritado com o desafio dela. Ele precisava que ela cooperasse. — Tudo bem, mas vou expressar minha opinião sobre o quanto eu odeio isso. — Eu também não gosto e pretendo deixar isso para trás quando assumir o negócio. * Kyle estava no quarto se preparando quando Cannin entrou. — Você está quase pronto? Cannin não a forçava a fazer sexo, mas eles ainda compartilhavam um quarto, e ele a beijava de vez em quando. — Sim. Deixe-me terminar minha maquiagem. — Ele caminhou por trás de Kyle e tirou o cabelo de seu pescoço. — Você é linda, — Cannin sussurrou enquanto abaixava os lábios em seu pescoço, e Kyle moveu sua cabeça para o lado para lhe dar acesso. Ele nunca pediu nada além de beijá-la e abraçá-la de vez em quando, e Kyle começou a se abrir mais para ele nas últimas semanas. Cannin se afastou de Kyle e soltou um suspiro. Ele podia ser um che ão do crime organizado, mas nunca forçaria uma mulher. Era a única coisa que ele não queria fazer e, por mais que o irritasse o fato de Kyle não querer nada com ele, ele estava disposto a se esforçar para conquistá-la. * Eles chegaram ao local onde os eventos da noite aconteceriam. Kyle estava nervosa e se sentia mal pelas meninas no leilão. — Cannin, não o vemos por aqui há algum tempo. — Já que vou assumir o controle, descobri que preciso aparecer de vez em quando. A propósito, esta é minha namorada, Kyle, e Kyle, este é um dos nossos sócios, Dan. — É um prazer conhecer uma senhorita tão bonita, — disse Dan enquanto beijava a mão de Kyle. Kyle sorriu para ele e se aproximou de Cannin. Dan riu da reação dela. — Você tem uma garota tímida aí. Ela deve ser uma boa garotinha submissa para você. — Ela é um achado. — Cannin deu uma risadinha. Eles passaram os próximos trinta minutos conversando com pessoas diferentes antes de serem orientados a entrar no showroom. Cannin pegou a mão de Kyle e a guiou até seu assento. — O que devemos fazer?, — ela perguntou. — Estamos aqui para observar e comparecer. — Essas meninas vão ser cuidadas? — Sim. As pessoas que estão licitando foram verificadas. Mesmo que essas meninas estejam sendo vendidas, elas serão cuidadas. Kyle ficou horrorizada com o evento que estava acontecendo. Ela não podia acreditar que outras pessoas estavam sendo mantidas contra sua vontade. Ela queria fazer algo — como poderia ajudar? Ela avistou uma garota da mesma idade que ela e vasculhou o cérebro em busca de ideias. O único plano em que ela conseguia pensar era oferecer dinheiro. Ela odiava fazer isso, mas aproveitou a chance quando Cannin a acompanhou para encontrar o anfitrião. — Cannin, como acabei de anunciar, é muito bom ter você aqui. Esta deve ser a garota de quem falaram Cannin deu uma risadinha. — Ela é, mas vamos falar de negócios. Kyle ficou lá enquanto Cannin e o outro homem conversavam sobre negócios e tentavam negociar os termos de algum tipo de acordo. Quando chegaram a um intervalo na conversa, Kyle aproveitou a chance. — Já que vocês, cavalheiros, não conseguem chegar a um acordo sobre preço agora, que tal pegarmos o dinheiro que vocês estão oferecendo mais aquela garota ali? O cara olhou por cima do ombro para onde Kyle estava apontando. — Eu nunca pensei que você fosse um cara que deixasse suas mulheres participarem dos negócios, Cannin, mas você tem um acordo. — Cannin deu um sorriso tenso. — Bom, ela sabe do que eu gosto. Agora, você nos dá licença por um momento? O homem saiu e Cannin empurrou Kyle rudemente para uma sala privada. — Que porra você estava pensando, Kyle? O que você fez foi estúpido. — Eu sinto muito! Tive que ajudar pelo menos uma delas. — E você pensou que eu pagaria dez mil dólares por ela e a deixaria ir? Não é assim que funciona, porra. — Você me deve agora; você está em dívida comigo. Se você acha que esse dinheiro vai te sair de graça, está muito enganada. As lágrimas escorreram pelos olhos de Kyle. — Não chore, porra. — Cannin a agarrou pelo queixo. — Você criou essa bagunça e vai enfrentar as consequências. Ela é problema seu — se vira para achar um jeito de tomá-la útil, e é melhor descobrir como me retribuir. Cannin a empurrou e, pela primeira vez, Kyle teve medo dele e do que ele poderia fazer com ela. Capítulo 45 Kyle sabia que ela tinha finalmente passado dos limites com Cannin. Ele não disse uma palavra durante a viagem de carro ou quando eles se prepararam para dormir. Kyle ficou deitado no escuro por alguns minutos antes que ela falasse com ele. — Sinto muito, Cannin. — Eu não quero ouvir isso. O que está feito está feito, e é melhor você ter um plano para aquela garota. Ela estará aqui amanhã. Agora vá dormir. Quando Kyle acordou na manhã seguinte, Cannin já tinha saído. Ela tinha que dar um jeito de voltar para suas boas graças, e ela precisava acelerar seu plano. Ela sabia que ficar se segurando estava o irritando. * Kyle estava na cozinha preparando o café da manhã quando um dos homens de Cannin a interrompeu para avisar que a garota que eles compraram havia chegado. Kyle disse a ele para levá-la ao quarto de serviço e ela estaria lá em um momento. Kyle entrou e viu a garota sentada no sofá. — Eu sou Kyle. — Eu... Eu sou, humm, Violet. Violet estava assustada e não sabia como agir. — Eu sei que tudo isso é loucura e você está com medo, mas você não vai se machucar. Você trabalhará aqui. Vai limpar, cozinhar e me ajudar com as coisas. Violet suspirou. — Obrigada. — Como você foi parar lá? — Meu pai deve dinheiro a algumas pessoas. — Meu irmão também, aí meu pai fez um acordo, então estamos no mesmo barco. Você vai começar esta noite, com o jantar. Vou pedir a alguém para mostrar tudo a você. Max e Dimitri não estavam lidando muito bem com a ausência de Kyle. Passaram-se semanas desde que qualquer um deles falou com ela. Eles passavam o tempo pesquisando e observando o pai de Kyle, mas não tinham nenhuma pista, então começaram a pesquisar Cannin. — Eu acho que ela não está mais com ele. — Anatoli odiava dizer isso para Max. Ele estava perdendo a paciência com mais frequência e se tomava cada vez mais violento. — Nós não a vimos, e não vimos Cannin passar pela casa. — O que devemos fazer se não soubermos onde ela está?, — Max gritou. — Olha, ela vai aparecer, mas você precisa se acalmar porque eu não vou ficar lidando com suas mudanças de humor. Tome uma cerveja ou saia por alguns dias, mas você precisa se acalmar e resolver isso. Anatoli saiu da sala, deixando Dimitri lidar com Max. — Você sabe que ele está certo. Eu também não gosto do sumiço dela, mas temos que nos concentrar no que podemos fazer. Precisamos descobrir onde Cannin mora, porque é mais provável que ela esteja lá. — Conhecemos Cannin e poderíamos pedir uma reunião de negócios. — Não precisamos que ele saiba que ela estava conosco, se ele ainda não souber. Dimitri estava ficando cansado de tudo isso. Ele amava Kyle, mas achava que era hora de desistir dela. Ele simplesmente não sabia como dizer isso a Max. * Kyle esperou Cannin voltar para casa. Ele não tinha dito uma palavra a ela desde a noite da oferta, há dois dias. Quando ela ouviu Cannin subindo as escadas, ela se sentou na cama, e Cannin ficou surpreso ao vê-la acordada, mas a ignorou e continuou sua rotina de dormir. Kyle esperou até que ele subisse na cama antes de falar. — Eu sinto muito. Sinto muito por usar você, mas não sinto muito por garantir que pelo menos uma delas não acabasse em algum lugar pior. — Você não entende. Eu me certifiquei de que você fosse bem cuidada — você basicamente consegue fazer o que quer, e você apenas tira as coisas, e eu não recebo nada em troca, estou farto disso, e isso vai mudar. Cannin puxou Kyle para si e a beijou. — Você é minha. Você entende isso? Kyle estava com muito medo de responder e apenas assentiu em concordância antes de Cannin beijá-la rudemente novamente. Quando as mãos dele se moveram para dentro da camisa de Kyle, ela recuou abruptamente, balançando a cabeça. — Você é igualzinho a eles, — ela o acusou. — Você diz que não gosta dessa parte dos negócios do seu pai, mas está apenas tentando parecer melhor do que é. Um soluço escapou de seu peito e ela correu do quarto. Capítulo 46 Kyle acordou na manhã seguinte com uma forte dor de cabeça de tanto chorar até dormir. Ela estava dolorida e sem energia e não queria sair da cama. Ela ouviu uma batida na porta e Cannin atendeu, o que a surpreendeu. Ela pensou que ele já tinha partido. — Obrigado. Você pode voltar em cerca de uma hora e meia? Sim, senhor. — Kyle reconheceu a voz de Violet. Kyle sentiu a cama afundar, mas ela não queria falar com ele. — Aqui está o seu café da manhã. Você precisa comer e não pode ficar na cama o dia todo. — Você não pode controlar o que eu faço quando você se for. — Não me teste, Kyle. — Apenas me deixe em paz. Cannin puxou Kyle pelo braço. — Você vai comer, tomar banho e se vestir. — Não. — Maldição, Kyle. É melhor você fazer o que eu digo, ou você vai se arrepender. — O que você vai fazer, me estuprar de novo? Cannin deixou escapar um suspiro irritado. — Basta comer sua maldita comida. Violet estará de volta em uma hora, então é melhor você tomar banho e se vestir. Kyle não se importou com o que Cannin disse a ela para fazer; ele já tinha a violado da pior maneira possível, então ela não iria comer ou ficar pronta para Violet. Quando Violet veio buscar Kyle e percebeu que ela não estava pronta, entrou em pânico. — Você deveria estar pronta. — Eu não me importo. — O Sr. Price vai ficar com raiva se descobrir que você não comeu e nem saiu deste quarto. — Para onde eu deveria ir? Não posso sair de casa sem ele. — Ele me pediu para garantir que você saísse. Ele disse que poderíamos fazer algo no jardim. — Eu não me importo com o que o desgraçado quer. — Kyle não pôde evitar chorar. Ela se sentiu usada, nojenta, violada e cada palavra que conseguia pensar para descrever aquela sensação horrível. Violet confortou Kyle e a vestiu, mas, no final, Kyle manteve sua teimosia. * Max achava que seu irmão havia desistido de trazer Kyle de volta, mas Dimitri só queria que ele acreditasse nisso. Dimitri passou um tempo planejando com Anatoli, Mike e Jason, e agora que Ellis estava melhor, ele o incluiu no plano. — Eu mal posso esperar até que Kyle esteja de volta para cuidar desse cachorro maldito. Dimitri olhou para Jason, e Elliot estava dormindo em pé, recusando- se a se mover, o que o fez rir. — Tem certeza de que deveríamos fazer isso sem Max?, — perguntou Anatoli. — Sim, ele é muito cabeça quente, e eu não quero que ela ou qualquer um de nós seja morto. Consegui alguém lá de dentro, e essa pessoa ao lado de Kyle geralmente não sai de casa e Cannin sai durante o dia. — Se não cuidarmos dele, ele virá atrás de nós. — Eu não acho que ele percebeu que ela esteve conosco antes. Segundo o informante, ele nem sabia que ela era filha de Viktor. Espero que Cannin não tenha sido informado sobre como Viktor pegou Kyle. — Você pode confiar nessa pessoa?, — Mike perguntou. — Eu posso e confio. Vamos agir em breve e precisamos ter um plano para evitar Max. Todos, exceto Anatoli, deixaram a sala quando terminaram. — Eu odeio manter Max no escuro. — Eu sei, mas é necessário. Ele explodiria todo mundo se pudesse, e acho que podemos pegá-la com risco mínimo. — Eu confio em você, mas Max vai odiar você por não incluí-lo. — Ele vai superar isso. Dimitri sabia que Max ficaria bravo, mas ele superaria a raiva assim que encontrasse Kyle. Capítulo 47 Kyle começou a se tomar mais ativa depois de algumas semanas. Ela começou a passar mais tempo fora com Violet e fazia tudo o que podia para evitar Cannin. Ela só via Cannin à noite, e ele não prestava atenção nela, e Kyle estava grata por isso. — Aqui está, — disse Violet, servindo o almoço de Kyle. Ela estava morrendo de fome e começou a comer o sanduíche com batatas fritas. Quando ela terminou, se dirigiu para o jardim. Ela começou uma horta e plantou algumas flores, e algumas delas começaram a brotar da terra. — Aí está você. — Kyle se virou e foi saudada por Cannin. Ela odiava estar perto dele. — O que você quer? — Eu quero que você venha comigo um pouco. Temos um noivado esta noite e preciso que você escolha um vestido. — Leve outra pessoa. — Não me empurre; não estou com paciência para isso hoje, Kyle. Kyle apenas deu de ombros para ele e continuou cortando as flores no jardim. — Droga, — Cannin rosnou e puxou Kyle pelo braço, arrastando-a para dentro de casa. — Você é um verdadeiro pé no saco. Se você apenas ouvisse, as coisas seriam mais fáceis para você. Agora, escolha a porra de um vestido. Kyle não se importava com o vestido; ela sabia que todos eram bonitos, então escolheu um ao acaso. — Pronto. Escolhi. — Leve isso a sério, Kyle. É importante. — O que há de errado com esse? Cannin tirou o vestido de sua mão e entregou-lhe um vestido vermelho. — Você sabe que eu gosto de vermelho, então você vai usar esse. — Por que me dar uma escolha quando eu realmente não tenho uma? — Estou ficando cansado da sua atitude, — disse ele enquanto agarrava o queixo dela com a mão e o segurava com firmeza. — Você está caminhando sobre uma linha tênue e precisa calar a boca. — Me solta, — ela murmurou. Kyle não estava se sentindo bem e ela sentia como se fosse vomitar. — Eu vou deixar você ir quando eu souber que está me ouvindo. — Sério, me… — Kyle não conseguiu terminar suas palavras; ela foi interrompida pelo vômito que saiu de sua boca e espalhou-se pela camisa de Cannin. — Que porra é essa? — Eu disse para você me soltar. Cannin saiu para se limpar enquanto Kyle correu para o banheiro para se livrar do resto do seu almoço. — Eu não deveria estar aqui, Cannin; não me sinto bem. — Aguente e supere isso, — ele disse rudemente. O evento noturno era um jantar que permitia a Cannin fazer negócios com pessoas de todo o país. — Cannin, querido, é bom ver você. — É bom ver você também, Lydia. Esta é Kyle, minha namorada. Kyle, esta é Lydia — trabalho muito com o marido dela. Onde está Stan? — Ele estará aqui em breve. Ele tinha alguns negócios para cuidar. — Sinto muito, mas, por favor, com licença, — Kyle interrompeu antes de correr para o banheiro. Kyle estava com a cabeça na privada quando a porta se abriu. — Aqui, deixe-me ajudá-la. — Era Lydia. — Eu vi você entrar aqui e disse a Cannin que iria dar uma olhada em você. De quantas semanas você está? — O quê?, — Kyle estava confusa. — Você não consegue esconder de mim. Você está grávida, não está? Kyle engasgou e lembrou-se de que ela deveria ter menstruado na semana passada. — Eu não sei. — Humm. Refresque-se enquanto converso com Cannin. Kyle se inclinou sobre a pia, tentando não entrar em pânico. Ela não podia estar grávida. Max e Dimitri ficariam decepcionados se estivesse grávida de outro cara. Ela começou a chorar. * — Você sabia que ela estava grávida, Cannin? Cannin cuspiu sua bebida. — O quê? — Tenho quase certeza de que sua namorada está enjoada porque está grávida. Cannin ficou chocado. Ele nem sequer tinha pensado na possibilidade de engravidá-la. — Tenho que ir. Diga Stan vou chamá-lo. Ele encontrou Kyle no banheiro, chorando. — E verdade? — Eu não sei; mas minha menstruação está atrasada. — Vamos para casa; vamos parar e comprar alguns testes no caminho. Cannin ficou quieto durante todo o trajeto de volta; ele não sabia o que dizer a Kyle. Ele sempre quis ter filhos, mas era certo que a criança fosse concebida do jeito que foi? Cannin não se achava um cara horrível, mas sua raiva o dominou. Quando ele ficava com raiva de alguém, ele ficava bravo por um tempo. Quando chegaram em casa já era tarde, mas Cannin entregou-lhe um teste. — Pegue isso agora — é melhor saber o quanto antes. — Posso pedir a Violet para ficar comigo? — Vá ao banheiro e Violet estará aqui esperando por você. Quando Kyle voltou, Violet estava sentada em sua cama e Cannin havia sumido. — Vai ficar tudo bem, — disse Violet a ela. Ela achou curioso ter salvo Violet, mas Violet acabou se tomando seu consolo. — Ele me estuprou, — disse Kyle em um sussurro. — Não acho que poderei ter um filho dele se estiver grávida. — Não vamos pensar nisso agora. Depois que o tempo recomendado passou, Kyle se levantou para olhar para o teste de gravidez. Lá estavam as duas linhas rosa. Kyle soluçou. Ela estava com o coração partido. Ela sabia que nunca poderia voltar para Max e Dimitri com o filho de outra pessoa, e ela não tinha certeza se poderia criar essa criança sabendo o que aconteceu. Depois que ela se acalmou, ela foi procurar Cannin e o encontrou em seu escritório. Ela não disse nada e entregou-lhe o teste de gravidez. Ele pensou que ficaria com raiva ou nervoso, mas ele ficou feliz, ele queria filhos e, embora não fosse planejado ou concebido com amor, ele estava satisfeito. — Vou me certificar de que você e o bebê sejam cuidados. — E se eu não quiser?, — ela soluçou. — Você vai carregá-lo, e então eu vou criar a criança, e você pode ir embora. Essa é a única opção. Antes que Kyle pudesse responder, estrondos altos soaram de outras partes da casa, e um dos capangas entrou correndo na sala. — Estamos sendo atacados! Capítulo 48 Dimitri ficou aliviado quando eles chegaram na casa sem serem descobertos. — Lembre-se, seu trabalho é encontrar Kyle e tirá-la daqui com segurança. — Eu sei. — Anatoli não conseguiu evitar o déjà vu que estava tendo. Parecia a noite em que ele levou um tiro. Dimitri e os outros entraram pela porta dos fundos enquanto Anatoli subia a treliça para ter acesso ao segundo andar. Quando ouviu tiros e homens correndo escada abaixo, ele quebrou a janela e escalou por ela. Ele examinou lentamente cada cômodo até chegar a uma porta trancada. — Malyshka, você está aí?, — ele sussurrou através da porta. Ele usou o apelido de Kyle para que ela soubesse que era ele. — Anatoli? — Deixe-me entrar, Kyle; temos que tirar você daqui! Kyle hesitou no início, mas reconheceu Anatoli por causa do apelido. Ela correu para a porta, abriu-a e começou a chorar ao vê-lo parado ali. — Está tudo bem, mas temos que ir. Prometi a Dimitri que tiraria você daqui. — Atrás de você!, — Kyle gritou. Anatoli não pensou duas vezes e atirou no homem. — Vamos. — Ele a puxou e voltou para a janela que quebrou para entrar. — Temos que descer. Você pode fazer isso? Ela assentiu e caminhou em direção à janela. — Pare. — Kyle olhou para Anatoli e viu Cannin apontando uma arma para eles. — Por que vocês estão atrás dela? — Porque ela foi tirada de mim. — Dimitri apareceu, apontando uma arma para Cannin. Kyle tentou correr para Dimitri. — Não se mexa, porra. Se você acha que vou deixá-la ir, você está errado. — Você não tem uma escolha. Viktor não deveria ter prometido Kyle a você; ela estava comigo, e Viktor estava com raiva porque ele não podia ter o nosso território. — Eu entendo, Volkov. Se eu soubesse, no início, eu teria recuado, mas é tarde demais. Ela está grávida do meu filho, e ela não vai a lugar nenhum. Dimitri olhou para Kyle, e ela pôde ver a dor em seu rosto. — Não foi por escolha minha. — Ela esperava que Dimitri entendesse o que ela estava dizendo. Dimitri compreendeu na hora e isso fez seu sangue ferver. — Seu filho da puta!, — Dimitri gritou antes de pular sobre Cannin. A arma de Cannin voou de sua mão quando ele atingiu o chão. Kyle não perdeu tempo e correu para a arma. — Parem com isso!, — ela gritou com eles. Sua voz distraiu Dimitri. Ele estava tentando se certificar de que ela estava bem. Cannin puxou uma faca do bolso, mas antes que pudesse esfaquear Dimitri, Kyle puxou o gatilho, acertando Cannin. Kyle largou a arma e foi até Dimitri. Ela o abraçou. — Eu sinto muito, — ela disse, soluçando. — Está tudo bem, myshka. Vamos para casa. — Você ainda me quer? — Claro que ainda quero você. O que ele fez com você não foi sua culpa. Podemos falar sobre isso mais tarde, mas precisamos sair daqui. — Temos que encontrar Violet antes de partir. Ela precisa vir conosco. — Não temos tempo para isso, — disparou Anatoli. — Por favor. Ela me ajudou aqui, e ela está aqui contra a vontade dela também. Dimitri, Anatoli e Kyle procuraram por Violet e a encontraram escondida em um armário no corredor. Assim que Violet soube que eles estavam lá para ajudar, ela seguiu Kyle. Os quatro saíram da casa, tentando evitar os homens que estavam varrendo a casa procurando por eles. Assim que chegaram ao piso inferior, Dimitri garantiu que Jason, Mike e Ellis recuassem. Assim que entraram no carro, Dimitri puxou Kyle para si e a beijou. Ele estava tão feliz por tê-la de volta, mas se sentia mal por tudo o que ela teve que passar. — Eu te amo, — ela sussurrou para ele. — Eu também te amo, myshka. Agora vamos para casa. Capítulo 49 Quando eles voltaram para casa, Kyle não pôde evitar chorar. Dimitri a acompanhou até o quarto de Max, e ele sabia que Max estaria dormindo. — Max, acorde. Há algo importante acontecendo. — Que merda, Dimitri. Não pode esperar até de manhã? — Max? Ao som de sua voz, ele se sentou na cama rapidamente. — Abelhinha, é você? Ela subiu na cama, abraçando Max. — Eu não estou entendendo, — disse Max. — Vou explicar tudo assim que dormirmos um pouco. Max se deitou e segurou Kyle ao lado dele enquanto Dimitri deitou do outro lado dela. Kyle silenciosamente chorou até dormir enquanto Max e Dimitri tentavam acalmá-la. Assim que Kyle adormeceu, Dimitri e Max saíram da cama e foram para o escritório. — O que diabos está acontecendo?, — Max exigiu saber. — Anatoli, Mike, Jason, Ellis e eu entramos para buscá-la. — Por que você não me contou? — Você teria atirado em todo mundo, especialmente em Cannin. — Dimitri soltou um suspiro. — Há algo que você precisa saber e talvez queira sentar-se para ouvir isso. — Apenas me diga. — Kyle está grávida. — Porra. Como ela pôde? — Antes de saltar para essa conclusão, parece que ele a estuprou; ela disse que não foi por escolha dela. Ela também atirou nele. — Nós o deixamos para morrer, mas para ser honesto, eu não acho que ele tenha morrido, o que significa que podemos ter problemas mais tarde. Também trouxemos outra garota. Ela é importante para Kyle, então ela vai ficar. Max não conseguia acreditar que Kyle teria um filho de outro homem. — O que nós vamos fazer? — A questão é: o que você vai fazer, Max? Já decidi amá-la como ela é. Se ela quiser ficar com o bebê, vou ajudá-la a criá-lo; se ela escolher fazer outra coisa, eu a apoiarei. Max acenou com a cabeça para seu irmão. Ele não sabia o que dizer. Ele pensou que seu primeiro filho seria seu, ou pelo menos parente dele pelo sangue. — Temos muito em que pensar, e acho que devemos ver o que ela quer fazer, — ele disse. — Vamos voltar para a cama antes que ela acorde. Na manhã seguinte, Max foi acordado pelo som de Kyle vomitando no banheiro. Ele se levantou para ver como ela estava. Quando chegou lá, ela estava sentada de joelhos olhando para a privada. — Eu sei. E sexy, né? — Ela rapidamente se inclinou e vomitou no banheiro, e Max caminhou até ela, puxando seu cabelo do rosto e esfregando suas costas. — Sinto muito, Max. Max ficou triste ao ver que ela pensava ter algo pelo que se desculpar. — Não se desculpe, abelhinha. — Max se inclinou e beijou seu ombro. — Precisas de alguma coisa? — Um pouco de água e talvez um pouco de enxaguante bucal. Max entregou-lhe o enxaguante bucal e saiu para pegar um pouco de água. Quando voltou ao quarto, Kyle estava sentada na cama. Deu-lhe a água e subiu no lado dela. — Presumo que Dimitri te contou. — Sim. — Você me odeia? — A cabeça de Kyle estava abaixada, olhando para os dedos dela, e Max se virou para ela e colocou a mão sob seu queixo para olhá-la nos olhos. — Eu nunca poderia odiar você. — Ele se inclinou, dando-lhe um beijo na boca antes de puxá-la para si, e ele soube naquele momento que Kyle era sua casa. Ele não se importava com o que tinha que fazer; ele estaria lá para ela. * — Eu não quero incomodar ninguém. Eu só gostaria de comer alguma coisa, — disse Violet timidamente enquanto Kyle, Max, Dimitri e Anatoli estavam comendo. — Você não precisa pedir — sirva-se do que quiser e, se não quiser ficar aqui, pode ir embora; você está livre, — Kyle disse a ela. Anatoli se levantou de sua cadeira na cozinha e preparou um prato para Violet. — Obrigada. — De nada, Lyubov Kyle sorriu, sabendo que Anatoli a chamava de — amor. — Quando ele se sentou, ela se inclinou para provocá-lo. — Mesmo? Você tem uma paixão colegial? Anatoli não disse nada. Ele apenas sorriu para Kyle antes de comer o resto de sua comida. Kyle olhou para Max e Dimitri. — Está tudo bem se ela ficar, certo? — Claro. Além disso, se disséssemos não, certas pessoas contestariam. — Eu mal a conheço, — retrucou Anatoli. — Mas você a acha bonita. — Da. Mais bonita do que qualquer garota. Sem ofensas. — Não estou ofendida; estou feliz por vocês. Kyle estava feliz por Violet ter tirado uma nova vida dessa situação, mas ela não tinha certeza de como suas escolhas iriam acontecer. Ela ainda tinha muitas escolhas a fazer e esperava que Max e Dimitri a apoiassem totalmente. Capítulo 50 Dimitri e Max pediram ao médico para examinar Kyle. Eles sabiam que para tomar sua decisão, ela precisava conhecer suas opções. — Isso é um pouco gelado, — disse o médico enquanto esguichava o gel no estômago de Kyle e começava a esfregar o aparelho de ultrassom em tomo da sua barriga. — Aí está — seu bebê. Você gostaria de ouvir o batimento cardíaco? Kyle não tinha certeza se ela queria, mas estava com medo de se arrepender. Ela olhou para Max e Dimitri e acenou para o médico. O médico ligou o som e, quando os padrões do coração apareceram, Kyle soube que ela amaria esse bebê de qualquer maneira. — Tudo bem, estamos quase terminando. Deixe-me apenas tirar algumas medidas e imprimir algumas fotos. O médico saiu para jogar fora as luvas e pegar uma toalha para Kyle. — Então, parece que você está com cerca de dez semanas, e tudo parece ótimo. — O quê?, — Kyle ficou surpresa com o tempo de gestação. — Você tem cerca de dez semanas, de acordo com as medidas do bebê. Kyle começou a chorar. Max e Dimitri perceberam o que o médico disse e não puderam deixar de sorrir. Assim que o médico saiu, Dimitri caminhou até Kyle e a beijou. — Isso significa que você estava grávida antes de partir; isso significa que um de nós é o pai e não Cannin. Dimitri e Max estavam animados; eles teriam apoiado Kyle de qualquer maneira, mas essa era a melhor coisa que poderia ter acontecido. — Por que não vejo Ryan desde que voltei?, — Kyle perguntou a Max. — Ele embora. — Por quê? — Ele não gostou de como estávamos lidando com as coisas com você; ele pensou que havíamos falhado com você, e foi o que aconteceu. — Quando foi a última vez que vocês o viram? — Na última noite que você se comunicou conosco, mas Varina nos manteve atualizados. — Eu preciso ligar para ele. Posso usar o seu telefone? Max entregou-lhe o telefone e ela examinou seus contatos até encontrar o número de Ryan. Tocou três vezes. — Olha, Max, ele não quer falar com você. Eu disse para você ligar para o meu telefone. — Não é o Max. Kyle ouviu um suspiro antes de ouvir Varina gritando com Ryan. — Kyle? — Ei. — Quando você voltou?? — Duas noites atrás. Dimitri me resgatou. — Chego em uma hora. Ryan conseguiu chegar em 45 minutos e foi direto para Kyle. — Eu sinto muito, porra. Me desculpa por tudo. Kyle retribuiu o abraço do irmão. — Está tudo bem, não foi sua culpa. O que foi sua culpa está perdoado. Estou feliz aqui. Kyle passou o resto da noite com Ryan e descobriu que Ryan iria pedir Varina em casamento. Ela disse a Ryan que estava grávida, mas não teve coragem de contar a ele que havia sido estuprada. Kyle estava feliz por estar em casa e percebeu que, em toda essa provação, e sem nem procurar, havia encontrado uma família. Fim do livro um Continua no Livro 2… Para ler mais livros como esse acesse: Galatea Livros Star Books Digital Os Lobos do Milênio
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