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Sinopse

Os irmãos mafiosos Max e Dimitri nunca tiveram problemas para


conseguir o que queriam. Quando a boa menina Kyle é forçada a entrar
numa vida que ela nunca quis, ela passa a questionar tudo que sabe sobre
a vida, o amor, e a máfia.
Classificação: 18+ (aviso de conteúdo: estupro e violência) Autor
Original: Avery Law
Livro sem Revisão
E-book Produzido por: Galatea Livros e SBD
https://t.me/GalateaLivros

Livro Disponibilizado Gratuitamente! Proibida a Venda


Livro Um: Apaixonada pelos
Irmãos Mafiosos
Capítulo 1
Kyle estava sentada em seu carro, receosa com o início do seu turno
no bar. Ela sabia que seriam horas aturando imbecis bêbados, mas
precisava do trabalho. Ela precisava ajudar seu irmão a resolver a vida
dele.
Ele se meteu em alguma merda obscura, e o objetivo dela era ajudá-lo
a saldar sua dívida para ele poder seguir em frente com sua vida.
Ela sentia como se fosse culpa dela ele ter caído em mãos erradas.
Afinal, ele foi responsável por criá-la e teve que se virar para sustentar os
dois.
Ela saiu do carro e foi para o bar. O lugar já estava lotado, o que
significava que ela não teria nem tempo para respirar. Ela foi para o
fundo e marcou o ponto.
— Espero que você esteja preparada para esta noite. Tem uma
despedida de solteiro, e eles já estão bem animados, — Jess avisou Kyle
enquanto ela batia o ponto.
Jess estava indo embora, o que significava que Kyle teria que lidar
sozinha com aquela festa. Jess era uma das garçonetes com quem Kyle se
dava bem.
Ela estava lá tentando pagar pela faculdade. Ela sabia o que queria
fazer da vida, e Kyle invejava isso.
— Não deixe que eles te desrespeitem. Bata o pé se eles ficarem
grosseiros ou folgados, — Jess a aconselhou.
— Vou tentar, mas você sabe que eles nunca ouvem, — gritou Kyle
para Jess, enquanto ela se afastava.
Kyle sempre se sentia intimidada pelas pessoas. Ela não saía muito.
Apenas ia para o trabalho e voltava para casa. E este não era o trabalho
ideal, mas ela precisava ajudar seu irmão.
Ele tentou cuidar dela depois que a mãe deles morreu, mas nunca foi
bom com dinheiro.
*
A maioria de seus homens já estava bêbada quando Max apareceu no
bar. Andrei se casaria em algumas semanas, e os caras mal podiam
esperar para usar isso como desculpa para uma festa.
Quando Max se aproximou da mesa, uma morena bonitinha estava
esperando por eles.
Ele a reconheceu de uma foto que tinha, mas que não fazia justiça a
ela. Ele a achou bonita e pensou que poderia se divertir com ela se a
levasse para casa.
— Precisa de algo, senhor?, — Kyle perguntou a ele.
— Apenas me surpreenda com algo da chopeira, — Max respondeu.
— Tudo bem. Se vocês precisarem de mais alguma coisa, meu nome é
Kyle e serei a garçonete de vocês pelo resto da noite.
Antes de Kyle sair, um dos caras fez um comentário grosseiro e tentou
agarrá-la. Claro que Sev seria o primeiro a sair dos limites. Ele não
conseguia se controlar quando bebia muito.
— Pare com isso, Sev. Respeite a garota. — Sev olhou para ele com um
olhar furioso, mas sabia que não deveria testá-lo, e Max achou melhor
assim; ele não estava com vontade de disciplinar um de seus caras em
uma noite de celebração.
— Peço desculpa por ele. Ele está bêbado, — Max disse.
— Não se preocupe. Isso acontece o tempo todo, — Kyle respondeu
enquanto se afastava.
Max não entendeu por que, mas irritou-o saber que os caras
desrespeitavam Kyle. Ele não queria que ela recebesse esse tipo de
atenção, a menos que fosse dele. Kyle não conseguia acreditar que ele
tinha a defendido, que pediu desculpa pelo comportamento do amigo.
Talvez esta noite não seja tão ruim assim, ela pensou.
Ela achou o cara que se desculpou atraente.
Seu cabelo escuro estava um pouco bagunçado. Essa aparência de
quem tinha acabado de passar por uma forte ventania realmente
funcionava nele, junto com a barba por fazer. Ele tinha um pouco de
sotaque, mas ela não conseguia identificar de onde era. A maioria deles
tinha um leve sotaque.
Ela voltou ao bar e incluiu os pedidos no sistema, e, enquanto
esperava as bebidas ficarem prontas, ficou de olho no cara que a
defendeu enquanto atendia às suas outras mesas.
O bar estava sempre com falta de pessoal, então ela tinha que se
manter em movimento para que ninguém reclamasse. Andar pelo lugar a
forçava a não se demorar muito naquela área para onde ela dava uma
olhada de vez em quando.
Ela voltou ao bar para pegar a bandeja de bebidas e caminhou até a
despedida de solteiro.
Ela começou a distribuir os copos um por um quando sentiu alguém
agarrar sua cintura e sentá-la no colo.
— Vamos, gatinha, que tal um showzinho para a gente? — O homem
que ela lembrava se chamar Sev tentou puxar sua blusa para baixo. Ela se
debateu para se livrar das mãos de Sev e acabou derrubando o resto das
bebidas em cima dele.
— Sua PIRANHA! — Sev se levantou e ergueu o punho fechado, e Kyle
soube que não havia nada a fazer além de se preparar para o golpe. Ela
fechou os olhos e esperou, mas o soco nunca veio.
— Eu disse para você parar com isso, e você não me ouviu, — Max
disse. — Mike e Jason — ensinem uma lição a ele.
Max se virou para Kyle. — Você está bem?
— Estou. Obrigada.
— Sou o Max. — Ele estendeu a mão para ela.
Max não sabia por que estava se apresentando a ela; ela iria descobrir
quem ele era de qualquer maneira.
— Kyle, — ela respondeu, apertando sua mão. — Obrigada de novo.
Kyle caminhou em direção à parte de trás do bar. Ela só queria que a
noite acabasse. Ela queria ir para casa e tentar esquecer esta noite.
*
— Vocês deram um jeito em Sev?, — Max perguntou a Mike.
— Sim. Demos uma boa surra nele, e ele ficou com o doutor a maior
parte da noite.
— Boa. Da próxima vez, vou matá-lo, — disse Max.
— Também tentamos cobrar Ryan Jackson. Ele não tinha o dinheiro
que nos devia. — Max estava com raiva; ele esperou tempo demais para
ser pago por Ryan.
— Vamos visitá-lo amanhã, e lidaremos com ele ou levaremos algo
importante para ele. — Max planejava levar a irmã de Ryan. Ele sempre
teve uma queda por garotas inocentes.
E, depois desta noite, ele percebeu que ela era, de fato, muito
inocente.
*
Na manhã seguinte, Kyle estava em casa tomando café da manhã com
seu irmão quando ouviu uma batida na porta.
— Fique. Eu atendo. — Seu irmão se levantou para abrir a porta. Ele
sumiu por alguns minutos quando ela ouviu uma discussão e decidiu ir
para a sala de estar.
— Ryan, o que eles estão fazendo?
— Está tudo bem, Kyle. Volte para a cozinha.
Antes que Kyle pudesse responder, alguém entrou pela porta.
— Por que eu iria querer fazer isso? — Os olhos de Kyle se
arregalaram; era o cara que se preocupou com ela na noite passada. Ela
ficou envergonhada e se sentiu idiota.
Ela achava que Max era legal, mas ele sabia quem ela era e estava com
segundas intenções.
— Estou aqui para cobrar minha dívida, Ryan. Você está gravemente
atrasado, então vou lhe dar uma escolha. Você pode deixar um dos meus
homens atirar em você, ou posso levar sua irmã, ou você pode me dar
meu dinheiro.
— Você não pode levá-la, e eu não tenho todo o seu dinheiro, — Ryan
gritou.
— Então acho que você vai levar um tiro. — Um dos caras engatilhou
a arma e apontou para Ryan.
Ryan esperava que Max estivesse blefando. Ele temia que, se atirassem
nele, ainda levariam Kyle como garantia.
— Eu tenho uma parte do seu dinheiro, — disse Ryan em pânico.
— Tem que ser tudo para você sair dessa, — Max disse.
— Ryan?
— Sinto muito, Kyle.
— Está tudo bem.
— Se a Kyle for com você, o que vai acontecer com ela?
— Ela será minha, — disse Max. — E será tratada como uma rainha se
for comportada, — acrescentou ele com um sorriso malicioso.
— Ela será minha, — disse Max. — E será tratada como uma rainha se
for comportada, — acrescentou ele com um sorriso malicioso.
— Tem que ter outro jeito. Posso ajudar a pagar a dívida, — disse Kyle.
— Sinto muito, Kyle. Vou arrumar o dinheiro e trago você de volta, eu
prometo. Amo você.
Essas foram as últimas palavras que ela ouviu do seu irmão antes de
ser forçada a sair do apartamento e entrar em um carro.
Capítulo 2
Quando todos estavam na limusine, o motorista não perdeu tempo
arrancando para fora do estacionamento. Kyle estava com medo e não
sabia o que fazer. Ela não estava com raiva de seu irmão e, de certa forma,
não o culpava.
Ela também teria medo de levar um tiro. E se não gostava da ideia de
ele levar um tiro, também não gostava da ideia de ser mantida em
cativeiro.
— Você é quieta, não é?, — Max perguntou.
— Eu não tenho nada a dizer a você, — ela mordeu de volta.
Max riu dela e a achou adorável com raiva dele. Ele estava intrigado
com ela e não sabia dizer por quê.
Kyle era simples e bonita, mas não havia nada de extraordinário nela.
— Eu sei que você está com raiva de mim, mas você me acha atraente.
Você pode negar o quanto quiser, mas a verdade é que também te acho
atraente, abelhinha, e acho que podemos nos divertir.
Kyle achou o apelido estúpido e zombou dele. Ela queria chamá-lo de
idiota, mas se conteve.
Ela estava irritada consigo mesma porque nunca teve coragem de se
defender. Mesmo em situações de confronto, ela sempre congelava.
— Então me diga, seu nome é realmente Kyle ou é abreviação de
alguma coisa?, — Max perguntou, tentando começar uma conversa.
Kyle o ignorou e olhou pela janela, esperando que ele entendesse a
dica e a deixasse em paz.
— Você não pode me ignorar para sempre. — Max sorriu para ela e
Kyle admitiu para si mesma que ele era bonito, especialmente quando
sorria.
— Não espere que eu goste de você, — Kyle disse, quebrando o
silêncio dela, esperando esconder o fato de que ela o achava atraente.
— Eu não espero que você goste de mim. Espero que você me escute.
— Ele se inclinou e agarrou seu queixo, forçando-a a olhar para ele.
— Espero que você faça o que eu quero que você faça, e se você não
fizer, será punida. Se você não acredita em mim, tente. — E, antes que
Kyle pudesse mover sua cabeça, Max se inclinou e a beijou.
A viagem até a casa pareceu durar uma eternidade para Kyle, mas ela
imaginou que não podia levar mais do que algumas horas de distância, e
se perguntou por que eles estavam em seu bar se moravam tão longe.
— Você não mora na cidade?, — ela perguntou.
— Não. Moro aqui; a da cidade é para eu ter algo por perto, caso
precise estar lá por alguns dias. — Max pegou o braço de Kyle e puxou-a
para dentro de casa.
A casa era enorme do lado de fora, e, quando entrou, Kyle achou-a de
perder o fôlego. Ela não podia acreditar que uma casa desse tamanho
existisse.
— Para onde você está me levando?, — Kyle perguntou enquanto Max
a arrastava pelo saguão e escada acima.
Max finalmente parou na porta e, quando a abriu, revelou um espaço
amplo que parecia um mini apartamento.
— Este é o nosso quarto, e você não vai sair daqui sem minha
permissão. Se você tentar escapar, será punida. Entendeu?
Kyle não respondeu. Ela queria desafiá-lo. Ela não queria desistir tão
rapidamente e sabia que não venceria se tentasse lutar com ele, mas sua
única defesa seria desafiá-lo de qualquer maneira que pudesse.
— Perguntei se você me entendeu, — Max disse enquanto a puxou
pelos cabelos. — Você deve me responder sempre com palavras,
entendeu?
Quando Kyle não respondeu de novo, ele balançou sua cabeça
bruscamente pelos cabelos.
— Ahh, sim, entendi.
— Excelente. É só não me deixar com raiva e você vai ter uma vida de
rainha aqui, — ele disse, e a empurrou.
— Vou chamar alguém para trazer algumas roupas e o almoço. Estarei
de volta esta noite e, se você se comportar mal, serei informado e darei
um jeito em você.
— Entendi.
Max sorriu quando Kyle respondeu.
— Viu? Você já está aprendendo. — Max se aproximou de Kyle e deu
um beijo em seus lábios.
Kyle odiava gostar de seus modos dominadores e enérgicos, mas ela
não podia ignorar que era bom beijá-lo. Seus lábios eram habilidosos e
suaves, e ela sentiu um formigamento quando a boca dele tocou a sua.
— Muito bom. Você vai perceber que eu não quero te machucar; só
quero que você me escute. — Max não disse mais nada e saiu do quarto,
trancando a porta atrás de si.
Kyle estava com raiva de si mesma, sentia como se tivesse deixado isso
acontecer. Ela deveria ter trabalhado mais e ganhado mais dinheiro para
ajudar Ryan. Ela sabia que precisava sair dali.
Ela precisava de um plano.
Kyle tentou de tudo. Ela não era forte o suficiente para quebrar a
porta, e as janelas estavam fechadas com parafusos. Não tinha saída. Ela
se moveu pela sala, tentando pensar em qualquer coisa que pudesse fazer
para sair.
Depois de passar uma hora pela sala, ela ouviu a porta destrancar e viu
entrar um homem tão bonito quanto Max.
— Você deveria se acalmar, ou terei que contar a Max que você estava
tentando fugir.
— Quem é você?, — Kyle perguntou.
— Meu nome é Dimitri. Aqui estão algumas roupas e alguém chegará
em alguns minutos para te trazer comida. Sugiro que você relaxe um
pouco.
Dimitri não disse mais nada e saiu pela porta.
Dimitri teve cuidado de não ultrapassar os limites, mas ele se sentiu
atraído por essa menininha, como ele se referia a ela. Ele sabia que seu
irmão ficaria louco se ele fizesse qualquer coisa sem consultá-lo primeiro.
Ele ficou tentado a dizer a Max que ela se comportou mal para que
pudessem puni-la. Ele tinha a sensação de que ela gostaria de sentir um
pouco de dor com prazer.
Dimitri não estava brincando quando disse que logo alguém chegaria
com comida. Uma loira magra entrou com uma bandeja de comida. O
prato tinha sopa, pão e macarrão.
— Eu não tinha certeza do que você gostava, então peguei algumas
coisas e imaginei que você poderia escolher ou comer tudo.
— Obrigada, — foi tudo que Kyle conseguiu dizer antes que a garota
fosse embora.
Alguns segundos depois, a porta foi trancada novamente.
Kyle se sentou à mesa e suspirou. Ela
Kyle se sentou à mesa e suspirou. Ela queria sair dali; queria estar
perto de pessoas; queria uma chance de ver a casa para que pudesse
escapar.
Ela não podia ficar aqui. Não queria fazer parte disso.
*
Kyle não tinha certeza de quando adormeceu; ela acabou de se
lembrar ao ser acordada. Ela ficou confusa no início, e levou alguns
segundos para se dar conta de que estava sendo forçada a viver com um
homem a quem Ryan devia dinheiro.
Um homem que ela achava atraente, mas assustador. Um homem de
quem ela queria fugir, mas com quem queria ficar também.
— Acorde, — a voz disse novamente. Ela rapidamente percebeu que
era Max.
— Acho que você ficou tão entediada que dormiu o dia todo. — Max
deu uma risadinha.
— Dimitri me informou que você tem sido uma boa menina. Ele
também me disse que ficou intrigado com você do jeito que eu fiquei.
Diga-me, abelhinha, quem você acha mais atraente: Dimitri ou eu?
Para Kyle, isso é uma armadilha. Ela não sabia como responder à
pergunta e temia ser punida por qualquer resposta que desse.
— Nenhum dos dois. Não costumo achar sequestradores atraentes, —
ela respondeu.
— Nós não sequestramos você; você foi dada a nós. Há uma diferença.
— Você o forçou. Qualquer um tomaria essa decisão se enfrentasse a
possibilidade de levar um tiro.
— Cuidado com o tom quando fala comigo, — Max a advertiu.
Max puxou Kyle da cama e se inclinou para beijá-la. Ela sabia que era
melhor não resistir e o beijou de volta.
— Uma aluna que aprende rápido. Fico me perguntando o que mais
eu poderia te ensinar.
Max se abaixou e beijou Kyle de volta, desta vez dando um passo
adiante e colocando as mãos em sua bunda. Ele apertou-a e puxou Kyle
para mais perto.
Kyle engasgou quando sentiu sua ereção. Ele aproveitou a
oportunidade e enfiou a língua em sua boca e mordeu seu lábio. A
mordida a fez soltar um pequeno gemido.
O gemido era o que Max estava procurando, então ele interrompeu o
beijo, satisfeito por obter uma resposta dela.
— Parece que seu corpo gosta de mim, — ele disse com um sorriso
malicioso.
Kyle estava com raiva de si mesma por baixar a guarda e por gostar do
que estava fazendo com ela.
— Não se preocupe, abelhinha, haverá mais depois. Agora, prepare-se
para o jantar e não me deixe esperando.
Capítulo 3
Kyle sabia que Max estava falando sério quando disse para não fazê-lo
esperar pelo jantar, então ela não perdeu tempo trocando as roupas que
foram trazidas para ela antes.
Depois de escovar o cabelo, ela saiu do banheiro e voltou para o
quarto.
Max estava sentado no sofá esperando por ela, e ele estava sorrindo.
— Eu sabia que isso serviria em você.
As roupas que ela vestia não revelavam muito. Eram justas, mas não
curtas. A camisa colada exibia seu busto, o decote formando um V entre
os seios.
Ela sempre achou seus seios muito grandes e que atraíam atenção
indesejada.
— Vamos, — Max disse, agarrando seu braço. Ele a conduziu para fora
da sala e escada abaixo.
Ela esperava que eles estivessem saindo para jantar, mas suas
esperanças foram destruídas quando ele virou à esquerda, em vez de
seguir em frente quando chegaram ao fim da escada.
Ele, então, a conduziu a uma enorme sala de jantar.
Dimitri já estava sentado à mesa, esperando por eles. Kyle estava
nervosa, não sabia o que esperar ficando sozinha com os irmãos.
Max tinha avançado para cima dela, e ela achava que Dimitri iria
respeitar seu espaço, mas, pelos olhares que ele estava lançando na
direção dela, Kyle sabia que no fundo isso não aconteceria.
— Você fez um ótimo trabalho escolhendo as roupas, Max, — Dimitri
elogiou.
— Obrigado, mas a visão não se compara ao tato, — Max disse,
agarrando a bunda de Kyle.
Ela corou e Dimitri percebeu.
— Não me diga que você está tímida. Você gosta do que ele faz com
você.
Mal posso esperar para ver essa timidez toda quando eu colocar
minhas mãos em você.
Kyle sentiu que franzia a testa. Ela não queria que esses caras
pensassem ser donos do seu corpo, mas ela não sabia como falar isso sem
se meter em problemas.
— Por que você não vai se sentar ao lado de Dimitri?, — Max disse a
ela.
Kyle seguiu seu comando e caminhou lentamente até Dimitri, que se
levantou e puxou a cadeira para ela.
Dimitri se sentou e olhou para Kyle antes de agarrar seu queixo e
olhá-la nos olhos. Ela se sentiu confusa e um pouco assustada. Ela não
sabia o que ele iria fazer.
Dimitri se inclinou e a beijou. Kyle foi pega de surpresa porque teve a
mesma sensação de quando Max a beijou. Ela ficou com raiva de si
mesma porque queria beijá-lo de volta também.
— Lembra o que eu disse sobre me beijar, abelhinha? Isso vale para
Dimitri também.
Kyle não queria descobrir o que Max queria dizer, então beijou
Dimitri.
Dimitri adorou toda aquela receptividade. As mãos dele desceram
para a bunda dela, o que a assustou. Kyle o empurrou. Do outro lado da
mesa, Max riu.
— Acho que você foi um pouco atrevido demais com ela.
Max se inclinou sobre a mesa e olhou Kyle nos olhos. — Isso me
deixou com muito tesão, abelhinha. Mal posso esperar para te jogar em
nossa cama e te foder até acabar com você.
Os olhos de Kyle se arregalaram, ela não sabia o que fazer. Ela nunca
tinha feito sexo; ela nunca tinha deixado um cara tocá-la em suas partes
íntimas até agora, e ela não estava pronta para ir para cama com pessoas
que ela não conhecia.
Kyle balançou a cabeça negativamente, o que deixou Max com raiva.
Ele não gostava de aceitar um não como resposta.
— E melhor você me dizer por que está me dizendo não, Kyle.
Kyle respirou fundo antes de ela responder.
— Eu estou... EU... — Ela respirou fundo novamente. — Eu sou
virgem e não quero perder minha virgindade com você ou com ele. Eu
não sou uma prostituta com quem vocês podem fazer o que quiserem.
Kyle se sentia confusa porque gostava dos beijos e dos toques, mas não
queria aceitar que gostava.
— Bom, o que você quer não é o que eu quero, e sempre consigo o que
quero, custe o que custar.
Max não a forçaria. Ele sabia que fazer sexo era algo importante para
alguém como ela, e ele nunca gostou de estuprar mulheres. Ele apenas
gostou do poder que as palavras lhe deram; as palavras o deixavam
controlá-la.
Max se recostou em sua cadeira quando a comida foi servida. Os três
estavam sentados à mesa, comendo em silêncio.
Kyle teve dificuldade em comer. Ela não queria que a noite acabasse.
Ela temia que, se a noite acabasse, Max fosse atrás do que queria, e ela
não estava pronta para isso — ou pelo menos era o que ela dizia a si
mesma.
Depois do jantar, Max levou Kyle de volta ao quarto, escada acima. Ela
odiava ter que compartilhar o quarto com ele; não ter nem um espaço
próprio.
Assim que eles entraram na sala, Max trancou a porta e se virou para
ela. — Eu quero que você tire a roupa e tome um banho.
— Eu não preciso de um banho, — ela respondeu.
— Foi um longo dia, e estou dizendo que você precisa relaxar, então
tire a roupa e vá tomar um banho, — disse Max em tom zangado.
Kyle começou a caminhar em direção ao banheiro.
— Não — você tira a roupa aqui, na minha frente.
Kyle ficou parado olhando para ele. Ela não queria que ele a visse nua.
— Se você não começar a se despir, farei isso por você, e você sabe que
o farei.
Kyle sentiu como se fosse vomitar de tão nervosa. Ela lentamente
tirou as meias, depois as calças e, enfim, a camisa, ficando só de calcinha.
Max ficou ali olhando para ela, seus olhos percorrendo seu corpo. Ela
podia ver o desejo em seus olhos.
— Por que você parou? Você não pode tomar banho de calcinha.
Kyle soltou um suspiro e puxou sua calcinha e, em seguida,
lentamente desabotoou o sutiã, liberando seus seios. — Seu corpo é lindo
pra caralho, — ele disse, enquanto se abaixava e colocava a boca em seu
mamilo.
Kyle não tentou impedi-lo. A sensação era avassaladora. Ela amou a
umidade quente que envolveu seu mamilo duro e frio.
Ela inconscientemente dobrou a parte superior do corpo para trás,
dando a Max melhor acesso aos seus seios.
Max mordeu seu mamilo, o que fez Kyle gemer. E ela não se deu conta
que havia levado as próprias mãos para a nuca dele, segurando-o contra o
peito até que o sentiu tirar as mãos dela.
— Vá para o chuveiro.
Kyle ficou sem graça e correu para o banheiro, fechando a porta. Ela
tentou trancar, mas a fechadura estava quebrada.
Ela sabia que Max tinha feito isso de propósito. Ele queria entrar
quando quisesse.
Kyle tentou tomar um longo banho, mas Max entrou, fechou a
torneira e segurou a toalha aberta. Ela saiu do chuveiro e deixou Max
enrolá-la na toalha.
Max a guiou até a cama e disse-lhe para se deitar.
— E minhas roupas?, — ela perguntou.
— Sem roupas. Você vai dormir nua ou só com uma camiseta sem
nada por baixo, e esta noite quero você nua.
Max se virou e voltou para o banheiro. Não demorou muito para Kyle
ouvir o chuveiro ligado e Max cantarolando.
Ele saiu do banheiro, nu e esfregando o cabelo com uma toalha, e
caminhou até a cama. Max colocou a toalha no pé da cama e se sentou ao
lado de Kyle.
— Quantos anos você tem?, — Max perguntou.
— Vinte, — respondeu ela.
Max se deitou, sem se preocupar em cobrir seu pau duro.
— Você já fez um boquete?
Kyle balançou a cabeça negativamente.
— Ótimo. Deixa-me te ensinar. Vem aqui.
Kyle nunca esteve tão perto de um pênis.
Ela nunca tocou em um e só os viu em filmes. Ela estava
envergonhada com o pedido dele.
Max deu um tapinha na cama ao lado dela. — Não me faça pedir de
novo, abelhinha.
Kyle ficou de joelhos e se moveu em direção ao local que deu um
tapinha.
— De joelhos, — ele comandou.
Kyle ficou de joelhos.
— Muito bom. Agora, abra-os um pouco.
Ela estava um pouco preocupada com o que ele iria fazer. Kyle abriu
um pouco os joelhos, Max estendeu a mão e esfregou bem em seu centro.
Ela enlouqueceu com aquela sensação.
— Alguém já tocou em você assim antes?
Ela balançou a cabeça para os lados.
— Use suas palavras, — Max comandou.
— Não. Só você, — ela suspirou.
— Você quer que eu te mostre o quanto isso pode ser bom?
Kyle soltou um gemido antes de responder. — Pode ser melhor do que
isso?
— Ah, você não tem ideia do que está perdendo. — Ele deu uma
risadinha.
Max se sentou e beijou Kyle nos lábios.
Ele a beijou rudemente e botou mais pressão no seu núcleo. Max
pegou uma de suas pernas, balançando-a sobre seu colo e continuou a
esfregar no meio de suas pernas.
A respiração de Kyle estava ficando curta e irregular, e Max sabia que
ela estava prestes a explodir, então ele se abaixou e chupou seu mamilo.
A sensação era o que ela precisava antes de gritar: — Caralho!
Max riu do palavrão.
— Viu, abelhinha? Da para ficar muito melhor.
— O que você fez?
— Eu te dei um orgasmo, e agora espero um em troca. Vou te ensinar
como me dar um belo chupão.
Capítulo 4
Kyle sentiu uma onda de desejo. Ela queria agradar Max do jeito que
ele fez com ela.
Ela colocou o pau dele na boca até que engasgou, e ouviu Max rir.
— Pegue um pouco de cada vez, feche a boca e use muito pouco os
dentes, — ele a instruiu.
Kyle se abaixou e colocou a boca em volta do pau dele de novo e
começou a movimentar a cabeça para cima e para baixo.
Ela achou que deveria fazer algo com a língua, então girou em tomo
da cabeça do pau dele e, então, voltou para a ponta, o que o fez gemer.
— Isso, — Max grunhiu enquanto agarrava seu cabelo. Ele gostou da
maneira como ela movia a língua e queria mais.
Max segurou a cabeça dela pelos cabelos e enfiou o pau mais fundo
em sua boca. Cada estocada ficava mais difícil, e logo Max estava
atingindo o fundo de sua garganta. Seus olhos lacrimejavam e ela
engasgava todas as vezes.
— Eu vou gozar, e é melhor você engolir cada gota. — Max bombeou
mais algumas vezes antes de terminar, e Kyle engoliu tudo.
Ela imaginava que seria nojento e amargo, mas não achou o gosto
ruim, além de ser um pouco salgado, e, odiava admitir, gostou de fazer
com que ele perdesse o controle.
— Você se saiu muito bem, abelhinha, — disse Max, beijando-a nos
lábios.
Quando ele se afastou, viu que ela estava carrancuda. — O que foi?, —
ele perguntou.
— Você me beijou sem eu lavar minha boca primeiro.
Max riu. — Bom, não posso querer que você engula minha porra e eu
fique com nojo disso.
— Vem aqui. — Max puxou-a para perto dele.
Suas costas estavam contra seu peito, e sua bunda pressionada contra
o pau dele, que estava rapidamente ficando duro novamente.
Kyle se contorceu um pouco e Max a manteve imóvel. — Apenas
durma. Terminamos por esta noite, então relaxe.
Kyle não achou que conseguiria adormecer tão rapidamente. Ela
também não achou que se sentiria confortável dormindo nua com um
homem que não conhecia.
*
Kyle acordou precisando usar o banheiro, mas estava presa com
firmeza ao peito de Max. Ela estava com medo de que Max ficasse bravo
se ela o acordasse, mas decidiu que era a melhor coisa a fazer.
— Max? — Ela esperou alguns minutos e, quando ele não respondeu
de novo, ela chamou um pouco mais alto.
— O quê?, — ele disse em uma voz rouca.
— Preciso ir ao banheiro, — Kyle respondeu com uma voz suave.
Max gemeu e rolou para o lado, libertando-a.
Ela correu para o banheiro e foi direto para a privada. Um pequeno
arrepio percorreu seu corpo quando ela terminou de fazer xixi. Como já
estava lá, decidiu que tomaria um banho para se aquecer.
Ela adorava banho quente e ficou relaxando sob a água que caía até
que começou a esfriar.
Quando saiu do banheiro, Max já tinha ido embora, a cama estava
feita e havia um conjunto de roupas limpas.
Quando se vestiu, não sabia mais o que fazer, então decidiu verificar
se a porta estava trancada.
Ela girou a maçaneta e puxou levemente a porta, que se abriu. Kyle se
empolgou. Ela se perguntou se Max teria esquecido de trancar a porta.
Olhou para o corredor e, quando não viu ninguém, se dirigiu para as
escadas. Kyle não perdeu tempo e desceu correndo os degraus.
Lá embaixo, se deparou com guardas em ambos os lados da escada.
Ela tentou parecer calma, mas ficou frustrada por não ter tido a
oportunidade de escapar. Ela ouviu vozes ao fundo e decidiu segui-las.
As vozes a levaram para a sala de jantar, onde estavam Max e Dimitri.
— Aí está minha abelhinha, — disse Max, que se levantou e deu um
beijo nela.
— Aqui — tome seu café da manhã, — Dimitri disse, enquanto
colocava um prato de comida na mesa.
Ela se sentou entre Max e Dimitri, sem saber o que fazer, então comeu
em silêncio enquanto os homens conversavam entre eles.
— Ona krasivaya, — um dos homens disse, olhando para Max.
— Da,, — ele respondeu ao homem.
Max se virou para Kyle. — Anatoli aqui disse que você é bonita.
— Obrigada, — foi a única coisa que Kyle conseguiu pensar em dizer
ao homem.
— Ostav 'nas, — foi tudo o que Max disse, e todos os homens, exceto
Dimitri, partiram.
— Que língua era essa?, — Kyle estava curiosa; ela só sabia que eles
não eram americanos.
— Russo, myshka, — Dimitri respondeu a ela
— Hoje você vai passar um tempo com Dimitri. Ele vai levar você para
passear. Não abuse do privilégio, — Max a advertiu.
— Entendi, — ela respondeu automaticamente.
— Viu, Dimitri? Aprendeu muito rápido, mas, da próxima vez, acho
que prefiro ouvi-la dizer: 'Entendi, senhor'.
— Entendi, senhor, — ela respondeu.
— Gostei disso. Você será recompensada mais tarde se for boazinha
com Dimitri. — Depois que ela terminou de comer, Dimitri juntou suas
coisas e a levou até o carro. Kyle estava animada por sair de casa. Ela ficou
lá apenas por um dia, mas sair de lá a fez se sentir menos aprisionada.
— Para onde estamos indo?
— Paciência, myshka. Você vai ver.
Kyle percebeu que embora ela estivesse em um carro sozinha com
Dimitri, havia um carro atrás deles.
— Por que eles estão nos seguindo?
— Muito observadora, — Dimitri disse, com uma pitada de orgulho.
— Eles estão lá para nos proteger e para garantir que você não fuja.
— Vocês não podem me manter aqui para sempre, — afirmou Kyle.
— Não vamos. Você vai acabar ficando por vontade própria. Você não
vai resistir à conexão que temos.
Kyle sabia que Dimitri estava certo. Ela se sentia atraída por eles. Ela
não era contrária ao que eles estavam fazendo com ela. Mas sentia que
precisava estar contra eles por causa do tipo de pessoa que eles eram.
Ela ficou quieta, apenas prestando atenção ao passeio, e ficou animada
quando começou a ver a água.
— Você está me levando para a praia?
Dimitri sorriu para ela. — Sim. Você já esteve lá?, — ele perguntou.
— Não. Ryan nunca teve tempo para me levar.
— Bem, vou garantir que você nunca se esqueça dessa viagem para a
praia.
A maneira como ele disse isso fez um arrepio percorrer seu corpo, e
ela sentiu uma onda de excitação.
Capítulo 5
Kyle estava animada. Ela nunca tinha ido à praia e acreditou quando
Dimitri disse que eles iriam se divertir.
Ela podia sentir a sinceridade dele em fazer desta a melhor viagem à
praia para ela, mas sentia que a ideia dele de diversão era bem diferente
da dela.
Dimitri parou em um estacionamento arenoso próximo a uma casa de
praia.
A casa não era tão grande quanto aquela para a qual ela fora levada,
mas era maior do que qualquer apartamento ou casa em que ela já havia
morado.
Era uma casa com paredes azul pastel do lado de fora e venezianas
brancas, e ela poderia dizer que havia pelo menos três níveis por causa
das janelas.
Dimitri levou Kyle pela mão para dentro de casa e puxou-a para um
grande quarto no primeiro andar. Ela imaginava que cada quarto fosse
decorado com um tema de praia, mas este era bem masculino.
As cores eram preto e branco. A cama era enorme; parecia maior do
que uma king-size. Ela foi até a cama e deitou-se, sem conseguir resistir à
vontade de ver como era confortável.
— Nossa, que delícia de cama. Mais confortável do que a cama do
Max, que eu pensei que fosse a cama mais confortável em que já deitei.
Dimitri riu dela. — Fico feliz que você gostou da minha cama,
myshka. A que tenho em casa é igual. Se você for boazinha, deixo você
dormir nela esta noite.
O rosto de Kyle ficou vermelho; ela sabia o que Dimitri queria dizer
com dormir nela. Ela percebeu que não odiava a ideia de estar com ele.
Ela se sentia mais confortável com ele até do que com Max.
— Não precisa ficar com vergonha — é só uma cama, — ele disse,
piscando para ela. — Agora, precisamos trocar sua roupa. — Ele ordenou
que ela colocasse o biquíni que ele entregou a ela.
Era um biquíni branco muito pequeno comparado ao que ela
considerava um biquíni, mas fez o que Dimitri mandou. Ela sabia que ele
era igual a Max e queria que se trocasse na frente dele, então fez o que ele
esperava.
Ela tirou a camisa e o short e, lentamente, começou a tirar a calcinha e
o sutiã.
Era estranho para ela se despir na frente de um homem, mas
secretamente gostou daquilo, dava-lhe confiança quando a olhavam,
especialmente quando os olhares deles se demoravam um pouco mais.
Dimitri caminhou até ela e acariciou seu rosto com o dedo. —
Khoroshen'kiy.
Kyle não tinha ideia do que ele disse, mas fez sua respiração acelerar, e
ela sentiu sua pele formigar onde o dedo de Dimitri tocou seu rosto.
Ele pegou o biquíni e a ajudou a vesti-lo. Ele a levou até o espelho de
corpo inteiro para que ela pudesse se ver.
— Viu? Você é linda, — ele disse.
— Foi isso que você falou agora?
— Sim. Seu corpo é lindo e você não deveria escondê-lo, — ele disse,
dando um beijo em sua testa.
Kyle olhava para o corpo dela, acreditando em Dimitri quando ele
dizia que ela era linda.
Dimitri pegou uma cesta que estava no canto da sala, deu a mão para
Kyle e a levou para a praia. Eles pararam a alguns metros de distância da
água, e Dimitri colocou a cesta no chão e começou a arrumar as coisas.
Ele puxou um cobertor e o estendeu, prendendo-o na areia para que
não voasse.
Dimitri se sentou sobre o cobertor e deu um tapinha no espaço ao seu
lado. — Por favor, sente-se aqui, de frente para a água.
Kyle ficou surpresa de ouvi-lo dizer por favor, mas fez o que ele disse
porque ela sabia que, ainda assim, era uma ordem.
— Não quero que você queime essa pele linda, — disse ele, e começou
a passar protetor solar nela.
Dimitri transformou aquilo em um momento sensual; suas mãos
faziam cócegas em sua pele enquanto ele acariciava suas costas e braços.
— Vire-se, — Dimitri disse, e Kyle não hesitou.
Ela se virou e o encarou. Quando ela se acomodou, ele começou a
aplicar o protetor solar na parte da frente do corpo dela.
Sentada lá, cara a cara com ele, ela viu o rosto de Dimitri. Ele tinha
uma cicatriz no olho direito. Seu cabelo era curto, quase totalmente
raspado, e ela se perguntou como era o corpo de Dimitri sob suas roupas.
— Você está com tesão, myshka?, — Dimitri perguntou.
— Sim... — Ela fez uma pausa para poder organizar seus pensamentos
sobre o que diria a seguir. — Você faz eu me sentir sexy quando passa o
protetor solar desse jeito.
— Ótimo, então fiz o que eu precisava fazer. Agora, dê-me suas
pernas.
Kyle descruzou as pernas dela e entregou-lhe o pé esquerdo. Ele
aplicou protetor solar nos dedos dos pés e subiu por sua perna até chegar
à parte superior das coxas.
Kyle podia sentir a umidade em seu núcleo e tinha certeza de que
Dimitri podia ver o quanto a parte de baixo do biquíni dela estava
molhada, mas ele não disse uma palavra e passou para a outra perna dela.
— Só há mais um lugar para eu passar. Fique de pé. — Mesmo que
parecesse uma ordem, Dimitri a ajudou a se levantar.
Quando eles estavam de pé, Dimitri a virou de costas para ele. Ele se
ajoelhou e colocou um pouco de protetor solar na palma da mão e
esfregou na bunda dela.
Enquanto ele estava passando o creme, se inclinou para frente e a
mordeu. Em vez de um grito, ela soltou um gemido e Dimitri soltou uma
risada.
— E bom saber que você gosta de um pouco de dor. Agora é a sua vez,
— ele disse, brincando, e piscou para ela.
Kyle pegou o frasco de protetor solar, Dimitri tirou a camisa e deitou-
se de bruços para que ela pudesse começar a passar o creme em suas
costas. Enquanto ela esfregava o protetor solar, ela examinou cada
centímetro de seu corpo.
Seus músculos eram definidos. Ele tinha pequenas cicatrizes que
revestiam a parte inferior das costas e sua pele era macia.
Quando ela começou a esfregar a parte de trás das pernas dele,
percebeu que ele também não tinha cabelos ali. Este homem era um deus
sem pelos, e ela o adorava.
— Você pode se virar, por favor?
Sem emitir um som, Dimitri virou o corpo, colocou as mãos atrás da
cabeça e se deitou. Kyle começou a aplicar o protetor solar no seu peito.
Ela esperava estar fazendo isso direito, mas ele não deu nenhuma
indicação.
Não até ela mover as mãos na direção da cintura dele, aí se deu conta
que algo interessante estava acontecendo ali embaixo, então, ela tentou
ignorar sua ereção e foi em direção a suas pernas.
— Pronto, tudo feito, — ela disse.
— Ótimo, só falta uma coisa.
Capítulo 6
— Ótimo, só falta uma coisa. — Dimitri deu um pulo, jogou Kyle por
cima do ombro e começou a correr em direção à água.
Kyle soltou um grito quando ele deu um tapa em sua bunda, fazendo
com que seu grito rapidamente se transformasse em risos.
— Não me jogue na água, — Kyle exigiu.
— Que engraçado, myshka. Você não tem autoridade aqui, — Dimitri
disse enquanto entrava na água.
Quando a água alcançou sua cintura, ele parou e a jogou no mar.
Kyle respirou fundo quando voltou à superfície. — Isso não foi justo,
Dimitri, — ela disse, rindo.
— Mas você gostou, e isso é o que importa, — disse ele com um
sorriso malicioso.
Dimitri nadou até ela e a puxou para perto dele. Kyle derreteu em seu
abraço, apenas para ser enganada por ele. Ele a pegou e jogou na água
novamente. Desta vez, Kyle começou a rir.
— Tudo bem, esse foi por minha conta. Engane-me uma vez, o errado
é você. Engane-me duas vezes, a errada sou eu, — ela disse enquanto ria.
Dimitri se aproximou de Kyle novamente, mas desta vez ela hesitou.
— Vamos até ali, — Dimitri disse, puxando-a em direção ao píer de
madeira. — Teremos um pouco mais de privacidade, — foi tudo o que ele
disse antes de apoiá-la em um dos postes.
Kyle não se conteve e colocou os braços em volta do pescoço de
Dimitri e envolveu as pernas dela em volta da cintura dele. Ela engasgou
quando sentiu sua ereção cutucando seu núcleo.
— Não se preocupe, myshka, não vou tirar sua virgindade aqui.
Kyle ficou com o rosto vermelho; ela estava envergonhada por ele
saber que ela era virgem.
— Nada para se envergonhar. E renovador, — Dimitri disse enquanto
se inclinava e a beijava.
O beijo de Dimitri era diferente do de Max. Max era dominador,
enquanto Dimitri era apaixonado e gentil.
Ambos os homens eram dominantes, mas de formas diferentes, e Kyle
gostava disso. Eles a atraíam de maneira diferente, e ela gostava dos dois.
Kyle interrompeu o beijo para tomar um ar e olhou nos olhos de
Dimitri. Ela tinha tantas perguntas para este cara. Ela queria saber tudo
sobre ele.
Como ele arrumou essas cicatrizes, por que a queria e como eles
acabaram nesse estilo de vida.
— Qual é o seu sobrenome?, — Kyle perguntou.
— Para cada pergunta que você fizer, eu posso te fazer duas
perguntas...
— Combinado, — ela respondeu rapidamente.
— Você não me deixou terminar, myshka. Para cada pergunta que você
fizer, eu posso fazer duas perguntas e te beijar, mas você já concordou,
então vá em frente e faça sua pergunta.
— Qual é o seu sobrenome? ela perguntou.
— Mesmo? É isso que você quer saber?, — Dimitri parou por um
momento. — É Volkov.
— Dimitri Volkov... Gostei, — disse ela, sorrindo para ele.
— Qual é o seu nome? Kyle tem que ser diminutive para alguma coisa,
— Dimitri disse.
— Seu irmão me perguntou a mesma coisa, mas eu não respondi. Eu
estava com raiva dele e não quis ceder a ele.
Dimitri riu. — Então, qual é o seu nome?
— É Kylah Anastasia, mas meu irmão sempre me chamou de Kyle,
então é como eu uso.
— Bom, eu gosto do seu nome completo. Vou te chamar assim agora.
Minha segunda pergunta. Isso vai te deixar com vergonha, mas quero
que você me responda honestamente, ok?
Kyle assentiu.
— Você quer que eu toque em você?
— Sim, — ela sussurrou.
— Agora, o beijo, — Dimitri disse enquanto colocava o rosto em seu
pescoço. Ele beijou ao longo de seu pescoço e levou a mão ao seu seio.
Kyle soltou um gemido quando ele beliscou seu mamilo duro. Assim
que Kyle estava começando a sentir o desejo se acumular, Dimitri se
afastou do pescoço dela e tirou a mão.
Kyle bufou.
— Nossa doce menina gosta de ser travessa, — Dimitri disse com um
sorriso malicioso. — É a sua vez de fazer uma pergunta.
— Humm, não tenho certeza do que quero perguntar a você, deixe-
me pensar por um segundo. — Ela se agarrou a Dimitri, pensando em sua
próxima pergunta.
Ela pensou na segunda pergunta e imaginou que era um pouco
ousada, que iria pegá-lo desprevenido.
— Tudo bem, minha segunda pergunta, — ela disse com um sorriso.
— Se eu pedisse para você me dar orgasmo agora, você faria isso?
— Num piscar de olhos, — respondeu ele.
Kyle corou com o que estava prestes a confessar a ele.
— Eu tive meu primeiro ontem à noite, e eu realmente gostei, — ela
disse a ele.
— Eu sei. Max e eu conversamos sobre você esta manhã. Ele me
contou como sua boca inexperiente era ótima e como você obedeceu às
ordens tão bem.
— Ele me disse em detalhes como você estava linda quando gozou em
seus dedos. Você quer que eu faça você gozar em público?
— Sim, — ela disse com confiança, mas, ainda assim, corou.
Dimitri não perdeu tempo e desamarrou a parte de cima do biquíni
dela, deixando seus seios livres, e a puxou para cima no poste de madeira
para poder acessar seus mamilos.
Ele abaixou a cabeça e levou um mamilo à boca, mordendo-o
levemente e depois o acalmando com a língua. Kyle já estava soltando
gemidos suaves.
Dimitri levou a mão para o espaço entre os seios de Kyle e deslizou até
a parte inferior do biquíni, segurando seu núcleo.
Kyle empurrou os quadris contra a mão de Dimitri, mas ele decidiu
trocar a mão dele por sua ereção, mas, quando ele tirou a mão, Kyle
bufou.
— Continue. Pressione seu corpo no meu, — ele disse.
Kyle se sentiu um pouco tímida, mas continuou. Ela percebeu que
gostava assim porque podia controlar a pressão sobre seu clitóris.
Dimitri soltou um gemido quando ela começou a acelerar, e ele queria
que ela alcançasse seu orgasmo. Ele queria vê-la perder o controle. Sua
respiração estava ficando rápida e superficial, e ele sabia que ela estava
perto.
Para ajudá-la, ele a segurou quieta e começou a pressionar sua ereção
pelo tecido em seu núcleo.
— Essa. Sensação. É. Incrível, — ela engasgou entre as estocadas. —
Dimitri!, — Kyle gritou quando atingiu o clímax.
Dimitri deu mais algumas estocadas antes de ele mesmo gozar.
Ele colocou o rosto na curva de seu pescoço para recuperar o fôlego.
— Você me fez agir como um garoto do ensino médio, — Dimitri disse
com uma risada.
— Isso foi melhor do que a noite passada, — ela disse a ele.
— Não deixe Max saber disso. Ele vai tentar fazer melhor, — Dimitri
disse, divertido.
Kyle olhou para Dimitri, sorrindo. Ela se sentiu feliz pela primeira vez
em dois dias.
Dimitri adorava ver o sorriso de Kyle. Ele esperava poder continuar a
fazê-la sorrir.
Capítulo 7
Max estava com raiva por não poder passar o dia com Dimitri e Kyle
na praia. Ele sabia que Dimitri teria o que queria com Kyle e gostaria de
estar ali para se juntar a eles, mas estava preso cuidando dos negócios.
— Agora, me diga para quem você trabalha, — ele exigiu do homem
que estava amarrado à cadeira.
'Foda-se, — respondeu o homem.
Max acenou com a cabeça para Anatoli, e Anatoli caminhou até o
homem desconhecido e enfiou uma faca em sua perna. O homem gritou
de dor. — Você vai ter que me matar porque eu não vou contar.
Max deu dois socos no rosto do homem. — Você terá que fazer
melhor do que isso, — disse ele a Max.
Max estava ficando nervoso. Ele queria saber quem estava por trás
daquele golpe em sua vida. Ele sabia que havia uma nova organização se
instalando na área, mas não sabia quem estava no comando ou o que eles
queriam com seu território.
— Vamos fazer o seguinte, se você me contar para quem você
trabalha, não vou te matar. Vou deixá-lo preso até matar seu chefe, e
então vou libertá-lo.
O homem olhou Max nos olhos.
— Você pode me matar porque não vou te dizer, e eu protegeria
aquela linda morena se eu fosse você. Ela é uma gracinha, e seria terrível
se alguém fizesse algo com ela.
Max não hesitou e apontou a arma para a cabeça do homem. Ele
disparou, matando-o instantaneamente.
Ele deu instruções a Anatoli para limpar a bagunça antes de ir para
casa.
Como diabos eles sabiam sobre Kyle? Ela está conosco há apenas dois dias,
Max pensou consigo mesmo. Ele ficou intrigado com a informação que o
homem tinha.
Talvez eles tenham câmeras ou escutas em casa, pensou consigo mesmo.
Max não era de esquentar a cabeça, mas ter um espião ou agente
infiltrado na organização o preocupava. Ele precisava descobrir como
aquele homem sabia de algo tão recente.
Quando Max voltou para casa, Dimitri já havia estado lá depois de
passar o dia com Kyle.
— Onde está minha abelhinha?, — ele perguntou a Dimitri.
— Ela está no meu quarto, tirando uma soneca. Eu a cansei muito.
— Bem, espero que você tenha se divertido com ela, — disse Max com
um sorriso.
— Como foi tudo hoje?, — Dimitri perguntou.
— Antes de falarmos sobre qualquer coisa a fundo, precisamos fazer
uma varredura na casa. Acho que estamos sendo grampeados ou
filmados. Ele sabia que Kyle estava aqui, — Max disse.
— Como?, — Dimitri ficou surpreso e zangado porque sabia que isso
significava que alguém os traiu.
— Acho que você sabe como posso saber pela sua cara.
Max se sentou ao lado de Dimitri. — Então, me conte como foi hoje.
— Dimitri sorriu para ele.
— Você não estava errado quando me disse que vê-la gozar foi a coisa
mais sexy que você já viu.
Max estava ficando duro só de pensar em Kyle nua em sua cama,
repetindo a noite anterior.
— Ela foi muito mais ousada hoje, então acho que você quebrou o
gelo, — Dimitri disse a ele. — Ela me pediu para fazê-la ter um orgasmo
em público.
— Mentira, e eu perdi isso? Vou ter que me divertir um pouco com ela
mais tarde para compensar. Foi só isso?
— Trocamos informações. Descobri o nome completo de Kyle, —
Dimitri se gabou. — E Kylah Anastasia.
Max se recostou no assento com as mãos atrás da cabeça.
— Agradável. Nome russo. Eu me pergunto se ela sabe disso, e me
pergunto se ela tem algo russo nela. Tem certeza que ela está dormindo?,
— ele perguntou.
— Sim, deixe-a em paz. De qualquer forma, o que vamos fazer com o
traidor?
— Acho que teremos que atraí-lo.
— Precisamos ficar atentos a qualquer movimento suspeito e até
descobrirmos quem é, Kyle não tem permissão para sair de casa sozinha,
nem mesmo ficar do lado de fora da propriedade, — Max disse ao irmão.
Eles ficaram lá sentados, pensando em um plano para seguir em
frente, sabendo que informações vazariam.
Ambos concordaram que precisavam descobrir quem era o líder da
nova organização antes que eles colocassem as mãos em Kyle ou em
qualquer outra coisa relacionada ao grupo deles.
*
Max não aguentava mais esperar para ver Kyle. Ele a deixou dormir
por duas horas, e achou que já era o suficiente. Ele não queria que ela
dormisse durante o jantar — essa foi sua desculpa para acordá-la.
Max foi até o quarto de Dimitri e lentamente entrou. Ele parou para
encará-la. Ela estava deitada de bruços com os braços cruzados sob o
travesseiro.
Para Max, ela era uma das mulheres mais bonitas que ele já tinha visto
e que, dormindo, ela parecia mais inocente do que realmente era.
Max foi até ela e puxou as cobertas. Kyle não estava usando calça. Ela
estava vestindo uma camisa e uma calcinha. Max puxou a camisa um
pouco para cima e acariciou sua bunda.
— Acorda, abelhinha, — disse ele, dando tapinhas nela.
Kyle soltou um gemido e rolou com um suspiro.
— É hora de levantar e se juntar a nós lá embaixo. Tenho certeza que
este quarto ficou chato.
— Esta cama é tão confortável, — ela murmurou.
— Bem, podemos voltar aqui mais tarde, e se você for boazinha, será
com nós dois, — Max disse a ela. Kyle não sabia o que pensar. Ela nunca
pensou que iria querer dois homens ao mesmo tempo, mas, agora, o
pensamento era atraente para ela.
— Posso te fazer uma pergunta?, — ela perguntou a Max enquanto se
sentava.
— Você sempre pode perguntar, mas isso não significa que sempre
responderei, — Max respondeu.
— Justo. Você não acha estranho compartilhar mulheres com seu
irmão?
Max não esperava que ela fosse tão precipitada em tentar entender
tudo isso.
— Não é estranho para ele e nem para mim. Estamos acostumados a
compartilhar mulheres. Fazemos isso frequentemente. As mulheres
tendem a não se apegar a nós se compartilharmos.
— Mas você, abelhinha, é aquela a quem estamos nos apegando. Você
atende às nossas necessidades muito bem individualmente, e aposto que
vai atendê-las bem juntos.
Max se abaixou e a beijou nos lábios. — Agora vá se vestir e desça. Eu
não quero que outros caras vejam você assim até que eu queira que eles
vejam.
Capítulo 8
Kyle fez o que Max disse, e os encontrou no andar de baixo, então se
sentou entre eles no sofá. Outras pessoas se juntaram a eles.
Dimitri puxou o rosto dela em direção a ele e deu-lhe um beijo na
frente de todos, fazendo o rosto dela ficar vermelho. Ela se sentia tímida
em demonstrar afeto a eles na frente das pessoas. Ela tinha medo de que
as pessoas a julgassem.
— Queríamos apresentá-la a algumas pessoas hoje, myshka, — Dimitri
disse.
Kyle olhou para todos, como se todos estivessem olhando de volta
para ela.
— Vamos começar com Mike, — disse Max. — Mike é um de nossos
executores; ele vive para espancar geral, e a senhorita sentada nele é
Sarah.
— O cara à direita de Mike é Jason, e ele é outro executor. Ele é o
policial bom para o policial mau de Mike.
Max levou um momento para deixar Kyle absorver a informação.
— Este é Andrei e sua futura esposa, Jessie. Então temos Anatoli bem
ali, e Gemma ao lado dele.
— E um prazer conhecer vocês, — Kyle respondeu.
Todos eles acenaram para ela e cumprimentaram-na respeitosamente.
— Eu queria que você os conhecesse porque Anatoli e as meninas irão
levá-la às compras. — Max a agarrou pelo queixo e a fez olhar para ele.
— Você deve se comportar da melhor maneira possível. Você deve
comprar roupas com as meninas e voltar. Anatoli irá me atualizar e,
dependendo de como você se comportar, será recompensada ou punida.
Você entendeu?
— E-entendi, — ela disse.
— Muito bom. — Max a beijou como recompensa por responder a ele.
— Agora, vá colocar seus sapatos e se preparar para sair.
Kyle passou a maior parte do trajeto observando Jessie, Sarah e
Gemma. Ela percebeu que elas eram próximas e se sentia deslocada. Ela
não achou que se daria bem com elas.
— Por que você está tão quieta?, — Gemma perguntou a ela.
Kyle não soube o que responder. Ela sempre foi quieta.
— Eu não sei. Sempre fui assim, — disse.
— Bom, garota, vamos consertar isso. Você está com Dimitri e Max e,
embora eles gostem de garotas submissas, também gostam de conversar,
— acrescentou Jessie.
Quando chegaram à primeira loja, Gemma puxou Kyle direto para a
seção de lingerie.
— Eu não preciso de nada disso, — Kyle protestou.
— Não fale besteira. Você está com dois dos caras mais gostosos do
pedaço — você precisa de algo para deixá-los loucos.
— Que tal esse?
Sarah ergueu um conjunto de uma peça.
Era de renda branca e transparente. O top imitava a parte de cima de
um biquíni, mas tinha um cordão descendo de cada lado e conectando-se
à calcinha, que cobria apenas a frente, também transparente.
— Não tem nada aí, — disse Kyle, enquanto o rosto dela ficava rosa.
— Exatamente. Toma, vai lá experimentar, — disse Gemma,
entregando o conjunto a Kyle.
Kyle apenas ficou lá até que Sarah a forçou a entrar na cabine com ela.
— O que você está fazendo?, — Kyle gritou.
— Relaxe, estou apenas ajudando você a experimentar, — Sarah disse
calmamente.
— Qual é o problema de vocês que eu tenho que tirar a roupa na
frente de todo mundo?
Sarah deu uma risadinha com o que Kyle disse. — É assim que as
coisas são por aqui. Agora, experimente a maldita coisa, — Sarah
comandou.
Kyle experimentou a peça e teve que admitir que era confortável, além
do mais, ela se sentia sexy.
— Seus seios ficaram um tesão nesse negócio. Os caras vão
enlouquecer, — disse Sarah.
Kyle corou com as palavras dela.
— Posso me trocar de volta? — Kyle perguntou.
— Espere um segundo..., — Sarah disse a ela. — Anatoli, o que você
acha?
Kyle estava mortificada. — Eu acho que se ela tivesse usado isso antes,
eles estariam fodendo-a até agora.
Kyle estava furiosa. — Deem o fora, vocês dois.
— Tenha cuidado com o seu tom, menina. Não nos desrespeite, —
Anatoli a advertiu.
— Eu não estou nem aí; vocês dois passaram do limite, — Kyle disse,
empurrando-os para fora.
Kyle não conseguiu se acalmar depois disso. A única pessoa que não a
estava irritando era Jessie, então Kyle passou a dar atenção somente a ela.
*
Quando Kyle chegou em casa, nem Max, nem Dimitri estavam na
parte principal da casa. Ela imaginou que eles estivessem no escritório ou
no quarto, então subiu as escadas.
Já que Dimitri disse que ela dormiria na cama dele esta noite, ela foi
para o quarto dele.
Kyle estava exausta, então foi até o armário de Dimitri, encontrou
uma camiseta dele e deitou na cama.
Kyle estava quase dormindo quando a porta se abriu.
— Por que você não veio até nós quando chegou em casa?, — Dimitri
perguntou.
— Eu não sabia onde você estava e você não me disse se eu tinha
permissão para incomodá-lo ou não, então vim para cá.
— Certo, faz sentido, — Dimitri disse, acenando com a cabeça.
— Algo aconteceu enquanto estávamos fora, — Kyle respirou
baixinho. A declaração chamou a atenção de Dimitri, e Kyle percebeu que
ele estava ficando nervoso.
— Eu fiquei brava e fui rude com Sarah e Anatoli. — Kyle observou
Dimitri em busca de uma reação, mas sua expressão facial não mudou.
— O que aconteceu? Quero que você me conte tudo.
Kyle passou um tempo explicando a Dimitri sobre a história da
lingerie e, quando ela terminou, Dimitri estava visivelmente zangado.
Ela não sabia se ele estava bravo com ela ou com Sarah e Anatoli; ela
só sabia que não queria estar perto dele assim.
Dimitri foi até Kyle e a puxou para fora da cama. Kyle estava
apavorada. Ela não sabia o que fazer. Ela ficou quieta, esperando não
irritá-lo mais.
Ele a arrastou para fora da sala e pelo corredor até um lugar onde Max
e Anatoli estavam.
— O que ela fez?, — Max perguntou, pulando de sua cadeira.
— Não foi ela, — Dimitri ferveu. — Foi ele. — Ele apontou para
Anatoli.
— Ele a viu praticamente nua porque Sarah a forçou a mostrar o que
ela estava experimentando. — Dimitri explicou a Max o que Kyle havia
lhe contado.
Max teve a mesma reação e quis socar Anatoli.
— Parem!, — Kyle gritou. — Só contei o que aconteceu para que vocês
não pensassem que me comportei mal. Eu não queria que ninguém se
metesse em problemas. Ele só entrou no trocador por causa de Sarah.
Max recuou e segurou o rosto de Kyle. — Ele fez você se sentir
desconfortável? — Ele perguntou a ela.
— Sim, mas você também, e Dimitri também. Todo mundo aqui faz.
Vocês são totalmente abertos sobre sexo e sobre seus corpos, mas eu não
sou. Então, todo mundo me deixa desconfortável.
— Como eu disse, não queria ter problemas por ter sido rude.
Max não disse nada, apenas a beijou. Ele estava feliz por Kyle estar
falando mais do que algumas palavras. Isso foi o máximo que ela falou
com eles desde que chegou aqui, e ele não queria estragar isso.
Ele queria que ela ficasse, e ele sabia que, para fazê-la ficar, ele tinha
que deixá-la mais confortável.
Capítulo 9
Após a pequena explosão de Max e Dimitri, Kyle se viu de volta ao
quarto de Dimitri com os dois homens.
— Estou encrencada?, — ela perguntou a eles.
— Não, myshka, — Dimitri disse enquanto beijava a testa dela.
— Lamento ter causado um problema.
— Não fala besteira. De qualquer forma, você nos mostrou que temos
um problema, — disse Max.
'Não entendi, — ela disse, nervosa.
— Nós gostamos de você e estamos acostumados a conseguir o que
queremos quando queremos, mas você... você não.
— Você é inocente e é obrigada a estar aqui, por isso precisamos
diminuir o ritmo e fazer você se sentir mais como uma hóspede do que
como uma prisioneira, — explicou Max.
— Mas não é isso que eu sou?
— Longe disso, abelhinha. Você gosta de nós e responde a nós. Você é
teimosa. — Max sorriu para ela. — Posso provar agora que você não só
gosta de nós, mas também quer estar conosco.
Max e Dimitri gostavam de ver Kyle envergonhada.
Ela não sabia lidar quando o assunto era sexo.
Ela sabia o básico, mas seu irmão nunca teve uma conversa aberta
com ela sobre sexo, então ela não sabia como lidar com Max e Dimitri.
*
Max e Dimitri deixaram Kyle em casa enquanto cuidavam de algumas
coisas. Eles deram ordens estritas a Anatoli para que Kyle não saísse de
casa.
— Quando eles devem ser enviados?, — Max perguntou a um dos
homens que guardavam o carregamento.
— As 3 da manhã, — ele respondeu.
Dimitri olhou para o relógio. — Em duas horas?
— Sim...
— Tudo vai estar pronto em duas horas?, — Max interrompeu.
— Deveria estar, — respondeu o homem.
— Ótimo. Se alguma coisa acontecer com esta remessa, como
aconteceu com a última, sua vida está em jogo, — Max ameaçou.
A remessa deveria ser enviada para a Rússia. Continha de tudo, desde
armas a drogas, e era uma fonte significativa de renda para a organização.
Max tinha a sensação de que a pessoa que queria acabar com ele tinha
laços com a Rússia, já que parecia haver um duas caras dentro da
organização.
— Vamos deixá-los em paz e voltar para casa, — Dimitri afirmou.
— Se alguma coisa acontecer, nos avise, — disse Max, saindo com seu
irmão.
Enquanto eles se aproximavam do carro, Max percebeu um SUV preto
dirigindo em direção a eles e tentou gritar para avisar Dimitri e os
guarda-costas, mas o SUV começou a atirar neles.
Max e Dimitri sacaram suas armas, atirando de volta. Os guarda-
costas estavam caídos e os dois tentavam chegar ao carro para se
proteger.
Assim que eles se aproximaram do veículo, uma bala atingiu Dimitri.
— Dimitri!, — Max gritou. Max correu até Dimitri para ajudá-lo a se
levantar. Quando eles chegaram ao carro, Max empurrou Dimitri na
parte de trás e sentou no banco do motorista.
— Você está bem?, — Max perguntou freneticamente a Dimitri.
— Da. Apenas chame o médico. — A bala atingiu seu ombro, e ele
estava sangrando muito, encharcando tudo o que Max tentava colocar
para estancar.
Max correu de volta para casa e ligou para Anatoli, exigindo que o
médico estivesse lá esperando sua chegada.
Como pudemos ser tão estúpidos?, Max perguntou a si mesmo. Ele
sabia que deveria ter levado mais gente, e agora seu irmão iria pagar pelo
erro.
Eles chegaram à casa e Anatoli correu para ajudar Max a trazer
Dimitri para dentro.
— O médico preparou a cozinha para ele. Ponha-o na mesa, — gritou
Anatoli.
Dimitri gemeu de dor quando o deitaram.
Kyle desceu correndo as escadas depois de ser acordada com o
barulho.
— O que aconteceu?, — Kyle perguntou e não recebeu resposta. Eles
estavam todos focados em Dimitri.
Kyle foi até Dimitri e olhou para ele. Ela ficou horrorizada. Ele estava
pálido e coberto de sangue. Ela agarrou a mão de Dimitri e a segurou
com força.
Dimitri olhou para ela, e ela podia ver o medo em seus olhos. — Vai
ficar tudo bem — eles estão cuidando de você, — ela tentou tranquilizá-
lo antes que ele desmaiasse.
— O que há de errado com ele?, — Max perguntou. — Ele perdeu
muito sangue; precisa de mais. Vocês têm o mesmo tipo sanguíneo?, — o
médico perguntou a Max.
— Não. Pais diferentes, — ele disse ao médico.
— Merda. Não temos tempo para fazer o teste, — afirmou o médico.
— Posso doar o sangue, — Kyle falou.
— Não, você não pode, — disse Max, interrompendo-a.
— Eu sou O Negativo — doador universal, certo?, — ela perguntou,
olhando para o médico.
— Correto, — confirmou o médico.
— Então estou de acordo com a transfusão. Apenas certifique-se de
que ele está bem.
Capítulo 10
Kyle estava esperando Dimitri acordar. Ela queria ter certeza de que
ele estava bem.
— Quando você acha que ele vai acordar?, — ela perguntou ao médico
novamente.
— Ele perdeu muito sangue, mas deve acordar em algumas horas.
Kyle acenou com a cabeça e continuou sentada ao lado dele. Eles
estavam no quarto de Dimitri; eles queriam que ele ficasse confortável e
sua cama era o melhor lugar, e Kyle não queria deixá-lo.
— Você não precisa ficar aqui.
Kyle ficou surpresa. Ela não percebeu que Max estava lá.
— Não. Gostaria de estar aqui quando ele acordar, — respondeu ela.
Max olhou para ela e deu um sorriso genuíno. — Ele vai gostar disso.
Se você precisar de alguma coisa, me avise.
Max saiu do quarto e fechou a porta atrás de si. Ela sabia que Max se
culpava, mas não era culpa dele. Com base no que ela ouviu, eles foram
emboscados e não tiveram tempo de escapar.
Kyle não queria sair do quarto para dormir, então ela tirou a camisa e
a calcinha e subiu para se aninhar do lado direito de Dimitri.
Ela se sentia confortável ao lado dele; sentia como se os irmãos fossem
dela o tempo todo. Ela não sabia por que não tinha medo deles e apenas
medo do que estava disposta a fazer perto deles.
Tudo era novo para ela.
Dimitri acordou com dor, mas ele ignorou a dor quando percebeu que
Kyle estava aninhado ao seu lado.
Ficava feliz por ela ter decidido ficar ao lado dele sem ele ter que pedir
ou dizer onde ela deveria dormir.
Ele ainda podia mover a parte inferior do braço onde ela estava
deitada, então ele tirou o cabelo de seu rosto e a olhou fixamente. Ele
pensou em como ela era bonita e o quanto ele queria estar com ela.
Ele brincou com o cabelo dela enquanto eles estavam lá.
— Ei, — Kyle disse sonolenta.
— Oi, myshka, — ele respondeu com um sorriso.
— Como você está se sentindo?, — ela perguntou, franzindo a
sobrancelha.
— Como se eu tivesse levado um tiro, mas estou me sentindo melhor
com você aqui, — ele disse a ela.
Kyle olhou para o rosto dele, e fez algo que nunca tinha feito antes:
deu o primeiro passo. Ela se inclinou e o beijou.
Foi um beijo curto e leve, mas o deixou saber que ela estava grata por
ele estar bem.
— Onde está Max?, — Dimitri perguntou quando ela se acomodou ao
lado dele.
— Não sei. Ele não veio aqui desde a noite passada, antes de eu
dormir.
Dimitri suspirou. — Vá procurá-lo. Convença-o de que não é culpa
dele.
Ela quis discutir e ficar com ele, mas sabia que seria melhor para ele se
ela simplesmente fosse. Ela deu-lhe um beijo nos lábios antes de sair da
cama para encontrar Max.
Kyle não achou Max em seu quarto; ela o encontrou sentado em seu
escritório, ainda bêbado da noite anterior. Ela entrou, fechou a porta e
foi até Max.
— Dimitri está acordado, — ela disse.
— Que bom. Você deveria estar com ele, — Max disse, ácido.
— Ele queria que eu tivesse certeza de que você estava bem. Ele disse
que não foi sua culpa.
Max zombou de suas palavras. — Você acredita nisso?, — ele
perguntou.
— Sim, acredito. — Ela estava ficando com raiva; ele estava
descontando tudo nela.
Ela tentou tirar a vodca da mão dele, mas ele agarrou seu pulso com
força. Ela sabia que iria formar um hematoma e, se ele não a soltasse, iria
machucá-la de verdade.
— Me larga — você está me machucando, — gritou ela. — O que há de
errado com você?
— Você é o que há de errado comigo! Isso é tudo culpa sua, — ele
gritou para ela.
— Minha culpa? Você me forçou, porra, — ela gritou de volta.
— Aí está — minha abelhinha com seu ferrãozinho, — Max riu. — Eu
sei que você não quer estar aqui, e eu sei que você prefere Dimitri, então
você devia ir lá com ele.
Um pensamento veio à mente de Kyle. Ela pensou que Max estava
chateado porque Dimitri levou um tiro, e porque ela ficou, mas ele achou
que ela o preferia.
Com um grande suspiro, ela deixou escapar: — Eu prefiro vocês dois.
Max não valorizou o que ela disse, e isso a deixou com raiva. Ela
precisava provar para ele, então ela começou a se despir.
Max olhou para ela, tentando descobrir qual era a dela.
— Venha. Tire minha virgindade; eu quero, estou te oferecendo.
Quando ele não respondeu, ela se aproximou dele. — Quero. Você.
Max. — E ela o beijou. O beijo foi a única confirmação de que ele
precisava de que ela não estava brincando.
Max beijou Kyle de volta cada vez com mais força. Ela sentiu que seus
lábios iam ficar machucados no momento em que Max acabasse com ela.
Ele a pegou e colocou em sua mesa.
— Eu não vou tirar sua virgindade aqui. Você não merece perdê-la
assim, em cima de uma mesa, — ele disse a ela enquanto segurava seu
rosto. — A oferta foi o suficiente para mim agora.
Kyle estava confusa com sua declaração.
Ela estava sentada em sua mesa nua, e ele simplesmente se recusou a
fazer sexo com ela.
— Você não me quer?, — Kyle perguntou com vergonha.
— Quero você. Tanto que é quase impossível resistir a você, mas
quero ser justo com você. — Ele se inclinou e a beijou. — Então se vista.
Max se recostou na cadeira, mas Kyle não gostou da resposta. Ela
pulou da mesa e se ajoelhou entre as pernas dele.
Ela agarrou a fivela da calça dele e começou a desfazê-la. Quando Max
não a parou, ela continuou até que agarrou seu membro rígido em sua
mão.
Ela se lembrou de tudo o que ele tinha dito na primeira vez em que ela
fez isso. Ela o acariciou com a mão antes de levá-lo à boca.
Desta vez, ela estava no controle e queria mostrar a ele o quanto ela
podia ser boa.
Ela inseriu lentamente o membro dele em sua boca enquanto
circulava sua língua ao redor dele, e quando o ouviu ofegar, ela
cantarolou, causando uma vibração que rapidamente enviou Max ao
limite.
— Você é quase boa demais, abelhinha. Você tem praticado?, — Max
perguntou a ela.
Ela o tirou da boca para poder responder. — Não, apenas aprendi com
minha última experiência, — ela disse com um sorriso.
Ela rapidamente se abaixou, dando a ele a atenção que ela queria que
ele tivesse.
Quando ela imitou o que fez da primeira vez, Max envolveu seu
cabelo em seu punho e guiou sua cabeça para baixo, fazendo-a engasgar.
Ele guiou a cabeça dela para que ela pudesse respirar.
— Relaxe a mandíbula e a garganta; você vai se sair bem, — Max disse
antes de se inclinar e beijá-la.
Ele a guiou de volta para baixo em seu membro, e ela
conscientemente tentou relaxar tudo. Quando ela não engasgou, ela
sorriu em tomo de seu membro.
— Excelente, abelhinha. Agora vem a parte difícil. Vou foder sua boca
como fiz no outro dia.
Mantenha tudo relaxado para eu poder bombar profundamente
dentro de sua boca.
Max se levantou e baixou as calças enquanto Kyle ficava de joelhos.
Ele agarrou o cabelo dela e a segurou no lugar enquanto enfiava seu
membro de volta em sua boca.
Max estava bombando com força, mas Kyle gostava.
Kyle gostava da aspereza de Max e estava se sentindo molhada,
querendo também ser liberada.
Ela nunca se tocou, mas se lembrou do que Max era capaz de fazer
com os dedos, então decidiu tentar imitá-lo.
Ela moveu as mãos entre as coxas e sobre suas dobras lisas. Ela estava
encharcada, o que tomava mais fácil deslizar os dedos por entre as
dobras, fazendo-a gemer.
Max estava ficando mais excitado enquanto observava como ela se
dedicava.
— Faça você mesma gozar enquanto eu fodo essa sua boca bonita. —
Ele apertou a cabeça dela, fazendo-a gemer de dor e tomando-a mais
necessitada.
Ela aplicou mais pressão e concentrou seus movimentos em seu
clitóris. Não demorou muito para ela gozar, gemendo em tomo do seu
membro. — Caralho, — Max grunhiu quando gozou em sua boca. Assim
como da primeira vez, ela engoliu até a última gota de seu sêmen.
Max a pegou e a colocou em seu colo. — Eu gosto deste lado seu. Eu
me pergunto o que mais posso fazer com você, — ele disse antes de dar-
lhe um beijo longo e profundo.
Assim que Kyle se vestiu, ela voltou para perto de Dimitri. Ela estava
feliz e satisfeita e só queria aninhar-se ao lado dele.
Dimitri estava acordado quando ela entrou. — Demorou um pouco,
— ele disse com um sorriso.
Kyle apenas sorriu e se deitou ao lado dele.
— Você cheira a sexo, myshka. Presumo que você tenha ajudado Max a
limpar a mente.
Kyle não respondeu, mas seu rosto vermelho disse o suficiente por ela.
— Em breve, você terá que me mostrar do que se trata toda essa
empolgação, — brincou ele.
— O médico me disse que você salvou minha vida, — disse ele,
olhando para ela emocionado, Kyle sabia que ele estava grato.
— Eu só te dei sangue, — ela respondeu.
— Sangue que eu precisava para viver. — Dimitri a beijou na cabeça e
se acomodou na cama ao lado dela.
— Você me deixa louco, Kylah, — foi tudo o que Dimitri disse a ela
antes de se sentir confortável e adormecer.
Capítulo 11
Quando ela acordou na manhã seguinte, estava sozinha. Ela ficou um
pouco desapontada por Dimitri ter a deixado sem acordá-la.
Ela se levantou e foi para o quarto de Max, onde todas as suas coisas
estavam.
Ela pensou em pedir seu próprio quarto para ter seu próprio armário e
lugar para se arrumar, mas ela não sabia se os meninos gostariam disso.
Depois de tomar banho e se vestir, ela desceu as escadas e encontrou a
casa cheia de gente. Ela não podia acreditar que dormia com todas
aquelas pessoas entrando e saindo.
Em vez de buscar algo para comer, decidiu procurar Max e Dimitri.
Quando ela não os viu lá embaixo, foi para o escritório deles.
Quando ela chegou ao escritório, a porta estava fechada. Ela pensou
em esperar que eles saíssem, mas decidiu bater.
— Zahedi, — ela ouviu Max dizer. Significava — Entre. — Ela não
sabia disso, mas abriu a porta lentamente.
— Você finalmente acordou, — Dimitri disse, caminhando até ela e
beijando sua cabeça.
— Como você está se sentindo?, — ela perguntou.
— Muito melhor, myshka. Quase como novo, — Dimitri disse,
tentando fazê-la se sentir melhor sobre seu ferimento.
— O que está acontecendo lá embaixo?, — Kyle perguntou, olhando
para frente e para trás entre os irmãos.
— Estamos cuidando de um problema. — Max tentou ser vago sobre o
que estava acontecendo.
— Não é minha intenção ultrapassar os limites, mas se vou ficar aqui,
preciso saber o que está acontecendo. — Ela olhou para Dimitri,
esperando que ele cedesse primeiro, e ela estava certa.
— Meu dolzhny skazat 'yey, — Dimitri disse para Max. — Devíamos
contar a ela.) — Sente-se, abelhinha. — Max apontou para o sofá perto de
Dimitri.
Assim que Kyle se sentou, Max começou a explicar a ela o que eles
estavam fazendo.
— No momento, as pessoas lá embaixo estão vasculhando a casa
inteira. Achamos que alguém plantou algumas escutas e talvez uma
câmera.
— Não entendo. Por que alguém faria isso?, — Kyle perguntou.
— Você sabe o que fazemos?, — Dimitri perguntou a ela.
— Não, mas vocês são algum tipo de agiota, certo? Meu irmão devia
dinheiro a vocês.
— Isso faz parte, — Max começou a explicar. — Nós emprestamos
dinheiro, mas oferecemos proteção. Também vendemos coisas que não
deveríamos. — Max tentou ser vago sobre tudo.
— Então, vocês são tipo uma gangue ou máfia? — Dimitri riu da frase
dela. — Você poderia nos chamar assim, — disse Max com um sorriso. —
E há uma nova organização que quer algo que temos; é por isso que
fomos atacados e Dimitri foi baleado.
— Esta nova organização tem informações privilegiadas sobre você.
— Por que eles se importariam comigo?, — Kyle realmente não
entendia. Ela não estava lá há muito tempo e não tinha informações
sobre as pessoas de lá.
— Achamos que eles veem isso como uma forma de nos atingir, —
afirmou Max.
— Há algo que eu possa fazer?, — ela perguntou aos irmãos.
— Não, abelhinha, não há nada que você possa fazer. Dimitri e eu só
precisamos mantê-la segura.
Era muito para absorver. Ela deixou de ser uma prisioneira, para
querer ficar aqui, para virar uma responsabilidade para eles.
— Não quero lhes causar mais problemas, — disse ela.
Dimitri pegou a mão dela. — Você não vai nos causar mais problemas.
Cuidaremos disso, — ele tentou tranquilizá-la, mas Kyle sabia que ele
estava preocupado e apenas tentando fazê-la se sentir melhor.
Ela acenou com a cabeça para eles e sabia que precisava encontrar
uma maneira de ajudá-los. Ela não queria ser essa garotinha tímida que
eles tinham que proteger.
Capítulo 12
— Quero aprender a me defender, — ela deixou escapar para os
irmãos antes que perdesse a coragem.
— Absolutamente não, — disse Max.
— Ela tem razão, Max, — Dimitri disse, defendendo-a.
— Não quero ficar completamente indefesa, — ela disse.
Max soltou um suspiro. — Está bem. Mike vai te ensinar a lutar, e
Anatoli vai te mostrar como atirar. — 'Mesmo?, — Kyle perguntou.
— Você está certo — se não estivermos por perto, quero que você seja
capaz de pelo menos lutar se algo acontecer.
Kyle ficou animada. Ela estava feliz por Max e Dimitri confiarem nela.
— Vou avisar Mike e Anatoli, você começa amanhã, — disse Dimitri.
— Há uma outra coisa que eu quero pedir, — Kyle disse
nervosamente.
— Quero meu próprio quarto. Ainda vou alternar entre os quartos de
vocês, mas quero um lugar para chamar de meu, onde possa colocar
minhas coisas ou até mesmo dormir quando vocês estiverem fora.
Kyle esperou enquanto eles pensavam nisso. Ela viu Dimitri acenar
para Max.
— Muito bem, você pode ter o seu quarto também, — disse Max.
— Obrigada, — ela disse enquanto beijava Dimitri e então se levantou
para beijar Max.
*
Kyle acordou cedo na manhã seguinte para treinar com Mike. Ela não
tinha nenhuma roupa de treino, então colocou uma calça de ioga e uma
regata por cima do top.
— Você sabe como dar um soco?, — Mike perguntou.
— Hummm... sim, — ela respondeu.
— Ok, deixe-me ver. Dê um soco em mim.
Kyle não achava que ela realmente bateria em alguém um dia. — Tem
certeza?, — ela perguntou.
— Sim, prometo que você não fará nenhum dano, — disse ele com
uma risada.
Kyle deu um soco em seu rosto, mas ele o bloqueou.
— Em primeiro lugar, seu polegar deve estar do lado de fora, assim...
— Ele a ajudou a cerrar os punhos. — Em segundo lugar, se você tiver
que se lançar para dar um soco em alguém, você está muito distante e
deve dar o primeiro soco. Agora tente novamente.
Kyle passou a próxima hora aprendendo a socar e bloquear e, quando
terminou, estava suada e cansada.
— Faça uma pausa e encontre Anatoli para sua aula de tiro, — disse
Mike enquanto lhe entregava uma toalha e água.
Após a aula de tiro, Kyle voltou para o quarto dela para tomar um
banho. Ela estava pegajosa de suor e precisava da água morna para
relaxar a tensão no pescoço.
O quarto que eles deram a ela ficava entre os de Max e Dimitri, e eles
tinham planos de colocar portas de comunicação de cada lado.
O quarto era enorme e bonito. Eles mandaram deixá-lo mais feminino
para ela, e ela adorou.
Ela estava enxaguando o cabelo quando alguém colocou o braço em
volta dela. Ela sabia que era Dimitri pela maneira como ele a tocou. Ele
sempre era suave com seus toques.
— Como foi o treinamento, myshka?, — Dimitri perguntou.
Ela se virou para encará-lo. Foi a primeira vez que ela o viu nu, e ela
absorveu tudo. Ela olhou para seu peito nu e continuou a olhar para seu
membro rígido.
Dimitri ergueu o queixo dela para olhar para ele. — Você pode olhar
melhor mais tarde, — ele disse com um sorriso. — Como foi o
treinamento?, — perguntou novamente.
— Foi ótimo. Foi bom fazer algo. Você pode se molhar assim?, — Kyle
perguntou, apontando para seus pontos.
— Vou ficar bem, — disse ele antes de se inclinar para beijá-la.
Dimitri interrompeu o beijo, pegou o sabonete e ensaboou Kyle. Ela
adorou aquilo; era algo que ela nem sabia que precisava.
Quando ele terminou de lavá-la, ele fechou a torneira e a ajudou a
sair. Ele se enxugou, depois a enxugou e a conduziu para o quarto.
Dimitri a levou para a cama e a deitou enquanto a beijava.
Ele colocou a maior parte de seu peso em seu braço direito enquanto
se acomodava em cima de Kyle e continuava a beijá-la. Ele beijou sua
mandíbula, pescoço e ombro, e voltou aos seus lábios.
Kyle estava gostando do que Dimitri estava fazendo com ela. Ela
adorava sentir o corpo dele sobre o dela e não queria que ele parasse. Ela
soltou um pequeno gemido quando ele parou de beijá-la.
— Você quer continuar?, — Dimitri perguntou, olhando-a nos olhos.
— Sim, eu quero você, mas e o Max?, — ela perguntou.
— Não se preocupe. Ele está bem com isso, se você estiver bem com
isso. — Ele se inclinou e a beijou novamente.
Seus beijos desceram por seu corpo até os seios. Quando ele cobriu
um mamilo com a boca, ela arqueou as costas e soltou um gemido.
Ele se acomodou entre as pernas dela, e Kyle voluntariamente as
abriu. Ela podia sentir seu hálito quente pairando sobre seu núcleo,
deixando-a louca.
— O que você quer que eu faça, myshka?, — Dimitri perguntou.
Ela soltou um suspiro trêmulo. — Quero que você me prove. — Seu
rosto ficou vermelho quando ela disse isso, mas o agradou que ela fosse
tão aberta. Dimitri se abaixou e deu uma longa lambida em seu clitóris
enquanto mordiscava sua protuberância sensível. Kyle não se conteve e
soltou outro gemido.
— Eu não quero você se segurando, — disse ele enquanto chupava seu
núcleo. Seu ritmo era implacável e seu clímax estava crescendo. Dimitri
aplicou mais pressão em seu núcleo, enviando-a ao limite.
Kyle grunhiu quando a última onda de seu clímax a atingiu e estava
ofegante quando Dimitri voltou e a beijou. Ela podia sentir o gosto em
seus lábios e achou seu próprio sabor exótico.
— Você está pronta?, — ele perguntou.
— Estou, — ela respondeu.
— Você está tomando pílula?, — Dimitri precisava saber. Ele não
queria ser pai, mas não queria nenhuma barreira entre eles.
— Sim, tomo há anos para regular minha menstruação, — ela disse.
— Ótimo. — Ele se abaixou, deu-lhe outro beijo e começou a deslizar
seu membro dentro dela.
Kyle sabia que doeria, mas era uma sensação de queimação que ela
não estava pronta para experimentar. Ela pensou que seria mais como
um beliscão.
Assim que ele parou de se mover, ela soltou um suspiro. Dimitri deu a
ela um segundo antes de começar de novo. Suas estocadas foram lentas
no início, e Kyle ainda sentia dor.
— Relaxe, — Dimitri disse. Ele se abaixou e se concentrou em seu
seio.
Enquanto ele aumentava o ritmo, a combinação de seus beijos e
mordidas em seu mamilo com suas estocadas profundas começaram a
lhe trazer prazer, e ela começou a gemer.
Ela começou a sentir seu clímax crescendo novamente. — Você é tão
fantástica, myshka, tão perfeita, — ele sussurrou, enquanto batia com
mais força.
— Ah, Dimitri!, — ela gritou quando seu orgasmo veio mais rápido do
que ela esperava. Foram apenas mais algumas estocadas antes de Dimitri
liberar seu gozo dentro dela.
Ele rolou para o lado dela, ofegante, tentando recuperar o fôlego.
Dimitri olhou para ela e percebeu que ela tinha lágrimas nos olhos.
— O que foi? — Sua voz estava cheia de preocupação.
— Eu não sei. Foi tudo muito intenso, — ela disse.
Ele a puxou para perto e beijou sua cabeça. — Não se preocupe, Kylah,
nós cuidaremos de você.
Ela adorava que apenas Dimitri a chamasse por seu nome verdadeiro,
e ela estava maravilhada porque sabia que estava se apaixonando por ele,
mas não queria que ele soubesse.
Ela não sabia como lidar com o fato de estar apaixonada pelos dois
homens que a forçaram a estar aqui no início.
Capítulo 13
Quando Dimitri acordou, Kyle ainda estava dormindo, então saiu
gentilmente da cama para não acordá-la.
Ele se levantou e olhou para ela. Ela estava linda deitada ali, espalhada
em sua cama. Ele sentiu seu pau ficar duro só de pensar em possuí-la
novamente.
Ele soltou um suspiro e caminhou em direção ao banheiro, afastando
o pensamento. Precisava encontrar Max para revisar algumas coisas.
Depois de se limpar, Dimitri foi até o escritório, esperando que Max
estivesse lá. Eles tinham que organizar um plano para manter Kyle segura
e enfrentar essa nova organização que estava tentando acabar com ele.
— Ah, aí está você, — disse Max com um sorriso.
Max estava conversando com alguns dos caras. — Espero que você
tenha gostado da sua soneca. — Dimitri sorriu para Max.
— Se eu te contasse, você ficaria com ciúme, — ele respondeu para
Max.
— Bom, qual é a discussão? — Ele olhou para a sala.
— Estávamos discutindo os próximos passos, — Max o informou.
— Mike disse que Kyle se saiu bem durante sua primeira aula, e
Anatoli disse que ela tem um talento natural com armas, então vamos
deixá-la continuar seu treinamento.
— Vamos continuar tentando arrumar um encontro com alguém
dessa nova organização para podermos descobrir exatamente o que eles
querem.
Dimitri pensou no que Max disse e sentiu que um encontro poderia
dar merda rapidamente.
— Se tivermos essa reunião, precisamos estar preparados. Não
queremos ser emboscados de novo, e primeiro precisamos de um contato
da outra organização, — disse Dimitri.
— Colocamos sondagens na Rússia e em nossos contatos aqui para ver
se alguém conhece alguém com quem possamos falar, — disse Anatoli a
Dimitri.
Houve uma pausa na conversa antes de Mike falar.
— Eu quero falar sobre Sev. Agora que se recuperou, ele quer sua
posição de volta.
Max e Dimitri não sabiam o que dizer. Eles não confiavam em Sev
perto de Kyle, mas Max foi o primeiro a responder a Mike.
— Ele pode voltar, mas se fizer qualquer coisa para chatear ou
machucar Kyle, eu irei matá-lo pessoalmente. Deixe-o saber disso.
Mike concordou com a cabeça.
— Muito bom. Vocês estão dispensados. Estejam prontos para me
atualizarem amanhã, — Max disse, dispensando os caras.
Max esperou até eles saírem antes de falar com Dimitri.
— Você se divertiu?
Dimitri sorriu. — Não vou dizer nada, exceto que você a quer o tempo
todo.
Max apenas acenou com a cabeça para ele.
— Para ser honesto, Max, acho que estamos com problemas. Eu não
quero deixá-la ir. Tem algo sobre ela que não sei dizer.
Max não queria admitir, mas sentia o mesmo. Ele se pegou pensando
muito em Kyle e não suportava a ideia de que ela fosse embora.
Quando Kyle acordou, levou um minuto para perceber que já era
meio-dia, e provavelmente foi por isso que Dimitri a deixou sozinha na
cama.
Ela ainda estava nua, então foi ao banheiro para se limpar e notou,
envergonhada, que tinha sangrado um pouco. Ela esperava que ele não
tivesse percebido.
Seus quadris estavam doloridos, e ela não pôde evitar pensar no que
tinha feito com Dimitri e se perguntou se seria assim também com Max.
Depois de se vestir, ela foi em direção à cozinha. Ela esperava que
alguma refeição fosse servida em breve.
Quando chegou, a única pessoa que estava lá era a cozinheira. Ela se
sentia mal em apenas sentar e assistir.
— Posso ajudar em algo?, — ela perguntou. A cozinheira era uma
senhora idosa que se movia pela cozinha como uma profissional.
— Nyet
Kyle não entendia russo e não tinha certeza do que a mulher disse,
então apenas sentou lá e assistiu.
Ela a observou preparar e cozinhar e não percebeu que tinha uma
pessoa atrás dela.
— Ela é uma cozinheira incrível, — disse Max, assustando-a.
— Ela realmente é. Perguntei se eu poderia ajudar, e ela disse algo que
não entendi.
Max começou a falar com a senhora em russo e ela respondeu em
russo.
— Ela disse que disse não, e a razão pela qual ela disse não foi porque
cozinhar é o trabalho dela.
— Mas eu queria fazer algo, — disse Kyle a Max.
— Estou ficando entediada. Normalmente trabalho ou leio, e não
tenho nada para fazer aqui.
Max não tinha se dado conta disso e tentou pensar em algo que Kyle
pudesse fazer.
— Você gostaria de aprender russo?, — ele perguntou.
O rosto de Kyle se iluminou. — Adoraria. — Ela deu um pulo e deu
um beijo em Max.
Max gostava de vê-la feliz e sentia que precisava fazer mais por ela. Ele
decidiu mandar alguns de seus homens pegar suas coisas pessoais para
ela poder ficar com seus livros.
Capítulo 14
Max foi ao quarto de Kyle para acordá-la. Foi a primeira noite que ela
não compartilhou a cama com nenhum dos irmãos.
Eles estavam tentando fazer com que ela se sentisse com espaço e voz,
dessa forma, ela iria querer ficar com eles.
— Abelhinha, é hora de acordar, — ele sussurrou em seu ouvido e
beijou-a na bochecha.
— Preciso mesmo?, — ela perguntou enquanto rolava e se
espreguiçava, olhando para Max. Ela adorava olhar para Max. Ele tinha
esse exterior áspero e traços faciais marcantes, mas ela sabia que ele era
suave no fundo.
— Precisa. Tenho algumas coisas planejadas para nós, então se vista e
me encontre lá embaixo em dez minutos.
Kyle estava animada. Ela ainda não teve a chance de estar com Max
fora de casa, e não o conhecia bem o suficiente para imaginar o que ele
tinha planejado para ela.
*
Max a surpreendeu. Ele a levou em uma pequena livraria da cidade.
— Escolha o que quiser. Se você gostar, pegue.
— Mesmo? Quantos?, — ela perguntou.
— Não há limite, abelhinha. — Max observou os olhos dela se
iluminarem. Ele não tinha ideia de que os livros a fariam tão feliz.
— Eu amo livros, mas quase nunca tínhamos dinheiro para comprá-
los. Os livros que tenho ganhei de presente, então isso aqui é um
verdadeiro paraíso, Max. Obrigada. — Ela ficou na ponta dos pés e o
beijou.
Sem pressa, Kyle caminhou pela livraria, pegando livros e colocando-
os no chão. Ela estava gostando dessa história de escolher quantos
quisesse, mas ela não queria perder o controle.
Quando terminou, escolheu dez livros.
— Isso é tudo que você quer?, — Max perguntou a ela.
— Por enquanto.
Max a ajudou a levar os livros até o balcão, olhando os títulos que ela
havia escolhido. Tinha um pouco de tudo. Ela escolheu O Grande
Gatsby, Jane Austen, um livro de Aprenda a Falar Russo e alguns
romances.
Depois de pagarem pelos livros, eles voltaram para o carro. Kyle ficou
confusa quando Max destrancou o porta-malas, guardou os livros e o
fechou novamente, sem abrir as portas do carro.
— Não vamos embora?
— Não, uma ida à livraria não está completa sem uma ida a um café,
— ele respondeu, dando a mão a ela para que caminhassem lado a lado.
Kyle era muito menor do que Max e ele gostava disso; ele gostava da
sensação de precisar protegê-la.
Kyle estava encantada com o seu dia com Max. Ela tinha adorado a
livraria, mas almoçar com ele enquanto ele a tratava como sua namorada
a deixou em êxtase.
Max parecia tão leve e despreocupado com ela, e ela gostou de vê-lo
assim.
No carro, ao sair da cidade, Max pegou o lado oposto ao que entrou.
— Este é um caminho diferente para casa?, — Kyle perguntou.
Max sorriu por ela ter chamado a casa dele de — casa.
— Nyet
— Isso significa não? — Ela tinha quase certeza de era esse o
significado da palavra.
— Muito bom. Você vai aprender russo rapidinho. Temos mais uma
parada, — foi tudo que Max disse a ela.
Ele entrou em um estacionamento e, quando Kyle viu o nome na
fachada, ela não conseguiu conter sua empolgação.
— Eu amo animais, — ela gritou.
— Sabia que você iria gostar. Quando entrarmos lá, você pode
escolher o cachorro que quiser, — Max disse.
— Por que você está me dando todas essas coisas?, — ela perguntou.
— Eu quero que você seja uma abelhinha feliz.
Quero que você goste de estar conosco.
— Mas Max, eu já adoro estar aqui com você. Achei que fosse odiar
tudo e pensei que você e Dimitri eram pessoas horríveis, mas vocês são
incríveis. — Kyle se inclinou e beijou Max. — Mas, agora que estamos
aqui, vou escolher aquele cachorro que você acabou de dizer que eu
poderia ter.
— Justo, — disse Max, dando um beijo nela.
Kyle teve dificuldade em escolher qual cachorro adotar. Se dependesse
dela, teria levado todos eles.
Ela acabou escolhendo uma cadelinha pequena que era uma mistura
de raças. Ela estava quieta, com medo e veio até ela imediatamente.
— Tem certeza que quer este?
Ela olhou para Max. — Sim, tenho certeza. Vou chamá-la de Elliot.
Mesmo que cachorros pequenos não fizessem a cabeça de Max, ele a
deixaria ficar com uma dúzia se isso a fizesse sorrir.
— Tudo bem, abelhinha, vamos levá-la para casa então.
Capítulo 15
Depois do dia com Max, Kyle não quis dormir em sua cama. Ela
tomou banho, vestiu uma camisola e foi para o quarto dele.
A porta estava entreaberta, ela a abriu e ficou lá parada.
Max estava de costas para ela, enrolado em uma toalha. Seu cabelo
estava molhado e ele estava limpando a orelha. Kyle não pôde evitar olhá-
lo, e ela corou quando ele se virou e a flagrou.
— Posso dormir aqui esta noite?
— Sim, mas você conhece as regras. — Ele deu um sorrisinho torto.
Ela fechou a porta e tirou a calcinha e a camisa.
Ela sabia que as opções eram dormir só de camisa ou totalmente nua,
mas fez o que Max preferia.
— Você lembrou, — disse ele enquanto se aproximava dela. — Você
está saindo da concha. Gosto de ver você confiante.
Kyle gostou do elogio e se aproximou para receber seu beijo, Max não
perdeu tempo controlando a boca dela com a língua.
Quando Kyle soltou um gemido, Max a ergueu e a levou para a cama.
Ele removeu a toalha e pairou sobre ela, encarando-a antes de se inclinar
e beijá-la.
Ele a beijou profundamente, deixando-a saber que ele estava a
reivindicando.
Max se moveu para seus seios e tomou seu mamilo já duro em sua
boca. Ela arqueou as costas e soltou um suspiro quando ele o mordeu
levemente.
Ele gostava da maneira como ela reagia ao pouco de dor que ele
causava nela, e mal podia esperar para descobrir como ela lidaria com
mais. Ele desceu até seu núcleo e pairou sobre ela, respirando em seus
grandes lábios.
Ela soltou um suspiro de frustração e Max riu.
Max deu a Kyle o que ela queria e começou a lamber seu núcleo. —
Tão doce, abelhinha.
Kyle soltou um gemido e arqueou os quadris em seu rosto, tentando
criar mais pressão.
Max se concentrou em seu clitóris enquanto enfiava dois dedos
profundamente dentro dela. Max acariciou seu núcleo até que ele atingiu
seu ponto G, e ela estremeceu. Ele manteve um ritmo implacável,
chupando seu clitóris e tocando-a.
— Max!, — ela gritou, gozando. Max não parou até que ela desceu do
seu clímax.
Max aproximou seu rosto do dela e a beijou. O gosto dela em seus
lábios a fez desejá-lo mais.
— Você está pronta?
Ela assentiu.
— Eu não vou ser gentil. — Ele a beijou antes de enfiar seu pau em seu
núcleo. Kyle gritou em uma mistura de prazer e dor.
Max não parou; cada golpe era mais difícil do que o anterior. Kyle já
estava dolorida por causa de Dimitri e sabia que seria difícil andar
amanhã.
— Você é tão apertadinha e seu peitinho é tão empinado. — Max se
abaixou e começou a beijar seus seios, mordendo e beliscando os
mamilos.
Ela estava começando a desfrutar da explosão curta e aguda de dor
que ele a fazia sentir. Ela não percebeu o quanto até que seu orgasmo a
atingiu de repente, e ela gritou de prazer.
— Boa menina. Adoro sentir sua boceta sufocar meu pau, — Max
grunhiu com cada estocada.
Kyle estava ofegante a cada impulso. — Isso, Max, mais rápido, — ela o
encorajou.
Max queria que ela gozasse novamente, então ele parou e a virou.
— Fique de quatro, — Max comandou.
Quando ela obedeceu, ele bateu nela. Kyle grunhiu, mas ela gostou
daquela posição; as estocadas pareciam mais profundas, atingindo o
lugar certo.
— Max..., — ela gemeu. Ela sentia que estava chegando lá de novo e
não queria perder o orgasmo. — Max, por favor...
Max sabia pelo que ela estava implorando, então ele a agarrou pelos
cabelos e a puxou na direção dele. A sensação de domínio e dor a levou
ao limite.
Seu núcleo se apertou ao redor do pau dele, fazendo com que Max
gozasse e liberasse seu sêmen profundamente dentro dela.
Kyle desabou na cama, Max caiu ao lado dela. Ela soltou uma
risadinha. — Foi divertido. Gostei disso, — disse ela.
— E eu gosto de você, abelhinha.
Capítulo 16
Kyle rapidamente se sentou na cama quando foi acordada por
estrondos seguidos. Ela olhou e percebeu que Max não estava na cama.
Kyle sentiu uma corrente de medo passar por ela.
A porta do quarto se abriu lentamente, ela sabia que não era Max.
Tentou encontrar algo para jogar em quem quer que fosse antes que a luz
fosse acesa, cegando-a.
Assim que seus olhos se ajustaram à claridade, ela viu Anatoli.
— Você precisa ficar quieta, — ele disse. Ela viu a arma na mão dele e
percebeu que ele estava nervoso.
— Eu tenho que tirar você daqui. Apresse-se e vista algumas roupas.
Kyle, pela primeira vez, não se importou em estar nua. Ela deu um
pulo e correu para o armário, se atrapalhando em encontrar algo para
vestir.
Kyle ouviu mais estrondos e concluiu que eram tiros. Ela estava
confusa, por que as pessoas estavam atacando eles?
Ela encontrou uma camisa e uma calça de moletom de Max e vestiu-
os.
— Você se lembra do que te ensinei?, — Anatoli perguntou, enquanto
entregava uma arma a ela.
— Sim, — respondeu Kyle nervosamente.
— Então vamos. Vou apagar a luz e vamos tentar sair sem fazer
barulho. Fique perto de mim, não importa o que aconteça, — ele a
comandou.
Ela acenou com a cabeça para Anatoli e ele apagou a luz. Ele abriu a
porta e espiou antes de abri-la e sair. Ele acenou para Kyle segui-lo.
Eles caminharam lenta e silenciosamente em direção ao final do
corredor. Kyle estava confusa porque as escadas estavam na outra
direção.
Eles chegaram ao final do corredor e Anatoli abriu um alçapão que
revelava uma escada escondida.
— Isso nos levará até a cozinha e podemos tentar sair pelos fundos.
— Onde estão Dimitri e Max?, — ela perguntou.
— Eles estão bem — eles nos encontrarão numa casa segura. — Ela
não gostou da resposta porque sabia que eles estavam no meio de um
tiroteio.
Anatoli conduziu Kyle escada abaixo até a cozinha. Quando eles se
aproximaram da porta, Anatoli a abriu lentamente para examinar a área.
— Eu não vejo nada. Vamos ser rápidos, — disse ele. — Espere — eu
não posso ir embora sem Elliot. — Kyle parou Anatoli antes que ele
saísse.
— Quem diabos é Elliot?
— A cadela que Max pegou para mim.
Anatoli soltou um suspiro. — Ela terá que esperar. Agora vamos.
Kyle ficou irritada porque era o primeiro presente que ela ganhava
deles, e ela amava aquela cachorrinha, mesmo que ela só estivesse com
ela há poucas horas. Ela não queria deixar Elliot para trás.
Eles entraram na cozinha e Kyle estava começando a entrar em pânico
porque o tiroteio estava se aproximando. Anatoli podia ver a angústia
nela.
— Você precisa se acalmar. Você v…
As palavras de Anatoli foram interrompidas quando uma arma
disparou na sala. Kyle soltou um grito e viu Anatoli cair.
— Ora, ora, não acredito que encontrei logo a garota, — disse o
homem com um sorriso. — Você é muito mais bonita pessoalmente.
Anatoli soltou um gemido, distraindo Kyle. O homem que atirou nele
deu alguns passos em direção a eles e baixou a arma para Anatoli, sem
prestar atenção ao que Kyle estava fazendo.
Kyle ergueu a arma e fechou os olhos antes de puxar o gatilho.
— Sua vadia!, — o homem gritou. A bala tinha atingido seu braço.
Ele levantou a arma para ela, mas, desta vez, Kyle manteve os olhos
abertos e atirou no peito do homem, observando-o cair no chão.
Ela ajudou Anatoli a se levantar e saiu para um carro que os esperava.
— Você vai ter que dirigir. Vou te dar instruções..., — Anatoli grunhiu.
— Você precisa de um médico.
— Haverá um quando chegarmos à casa segura, — ele a tranquilizou.
— Precisamos tentar parar o sangramento primeiro. — Ela o deitou
no banco de trás e tentou pressioná-lo. Anatoli grunhiu com a dor que a
pressão causou.
— Precisamos ir agora, — gritou Anatoli.
Kyle não queria deixá-lo sozinho no banco de trás. Eles tiveram suas
diferenças quando ela chegou aqui, mas ela não o odiava.
— Estou falando sério, Kyle. Precisamos ir agora.
Kyle fez o que Anatoli mandou. Ela se sentou no banco do motorista e
se afastou da casa.
Capítulo 17
A casa segura não ficava muito longe da casa principal. Era mais
disfarçada, mas as pessoas conseguiam encontrá-la sem problemas.
Kyle tirou Anatoli rapidamente do carro e o ajudou a entrar em casa.
No momento em que chegaram à porta, o médico que operou Dimitri
estava lá esperando por eles.
Ele ajudou-os a entrar e levou Anatoli para os fundos.
Kyle aguentou apenas cinco minutos antes que sua ansiedade tomasse
e ela voltasse para onde Anatoli estava. Quando entrou no quarto, o
médico estava removendo a bala.
— Ele está bem?, — ela perguntou ao médico.
— Ele vai ficar bem. Você fez um excelente trabalho em diminuir o
sangramento, — o médico tentou tranquilizá-la. — Você poderia pegar
aquela tigela ali?
Kyle foi até a cômoda, pegou a tigela e levou ao médico. Ele não o
pegou, em vez disso, deixou cair a bala nele.
— Pressione isso na ferida enquanto eu me preparo para costurá-la.
Anatoli teve sorte de a bala não ter acertado nenhum órgão importante.
— O médico deu algumas gazes a Kyle, que as colocou sobre o ferimento.
Anatoli grunhiu quando ela fez um pouco de pressão, até que o
médico voltou para começar costurá-lo.
O médico tinha acabado de costurar Anatoli quando ouviram a porta
da frente sendo aberta à força e pessoas gritando.
— Kylah?
Kyle saltou e correu para a porta ao som da voz de Dimitri.
— Dimitri!, — Kyle gritou enquanto corria, pulava em seus braços e o
beijava. Quando ela se afastou, percebeu que Max não estava atrás dele.
— Onde está Max?, — ela perguntou a Dimitri, com medo de sua
resposta.
— Ele está bem, myshka. Está vindo em outro carro e deve chegar logo.
Ela deixou escapar um suspiro de alívio.
Dimitri olhou para ela com mais calma e viu o sangue de Anatoli. —
Você está bem?
— Não é meu esse sangue; é de Anatoli, — ela disse, com lágrimas nos
olhos.
— Ele levou um tiro tentando me tirar de lá. Ele foi baleado porque eu
queria meu cachorro. — Kyle não conseguiu mais segurar as lágrimas e
começou a chorar.
Dimitri tentou acalmá-la.
Ela estava chorando tanto que não percebeu que Max havia entrado,
até que ouviu um latido. Ela olhou para cima e correu para Max,
beijando-o do jeito que ela beijou Dimitri.
— Abelhinha, você está machucada?
Kyle não respondeu e apenas o segurou. Dimitri contou a Max o que
Kyle havia lhe dito e, a essa altura, Kyle já havia se acalmado o suficiente
para que os irmãos entendessem que Anatoli estava nos fundos com o
médico.
Max soltou Kyle e saiu para falar com o médico.
Kyle pegou Elliot, foi até o sofá e se sentou ao lado de Dimitri.
— O que aconteceu esta noite?, — ela perguntou.
Ele suspirou, colocando o braço em volta dela e puxando-a de volta
para o sofá. — Fomos emboscados pelas mesmas pessoas que atiraram
em mim. Eles estavam lá para levar você.
— Por quê? — Kyle não conseguia entender o que eles queriam com
ela.
— Nós não sabemos. Pensamos que o objetivo deles era acabar com a
nossa organização, já que começaram a nos perseguir antes de você
chegar, mas eles pareciam querer você.
— Eles ainda podem querer nos tirar da jogada e pensam que levar
você é uma boa estratégia, mas sinto que tem outra coisa.
Kyle e Dimitri ficaram sentados quietos até que a voz de Max quebrou
o silêncio.
— Nossa garota salvou a vida de Anatoli e matou o homem que atirou
nele. — Max estava orgulhoso e queria que ela soubesse disso.
— Acho que devemos recompensá-la mais tarde. Você não concorda,
Dimitri?
Kyle não sabia qual seria sua recompensa, mas só o jeito de Max dizer
isso enviou uma onda de desejo por ela.
A casa segura era menor; havia uma sala de estar, cozinha, banheiro e
um quarto no térreo, onde Anatoli estava se recuperando.
No andar de cima havia três quartos e dois banheiros. Era muito mais
modesta em comparação com a casa em que eles moravam.
Depois de garantir que Kyle comesse, eles a levaram para o quarto
principal para limpá-la. Ela ainda estava suja de sangue e eles queriam
que ela relaxasse.
Max preparou um banho para ela enquanto Dimitri começou a
esfregar suas costas. Kyle estava no céu; ela nunca tinha sido tão bem
cuidada.
Quando Dimitri terminou, Max a ajudou a entrar na banheira e lavou
seu corpo. Ela estava prestes a adormecer quando Max desligou a
banheira e tirou-a do banho.
Assim que Kyle se secou, Max a trouxe de volta para a cama e a
colocou ao lado de Dimitri. Dimitri se inclinou e a beijou.
Ele a beijou profundamente enquanto Max estava ao lado dela,
tirando suas roupas.
— Você está pronta para sua recompensa, abelhinha?
Capítulo 18
— Você está pronta para sua recompensa, abelhinha?
Max se abaixou e beijou Kyle. Ele reivindicou seus lábios. Ela adorava
como os dois homens eram diferentes. Max era dominador e rude,
enquanto Dimitri era dominador e gentil. Ela ansiava por ambos.
Dimitri se levantou e se despiu enquanto Max brincava com Kyle.
Suas mãos percorreram seu corpo enquanto ele continuava a beijá-la.
Quando Dimitri voltou para a cama, Max interrompeu o beijo e
desceu para o peito dela, sugando e beliscando rudemente seus mamilos.
A dureza a fez ofegar quando Dimitri começou a atacar seus lábios.
O beijo de Dimitri foi mais suave, mas igualmente dominante.
Max finalmente chegou ao seu centro e abriu as pernas de Kyle.
Enquanto ele se abaixava para lamber o núcleo dela, Dimitri se abaixou
para levar um mamilo à sua boca.
Kyle estava enlouquecendo com o estímulo que os dois estavam
dando a ela — Max sugando seu clitóris e Dimitri mordendo seu mamilo
a levaram ao orgasmo rapidamente.
— Você fica tão linda quando goza, — Dimitri disse enquanto a
beijava.
Max saiu da cama e ordenou que Kyle fosse até ele. Assim que ela o
alcançou, ele disse a ela para deitar na cama com a cabeça na direção
dele, com o corpo um pouco para fora da beirada.
— Dimitri, você quer a boquinha quente ou a boceta apertada?, —
Max perguntou.
— Acho que é justo que eu experimente essa boca dela.
Os irmãos trocaram de lugar e Kyle estava animada para agradar os
irmãos juntos.
Dimitri envolveu a mão em seu cabelo. — Você está pronta, myshka?'
— Mais que pronta.
Sem avisá-la, Max enfiou o pau profundamente dentro dela. Kyle
soltou um grito de dor e prazer.
Dimitri lentamente deslizou seu pau em sua boca enquanto ela gemia
de excitação.
Levou apenas algumas estocadas para Kyle encontrar o ritmo entre ser
fodida por Max e chupar Dimitri.
— Você está indo tão bem, abelhinha, — Max disse, enquanto batia
nela e beliscava seus mamilos.
— Você quer gozar?, — Dimitri perguntou, tirando o pau da boca dela.
— Sim..., — ela gemeu.
Dimitri acenou para Max, que ergueu um pouco os quadris de Kyle e
começou a acertar o ponto G. Dimitri se abaixou e se concentrou em
seus seios, girando entre chupar e beliscar os mamilos.
— Ah, quero mais, — Kyle gemeu.
Max acelerou o passo. O ritmo estava no ponto perfeito para Kyle, e
ela se viu gritando de êxtase.
Max tinha parado de empurrar dentro dela quando sentiu seu núcleo
apertar o pau dele.
Assim que o clímax de Kyle diminuiu, Dimitri voltou para seu lugar na
boca dela.
— Agora, vamos te foder completamente, Kylah, — Dimitri disse,
antes de colocar seu pênis de volta em sua boca.
Max começou a empurrar dentro dela novamente enquanto Dimitri
assumia o controle e começava a empurrar em sua boca. Ser possuída
dessa forma levou Kyle a um novo pico de prazer.
A sensação dos dois homens a dominando fez com que seu orgasmo
chegasse rápido. Dimitri gozou em sua garganta, Kyle gemeu enquanto
bebia até a última gota.
As estocadas de Max estavam ficando mais fortes e ele envolveu a
garganta de Kyle com as mãos, colocando um pouco de pressão sobre ela.
Kyle achou aquilo muito erótico e quis mais, mas Max soltou seu
pescoço quando ele gozou dentro do seu núcleo.
— Precisamos fazer isso de novo, — disse Kyle, recuperando o fôlego.
Capítulo 19
Kyle acordou na manhã seguinte com Dimitri beijando seu pescoço.
— Você é linda, myshka. Eu não me canso de você.
Ela soltou um gemido sonolento quando Dimitri beijou seus mamilos
e deslizou a mão até seu núcleo.
— Molhada para mim, mesmo dormindo, — ele disse enquanto se
posicionava entre ela.
Dimitri entrou lentamente nela, e Kyle sentiu que poderia deixá-lo
fazer isso com ela o dia todo. Ela adorava ter os irmãos reivindicando seu
corpo.
Ela olhou para a esquerda para ver se Max ainda estava na cama, mas
ele havia sumido.
Dimitri lentamente provocou seu núcleo com seu pau, bombando
para dentro e para fora em um ritmo mais lento. Isso a estava deixando
louca. — Beije-me, — ela sussurrou, e ele se abaixou e a beijou
profundamente. — Mais, Dimitri.
— Não seja exigente, ou você terá que ser punida. — Ele deu um beijo
em seu seio e então a mordeu e a surpreendeu.
Isso era novo para Kyle; nas outras vezes, os irmãos eram rápidos e
ásperos, mas Dimitri sendo lento e gentil estava permitindo que ela
guardasse seu orgasmo. Ela queria persegui-lo.
Ela podia senti-lo cada vez mais perto. Ela colocou o braço em volta da
cabeça de Dimitri, puxando-o para perto enquanto começava a gemer
alto.
Seu corpo começou a tremer e ela não conseguiu mais lutar; ela cedeu
ao sentimento. — Ah, meu Deus, Dimitri!
— Porra!, — Dimitri disse enquanto seu corpo ficava rígido e ele
gozava nela. — Isso foi incrível. Sua boceta me apertou com força e eu
não pude me conter, — Dimitri disse enquanto a beijava.
— Isso foi novo e inesperado. — Ela olhou para Dimitri e o viu deitado
com os olhos fechados.
Esses homens a tinham sob um feitiço. Ela nunca pensou que estaria
disposta a fazer parte desta vida.
*
Kyle voltou a dormir e, quando acordou, estava sozinha na cama.
Havia um bilhete no travesseiro ao lado dela.
Não queria te acordar. Desça para comer quando estiver pronto.
M&D
PS Dimitri já levou Elliot para passear.
Kyle não pôde deixar de sorrir com o amor que Max e Dimitri
demonstravam.
Ela tomou seu tempo para tomar banho e se vestir. Ela não tinha
roupas lá, então encontrou algumas roupas velhas na cômoda.
Elas deviam ter pertencido a um deles anos atrás, porque vestiam
melhor do que suas outras roupas.
Quando ela finalmente chegou à cozinha, Max, Dimitri e Anatoli
estavam sentados à mesa comendo.
— Estou tão feliz que você esteja acordado, Anatoli. — Ela se
aproximou e o abraçou. Ele não sabia como responder, então
rigidamente deu tapinhas em suas costas.
— Graças a você, malyshka, — Anatoli disse.
— Isso é parecido com o que Dimitri me chama, — ela disse a Anatoli.
— É, ele chama você de 'ratinho'. Eu chamei você de 'garotinha'.
Kyle não respondeu à explicação dele; apenas se sentou entre ele e
Max e começou a carregar seu prato. Ela achava fofo que eles tivessem
nomes para ela.
Quando ela colocou o prato na mesa, Max agarrou seu queixo e virou
seu rosto em direção a ele e a beijou. — Eu ouvi dizer sobre a diversão
que você teve com Dimitri. Estou triste por ter perdido.
Kyle corou com suas palavras.
— Esta casa é pequena, e se eu tiver que continuar ouvindo isso, vou
ter que manter uma garota aqui só para foder, assim, quando seus ruídos
me excitarem, poderei fazer algo a respeito.
Ele piscou para ela. — Para uma menininha, você é muito barulhenta.
Ela corou ainda mais sabendo que Anatoli podia ouvi-los. Anatoli
achava graça no fato de Kyle se envergonhar de tudo tão facilmente e
achou que poderia ser uma brincadeira divertida pensar em mais coisas
para dizer que poderiam fazê-la corar.
— Não seja tímida. Gostamos que os outros saibam o quanto
agradamos nossa garota, — Max disse a ela.
— Então qual é o plano?, — Kyle perguntou, esperando mudar de
assunto.
— Bom, voltaremos para casa em alguns dias. Precisamos aumentar a
segurança e implementar novas medidas de segurança antes de
partirmos novamente. Provavelmente, este foi apenas o primeiro ataque,
— Max disse a ela.
Kyle queria ajudar; ela queria ter certeza de que eles ficariam seguros.
— O que eu posso fazer?
— Você pode continuar seu treinamento, — Dimitri respondeu. — Vai
nos ajudar saber que você consegue se proteger.
Ela assentiu. Ela estava com medo do que poderia acontecer e como
ela lidaria com tudo aquilo, mas sabia que ficaria com Max e Dimitri não
importa o que acontecesse.
Capítulo 20
Algumas semanas se passaram e eles voltaram para a casa principal.
Kyle estava se acostumando com o aumento da segurança e com seu
guarda-costas.
No início, ela tentou dizer a Max e Dimitri que não precisava de um
guarda-costas, mas eles designaram um de qualquer maneira.
Era um jovem chamado Ellis.
Ellis ficava quieto a maior parte do tempo, mas ela detestava que ele
soubesse quando ela usava o banheiro ou quando ela estava na cama com
Max e Dimitri.
Kyle sentia que ela não tinha privacidade e precisava de uma pausa.
Ela decidiu conversar com eles sobre isso e ver se eles se convenceriam.
Kyle bateu na porta do escritório e esperou até ouvir Max dizer: —
Entre.
— Você não tem que bater para entrar, abelhinha; você tem acesso
completo. — Max se inclinou e a beijou.
— Eu queria falar com vocês dois. — Ela olhou entre os irmãos.
— Sente aqui, — Dimitri disse, apontando para uma cadeira na frente
da mesa dele.
— Eu geralmente não protesto ou discordo de nenhum de vocês, mas
acho que ter Ellis por perto o tempo todo é desnecessário.
— Nós conversamos sobre isso, myshka.
— Eu sei, Dimitri, mas me escute. Eu não preciso dele enquanto estou
em casa.
— Se eu sair para o quintal ou para a loja, claro, mas dentro de casa
acho que temos protocolos suficientes estabelecidos para a minha
segurança.
— Não acredito que estou dizendo isso, mas ela está certa. — Kyle
ficou surpresa com a concordância de Max.
— Nesse ponto, são dois contra um, então minha opinião é discutível,
— Dimitri respondeu.
É
— É importante para mim. — Kyle olhou para ele e tentou ler sua
expressão facial, mas ele não estava revelando nada.
— Não, está tudo bem, mas, como você já está aqui, estávamos aqui
pensando que provavelmente já é hora de você ter algum contato com
seu irmão. Sabemos que você sente falta dele, — Dimitri disse.
— Mesmo?, — Kyle perguntou com lágrimas nos olhos. — Obrigada!
— Ela se levantou e abraçou os dois homens.
*
Kyle estava sentada no sofá com Elliot assistindo TV quando Sev
entrou. Ela não gostava de Sev; ele era rude e achava que podia fazer o
que queria, e ela o odiava desde aquela noite no bar.
— O que você está assistindo?, — ele perguntou a ela.
— A Proposta, — ela respondeu sem olhar para ele.
Sev sentou no sofá ao lado dela e Kyle se afastou. — Eu não mordo, —
ele disse com uma risada.
— Eu não disse que você morde; só gosto de ter meu espaço, — ela
respondeu com raiva. — Você pode terminar o filme. Vou dormir.
Kyle foi se levantar, mas Sev agarrou o braço dela. — Você vai sair
quando eu disser para você sair.
Ela puxou o braço. — Você não manda em mim. Eu não pertenço a
você.
— Você não é nada além de uma pequena prostituta. Assim que eles se
cansarem de você, vou conseguir te pegar, mas quero te pegar antes
disso. — Sev sorriu para ela, e ela sentiu a bile subir em seu estômago.
Ela não confiava nele e precisava contar aos irmãos.
Kyle começou a se afastar, mas Sev a seguiu, e assim que ela entrou no
corredor, ele a prendeu contra a parede.
— Sai de cima de mim!, — ela gritou enquanto lhe dava um tapa.
Quando ele estava prestes a revidar, Mike saiu de um dos quartos.
— Há algo de errado? — Ele olhou para Kyle.
— Não, cara, eu só estava ajudando a senhorita aqui, — Sev disse.
— Isso é verdade, Kyle?, — Mike perguntou a ela.
Ela não queria começar uma briga, então mentiu. — Está tudo bem.
— Tudo bem, Sev, você acabou aqui. Você tem patrulha, — Mike disse
a Sev.
— Isso não acabou, — ele sussurrou para Kyle.
Kyle não sabia o que fazer. Se ela contasse a Max e Dimitri, eles
acreditariam nela? Ela também pensou no que ele disse. Os irmãos se
cansariam dela?
Kyle estava deitada em sua cama, tentando dormir, quando a porta se
abriu. Ela sabia que era Dimitri ou Max.
— Abelhinha, você está acordada? — O apelido e a voz entregaram
que era Max.
— Não esta noite, Max. Eu só quero ficar sozinha.
— O que houve? — Max deslizou sob as cobertas com Kyle e puxou-a
para perto dele. Suas costas estavam contra seu peito, e ela soltou um
suspiro.
Ela sempre se acalmava quando um deles a segurava.
— Você já encontrou o traidor?, — ela perguntou.
Max soltou um suspiro antes de responder. — Não.
Temos tentado, mas não tivemos sorte.
— Eu acho que é Sev. — Ela ficou lá esperando por sua resposta.
— O que te faz pensar isso?
— Ele me encurralou no corredor hoje. Ele estava muito sensível e me
ameaçou. Mike o interrompeu, mas ele sussurrou que o que estava
fazendo ainda não havia acabado.
— Duvido que ele seja o informante. Ele pode ser um idiota e forçar as
pessoas a fazerem merda, mas ele não é um traíra.
Kyle se sentiu meio magoada por Max não acreditar nela.
— Daremos um jeito nele amanhã por mexer com você. Agora vamos
dormir. Você vai compensar sua recusa hoje à noite pela manhã.
Kyle acordou na manhã seguinte sozinha. Ela estava triste, mas
agradecida por Max ter a deixado sozinha. Ela tomou banho e se vestiu
para começar o dia.
Kyle já tinha uma rotina. Ela levaria Elliot para passear e, em seguida,
ajudaria a arrumar a mesa para o café da manhã. No entanto, esse plano
foi arruinado hoje.
Kyle foi agarrada assim que saiu para o corredor. Ela sabia pelas mãos
que era Max.
Ele colocou a mão em volta do pescoço dela e inclinou sua cabeça para
trás. — Eu te avisei que você iria me compensar esta manhã.
Kyle estremeceu com o tom da voz dele; isso a excitou.
Max a virou para encará-lo. — Tire a roupa, — ele comandou.
— No-no c-corredor? — disse ela.
— Sim, abelhinha. Esta é a sua punição.
Ela lentamente tirou suas roupas, e Max observou seu corpo antes de
dizer a ela o que fazer. — Vire-se e coloque as mãos na parede.
Quando ela se virou para se acomodar, ouviu Max se despir, e a
expectativa do que ele faria a fez esperar.
— Eu adoro essa sua bunda. Eu sonho em fodê-la. Você gostaria que
eu fodesse sua bundinha?, — ele perguntou.
Ela não soube o que dizer. Ela não queria sentir dor, mas estava
curiosa.
Max riu da falta de resposta dela. — Vou esperar até Dimitri meter
pau fundo na sua boceta. Você gostaria disso, abelhinha? Gostaria de ser
fodida por dois paus grossos de uma vez?
Kyle estava esperando que ele a tocasse; ela queria que ele se chocasse
contra ela e a fizesse gritar.
— Incline-se e fique de frente para a parede. — Max guiou sua cabeça,
colando seu rosto contra a parede.
— Você não pode fazer nenhum barulho e não pode ter um orgasmo.
Entendeu?
— Sim, senhor.
— Se você emitir um som ou gozar, será punida por todos, — disse ele.
Max inclinou seus quadris em direção a ele e deu um tapa em sua
bunda. Kyle mordeu o lábio para não gemer. Quando Max empurrou o
pau dentro do seu núcleo gotejante, ela soltou um gemido satisfeito.
— Hum, abelhinha, — disse ele, entre as estocadas. Ela já havia
quebrado sua regra.
Max implacavelmente metia nela por trás enquanto segurava seu
quadril com uma mão e sua cabeça contra a parede com a outra.
Ele gostava que ela fosse tão submissa a ele, e Kyle também gostava do
poder e do controle que ele exercia sobre ela. Ela nunca pensou que seria
excitada por esse tipo de sexo, mas ansiava por isso cada vez mais.
Max aumentou a força das estocadas, o que começou a causar aquela
sensação familiar na boca do estômago de Kyle. — Você está indo bem.
Quanto tempo mais você aguenta?
Ela não respondeu por causa da regra de silêncio.
— Muito bem, abelhinha, — ele disse enquanto a puxava de volta da
parede e a virava para encará-lo. Ele a beijou, ergueu-a e prendeu-a
contra a parede.
Max deslizou de volta para dentro dela, e Kyle estava gostando da
emoção de correr o risco de alguém vê-los.
Isso a excitava e ela não conseguiu mais se conter; ela gemeu na boca
de Max e o sentiu sorrir.
— Dois, — Max murmurou e deslizou a mão entre eles para aplicar
pressão em seu clitóris.
A pressão foi tudo o que ela precisou para chegar ao orgasmo. Ela
gemeu quando seu núcleo se apertou em tomo de Max.
Max grunhiu e gozou dentro dela.
Quando ela desceu, percebeu o que eles tinham acabado de fazer e
corou.
— Não seja uma abelhinha tímida. Não tem ninguém aqui. — Max
deu uma risadinha.
Ele jogou com ela; este era o seu castigo. Sua punição foi sair da sua
zona de conforto. — Você será punida mais tarde por quebrar as regras.
Max se inclinou e beijou-a antes de empurrá-la em direção ao quarto
para que ela pudesse se limpar.
Capítulo 21
Após sair do banheiro, Kyle finalmente desceu para o café da manhã.
Quando ela estava sentada, Max se preparava para sair da cozinha.
— Quando terminar, me encontre na sala de estar.
Dimitri e eu temos uma surpresa para você.
Kyle adorava surpresas, mas nunca foi paciente o suficiente com elas,
então ela rapidamente comeu seu café da manhã e correu para a sala de
estar. Quando ela chegou lá, Max estava sentado no sofá.
— Onde está Dimitri?
— Ele estará aqui em breve. Você não deveria ter comido tão rápido;
agora ainda terá que esperar. — Max pegou um arquivo da mesa e
começou a lê-lo, então Kyle se sentou no sofá oposto.
Ela continuou olhando para o relógio para ver quanto tempo havia
passado.
— Você parece uma criança. Ele estará aqui a qualquer minuto, então
se acalme, — Max a repreendeu.
Kyle soltou um suspiro e decidiu se concentrar em Max para evitar
ficar inquieta.
— Apenas entre, — ela ouviu Dimitri gritar do lado de fora. Quando a
porta se abriu totalmente, Kyle deu um pulo e correu para o irmão.
— Ryan! — Ela estava tão feliz em vê-lo. Ela sentia falta dele e queria
muito que ele fizesse parte da sua vida novamente.
— Eu sinto muito, Ky, — Ryan murmurou em seu cabelo enquanto a
abraçava de volta. — Eu falhei com você.
— Não é verdade, — disse ela, saindo do abraço. — Estou feliz; eles me
tratam bem. — Não era mentira. Ela estava feliz com Max e Dimitri. Eles
cuidavam bem dela.
— Eu não deveria ter deixado você ir tão facilmente. Senti sua falta, —
ele disse, dando um beijo no topo de sua cabeça.
— Eu também senti sua falta. Por quanto tempo você ficará aqui?, —
ela perguntou.
— Sente-se, myshka. — Dimitri deu um tapinha em seu colo e Kyle se
sentou. Seu irmão olhou para ela confuso. Ele não sabia que ela estava
com um deles.
— Achamos que seu irmão poderia ficar. Ele tem uma dívida a pagar e
não vamos usar você para saldar a dívida. Ele pode pagar trabalhando
para nós, — Dimitri disse a ela.
— Mesmo? Eu adoraria! — Ela beijou Dimitri agradecida. Kyle estava
feliz por ter Ryan por perto. Ele a criou, e ela precisava dele em sua vida.
*
Kyle passou a maior parte do dia com Ryan. Ela o guiou pela casa e
pelos jardins e até o apresentou à sua cachorrinha, Elliot.
Ryan ficou aliviado ao ver Kyle feliz; ele pensou que tinha arruinado a
vida dela. A única coisa que ele não conseguia entender era a relação dela
com Max e Dimitri.
— O que está acontecendo entre você e os irmãos Volkov?, — Ryan
perguntou a ela.
Kyle deu de ombros. — Eu acho que eles são meus namorados.
— Ambos?, — Ryan disse em um tom enojado.
— Sim, — Kyle mordeu de volta. — Se você está me julgando, pode
parar. Nunca julguei você. Eu apenas te ajudei e te apoiei, e espero o
mesmo de você.
Ryan ficou surpreso com seu tom e a maneira como ela se defendeu.
Kyle estava ganhando força e ele estava orgulhoso dela.
— Se eles são a razão pela qual você tem mais confiança em si mesma,
então vou apoiá-la se você quiser ficar com eles, — Ryan disse.
— Obrigada. Isso é tudo o que estou pedindo.
*
Depois que Kyle foi para a cama, Max e Dimitri tiveram um encontro
privado com Ryan. O objetivo deles era manter Kyle mais segura com
Ryan por perto.
— Deixe-me começar dizendo que não gostamos de você, — Dimitri
disse a Ryan, — mas nós gostamos da sua irmã e queremos mantê-la
segura.
— Só gostam? Você percebe que ela ama vocês dois?, — Ryan esperou
para ver se algum deles responderia.
— Estamos cientes de como ela se sente, — Max interrompeu. —
Vamos continuar falando sobre o assunto em questão. Sua irmã está com
problemas e estamos tentando descobrir o porquê.
— O que você quer dizer?. — Ryan estava confuso; quem iria querer
machucar Kyle?
— Há uma organização que pensamos ser nova, mas através de
algumas pesquisas, descobrimos que ela existe há um tempo, eles
estavam apenas se escondendo.
— No início, eles queriam nos pegar, tentando assumir o controle,
mas mudaram o foco para Kyle, e estamos tentando descobrir o porquê,
— Max explicou.
— Vocês têm ascendência russa?, — Dimitri perguntou.
— O pai de Kyle era russo, mas não vejo o que isso pode ter a ver.
— Pode não ter, mas precisamos verificar tudo.
Achei que vocês tivessem os mesmos pais, — Max disse.
— Não. Meu pai morreu e o de Kyle desapareceu depois que nossa
mãe morreu.
Max tinha certeza de que os pais de Kyle eram uma parte essencial por
trás de tudo isso e ele sabia que teria que fazer mais pesquisas e subornar
mais algumas pessoas.
Capítulo 22
Kyle passou o dia treinando com Mike. Ele elogiou sua evolução. Ela
havia aprendido oficialmente como imobilizar alguém e como escapar de
uma chave de braço.
Quando ela voltou para casa, encontrou os meninos na sala de estar
com uma linda morena.
— Como foi o treinamento, abelhinha?, — Max se levantou e a beijou.
— Foi bom, — Kyle disse enquanto olhava para a nova garota.
— Nossa garota está com ciúme?, — Max brincou.
— Não fique. Esta é nossa prima, Varina.
Kyle soltou um suspiro mental. A garota era bonita demais para o seu
gosto.
— Vá tomar um banho e nos encontre de volta aqui. Varina adoraria
conhecê-la, — disse Dimitri.
— É verdade — eu gostaria de conhecer a garota que deixou esses dois
durões apaixonados. — Varina piscou para Kyle, e o pequeno gesto a
deixou mais à vontade.
*
Quando Kyle desceu as escadas, apenas Varina e Ryan estavam na sala
de estar. Ryan e Varina pareciam muito interessados um no outro até que
ela pigarreou.
— Ei, Kyle, — disse Ryan enquanto seu rosto lentamente ficava rosa.
— Então, os meninos não me disseram que você tinha um irmão, —
afirmou Varina. — Venha, sente-se aqui, vamos conversar.
Kyle se sentou em uma cadeira perto de Varina e Ryan.
— Kyle costuma ser quieta; você terá que puxar o papo, — disse Ryan
a Varina.
— Não é um problema — eu adoro conversar. Há quanto tempo você
está com Max e Dimitri?
— Há cerca de um mês e meio, — Kyle respondeu.
— E como vocês se conheceram? — Kyle olhou para Ryan e viu que ele
estava com vergonha do que aconteceu.
— É uma longa história e não importa, — Kyle disse a ela.
Kyle e Varina passaram a hora seguinte conversando sobre
maquiagem, roupas, livros e tudo o mais de que ela gostava. Kyle gostou
da companhia de Varina, e ela sabia que Ryan também.
*
Enquanto Kyle estava com Varina, Max e Dimitri decidiram usar o
tempo para rastrear o pai dela.
— Achou algo? — Max perguntou a Dimitri.
— Nada sobre o pai, mas tenho informações sobre a mãe. A morte
dela foi considerada suicídio, mas algumas das evidências não coincidem.
Dimitri achava que a mãe dela havia sido assassinada e parecia um
assassino de aluguel.
— Nada disso faz sentido. Por que alguém mataria a mãe de Kyle, e
por que uma organização clandestina a quereria em vez de completar sua
tarefa de nos eliminar?
Max estava ficando frustrado e queria continuar pressionando, mas
sabia que seria inútil continuar com raiva.
— Pensei no seguinte. Acho que esta organização originalmente
queria nos tirar do caminho para poderem tomar o poder, mas então
perceberam que estávamos com Kyle, e o plano deles mudou, — Dimitri
explicou.
— Mas por quê?, — Max perguntou.
— É isso que temos que descobrir e suponho que, se rastrearmos essa
organização, encontraremos o pai dela. Precisamos descobrir o nome da
organização.
Max sempre respeitou a maneira como Dimitri lidava com as
informações; ele tinha o talento para ler nas entrelinhas e solucionar os
buracos que sobravam.
Quando eles chegaram em casa, já estava tarde e Dimitri sabia que
Kyle estaria dormindo.
Kyle tinha criado o hábito de trocar de quarto todas as noites, e se ela
tinha permanecido fiel ao padrão, Dimitri sabia que ela deveria estar na
cama dele.
Quando ele chegou à porta de seu quarto, a abriu lentamente e ficou
feliz ao ver que ela estava dormindo em sua cama.
Ele percebeu que Kyle tinha deixado a luz do armário acesa para poder
ver quando Dimitri voltasse, um gesto de atenção que ele gostava.
Dimitri escovou os dentes rapidamente, tirou a cueca boxer e desligou
a luz do armário. Ele lentamente se meteu sob as cobertas com Kyle e
puxou-a para perto dele.
Ele ficou feliz ao descobrir que ela estava vestindo apenas uma
camiseta. Ela se adaptou alegremente à regra de Max sobre o que vestir
para dormir.
Ele deslizou a mão por sua camisa e esfregou o polegar contra seu
mamilo. Kyle soltou um gemido de luxúria.
O som fez seu pênis ereto estremecer contra sua bunda, e tudo o que
ele conseguia pensar era em foder sua bunda, mas ele sabia que ainda não
era o momento certo; ele tinha que prepará-la para isso.
Dimitri tirou a mão do seu mamilo e colocou-o entre suas pernas,
esfregando seu núcleo. Kyle soltou outro gemido e subconscientemente
empurrou seus quadris.
Kyle começou a acordar enquanto ela sentia seu orgasmo chegando.
Ela pensou que estava sonhando, mas rapidamente percebeu que era
Dimitri.
— Dimitri..., — ela gemeu.
— Isso, myshka. Se entrega.
Kyle não teve controle quando seu orgasmo a rasgou, e ela gemeu.
— Eu quero você, myshka, — Dimitri sussurrou para ela.
'Eu sou toda sua.
Capítulo 23
Kyle não conseguia parar de pensar na noite passada com Dimitri. Ela
sentiu algo mudar; sentiu que eles haviam se conectado em um nível
mais profundo na noite anterior e não conseguia parar de sorrir.
— Alguém está de bom humor, — brincou Varina.
Kyle encolheu os ombros. — Estou apenas feliz.
— Fico feliz em ouvir isso, — Max disse enquanto caminhava e beijava
a cabeça de Kyle.
— Se estiver tudo bem para Max e Dimitri, pensei que poderíamos ter
um dia das meninas. Podemos fazer as unhas e fazer compras, — disse
Varina, olhando para Max e Kyle.
— Se Kyle quiser ir, tudo bem, mas ela conhece nossa regra e deve ter
um guarda-costas com ela quando sair de casa, — Max disse.
— Quero ir, sim. Eu não saio muito, e seria bom ter algum tempo só
para as garotas. — Kyle estava animada. Varina poderia se tomar uma boa
amiga para ela, e Kyle bem precisava de uma.
*
— Que tipo de roupa você quer ir olhar?, — Varina perguntou.
— Eu gosto de roupas mais conservadoras, mas sei que Max e Dimitri
vão querer roupas mais sexy. Então, as duas coisas?
Varina riu. — Pode ser. Posso te fazer uma pergunta sobre o seu
irmão?
— Claro. — Kyle estava sorrindo; ela sabia que havia algo entre eles.
— Seu irmão está saindo com outras mulheres?
— Acho que não. Ele não traz mulheres para casa, então é difícil dizer,
mas o que posso dizer é que ele está interessado em você.
Varina sorriu. — Isso é tudo o que eu precisava saber.
Kyle e Varina passaram as próximas horas conversando e fazendo
compras e, desta vez, o passeio foi muito mais agradável.
— Como você está aí?, — Kyle perguntou para Varina. — Acabei
minhas compras e já estou com fome.
— Deixe-me experimentar mais uma e podemos ir.
Kyle estava esperando do lado de fora do provador quando ela notou
um homem parado do outro lado da seção de roupas, olhando para ela.
Ela ignorou o homem, agindo como se não o notasse, e fingiu que
Varina a chamou ao provador.
— Varina, deixe-me entrar, — disse Kyle, batendo na porta.
— O que houve?
— Tem um cara lá fora nos observando. Você precisa se apressar para
podermos ir pagar. Vou mandar uma mensagem para o Ellis nos
encontrar no caixa.
Kyle e Varina seguiram calmamente até o caixa e Kyle soltou um
suspiro ao ver Ellis esperando.
Ela disse a Ellis onde o cara estava e, quando saíram da loja, Ellis fez
Kyle e Varina andarem na frente dele.
Ao se aproximarem do carro, uma pessoa estava encostada na porta e
Ellis foi sacar sua arma.
— Não estou aqui para fazer nada; vou apenas entregar este envelope
para ela. — Ele apontou para Kyle.
— Deixe o envelope no teto do carro e vá embora antes de eu atirar, —
Ellis o avisou.
— Ok, mas saiba, este é apenas o começo. Essas pessoas não vão parar
até conseguirem o que querem, — disse o desconhecido.
— O que eles querem?, — Kyle perguntou ao estranho.
— O que pertence a eles, — foi a única informação que ele deu antes
de pousar o envelope e sair.
*
Kyle foi direto para Max e Dimitri quando chegou em casa. Os irmãos
já haviam sido informados por telefone por Ellis e estavam esperando por
ela.
— Você não abriu, — Dimitri disse quando ela entregou o envelope a
ele.
— Não. Achei importante olharmos juntos. — Ela olhou para Max e,
pela primeira vez desde que os conheceu, viu preocupação refletida em
seu rosto. — Eu acho que você deveria abri-lo. Eu acho que o conteúdo é
pessoal, — Dimitri disse enquanto devolvia a ela.
Kyle pegou o envelope e se sentou. Ela o abriu e levou um segundo
antes de retirar os documentos.
O conteúdo do envelope incluía a foto de um homem segurando um
bebê. Ela sabia que o bebê era ela, mas não conhecia o homem que a
estava segurando.
Também havia uma certidão de nascimento com seu nome e nome do
meio, mas em vez do sobrenome — Jackson, — tinha o sobrenome —
Ivanov. — O homem listado como seu pai era Viktor Ivanov.
Max viu a cor do rosto de Kyle ficar pálida.
— O que há de errado, abelhinha?
— O homem que pensei ser meu pai não é meu pai. — Max pegou os
papéis dela e olhou a certidão de nascimento. Assim que viu o nome, ele
soube do que se tratava.
— Se seu pai for realmente Viktor Ivanov, precisamos estar
preparados, — disse Max.
— Quem é ele?
Dimitri agarrou a mão dela e apertou. — Ele é um homem muito
perigoso, myshka.
Capítulo 24
Kyle não sabia o que pensar. Ela estava confusa com tudo isso.
— Eu preciso saber se Ryan sabia sobre isso, e preciso entender por
que Viktor é perigoso. Vocês podem responder metade disso agora. — Ela
olhou para os dois irmãos, esperando que eles contassem a ela.
— Ele faz o que nós fazemos, só que em uma escala maior. Bom, ele
costumava fazer. Nosso pai trabalhava para ele, e uma merda aconteceu,
e nosso pai brigou com a organização de Viktor, e os venceu.
— Mas já que você recebeu isso, podemos presumir que ele não está
morto, pois é o chefe da organização que está atrás de nós.
— Ele deve ter assumido aquela organização para nos caçar, e agora
ele sabe que pode ter as duas coisas: nossa organização e você.
Kyle ficou chocada com o que Max acabara de contar. Ela nunca
pensou que estaria envolvida neste tipo de vida, muito menos que teria
nascido nela.
— E o que nós vamos fazer?, — ela perguntou a eles. — Não sabemos,
abelhinha, mas agora que entendemos melhor, podemos começar a
planejar. Isso também pode nos ajudar a encontrar a pessoa que lhes
forneceu informações.
— Nada disso sai desta sala. Falaremos com Ryan, mas primeiro
precisamos de um plano.
Max olhou para Kyle e percebeu que era demais para ela; ela não sabia
como processar essa informação ainda.
Kyle beliscou seu nariz, tentando ignorar a dor de cabeça que estava
começando. — Podemos comer alguma coisa? Não almocei e estou
ficando com dor de cabeça.
— Sente-se melhor agora com a barriga cheia?, — Dimitri perguntou a
Kyle.
— Minha cabeça ainda dói, mas ajudou um pouco, — Kyle disse
enquanto se recostava no sofá ao lado de Dimitri.
— Deita aqui. — Dimitri deu um tapinha em seu colo.
Kyle deitou e Dimitri começou a massagear sua cabeça.
— Ah! Isso está incrível, — Kyle gemeu.
Dimitri queria ajudar Kyle a relaxar, mas os sons que ela estava
fazendo estavam o deixando duro.
Ele continuou massageando sua cabeça, moveu as mãos para suas
têmporas e se inclinou para beijá-la.
— Humm, — Kyle cantarolou contra seus lábios.
A mão de Dimitri viajou por seu torso até o jeans. Ele desabotoou sua
calça e deslizou a mão por ela, tocando seu núcleo.
Ele esfregou lentamente para frente e para trás, fazendo Kyle gemer.
— Eu amo os sons que você faz quando eu toco você, — Dimitri disse
enquanto se inclinava para beijá-la.
O ritmo de Dimitri começou a aumentar, e Kyle podia sentir sua
liberação crescendo. Ela precisava disso e começou a mover os quadris.
— Mais, — ela gemeu.
Ele pressionou mais forte enquanto esfregava seu núcleo, e ele podia
sentir que ela estava perto.
Ele a beijou, dando beliscões em seu clitóris, e isso a enviou ao limite.
Kyle gemeu na boca de Dimitri enquanto seu corpo tremia de seu
orgasmo.
— Você se sente melhor agora, myshka?
— Sim. — Kyle suspirou e fechou os olhos, saboreando seu tempo com
Dimitri.
*
— Você queria falar comigo?, — Ryan disse ao entrar no escritório de
Max e Dimitri.
— Sente-se, — disse Max. — Essa conversa é só entre nós três e nunca
sairá desta sala, entendeu?
— Sim.
— Ótimo. Recebemos algumas informações outro dia. Você sabia que
o pai de Kyle não era o pai dela?, — Max estudou o rosto de Ryan para ver
se ele conseguia detectar uma mentira.
— Não. Tem certeza?
Max entregou a certidão de nascimento de Kyle.
— Quem é essa pessoa?, — Ryan perguntou
— Estamos tentando descobrir, — Max mentiu. Ele não queria que
Ryan soubesse. Quanto menos informações as pessoas soubessem,
melhor e, controlando as informações, ele poderia eliminar o
informante.
— Você se lembra de ter chamado alguém de Viktor ou tio na época
em que sua mãe estava grávida de Kyle?
Ryan estava tentando pensar, mas ninguém veio à mente.
— Acho que não, mas não tenho 100% de certeza, — disse ele a Max
— Tudo bem. Lembre-se, tudo isso é entre nós, — Max o advertiu.
Max sabia que Ryan estava dizendo a verdade; sua linguagem corporal
não deu nenhum sinal de mentira e a conversa não revelou nada.
Eles estavam em um lugar difícil. Eles poderiam esperar por Viktor ou
tentar surpreendê-lo.
Capítulo 25
Max passou a maior parte da noite com Dimitri e Anatoli tentando
pensar em um plano para se livrar de Viktor. Os três homens estavam
exaustos e não conseguiram bolar nada.
Assim que encerraram a noite, Max e Dimitri decidiram dormir com
Kyle. Eles queriam sentir seu conforto.
Kyle acordou quando ela se sentiu sendo puxada para o meio da cama.
— O que está acontecendo?, — ela perguntou sonolenta.
— Só estamos abrindo espaço na cama para nós, abelhinha, — Max
respondeu enquanto beijava o topo de sua cabeça.
— Vocês bolaram um plano?
— Vamos conversar sobre isso pela manhã. — Dimitri não estava com
vontade de falar. Ele queria abraçá-la e dormir.
— Eu deveria conhecê-lo. Esse deve ser o plano. — Kyle estava séria;
ela pensou sobre isso a noite toda.
— Não podemos deixar você fazer isso, myshka. É muito perigoso. —
O objetivo de Dimitri não era envolvê-la no plano, mas ele sabia que Kyle
estava certa.
Ele sabia que conhecê-la seria a maneira mais rápida de chegar a
Viktor.
— Dimitri está certo — é muito perigoso para você conhecê-lo. Não
sabemos o que ele quer com você, — Max afirmou.
— Só pense sobre isso. — Se eles contassem a ela, sabiam que Kyle
ainda planejaria o encontro sem eles. Ela queria conhecer seu pai.
*
Kyle acordou com uma missão. Convencer Max e Dimitri de que ela
precisava conhecer Viktor.
Kyle teve sorte e acordou antes dos irmãos e colocou seu plano em
ação. Ela iria mimá-los e convencê-los de que ela estava certa.
Ela foi até a cozinha, se certificou de que a cozinheira não estava lá e
começou a fazer panquecas, bacon e ovos. Ela nunca tinha cozinhado
para eles e estava um pouco preocupada que eles não gostassem.
— O que você está fazendo?
Kyle deu um pulo e deixou cair a mistura para panqueca no chão.
— Eu queria surpreender você e Dimitri com café da manhã na cama.
Max a achava adorável; ele adoraria ficar lá assistindo Kyle cozinhar.
Era bom vê-la domesticada.
Max foi até Kyle e a beijou.
— Pare, preciso limpar isso, — Kyle disse, rindo.
— Temos gente para isso, — disse Max, puxando-a para mais perto
dele e beijando-a.
Kyle se afastou do beijo novamente, deixando Max irritado. — Você
está me deixando com raiva. Deixa eu te beijar.
— Eu queria falar com você e Dimitri.
— Claro, depois de nos divertirmos. — Max se inclinou na direção de
Kyle e a beijou.
Desta vez, ele a beijou até quase sufocá-la e, quando eles pararam,
Max não perdeu tempo.
Ele puxou a calça e a calcinha de Kyle. Assim que ela ficou nua, Max
acariciou seu sexo e gemeu quando sentiu o quanto ela estava molhada.
Ela era sempre tão receptiva, ele adorava aquilo.
Ele girou Kyle, colocando-a de frente para o balcão. Pegando sua mão,
ele empurrou seu peito e rosto contra o balcão. Ele se levantou, abriu as
pernas dela e deslizou para dentro dela com um impulso forte.
Max era sempre animalesco e Kyle adorava aquilo. Ela adorava a
possessividade e a força dele durante o sexo. Isso a excitava.
A cada estocada, Kyle gemia mais alto. O ritmo de Max era implacável
e ela queria mais.
— Toque-me, Max, — ela gemeu.
Max serpenteou a mão pela sua barriga e começou a esfregar seu
clitóris.
Kyle já podia sentir seu orgasmo chegando, e quando Max se inclinou
e mordeu seu ombro, a dor causou um prazer inesperado, e ela explodiu.
Max sentiu seu núcleo apertar o pau dele. — Porra!, — ele gritou,
envolvendo o cabelo dela com a mão e puxando-o para trás, dando-lhe
um impulso final forte antes de gozar, jorrando seu sêmen dentro de
Kyle.
Max fez Kyle ficar deitada no balcão enquanto esfregava e beijava suas
costas.
— Você é sempre incrível, — Max sussurrou para ela. — Eu te amo. —
As palavras deixaram sua boca. Ela não esperava dizer isso e começou a
entrar em pânico.
— Eu também te amo, abelhinha. — Max a fez se levantar e a virou
para encará-lo.
— Você é de outro mundo, Kyle, e a única coisa que pode explicar o
que sinto por você é o amor.
O plano de Kyle para amaciar os irmãos não saiu de acordo com o
planejado, então ela decidiu ser direta.
Ela estava sentada no escritório, se preparando para convencê-los de
por que ela precisava encontrar Viktor sozinha.
Mas o que Kyle não sabia ou esperava era que Max e Dimitri
concordavam com ela e conversaram esta tarde sobre colocar um plano
em ação.
Quando Kyle percebeu que ela não precisava convencê-los, ela ficou
confusa.
— Então vocês dois concordam comigo?, — ela perguntou.
— Não queremos que você vá, porque é perigoso, mas sabemos que é
preciso. A parte difícil será deixar Viktor saber que você quer se
encontrar com ele.
— Não sabemos onde ele está, mas esperamos que se contarmos às
pessoas aos poucos, o informante irá vazar a notícia, — Dimitri explicou
a ela.
— Como descobrimos quem é o informante? — Ela estava curiosa;
eles não tinham contado a ela que já sabiam quem era.
— Não descobrimos, mas podemos divulgar informações diferentes
para pessoas diferentes e descobrir pelo que Viktor acabar ouvindo, —
disse Max.
— Quais informações?, — Kyle perguntou a Max.
— Ainda não decidimos. Não queremos que você se machuque e já
estamos te colocando em perigo, então vamos reservar um tempo para
planejar isso, — Max implorou a ela.
— Confio em vocês dois, então se isso é o que precisa acontecer,
vamos tomar o tempo necessário.
Capítulo 26
A primeira etapa do plano era listar as pessoas que eles achavam que
poderiam traí-los. A lista era mais longa do que gostariam, mas algumas
pessoas vieram de outras organizações ou foram obrigadas a trabalhar
para eles.
— Temos que limpar nossa organização e nos livrar daqueles em
quem não confiamos. — Dimitri suspirou.
— Faremos isso mais tarde. Precisamos nos concentrar nisso, — disse
Max a ele. — Precisamos restringir essa lista. Acho que devemos escolher
cinco nomes de quem suspeitamos mais.
— Concordo. — Dimitri achava que quanto menos informações falsas
eles tivessem para espalhar, melhor.
— Onde está Kyle?, — Max perguntou.
— Ela deve voltar logo. Saiu com Elliot para um passeio. Eu me
certifiquei de que Ellis a acompanhasse.
— Boa ideia. Acho que ela precisa sair mais. Depois de resolver tudo
isso, acho que deveríamos tirar férias.
Dimitri ficou surpreso; Max geralmente gostava de ficar sempre por
perto para vigiar tudo. — Ela te pegou, não é?
Max soltou um suspiro. — Acho que sim. Eu disse a ela que a amava
depois que ela disse isso para mim outro dia.
— Você? — Dimitri sabia que gostava muito de Kyle, mas não tinha
certeza se estava apaixonado. Ele poderia amá-la como seu irmão?
— Eu a amo. Não tenho certeza do que se passa com ela, Dimitri, mas
quero ficar com ela. Quero que ela continue nossa.
— E se eu não a amar?
Max olhou para seu irmão sem acreditar. — Eu acho que você ama,
sim, só está com medo, mas se você realmente não a ama, precisa se
afastar em vez de se aprofundar neste relacionamento.
— Não tenho certeza. Talvez eu precise de uma pausa de tudo isso
para descobrir essa merda. — Dimitri apertou a ponte do nariz,
pensativo.
— Está tudo bem, Dimitri, mas se você precisar de uma pausa, tem
que dizer a ela.
Max estava ficando bravo com seu irmão — não por querer uma
pausa, mas porque ele iria machucar Kyle, e ele não queria ver ou sentir
isso.
— O que você acha que devo fazer, Max?
— Eu não posso te dizer o que fazer; só posso pedir que você faça o
que achar melhor e o que quiser fazer.
— Mas se você quiser dar um tempo, acho melhor fazer isso agora.
Mas lembre-se de que você vai machucá-la e ela vai odiar você.
Dimitri ficou pensando em seu dilema o dia todo. Ele sabia que se
importava com ela, mas tinha certeza de que não era amor.
Dimitri adorava estar com Kyle, mas estar apaixonado e gostar de
estar com ela eram duas coisas diferentes, certo?
Ele decidiu que iria acabar com as coisas e ela só ficaria com Max.
Kyle se encontrou com Dimitri no escritório. Ele achava que o
ambiente era formal e daria mais separação emocional.
— Você queria me ver?, — Kyle perguntou ao entrar.
— Sim, myshka. Sente-se. — Ele apontou para o assento ao lado dele
no sofá.
Dimitri não disse nada de imediato e Kyle estava começando a ficar
nervosa.
— Tem algo errado?, — ela perguntou.
— Não... Quero dizer, sim... Eu não sei, porra. — Dimitri ficou sem
saber o que dizer pela primeira vez na vida.
Kyle agarrou o rosto de Dimitri e o segurou entre as mãos, perto de
seu rosto.
— O que foi?, — ela perguntou novamente, inclinando-se para beijá-
lo nos lábios.
— Eu não posso fazer isso, — ele se afastou.
— Você não pode fazer o quê, Dimitri?
— Eu não posso fazer isso. Eu não posso mais fazer isso, a gente. —
Ele gentilmente agarrou suas mãos e as colocou em seu colo.
— Você está terminando comigo? — O lábio dela começou a tremer e
Dimitri já estava se sentindo culpado.
— Sim. Eu preciso entender algumas coisas.
— O que eu fiz de errado? Eu posso consertar — apenas me dê uma
chance. — Quando ela terminou a frase, deixou escapar um soluço.
— Myshka, você não fez nada de errado.
— Então por que você não me ama? Por que você não quer ficar
comigo?
— Eu me importo muito com você, mas não sei se estou apaixonado
por você.
Kyle soluçou ainda mais quando essas palavras saíram de sua boca.
— Myshka...
— Não, você não tem o direito de me chamar mais assim. Você não
pode terminar comigo e depois tentar me confortar. Você não pode
terminar comigo e agir como se você se importasse.
— Eu te amo, Dimitri. Eu te dei tudo que eu poderia dar a um cara, e
agora me sinto uma idiota, como se eu tivesse sido enganada.
Ela não esperou que ele respondesse; se levantou e o deixou. Ela não
suportava olhar para ele. Ela se sentiu enojada, usada e o pior de tudo:
com o coração partido.
Capítulo 27
— Você precisa se levantar.
— Eu não quero. Apenas me deixe em paz, Varina, e saia com Ryan.
Fazia apenas um dia que Dimitri disse a Kyle que não queria ficar com
ela, e ela não estava lidando bem com isso.
— Você vai pelo menos se juntar a Max para jantar? Ele está
preocupado com você.
— Se eu disser que sim, você vai me deixar em paz?
— Não. Para eu te deixar sozinha, você precisa se levantar e se vestir.
— Tá bom!
— Quero ver você lá embaixo em trinta minutos. — Varina estava se
esforçando para ajudar Kyle a superar o fora de Dimitri. Ela não queria
que ela ficasse sofrendo. Kyle ainda tinha Max e não podia ignorá-lo por
causa de Dimitri.
*
Kyle fez o que ela prometeu a Varina, arrumou-se e desceu as escadas.
Ela estava com fome e esperava poder pegar algo para comer sem
esbarrar em Dimitri, mas não teve sorte.
Ele estava sentado na ilha comendo quando ela entrou na cozinha.
Ela respirou fundo e caminhou em direção à geladeira.
— Sobrou bolo de carne no pote verde.
— Obrigada, — Kyle sussurrou. Ela estava quase chorando
novamente. Sua visão estava ficando embaçada e ela estava tentando se
segurar. Kyle não podia fazer isso. Não conseguiria estar na mesma casa
que ele.
Kyle saiu da sala e foi procurar Max. Ela precisava de Max; ela
precisava ser abraçada por ele.
Ela foi ao quarto de Max, não se incomodou em bater e entrou
chorando. — Eu não posso fazer isso, Max. Eu não posso ficar aqui com
ele. Isso dói.
— Eu sei, abelhinha. Venha se sentar comigo, — Max disse. Pouco
antes de ela fechar a porta, Elliot correu e ocupou seu lugar ao lado de
Max.
Kyle riu de Elliot, pegou-a e colocou-a em seu colo. — Viu, abelhinha?
Nós te amamos. — Max beijou a cabeça de Kyle e puxou-a para si.
— Vamos superar essa coisa toda do Viktor e depois sairemos de
férias, vamos descansar de tudo isso.
Kyle fungou. — Eu ia gostar disso. Vocês já pensaram em um plano?
— Sim. Eu estava planejando falar com você sobre isso amanhã, mas,
para resumir, vamos dar informações para cinco pessoas diferentes e ver
onde o pessoal do Viktor vai parar.
— Você só vai estar em um ponto, e podemos descobrir quem é o
informante se alguém aparecer.
— E se eles aparecerem no lugar errado? Como vou me encontrar com
ele?, — ela perguntou a Max.
— Teremos pessoas em todos os lugares, e se for em um lugar em que
você não está, mandamos uma mensagem para o ponto de encontro, pois
ainda saberemos quem é o informante, então pegamos a pessoa de
qualquer maneira.
— Obrigada por cuidar de mim.
— Você não tem que me agradecer, abelhinha.
Dimitri não tinha pensado nas consequências. Ele não sabia como
seria ver Kyle no dia seguinte ou morar na mesma casa que ela.
Ele queria abraçá-la e beijá-la quando ela entrasse na cozinha. Ele já
estava lamentando sua decisão.
— O que você tem?, — Anatoli perguntou enquanto batia em suas
costas.
— Kyle... Não tenho certeza se fiz a escolha certa.
— Eu acho que você fodeu tudo, meu amigo.
— Por que você acha isso?
— É óbvio que você a ama e está apenas com medo. Você não a trata
como as outras mulheres com quem já esteve. Ela é boa para você. Supere
o seu medo e diga a ela que você a ama.
Dimitri suspirou. — Não é tão fácil. Não sei o que fazer ou como
fazer. Dizer que eu a amo — o que vai acontecer quando ela quiser se
casar ou ter filhos?
— Ela ainda tem uma chance se estiver comigo e com Max?
— Você deveria deixá-la decidir isso. Se ela quer vocês dois, e vocês
dois estão dispostos a compartilhá-la e amá-la, então não deveria ser um
problema.
— Você não fala muito, Anatoli, mas você é sensato.
Anatoli riu. — Eu conheço meu amigo.
Dimitri sentia que Anatoli estava certo, mas não sabia o que fazer.
Ele ainda não tinha certeza de como se sentia e de como poderia dar a
Kyle a vida que ela queria ou merecia, mas sabia que precisava deixar isso
de lado até que pudessem deixá-la segura.
Capítulo 28
Algumas semanas se passaram e ficou mais fácil para Kyle. Ela ainda
sentia falta de estar com Dimitri, mas ela tinha Max e Viktor para ocupar
sua mente e seu tempo.
Esta noite era a noite em que ela iria encontrar seu pai ou dizer que
queria conhecê-lo.
Kyle estava nervosa e não sabia no que ela estava se metendo, mas ela
sabia que Max e Dimitri a manteriam segura.
'Você está pronta, abelhinha? '
— Acho que sim. Estou muito nervosa. E se algo acontecer?
— Nós vamos lidar com o que quer que aconteça quando chegar a
hora. Dimitri e eu estaremos lá. — Max a beijou e a levou para o carro.
Dimitri já estava no carro esperando por eles, e Kyle não sabia o que
dizer, então agiu como se ele fosse outra pessoa. Ela disse oi enquanto
entrava no carro.
As coisas ainda pareciam um pouco estranhas, mas ela não chorava
mais quando estava perto dele, o que Kyle interpretou como um sinal
positivo — ou, pelo menos, foi o que ela disse a si mesma.
Dimitri estava passando por um momento difícil. Ele pensou que
deixá-la ir iria esclarecer as coisas, mas se enganou, e sentia muito a falta
dela.
— Quanto tempo vai demorar para chegar lá?, — ela perguntou.
— Cerca de quatro horas sem nenhuma parada, — Dimitri respondeu.
— O que vai acontecer quando chegarmos lá?
— Ellis estará esperando e nos avisará quando alguém aparecer. Você
não sairá do carro até que tenhamos a confirmação de que Viktor está lá
para recebê-la, — Max explicou.
— E seremos notificados se eles aparecerem em outro lugar?
— Sim. Mas estamos torcendo para que eles apareçam lá mesmo para
podermos obter mais respostas, — disse Max.
*
Não demorou muito para Kyle adormecer no carro. Mesmo quando
era mais jovem, ela não conseguia ficar acordada em uma longa viagem
de carro. Max estava com o braço em volta dela e a cabeça dela apoiada
em seu peito.
— Como ela está?, — Dimitri perguntou ao irmão. Ele queria saber o
que havia perdido. Se ela estava bem.
— Ela está bem. Ela ainda te ama. Sempre me diz que também sente
sua falta. Você pode tentar afastá-la, mas ela não vai desistir.
— Eu também sinto falta dela, mais do que eu gostaria de admitir ou
pensei que sentiria. Para ser honesto, Max, temo que não possamos dar a
ela o que ela quer se ela tiver nós dois.
— E se ela quiser se casar ou, pelo amor de Deus, ter filhos? Ela não
pode ter uma família normal.
— Eu entendo o que você está dizendo, mas você não deveria fazer
essa escolha por ela. Talvez você devesse ter essa conversa com ela, mas
você precisa dizer a ela que a ama. Você a ama, não é?
— Acho que sim. Eu nem tenho certeza de como chamar meus
sentimentos por ela. Tenho estado muito infeliz e não consigo olhar para
outra garota. Eu tentei. Beijei outra e me senti culpado pra caralho.
Max começou a rir do seu irmão. — Você está pior que eu, Dimitri.
*
— Acorde, abelhinha. — Max adorava acordá-la; ele a achava sempre
adorável quando se espreguiçava e gemia ao ser acordada.
Max a beijou nos lábios.
— Humm, essa é uma boa maneira de ser acordada, — Kyle disse,
beijando-o de volta.
Dimitri odiava ver seu irmão beijar Kyle porque era o que ele queria.
Ele queria estar com ela. Ele estava com raiva de si mesmo. Ele estava
bravo porque tinha sido burro o suficiente para afastá-la.
Ele precisava respirar.
Dimitri saiu do carro, bateu à porta do carro e deixou Kyle e Max.
— O que há de errado com ele?, — Kyle perguntou a Max.
— Ele está com raiva de si mesmo pelo que fez a você e está tendo
dificuldade em admitir que errou em afastá-la.
— Eu vou falar com ele. — Kyle saiu do carro e, como estava escuro,
ela não conseguiu ver para onde ele ia até enxergar a brasa do cigarro.
— Volte para o carro, Kyle.
— Eu vim aqui para falar com você e não vou voltar para o carro até
conversarmos.
— Podemos conversar em casa. Por favor, volte para o carro.
— Estou com saudade de você, Dimitri, e dói saber que não estou com
você. — Kyle esperava que isso o fizesse falar com ela.
Dimitri deu outra tragada no cigarro antes de apagá-lo e se virar para
Kyle.
— Por quê? Porque você sente minha falta? — Dimitri sabia a resposta,
mas queria ouvi-la dizer.
— Porque eu te amo. Eu não queria esse tempo; quero você. — Kyle
estava quase implorando. Ela queria que ele soubesse que ela realmente o
queria de volta.
— Eu não posso te dar o que você merece.
— O que eu mereço, Dimitri? — O tom de Kyle tinha um toque de
raiva. Tudo o que ela precisava ou merecia eram eles, e ela estava irritada
por ele não poder ver isso.
— Amor, família, alguém com quem casar — você não pode ter isso
com dois caras.
— Sim, eu posso. Amo você e amo Max; não preciso me casar com
você para que você me ame ou tenha uma família. Você precisa superar
isso. Você e Max compartilham garotas o tempo todo. Isso não é
diferente.
— É diferente, myshka. É diferente porque queremos estar com você, e
somente você. Não queríamos nenhuma outra garota — você é tudo para
nós dois, e eu percebi que você sempre vai amar mais um de nós, e Max
vai ganhar.
— Sei que você vai querer ter filhos e não tenho certeza se os quero, e
se tivéssemos filhos, gostaria de saber se são meus e não do meu irmão.
Kyle foi até Dimitri e segurou o rosto dele nas mãos. Ela ficou na
ponta dos pés e deu-lhe um beijo leve.
— Eu amo você e Max da mesma forma. Vocês dois são diferentes e os
dois têm todo o meu amor, e podemos levar nosso futuro um dia de cada
vez. Volte para mim, Dimitri. Eu amo você.
Capítulo 29
— Vamos conversar sobre isso mais tarde. — Dimitri se abaixou e
beijou Kyle. Beijá-la era melhor do que ele se lembrava. Seus lábios eram
suaves, e ela sempre se submetia a ele no controle do beijo.
— Gostaria de não ter que estragar este pequeno momento, mas
Anatoli ligou. Foi Mike.
Kyle e Dimitri encaram Max em descrença.
— Isso não pode estar certo. Mike nunca foi desleal. Por que ele estava
na lista, afinal?
— Ele nem sempre foi alguém em quem confiamos. Ele fez um monte
de coisas ruins, mas se redimiu ao longo dos anos, ou assim pensamos, —
Max explicou.
Kyle não pôde deixar de pensar que algo estava errado. Mike nunca
deu a ela qualquer indício de que não estava feliz ou que queria o mal de
Max e Dimitri.
— O que vai acontecer?, — Kyle perguntou a eles.
— Nós cuidaremos disso amanhã, mas, por agora, vamos encontrar
um hotel para podermos descansar um pouco e voltar para casa pela
manhã.
*
O quarto de hotel que Max e Dimitri conseguiram era mais como um
apartamento. Kyle aprendeu que os irmãos gostam de gastar seu
dinheiro, principalmente para conforto e conveniência.
O espaço tinha dois quartos e um banheiro com área de estar e
cozinha. O hotel era do mesmo tamanho do lugar em que ela morava
com Ryan.
— Está com fome?, — Max perguntou quando ela saiu do banheiro.
— Morrendo de fome.
— Vá tomar um banho e pedirei serviço de quarto para nós três.
Kyle fez o que Max disse. Ela estava ansiosa por um bom banho
quente, mas, antes de chegar ao banheiro, Dimitri a interrompeu.
— Eu esperava que pudéssemos dividir um quarto esta noite, para
conversar.
Kyle achava esse lado de Dimitri fofo e ele não tinha certeza de si
mesmo.
— Claro. Vou avisar Max. Ele também ia pedir comida, então vou atrás
dele e conseguir o que você quer antes que ele decida tudo.
— Obrigado, — foi tudo que Dimitri disse antes de deixar Kyle.
Naquela noite, pela primeira vez em muito tempo, Kyle subiu na cama
com Dimitri. Ela estava nervosa, mas feliz.
Kyle rolou de lado e olhou para Dimitri. — Sobre o que você quer
falar? Diga-me o que está na sua cabeça.
Dimitri não sabia como começar e tinha medo de expor seus
sentimentos. Ele não tinha certeza de como fazer isso.
— Eu não sei o que fazer. Não tenho certeza se entendi o que está
acontecendo com meus sentimentos.
— Eu quero estar com você, e me importo com você. Nenhuma outra
mulher se compara a você, mas não tenho certeza se posso te amar de
maneira adequada. — Dimitri ficou aliviado por poder dizer tudo isso
abertamente a ela.
— Você se preocupa demais e pensa demais, Dimitri. Você me ama do
jeito perfeito; você cuida de mim, você garante que eu tenha tudo o que
quero. Você está me amando do jeito que preciso ser amada, sem tentar.
— Sinto muito, myshka, eu realmente sinto. Nunca quis te machucar e
gostaria de outra chance.
— Você não precisa pedir uma segunda chance.
Você sempre terá um lugar comigo. — Kyle montou em Dimitri.
— Sabe, quando fui levada, fiquei com raiva e não queria ficar, mas
comecei a gostar do meu lugar aqui. Gosto do meu lugar com você, com
Max, e gosto da minha vida aqui.
Kyle se inclinou e beijou Dimitri. Ela nunca tinha estado no comando,
especialmente no quarto, e a emocionou dar o primeiro passo.
Ela quebrou o beijo e desceu por seu corpo para tirar sua cueca
samba-canção. Antes de montar nele novamente, ela tirou a camisola e a
calcinha.
Dimitri a deixou assumir a liderança e estava feliz por ela o querer.
Kyle se abaixou lentamente em seu pau. Ela gemeu quando ele estava
inteiramente dentro dela.
— Você é gostosa pra caralho, myshka. — Dimitri sentou-se e colocou
a boca no seio dela, fazendo-a gemer novamente.
— Senti sua falta, Dimitri.
Ela o empurrou um pouco para trás, e Dimitri deitou novamente.
Assim que ele se acomodou, Kyle começou a se mover para cima e
para baixo em seu pau. Seu ritmo era lento. Ela queria saborear a
sensação e provocá-lo.
Dimitri estendeu a mão e envolveu o cabelo dela, puxando sua cabeça
para trás. O pouco de dor que o movimento causou fez com que o ritmo
de Kyle acelerasse.
— É isso aí, baby. — Dimitri estava gostando da sensação dela
montada nele; excitava-o vê-la saltar para cima e para baixo.
Ele começou a massagear seu clitóris com os dedos. — Isso é tão bom,
— ela gemeu.
Kyle sentiu seu prazer crescendo. Quanto mais perto ela chegava, mais
rápido ia, perseguindo a sensação do orgasmo, até que desmoronou,
gemendo o nome de Dimitri.
Dimitri não esperou Kyle desencaixar do seu pau; ele os girou e, com
ela agora debaixo dele, socou dentro dela, mais e mais.
Com cada estocada, Kyle gemia de prazer, saboreando o jeito rude
dele.
Dimitri se perdeu em Kyle. Ele a queria cada vez mais, e cada gemido
dela o fazia querer forçá-la a gemer mais.
As estocadas de Dimitri tomaram-se erráticas. Seu clímax estava se
aproximando, e Kyle podia sentir isso.
— Mais forte, Dimitri.
Dimitri se chocou contra ela mais duas vezes antes de se liberar
dentro dela. O jorro de sua essência desencadeou o orgasmo de Kyle —
um orgasmo tão intenso que levou um momento para ela voltar dele.
— Deus, eu senti sua falta, myshka.
Capítulo 30
— Qual é o plano para Mike?, — Kyle perguntou aos irmãos.
Eles estavam no meio do caminho para casa, e Kyle ainda não
acreditava que Mike tinha feito isso.
— Precisamos descobrir o porquê. Acho que provavelmente algo foi
oferecido a ele. Ele não estava lá ontem à noite, então Anatoli não
conseguiu confrontá-lo, mas eu o convidei para jantar conosco.
Max ficou desapontado. Mesmo que eles colocassem Mike na lista de
pessoas em quem eles não podiam confiar, ele esperava que Mike
provasse que eles estavam errados.
Mike tinha sido um bom amigo ao longo dos anos e Max queria
confiar nele.
— Sei que não conheço seus homens como você e Dimitri, mas pelas
minhas interações com Mike, ele é leal. Você deve abordar isso fazendo
perguntas e não indo direto para a violência.
— É por isso que ele está vindo para o jantar, abelhinha. Dimitri e eu
estamos levando suas opiniões em consideração; sabemos que você vê
coisas que podemos não ver.
— Obrigado, — Kyle disse, inclinando a cabeça sobre ele.
*
Quando chegaram em casa, já era o início da tarde. Kyle tinha algum
tempo de sobra e ela esperava alcançar Varina.
Varina estava hospedada em um quarto de hóspedes, então Kyle
decidiu ver se ela estava em casa, mas quando se aproximou da porta,
encontrou seu irmão saindo do quarto.
— Eu sabia!, — Kyle gritou.
O rosto de Ryan ficou vermelho. — Não diga nada para Max e Dimitri.
— Eles não vão se importar, Ryan. Eles são mais tranquilos do que
você imagina, e acho que eles ficarão bem com isso.
— Deixe-nos dizer a eles quando estivermos prontos.
— Não se preocupe, não vou dizer nada.
Kyle se despediu do irmão e bateu na porta de Varina.
— Então, acabei de pegar meu irmão saindo do seu quarto.
Varina sorriu para Kyle.
— Você não se importa, não é?
— Por que eu me importaria? Estou feliz. Gosto de você e acho que
você será boa para Ryan.
Varina deixou escapar um suspiro de alívio. Ela gostava de Ryan e não
queria causar problemas com Kyle.
— Como foi a noite passada?, — Varina perguntou a Kyle, esperando
mudar de assunto.
— Foi agridoce. Meu pai não apareceu na minha localização, mas
Dimitri e eu meio que fizemos as pazes.
— Então, ele parou de ser estúpido?
— Ele não é estúpido; ele está com medo e confuso e só precisa de
algum tempo.
*
Kyle passou a tarde com Varina e ela se sentia como se estivesse com
uma irmã. Isso tirou sua mente de Mike e de seu pai, e ela se sentiu
relaxada o suficiente para lidar com o jantar.
A comida foi servida em silêncio, e Kyle se sentiu mal por Mike porque
não tinha ideia do que estava por vir, e o fato de ter trazido Sarah com ele
tomou tudo pior.
— Chamamos você por um motivo, Mike, — Dimitri começou a
conversa, o que deixou Kyle mais relaxada porque Dimitri era o mais
calmo.
— Há algo que vocês precisam?, — Mike perguntou.
— Na verdade, queremos saber por que você estava dando a Ivanov
informações sobre nós. — O tom de Max estava cheio de raiva e
preocupando Kyle.
— Não sei do que você está falando, Max.
— Não brinque com essa merda, Mike. Informamos às pessoas
diferentes locais para ver quem vazaria, e eles apareceram no local que
avisamos a você.
Mike se levantou e Kyle percebeu que Mike ficou ofendido com a
acusação.
— A única pessoa para quem eu disse algo foi Sarah, e não estou
mentindo para você.
Houve silêncio à mesa e Kyle aproveitou a chance.
— Sarah, você gostaria de acrescentar ou explicar algo?, — Kyle tinha a
sensação de que Mike era leal, mas ela não tinha certeza se Sarah era a
culpada.
Sarah olhou para suas mãos, que estavam em seu colo.
— Fui eu; eu dei a eles a informação.
Todos ficaram calados e um pouco chocados.
Sarah olhou para Mike, com lágrimas nos olhos. — Sinto muito, Mike.
Eu te amo, amo muito. Viktor é meu pai e fui enviada para coletar
informações, mas conheci Mike e tenho medo de meu pai, e quando
mencionei Kyle a ele, tudo piorou.
— Como você pôde fazer isso comigo?, — Mike perguntou a Sarah.
— Eu não tive escolha, Mike. Por favor, me perdoe. Eu te amo, — ela
soluçou.
Kyle estava além de chocada; ela estava se agarrando ao que Mike
tinha dito sobre Sarah.
Kyle nunca pensou que ela seria a culpada, mas o que a surpreendeu
de fato foi Sarah ter confessado ser sua irmã.
Capítulo 31
Depois do jantar, Max e Dimitri colocaram Sarah em um dos quartos
com os guardas a vigiando. Kyle queria que Sarah fosse bem tratada e não
queria que os irmãos agissem com raiva.
Mike acabou saindo depois de dizer a Sarah que não queria mais nada
com ela.
— Como você está se sentindo, inyshka?!
— Estou confuso. É difícil acreditar que Sarah é minha irmã. Não
somos parecidas e me sinto mal por Mike.
Dimitri esfregou os braços de Kyle, esperando que o gesto ajudasse a
relaxá-la um pouco.
— O que vai acontecer com ela?, — Kyle temia que eles a
machucassem pela traição ou como um aviso para o seu pai.
— Eu tenho algumas ideias. Acho que precisamos de um teste de DNA
para provar que ela é sua parente, e se ela for, e se ama mesmo o Mike,
acho que podemos transformá-la e usá-la como uma espiã.
Kyle gostou da ideia de Max. Era uma solução que não envolvia
ninguém se machucando, e isso lhe daria a chance de conhecer Sarah.
Kyle se recusou a interagir ou sair com Sarah desde o incidente no
shopping quando Max a forçou a morar lá.
— Eu quero vocês dois esta noite. Vocês vão ficar?, — ela perguntou a
eles, sabendo que sua resposta seria sim.
Kyle ficou nua e deitou na cama. Max foi o primeiro a se despir e se
juntar a ela. Dimitri estava um pouco hesitante e Kyle sabia por quê.
— Eu quero vocês dois, Dimitri.
Dimitri se despiu e se deitou do outro lado de Kyle.
Kyle se virou e beijou Dimitri. O beijo foi lento e leve; Kyle queria que
ele soubesse que ela o amava.
Kyle interrompeu o beijo e se virou para Max e o beijou. O beijo foi
apaixonado, e Max rapidamente dominou o beijo como sempre fazia.
Max interrompeu o beijo e olhou para Kyle. — Concentre-se em
Dimitri primeiro, — ele ordenou a ela.
Kyle se voltou para Dimitri e o beijou. Ela beijou seus lábios, seu
pescoço e desceu até seu pênis ereto.
Ela pegou o pau de Dimitri em sua boca, o que o fez gemer. Enquanto
ela agradava Dimitri, Max brincou com ela.
As mãos de Max percorreram seu corpo. Ele começou em seus seios e
brincou com seus mamilos, o que a fez gemer em tomo do pau de
Dimitri, dando a ele uma onda de prazer.
Max não parou em seus seios; ele fez o seu caminho até o centro dela.
Max enfiou um dedo no centro dela e Kyle soltou outro gemido.
— Isso é bom, abelhinha?
Max não esperou por sua resposta e moveu os dedos para sua bunda.
Ele circulou o buraco dela com o polegar e Kyle enrijeceu.
— Relaxe. Você vai gostar. Você pode ter nós dois, — Max sussurrou
em seu ouvido.
Um arrepio percorreu Kyle. Ela nunca tinha pensado em tê-los dessa
forma. O pensamento a emocionou e a excitou.
Max lentamente entrou em seu buraco traseiro com o polegar e
empurrou levemente.
Kyle ficou surpreso ao ver que a dor não era mais intensa, mas,
novamente, era apenas o polegar. Max criou um ritmo agradável de
entrar e sair dela, e uma vez que ela começou a gemer, Max disse a ela
para montar em Dimitri.
Quando Kyle se acomodou em Dimitri, Max foi até a cômoda e pegou
um pouco de lubrificante e o levou de volta para a cama.
Dimitri guiou Kyle em seu pau e grunhiu quando ele deslizou em seu
centro quente.
— Você é tão apertada, amor.
Kyle percebeu que ele a chamou de amor e não de myshka. Era essa a
sua maneira de dizer “eu te amo”?
Max aplicou lubrificante em seu traseiro e em seu pênis e se alinhou
com ela. — Você está pronta, abelhinha?
Kyle assentiu.
Dimitri se sentou e beijou Kyle antes de deitá-la em seu peito.
Max começou a entrar nela e Kyle soltou um gemido. Foi mais
doloroso do que o polegar.
— Relaxe, — Dimitri disse, tentando confortá-la.
Ele alcançou entre eles e começou a esfregar sua protuberância
sensível. A dor e o prazer misturados eram um sentimento que Kyle
adora, e ela começou a gemer.
Ter os dois homens ao mesmo tempo representava uma nova
sensação de plenitude.
— É incrível, — Kyle disse enquanto tentava se mover.
— Vamos fazer todo o trabalho, myshka. — Dimitri segurou seus
quadris, e ele empurrou lentamente dentro dela. Ele deu algumas
estocadas dentro dela antes de Max começar a se mover.
Quando Dimitri saiu, Max empurrou. Os golpes alternados fizeram
seu orgasmo crescer mais rápido do que ela estava acostumada, e seu
clímax a pegou desprevenida, fazendo-a gritar de prazer. Kyle foi
dominada pela sensação e, antes que ela pudesse voltar do orgasmo,
outro a atingiu. Ela gemia e não conseguiu evitar os sons que saíam de
sua boca.
Dimitri e Max aumentaram o ritmo. Ouvir os grunhidos de prazer a
fez querer mais.
— Mais. Eu preciso de mais, — Kyle gemeu.
Dimitri pegou a mão dele e beliscou seus mamilos. A sensação
aumentou seu tesão e, quando Dimitri adicionou pressão em seu clitóris,
isso a enviou ao seu terceiro orgasmo.
Dimitri não se conteve e deixou seu próprio clímax tomar conta dele.
Max fez Kyle se deitar em cima de Dimitri, e ele começou a socar
dentro dela. A cada impulso, ela se sentia deslizar para cima em Dimitri.
Max era implacável e Kyle sabia que ela ficaria dolorida pela manhã,
mas estava adorando aquilo. Max empurrou mais algumas vezes antes de
puxar e gozar em suas costas.
Max se levantou para pegar uma toalha quente.
Kyle aproveitou o momento privado com Dimitri.
— Eu amo você. Sei que você não está pronto para dizer isso, mas
saiba que eu te amo, Dimitri.
Dimitri beijou a cabeça dela e a segurou enquanto Max a limpava.
Assim que Max terminou, ela se acomodou entre os irmãos para
descansar um pouco.
— Essa foi uma distração muito boa, — Kyle disse a eles antes de
adormecer.
Capítulo 32
Max pediu ao médico que viesse e tirasse sangue de Kyle e Sarah para
ter certeza de que Sarah não estava mentindo. Depois que o sangue foi
coletado, os homens deixaram Kyle e Sarah sozinhas para conversarem.
Kyle não sabia por onde começar, então elas ficaram sentadas em
silêncio por alguns minutos.
— Eu não sabia que éramos irmãs até depois daquele passeio das
compras, e sinto muito por isso. A propósito, Mike ficou com muita raiva
de mim por isso.
— Não sabemos se ainda somos irmãs, — corrigiu Kyle.
— Eu não mentiria sobre isso. Viktor é meu pai, e é seu pai também.
— Ele pode ter mentido sobre ser meu pai, Sarah.
— Eu não acho que ele está mentindo, já que ele está tão determinado
a te pegar. Se você conseguir conhecê-lo, tome cuidado. Ele não se
arrepende e não se importa com quem machuca.
— Obrigado pelo aviso, mas Max e Dimitri têm tudo sob controle.
Também precisamos saber como entrar em contato com Viktor.
Sarah deixou escapar um suspiro. — Eu tenho um celular descartável
que eles me deram. Não é uma linha direta com ele. Vai para Anton, que
entrega as mensagens.
— Podemos ficar com o telefone?
— Está em casa. Eu sei onde está. Posso pedir ao Mike para pegá-lo.
— Ei, Ky. — Ryan entrou pela porta da frente, cumprimentando-a.
— Ei. Eu não tenho visto você ultimamente.
— Seus namorados têm me mantido ocupado e o resto do meu tempo
tenho estado com Varina.
— Isso significa que vocês estão sérios?
Ryan encolheu os ombros.
— Só posso dizer como me sinto. Eu gosto dela... muito, e sinto a falta
dela quando não estou perto dela.
Kyle deu ao irmão um grande sorriso. — Você a ama. Estou tão feliz
por você, Ry. Você já contou a Max e Dimitri?
— Não. Varina disse que queria contar a eles.
— Vou me certificar de que eles não vão matar você. — Kyle estava
brincando. Ela sabia que Max e Dimitri ficariam tranquilos com a
novidade, desde que ele cuidasse de Varina.
— Myshka\
— Falo com você mais tarde, Ry. É Dimitri gritando por mim.
Kyle subiu as escadas, onde ouviu Dimitri. Ela se dirigiu ao escritório,
o seguindo.
Além de Dimitri, lá estava Anatoli, mas não Max.
— Sente-se, malyshka.
Kyle sorriu com o apelido que Anatoli deu a ela. Ele chamava-a assim
há algum tempo, mas não usava o apelido com frequência. Ela sabia que
isso significava que ele gostava dela.
Kyle se sentou ao lado de Anatoli e, quando ela se acomodou, Dimitri
começou a falar.
— Max e eu achamos que o próximo passo é colocar você com Viktor.
Temos Sarah, então ele pode estar mais disposto a se encontrar com você
diretamente.
— E o que devo fazer?
— Queremos que você o conheça e tente entender o que ele está
tentando fazer.
— Então ficarei lá por um tempo?
— Sim, — foi tudo o que Dimitri disse.
Kyle não gostou. Ela não queria ir embora, especialmente porque ela
não sabia o que aconteceria uma vez que estivesse com Viktor.
— Eu quero um plano mais definido antes de fazermos qualquer coisa,
— Kyle disse a eles.
— Claro, myshka. Não íamos jogar você lá sem planejar nada.
— Estou um pouco nervosa com isso, Dimitri. Eu não quero ficar lá
por um tempo. E se eu ficar presa lá?
— Teremos uma maneira de rastreá-la e não vamos deixá-la ser
mantida em cativeiro, se é isso que a preocupa.
— Ok, farei isso, mas tenho que estar confortável com o plano antes
de levá-lo adiante e quero que Sarah venha comigo.
— Absolutamente não. Não podemos confiar nela. — O pedido deixou
Dimitri nervoso.
— Se formos realmente irmãs e ela quiser Mike de volta, trabalhará
para nós. Ela não gosta de Viktor. Ela até me avisou sobre ele.
— Discutiremos isso mais tarde com Max. Até lá, a resposta é não.
Kyle ficou frustrada e decepcionada por Dimitri não ouvi-la ou confiar
nela. Ela se levantou para sair.
— Onde você está indo?, — Dimitri perguntou.
— Acabei por aqui. Você não vai me ouvir, então terminei. — Kyle saiu
do escritório, deixando Dimitri furioso.
— Ela me deixa com tanta raiva às vezes, — disse Dimitri a Anatoli.
— É uma característica que você gosta. Se ela não fosse assim, você
não a acharia fascinante.
— Ainda me deixa louco.
— Você já descobriu o que quer fazer com ela?
— Quero ficar com ela e sei que as coisas vão ficar complicadas com o
pai dela e com Max, mas estou disposto a me esforçar.
— Continuamos presumindo que Viktor é o pai dela, mas e se ele
estiver mentindo?, — perguntou Anatoli.
— Nós pensamos nisso também. Testar Sarah nos dará uma razão
para acreditar nele ou não.
— Você vai precisar ficar de olho nela quando ela chegar a Viktor. A
família pode ser uma arma poderosa. Não acho que Kylah iria se voltar
contra nós, mas eles poderiam forçá-la a fazer coisas.
Dimitri estava preocupado de que tudo desmoronasse, que eles
perderiam Kyle, e ele não tinha certeza se conseguiria lidar com isso. Ele
também não tinha certeza se Max conseguiria lidar com perdê-la.
*
— Ele só está tentando protegê-la porque a ama.
— Ele me dispensou completamente.
— Ele é um maníaco por controle, e é como ele lida com as coisas,
Kyle. Você precisa mostrar a ele que você está pronta, que você pode lidar
com isso.
— Como?
— Seja mais assertiva. Agora eles provavelmente veem você como uma
mulher inocente que eles têm que proteger. — 'É irritante. — Para ser
justa, pelo que me disseram, você era a mais pura das criaturas quando
chegou aqui.
Kyle estava ficando irritada porque Varina estava do lado deles.
— Então..., — Kyle bufou.
— Significa que você não foi feita para esta vida; você é muito sensível.
— Você é minha amiga, mas não sabe como é. Todo mundo a
protegeu de todo o mal. Acho que é hora de molhar os pés. Faça com que
os meninos incluam você em seus negócios.
Kyle sabia que Varina estava certa. Ela precisava mostrar a Max e
Dimitri que ela poderia lidar com esta vida.
Capítulo 33
Mike dera a Max e Dimitri o celular descartável de Sarah e eles
entraram em contato com os homens de Viktor. Eles estavam tentando
fazer um acordo para fazê-lo se encontrar com Kyle.
Viktor tinha algumas condições. Ele queria que Kyle não tivesse
contato com a organização Volkov.
Kyle não gostou disso; ela queria contato com Max e Dimitri.
— Não podemos dedicar todo o nosso tempo para fazer um acordo
com Viktor; temos outros negócios a tratar, — disse Max a Anatoli.
— James não nos pagou, e acho que é hora de dar um aviso a ele. Leve
Kyle com você. Estou enviando você em vez de Mike ou Jason porque
confio em você com ela.
*
Kyle se viu trabalhando e não conseguia descobrir se estava animada
ou nervosa com essa oportunidade.
— O que estamos fazendo?, — Kyle perguntou a Anatoli.
— Este homem nos deve dinheiro, assim como seu irmão, e vamos dar
nosso primeiro aviso.
— O que vamos fazer com ele?
— Ele precisa saber que somos perigosos, então precisaremos ser um
pouco ásperos com ele, e seu trabalho é fazer o que eu digo. Você não
deve hesitar, entendeu?
— Sim.
Eles chegaram a um bar e Kyle estava ficando nervosa; ela não sabia o
que fazer ou o que Anatoli esperava dela.
Como qualquer bar, o lugar estava lotado de bêbados, e Kyle ficou feliz
por não trabalhar mais em um.
Ela seguiu Anatoli até onde o barman estava.
— Onde James está?, — Anatoli exigiu.
— Lá atrás. Ele disse para não incomodá-lo.
Anatoli não se importou e continuou andando em direção à parte de
trás do bar.
Quando Anatoli e Kyle chegaram à sala dos fundos, Anatoli entrou
sem bater.
— James.
— Eu disse a Max que ele receberia seu dinheiro na próxima semana.
— Você disse, mas ele não concordou.
James foi se levantar, mas Anatoli não deixou. — Fique sentado.
Anatoli sentou-se em frente a James, e Kyle percebeu o quanto o russo
poderia ser intimidante, mas ela também percebeu que essa persona de
mafioso o tomava ainda mais atraente do que ele já era.
— Onde está o dinheiro?
— Eu disse que o teria na próxima semana.
— Não queremos na próxima semana; queremos agora.
— Bom, eu não tenho.
— Então levaremos algo importante para você, — disse Anatoli.
— Eu não tenho nada de valor. — James estava nervoso e começando
a ficar inquieto.
Kyle ficou lá pensando sobre o que James poderia dar para livrá-lo das
dívidas, e então ela percebeu. — E quanto a este bar?
Kyle caminhou em direção a James e Anatoli. — Esse bar atrai alguns
milhares por noite, ainda mais nos fins de semana, certo?
— Você não pode ficar com o bar — é tudo o que tenho, — James
implorou.
— Você deveria ter pensado nisso quando nos pediu dinheiro
emprestado. É o bar, ou será algo pior do que isso, — Kyle ameaçou.
— Humm. Acho que você está certa, Kyle. O bar servirá. — Anatoli se
levantou e olhou para James. — Estaremos de volta em alguns dias com
Max para aprovação.
Kyle e Anatoli voltaram para o carro.
— Essa foi uma boa ideia, malyshka.
— Posso não saber ser má, mas sou engenhosa. Sei o que um bar pode
render e, com algumas mudanças, pode nos render muito.
— Nós vamos ter que trabalhar para você ser má. Você tem que olhar
para isso de uma maneira comercial. Essas pessoas não pagaram os
empréstimos e precisamos do nosso dinheiro de volta.
— Entendo isso, mas como você consegue machucar alguém de
propósito? Só fiz isso para tentar provar que estava pronta para esta vida.
— Você terá que se acostumar com isso, mas não terá que fazer isso.
Fique com seus pontos fortes e você ficará bem.
Assim que Anatoli e Kyle voltaram, eles foram falar com Max e
Dimitri.
— Como foi?, — Max perguntou a Anatoli.
— Foi melhor do que o esperado. Malyshka aqui precisa de uma lição
sobre ser má, mas ela tem um olho para oportunidades de negócios. Você
precisará visitar James; dissemos a ele que aceitaríamos seu bar como
pagamento.
— Por que iríamos querer o bar?, — Dimitri perguntou.
Kyle decidiu falar e explicar em vez de deixar Anatoli fazer isso.
— Bom, o bar rende alguns milhares todos os dias e ainda mais nos
fins de semana. Com equipe, comida e equipamento adequados, ele
poderia render ainda mais. Você receberá seu dinheiro e muito mais.
Os irmãos ficaram pensando sobre isso. Max gostou da ideia, mas
Dimitri não estava disposto a lidar com outro negócio.
— Tudo bem, mas você vai cuidar de tudo. Você será responsável por
nos render o dinheiro que disse que poderia.
— Mesmo?, — Kyle estava um pouco animada; ela nunca foi colocada
no comando.
— Só saiba que, se falhar, será culpa sua, abelhinha.
— Eu não vou decepcionar vocês, prometo. — Kyle deu um beijo
animado em Max e Dimitri antes de deixá-los.
— Esta é uma má ideia, Max, — Dimitri avisou.
— Vai ficar tudo bem; ela está certa sobre o dinheiro e isso lhe dará a
chance de liderar. Precisamos que ela seja uma líder.
Dimitri estava preocupado com Kyle. Ele não queria que ela perdesse a
inocência, mas sabia que ela precisava ser mais dura para ficar com eles.
Capítulo 34
— Com a lentidão com que tudo está indo com o Viktor, acho que
devemos esquecer o encontro e apenas me deixar falar com ele ao
telefone. Não fizemos nenhum progresso.
— Não temos problema com isso, abelhinha, mas Viktor tem. Ele se
recusa a falar com qualquer pessoa ao telefone. Ele nem mesmo pediu ao
capanga dele para perguntar sobre Sarah.
— Podemos dizer a ele que sou eu ao telefone, e isso pode fazer com
que ele mude de ideia.
— Você acha que vai funcionar? Porque eu duvido que vá, — Max
zombou de Kyle.
— Tentar não mata, — Kyle bufou de volta.
Kyle e Max estavam indo e voltando por um tempo sobre como fazer
as coisas avançarem com Viktor, e isso não os levava a lugar nenhum.
Ambos estavam ficando frustrados.
— Essa conversa não está nos levando a lugar nenhum. Temos coisas
mais importantes para discutir, como os resultados de DNA que tenho
aqui. — Dimitri mostrou o envelope.
Kyle ficou nervosa. Ela não sabia se isso iria ajudá-la ou machucá-la.
— Há quanto tempo você está com isso?, — Kyle perguntou a Dimitri.
— Desde a noite passada, mas eu não queria te chatear tão tarde no
caso de você não gostar dos resultados.
— Posso? — Kyle estendeu a mão, e Dimitri deu a ela o envelope sem
hesitar.
Kyle abriu lentamente o envelope e olhou os resultados.
— O que diz, myshka?'
Kyle levou um momento para ler antes de contar a Max e Dimitri.
— Diz que ela é minha irmã. — Kyle não sabia como se sentir. Ela
queria ficar feliz por ter outra irmã, mas tinha medo do que isso
significava.
— Ainda não sabemos ao certo se Viktor é seu pai. Ele poderia ter
mentido para Sarah, — Dimitri disse.
— Eu não acho que ele está mentindo. Quero falar com ele ao
telefone. Preciso de respostas e estou cansada de esperar.
Sarah foi mantida presa em casa, mas ela tinha permissão para se
mover com alguém a vigiando.
Max e Dimitri não a tratariam de outra forma por causa de Kyle, mas
também sabiam que, ao mostrar misericórdia, eles poderiam convencê-la
a continuar ajudando-os.
Kyle achou que seria melhor se ela falasse com Sarah para ela saber
que o teste deu positivo.
Kyle bateu na porta e, quando ouviu Sarah fungar, empurrou
lentamente a porta. Sarah estava sentada na cama chorando e Kyle tinha
a sensação de que era por causa de Mike.
— O que houve?, — Kyle perguntou.
— Mike não me quer mais.
Kyle não sabia o que dizer a ela. Ela não culpava Mike; Sarah mentiu
para ele. Mas ela sabia que Sarah o amava.
— Tenho certeza de que ele vai mudar de ideia. Ele se sentiu traído
por alguém que ama.
— Eu não queria traí-lo. Eu não tive escolha. Eu não achei que fosse
me apaixonar. Meu objetivo era fazer amizade com alguém, mas conheci
Mike. Eu o amo, Kyle.
— Ele só precisa de tempo. Eventualmente, ele vai querer falar com
você. Ele vai querer respostas, e vai ser sua chance de explicar tudo.
Kyle sentiu que era um momento estranho para trazer os resultados
do DNA, mas ela achou que isso poderia animá-la.
— Recebemos os resultados do teste... Somos irmãs de verdade.
— Eu sabia que ele não estava mentindo. Você já conversou com
Viktor?
— Não. Viktor está jogando duro; ele não concorda com nada. Como
você se encontra com ele?
— Só nos encontramos quando ele está no campo. Eu só vou à Rússia
duas vezes por ano, e é apenas para nossa casa de família.
— Eu não sei onde ele mora na Rússia. Ele mantém todos longe dele,
exceto os homens da sua organização.
Kyle imediatamente começou a formular um plano. Se Sarah vai à
Rússia duas vezes por ano, eles poderiam planejar uma emboscada nessa
época.
— Em que época você vai para a Rússia?
— Normalmente vou em julho e depois no Natal. — Kyle ficou
animada em descobrir que eles tinham um mês para descobrir como usar
essa informação e emboscar Viktor. Ela só precisava convencer Max e
Dimitri.
Ela estava certa de que esse era o melhor plano.
— Isso é ridículo, Kyle, e você sabe disso. — Max e Dimitri não
gostaram da ideia. Eles pensaram que ela não estava levando isso a sério.
— Como você pôde pensar que isso é uma boa ideia?, — Max não
parava. Ele estava frustrado e zangado com toda a situação e estava
descontando nela.
— E estúpido e ingênuo, eu não esperava que você fosse tão estúpida.
— Max, chega, — Dimitri o repreendeu. — O que deu em você, Max?,
— Kyle perguntou a ele. — Você está sendo um babaca comigo. Entendo
você não aprovar minha ideia, mas basta dizer não. Você não precisa me
menosprezar.
Kyle estava magoado e com raiva e saiu da sala. Ela não queria lidar
com Max; ele nunca tinha sido tão mau com ela, nem mesmo quando a
forçou a viver com ele.
— O que deu em você? Você é um idiota. Você basicamente a chamou
de estúpida.
Max se recostou. — Só estou cansado dessa merda. Não estamos
chegando a lugar nenhum, e Kyle está sendo imatura sobre isso.
— Eu concordo, mas você precisa se desculpar com ela. Isso foi
desnecessário.
Max sabia que Dimitri estava certo, mas ele não queria ir atrás dela.
Ele não queria admitir que estava se comportando mal.
*
Kyle estava com raiva e só queria resolver a situação com seu pai.
Ela sabia que Ryan tinha várias coisas da mãe guardadas em um dos
armários, e ela se perguntou se havia algo neles que poderia levá-la até
seu pai.
Seu plano era fugir de casa e ir para o apartamento que costumava
dividir com Ryan.
Kyle sabia que Max e Dimitri ainda estavam no escritório, mas ela não
sabia por quanto tempo mais eles ficariam ocupados lá, então ela decidiu
que era agora sua hora de escapar.
Ela sabia onde as chaves extras do carro estavam guardadas e desceu
as escadas para pegar um conjunto. Ela não precisava ficar quieta; apenas
tinha que agir normalmente.
Kyle saiu de casa para o apartamento sem ninguém saber. Ela passou
algumas horas vasculhando os armários na esperança de encontrar algo.
Só tinha um armário sobrando, e ela estava orando para que houvesse
algo ali.
Kyle estava na metade do armário quando a porta da frente foi aberta.
— Kyle!, — ela ouviu Max gritar. — Onde diabos você está?
Ela o ignorou. Ela queria terminar de examinar as caixas, mas não
tinha muito tempo. Kyle abriu cada caixa e espiou dentro.
A terceira caixa tinha uma papelada. Era o que ela estava procurando.
Ela pegou a caixa, saiu da sala e encontrou Max no corredor.
— O que diabos você está fazendo?, — Max gritou com ela. —
Estamos procurando por você há horas!
— Eu precisava conseguir algo e sabia que você não iria deixar, já que
me acha burra.
Max bufou e a arrastou pelo braço até a sala. Na sala de estar,
esperando por eles, estava Anatoli. Max fez Kyle dar a caixa a Anatoli.
— E melhor eu pegar de volta, — Kyle protestou.
— Relaxa, abelhinha; a caixa estará esperando por você em casa.
Quero falar com você.
Max a guiou até o sofá.
— Eu nunca faço isso, então não leve isso em consideração. Me
desculpe. Eu estava com raiva de várias coisas diferentes, e seu plano não
era horrível. Eu deveria ter dito de uma maneira mais agradável.
— Agradeço o pedido de desculpa, Max, mas essa não é a primeira vez.
Você me trata como uma criança. Embora eu admita que às vezes posso
agir como tal, quero ser levada a sério.
— Acho que a caixa que encontrei pode ter algumas informações
sobre meu pai, e pretendo dar uma olhada, independentemente do que
você e Dimitri pensem. Há um motivo pelo qual meu pai me quer agora.
— Eu ainda sinto muito, abelhinha.
— Eu sei. — Kyle se levantou e beijou Max, mas quando ela foi se
afastar, ele agarrou seu pescoço e a puxou para seus lábios. Max a
devorou como se não a beijasse há anos.
Quando Max finalmente interrompeu o beijo, eles estavam ofegantes.
— Tire a roupa, — Max comandou.
Kyle adorava quando ele a dominava sexualmente.
— Você percorreu um longo caminho desde que era a abelhinha
tímida que costumava ser. — Max olhou para Kyle.
Ele amava seu corpo — era sempre sensível ao seu toque, e ele gostava
de ser quem a ensinava sobre as coisas que ela passava a apreciar.
Max ordenou que ela o despisse, e quando ela tirou suas calças e
cueca, ficou de joelhos e tomou seu pau em sua boca.
Max inspirou bruscamente enquanto Kyle lambia seu pau, chupando a
ponta, depois colocando-o inteiro em sua boca. Quando ele atingiu o
fundo de sua garganta e ela não engasgou, Max a elogiou.
— Se você continuar assim, vou gozar nessa sua boquinha linda.
Kyle gemeu, e as vibrações quase enviaram Max ao limite. Max
agarrou o cabelo de Kyle e puxou sua cabeça para trás. Ele não gostava de
perder o controle, e ela estava tirando o controle dele em todos os
aspectos.
Ele não podia controlá-la como fazia com os outros. Ela o desafiava de
muitas maneiras, e isso o deixava com raiva.
— Para cima. — Max não aguentava mais. Ele precisava transar com
ela.
Max a guiou até o braço do sofá. — Curve-se, — ele disse a ela.
— Não, — Kyle respondeu. — Você está com raiva de mim e não vou
deixar você me usar como uma forma de se livrar da sua raiva. Você se
empolga quando está com raiva.
— Se você não fizesse merdas idiotas, eu não ficaria com raiva.
— Não me culpe por isso, Max. Eu não teria vindo aqui sem você se
não tivesse tentado me manter prisioneira. Eu amo você e Dimitri, mas
você precisa de alguns limites. Eu me recuso a deixar você me usar dessa
forma.
Max não estava acostumado com Kyle dizendo não, isso o deixava
mais furioso, então ele se virou e jogou tudo da prateleira atrás dele. Kyle
deu um passo para trás e, com medo de dizer qualquer coisa, ela apenas
olhou para Max.
Capítulo 35
— Kyle, por favor, fale comigo, — Max implorou. Ela ficou quieta
durante todo o trajeto para casa, chorando silenciosamente.
— Apenas me deixe em paz, Max. — Ela subiu as escadas para seu
quarto e trancou a porta. Kyle temia que ela não pudesse confiar nele
novamente; ela não queria que ele a tocasse ou a visse.
Assim que ela se sentou na cama, Elliot pulou ao lado dela e começou
a lamber seu rosto.
— Você é a única em quem posso confiar, — disse ela, deitando-se ao
lado de Elliot, aproveitando o tempo sozinha.
Kyle começou a adormecer quando ouviu uma batida na porta. —
Myshka, deixe-me entrar.
Kyle hesitou. Ela não tinha certeza se queria ver Dimitri, mas o deixou
entrar de qualquer maneira.
— Max me contou o que aconteceu.
— Ele me usou, Dimitri. Estou com nojo de mim mesmo. Pensei que
eu fosse mais do que uma válvula de escape.
— Ele não sabe como lidar com as coisas que estão fora de seu
controle. Ele vai mudar de ideia — não desista.
— Eu não quero mais ficar aqui. — No momento, era isso o que Kyle
sentia. Ela não se sentia como se pertencesse àquele, e estava com
saudade da sua antiga vida.
— Que tal tirar um tempo para você? Enviar você e Varina para uma
pequena escapada de fim de semana para poderem limpar a cabeça?
— Eu quero espaço. Eu não quero férias; eu quero espaço, Dimitri.
Dimitri não queria que ela fosse embora, mas ele sabia que eles
tinham que dar o que ela queria.
— Eu não quero deixar você ir, myshka, mas se é disso que você
precisa, então não vou forçá-la a ficar mais aqui.
Kyle ficou surpresa com a declaração de Dimitri e não sabia o que
dizer. Ela pensou que isso era um truque.
— Mesmo?
— Sim. Eu te amo, e não vou forçá-la a ficar comigo.
Kyle tinha emoções confusas. Ela queria ficar sozinha, mas esperou
tanto para Dimitri se abrir para amá-la.
— Eu deveria ter dito essas palavras há muito tempo. Eu te amo, e por
mais que eu queira que você fique, você precisa fazer o que precisa fazer.
Kyle se jogou em Dimitri e o beijou. — Eu esperei tanto para ouvir
você dizer isso.
Dimitri riu. — Se você me beijar toda vez, posso dizer isso com mais
frequência.
Dimitri beijou Kyle e a apoiou na cama, sua boca nunca deixando a
dela.
Eles caíram na cama com ele em cima dela, e a mão de Dimitri
deslizou para cima de sua blusa, mas Kyle interrompeu o beijo, fazendo
com que Dimitri parasse de tocá-la.
— Eu não posso, Dimitri; estou muito dolorida, — ela sussurrou.
— Não se preocupe, myshka. Nós podemos parar. — Dimitri se sentou
na cama e olhou para Kyle.
— A oferta permanece. Se você quiser ir a algum lugar, eu pago por
isso, e você pode ter quanto tempo precisar, mas preciso saber onde você
está, especialmente com Viktor por aí.
— Terá que ser mais do que um fim de semana, — afirmou Kyle.
— Tudo bem. Onde você quer ir?
Kyle não foi longe; ela decidiu que iria passar um tempo na casa de
praia para onde Dimitri a levou quando ela chegou. A casa de praia era
perto o suficiente de Dimitri e Max, mas também lhe dava espaço.
Dimitri prometeu a ela que Max não saberia onde ela estava até ela
estar pronta e garantiu que ele dificilmente viajaria para lá.
Ela escolheu um quarto no andar de cima em vez de ficar no quarto de
Dimitri no andar de baixo.
Seu objetivo era relaxar e passar o tempo examinando os itens da
caixa que ela tirou de seu antigo apartamento.
Ela esperava encontrar informações que a levariam a seu pai, e
também esperava descobrir quem ela realmente era.
Passaram-se alguns dias desde que Kyle foi embora e Max estava
enlouquecendo. — Droga, Dimitri, me diga onde ela está.
— Eu não posso. Prometi a ela que contaria quando ela estivesse
pronta para você saber. Ela precisa de tempo, Max.
— Ela não fica sozinha há algum tempo e fez tudo o que queríamos
que ela fizesse, e você fodeu tudo, então dê um tempo a ela.
— Eu sei. É por isso que preciso vê-la. Quero que ela saiba que sinto
muito.
— Apenas dê tempo a ela, Max. Ela vai mudar de ideia.
Max estava com raiva por ter deixado as coisas chegarem tão longe.
Ele estava bravo por Kyle ter ido embora e chateado por Dimitri saber
onde ela estava.
Max precisava de respostas, então ele visitou Sarah.
Sarah ainda estava presa em casa, mas tentou manter distância dos
irmãos; ela temia que sua hospitalidade acabasse logo, especialmente
porque ela não tinha muitas informações.
Max bateu na porta do quarto em que Sarah estava hospedada.
— Entre, — Sarah gritou. Ela estava sentada no sofá em seu quarto
assistindo TV; era a única coisa que ela podia fazer para passar o tempo.
— Max, em que posso ajudá-lo?, — Sarah perguntou, nervosa.
— Relaxe. Eu só quero conversar.
— Bom, então sente-se.
Max se sentou do outro lado do sofá e se acomodou.
— Eu tenho algumas perguntas para você e você precisa respondê-las
honestamente.
— Eu vou, e não menti para você desde que vocês me pegaram. — O
objetivo de Sarah era ser o mais honesta possível. Ela não queria que Kyle
se machucasse e não queria se colocar em mais perigo.
— Há quanto tempo você trabalha para o seu pai?
— Só nos últimos meses. Esta foi a primeira coisa que ele me pediu
para fazer, e não foi um pedido; ele estava me ameaçando. Tenho um
irmão mais novo e ele ameaçou machucá-lo.
— Então Kyle tem outro irmão?
— Não, ele é filho da minha mãe com o homem com quem ela está
casada agora. Ele disse que se eu não fizesse o que ele mandasse, ele iria
machucá-lo, e temo que ele vá fazer de qualquer maneira porque fui
pega.
— O que você deveria fazer aqui?
Sarah respirou fundo.
— Obter informações, saber como funcionava a sua organização. Meu
pai queria levar tudo.
— Ele queria que eu me envolvesse com você ou com Dimitri, mas
conheci Mike. Eu me apaixonei por Mike e faria qualquer coisa para
consertar isso e para ele ver que não sou má e que o amo.
Sarah não conseguiu conter as lágrimas e começou a chorar. Ela não
conseguia imaginar sua vida sem Mike. Ela também queria seu felizes-
para-sempre, e isso incluía Mike.
— Onde sua mãe mora? — Max podia sentir que Sarah estava à beira
do pânico.
— Não se preocupe; nenhum dano acontecerá à sua família. Se seu pai
está ameaçando você com seu irmão, então ele deve ter homens perto da
casa dela. Podemos usar isso a nosso favor.
— Você poderia verificá-los se eu disser?
Max assentiu, e ela deu o endereço da casa da mãe, esperando estar
fazendo a coisa certa.
*
Kyle estava aproveitando seu tempo sozinha na praia. Ela se sentia
relaxada e Elliot adorava ficar em casa livremente e curtindo a água.
A caixa que ela pegou em seu antigo apartamento se mostrou inútil
até agora. Ela encontrou algumas cartas de Viktor para sua mãe, mas não
revelaram nenhuma informação.
Kyle encontrou algumas fotos antigas de bebê dela com o cara que ela
chamava de pai, e isso a fez se perguntar quem ele era e por que sua mãe
se casou com ele em vez de ficar com Viktor.
Ela tinha mais perguntas do que respostas e estava ficando sem saída.
Capítulo 36
Kyle havia passado as últimas horas examinando o que restava na
caixa de seu apartamento, e não encontrou nada que valesse a pena.
Até que, lá no fundo da caixa, ela viu um pedaço de papel que se
perdeu dos outros e o pegou.
Era uma das cartas que Viktor havia escrito para sua mãe, mas desta
vez, ela notou um endereço de remetente. Ela tinha certeza de que
nenhuma das outras cartas tinha esse endereço.
Kyle rapidamente vasculhou a caixa novamente, retirando as cartas.
De fato, a última carta era a única que tinha um endereço de
remetente, e ela pensou que essa pudesse ser a informação que estava
procurando. A única pista.
Kyle rapidamente ligou para Dimitri e pediu-lhe que mandasse
alguém buscá-la; ela precisava falar com ele e Max.
*
Ellis foi enviada para buscar Kyle, ela estava animada para ver Max e
Dimitri, embora ela ainda estivesse brava com Max.
— Você pegou tudo?
Ela acenou com a cabeça para Ellis quando ele colocou sua última
bolsa no porta-malas.
Kyle e Ellis estavam na estrada por um tempo quando Kyle percebeu
que Ellis estava nervoso.
— O que foi?
— Tem um carro atrás de nós há algum tempo, e a maneira como eles
aceleram e recuam me faz pensar que estão nos seguindo.
Kyle e Ellis deram um solavanco quando o carro atrás deles bateu no
para-choque.
— Há uma arma na caixa do compartimento.
Pegue-a e mantenha-a com você. — Ellis olhou brevemente para Kyle.
— Você ficará bem. Você é esperta.
— O que você vai fazer?
— Quando eu parar, corra e saia do carro. Não hesite. Pegue seu
telefone e deixe o cachorro. Você não terá tempo para agarrá-la.
Ellis parou o carro de repente e Kyle saltou rapidamente, fugindo do
veículo. Ela não foi muito longe quando ouviu o estrondo.
Kyle se virou e olhou para o acidente. Ellis não estava se movendo e
ela viu um cara tentando sair do outro carro.
A atenção de Kyle foi trazida de volta para o carro em que ela estava
antes, quando ouviu Elliot latir. Elliot saltou da janela e correu em
direção a ela.
Assim que Elliot a alcançou, ela não perdeu mais tempo e fugiu do
acidente.
Uma vez que Kyle julgou estar longe o suficiente, ligou para Dimitri.
Ela contou o que aconteceu e onde estava, e ele prometeu que chegaria lá
o mais rápido possível.
*
Max e Dimitri a buscaram e levaram-na para um quarto de hotel para
passar a noite.
— Tem certeza de que você está bem, abelhinha?
— Sim, eu não estava no carro. Eu te disse isso.
Você tem alguma informação sobre Ellis?
— Você ainda está com raiva de mim?
— Ainda estou brava com você, Max. Você me usou.
— Sinto muito. Estraguei tudo e sei disso. Por favor, me perdoe.
— Eu não sei se consigo, Max. Você fez eu me sentir pequena. Você me
machucou fisicamente.
Max se aproximou e foi até ela. — Sinto muito, eu realmente sinto.
Apenas me dê outra chance.
Kyle queria dar a ele outra chance, mas ela não tinha certeza. Ela
precisava se concentrar em um problema de cada vez, e o primeiro
deveria ser seu pai.
Capítulo 37
Kyle estava na banheira, tentando relaxar, quando Dimitri entrou.
— Você está bem, myshka?'
— Sim, estou apenas tentando relaxar. Eu estou meio ansiosa e
nervosa. Não sei o que fazer sobre Max.
— Eu não posso te dizer o que fazer. Tudo o que posso dizer é que ele
está arrependido e que te ama, e que esta não será a última vez que
qualquer um de nós vai fazer merda.
— Eu sei que todos nós cometemos erros, mas acho que ele foi longe
demais. Ele precisa controlar a raiva dele, Dimitri.
— Chega de falar; você precisa relaxar. — Dimitri alcançou a água do
banho e colocou a mão entre as pernas de Kyle e esfregou o centro dela.
Quando ele pressionou, Kyle soltou um gemido.
— Isso, myshka. deixa eu assumir.
Dimitri continuou aumentando a pressão em seu clitóris enquanto
observava Kyle fechar os olhos e sua respiração tomar-se mais irregular
conforme ela se aproximava do seu orgasmo.
Dimitri adorava vê-la se desfazer. Ele gostava de transar com ela, mas
também adorava ver a maneira como ela reagia aos seus toques.
— Ah meu, Dimitri, eu vou... — A frase de Kyle foi interrompida por
seu orgasmo. Ela sentiu todo o seu corpo tremer e se sentiu voando.
Já fazia um tempo desde que ela teve seu último orgasmo, e a euforia a
fez derreter na água quente.
— Eu precisava disso, — ela disse a Dimitri enquanto suspirava.
Quando Kyle saiu do banho, Max e Dimitri estavam esperando por ela
no quarto.
Eles estavam dividindo um quarto de hotel durante a noite, e isso
deixou Kyle um pouco nervosa. Ela não sabia como agir perto de Max.
— Não queríamos fazer muitas perguntas depois de tudo o que
aconteceu, mas agora que você tomou banho e comeu, queremos
conversar sobre o que você descobriu.
Max não olhou para Kyle enquanto falava com ela. Ele se sentia
péssimo pela maneira como agia e tentava ser indiferente à irritação de
Kyle com ele.
Kyle foi até a calça dela pendurada na cadeira e tirou a carta do bolso.
— Eu achei isto. E a única carta que Viktor escreveu para minha mãe
com um endereço de remetente. — Ela entregou a carta para Max.
— Não tenho certeza se ele é dono daquela casa ou se ainda a usa, mas
é um começo. — Ela esperava que eles vissem isso como uma pista; algo
que eles gostariam de verificar.
— Acho que deveríamos fazer mais pesquisas, ver se podemos levantar
a escritura de propriedade ou o histórico de vendas, — acrescentou
Dimitri.
— Boa ideia. Peça a Andrei para fazer isso. — Max também decidiu
contar a Kyle o que conseguiu de Sarah.
— Sarah me contou por que fez o que fez. Aparentemente, Viktor a
estava ameaçando seu irmão mais novo. Ela fez isso para mantê-lo
seguro. Também enviamos alguns caras para olhar a casa da mãe dela.
— Eu só quero que isso acabe, — Kyle suspirou.
Depois de algumas horas de conversa, Kyle estava ficando cansada e
queria dormir, mas ela não tinha certeza de como seriam os arranjos.
— Eu quero dormir, mas não tenho certeza de onde devo ir.
— Na verdade, myshka, reservei um quarto para mim. Você e Max
precisam se resolver. — Dimitri se levantou e beijou Kyle antes de sair da
sala.
Kyle revirou os olhos para Dimitri e subiu na cama, esperando Max
terminar sua rotina de dormir.
Assim que Max estava na cama, Kyle desligou a lâmpada de cabeceira.
— Você realmente não vai falar comigo?
— O que há para dizer, Max?
— Diga-me o que posso fazer para ter o seu perdão.
— Eu não sei o quanto vai levar. Pensei que eu fosse mais do que algo
que você usa e descarta.
Max agarrou Kyle e a forçou a encará-lo.
— Você é. Eu estava em um lugar ruim e não sabia como lidar com
isso. Você, mais do que ninguém, deveria entender isso.
Kyle sabia que Max estava certo e achou que estava sendo injusta com
ele. Soltou um suspiro e olhou para Max, e, em vez de dizer qualquer
coisa, o beijou.
Ela o beijou pela primeira vez em muito tempo e tinha se esquecido
do quanto adorava seus beijos.
Max era egoísta; ele queria Kyle; ele estava disposto a testar seus
limites. Ele rolou sobre ela, e quando ela não o parou, ele sorriu
mentalmente e continuou a beijá-la.
Max sabia que ele tinha que ser bom com ela; ele precisava se redimir.
Ele lentamente despiu Kyle e a si mesmo. Ele tomou seu tempo com ela,
apreciando cada parte do seu corpo.
Ele queria mostrar a ela o quanto gostava dela.
Ele lentamente guiou o pau para dentro de seu núcleo, deixando
escapar um gemido quando seu calor começou a engoli-lo. Max sentia
falta de Kyle. Ele sentia falta de tudo sobre ela.
Ele não podia acreditar que se sentia assim depois de uma semana e
meia sem vê-la. Ele sabia que não haveria outra garota igual para ele.
Capítulo 38
Kyle queria que a provação com o pai acabasse. Ela decidiu que
precisava fazer isso sozinha. Ela esperou que Max adormecesse depois do
sexo.
Ela se levantou silenciosamente, se vestiu e saiu furtivamente do
quarto do hotel com as chaves do carro e o dinheiro da carteira de Max.
Ela odiava deixar os irmãos sem carro, mas sabia que eles chamariam
Anatoli para vir buscá-los. Ela esperava que isso lhe desse uma pequena
vantagem.
Max acordou na manhã seguinte e rolou para pegar Kyle. Ele achou
que era um recomeço para eles, mas quando percebeu que o lugar estava
vazio, saiu da cama para checar o banheiro.
Assim que Max percebeu que ela não estava no quarto do hotel, ele
ligou para o irmão em pânico.
No caminho para o quarto de Max, Dimitri percebeu que o carro havia
sumido. — Ela pegou a porra do carro, Max.
— Ela terá muitos problemas quando a resgatarmos. — Max estava
com raiva; ele não podia acreditar que não acordou durante a partida
dela.
— Precisamos ir buscá-la. Você se lembra do endereço?, — Dimitri
perguntou ao irmão, esperando que ele dissesse que sim.
— Sim. Provavelmente ela vai chegar lá muito antes de nós,
especialmente porque alguém tem que vir nos buscar.
— Vou ligar para Anatoli. — Dimitri disse, saindo.
Kyle havia passado horas dirigindo e finalmente chegou ao endereço
que ela tinha no envelope. Antes que ela pudesse sair do carro, foi
saudada por um homem armado.
— Saia do carro devagar.
Kyle fez o que o homem disse e, assim que ela saiu, o homem a
agarrou pelos cabelos, forçando-a a entrar em casa.
— Antes de você me enfiar em uma sala, estou aqui para ver Viktor.
O homem riu de Kyle e continuou forçando-a a andar.
— Meu nome é Kylah e sou filha de Viktor.
Ele soltou o cabelo dela e olhou para ela. — Se você estiver mentindo,
vou te matar.
— Eu não estou mentindo. Se ele estiver aqui, vá perguntar a ele.
O homem gritou para um guarda, dizendo-lhe para vigiá-la enquanto
ele se afastava.
— Você é uma coisinha bonita, — comentou o novo homem.
— Bom, sou comprometida, então sai pra lá.
— Eu não me importo se você é comprometida ou não. — Ele se
inclinou e cheirou o cabelo de Kyle. — Você cheira bem também.
— Cai fora, Ian. Se você colocar a mão na minha filha eu te mato.
Kyle olhou para Viktor e não pôde deixar de encará-lo. Ela havia
imaginado um cara velho e corpulento forçando as pessoas a fazerem seu
trabalho.
Em vez disso, parecia que Viktor mal havia envelhecido; ele tinha o
cabelo ligeiramente grisalho.
— Estou feliz que você me encontrou, Kylah. Me siga.
Kyle estava hesitante, mas ela o seguiu. Ela o seguiu até um escritório
que ficava no andar de cima, dois homens cuidavam dele.
— Sente-se. Presumo que você queira respostas.
Kyle queria mais do que respostas; ela queria que seu pai recuasse, ela
queria que Max e Dimitri ficassem em paz, e ela queria que seu pai fosse
embora.
*
Kyle se sentou em frente a seu pai, fervendo de perguntas, mas ela
sabia que tinha que esperar. Ela tinha que parecer estar no controle.
— Eu não estou surpreso por você ter me encontrado. Estou apenas
curioso para saber como, — Viktor disse, olhando para ela.
— Nós dois temos nossos segredos — vamos deixar por isso mesmo.
— Muito bem. Presumo que você tenha algumas perguntas.
Kyle tinha perguntas, mas ela tinha que jogar direito. Ela precisava
fazer perguntas que ajudassem Max e Dimitri.
— O que você quer com os irmãos Volkov?
— Eu quero seu território e seus negócios. E simples assim. Essa área e
o que os Volkovs estão fazendo trazem um bom dinheiro, e costumava
ser tudo meu antes de sua família me expulsar.
— E quanto a mim? Por que tentar me pegar agora?
— Tenho razões diferentes. A primeira delas é que você é minha filha.
— Quais são as outras razões? — Kyle queria obter o máximo de
informações possível.
— Sua mãe.
— O que ela tem a ver com isso?
Viktor deixou escapar um suspiro. — Você está cheia de perguntas.
— Bem, se você não tentasse matar as pessoas ao meu redor ou me
sequestrar, eu não teria tantas perguntas, — Kyle retrucou.
Viktor deu uma risadinha. — É justo.
— O que minha mãe me deixou?
— Sua mãe era rica; ela deixou tudo para você e Ryan.
— Não, ela não deixou. Não temos nada. Acho que Ryan e eu teríamos
notado dinheiro.
— Humm. Interessante. — Quando Kyle ouviu Viktor dizer isso, ela
percebeu que havia lhe dado informações demais.
— O que faria você deixar os irmãos Volkov em paz?
Viktor pensou por um segundo.
— O que você tem para oferecer?
*
— Ainda não consigo acreditar que ela foi embora sem nós. — Max
estava em pé de guerra e não se importava em quem atirava.
— Não consegui encontrar o celular dela no quarto do hotel, então
podemos presumir que ela o levou com ela. Devíamos tentar ligar para
ela e partir daí. — Dimitri estava tentando acalmar seu irmão.
— Você está tentando dizer que sou estúpido?
— Não, estou tentando ser lógico sobre tudo isso, Max.
— Bom, ligue para ela, Dimitri.
Dimitri suspirou e ligou para Kyle, mas a ligação foi para o correio de
voz. Ele esperou mais alguns minutos e ligou para ela novamente. Após o
segundo toque, Kyle atendeu.
— Myshka, você está bem?
— Estou bem. Estou indo para casa.
— Ele deixou você ir?
— Sim, mas tem uma condição. Falaremos sobre isso quando eu
voltar. Amo você e Max, e faria qualquer coisa por vocês, mas temos
muito o que discutir.
— Estaremos esperando por você.
Dimitri desligou o telefone, esperando que Kyle chegasse em casa com
rapidez e segurança.
Ele poderia dizer o quanto ela estava determinada pelo tom da sua
voz, e isso o deixou orgulhoso por ela finalmente estar se tomando quem
ela deveria ser.
Capítulo 39
Dimitri e Max esperaram Kyle voltar para casa. Eles queriam saber o
que Viktor queria, então no minuto em que ela parou na garagem, Max e
Dimitri foram para a sala de estar esperá-la.
Já era tarde e eles sabiam que ela estaria cansada, mas não dava mais
para esperar.
— Achei que vocês estariam me esperando.
Max caminhou até ela e segurou seu rosto. — Você está bem?
— Estou bem, é muito para absorver. Posso pegar um pouco de água?
Dimitri saiu da sala e voltou com um copo d'água e um muffin. —
Duvido que você tenha comido alguma coisa hoje.
— Me desculpem por ter saído. Eu não podia mais esperar e só queria
que isso acabasse para todos nós.
— Você está encrencada por isso, mas sabemos por que fez isso. —
Max se abaixou e deu um beijo suave nos lábios de Kyle.
— Acho melhor contar o que ele quer. — Kyle suspirou, afastando-se
de Max.
— Ele disse que o que vocês fazem é muito lucrativo e que costumava
ser dele antes de sua família o expulsar.
— O que ele quer, myshka?
— Ele quer tudo o que minha mãe deixou para mim e para Ryan.
Aparentemente, ela nos deixou muito dinheiro, mas não tenho ideia de
onde está.
— Não vi extratos bancários ou documentos sugerindo que tínhamos
dinheiro. Ela escondeu bem.
— Isso é muito simples. O que mais ele quer?, — Max perguntou.
Kyle soltou um suspiro. — Ele quer me usar para fazer um acordo com
o filho de um cara para fundir um negócio.
— Ele disse que se não conseguisse dinheiro dessa forma, ele queria de
uma forma diferente. A outra opção é que ele continuará vindo atrás de
vocês.
— Você aceitou?, — Max estava com raiva, e ele não conseguia
esconder sua frustração, enquanto Dimitri estava quieto, tentando
compreender o que acabara de ouvir.
— Eu disse a ele que precisava pensar sobre isso e ele me deu uma
semana para tomar a decisão.
— Por que diabos você concordaria?, — Max gritou e Kyle se encolheu.
— Ele vai te deixar em paz, e eu ainda não concordei.
Antes que Max pudesse gritar novamente, Dimitri interveio. — Só por
um tempo. Ele eventualmente vai querer mais e vai vir atrás de nós
novamente. Você não pode fazer isso. Eu não vou deixar.
— Podemos derrubá-lo, e o faremos. Especialmente porque sabemos
onde ele está.
— Podemos continuar com isso amanhã? — Kyle estava cansada e só
queria se deitar com Max e Dimitri e descansar um pouco.
*
Kyle gemeu ao acordar. Ela pensou estar tendo o melhor sonho sexual
do mundo até que percebeu a cabeça de Dimitri entre suas pernas.
Seu orgasmo a atingiu forte e rápido; ela não esperava por isso e não
pôde evitar prender a cabeça de Dimitri no lugar até chegar lá.
Quando seu orgasmo começou a diminuir, ela soltou a cabeça dele e
Dimitri subiu, beijando-a. Kyle gemeu quando ela se provou em seus
lábios.
Dimitri empurrou dentro de seu núcleo. — Porra, senti falta disso.
Você sempre tão apertada.
Dimitri não estava pegando leve com ela; ele a estava dominando,
buscando seu orgasmo. — Eu preciso que você volte. Eu quero sentir
você apertar em tomo de mim.
Ele esfregou seu clitóris até que ela se desfez, apertando ao redor de
seu pênis, forçando-o a liberar seu sêmen profundamente dentro dela.
Dimitri a beijou e rolou para o lado, e Kyle se virou para encará-lo. —
Você deveria me acordar assim todas as manhãs.
Dimitri riu, beijando o nariz dela.
— Estou apenas lembrando a você o quanto eu sou grande.
Kyle suspirou de contentamento, e ela sabia que nunca poderia
desistir daqueles homens. Ela era deles para sempre.
Depois de sua manhã de diversão, Kyle e Dimitri deitaram ao lado dela
na cama desfrutando da paz. Havia tanto a fazer e as coisas estavam
prestes a ficar caóticas.
— Case comigo, Kyle, — Dimitri falou.
— O quê?
Dimitri se virou para Kyle e se apoiou no cotovelo.
— Case comigo. Você me ama, eu te amo, e se você se casar comigo,
não poderá se casar com ninguém legalmente, e tenho certeza de que é
isso que eles querem. — Ele afastou o cabelo de Kyle do rosto dela.
— E quanto ao Max?
— Teremos que falar com ele sobre isso. Tenho certeza que ele vai
ficar bem com isso. Você ainda estaria com nós dois, apenas legalmente
casada comigo.
— Eu não vou te dar uma resposta até que falemos com Max.
Kyle se sentou, se enrolou no lençol e foi até o banheiro.
Dimitri sabia que ele a chateou sem querer. Ele estava pronto para se
casar com ela e esperava que ela dissesse sim.
Kyle queria falar com Ryan antes que ela elaborasse um plano com
Max e Dimitri, e ela estava tentando evitar Dimitri por causa do pedido
de casamento.
No entanto, seu plano não funcionou; seu irmão estava viajando com
Varina.
Ela decidiu se controlar e ir ao escritório conversar com Max e
Dimitri.
Chegou ao ponto em que ela nem precisava bater; eles a deixavam
entrar e sair quando quisesse, e ela começou a gostar da confiança que
depositaram nela.
— Oi, abelhinha. Como você está se sentindo?
— Estou bem. Dormi bem, mas esperava falar com Ryan antes disso.
— Podemos informá-lo quando ele voltar, — Max disse a ela.
— Já que Viktor gosta de dinheiro, acho que devemos nos empenhar
em seu negócio e controlar seu mercado.
— Sei que ele está no negócio das drogas e a família da qual ele quer
que você faça parte é do tráfico sexual, e nós nos recusamos a fazer isso,
mas com você recusando a exigência dele, isso não será um problema.
— Nós só precisamos ter certeza de que ele não vai atrás de Sarah, —
Dimitri explicou.
— Parece que vocês já resolveram tudo.
Max respirou fundo antes de continuar. — Não exatamente. Depende
da sua resposta a isso... Precisamos descobrir seus contatos e como ele
movimenta seus produtos. Esperávamos que você entre nessa parte.
— Você vai para o seu pai, trabalha para ele e nos dá informações
privilegiadas.
— O que o impede de me forçar a ficar com o filho desse outro cara?
— Você vai se casar com Dimitri antes de ir.
Kyle olhou para Max. Ela se sentia como se estivesse sendo forçada a
isso e não tinha certeza se estava pronta para esse compromisso.
— E você, Max? Como você se sente sobre isso?
— Estou bem com isso. Você terá nosso sobrenome e ainda estará com
nós dois.
— Eu ainda tenho escolha?
Dimitri caminhou até ela. — Claro que você tem, myshka. Se você
disser não, então pensaremos em outra coisa.
Capítulo 40
— Eu não posso me casar com você assim, Dimitri. Eu amo vocês dois,
mas quero ser sua esposa porque você quer que eu seja, não para impedir
outra pessoa de estar comigo.
Dimitri ficou desapontado. Ele queria se casar com ela porque a
amava, mas estava com pressa por causa de tudo o que estava
acontecendo. — Eu entendo, — foi tudo o que ele disse enquanto a
beijava.
Kyle se sentiu péssima. Ela sabia que tinha o magoado, mas ela queria
mais. Ela achava que merecia mais.
— Ainda posso trabalhar para o meu pai e fingir que estou de acordo
com o plano. Vou me certificar de ir a alguns encontros com esse cara e
tentar obter informações também.
*
Uma semana se passou e Kyle voltaria para o seu pai no dia seguinte
para — aceitar — o negócio. Max e Dimitri se certificaram de que
estavam preparados para cuidar dela e deram a ela um celular cujo
número só eles tinham.
— Amo vocês, não se esqueçam disso. — Kyle temia que eles se
afastassem depois que ela partisse.
— Nós sabemos, abelhinha.
Max a beijou enquanto a guiava para a cama. Ele a beijou
profundamente quando Dimitri deitou na cama atrás dela, beijando seu
pescoço e ombros.
— Você é tão linda, myshka.
Max e Dimitri a despiram lentamente, beijando seu corpo. Eles
estavam fazendo amor com ela; eles queriam que ela se sentisse amada.
Eles colocaram Kyle na cama. Max beijou seu corpo enquanto Dimitri
se concentrava em seus seios.
Kyle estava se perdendo no prazer que os dois homens estavam dando
a ela. A sensação se intensificou quando a boca de Max encontrou seu
clitóris e os lábios de Dimitri silenciaram seus gemidos.
Kyle não queria que aquilo acabasse; ela queria ficar com eles.
Ela foi dominada pela emoção, não conseguiu se conter e chorou
silenciosamente. Foram alguns meses difíceis com os dois homens que
ela amava, e ela não queria deixá-los.
Kyle acordou na manhã seguinte determinada a ser forte, a dizer
adeus a Max e Dimitri e a ajudá-los com as informações de que
precisavam. Ela esperava que fosse apenas por algumas semanas, no
máximo um mês.
— Se você precisar de alguma coisa, envie-nos uma mensagem de
texto apenas com 'raio de sol', saberemos que é importante e entraremos
em contato com você imediatamente.
— Não se esqueça de dar um oi pelo menos uma vez por dia. Se você
ficar em silêncio por mais de dois dias, enviaremos alguém atrás de você.
— E se eles pegarem meu telefone?, — Kyle perguntou a Dimitri.
— Mantenha-o escondido e você ficará bem.
— Eu te amo, Dimitri, e quero me casar com você, mas não é a hora
certa. Nós merecemos mais do que isso. Eu só queria que você soubesse
disso antes de eu ir embora.
— Eu entendo, myshka. Eu também te amo e vamos resolver tudo isso
quando você voltar.
Kyle beijou Dimitri e foi até Max para se despedir.
Ela amava os dois irmãos, mas se sentia mais próxima de Dimitri, e
estava péssima com isso, então prometeu a si mesma que trabalharia seu
relacionamento com Max quando voltasse.
*
— Estou feliz por você ter aceitado o acordo, Kylah. Você terá tudo o
que precisa e deseja; você será cuidada.
Kyle ficou na frente de Viktor, já se arrependendo de sua decisão.
— Você pode me chamar de Kyle?
Dimitri era o único que usava seu nome verdadeiro, e ela queria
manter assim. Ela não queria estragar o afeto que seu nome ganhara
quando Dimitri a chamasse por ele.
Viktor ignorou o pedido e continuou falando. — Você vai conhecer
Cannin esta noite. Ele é o jovem para quem quero te apresentar.
Kyle não pôde evitar, franziu a testa com a escolha das palavras do seu
pai. O discurso não tomava a situação melhor.
— Anton vai te mostrar seu quarto. Sinta-se à vontade para olhar a
casa. Se você quiser sair, você deve ter permissão, e Anton deve estar com
você.
Viktor acenou com dois dedos, e um cara alto e forte veio andando do
fundo da sala.
— Este é Anton. Agora vá se instalar e vejo você esta noite, quando
Cannin chegar.
Anton calmamente levou Kyle para o quarto dela. O quarto estava
localizado no último andar da grande casa, longe de todos; ela estava
grata pela privacidade.
Quando ficou sozinha, Kyle pegou o celular e mandou uma mensagem
para Max e Dimitri. Ela contou que havia chegado em segurança e que se
encontraria com Cannin esta noite.
Max foi o único a responder, dizendo que sentia falta dela. Ele
também disse que fariam uma pesquisa sobre Cannin para ver o que
poderiam encontrar.
Fazia apenas algumas horas e ela já estava com saudade deles.
*
Kyle encontrou a sala de jantar e estava esperando que Viktor se
juntasse a ela. Em vez de Viktor, Anton entrou com um homem.
Quando o homem se sentou, Anton saiu. O homem sentado na frente
de Kyle era bonito; ela se pegou corando quando percebeu que estava o
encarando.
— Sou Cannin; você deve ser Kyle. Se não for, estou feliz por estar
sentado com uma mulher tão bonita.
Kyle se deu um tapa mentalmente. Ela não podia se apaixonar por seu
charme — Max e Dimitri contavam com ela, e ela os amava. Ela não
podia traí-los.
— Você sempre fala manso?
— Só com mulheres que acho bonitinhas.
Kyle revirou os olhos, mas ela temeu que isso pudesse ser um pouco
mais difícil do que estava imaginando.
— Vamos um pouco mais devagar. — Kyle olhou para Cannin. — Você
está indo muito rápido.
Cannin sorriu para ela. — Não, você está gostando.
Eu posso dizer pelo seu rubor.
Kyle percebeu que teria que trabalhar duro para se livrar dele e obter
as informações de que precisava.
— Acho que não.
— Gosto quando uma garota se faz de difícil, então jogue duro o
quanto quiser, gatinha, mas no final, você vai desistir.
Capítulo 41
Kyle estava preocupada com Cannin e sua recusa em aceitar um não.
Kyle não queria trair Max e Dimitri, mas ela sabia que tinha que fazer
algo para permanecer no personagem.
Ela ficou aliviada quando o jantar foi servido. Ela ia usar isso como
uma desculpa para não falar com Cannin. — Você vai me ignorar o
tempo todo?, — Cannin perguntou.
— Eu não tenho nada a dizer. Estou sendo forçada a estar aqui, e
estou só tentando sobreviver.
Cannin ficou quieto por um momento. Ele sabia do que ela estava
falando — ele também estava sendo forçado. Ele nunca se importou
realmente com os negócios de seu pai e estava fazendo isso para acalmá-
lo.
Ele não queria que Kyle soubesse. Ele pensou que ela usaria isso
contra ele.
— Você quer sair amanhã?, — Cannin perguntou.
— Para onde você vai me levar?
Cannin deu de ombros.
— Vou encontrar algo divertido para fazermos.
— Tudo bem.
Cannin olhou para Kyle, e ele concordou com Viktor que sua filha era
linda, mas ele se sentiu mal por ela estar sendo forçada a ficar com ele.
Depois do jantar, Kyle foi para o quarto dela e decidiu avisar Max e
Dimitri que tinha se encontrado com Cannin. Desta vez, Dimitri
respondeu.
Ele disse a ela que descobriram que o pai de Cannin trabalhava com
lavagem de dinheiro e jogos de azar ilegais.
Kyle: Já estou com saudade.

Dimitri: Eu também sinto sua falta, myshka. Seja forte.


Ela queria perguntar a Dimitri se eles podiam fugir; simplesmente
deixar tudo para trás e ficar juntos, mas ela sabia que não poderia fazer
isso.
Em vez disso, ela disse que o amava e que dava notícias amanhã.
Cannin pegou Kyle na tarde seguinte e ele estava animado para
conhecê-la.
— Onde estamos indo?
Cannin sorriu para ela. — Você já jogou paintball?
— Não, mas parece divertido.
Kyle estava animada em sair e fazer algo diferente, mas ela não queria
que esse relacionamento progredisse; ela se sentiu culpada. Kyle se
escondeu atrás de alguns barris e tentou espiar por trás deles para ver
onde Cannin estava, mas sabia que quando colocasse a cabeça para cima,
ele atiraria nela.
Ela decidiu que tentaria correr para a próxima cobertura para chegar
um pouco mais perto.
Ela correu abaixada e não pôde deixar de rir dos tiros terríveis vindos
de Cannin.
— Por que você está rindo?, — Cannin gritou.
— Estou rindo de suas habilidades de tiro, — gritou Kyle de volta.
— Não estou fazendo um grande esforço ainda.
Kyle aproveitou a distração para atirar aleatoriamente.
— Não é justo. Eu não estava pronto.
— Tudo é justo na guerra, Cannin, — Kyle gritou.
Kyle e Cannin passaram horas atirando bolas um no outro. Mesmo
tendo sido atingidos várias vezes, eles queriam continuar.
Kyle admitiu para si mesma que foi um dos melhores encontros que
ela já teve. Kyle franziu a testa com o pensamento, e Cannin percebeu.
— O que foi?, — ele perguntou.
— Eu só estava pensando.
— O que quer que você esteja pensando, a deixou triste.
Kyle suspirou. — Para ser sincera, deixei para trás alguém que amava
para garantir sua segurança e estou me sentindo mal por me divertir.
— Presumo que seja por isso que você não quer estar aqui.
Kyle apenas acenou com a cabeça. Ela agora se sentia mal por Cannin.
Até agora, ele foi gentil com ela, e ela não tinha lhe dado uma chance. Ela
poderia pelo menos ser amiga dele, ela pensou, mas logo se arrependeria
disso, nem todo mundo era gentil sob sua faceta.
*
— Pare de se lamentar e comece a trabalhar.
Dimitri estava lidando mal com a partida de Kyle. Max tentou de tudo
para motivá-lo, e quando não funcionou, ele disse a Anatoli que seu
único trabalho era tirar Dimitri de casa.
— Max está cuidando de tudo.
Anatoli suspirou. — Então vamos sair e tomar uma bebida.
Dimitri cedeu e saiu com Anatoli. Ele não queria aturar pessoas, mas
sabia que se não fizesse isso, Max chutaria sua bunda.
— Ela é inteligente, Dimitri — ela vai voltar.
— E se ela não quiser?, — Dimitri temia que Kyle fosse mais feliz com
o pai dela e precisava que Anatoli o assegurasse que isso não iria
acontecer.
— Olha, não seria o ideal, mas ela ama vocês dois. Ela vai voltar. Não
se preocupe.
Dimitri só podia esperar que Anatoli estivesse certo e que myshka
voltasse.
— O que vocês estão fazendo para ajudá-la?, — perguntou Anatoli.
— Ela está sendo forçada a ver Cannin.
— Cannin Price?
— Sim. — Dimitri deu um gole em sua cerveja, esperando engolir o nó
na garganta.
— Ela sabe alguma coisa sobre ele?
— Nós não contamos a ela. Dissemos que ainda precisávamos fazer
algumas pesquisas.
Anatoli sabia por aquela informação que as coisas estavam ficando
mais difíceis para Max e Dimitri. Eles precisavam estar preparados para
qualquer coisa.
Capítulo 42
Passaram-se algumas semanas e tudo o que Kyle conseguiu arrancar
de Cannin foi que seu pai estava envolvido em lavagem de dinheiro e
drogas, mas ela sabia que tinha mais coisa.
Ela esperava descobrir esta noite durante o jantar. Cannin pediu a ela
que se juntasse a ele e ao seu pai esta noite para que pudessem se
conhecer.
Cannin comprou um vestido para Kyle para a ocasião. O vestido era
vermelho e com as costas nuas e abraçava suas curvas em todos os
lugares certos, Kyle estava apaixonada por ele.
— Você está pronta?
— Sim.
— Você está linda.
— Obrigada. — Kyle corou com o comentário.
— Quero te avisar sobre meu pai. Ele pode ser rude e exigente; ele não
é um sujeito legal e faz o que quer.
— O que você quer dizer com ele não é legal?
Cannin suspirou. — Eu menti para você sobre o que fazemos.
Participamos da lavagem de dinheiro e das drogas, mas somos matadores
de aluguel, e meu pai está envolvido com o tráfico sexual.
— Apenas seja respeitosa e tente não aceitar nenhuma oferta que ele
faça.
Kyle ficou um pouco surpresa com sua confissão. — Estou segura?
— Desde que você esteja comigo, você está.
Kyle estava nervosa e com medo do jantar. Ela não queria causar
problemas; ela queria sua vida normal de volta.
A vida antes da máfia, embora isso significasse que ela não teria Max e
Dimitri. Mas pelo menos eles estariam seguros.
Quando Cannin e Kyle chegaram para jantar, foram recebidos por um
homem que os conduziu até a sala de jantar.
— Já era hora de você aparecer.
— Desculpe, pai, tivemos algum trânsito.
Kyle estava surpreso com o quanto Cannin se parecia com seu pai.
— Kyle, este é meu pai, Joseph, e minha madrasta, Gloria.
— É um prazer conhecê-los, — disse Kyle.
— Por favor, me chame de Joe. Afinal, você vai fazer parte da família.
Kyle assentiu e olhou para Cannin.
— Vamos nos sentar?, — Gloria disse.
Assim que todos se sentaram à mesa, o jantar foi servido. Cada prato
já estava cheio de comida e as taças preenchidas com vinho.
— O que você fazia antes disso, Kyle?
Kyle terminou de mastigar a comida antes de responder. — Eu era
garçonete.
— Interessante. Seu pai não queria você no negócio?
— Eu não sabia. Que Viktor era meu pai. Eu descobri há alguns meses.
O silêncio caiu sobre a mesa enquanto todos terminavam seus pratos.
— Você é linda e, se não estivesse com meu filho, poderíamos ganhar
algum dinheiro com você.
Kyle olhou para Joe e depois para Cannin.
— Não comece.
Kyle podia ouvir a raiva em sua voz.
— Você sabe como me sinto sobre essa parte do negócio. Nem deveria
existir.
— Você vai superar isso. Além disso, logo será seu. É por isso que você
precisa estar casado; você não pode se distrair com as garotas ao seu
redor, e você precisará continuar a linhagem familiar.
— Cannin é um homem muito atraente e, pelo que posso dizer, é
muito respeitoso. Por que você fez um acordo com meu pai?
Joe deu uma risadinha. — Eu gosto de uma garota simples. Seu pai
ganha um bom dinheiro e tem ótimos contatos.
— Com a combinação de nossas famílias, podemos criar um negócio
enorme, não haverá limites para o que poderemos fazer.
— Por que não fazer um contrato comercial em vez de um casamento
arranjado?
— Os contratos podem ser quebrados, mas a linha de sangue garante
o negócio, fornecendo um herdeiro legítimo para ambos os lados.
Kyle estava grata por Joe ser honesto, mas quanto mais ela descobria,
menos esperança ela tinha.
— Então não há saída para mim? Eu tenho que casar com Cannin?
— Isso é tão ruim?, — Gloria perguntou.
— Eu não o amo.
— Mas você pode aprender a amá-lo. As consequências de quebrar o
contrato são graves — tenha isso em mente, — Joe ameaçou.
As emoções de Kyle estavam levando o melhor dela. Ela precisava
dizer a Max e Dimitri que precisava sair dessa agora, mas ela poderia
pedir a eles para desistirem de tudo por ela?
Capítulo 43
Dimitri recebeu uma mensagem de Kyle e isso partiu seu coração. Ela
queria voltar para casa, e tudo que ele pôde dizer a ela era — agora não.
— Max e Dimitri estavam escondendo um segredo de todos, incluindo
Kyle.
Algumas horas depois que Kyle foi embora, Max e Dimitri receberam
uma carta. A carta ameaçava a vida de Kyle. Eles a matariam se alguém
tentasse pegá-la ou atacassem a organização de Viktor. Portanto, a única
coisa que podiam fazer era se distanciar.
Dimitri: Não se preocupe, myshka; estamos trabalhando nisso.
Nós te amamos.
— Eu não posso mais fazer isso, Max. Não posso continuar mentindo
para ela. Ela precisa saber que não pode voltar por um tempo, não até
que possamos ter certeza de que eles não podem matá-la.
— Eu também não gosto, Dimitri, mas é o que precisamos fazer para
protegê-la. — 'Acho que precisamos contar a Ryan e Sarah.
Max sabia que Dimitri estava certo, mas não queria admitir. Ele
odiava quando seu irmão estava certo, mas Ryan e Sarah precisavam
saber o que estava acontecendo com sua irmã.
*
Max e Dimitri sentaram com eles e explicaram tudo o que estava
acontecendo.
— Como vocês deixaram essa merda acontecer?, — Ryan gritou. —
Vocês me prometeram que iriam protegê-la. Em vez disso, vocês a
entregaram como eu a entreguei a vocês.
— Ela merece melhor; ela merece pessoas melhores.
— Nós sentimos o mesmo. Fomos estúpidos e colocamos a vida dela
em perigo, — disse Max a Ryan e Sarah.
Sarah estava quieta; ela não sabia o que dizer. Ela mal conhecia Kyle e
não tinha uma boa relação com ela. Ela se sentiu mal por estar
indiferente à situação.
— Quais são as nossas opções? Farei o que for preciso.
— Nós sabemos que você fará qualquer coisa, mas, agora, a única
maneira de ajudá-la é não ajudando-a.
— Porra nenhuma. — Ryan foi em direção a Dimitri. — É culpa sua —
você fez isso com ela. — Ryan foi socar Dimitri antes que Varina gritasse
para impedi-lo.
— Eu não posso ficar aqui.
— Não faça nada estúpido, — Max gritou com Ryan enquanto ele saía
furioso da sala.
Sarah não disse nada e deixou os irmãos sozinhos na sala. — Ele está
certo, Max. Nós falhamos com ela e não a merecemos.
— Este não é o fim, Dimitri; simplesmente não podemos fazer nada
agora.
*
Quando Kyle viu a resposta de Dimitri sobre não poder sair agora, ela
chorou. Ela não queria esta vida e se sentia uma idiota.
Ela pensou que tudo daria certo, mas as coisas ficaram mais
complicadas e ela não sabia como lidar com isso. Pela primeira vez em
sua vida, se sentiu verdadeiramente sozinha. Ela agora sabia que
dependia apenas dela mesma para sair dessa.
Amanhã era um novo dia e Kyle fez uma promessa a si mesma. Uma
promessa da qual ela desistiria; ela faria o que precisasse para sair dali.
Kyle: Amo vocês dois e digam a Ryan que o amo. Esta pode ser
minha última mensagem por um tempo. Por favor, se cuidem, e
vejo vocês em breve.
Kyle sentiu seu coração se partindo, mas ela sabia que era o melhor a
fazer e ela precisava se salvar.
Capítulo 44
Passaram-se semanas desde a última vez que Kyle falou com Dimitri
ou Max, e ela tentou se acomodar àquela situação o máximo que pôde.
Ela se mudou da casa do pai para a de Cannin.
Estar com Cannin não era tão ruim em sua opinião. Ela sabia que
precisava ficar com ele até conseguir encontrar uma saída. Felizmente,
Cannin não a forçou a ter intimidade com ele.
— Eu sei que você não concorda com essa parte do negócio, também
não concordo, mas temos que estar na oferta desta noite.
Kyle sentiu a bile subir em sua garganta. — Eu não vou. Eu me recuso
a fazer parte disso.
— Você sabe que temos que estar lá. Não lute, porque você vai perder
e você sabe disso. — Enquanto Cannin frequentemente deixava Kyle
tomar decisões por si mesma, ele estava ficando cada vez mais irritado
com o desafio dela. Ele precisava que ela cooperasse.
— Tudo bem, mas vou expressar minha opinião sobre o quanto eu
odeio isso.
— Eu também não gosto e pretendo deixar isso para trás quando
assumir o negócio.
*
Kyle estava no quarto se preparando quando Cannin entrou.
— Você está quase pronto?
Cannin não a forçava a fazer sexo, mas eles ainda compartilhavam um
quarto, e ele a beijava de vez em quando.
— Sim. Deixe-me terminar minha maquiagem. — Ele caminhou por
trás de Kyle e tirou o cabelo de seu pescoço. — Você é linda, — Cannin
sussurrou enquanto abaixava os lábios em seu pescoço, e Kyle moveu sua
cabeça para o lado para lhe dar acesso.
Ele nunca pediu nada além de beijá-la e abraçá-la de vez em quando, e
Kyle começou a se abrir mais para ele nas últimas semanas.
Cannin se afastou de Kyle e soltou um suspiro.
Ele podia ser um che ão do crime organizado, mas nunca forçaria uma
mulher.
Era a única coisa que ele não queria fazer e, por mais que o irritasse o
fato de Kyle não querer nada com ele, ele estava disposto a se esforçar
para conquistá-la.
*
Eles chegaram ao local onde os eventos da noite aconteceriam. Kyle
estava nervosa e se sentia mal pelas meninas no leilão.
— Cannin, não o vemos por aqui há algum tempo.
— Já que vou assumir o controle, descobri que preciso aparecer de vez
em quando. A propósito, esta é minha namorada, Kyle, e Kyle, este é um
dos nossos sócios, Dan.
— É um prazer conhecer uma senhorita tão bonita, — disse Dan
enquanto beijava a mão de Kyle. Kyle sorriu para ele e se aproximou de
Cannin.
Dan riu da reação dela. — Você tem uma garota tímida aí. Ela deve ser
uma boa garotinha submissa para você.
— Ela é um achado. — Cannin deu uma risadinha.
Eles passaram os próximos trinta minutos conversando com pessoas
diferentes antes de serem orientados a entrar no showroom.
Cannin pegou a mão de Kyle e a guiou até seu assento.
— O que devemos fazer?, — ela perguntou.
— Estamos aqui para observar e comparecer.
— Essas meninas vão ser cuidadas?
— Sim. As pessoas que estão licitando foram verificadas. Mesmo que
essas meninas estejam sendo vendidas, elas serão cuidadas.
Kyle ficou horrorizada com o evento que estava acontecendo. Ela não
podia acreditar que outras pessoas estavam sendo mantidas contra sua
vontade. Ela queria fazer algo — como poderia ajudar?
Ela avistou uma garota da mesma idade que ela e vasculhou o cérebro
em busca de ideias. O único plano em que ela conseguia pensar era
oferecer dinheiro. Ela odiava fazer isso, mas aproveitou a chance quando
Cannin a acompanhou para encontrar o anfitrião.
— Cannin, como acabei de anunciar, é muito bom ter você aqui. Esta
deve ser a garota de quem falaram
Cannin deu uma risadinha. — Ela é, mas vamos falar de negócios.
Kyle ficou lá enquanto Cannin e o outro homem conversavam sobre
negócios e tentavam negociar os termos de algum tipo de acordo.
Quando chegaram a um intervalo na conversa, Kyle aproveitou a
chance.
— Já que vocês, cavalheiros, não conseguem chegar a um acordo sobre
preço agora, que tal pegarmos o dinheiro que vocês estão oferecendo
mais aquela garota ali?
O cara olhou por cima do ombro para onde Kyle estava apontando.
— Eu nunca pensei que você fosse um cara que deixasse suas
mulheres participarem dos negócios, Cannin, mas você tem um acordo.
— Cannin deu um sorriso tenso. — Bom, ela sabe do que eu gosto.
Agora, você nos dá licença por um momento?
O homem saiu e Cannin empurrou Kyle rudemente para uma sala
privada. — Que porra você estava pensando, Kyle? O que você fez foi
estúpido.
— Eu sinto muito! Tive que ajudar pelo menos uma delas.
— E você pensou que eu pagaria dez mil dólares por ela e a deixaria ir?
Não é assim que funciona, porra.
— Você me deve agora; você está em dívida comigo. Se você acha que
esse dinheiro vai te sair de graça, está muito enganada.
As lágrimas escorreram pelos olhos de Kyle.
— Não chore, porra. — Cannin a agarrou pelo queixo.
— Você criou essa bagunça e vai enfrentar as consequências. Ela é
problema seu — se vira para achar um jeito de tomá-la útil, e é melhor
descobrir como me retribuir.
Cannin a empurrou e, pela primeira vez, Kyle teve medo dele e do que
ele poderia fazer com ela.
Capítulo 45
Kyle sabia que ela tinha finalmente passado dos limites com Cannin.
Ele não disse uma palavra durante a viagem de carro ou quando eles se
prepararam para dormir.
Kyle ficou deitado no escuro por alguns minutos antes que ela falasse
com ele.
— Sinto muito, Cannin.
— Eu não quero ouvir isso. O que está feito está feito, e é melhor você
ter um plano para aquela garota. Ela estará aqui amanhã. Agora vá
dormir.
Quando Kyle acordou na manhã seguinte, Cannin já tinha saído. Ela
tinha que dar um jeito de voltar para suas boas graças, e ela precisava
acelerar seu plano. Ela sabia que ficar se segurando estava o irritando.
*
Kyle estava na cozinha preparando o café da manhã quando um dos
homens de Cannin a interrompeu para avisar que a garota que eles
compraram havia chegado. Kyle disse a ele para levá-la ao quarto de
serviço e ela estaria lá em um momento.
Kyle entrou e viu a garota sentada no sofá.
— Eu sou Kyle.
— Eu... Eu sou, humm, Violet.
Violet estava assustada e não sabia como agir.
— Eu sei que tudo isso é loucura e você está com medo, mas você não
vai se machucar. Você trabalhará aqui. Vai limpar, cozinhar e me ajudar
com as coisas.
Violet suspirou. — Obrigada.
— Como você foi parar lá?
— Meu pai deve dinheiro a algumas pessoas.
— Meu irmão também, aí meu pai fez um acordo, então estamos no
mesmo barco. Você vai começar esta noite, com o jantar. Vou pedir a
alguém para mostrar tudo a você.
Max e Dimitri não estavam lidando muito bem com a ausência de
Kyle.
Passaram-se semanas desde que qualquer um deles falou com ela. Eles
passavam o tempo pesquisando e observando o pai de Kyle, mas não
tinham nenhuma pista, então começaram a pesquisar Cannin.
— Eu acho que ela não está mais com ele. — Anatoli odiava dizer isso
para Max. Ele estava perdendo a paciência com mais frequência e se
tomava cada vez mais violento.
— Nós não a vimos, e não vimos Cannin passar pela casa.
— O que devemos fazer se não soubermos onde ela está?, — Max
gritou.
— Olha, ela vai aparecer, mas você precisa se acalmar porque eu não
vou ficar lidando com suas mudanças de humor. Tome uma cerveja ou
saia por alguns dias, mas você precisa se acalmar e resolver isso.
Anatoli saiu da sala, deixando Dimitri lidar com Max.
— Você sabe que ele está certo. Eu também não gosto do sumiço dela,
mas temos que nos concentrar no que podemos fazer. Precisamos
descobrir onde Cannin mora, porque é mais provável que ela esteja lá.
— Conhecemos Cannin e poderíamos pedir uma reunião de negócios.
— Não precisamos que ele saiba que ela estava conosco, se ele ainda
não souber.
Dimitri estava ficando cansado de tudo isso. Ele amava Kyle, mas
achava que era hora de desistir dela. Ele simplesmente não sabia como
dizer isso a Max.
*
Kyle esperou Cannin voltar para casa. Ele não tinha dito uma palavra a
ela desde a noite da oferta, há dois dias.
Quando ela ouviu Cannin subindo as escadas, ela se sentou na cama, e
Cannin ficou surpreso ao vê-la acordada, mas a ignorou e continuou sua
rotina de dormir.
Kyle esperou até que ele subisse na cama antes de falar. — Eu sinto
muito. Sinto muito por usar você, mas não sinto muito por garantir que
pelo menos uma delas não acabasse em algum lugar pior.
— Você não entende. Eu me certifiquei de que você fosse bem cuidada
— você basicamente consegue fazer o que quer, e você apenas tira as
coisas, e eu não recebo nada em troca, estou farto disso, e isso vai mudar.
Cannin puxou Kyle para si e a beijou. — Você é minha. Você entende
isso?
Kyle estava com muito medo de responder e apenas assentiu em
concordância antes de Cannin beijá-la rudemente novamente.
Quando as mãos dele se moveram para dentro da camisa de Kyle, ela
recuou abruptamente, balançando a cabeça.
— Você é igualzinho a eles, — ela o acusou. — Você diz que não gosta
dessa parte dos negócios do seu pai, mas está apenas tentando parecer
melhor do que é.
Um soluço escapou de seu peito e ela correu do quarto.
Capítulo 46
Kyle acordou na manhã seguinte com uma forte dor de cabeça de
tanto chorar até dormir. Ela estava dolorida e sem energia e não queria
sair da cama.
Ela ouviu uma batida na porta e Cannin atendeu, o que a
surpreendeu. Ela pensou que ele já tinha partido.
— Obrigado. Você pode voltar em cerca de uma hora e meia?
Sim, senhor. — Kyle reconheceu a voz de Violet.
Kyle sentiu a cama afundar, mas ela não queria falar com ele.
— Aqui está o seu café da manhã. Você precisa comer e não pode ficar
na cama o dia todo.
— Você não pode controlar o que eu faço quando você se for.
— Não me teste, Kyle.
— Apenas me deixe em paz.
Cannin puxou Kyle pelo braço.
— Você vai comer, tomar banho e se vestir.
— Não.
— Maldição, Kyle. É melhor você fazer o que eu digo, ou você vai se
arrepender.
— O que você vai fazer, me estuprar de novo?
Cannin deixou escapar um suspiro irritado. — Basta comer sua
maldita comida. Violet estará de volta em uma hora, então é melhor você
tomar banho e se vestir.
Kyle não se importou com o que Cannin disse a ela para fazer; ele já
tinha a violado da pior maneira possível, então ela não iria comer ou ficar
pronta para Violet.
Quando Violet veio buscar Kyle e percebeu que ela não estava pronta,
entrou em pânico.
— Você deveria estar pronta.
— Eu não me importo.
— O Sr. Price vai ficar com raiva se descobrir que você não comeu e
nem saiu deste quarto.
— Para onde eu deveria ir? Não posso sair de casa sem ele.
— Ele me pediu para garantir que você saísse. Ele disse que
poderíamos fazer algo no jardim.
— Eu não me importo com o que o desgraçado quer. — Kyle não pôde
evitar chorar. Ela se sentiu usada, nojenta, violada e cada palavra que
conseguia pensar para descrever aquela sensação horrível.
Violet confortou Kyle e a vestiu, mas, no final, Kyle manteve sua
teimosia.
*
Max achava que seu irmão havia desistido de trazer Kyle de volta, mas
Dimitri só queria que ele acreditasse nisso.
Dimitri passou um tempo planejando com Anatoli, Mike e Jason, e
agora que Ellis estava melhor, ele o incluiu no plano.
— Eu mal posso esperar até que Kyle esteja de volta para cuidar desse
cachorro maldito.
Dimitri olhou para Jason, e Elliot estava dormindo em pé, recusando-
se a se mover, o que o fez rir.
— Tem certeza de que deveríamos fazer isso sem Max?, — perguntou
Anatoli.
— Sim, ele é muito cabeça quente, e eu não quero que ela ou qualquer
um de nós seja morto. Consegui alguém lá de dentro, e essa pessoa ao
lado de Kyle geralmente não sai de casa e Cannin sai durante o dia.
— Se não cuidarmos dele, ele virá atrás de nós.
— Eu não acho que ele percebeu que ela esteve conosco antes.
Segundo o informante, ele nem sabia que ela era filha de Viktor. Espero
que Cannin não tenha sido informado sobre como Viktor pegou Kyle.
— Você pode confiar nessa pessoa?, — Mike perguntou.
— Eu posso e confio. Vamos agir em breve e precisamos ter um plano
para evitar Max.
Todos, exceto Anatoli, deixaram a sala quando terminaram.
— Eu odeio manter Max no escuro.
— Eu sei, mas é necessário. Ele explodiria todo mundo se pudesse, e
acho que podemos pegá-la com risco mínimo.
— Eu confio em você, mas Max vai odiar você por não incluí-lo.
— Ele vai superar isso.
Dimitri sabia que Max ficaria bravo, mas ele superaria a raiva assim
que encontrasse Kyle.
Capítulo 47
Kyle começou a se tomar mais ativa depois de algumas semanas. Ela
começou a passar mais tempo fora com Violet e fazia tudo o que podia
para evitar Cannin.
Ela só via Cannin à noite, e ele não prestava atenção nela, e Kyle
estava grata por isso.
— Aqui está, — disse Violet, servindo o almoço de Kyle. Ela estava
morrendo de fome e começou a comer o sanduíche com batatas fritas.
Quando ela terminou, se dirigiu para o jardim. Ela começou uma
horta e plantou algumas flores, e algumas delas começaram a brotar da
terra.
— Aí está você. — Kyle se virou e foi saudada por Cannin. Ela odiava
estar perto dele.
— O que você quer?
— Eu quero que você venha comigo um pouco.
Temos um noivado esta noite e preciso que você escolha um vestido.
— Leve outra pessoa.
— Não me empurre; não estou com paciência para isso hoje, Kyle.
Kyle apenas deu de ombros para ele e continuou cortando as flores no
jardim.
— Droga, — Cannin rosnou e puxou Kyle pelo braço, arrastando-a
para dentro de casa.
— Você é um verdadeiro pé no saco. Se você apenas ouvisse, as coisas
seriam mais fáceis para você. Agora, escolha a porra de um vestido.
Kyle não se importava com o vestido; ela sabia que todos eram
bonitos, então escolheu um ao acaso.
— Pronto. Escolhi.
— Leve isso a sério, Kyle. É importante.
— O que há de errado com esse?
Cannin tirou o vestido de sua mão e entregou-lhe um vestido
vermelho. — Você sabe que eu gosto de vermelho, então você vai usar
esse.
— Por que me dar uma escolha quando eu realmente não tenho uma?
— Estou ficando cansado da sua atitude, — disse ele enquanto
agarrava o queixo dela com a mão e o segurava com firmeza. — Você está
caminhando sobre uma linha tênue e precisa calar a boca.
— Me solta, — ela murmurou. Kyle não estava se sentindo bem e ela
sentia como se fosse vomitar.
— Eu vou deixar você ir quando eu souber que está me ouvindo.
— Sério, me… — Kyle não conseguiu terminar suas palavras; ela foi
interrompida pelo vômito que saiu de sua boca e espalhou-se pela camisa
de Cannin.
— Que porra é essa?
— Eu disse para você me soltar.
Cannin saiu para se limpar enquanto Kyle correu para o banheiro para
se livrar do resto do seu almoço.
— Eu não deveria estar aqui, Cannin; não me sinto bem.
— Aguente e supere isso, — ele disse rudemente.
O evento noturno era um jantar que permitia a Cannin fazer negócios
com pessoas de todo o país.
— Cannin, querido, é bom ver você.
— É bom ver você também, Lydia. Esta é Kyle, minha namorada. Kyle,
esta é Lydia — trabalho muito com o marido dela. Onde está Stan?
— Ele estará aqui em breve. Ele tinha alguns negócios para cuidar.
— Sinto muito, mas, por favor, com licença, — Kyle interrompeu
antes de correr para o banheiro.
Kyle estava com a cabeça na privada quando a porta se abriu.
— Aqui, deixe-me ajudá-la. — Era Lydia. — Eu vi você entrar aqui e
disse a Cannin que iria dar uma olhada em você. De quantas semanas
você está?
— O quê?, — Kyle estava confusa. — Você não consegue esconder de
mim. Você está grávida, não está?
Kyle engasgou e lembrou-se de que ela deveria ter menstruado na
semana passada. — Eu não sei.
— Humm. Refresque-se enquanto converso com Cannin.
Kyle se inclinou sobre a pia, tentando não entrar em pânico. Ela não
podia estar grávida. Max e Dimitri ficariam decepcionados se estivesse
grávida de outro cara. Ela começou a chorar.
*
— Você sabia que ela estava grávida, Cannin?
Cannin cuspiu sua bebida. — O quê?
— Tenho quase certeza de que sua namorada está enjoada porque está
grávida.
Cannin ficou chocado. Ele nem sequer tinha pensado na possibilidade
de engravidá-la. — Tenho que ir. Diga Stan vou chamá-lo.
Ele encontrou Kyle no banheiro, chorando. — E verdade?
— Eu não sei; mas minha menstruação está atrasada.
— Vamos para casa; vamos parar e comprar alguns testes no caminho.
Cannin ficou quieto durante todo o trajeto de volta; ele não sabia o
que dizer a Kyle. Ele sempre quis ter filhos, mas era certo que a criança
fosse concebida do jeito que foi?
Cannin não se achava um cara horrível, mas sua raiva o dominou.
Quando ele ficava com raiva de alguém, ele ficava bravo por um tempo.
Quando chegaram em casa já era tarde, mas Cannin entregou-lhe um
teste. — Pegue isso agora — é melhor saber o quanto antes.
— Posso pedir a Violet para ficar comigo?
— Vá ao banheiro e Violet estará aqui esperando por você.
Quando Kyle voltou, Violet estava sentada em sua cama e Cannin
havia sumido.
— Vai ficar tudo bem, — disse Violet a ela. Ela achou curioso ter salvo
Violet, mas Violet acabou se tomando seu consolo.
— Ele me estuprou, — disse Kyle em um sussurro.
— Não acho que poderei ter um filho dele se estiver grávida.
— Não vamos pensar nisso agora.
Depois que o tempo recomendado passou, Kyle se levantou para olhar
para o teste de gravidez. Lá estavam as duas linhas rosa.
Kyle soluçou. Ela estava com o coração partido. Ela sabia que nunca
poderia voltar para Max e Dimitri com o filho de outra pessoa, e ela não
tinha certeza se poderia criar essa criança sabendo o que aconteceu.
Depois que ela se acalmou, ela foi procurar Cannin e o encontrou em
seu escritório. Ela não disse nada e entregou-lhe o teste de gravidez.
Ele pensou que ficaria com raiva ou nervoso, mas ele ficou feliz, ele
queria filhos e, embora não fosse planejado ou concebido com amor, ele
estava satisfeito.
— Vou me certificar de que você e o bebê sejam cuidados.
— E se eu não quiser?, — ela soluçou.
— Você vai carregá-lo, e então eu vou criar a criança, e você pode ir
embora. Essa é a única opção.
Antes que Kyle pudesse responder, estrondos altos soaram de outras
partes da casa, e um dos capangas entrou correndo na sala.
— Estamos sendo atacados!
Capítulo 48
Dimitri ficou aliviado quando eles chegaram na casa sem serem
descobertos.
— Lembre-se, seu trabalho é encontrar Kyle e tirá-la daqui com
segurança.
— Eu sei. — Anatoli não conseguiu evitar o déjà vu que estava tendo.
Parecia a noite em que ele levou um tiro.
Dimitri e os outros entraram pela porta dos fundos enquanto Anatoli
subia a treliça para ter acesso ao segundo andar.
Quando ouviu tiros e homens correndo escada abaixo, ele quebrou a
janela e escalou por ela. Ele examinou lentamente cada cômodo até
chegar a uma porta trancada.
— Malyshka, você está aí?, — ele sussurrou através da porta. Ele usou o
apelido de Kyle para que ela soubesse que era ele.
— Anatoli?
— Deixe-me entrar, Kyle; temos que tirar você daqui!
Kyle hesitou no início, mas reconheceu Anatoli por causa do apelido.
Ela correu para a porta, abriu-a e começou a chorar ao vê-lo parado ali.
— Está tudo bem, mas temos que ir. Prometi a Dimitri que tiraria
você daqui.
— Atrás de você!, — Kyle gritou. Anatoli não pensou duas vezes e
atirou no homem. — Vamos. — Ele a puxou e voltou para a janela que
quebrou para entrar.
— Temos que descer. Você pode fazer isso?
Ela assentiu e caminhou em direção à janela.
— Pare. — Kyle olhou para Anatoli e viu Cannin apontando uma arma
para eles.
— Por que vocês estão atrás dela?
— Porque ela foi tirada de mim. — Dimitri apareceu, apontando uma
arma para Cannin.
Kyle tentou correr para Dimitri. — Não se mexa, porra. Se você acha
que vou deixá-la ir, você está errado.
— Você não tem uma escolha. Viktor não deveria ter prometido Kyle a
você; ela estava comigo, e Viktor estava com raiva porque ele não podia
ter o nosso território.
— Eu entendo, Volkov. Se eu soubesse, no início, eu teria recuado,
mas é tarde demais. Ela está grávida do meu filho, e ela não vai a lugar
nenhum.
Dimitri olhou para Kyle, e ela pôde ver a dor em seu rosto.
— Não foi por escolha minha. — Ela esperava que Dimitri entendesse
o que ela estava dizendo.
Dimitri compreendeu na hora e isso fez seu sangue ferver.
— Seu filho da puta!, — Dimitri gritou antes de pular sobre Cannin. A
arma de Cannin voou de sua mão quando ele atingiu o chão.
Kyle não perdeu tempo e correu para a arma.
— Parem com isso!, — ela gritou com eles. Sua voz distraiu Dimitri.
Ele estava tentando se certificar de que ela estava bem.
Cannin puxou uma faca do bolso, mas antes que pudesse esfaquear
Dimitri, Kyle puxou o gatilho, acertando Cannin.
Kyle largou a arma e foi até Dimitri. Ela o abraçou. — Eu sinto muito,
— ela disse, soluçando.
— Está tudo bem, myshka. Vamos para casa.
— Você ainda me quer?
— Claro que ainda quero você. O que ele fez com você não foi sua
culpa. Podemos falar sobre isso mais tarde, mas precisamos sair daqui.
— Temos que encontrar Violet antes de partir. Ela precisa vir conosco.
— Não temos tempo para isso, — disparou Anatoli.
— Por favor. Ela me ajudou aqui, e ela está aqui contra a vontade dela
também.
Dimitri, Anatoli e Kyle procuraram por Violet e a encontraram
escondida em um armário no corredor. Assim que Violet soube que eles
estavam lá para ajudar, ela seguiu Kyle.
Os quatro saíram da casa, tentando evitar os homens que estavam
varrendo a casa procurando por eles.
Assim que chegaram ao piso inferior, Dimitri garantiu que Jason, Mike
e Ellis recuassem.
Assim que entraram no carro, Dimitri puxou Kyle para si e a beijou.
Ele estava tão feliz por tê-la de volta, mas se sentia mal por tudo o que ela
teve que passar.
— Eu te amo, — ela sussurrou para ele.
— Eu também te amo, myshka. Agora vamos para casa.
Capítulo 49
Quando eles voltaram para casa, Kyle não pôde evitar chorar. Dimitri
a acompanhou até o quarto de Max, e ele sabia que Max estaria
dormindo.
— Max, acorde. Há algo importante acontecendo.
— Que merda, Dimitri. Não pode esperar até de manhã?
— Max?
Ao som de sua voz, ele se sentou na cama rapidamente. — Abelhinha,
é você?
Ela subiu na cama, abraçando Max.
— Eu não estou entendendo, — disse Max.
— Vou explicar tudo assim que dormirmos um pouco.
Max se deitou e segurou Kyle ao lado dele enquanto Dimitri deitou do
outro lado dela.
Kyle silenciosamente chorou até dormir enquanto Max e Dimitri
tentavam acalmá-la.
Assim que Kyle adormeceu, Dimitri e Max saíram da cama e foram
para o escritório.
— O que diabos está acontecendo?, — Max exigiu saber.
— Anatoli, Mike, Jason, Ellis e eu entramos para buscá-la.
— Por que você não me contou?
— Você teria atirado em todo mundo, especialmente em Cannin. —
Dimitri soltou um suspiro. — Há algo que você precisa saber e talvez
queira sentar-se para ouvir isso.
— Apenas me diga.
— Kyle está grávida.
— Porra. Como ela pôde?
— Antes de saltar para essa conclusão, parece que ele a estuprou; ela
disse que não foi por escolha dela. Ela também atirou nele.
— Nós o deixamos para morrer, mas para ser honesto, eu não acho
que ele tenha morrido, o que significa que podemos ter problemas mais
tarde. Também trouxemos outra garota. Ela é importante para Kyle,
então ela vai ficar.
Max não conseguia acreditar que Kyle teria um filho de outro homem.
— O que nós vamos fazer?
— A questão é: o que você vai fazer, Max? Já decidi amá-la como ela é.
Se ela quiser ficar com o bebê, vou ajudá-la a criá-lo; se ela escolher fazer
outra coisa, eu a apoiarei.
Max acenou com a cabeça para seu irmão. Ele não sabia o que dizer.
Ele pensou que seu primeiro filho seria seu, ou pelo menos parente dele
pelo sangue.
— Temos muito em que pensar, e acho que devemos ver o que ela
quer fazer, — ele disse.
— Vamos voltar para a cama antes que ela acorde.
Na manhã seguinte, Max foi acordado pelo som de Kyle vomitando no
banheiro.
Ele se levantou para ver como ela estava. Quando chegou lá, ela estava
sentada de joelhos olhando para a privada.
— Eu sei. E sexy, né? — Ela rapidamente se inclinou e vomitou no
banheiro, e Max caminhou até ela, puxando seu cabelo do rosto e
esfregando suas costas.
— Sinto muito, Max.
Max ficou triste ao ver que ela pensava ter algo pelo que se desculpar.
— Não se desculpe, abelhinha. — Max se inclinou e beijou seu ombro.
— Precisas de alguma coisa?
— Um pouco de água e talvez um pouco de enxaguante bucal.
Max entregou-lhe o enxaguante bucal e saiu para pegar um pouco de
água. Quando voltou ao quarto, Kyle estava sentada na cama. Deu-lhe a
água e subiu no lado dela.
— Presumo que Dimitri te contou.
— Sim.
— Você me odeia? — A cabeça de Kyle estava abaixada, olhando para
os dedos dela, e Max se virou para ela e colocou a mão sob seu queixo
para olhá-la nos olhos.
— Eu nunca poderia odiar você. — Ele se inclinou, dando-lhe um
beijo na boca antes de puxá-la para si, e ele soube naquele momento que
Kyle era sua casa.
Ele não se importava com o que tinha que fazer; ele estaria lá para ela.
*
— Eu não quero incomodar ninguém. Eu só gostaria de comer alguma
coisa, — disse Violet timidamente enquanto Kyle, Max, Dimitri e Anatoli
estavam comendo.
— Você não precisa pedir — sirva-se do que quiser e, se não quiser
ficar aqui, pode ir embora; você está livre, — Kyle disse a ela.
Anatoli se levantou de sua cadeira na cozinha e preparou um prato
para Violet.
— Obrigada.
— De nada, Lyubov
Kyle sorriu, sabendo que Anatoli a chamava de — amor. — Quando
ele se sentou, ela se inclinou para provocá-lo.
— Mesmo? Você tem uma paixão colegial?
Anatoli não disse nada. Ele apenas sorriu para Kyle antes de comer o
resto de sua comida.
Kyle olhou para Max e Dimitri. — Está tudo bem se ela ficar, certo?
— Claro. Além disso, se disséssemos não, certas pessoas contestariam.
— Eu mal a conheço, — retrucou Anatoli.
— Mas você a acha bonita.
— Da. Mais bonita do que qualquer garota. Sem ofensas.
— Não estou ofendida; estou feliz por vocês.
Kyle estava feliz por Violet ter tirado uma nova vida dessa situação,
mas ela não tinha certeza de como suas escolhas iriam acontecer.
Ela ainda tinha muitas escolhas a fazer e esperava que Max e Dimitri a
apoiassem totalmente.
Capítulo 50
Dimitri e Max pediram ao médico para examinar Kyle. Eles sabiam
que para tomar sua decisão, ela precisava conhecer suas opções.
— Isso é um pouco gelado, — disse o médico enquanto esguichava o
gel no estômago de Kyle e começava a esfregar o aparelho de ultrassom
em tomo da sua barriga.
— Aí está — seu bebê. Você gostaria de ouvir o batimento cardíaco?
Kyle não tinha certeza se ela queria, mas estava com medo de se
arrepender. Ela olhou para Max e Dimitri e acenou para o médico.
O médico ligou o som e, quando os padrões do coração apareceram,
Kyle soube que ela amaria esse bebê de qualquer maneira.
— Tudo bem, estamos quase terminando. Deixe-me apenas tirar
algumas medidas e imprimir algumas fotos.
O médico saiu para jogar fora as luvas e pegar uma toalha para Kyle.
— Então, parece que você está com cerca de dez semanas, e tudo
parece ótimo.
— O quê?, — Kyle ficou surpresa com o tempo de gestação.
— Você tem cerca de dez semanas, de acordo com as medidas do bebê.
Kyle começou a chorar.
Max e Dimitri perceberam o que o médico disse e não puderam deixar
de sorrir.
Assim que o médico saiu, Dimitri caminhou até Kyle e a beijou.
— Isso significa que você estava grávida antes de partir; isso significa
que um de nós é o pai e não Cannin.
Dimitri e Max estavam animados; eles teriam apoiado Kyle de
qualquer maneira, mas essa era a melhor coisa que poderia ter
acontecido.
— Por que não vejo Ryan desde que voltei?, — Kyle perguntou a Max.
— Ele embora.
— Por quê?
— Ele não gostou de como estávamos lidando com as coisas com
você; ele pensou que havíamos falhado com você, e foi o que aconteceu.
— Quando foi a última vez que vocês o viram?
— Na última noite que você se comunicou conosco, mas Varina nos
manteve atualizados.
— Eu preciso ligar para ele. Posso usar o seu telefone?
Max entregou-lhe o telefone e ela examinou seus contatos até
encontrar o número de Ryan.
Tocou três vezes.
— Olha, Max, ele não quer falar com você. Eu disse para você ligar
para o meu telefone.
— Não é o Max.
Kyle ouviu um suspiro antes de ouvir Varina gritando com Ryan.
— Kyle?
— Ei.
— Quando você voltou??
— Duas noites atrás. Dimitri me resgatou.
— Chego em uma hora.
Ryan conseguiu chegar em 45 minutos e foi direto para Kyle. — Eu
sinto muito, porra. Me desculpa por tudo.
Kyle retribuiu o abraço do irmão. — Está tudo bem, não foi sua culpa.
O que foi sua culpa está perdoado. Estou feliz aqui.
Kyle passou o resto da noite com Ryan e descobriu que Ryan iria pedir
Varina em casamento.
Ela disse a Ryan que estava grávida, mas não teve coragem de contar a
ele que havia sido estuprada.
Kyle estava feliz por estar em casa e percebeu que, em toda essa
provação, e sem nem procurar, havia encontrado uma família.
Fim do livro um
Continua no Livro 2…
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